Rev. Ws Did de Hist III OK
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Curso: História
Disciplina: Didáctica de História III
Ano de Frequência: 4º Ano
Turma: F
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Máxima
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Índice 0.5
Aspectos
Estrutura Organizacionais Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0-5
Bibliografia 0.5
Contextualizaçã
o (indicação
clara do 1.0
problema)
Descrição
Introdução objectiva 1.0
Metodologia
adequada ao
objecto do 2.0
trabalho
Articulação e
domínio do
Conteúdos discurso
académico
(expressão, 2.0
escrita, cuidada,
coerência /
coesão textual)
Analise Discussão Revisão
bibliográfica
nacional e
internacional 2.0
relevantes na
área de estudo
Exploração dos
dados 2.0
Contributos
Conclusão teóricos
praticam 2.0
Paginação, tipo
Aspectos gerais tamanho de 1.0
letra, paragrafa,
Formatação espaçamento
entre linhas
Rigor e
Referencias coerência das
Bibliográficas Normas APA 6a citações/referên 4.0
Edição em Citações e cias
bibliografia bibliográficas
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Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ................................................................................................................................................. 5
Definição de Avaliação ............................................................................................................................. 6
Metodologias…………………………………..………………………………………………………………………………………………….6
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Introdução
O presente trabalho tem por objectivo abordar aspectos inerentes a Definição de Avaliação,
Metodologias, Avaliação s Suas Concepções, Os Pressupostos da Avaliação Como Prática
Reflexiva e O Papel do Professor Junto ao Processo Avaliativo.
Onde ao falarmos de avaliação, logo associasse a esta prática termos que nos foram instruídos
desde cedo como notas, diagnósticos, controle, classificações, selecções, continuidade, retenção,
medos e tantos outros elementos pré-estabelecidos neste termo.
Com isto busquemos que o leitor realize uma análise do conceito de avaliação e sua
representação histórica no contexto escolar, compreendendo assim sua representatividade ainda
hoje nas escolas e como uma mudança de sua prática, tornando-se um ato reflexivo, torna-se ser
essencial na prática do educador para a construção dos processos de ensino e de aprendizagem de
forma efectiva.
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Definição de Avaliação
Emitir em juízo de valor sobre a realidade que se questiona, seja propósito das
exigências de uma acção que se projectou realizar sobre ela, seja a propósito de
suas consequência. (PCN, 1997, p. 86).
Metodologias
Na visão contemporânea temos que a educação é o alicerce de um país, é só através dela que se
desenvolve científica e economicamente. A busca e o compromisso por melhor nível educacional
deve ser constante e nesse contexto o papel do professor é primordial, um elo entre a cultura e a
qualidade de vida dos cidadãos, portanto não há um profissional sem que se tenha um professor
planejando e mediando esse processo de ensino e conhecimento e todo esse processo de
enriquecimento cultural, social e mesmo de qualificação se dá em sala de aula. É de
fundamental importância então, que se discuta sobre as formas de avaliações no sistema
educacional, afim de que esta proporcione ao aluno uma construção de conhecimentos.
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Torna-se, nesse sentido, uma necessidade que se repense sobre o conceito e a prática das
avaliações, tanto nos meios académicos, em sala de aula e principalmente no sistema
educacional, para que esse processo possa evoluir juntamente com o nível de aprendizado dos
alunos. Daí a importância de se verificar critérios e formas de avaliação, e sua qualidade. Se
acertou ou se errou, se apenas aprovação ou reprovação.
De acordo com PERRENOUD (1999, p.68), "em torno da avaliação se estabelecem competições,
estrese, sentimento de injustiça, temores em relação aos pais, ao futuro, à auto-imagem".
Embora haja diferentes formas de uma avaliação, esses métodos na maioria das vezes tornam-se
apenas classificatório, não cumprindo um compromisso assumido com a aprendizagem.
Entretanto, a avaliação na escola desde os primórdios, tem assumido uma função classificatória,
de verificação e quantificação de conhecimentos, objectivando apenas notas finais e vestibulares,
e muitas vezes assumindo uma prática discriminatória, de aprovação ou reprovação. Diferentes
formas e critérios, devido a diversidade de conteúdos que devem serem ministrados e a
heterogenia entre os alunos, a sua verdadeira função, qualidade, seu processo contínuo e
importância devem ser buscadas.
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Avaliação s Suas Concepções
O processo de avaliação permeia a constituição da sociedade desde registos antigos da evolução
do homem, visto que sempre estivemos sendo classificados por algum critério pela estética, pela
etnia, por profissões ou por outros pressupostos impostos pela sociedade em que vivemos.
Tal colocação pode-se ser vista através de CHUEIRI (2008, p. 54), onde a autora afirma que
“[...] na China, três mil anos antes de Cristo, já se usavam os exames para seleccionar homens
para o exército”.
Assim, percebe-se que tal critério também é adoptado no ambiente escolar, pois ao
padronizarmos nossas políticas educacionais através de práticas com valores e normas, fazendo
com que esta esteja ligada directamente, em uma forma implícita ou explícita, à pratica
pedagógica adoptada pela instituição e, deste modo, caracterizando-se uma prática educacional
formalizada e organizacional (CHUEIRI, 2008, p. 53), vemos uma prática exposta de critérios
avaliativos.
Sabe-se que a avaliação não constitui-se somente a um conceito teórico ou que esteja
ligada directamente aos processos educacionais, mas sim ser pertencente à processos de
formações, a concepção de educação, de sociedade, onde é citado por Caldeira (2000, p.
122) como “um meio e não um fim em si mesma; está delimitada por uma determinada
teoria e por uma determinada prática pedagógica” (apud CHUEIRI, 2008, p. 51) e,
também, explicitado por Raphael:
A qualidade técnica de um processo avaliativo reside, essencialmente, no
aprimoramento dos instrumentos utilizados. Estes instrumentos têm o objectivo
de obter dados de medida que formarão um conjunto ao qual será atribuído o
juízo de valor. Estes dados que servirão ao julgamento necessitam ter
qualidades técnicas para que o juízo seja aceitável. Devem ainda ser coerentes
com a totalidade do processo, pois nesta fase são decididas questões como:
para que servem os dados? Que informações são necessárias? Como serão
obtidas as informações? A quem caberá esta tarefa? (1994, p. 34)
Deste modo percebemos que a avaliação não ocorre apenas em um momento específico, e sim
que está presente em todo o processo educacional, tornando-se um instrumento que se concebe
desde o início até a finalização do trabalho do professor.
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Ainda como uma prática pedagógica, o professor não deve se abster de seu papel como avaliador
no processo de ensino e de aprendizagem, de forma que este instrumento torne-se um elemento
presente em seu quotidiano, assim como afirma CHUEIRI:
A avaliação, como prática escolar, não é uma actividade neutra ou meramente técnica, isto é, não
se dá num vazio conceitual, mas é dimensionada por um modelo teórico de mundo, de ciência e
de educação, traduzida em prática pedagógica. (2008, p. 52)
Vemos então que a relação da prática pedagógica do educador está directamente ligada ao
processo de avaliação e, assim, influenciando directamente no contexto de ensino e de
aprendizagem, o que resultara nas habilidades, comportamentos e concepções de seus educandos,
onde deve-se enfatizar que:
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associado à quantificação do rendimento do/a aluno/a seja objecto de
inúmeras e profundas críticas. (apud CHUEIRI, 2008, p. 60)
Notemos então a necessidade de abordar a avaliação num conceito qualitativo, ou seja,
compreender este processo como um ato reflexivo, uma ferramenta de trabalho para desenvolver
o educando e não ocasionar uma classificação e, automaticamente, uma exclusão. Onde, para tal,
utilizemos o próximo capítulo para aprofundarmos este conceito e esta prática avaliativa.
Partindo desta concepção de que o procedimento avaliativo permeia todo o período dos
processos de ensino e de aprendizagem, tornando-se um meio, foram-se introduzindo novas
formas de se avaliar, mas que ainda utilizam-se, como apontado por HOFFMANN (1994), “o
paradigma de transmitir-verificar-registar”.
Deste modo, qualificando melhor a definição do que seria a avaliação reflexiva ou mediadora,
HOFFMANN (1991, p. 67) nos introduz:
Neste contexto, percebemos a importância de não tratarmos a avaliação como algo quantitativo
ou qualitativo, visto que cada educando possui um processo de desenvolvimento instaurado tanto
pelo processo educacional quanto pelo seu âmbito sociocultural, como apontado por Perrenoud:
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A isto será preciso acrescentar que nem todas as crianças de uma mesma
geração seguem o ensino pré-obrigatório, enquanto algumas, posteriormente
ao reprovarem no ensino primário ou secundário são submetidas duas vezes ao
mesmo programa. (PERRENOUD, 1986, p. 32)
Nota-se, então, que para a realização de uma avaliação qualitativa e reflexiva, necessita-se
compreender muito mais do que o contexto escolar daquela criança, o professor precisa
compreender que existe uma história por trás de suas dificuldades, acessibilidades, incentivos,
desenvolvimento e, até mesmo, em relacionamentos dentro do âmbito escolar, seja este entre os
colegas ou mesmo com o docente.
De forma a ficar mais claro esta forma de concepção, a autora nos traz o conceito de ambos os
termos:
1. Aprender
Aprendizagem significa modificação de comportamento que alguém que ensina
produz em alguém que aprende.
Aprendizagem significa descobrir a razão das coisas e pressupõe
a organização das experiências vividas pelos sujeitos numa compreensão
progressiva das noções.
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2. Avaliar
Avaliação significa o controle permanente exercida sobre o aluno no intuito de ele chegar
a demonstrar comportamentos definidos como ideias pelo professor.
Para BERTAGNA (2006, p. 62) professores ainda possuem dificuldades quanto aos conceitos de
avaliação, fazendo com que esta não possua um processo claro e coerente em sua prática,
tornando-a arbitrária e um instrumento de poder nas escolas.
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[...] avaliar torna-se um processo mantenedor da ordem, da disciplina em sala
de aula, além de revelar relações de hierarquia e poder latentes na escola,
reflectindo na avaliação um sistema selectivo em que o processo pedagógico
centra-se na classificação do aluno. (BERTAGNA, 2006, p. 62)
Com isto tomado em seus princípios, o professor absorve por si três áreas do qual BERTAGNA
(2006, p.64) aponta como “tripé avaliativo”, sendo eles: a avaliação instrucional, a avaliação
disciplinar e a avaliação de valores e atitudes.
Ainda quanto a questão de avaliar os valores e atitudes dos educandos, a autora cita que:
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• Trabalhos (grupo ou individual) sobre temas na prova ou tarefa de casa, ou execução de uma
determinados; actividade na lousa, sobre o comportamento
inadequado ou adequado do aluno, elogios,
• Actividades ou exercícios determinados em sala de aula
reprimendas, grito, silêncio;
registrado em síntese bimestrais (fichas descritivas)
considerando aspectos relativos ao conhecimento e às • Gestos como afastas os alunos antes mesmo de
atitudes dos alunos; ele se aproximar ou indicando lugares: a saída,
atrás da porta, o canto da sala, atrás do armário,
• Comportamento;
gestos negativos com a mão ou balançando a
• Participação; cabeça, parar ao lado do aluno, cruzar os braços e
encará-lo, avançar sobre o aluno, pegar
• Auto-avaliação.
actividade ou o caderno com desdém ou cuidado,
posicionamento na frente ou ao fundo da sala de
aula;
Dado este conceito, compreende-se que uma avaliação reflexiva vai além de mudanças no
sistema educacional, mas nota-se também a necessidade de mudanças no conceito pessoal de
cada educador, visto que se tomada uma prática de reflexão permeada por pré-conceitos do
professor, se desencadeará desigualdades no processo avaliativo, como é descrito por
PERRENOUD (1986, p. 51-54) como: momentos de manifestação dos alunos, expectativas dos
alunos e do professor, encenação de competências e performances, a interpretação das
observações do professor, a posição dos resultados avaliativos e suas negociações.
Portanto, para que educadores possam utilizar-se de uma avaliação reflexiva e assim
desenvolver em seus alunos conceitos de superação sem limitar-se, é importante que estes
assumam seu papel de julgadores e passem a posicionar-se contra sistemas vivenciados pela
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nossa sociedade, tornando-se um referencial de conquista aos seus alunos, onde Bertagna nos
aponta que:
Considerando-se que as relações sociais aplicadas pela sociedade capitalista do qual estamos
inseridos impõe-se de preceitos e julgamentos pré-estabelecidos, o professor necessita policiar-se
para a necessidade de novas práticas que permeiam edificações na aprendizagem, construções
significativas aos seus educandos, sem exclusões em seu processo e interferência de sistemas
opressores.
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Considerações Finais
Ao iniciar-se este trabalho, pontuei como objectivo principal a dúvida quanto à evolução do
processo avaliativo junto as mudanças escolares que ocorreram ao longo da educação e, para
isto, compreender seus conceitos, seus pressupostos e suas aplicações.
Partindo desta concepção, no primeiro capítulo abordou-se os quatro conceitos avaliativos que
nos cercam desde os preceitos da história da humanidade, onde avaliar constitui-se do exame, do
medir, do classificar e do qualificar.
Deste preceito, compreende-se que avaliar através do exame torna-se um processo de controle do
que é considerado certo e errado, de tornar-se o centro do conhecimento e o ignorar do que se
pode ser uma outra visão do mesmo tema.
Partindo do exame, ocorre o processo do medir aqueles que estão acima ou abaixo da média, no
contexto escolar, e então os classificar dentre aqueles participam do meio.
Porém, afirma-se em contrapartida, o avaliar para qualificar, onde nos foi apresentado que a
avaliação não é um fim do processo educacional, mas sim um meio, uma forma de compreender
quais enfoques devem ser actuados e, com os erros apontados, apropriar-se como forma de busca
ao conhecimento.
Compreende-se que o educador alimenta em seu próprio consentimento aqueles que irão bem no
desempenho escolar e aqueles que não estarão no patamar desejado somente pelos primeiros
contactos.
Com isto, podem se ocasionar processos exclusivos dentro de seu ambiente e, assim, caracteriza-
se como somente mais um processo de avaliação classificatório dentro de seu próprio espaço.
Conclui-se o trabalho com a resposta do projecto de pesquisa, do qual compreende-se, por fim,
que por mais que o processo educacional venha numa linha evolutiva, o processo avaliativo
continuou estagnado.
Compreende-se assim que, nós educadores, necessitamos compreender de uma forma reflexiva e
abrangente o que queremos avaliar em nossos educandos e, com isso, devemos tomar partido
quanto aos processos em que estamos inseridos.
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Para isto, considera-se necessária uma pesquisa afunda sobre uma metodologia qualitativa de
avaliação, um novo pensar num processo que, até então, é tomado como um fim e não como um
método que transpõe todo o período de ensino e aprendizagem.
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Referências bibliográficas
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