Ação Penal e As Provas
Ação Penal e As Provas
Ação Penal e As Provas
RESUMO DA UNIDADE
No presente módulo trataremos dos institutos da Ação Penal e da Teoria Geral das
Provas. Especificamente, no que tange à ação penal, a abordagem se deu de forma
bastante abrangente, indo desde o seu fundamento, cuja previsão se encontra no
artigo 5º, XXXV da Constituição Federal, passando por seus principais aspectos
(requisitos, espécies, titularidade, princípios e, inclusive a ação em si), finalizando
com as consequências decorrentes da falta de seus pressupostos, prazos, hipóteses
de rejeição da petição inicial (denúncia ou queixa-crime), bem como a análise dos
recursos cabíveis contra o recebimento e rejeição desta. Já quanto ao estudo das
provas, analisaremos, além de seu conceito (como meio instrumental utilizado tanto
pela acusação quanto pela defesa para comprovar fatos), os meios de provas
(perícia, interrogatório, confissão, declaração do ofendido, testemunhas,
reconhecimento de pessoas e coisas, acareação, documentos, indícios, busca e
apreensão), liberdade da prova, sistema de valoração, bem como seu ônus.
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
SUMÁRIO
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
3.4.4 Declaração do ofendido ............................................................................... 45
3.4.5 Testemunhas ............................................................................................... 46
3.4.6 Reconhecimento de pessoas e coisas ......................................................... 47
3.4.7 Acareação .................................................................................................... 48
3.4.8 Documentos ................................................................................................. 48
3.4.9 Indícios ......................................................................................................... 49
3.4.10 Busca e apreensão ................................................................................... 50
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 54
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
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todo o estudo se desenvolve de forma bastante detalhada, para que alcance fácil
entendimento e com destaque nas principais características de cada instituto.
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a legitimidade passiva (contra quem será proposta a ação penal) deverá o indivíduo
ser maior de 18 (dezoito) anos e pessoa física, com exceção dos crimes ambientais
(Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998), caso em que poderá ser proposta em
face de pessoa jurídica.
III. Interesse de Agir - deve a ação penal basear-se nos indícios de autoria e de
materialidade delitiva, demonstrando-os em seu corpo para sua admissão.
Outrossim, deve inexistir quaisquer das causas de extinção de punibilidade.
b) Específicas - são condições exigidas a depender do caso concreto, como,
por exemplo, a representação da vítima, a requisição do Ministro da Justiça, dentre
outras. Assim, não observada alguma condição específica para a procedibilidade da
ação, o juiz a rejeitará, condicionando a nova propositura ao atendimento da
condição, consoante artigo 43 do Código de Processo Penal.
Para definir as ações penais, o Código Pena, em seu artigo 100, e o Código de
Processo Penal levam em consideração o critério da classificação subjetiva,
traduzido pela titularidade do direito de ação. Neste diapasão, a ação penal pode ser
pública ou privada.
1
Fonte: Victor Eduardo Rios, 2019 .
Nos termos do artigo 100, caput, do Código Penal “a ação penal é pública,
salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido”. O Código de
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Gonçalves, Victor Eduardo Rios Direito processual penal esquematizado/ Victor Eduardo Rios Gonçalves,
Alexandre Cebrian Araújo Reis. – 8. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2019. (Coleção esquematizado® /
coordenador Pedro Lenza).
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Processo Penal, em seu artigo 24, dispõe: “(...) nos crimes de ação penal pública,
esta será promovida por denúncia do Ministério Público”, o que é recepcionado pela
Constituição Federal, em seu artigo 129, dispositivo em que são arroladas as
funções institucionais do Ministério Público.2 A ação penal pública divide-se em
incondicionada e condicionada à representação do ofendido ou de seu
representante legal.
Seja qual for o crime, se ocorrer em desfavor do “patrimônio ou interesse da
União, Estado e Município, a ação penal é pública” conforme determina o artigo 24,
§ 2º do Código de Processo Penal.
2
O inciso I do artigo 129 da Constituição Federal lista como uma das funções do Ministério Público a de”
promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei”.
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sendo uma no sentido de ser a requisição irretratável – tendo em vista que o artigo
25 do Código de Processo Penal só mencionou a retratação da representação
(entendimento de José Frederico Marques, Fernando da Costa Tourinho Filho,
Magalhães Noronha, Mirabete) –, e a segunda, que opina pela retratação da
requisição – lastreada na aplicação da analogia prevista no artigo 3º do Código de
Processo Penal (Damásio de Jesus, Luiz Flávio Gomes, Celso Delmanto, Renato
Marcão).
Assim sendo, temos como crimes de ação penal pública cuja persecução
depende de requisição do Ministro da Justiça os cometidos por estrangeiro contra
brasileiro fora do Brasil (artigo 7º, §3º, alínea “b”, do Código Penal), e também os
crimes de injúria praticados contra o Presidente da República (artigo 141, inciso I,
combinado com o parágrafo único do artigo 145, ambos do Código Penal, e artigo 26
da Lei nº 7.170, de 14 de dezembro de 1983 – Lei de Segurança Nacional).
Quanto a seus efeitos, a requisição não vincula o Ministério Público no sentido
da obrigatoriedade da propositura da ação, pois não se refere a uma ordem. Assim,
mesmo havendo requisição, compete ao Ministério Público o exame da presença
dos requisitos necessários ao oferecimento da denúncia, podendo propor a ação
penal ou requerer seu arquivamento.
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do Código de Processo Penal que aduz: “Ao ofendido ou a quem tenha qualidade
para representá-lo caberá intentar a ação privada.”
É importante destacar que mesmo a titularidade sendo da vítima, o direito de
punir continua sendo do Estado, que “apenas concede ao ofendido ao seu
representante legal o jus persequendi in judicio. Trata-se de um caso, no campo
processual, de substituição processual (Tourinho Filho, 2010, p. 216).
Os crimes de ação penal privada se procedem mediante o oferecimento de
queixa-crime e encontram-se espalhados pelo Código Penal. Diante de sua
excepcionalidade trazida pelo artigo 100, caput, a previsão sobre a titularidade da
ação deve constar no tipo penal de forma expressa – “somente se procede mediante
queixa.”
De forma a exemplificar a disposição expressa quanto a titularidade da ação
penal privada, trazemos os crimes contra a honra (artigos 138 a 145 do Código
Penal), crimes contra a propriedade imaterial (artigos 183 a 195 do Código Penal), e
o exercício arbitrário das próprias razões (artigo 345 do Código Penal), entre outros.
O prazo para oferecimento da queixa-crime no caso de ação penal privada
exclusiva e personalíssima é de 06 (seis) meses a contar da data do conhecimento
do autor do fato, e com relação a ação penal privada subsidiária da pública, o prazo
será de 06 (seis) meses a partir do dia em que se esgotar o limite para oferecimento
da denúncia que deveria ter sido proposta pelo Ministério Publico, conforme
determina o artigo 29 do Código de processo Penal.
Vejamos quadros comparativos das caudas extintivas da punibilidade
relacionadas a incidentes processuais da ação privada3;
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I. Propriamente dita ou exclusiva: É aquela que pode ser proposta pela vítima
ou por seu representante legal. No caso de morte do ofendido ou declarada a sua
ausência, o direito de propor a queixa-crime passará para qualquer uma das
pessoas elencadas no artigo 31 do Código de Processo Penal, sendo elas: cônjuge,
ascendente, descendente e irmão, os quais poderão prosseguir na ação penal já
instaurada.
São exemplos de crimes de ação penal privada exclusiva o dano (artigo 163,
caput, e parágrafo único, IV do Código Penal), exercício arbitrário das próprias
razões (artigo 345, parágrafo único do Código Penal) e os crimes de calúnia, injúria
e difamação (artigos 138, 139, e 140 combinados com o artigo 145, todos do Código
Penal).
II. Personalíssima: A ação penal só poderá ser proposta pelo ofendido de
maneira restrita. Nesse caso, com a morte da vítima, o direito de ingressar com a
queixa-crime não passa para outra pessoa de forma alguma, extinguindo-se a
punibilidade do réu. Assim, o crime preceituado no artigo 236 do Código Penal
(induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento para o casamento) e a
titularidade para a propositura da ação penal fica a cargo do cônjuge enganado
(artigo 236, parágrafo único do Código Penal).
III. Subsidiária da pública ou supletiva: De acordo com o artigo 29 do Código de
Processo Penal “será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não
for intentada no prazo legal.” Portanto, se o Ministério Público não entrar com a ação
penal que é pública, no prazo previsto, cabe ao ofendido propor ação penal privada
subsidiária da pública.
Nesse caso, a ação penal é originariamente de iniciativa pública, mas o
Ministério Público não promove a ação penal no prazo estabelecido pela lei, e, em
razão disso, o ofendido ou o seu representante legal poderão de forma subsidiária
ajuizá-la, cuja previsão está determinada no artigo 5º, inciso LIX da Constituição
Federal.
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propositura da ação. Cabe ao ofendido optar por ingressar com a ação penal em
desfavor daquele que violou seu bem jurídico tutelado pelo estado. Portanto, trata-se
de uma faculdade da vítima em propor ou não a queixa-crime no prazo legal.
Cumpre-nos salientar que caso não seja proposta a ação penal no prazo legal,
haverá o instituto da decadência, que consiste na perda do direito de ingressar com
a inicial acusatória em virtude de não tê-la feito no limite temporal exigido pela lei,
consoante determina o artigo 38 do Código de processo Penal, imperando-se a
extinção da punibilidade do agente, com fulcro no artigo 107, inciso IV do Código
Penal.
Pode ocorrer também a possibilidade do ofendido renunciar, dentro do prazo
decadencial, ao direito de oferecer a queixa-crime em desfavor do infrator, que
consiste na desistência do direito de ingressar com a ação penal privada antes do
término para fazê-lo, podendo se dar de forma expressa ou tácita Na renúncia
expressa a vítima declarará que não exercerá seu direito de queixa e “constará de
declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com
poderes especiais” de acordo com o artigo 50 do Código de Processo Penal.
Já a renúncia tácita, o ofendido pratica ato incompatível com a intenção de
iniciar a ação penal, o que faz presumir a ausência de vontade para propor a ação
penal o que pode ser demonstrado por qualquer meio de prova, segundo o artigo 57
do Código de Processo Penal. Cite-se, como exemplo, o fato de a vítima convidar o
ofensor para ser padrinho de seu casamento, demonstrada está a renúncia tácita ao
direito de agir.
A renúncia ocorre antes da propositura da ação penal e é irretratável,
consistindo em ato unilateral do ofendido, tendo em vista que não exige a aceitação
por parte do ofensor. Caso haja mais de um infrator, o artigo 49 do Código de
Processo Penal dispõe que “a renúncia ao direito de queixa, em relação a um dos
autores do crime a todos se estenderá.”
Princípio da Disponibilidade: Cabe ao ofendido decidir ingressar com uma ação
penal contra o autor do fato, mas poderá a qualquer tempo desistir do
prosseguimento do processo. Assim, a vítima que decide se quer prosseguir até o
final da ação penal. A disponibilidade pode se ocorrer de duas formas: I. através
perempção (artigo 60 do Código de Processo Penal); ou II. pelo perdão do ofendido
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(artigo 51 do Código de Processo Penal), sendo que os dois institutos são causas de
extinção da punibilidade e aplicam-se a todos os tipos de ações privadas, com
exceção da ação privada subsidiária da pública, uma vez que, nesta, o dever de agir
cabe ao órgão do Ministério Público.
Trata-se a perempção da própria desídia do ofendido, que embora tenha
exercido seu direito de ação com a propositura da inicial acusatória, se torna inerte
ao processo instaurado por sua vontade. Leciona Gustavo Badaró que “A
perempção é a extinção do direito de ação, pelo desinteresse ou neglig6encia do
querelante em prosseguir coma a ação” (apud, MARCÃO, p. 254).
O instituto da perempção é aplicável apenas da ação penal privada exclusiva e
personalíssima, pois no caso da ação penal privada subsidiária da pública, caso o
querelante deixe de dar andamento ao processo, o Ministério Público poderá
retomar a ação penal como parte.
Com relação ao perdão do ofendido, só tem cabimento na ação penal privada
exclusiva e personalíssima, possibilitando ao querelante (ofendido) mesmo depois
de ajuizada a ação penal privada, a possibilidade de perdoar o querelado (ofensor)
abdicando do direito de prosseguir com o processo. Assim, de acordo com o artigo
105 do Código penal, “o perdão do ofendido, nos crimes em que se somente se
procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação.”
O perdão da vítima é ato bilateral por carecer da aceitação do ofensor para que
produza seus efeitos jurídicos, tendo em vista a possibilidade de o réu querer provar
sua inocência em juízo, devendo o perdão ocorrer antes do trânsito em julgado da
decisão. Na existência de mais um querelado, o perdão oferecido a um, a todos
aproveita, mas só terá efeito ao que aceitar, prosseguindo-se o feito em desfavor
deste (artigo 51, parte final combinado com o artigo 106, inciso III, ambos do Código
Penal).
A aceitação do perdão do ofendido pode ocorrer de forma tácita, resultante de
ato incompatível com o desejo de prosseguir coma ação penal (art. 106, § 1º do
Código de Processo Penal) e de forma expressa, ocasião em que o querelado
deverá “ser intimado a dizer, no prazo de 03 (três) dias, se o aceita, devendo, ao
mesmo tempo, ser cientificado de que seu silêncio importará em aceitação” (art. 58
do Código de Processo Penal). Com relação ao prazo para a oferta do perdão, esse
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2.1 Requisitos
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2.1.1 Endereçamento
No sentido de se determinar o órgão que será responsável para o
processamento do feito de acordo com a lei, o petitório inaugural deve conter o
correto endereçamento do juiz ou tribunal competente para o processo.
É importante ressaltar que o endereçamento equivocado caracteriza mera
irregularidade sanável com a remessa dos autos ao juiz competente. Confira-se: “o
endereçamento equivocado não impede o recebimento da vestibular acusatória,
sanando-se, irregularidade, com a remessa ou recebimento dos autos pelo Juízo
realmente competente (STF, RHC 60.126).
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acusado também se defende do que foi narrado quanto à sua pretensa conduta
cometida e não da capitulação que dela resulta.
Inclusive, caso se verifique novas provas de que os fatos ocorreram de forma
diversa, a classificação poderá ser modificada, conforme permite artigo 384 do
Código de Processo Penal. Ainda, eventual erro na tipificação da infração penal,
poderá ser corrigido até a prolação da sentença, consoante permite o artigo 383 do
mesmo Diploma.
Assim, é possível que o juiz exerça certo controle sobre as petições iniciais
oferecidas pelo Ministério Público ou querelante, recebendo-as já na fase vestibular
do processo com capitulação legal diversa da indicada pelo titular da ação penal
quando constatado de plano excessos no poder de acusar.
No que diz respeito ao dispositivo legal imputado ao réu, este deverá
necessariamente restar expresso na peça acusatória, não bastando somente a
menção da nomenclatura jurídica, já que é de fundamental importância para o
encaminhamento para a vara competente, resultando na competência para o
processamento do feito.
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2.2 Prazos
O artigo 46 do Código de Processo Penal dispõe que o prazo para
oferecimento da denúncia é, em regra, de 15 (quinze) dias se o denunciado estiver
solto, e de 05 (cinco) dias caso o acusado esteja preso, contados a partir do dia em
que o Ministério Público receber os autos do Inquérito Policial.
Segundo Renato Marcão, “caso o Ministério Público requeira diligências (CPP,
art. 16), o prazo de 15 (quinze) dias será restituído integralmente e voltará a correr
da data em que referido órgão receber novamente os autos” (2014, p. 269).
A legislação extravagante possui prazos diversificados para o oferecimento da
denúncia ou queixa, sendo eles:
02 (dois) dias, nos crimes contra a economia popular (artigo 10 da Lei nº
1.521, de 26 de dezembro de 1951);
10 (dez) dias crimes eleitorais (artigo 357 da Lei nº 4.737, de 15 de julho
de 1965);
48 (quarenta e oito) horas, nos crimes de abuso de autoridade (artigo 13
da Lei nº 4.898, de 09 de dezembro de 1965);
10 (dez) dias, nos crimes de tráfico de drogas e assemelhados (artigo 54
da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006).
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Nesse diapasão, “para ser viável a ação penal, além da regularidade da inicial
acusatória, é preciso estar demonstrada a ocorrência do ilícito penal imputado, a
autoria e a materialidade (sendo caso), razão pela qual deve estar acompanhada de
elementos de convicção” (MARCÃO, 2014, p. 857).
Impende ainda destacar que conforme explica Andrey Borges de Mendonça, a
jurisprudência é contumaz em entender que inexiste justa causa para a ação penal
nos seguintes casos,
a) quando o fato for manifestamente atípico;
b) quando já estiver extinta a punibilidade; e
c) quando a imputação não vier lastreada em um mínimo suporte probatório,
a demonstrar a sua viabilidade e seriedade da acusação.
Neste sentido, é o entendimentos nos seguintes julgados:
PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 168, §1º, III, DO CP.
TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. FALTA DE JUSTA CAUSA.
ATIPICIDADE DA CONDUTA. AUSÊNCIA DE DOLO. I - O trancamento
de ação por falta de justa causa, na via estreita do writ, somente é viável
desde que se comprove, de plano, a atipicidade da conduta, a incidência de
causa de extinção da punibilidade ou ausência de indícios de autoria ou de
prova sobre a materialidade do delito, hipóteses não ocorrentes na espécie
(Precedentes). II - In casu, se a recorrente não foi a destinatária da ordem
judicial, constata-se, prima facie, que não agiu com dolo, de modo que deve
ser trancada a ação penal contra ela instaurada pela suposta prática do
delito de desobediência. Recurso provido. (Superior Tribunal de Justiça.
Habeas Corpus nº 17046, da 5ª Turma. Relator: Min. Felix Fischer).
PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.
ART. 297 DO CÓDIGO PENAL. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL.
FALTA DE JUSTA CAUSA. ALEGAÇÃO DE ATIPICIDADE DA CONDUTA
DESCRITA NA DENÚNCIA E DE EQUÍVOCO NA QUALIFICAÇÃO
JURÍDICA DO FATO. I - O trancamento de ação por falta de justa causa, na
via estreita do writ, somente é viável desde que se comprove, de plano, a
atipicidade da conduta, a incidência de causa de extinção da punibilidade ou
ausência de indícios de autoria ou de prova sobre a materialidade do delito,
hipóteses não ocorrentes na espécie (Precedentes). II - O delito previsto no
art. 301, § 1º, do Código Penal não é próprio, podendo qualquer pessoa ser
seu sujeito ativo. (Precedentes) III- In casu, se o objeto da falsidade material
foi certidão negativa de débito, o delito imputado ao paciente na exordial
acusatória deve, em atendimento ao princípio da especialidade, ser
desclassificado do art. 297, caput, para o art. 301, § 1º, do Código Penal. IV
- Se pena máxima cominada ao crime de falsidade material de atestado ou
certidão é de 2 (dois) anos, e, entre a data do fato e o recebimento da
denúncia transcorreu o referido lapso temporal, operou-se a prescrição da
pretensão punitiva, ex vi dos arts. 107, IV e 109, V, do Código Penal.
Recurso parcialmente provido. (Superior Tribunal de Justiça. Habeas
Corpus nº 17522, da 5ª Turma. Relator: Min. Felix Fischer).
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Cumpre registrar, que a prova não constitui uma obrigação, mais sim um ônus,
que é a faculdade ou encargo que tem a parte de demonstrar no processo o que
alegou em seu favor. Portanto, a prova é ônus processual de quem alega, buscando
as partes a produção em seu próprio benefício, segundo preceitua o artigo 156 do
Código de processo Penal.
O ônus probatório em matéria processual penal é incumbência do órgão
acusador, sendo, portanto, um direito-dever, como também se posiciona TOURINHO
FILHO: “Cabe, pois, à parte acusadora provar a existência do fato e demonstrar sua
autoria. Também lhe cabe demonstrar o elemento subjetivo que se traduz por dolo
ou culpa. Se o réu goza da presunção de inocência, é evidente que a prova do
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crime, quer a parte objecti, quer a parte subjecti, deve ficar a cargo da Acusação”
(2010, p. 565).
Contudo, em relação à defesa entende a doutrina se tratar de uma faculdade
processual ou um direito-faculdade, espécie de ônus imperfeito ou diminuído –
alheio ao sentido literal do termo ônus.
Assim, “o ônus probatório, é portanto, atribuído às partes, que repartem a
incumbência de demonstrarem as respectivas alegações. Por isso reza o art. 156 do
Código de Processo Penal que a prova da alegação é de quem alega” (Gonçalves,
2014, p. 253). E nesse sentido, portanto, cabe ao acusador provar o fato constitutivo
de sua pretensão punitiva e cabe à defesa provar fato impeditivo, modificativo ou
excludente (como, por exemplo, as causas de exclusão de ilicitude ou culpabilidade)
da pretensão punitiva do Estado.
É importante esclarecer que é facultado ao juiz de ofício ordenar a produção de
provas que são urgentes e relevantes e ainda determinar a realização de diligências
que entender cabíveis para dirimir eventuais dúvidas sobre o fato criminoso,
consoante autorizado pelo artigo 156, incisos I e II do Código de Processo Penal.
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Meio de prova é todo fato, documento ou alegação que possa servir, direta ou
indiretamente, à busca da verdade real dentro do processo. Na busca pela verdade
real, podem as partes optar por meios de prova não especificados em lei. Assim, os
meios de prova não são taxativos, ou seja, não precisam estar descritos pelo
legislador de maneira exaustiva, bastando apenas que na lei não haja nenhum
obstáculo ou restrição à produção daquela determinada prova.
3.4.1 Perícia
Etimologicamente, o termo “perícia” significa habilidade, saber, capacidade,
característica esta que, com o decorrer do tempo passou a diferenciar a ação ou a
investigação praticada por alguém e para a qual colocou seu conhecimento ou saber
altamente especializado.
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Assim, o exame pericial é importante, pois, embora não esteja adstrito à perícia
para julgar (artigo 182 Código de Processo Penal), poderá o magistrado valer-se do
conhecimento técnico, científico ou artístico sobre toda a matéria a ser julgada
disposto no laudo pericial para formular seu convencimento.
Poderá ser realizada sobre vários meios e coisas que estejam relacionados ao
crime e que necessitem de análise técnica. As perícias poderão recair sobre
instrumentos utilizados na prática delituosa, nas pessoas que fazem parte da
ocorrência, nos locais ou recintos, em documentos e escritos, nos cadáveres; enfim,
todo universo pertinente ao crime e que possa ser submetido à análise técnica.
Conforme o artigo 159, caput e §1º, do Código de Processo Penal: “(...) o
exame de corpo de delito e outras perícias serão realizadas por perito oficial,
portador de diploma de curso superior”, e na falta deste, “por 02 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do
exame”.
Portanto, perito, seja ele oficial ou nomeado, deverá formular o laudo pericial
descrevendo de forma minuciosa tudo que examinar, finalizando com a conclusão
acerca das indagações formuladas pelas partes, consoante artigo 160 do Código de
Processo Penal. Apenas uma ressalva quanto ao enunciado de súmula 361 do
Supremo Tribunal Federal no sentido de que é nulo o exame realizado por um só
perito, considerando-se impedido o que tiver funcionado, anteriormente, na diligência
da apreensão. Trata-se de nulidade relativa, que deve ser alegada em momento
oportuno e ter o prejuízo processual comprovado.
De um modo geral, as perícias são requisitadas quando a persecução penal se
encontra ainda na fase investigativa; o artigo 158 Código de Processo Penal
descreve as circunstâncias em que deverão ser realizadas: “Quando a infração
deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direito ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado”.
Portanto, nos crimes que deixam vestígios, o exame de corpo de delito se
mostra obrigatório, sob pena de operar a nulidade absoluta estampada no artigo
564, inciso III, alínea “b” do Código de Processo Penal.
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O exame de corpo de delito pode ser direito quando for realizado sobre
vestígios materiais que ainda existem, e indireto feito geralmente através de
depoimentos de testemunhas, pois estão ausentes os vestígios materiais do crime,
por uma série de fatores relacionados ao delito, de acordo com o que autoriza o
artigo 167 do Código de Processo Penal.
O exame pericial está capitulado nos artigos 158 a 184 do Código de Processo
Penal, trazendo a forma como deve ser realizada e quais os exames devem ser
feitos em alguns crimes específicos, quais sejam: no homicídio, exame de necropsia
para determinar a causa da morte (artigo 162 do Código de Processo Penal) e
exame do local do crime (artigo 169 do Código de Processo Penal); na lesão
corporal, para classificar a natureza da lesão (artigo 168 do Código de Processo
Penal); no furto qualificado por meio de escalada e destruição ou rompimento de
obstáculo, deve-se apurar o objeto utilizado, a forma de execução (artigo 171 do
Código de Processo Penal), bem como exame grafotécnico para apurar a autoria de
escritos através de comparação de letras, entre outros.
3.4.2 Interrogatório
O interrogatório e tratado nos artigos 185 a 196 do Código de Processo Penal e
trata-se do momento em que o acusado é ouvido pelo juiz sobre as acusações que
lhe estão sendo imputadas
É a oportunidade principal em que o investigado (durante a fase de
investigação; pré-processual) ou réu (durante a ação penal) tem para se defender
das suspeitas ou acusações. Com relação à natureza jurídica, diz-se que o
interrogatório é meio de defesa, pois o investigado ou réu não pode ser prejudicado
se decidir calar-se diante das perguntas que lhe sejam feitas. É o direito ao silêncio
que tem a pessoa no interrogatório.
Essa garantia do cidadão decorre do princípio constitucional da proteção contra
a autoincriminação, também conhecido pela frase em latim nemo tenetur se
detegere, que significa “ninguém é obrigado a descobrir-se” (no que se refere à
produção de provas contra si). É também considerado meio de prova, tendo em vista
que faculta “ao réu que negue a conduta ou a explique, mas também possibilitar a
colheita, pelo juiz, de elementos de convicção” (Gonçalves, 2014, p. 276).
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3.4.3 Confissão
A confissão é um meio de prova disciplinado especificamente nos artigos 197 a
200 Código de Processo Penal. É considerada uma admissão por parte do acusado
da veracidade da imputação que lhe foi feita pelo acusador, na totalidade ou
parcialmente. Assim, “Confissão é a admissão da própria responsabilidade.
Confessar, no processo penal, significa admitir como verdadeiros os fatos imputados
na denúncia ou queixa-crime” (Marcão, 2014, p. 488).
O seu valor probatório é relativo, devendo ser corroborada por outros meios de
prova também admitidos, e avaliada em conformidade com o sistema do livre
convencimento, nos termos do artigo 197 do Código de Processo Penal que
explicita: “O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros
elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as
demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade
ou concordância”.
Como características principais a confissão é um ato personalíssimo, não
podendo ser produzido por terceiro, ainda que portador de uma procuração com
poderes especiais – devendo ser realizado, como regra, na oportunidade do
interrogatório; caso seja feita em outra ocasião, deve ser tomada por termo nos
autos (artigo 199 do Código de Processo Penal). Deve ser produzido na forma oral,
reduzida a termo para se completar validamente.
Deve ainda ser voluntária e espontânea, livre de qualquer coação ou
constrangimento ilegal. É divisível, visto que o Juiz, ao julgar, pode aceitar toda a
confissão ou apenas uma parte dela, como expressamente declinado no artigo 200
do Código de Processo Penal. E mais, é retratável, pois uma vez realizada, o
acusado pode voltar atrás e retratar o que disse, apresentando nova versão sobre os
fatos.
Insta declinar que o silêncio do acusado não pode trazer qualquer
consequência in pejus à sua defesa, não sendo considerado confesso caso silencie,
nos moldes do artigo 186, parágrafo único, do Código de Processo Penal
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3.4.5 Testemunhas
No processo penal, testemunha é toda aquela pessoa que tem conhecimento
sobre algum fato relacionado à causa e que pode certificar sua ocorrência. Ela deve
ser isenta, imparcial, e equidistante das partes. Toda pessoa pode ser testemunha
(artigo 202 do Código de Processo Penal) e deverá prestar compromisso de dizer a
verdade, sob pena de cometer crime de falso testemunho (artigo 342 do Código
Penal). Todavia, não prestarão compromisso de dizer a verdade os menores de 14
anos e os deficientes mentais (artigo 208 do Código de Processo Penal). Podem
recusar-se a depor os ascendentes, descendentes, afins em linha reta, cônjuges e
irmãos do acusado.
São proibidos de depor quem em razão da função (cargo público), do ministério
(prática religiosa), ofício (qualquer outra atividade, ainda que não remunerada) ou da
profissão devam guardar segredo, salvo se desobrigados pela parte interessada
quiserem dar o seu depoimento (artigo 207 do Código de Processo Penal).
Testemunhas suspeitas são aquelas consideradas inidôneas, que transmitam
descrédito ou que possuam óbices psíquicos. Nestes casos, o juiz tomará seus
depoimentos e depois valorará de acordo com seu entendimento.
Contradita: é o meio processual utilizado pelas partes quando entende que a
testemunha é suspeita (tem interesse na causa). Nesse caso, o juiz terá as
seguintes opções: i. perguntará se a testemunha deseja ser ouvida (somente no
caso do artigo 206 – parentes); ii. excluirá e dispensará a testemunha (artigo 207 –
proibidas); iii. ouvirá sem colher compromisso (artigo 208 – menores e incapazes);
ou iv. tomará o depoimento com compromisso e valorará posteriormente.
As testemunhas são classificadas segundo a sua relação com os fatos/partes
nos seguintes termos:
numerárias: são aquelas arroladas pelas partes, de acordo com o número
limitado em lei;
informantes: aquelas que, por não serem obrigadas, não prestam
compromisso, (parentes, interesse na causa, etc);
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3.4.7 Acareação
O significado da palavra “acareação”, também chamada de acareamento,
careação ou confrontação, consiste no ato de colocar frente a frente (vis-à-vis)
pessoas que prestaram seus depoimentos de forma divergente.
Nestor TÁVORA e Rosmar Rodrigues ALENCAR lecionam que “Acarear ou
acaroar é pôr em presença, uma da outra, face a face, pessoas cujas declarações
são divergentes. Ocorre entre testemunhas, acusados e ofendidos, objetivando
esclarecer a verdade, no intuito de eliminar as contradições. É admitida durante toda
a persecução penal, podendo ser determinada de ofício ou por provocação. Tem por
natureza jurídica ser mais um meio de prova”. (2013, p. 467).
Assim sendo, para que acareação seja realizada, a doutrina enumera alguns
pressupostos, sendo eles: deve ocorrer entre depoimentos que tenham sido
prestados no mesmo processo, e que as pessoas já tenham prestado suas
declarações, e exista divergência sobre fato ou circunstância relevante que seja
manifesta e irreconciliável, de maneira que não se possa chegar à verdade pelas
demais provas produzidas nos autos.
Assim, somente poderá ser realizada a acareação quando ocorra divergência
entre depoimentos, isto é, entre pessoas físicas e não entre pessoa e documento, ou
pessoa e laudo pericial.
3.4.8 Documentos
O artigo 232 do Código de Processo Penal conceitua os documentos como
“quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares”. São
considerados documentos: escritos, fotos, fitas de vídeos e som, desenhos,
gravuras, esquemas, cd’s, dvd’s, e-mails, entre outros que sirvam para expressar e
provar um fato ou acontecimento juridicamente relevante.
A natureza jurídica dos documentos é de meio de prova, pois visa a
comprovação de algo. A produção dos documentos no processo penal pode se dar
em qualquer fase, de acordo com o artigo 231 do Código de Processo Penal, ou
seja, podem ser juntados na inicial acusatória, por ocasião da resposta escrita e
durante a instrução criminal. Após a juntada do documento, o juiz deve intimar e
oportunizar a parte contrária que se manifeste quanto à prova produzida.
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3.4.9 Indícios
Nos moldes do artigo 239 do Código de Processo penal, “Considera-se indício
a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por
indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.”
Nesse sentido, “nenhum fato é tão isolado que não guarde relação, direta ou
indireta, com outro fato ou circunstância. Nessa inter-relação inevitável é que o
observador encontra o caminho, por meio do fato secundário, e por indução, para
chegar ao principal que aquele remete” (Marcão, 2014, p. 561).
Como não há hierarquia de provas no sistema processual pátrio, e levando-se
em consideração o sistema da persuasão racional, “não há qualquer óbice, portanto,
para que o juiz fundamente a sentença condenatória com base, exclusivamente, em
prova indiciária, já que a certeza pode, em tese, advir de elementos dessa natureza.
A rigor, até mesmo um único indício pode servir de base para o acolhimento da
pretensão punitiva, desde que se mostre suficiente para convencer o juiz”
(Gonçalves, 2014, p. 314).
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II. Pessoal (artigo 240, §2º do Código de Processo Penal): também chamada
geral, é realizada no corpo, nas vestes, ou nos objetos trazidos pela pessoa.
Ocorre quando “houver fundada suspeita de que alguém oculte: a) arma
proibida; b) coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; c) instrumentos de
falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; d) armas e
munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fins
delituosos; e) objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu; f) cartas,
abertas ou não, destinadas ao acusado; g) qualquer elemento de convicção (CPP,
art. 240, § 1º)” (Tourinho Filho, 2010, p. 631).
Caso a busca seja realizada em mulher, o artigo 249 do Código de Processo
Penal determina que a revista seja feita por outra mulher.
Por fim, vale frisar que com a entrada em vigor da nova Lei nº 13.964/19
(Pacote Anticrime), o juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada
inadmissível, não poderá mais proferir a sentença ou acórdão, esta alteração consta
no novo §5º do artigo 157 do Código de Processo Penal.
Outrossim, acho válido trazer no tópico “provas”, a descrição dos recentes
artigos, nos quais passaram a existir e entraram em vigor com a nova legislação
supra mencionada, vejamos os novos artigos do Código de Processo Penal sobre a
denominada cadeia de custódia.
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os
procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica
do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua
posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de
crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada
a existência de vestígio.
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua
preservação.
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado
ou recolhido, que se relaciona à infração penal.
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio
nas seguintes etapas:
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial
interesse para a produção da prova pericial;
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo
isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios
e local de crime;
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local
de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames,
podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo
indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito
responsável pelo atendimento;
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54
REFERÊNCIAS
SANTOS, Jarbas Luiz dos. Noções introdutórias à ciência do direito. 1. ed. São
Paulo: Manole, 2013.
JESUS, Damásio. Código de processo penal anotado. 22.ed. atual. São Paulo:
Saraiva, 2006.
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal. Niterói, RJ: Impetus, 2012.
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal. Volume único. 2ª Ed.
Salvador: JusPodvm, 2014.
LOPES JR., Aury. Direito processual penal. 12. Ed., São Paulo: Saraiva, 2015.
MIRABETE, Julio Fabrini. Processo penal. 7ª Ed. São Paulo: Atlas, 2006.
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55
NUCCI, Guilherme de Souza. Código penal comentado. 11ª ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2012.
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de processo penal. 11ª ed. Rio de Janeiro:
2009.
PEREIRA E SILVA, Igor Luis. Princípios penais. 1ª Ed. Editora Juspodivm, 2012.
RANGEL, Paulo. Direito processual penal. 21ª Ed. São Paulo: Atlas, 2013.
TOURINHO FILHO. Fernando da Costa. Manual de processo penal. 13ª Ed. São
Paulo: Saraiva, 2010.
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