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Estrutura Atômica

Evolução dos modelos atômicos


Modelo de Thomson
Raios Catódicos e Elétrons
Experimento da Gota de Óleo de
Millikan (1909)
Modelo de Thomson
Modelo de Rutherford
Modelo de Rutherford
Espectros de linhas e o Modelo de Bohr
Espectros de linhas emitidos por tubos com gases a baixa
pressão intrigavam os cientistas do séc. XIX.
Espectros de linhas e o Modelo de Bohr
Ø As cores de gases excitados surgem devido ao movimento dos elétrons
entre os estados de energia no átomo.

Ø As linhas no espectro do hidrogênio se encaixam na equação de


Rydberg:
1 ⎛ 1 1 ⎞
= RH ⎜ 2 − 2 ⎟⎟

λ ⎝ n1 n2 ⎠

Ø onde RH é a constante de Rydberg (1,096776x107 m-1), n1 e n2 são


números inteiros (n2 > n1).

Baseado nos trabalhos de Planck e Einstein, em 1913 Niels Bohr


propôs uma explicação para os espectros de linhas.
Espectros de linhas e o Modelo de Bohr
Primeiramente...
Física clássica: perderiam
Observação do espectro Os elétrons orbitam o núcleo energia continuamente
de linhas do hidrogênio numa trajetória circular
até “cairem” no núcleo.

Posteriormente...
Adoção das ideias de Planck de que as energias eram quantizadas.

Postulados de Bohr:
1. Somente órbitas de raios com energias
definidas, são permitidas para os elétrons.
2. Um elétron em certa órbita permitida tem certa
energia. Um elétron em estado de energia
permitido não irradiará energia e não cairá em
direção ao núcleo.
3. A energia só é emitida ou absorvida por um
elétron quando ele muda de um estado de
energia permitido para outro. Essa energia é em
forma de fóton, E = h.ν.
Os estados de energia do átomo de Hidrogênio
Com seus postulados e as equações clássicas de movimento e interação entre cargas
elétricas, Bohr calculou as energias correspondentes a cada órbita permitida:

⎛ 1 ⎞ n = 1, 2, 3, …,∞ = nível de energia = nº quântico


(
E = − 2,18 ×10 −18
)
J ⎜ 2 ⎟ principal
⎝n ⎠

Cada órbita tem um valor diferente de n e o


raio da órbita aumenta à medida que n
aumenta.
Exercícios
1) Qual é o comprimento de onda e a energia associada à transição de um elétron
do nível 1 para o nível 3?
ℎ = 6,626x10−34 J·s
1 ⎛ 1 1 ⎞ (𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑃𝑙𝑎𝑛𝑐𝑘)
= RH ⎜⎜ 2 − 2 ⎟⎟ 𝑐
λ ⎝ n1 n2 ⎠ 𝐸=ℎ
𝜆 𝑅3 = 1,09677𝑥10; 𝑚=>
1 1 1 (constante de Rydberg)
= 1,09677𝑥10; 𝑚=> Q − Q
𝜆 1 3
1 𝑐 = 2,998𝑥10A 𝑚. 𝑠 =>
= 9 749 066,7 𝑚 =>
𝜆 (velocidade da luz)
1 𝑐
𝜆= 𝐸=ℎ
9 749 066,7 𝑚=> 𝜆
2,998𝑥10 A 𝑚. 𝑠 =>
𝐸 = 6,636𝑥10=DE 𝐽.𝑠
𝜆 = 1,026 𝑥10=; 𝑚 102,6𝑥10 =G 𝑚
𝝀 = 𝟏𝟎𝟐, 𝟔 𝒏𝒎 (UV) 𝑬 = 𝟏, 𝟗𝟑𝟕𝒙𝟏𝟎=𝟏𝟖 𝑱

2) Qual é a energia necessária para causar a transição eletrônica entre os níveis de


energia:
a) n=1 para n=2 b) n=2 para n=3
Limitações do Modelo de Bohr

Ø Pode explicar adequadamente apenas o espectro de linhas do


átomo de hidrogênio.

Ø O elétron é descrito meramente como uma partícula circulando ao


redor do núcleo, mas o modelo não contempla suas propriedades de
ondas.

PRINCIPAIS IDEIAS DO MODELO DE BOHR:

ü Níveis de energia distintos, descritos pelos números quânticos


principais.

ü Variação de energia envolvida na movimentação de um elétron de


um nível para outro.

ü Conceito de estado fundamental ou excitado.


Mecânica Quântica e os Orbitais Atômicos
Quando surgiu o pensamento da mecânica quântica?
• Em 1926, o físico austríaco Schrödinger propôs uma equação
matemática que atualmente é conhecida como a equação de
Schrödinger. Ela incorpora os dois comportamentos do
elétron que são:
• Onda + Partícula = Mecânica quântica

• A resolução da equação de Schrödinger ↔ funções


matemáticas chamadas de funções de onda (Ψ:psi).

Descrevem a questão
ondulatória do elétron.
Ø Ψ não possui significado físico direto.
ü Ψ2 fornece uma possível localização do elétron num
determinado estado de energia.

Densidade de probabilidade de encontrar o


elétron em certa região do espaço
(Densidade Eletrônica)

Ø Ψ2 são chamados de Orbitais.

Ø Orbitais: Regiões de maior


probabilidade de se encontrar o
elétron.

Cada orbital tem ENERGIA


e FORMA característica.
ORBITAL ≠ ÓRBITA
(Mecânica Quântica) (Modelo de Bohr)

No modelo quântico não se pode localizar o


elétron com precisão no átomo

3 nº Quânticos n, l e 1 nº Quântico “n”


ml para descrever o para descrever a
orbital. órbita.

1. Número quântico principal, n: Este é o mesmo ‘n’ de Bohr e


pode ter valores positivos e inteiros 1, 2, 3... À medida que ‘n’
aumenta, o orbital torna-se maior e o elétron passa mais tempo
mais distante do núcleo ó Energia do ē aumenta e a interação
núcleo-ē fica mais “enfraquecida”.
2. O número quântico azimutal, l: Especifica onde o elétron se
encontra e assim a forma do orbital. Pode apresentar valores
inteiros de 0 até n-1 para cada valor de n. Normalmente utiliza-se
símbolos (letras) para l:
Símbolo Valor de l
s 0
p 1
d 2
f 3
3. Numero quântico magnético orbital, ml: Descreve a orientação
do orbital no espaço e pode assumir valores de –l a +l. O n° de
valores de ml para uma determinada subcamada é igual 2l + 1 e
especifica o número de orbitais na subcamada.

Conjunto de orbitais com o mesmo valor de ‘n’ é chamado de


nível eletrônico ou camada eletrônica.
Relação entre os valores de n, l e ml, até n = 4.

ü O nível com número quântico principal n consistirá em


exatamente n subníveis ou subcamadas;

ü P/ o 1º nível (n=1) => um subnível: 1s (l = 0)

ü P/ o 2º nível (n=2) => dois subníveis: 2s (l = 0) e 2p (l = 1)


Representações dos Orbitais
Ø Orbitais s
ü Todos os orbitais s são esféricos;

ü À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores;

ü À medida que n aumenta, aumenta o número de nós;

ü Um nó é uma região no espaço onde a probabilidade


de se encontrar um elétron é zero. Em um nó, Ψ2 = 0;

ü Para um orbital s, o número de nós é n-1;

ü Em um gráfico de Ψ2 em função da distância do núcleo (r),


Ψ2 se aproxima de zero a medida que r aumenta.
Orbitais p
• Cada camada, a partir de n = 2, possui três orbitais ‘p’: px, py, e pz.

• Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x, y e z de um


sistema cartesiano.

• As letras correspondem aos valores permitidos de ml, -1, 0, e +1.

• Os orbitais têm a forma de halteres.

• À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores.

• Todos os orbitais p têm um nó no núcleo, isso significa que embora


um elétron em um orbital s possa ser “encontrado no núcleo”, um
elétron em qualquer outro tipo de orbital não será encontrado lá.
(a) Distribuição de densidade eletrônica de um orbital 2p.

(b) Representações dos três orbitais p. Cada orbital tem um plano nodal
passando pelo núcleo. (O índice inferior nos símbolos dos orbitais
indica o eixo ao longo do qual o orbital se encontra).
Orbitais d e f
• Quando n =3 ou maior existem cinco orbitais ‘d’ e n = 4 ou maior
sete orbitais ‘f’.

• Três dos orbitais d encontram-se em um plano bissecante aos eixos


x-, y- e z.

• Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao longo


dos eixos x-, y- e z.

• Quatro dos orbitais d têm quatro lóbulos cada.

• Um orbital d tem dois lóbulos e um anel.


- 4 dos orbitais têm 2 planos nodais perpendiculares que se cruzam em
uma linha que passa pelo núcleo.
- 1 dos orbitais, o orbital dz2, tem uma superfície nodal que forma dois
cones que se encontram no núcleo.
Uma representação das superfícies-limite dos orbitais f.

A superfície-limite de um orbital indica a região dentro da qual o


elétron é mais facilmente encontrado (probabilidade de 90%);
Átomos Polieletrônicos
Ø Átomos com 2 ou mais elétrons, ou seja, todos os átomos
com exceção do H.

Orbitais e suas Energias

ü Orbitais de mesma energia são conhecidos como


degenerados;

ü Para n≥2, os orbitais s e p não são mais degenerados porque


os elétrons interagem entre si;

ü Portanto, o diagrama de níveis de energia apresenta-se


ligeiramente diferente para sistemas com muitos elétrons.
Spin Eletrônico e o Princípio da Exclusão de Pauli
• O espectro de linhas de átomos polieletrônicos mostra cada linha
como um par de linhas minimamente espaçado.

• Cientistas observaram que o elétron comporta-se como se fosse


uma esfera minúscula rodando em torno de seu próprio eixo – e
chamaram esse movimento de spin eletrônico
• Com isso surgiu um novo número quântico, o número quântico de
spin magnético, ms - pode assumir somente dois valores +½ e -½.
• Estes dois estados de spin foram caracterizados como a rotação de
um elétron em seu próprio eixo em dois sentidos opostos.

• A cada elétron em um átomo pode-se atribuir os valores dos 4


números quânticos (n, l, ml e ms).

• Ao especificar estes valores determina-se a camada, a subcamada,


o orbital e o spin do elétron.
• De acordo com o princípio de exclusão de Pauli, não pode existir
em um átomo dois elétrons que tenham o mesmo conjunto de
número quânticos.

Se num orbital com n, l e ms fixos, for


necessário adicionar mais 1 elétron, a ÚNICA
opção é designar diferentes valores de ms
para cada elétron, para satisfazer o princípio
de exclusão de Pauli.

• Portanto, um orbital pode receber no máximo 2 elétrons


e eles devem ter spins opostos.
Configurações Eletrônicas
• As configurações eletrônicas nos dizem em quais
orbitais os elétrons de um elemento estão localizados.
Regra de Hund: O princípio do preenchimento
• Chamado também de princípio Aufbau é um procedimento que
permite a elaboração de configurações aceitáveis para o estado
fundamental – configuração eletrônica.
Três regras:
1. Os orbitais são preenchidos em ordem crescente de n.
2. Dois elétrons com o mesmo spin não podem ocupar o mesmo orbital
(Princípio de Exclusão de Pauli).
3. Para os orbitais degenerados (mesma energia), os elétrons
preenchem cada orbital isoladamente antes de qualquer orbital receber
um segundo elétron (Regra de Hund).
O Diagrama de Pauling
• O átomo do estado fundamental, isolado ou neutro, apresenta
os seus elétrons em ordem crescente de energia, ou seja, os
elétrons ocupam primeiramente os subníveis de menor energia.
s < p < d< f

O sistema que
determina a ordem
crescente de energia dos
subníveis atômicos.
v Ordem de energia das subcamadas e atribuição dos elétrons
- Os elétrons são atribuídos às subcamadas em ordem crescente do valor
de “n + l”.

As subcamadas com o mesmo


valor de “n + l” os elétrons são
atribuídos primeiro a subcamada
com menor valor de n.
Exemplos:
ü 2s (n+l = 2+0=2) e 2p (n+l = 2+1= 3). Os elétrons são
atribuídos primeiro a subcamada 2s e depois a 2p, ou seja, a
energia da subcamada 2s<2p.

ü 3s (n+l = 3+0=3), 3p (n+l = 3+1= 4) e 3d (n+l = 3+2= 5). Os


elétrons são atribuídos as subcamadas na seguinte ordem de
energias: 3s<3p<3d.

ü Os elétrons preenchem a subcamada 4s (n+l = 4+0= 4) antes


de preencher a subcamada 3d (n+l = 3+2=5).
Aplicando a Regra de Hund
Configurações Eletrônicas Condensadas
• O neônio tem o subnível 2p completo. (Z = 10);

• O sódio marca o início de um novo período. (Z = 11);

• A configuração eletrônica condensada para o sódio pode ser


escrita como:

Na: [Ne] 3s1

• [Ne] representa a configuração eletrônica do neônio.

• Elétrons mais internos: os elétrons no [Gás Nobre].

• Elétrons de valência: os elétrons fora do [Gás Nobre].


Metais de Transição
§ Depois do Ar, os orbitais d começam a ser preenchidos;
§ Depois que os orbitais 3d estiverem preenchidos, os orbitais
4p começam a ser preenchidos.

§ Metais de transição: são os elementos nos quais os elétrons


d são os elétrons de valência.
Lantanídeos e Actinídeos
§ Do Ce em diante, os orbitais 4f começam a ser preenchidos;
§ Os elementos Ce-Lu têmos orbitais 4f preenchidos e são
chamados lantanídeos ou elementos terras raras;
§ As energias dos orbitais 4f e 5d são muito próximas, portanto
os orbitais 5d de alguns lantanídeos são preenchidos;
§ Ex.: La: [Kr]6s25d1 Ce: [Kr]6s25d14f1 Pr: [Kr]6s24f3
Lantanídeos e Actinídeos

§ Os elementos Th-Lr têmos orbitais 5f preenchidos e são


chamados actinídeos;

§ U e Pu são os mais conhecidos;

§ São radioativos e a maior parte dos actinídeos não é


encontrada na natureza.
Configurações Eletrônicas e a Tabela Periódica
Ø A forma moderna da tabela periódica reflete a estrutura eletrônica
fundamental dos elementos.

Ø O número do período é o valor de n.

Ø As colunas na tabela periódica chamam-se grupos (numeradas de


1A a 8A ou de 1 a 18 (IUPAC)). Estão relacionados ao número de
elétrons na camada de valência do átomo.

Ø Os grupos 1A e 2A (1 e 2) têm o orbital s preenchido.

Ø Os grupos 3A -8A (13 a 18) têm o orbital p preenchido.


Ø Os elementos dos grupos 1-2, 13-18 são chamados de elementos
representativos e compreendem todos os elementos dos blocos s e
p, ou seja, os elétrons de valência se encontram nos orbitais s e p.

Ø Os grupos 3B - 2B (3-12) têm o orbital d preenchido. Os elementos


destes grupos são chamados de elementos de transição, esses
englobam os blocos 3d, 4d, 5d e 6d.

Ø Lantanídeos (4f) e os actinídeos (5 f) têm o orbital f preenchido.


Eles se localizam no 6o e 7o períodos da tabela periódica e são
chamados de elementos de transição interna.
• A tabela periódica é utilizada para organizar os 114 elementos de modo
significativo;
• Como consequência dessa organização, existem propriedades periódicas
associadas à tabela periódica.
• Alguns dos grupos na tabela periódica recebem nomes especiais, que
indicam as similaridades entre os membros de um grupo:
• Grupo 1 (1A): Metais alcalinos (ns1)
• Grupo 2 (2A): Metais alcalinos terrosos (ns2)
• Grupo 3 (3A): Grupo do Boro (ns2 np1)
• Grupo 4 (4A): Grupo do carbono (ns2 np2)
• Grupo 5 (5A): Grupo do Nitrogênio (ns2 np3)
• Grupo 6A: Calcogênios (ns2 np4)
• Grupo 7A: Halogênios (ns2 np5)
• Grupo 8A: Gases nobres (ns2 np6)
Os elementos na tabela periódica podem ser classificados
ainda como:

v Metais – são bons condutores de eletricidade e calor,


dúcteis (podem ser transformados em fios), maleáveis
(podem ser transformados em folhas finas), duros e
tenazes.

v Metalóides – apresentam propriedades intermediárias


entre os metais e não-metais. São eles: Boro (B), Silício
(Si), Germânio (Ge), Antimônio (Sb), telúrio (Te), Polônio
(Po) e Arsênio (As).

v Não-metais – são maus condutores de eletricidade e calor.

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