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N° 37 - Abril 2011

Revista Digital de Podologia


Gratuita - Em português
O MAIOR EVENTO DE BELEZA PROFISSIONAL DO PLANETA

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Congressos nos dias 5 e 6 de junho e a Satisfação dos Clientes
• Aspectos Contratuais, Trabalhistas
ll Congresso de Negócios para Spas, e Fiscais na Gestão de um Spa
Clínicas, Centros de Estética e Saúde • Tratamentos para Spas Médicos e o
Paciente: A Sinergia do Rejuvenecimento
ll Congresso em Estética Aplicada
• Causas Intrínsecas e Extrínsecas
ll Congresso Multiprofissional para do Envelhecimento

Saúde dos Pés • Tratamentos Simples e Efetivos para Sua


Clínica ou Spa
Pós-congressos no dia 7 de junho • Reconstrução Facial e Rinoplastia

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Após a apresentação de um caso por parte do palestrante (com o paciente presente) cada um
dos outros palestrantes descreverá que tratamento aplicaria em cada caso desde sua posição
como integrante da equipe multiprofissional, abrindo espaço para perguntas dos congressistas,
criando a interessante opçao de interagir com os palestrantes gerando uma gratificante troca de
experiências .

II Congresso Multiprofissional para a Saúde dos Pés


5 de junio - Domingo 6 de junio - Segunda
Tratando as úlceras através da Aplicação do Laser e Led na podologia.
Ortopodologia. Casos práticos.
Israel de Toledo
Carlos Eduardo Zamboni
Podólogo/Ortesista - Brasil
Físico - Brasil

Avaliação do ciclo do caminhar e pre- Avaliações e técnicas modernas apli-


ssões plantares em pacientes diabéticos cadas ao Pé Diabético.
com e sem neuropatia sensitiva. Dr. Edgar Herrera - El Salvador.
Miguel Oliveira - Podologo - Portugal

Vários aspectos de uma lesão plantar. Pé diabético: prevenção com respon-


Paciente ao vivo. sabilidade para eliminar complicações.
Juciane Krambeck Paciente ao vivo.
Enfermeira/Podologa - Brasil Ana Cristina Lima Brandini
Podologa - Brasil

Após as palestras das Podologas Krambeck e Brandini, Fórum aberto de discussão de caso ao vivo, onde
poderão ser feitas perguntas aos palestrantes e interagir com eles gerando uma troca de experiências.

Mais informações: currículo palestrantes, horários palestras, sínteses dos temas, hoteis,
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Revista podolog ia . c om n° 3 7
A b ril 2 0 1 1

C o rre s p o n d e n t e s

Chile
Diretor Geral Podólogo Pablo Farías Mira
Sr. Alberto Grillo [email protected]
[email protected]
Cuba
Diretor C ientífic o Podóloga Miriam Mesa
Podólogo Israel de Toledo [email protected]
[email protected]
Portugal
Podólogo Dr André Ferreira
[email protected]

ÍNDICE

Pag.
5 - Síndrome do Cuboide.
Lirios Dueñas Moscardó, Fisioterapeuta. Espanha
7 - Fricção Plantar: Dar uma Luz no “Ponto Escuro”.
Metin Yavuz, PhD. USA
15 - Problemas Dermatológicos. Alterações Freqüentes nas Unhas.
Dra. M. Mar Ballestero Torrens. Dr. Montse Andreu Miralles. Espanha.

Humor
Gabriel Ferrari - Fechu - pag. 28.

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Tel: #55 19 3365-1586 - Campinas - San Pablo - Brasil.
www.revistapodologia.com - [email protected]
La Editorial no asume ninguna responsabilidad por el contenido de los avisos publicitarios que integran la presente edición, no solamente por el
texto o expresiones de los mismos, sino también por los resultados que se obtengan en el uso de los productos o servicios publicitados. Las
ideas y/u opiniones vertidas en las colaboraciones firmadas no reflejan necesariamente la opinión de la dirección, que son exclusiva responsabi-
lidad de los autores y que se extiende a cualquier imagen (fotos, gráficos, esquemas, tablas, radiografías, etc.) que de cualquier tipo ilustre las
mismas, aún cuando se indique la fuente de origen. Se prohíbe la reproducción total o parcial del material con tenido en esta revista, salvo
mediante autorización escrita de la Editorial. Todos los derechos reservados.

www.revistapodologia.com 4
Síndrome do Cubóide.
Lirios Dueñas Moscardó - Fisioterapeuta. Espanha.

O que é a síndrome do cubóide? Sintomas da síndrome do cubóide

A síndrome do cubóide se da quando o múscu- Dor na parte externa do pé ao apoiar-se sobre


lo peróneo lateral longo produz uma tração o pé.
excessiva sobre o osso cubóide do pé, fazendo Pode estar precedido por uma torção do
que este se subluxe (uma deslocação parcial). tornozelo por inversão.
Esta lesão vem freqüentemente associada com Muitos dos que padecem desta síndrome
a tendinopatia peroneal. fazem uma hiper-pronação muito significativa.

Tratamento da síndrome do cubóide

Manipulação por um profissional em terapia


manual do osso cubóide, fazendo-o retroceder
ate sua posição natural.
Se a tendinites dos peróneos é um fator desen-
cadeante devera ser tratada também por meio do
cyriax nos peróneos, tratamento dos pontos gatil-
ho ativo, massagem com gelo, estiramentos,
ultra-sons, etc.

Lirios Dueñas Moscardó.


Profesora de la Facultad de Fisioterapia
de la Universitat de València.
[email protected]
www.revistapodologia.com 5
Fricção Plantar: Dar uma Luz no “Ponto Escuro”.
Metin Yavuz, PhD. USA.

Os investigadores e os profissionais vão se A diferença entre os dois cenários é a superfí-


dando conta de que os picos de pressão plantar cie sobre a que se aplica a força, por tanto, a
máxima pode não ser tão úteis para a previsão e magnitude da força por unidade de área, ou seja
a prevenção de úlceras do pé diabético como se o stress. É evidente que a superfície da ponta de
pensava anteriormente, e estão começando a um alfinete é muito menor que a superfície da
centrar sua atenção na fricção plantar. palma, e, por conseqüência, o alfinete induz
A fricção plantar e sua importância na ulcer- altos níveis de stress. Por tanto, a utilização de
ação diabética ainda não se têm estudado altas magnitudes de stress é o mais apropriado
amplamente, diz o doutor David Armstrong para quando o interes é a rotura do material.
referir-se a estes roces dizendo recentemente
que é para o podologo um “ponto escuro” (ver “a Igual que nosso globo, a pele da planta do pé é
loucura da fricção: mais para la da pressão plan- mais vulnerável as maiores tensões que atuam
tar”, 2010 ler Guia de Recursos, pagina 12). sobre ela. Como não podemos identificar as con-
Neste artigo revisaremos os dados básicos sobre centrações de forças especificas vigilantes com
as forças no roce plantar do pé e os estudos pré- uma plataforma de força, se tem desenvolvido
liminares realizados nos últimos anos, em uma dispositivos para medir os esforços verticais (é
tentativa de levar uma luz para a metáfora do Dr. dizer, as pressões) baixo o pé. Graças a disponi-
Armstrong. bilidade das plataformas de pressão comercial,
os investigadores têm explorado a associação
Durante a caminhada humana, as forças de entre as pressões plantares e as aparições de
reação do solo (GRF) atuam nas três dimensões úlceras em pacientes com diabetes.
por baixo do pé. Muitas patologias do pé, em
particular as úlceras do pé diabético, se tem Estudos iniciais de pressões plantares reve-
associado com estes fatores mecânicos. Os dois laram que pressões plantares maiores impõem
componentes principais do GRF, é dizer, vertical mais riscos de úlceras em pacientes com neu-
(normal) e as forças horizontais (fricção), podem ropatias periféricas, 1-4. Mais tarde, especial-
ser medidas por uma plataforma de força. Mas, mente em estudos de mostras grandes, se viu
como as placas só podem proporcionar dados que a sensibilidade e a especificidade das
sobre a força global e não especifica a qual pressões plantares na determinação da ulcer-
região plantar, em particular, seu valor clinico é ação não são tão assim como pensamos. 5,6 Os
limitado. O stress plantar, que com o fim de ser estudos também revelarão que os pacientes com
calculada, requer informação da área de superfí- valores normais de pressão plantar podem ulcer-
cie, e não se pode avaliar com este tipo de ar-se, enquanto que os pacientes com pressão
equipes. elevada podem não ulcerar-se 7,8 Por outra
parte, em um dos vários estudos prospectivos,
Na ciência dos materiais, medir a tensão no observou-se que as úlceras ocorrem nos locais
local da força se utiliza para determinar se em de pressão máxima em só 38% de pacientes. 9
um material se produzira um erro ou ruptura Como resultado, a pressão máxima tem sido eti-
quando se aplica forças externas. O stress pode quetada como uma “ferramenta dos pobres”
ser basicamente descrito como a intensidade da para identificar aos pacientes em risco.6 A pesar
força, ou a força media por unidade de superfí- do informe de Shaw e Boulton10 em 1996 que
cie. Calcula-se dividindo o valor da força pela indica um papel mais importante do impulso nas
área de superfície sobre a que atua a força. patologias de lesões do pé diabético, por des-
Para entender a diferença entre a força e o graça, o tempo de pressão integral não se tem
stress, pensemos em um globo de látex inflama- estudado profundamente.
do. Se aplicarmos uma força de uma libra neste
globo com a palma de sua mão, o mais provável Vários desafios na medição do outro compo-
é que se manterá intato. Mas, se aplicamos nente importante da GRF têm deixado investi-
exatamente a mesma quantidade de força com gadores presos a dados de uma sola dimensão (é
um alfinete, o mais provável é escutar um forte dizer, a pressão) para a avaliação de anormali-
“pop!”. dades nos pés. Como resultado, a fricção plantar
www.revistapodologia.com 7
destaca desde faz muito tempo um mistério na
biomecânica do pé, especialmente na investi-
gação do pé diabético. Restrições aos dados de
pressão disponíveis levo a uma tendência na
comunidade cientifica para simplificar a etiologia
da úlcera do pé diabético na patologia da
pressão de por si, a pesar de um primeiro estu-
do que demonstro a importância da fricção plan-
tar.11

Quantificação da fricção

A necessidade de um sistema valido e confiav-


el para quantificar as forças de pressão no pé
deram como resultado o desenvolvimento da
plataforma de pressão na clinica de Cleveland
(Figura 1). Entre 2005 e 2007, avalio-se uma
serie de patologias do pé utilizando este disposi- Figura 1
tivo.12-16 No nosso amplo estudo temos com- Plataforma para medir a pressão da fricção e cmo
parado a distribuição de tensões na fricção plan- coloca-se o pé.
tar em pacientes com neuropatia diabética e
sujeitos de controle sãos.13 Nossa investigação
tem revelado que os picos de pressão e os locais
da fricção no pé não se sobrepõem na maioria
dos pacientes (Figura 2).

De fato, em 60% dos pacientes com neuropatia


diabética, o local de pressão máxima e o local da
fricção plantar estão separados por mais de uma
polegada.12 Este descobrimento tem potencial
para explicar porque as úlceras não necessaria-
mente se desenvolvem em lugares de pico de
pressão. Surpreendentemente, os lugares de pico
de pressão e da fricção plantar não se sobrepõe
em 35% dos sujeitos de controle.
Figura 2
Também temos observado os valores de
Os picos de pressão e os lugares de fricção podem
pressão plantar nos pacientes diabéticos que
estar em diferentes localizações por baixo do pé.
foram significativamente mais altos que os val-
Amostra-se um caso representativo de diabético. A
ores correspondentes nos sujeitos de controle
cor e as zetas rpresentam a pressão e a fricção
sãos. A diferença nas variáveis de alguns era tão
respectivamente. Os datos estão visualizados pelo
grande como 132%. Por outro lado, a pressão
software FootVis (Infoscitex, Waltham, MA)
máxima em pacientes com diabetes foi maior em
só 23%, quando se compararão os grupos de
sujeitos. um vale, com forças positivas e negativas avali-
adas em um passo simples.
Tempo duplo Isto se deve a que experimentamos tanto as
forças de freio e propulsão embaixo de nossos
Ao final de estes estudos, também atraiu a pés em uma posição única.
atenção dos investigadores da freqüência de apli-
cação das forças da fricção do pé, que é o duplo Porem, dado que os dados recolhidos por uma
da força vertical (é dizer, a pressão). Isto pode plataforma de força provem da superfície plantar
ser obvio considerando o conjunto de dados toda, características de determinadas regiões
recolhidos por uma plataforma de força durante das forças do fricção no pé ainda não se con-
a caminhada normal. heciam.

A projeção ântero-posterior (é dizer, proa a Nosso estudo tem demonstrado que uma
poupa) e a curva meio-lateral obtidos por uma região determinada baixo o pé, como a cabeça
plataforma de força solem apresentar um pico e do primeiro metatarsiano, pode experimentar
www.revistapodologia.com 8
forças anteriores e posteriores em um só passo
(Figura 3).13 Também se observo que a fricção
meio-lateral atua de uma maneira similar.

A amplamente aceitada teoria da ulceração do


pé diz que “as úlceras se produzem devido a ten-
sões repetitivas moderadas.”17 O fato de que as
forças de fricção no pé se produzem duas vezes
mais que as forças verticais sugere que as forças
de fricção desempenham um papel importante
na ulceração a pesar das menores magnitudes
relativas à pressão. A razão consiste no princípio
do mecanismo da “falha por fadiga”.

Falha por fadiga se define como a incapacidade


progressiva de um objeto devido à carga repetiti-
Figura 3
va. Em termos gerais existem dois mecanismos
Pressão (azul) e fricção anteroposterior (em vermel-
que causam uma ruptura no material:
ho) as curvas de um paciente diabético registrado
macroscópica e microscópica.
por um só sensor do dispositivo.
Ruptura do tecido devido a um traumatismo
agudo pode-se considerar uma falha macroscópi- são máxima que o material pode suportar. Se
ca. Em tal cenário, se a tensão aplicada é supe- estas forças atuam sobre o tecido de forma
rior a resistência do material, o tecido se rompe repetitiva durante longos períodos de tempo, o
instantaneamente. dano microscópico se acumula, e, finalmente, o
tecido se rompe. Os determinantes da ruptura
A ruptura do material depende da magnitude neste caso são a magnitude da tensão e a
da tensão aplicada. Porem, no caso da insufi- repetição das cargas cíclicas (repetição dos cic-
ciência microscópica de um tecido, as forças los esta diretamente relacionada com a freqüên-
aplicadas podem ser muito menores que a ten- cia de aplicação e duração).

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Curvas de ciclo de stress

Os investigadores que investigam a ruptura por


fadiga dos tecidos brandos e outros materiais no
geral obtêm dados para avaliar o stress do ciclo
(S-N), curvas que ajudarão a determinar se e
quando no material se produzira uma ruptura em
circunstancias diferente. Uma curva típica de S-
N pode-se encontrar na Figura 4.

Pode ver-se neste gráfico que diferentes


números de repetições com o mesmo valor de
tensão pode romper o material para baixo ou
deixá-lo intacto. Por isso, é essencial realizar o
dobro de repetições diferentes de pressões na
fricção do pé quando o interesse é a ruptura do
Figura 4
tecido. Desafortunadamente, ate a data não tem
Uma curva típica de S-N para um objeto arbitrário.
dados para desenhar curvas S-N para o tecido
Coordenadas em e por acima da curva indicam que
plantar. Apesar de que tais experimentos não
o material falharia na combinação do ciclo de
poderão desenvolver-se nos tecidos vivos (é dizer,
estresse. Pela mesma magnitude da tensão, se o
em pacientes com diabetes), fazendo-o em
número de repetições é superior a um valor limite, o
cadáveres e/ou estudos com animais podem
material vai falhar (quebrar).
jogar algo de luz sobre este tema.

Forças de fricção em ou debaixo do pé também podem reduzir as magnitudes dos picos de


se acredita que causam hiperqueratosis e bolhas. pressão mediante a distribuição da pressão
Geralmente calos nos pacientes diabéticos solem sobre uma superfície maior.
preceder as úlceras, que podem ser percebidas
como um alerta de sinais.18,19 Uma vez que o Pode ser bem possível que para diminuir o
calo plantar se desenvolve embaixo do pé, atua maior stress de fricção, tomemos uma abor-
como um elevador da tensão vertical. O efeito é dagem similar. Nestes cenários, o uso de apar-
similar a ter uma pedra no sapato e caminhar elhos ortopédicos não altera a força neta vertical
sobre ela, o que provocará dor em um individuo (que não seja à força do impacto no talão) ou a
são, devido as elevadas tensões nessa região. pressão no pé. Curiosamente, enquanto que as
palmilhas de pressão não podem reduzir o peso
Principalmente por isso que veremos pressões corporal de um individuo, podem ser fatíveis para
máximas nos locais dos calos, a formação de reduzir a força de pressão netas no pé através de
calos conduz a uma maior pressão. Mas, a diferentes mecanismos. Mas antes de abordar
relação entre os calos e a pressão elevada não este conceito, gostaria de apresentar um exemp-
significa necessariamente que os calos se pro- lo de como a redução de fricção pode funcionar.
duzem devido às altas pressões. Na verdade, em
estudos realizados já na década de 1950, Que sente quando se conduz sobre neve ou
demonstrou-se que se formam hiperqueratosis gelo? Os leitores dos estados do sul do Norte
na presença de força de fricção ou atrito.20,21 America não podem ter nenhuma experiência
Por tanto, a investigação das forças a este com este desafio (predomina o clima quente),
respeito também é crucial para compreender mas uma resposta provável é a sensação de pati-
melhor a etiologia da úlcera e reduzir ao mínimo nar. Apesar de que os nemáticos do auto o man-
úlceras plantares. tenham direcionado, não podem recorrer muita
distancia devido a pouca fricção entre os nemáti-
Durante minha carreira como biomecânico do cos e a neve ou gelo.
pé, me deparei com uma pergunta fundamental
para qual eu não era capaz de encontrar uma Acredito que a mesma idéia se aplica na loco-
resposta exata: Como podemos reduzir a fricção moção humana. Se fosse possível reduzir as
plantar? Como sabemos, os seres humanos forças de pressão nos pés de uma pessoa, esta
necessitam as forças plantares para poder cam- pessoa teria passos mais curtos. Na verdade, os
inhar e correr, assim que, que aconteceria se investigadores têm estudado a relação entre a
poderíamos eliminar ou minimizar isto? É um distancia do passo e a força de propulsão no pé
feito conhecido que as palmilhas para diabéticos e tem mostrado uma forte correlação entre o
www.revistapodologia.com 10
Convidam ao
12º Cosmo Beauty Congress - Podologia - Domingo 19 de Junho
Palestrantes e temas
Israel de Toledo - Podólogo/Ortesista - São José dos Campos - SP
Especialista em Pés Diabéticos (Hospital Brigadeiro)- Ortesista - Especializado em Palmilhas
Ortopédicas (Flexor - Espanha) - Especializado em Palmilhas Ortopédicas (ABOTEC - Assoc. Brasileira
de Ortopedia Técnica) - Autor da Técnica de Toledo para Palmilhas Ortopédicas (patenteada)
Diretor Científico da Revistapodologia.com
- Tema: Técnicas de ortopodologia.
- Síntese: A Podologia tem sofrido muitas evoluções e a Ortopodologia é uma das principais, pois
envolvendo a biomecânica, matérias distintos e novas tecnologias, leva a Podologia há um nível
técnico científico relevante e siginificativo em meio a área da saúde.
Clarice Nunes Bramante - Podóloga - Sorocaba - SP
Instrumentadora Cirúrgica, formada como Podóloga a 13 anos, Coordenadora dos Cursos Técnico em
Podologia e Podologia Hospitalar (com especialização em Pés Diabéticos), atuante nos Postos de
Saúde em Sorocaba como Podóloga e num Hospital Estadual, Acadêmica em Enfermagem.
- Tema: Tirando todas as dúvidas entre o pé diabético e a Podologia.
- Síntese: Muitos podólogos tratam dos pés diabéticos, mas nem todos conhecem realmente os riscos,
conhecer o grau de risco, definirá o tipo de tratamento a ser realizado.
Dra. Fabiana Salazar – Dermatologista – São Caetano do Sul - SP
Médica Dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, membro da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Dermatológica e da Academia Americana de Dermatologia.
- Tema: Questões dermato funcionais das unhas.
- Síntese: Há diversas onicopatias que se assemelham muito clinicamente, é preciso saber como dife-
renciá-las e como manejá-las corretamente.
Ítalo Batista Ventura - Podologo - Professor - Guarulhos - SP
Podologista Graduado pela Universidade Anhembi Morumbi.
Professor de Habilidades clínicas e Biomecânica no colégio técnico Santa Maria Goretti.
- Tema: Inovando com a tecnologia em favor da podologia.
- Síntese: No Brasil temos a oportunidade de aperfeiçoar-mo-nos e atualizarmos em tecnologias e novi-
dades em terapias e metodologias para os tratamentos em saúde no dia a dia do podólogo.
Esta palestra tem por intuito abrir as portas do novo e as mentes para as possibilidades.
Renato Butsher - Podologo - São Paulo - SP
Curso Superior de Formaçâo específica em Podologia e Graduação em Podologia pela Universidade
Anhembi Morumbi, Pós Graduando em Educação pela Universidade Paulista, Delegado representante
Brasileiro da Confederaçâo Latino-Americana de Podologia.
- Tema: Onicoórtese e suas Evoluções.
- Síntese: Este trabalho tem a finalidade de apresentar aos podologos, as principais onicoórteses (FMM,
Fio metálico com ganchos, resina fotopolimerizavel, dispositvo espaçador, elástico, boton entre outras)
disponiveis no mercado e suas aplicações.
Sr. Carlos Eduardo Zamboni – Físico – São Paulo - SP
Estudos em Engenharia Mecatrônica, Publicidade, Ortomolecular, Física Quântica.
Introdutor da Terapia Fotodinâmica por LED na Podologia e Estética.
- Tema: Aplicação do Laser e Led na podologia. Casos práticos.
- Síntese: Desmistificando a fototerapia, diferenças do led em relação ao laser, a cor e suas curas, fazer
o profissional conseguir tudo que deseja com o seu trabalho (baseado em PNL).

Valor do Congresso Podologia:


Estudante R$ 75,00 - Profissional R$ 82,00

Mais informações e para fazer as inscrições do congresso:


(11) 2187-7538 / 0800 17 9292 - [email protected]
pico de fricção e a distancia do passo.22-24 É has não reduzem a eficácia em voluntários sãos
seguro dizer que vamos ter passos mais curtos como não o fazem em in vitro.26 Têm um
se as forças embaixo do pé se reduzirem. numero de razões possíveis para nossos resulta-
dos, mas me gostaria fazer hincapé que se deve-
Nos pacientes com diabetes, esta relação riam fazer um amplo conjunto de testes in vitro e
impõe um dilema. Por um lado, ao diminuir a in vivo em tais desenhos ortopédicos antes que
força da fricção da planta do pé, a incidência das se pode considerar completamente funcionais.
úlceras do pé também se pode baixar. Por outro
lado, a redução seria possível a custo de aumen- Incluso, pode ser desenhado em um futuro
tar o numero da repetição, como seria necessário próximo um aparelho ortopédico que reduz efi-
para cobrir uma distancia determinada. Posto cazmente as forças de fricção no sapato, mas
que, todavia não sabemos o que as combinações deve justificar e deve fazer frente a magnitude
de magnitudes das forças e a repetições causa das repetições porque senão pode gerar um
na pele (rupturas), é difícil determinar se a problema paradoxico.
redução seria benéfica para todos.
A complexidade da resposta
Na atualidade, têm uns poucos dispositivos
ortopédicos disponíveis que pretendem reduzir a Pessoalmente, acredito que a pele, seja na mão
força da fricção por debaixo do pé, empregando ou embaixo do pé, responde as forças mecânicas
diferentes métodos.25 Recentemente temos de diferentes maneiras, às vezes mediante a for-
avaliado a eficácia biomecânica ao vivo de dois mação de uma bolha, outras vezes um calo ou
sistemas de palmilhas para reduzir as forças, no uma úlcera.
Laboratório de Biomecânica da Universidade de
Ohio de Medicina Podologica. O tipo da resposta depende da relação de
forças à pressão da fricção, o reconto de
Não vou a entrar nos detalhes deste estudo, repetição e a duração da aplicação, ademais de
mas o que temos encontrado é que estas palmil- fatores ambientais e fisiológicos como a grossura

www.revistapodologia.com 13
da pele, a umidade e a temperatura. threshold for ulceration risk using the EMEDSF platform
A relação da pressão e a fricção na realidade [abstract]. Diabetes 1993;42(S1):103a.
determinam se um objeto desliza sobre outro. 8. Ledoux WR, Cowley MS, Ahroni JH, et al. No relation-
Tal deslocamento, ainda que seja em uma área ship between plantar pressure and diabetic foot ulcer inci-
dence after adjustment for ulcer location. American
pequena e instantânea, é um fator importante e
Diabetes Association 65th Scientific Sessions (Abstract
determinante na integridade estrutural dos teci- #67-OR), San Diego, June 2005.
dos brandos, já que pode impor um risco para a 9. Veves A, Murray HJ, Young MJ, Boulton AJ. The risk of
saúde. foot ulceration in diabetic patients with high foot pressure:
a prospective study. Diabetologia 1992;35(7):660-663.
Para predizer como a pele responde a fatores 10. Shaw JE, Boulton AJM. Pressure time integrals may
mecânicos requer uma maior investigação e elab- be more important than peak pressures in diabetic foot
oração. Ate então, para o podologo o “ponto ulceration (Abstract). Diabet Med 1996;13(Suppl 7):S22.
escuro” se manterá nas sombras. 11. Pollard JP, Le Quesne LP. Method of healing diabet-
ic forefoot ulcers. Br Med J (Clin Res Ed)
1983;286(6363):436-437.
Metin Yavuz, PhD, obtuvo su doctorado en el pro-
12. Yavuz M, Erdemir A, Botek G, et al. Peak plantar
grama conjunto Ingeniería Biomédica Aplicada de la
pressure and shear locations: relevance to diabetic
Cleveland Clinic y Cleveland State University, bajo la
patients. Diabetes Care 2007;30(10):2643-2645.
supervisión del Dr. Brian Davis. En la actualidad
13. Yavuz M, Tajaddini A, Botek G, Davis BL. Temporal
realiza investigaciones en el Colegio de Ohio de
characteristics of plantar shear distribution: relevance to
Medicina Podológica, con un enfoque en la bio-
diabetic patients. J Biomechanics 2008;41(3):556-559.
mecánica del pie diabético.
14. Yavuz M, Davis BL. Regional analysis of plantar fore-
foot shear stress distribution in athletic individuals with a
Reconocimiento: El autor desea expresar su
history of frictional blisters. J Am Podiatr Med Assoc
agradecimiento al Dr. Vicente Hetherington y Joani
2010;100(2):116-120.
Lannoch del Colegio de Ohio de Medicina Podológica
15. Yavuz M, Hetherington VJ, Botek G, et al. Forefoot
por la prestación de apoyo durante la preparación de
plantar shear stress distribution in hallux valgus patients.
este artículo.
Gait Posture 2009;30(2):257-259.
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www.revistapodologia.com 14
Problemas Dermatológicos.
Alterações Freqüentes nas Unhas.
Dra. M. Mar Ballestero Torrens. Dr. Montse Andreu Miralles. Espanha.

A unha é uma lâmina queratinizada situada no idade.


dorso da ponta dos dedos das mãos e pés. Esta
lâmina queratinizada ou lâmina ungueal, descan- A coiloniquia é uma inversão na curvatura da
sa sobre um epitélio escamoso queratinizado, o lâmina ungueal que lhe confere um aspecto côn-
leito ungueal. Esta rodeada por dois sulcos late- cavo dorsal (colher).
rais e um sulco proximal da pele, este ultimo
muito queratinizado que se denomina eponíquio É muito freqüente na infância, especialmente
ou cutícula. A pele situada baixo o extremo livre no dedo gordo do pé, ainda que também se vê
distal da unha se denomina hiponíquio. nos demais dedos. Não sole ser um indicador de
deficiência de ferro ou de cistina como ocorre no
Debaixo do sulco ungueal proximal se encontra adulto.
a matriz, que esta composta por um grupo de
células basalioides que se multiplicam e querati- Os capilares tão evidentes na dobradura
nizam sem formar grânulos de queratohialina, ungueal amadurecem para a forma adulta em
dando origem a lâmina da unha. A porção distal poucos meses, dependendo do peso da criança,
da lâmina esta composta por ortoqueratinha, a fazendo-se imperceptíveis.
próxima esbranquiçada, chamada lúnula, esta
composta por paraqueratina. A proliferação con- As linhas de Beau são depressões centrais da
tinua das células da matriz produz o crescimen- lâmina que chegam a ver-se em um 92% das
to da unha. crianças entre 4 e 14 semanas de vida e que
podem exacerbar-se se tem tido sofrimento fetal
Como derivado ectodérmico composto de que- intra-uterino.
ratina, a placa ungueal cresce para a parte distal
dos dedos a partir de uma dobradura de epider- Um achado ocasional são as lesões de bolhas
mes aderido ao leito ungueal o qual esta próxima auto-infligidas, que se vê no dorso dos dedos e
a matriz em sua parte proximal. A unha cresce polegar ao nascer, atribuindo-se a própria sucção
lentamente desde o primeiro dia depois do nas- dentro do útero.
cimento, posteriormente é mais rápido ate voltar
a ser mais lento na velhice. O crescimento Sinais ungueais próprios da velhice
ungueal é maior nas mãos (0,8 mm/semana)
que nos pés (0,25 mm/semana), especialmente Ao longo da vida as unhas recebem muitas
na mão dominante. agressões externas e internas, o que faz que
apresentem uma serie de modificações, algumas
As alterações ungueais podem ser devidas a das quais podem considerar-se normais (formam
um processo patológico local, a uma manifesta- parte do crono-envelhecimento cutâneo),
ção de uma doença cutânea ou a uma alteração enquanto que outras representam uma patologia
sistêmica. As alterações de origem hereditária mais ou menos freqüente nos indivíduos de idade
também podem afeta-las. É importante realizar avançada.
uma historia clinica completa e uma exploração
física do resto da pele. Em ocasiões ocorre que As alterações ungueais devidas à idade se
as alterações ungueais são o único sinal de doen- devem a reiteração de agressões externas (fric-
ça. ção, pressão, alterações de temperaturas, etc.),
mas sobre tudo as progressivas modificações
Sinais ungueais próprios da infância fisiológicas do organismo (alterações vasculares,
neurológicas e osteoarticulares senis), ao pro-
A unha ao ser fina e transparente se curva pelo gressivo crono-envelhecimento dos epitélios
extremo distal ao nascimento. É freqüente a oni- (manifestado pelo retardamento na atividade dos
cosquises (esfoliação transversal em capas da queratinócitos), a xeroses (por diminuição dos
margem distal da unha, com descoloração desta lipídios de superfície e progressiva desidratação)
zona), troca muito freqüente em unhas dos pés e as alterações hormonais e nutricionais.
das crianças. Estas alterações e a presença de A isto deve somar-se o feito de que o idoso tem
crestas longitudinais da unha diminuem com a mais dificuldade para executar os cuidados higiê-
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nicos necessários. Ademais, pode influir a medi-
cação que toma e adiciona-se a outras doenças Foto 1
que possa padecer. Todo isto faz que a lâmina
ungueal seja mais grossa e seca, menos brilhan-
te e de superfície menos lisa.

Esta distrofia ungueal pode ser especialmente


acentuada na primeira unha dos pés, onde
pequenos traumatismos são mais intensos e fre-
qüentes, de tal forma que com muita freqüência
a lâmina adquire um engrossamento marcado
(paquioníquia), opacidade, pigmentação e sulcos
transversais. O hallux valgus (“joanete”) se soma nado com a pressão que exerce os tumores
as causas antes citadas e provoca uma fricção malignos ou benignos na dobradura ungueal. A
excessiva na cara interna do primeiro dedo, des- aparição de sulcos longitudinais também pode
truindo as dobraduras laterais e favorecendo o ser produzida pela presença de quistes mixóides.
crescimento vertical da lâmina. Se forem múltiplos podem ser fisiológicas, oni-
correxis ou unha senil, insuficiência vascular,
Alterações patológicas mais freqüentes são as líquen plano, artrites reumatóide, congelamento.
infecções do aparelho ungueal como a onicomi-
coses. As alterações típicas da onicomicoses são: Se apresentam-se isoladas: familiar, distrofia
onicólises, hiperqueratoses subungueal, cromo- mediana canaliforme (é uma estria que recorre
niquia, destruição da lâmina e distrofia impor- longitudinalmente à unha, podendo abarcar a
tante. Tem que ter em conta que estas alterações grossura da unha, geralmente dos polegares. A
são também características de outros processos, unha acaba dividida na parte media, da qual
principalmente da psoríase ungueal, com a que saem umas crestas curvadas para trás formando
sempre levanta o diagnostico diferencial. uma imagem em <<pinho invertido>>. Costuma
dever-se a traumatismos auto-infligidos como
Para confirmar a suspeita de onicomicoses é conseqüência de tics), trauma, tumores.
preciso executar um exame microscópico direto
que permita visualizar as hifas. É necessário ras- • Traquioniquia (Fotografia 2): Rugosidade da
par a unha ou cortar uns fragmentos que, sobre unha que se percebe em toda a lâmina, superfí-
o porta-objeto, trata-se logo com hidróxido cie de lixa. Observa-se em todas as unhas na cha-
potássio ao 10-30%, ao que pode adicionar-se mada síndrome das 20 unhas (Fotografia 3) idio-
tinta Parker para visualizar melhor os elementos pática, afetação da lâmina em forma de estrias
fúngicos. Os cultivos se fazem preferentemente longitudinais desde o nascimento e que costuma
em meios de Sabouraud adicionados com anti- melhorar com a idade. Muitas vezes o processo
bióticos para impedir o crescimento de bacté-
rias.

Sinais ungueais em adultos

Alterações da textura superficial

• Sulco horizontal ou linhas de Beau (Fotografia


1): A má nutrição ou traumatismos da matriz
provocam uma banda defeituosa na formação da
unha. Pode estar provocado por uma doença Foto 2
geral ou por processos locais. Sucessivos brotes
originam varias linhas paralelas.

• Buracos ou pitting: São depressões puntifor-


mes da lâmina. Se encontra na psoríases, alope-
cia areata, líquen plano, eccema, dishidroses,
pitiriases rosada ou traumatismo ocupacional.

• Estrias longitudinais de largura variável:


Constitui uma alteração no crescimento da unha. Foto 3
Um único sulco longitudinal pode estar relacio-
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inflamatório que o origina é uma dermatite ató- infância, psoríase grave da unha.
pica, líquen plano, psoríases ou alopecia areata.
Ocasionalmente o tratamento com corticóides • Hipertrofia: Crescimento do leito ungueal.
tópicos ou intra-lesionais conseguem melhorias Pode ser devido a: hiperqueratosis, psoríases,
clinicas, em unhas individuais por agressões quí- infecção fúngica ou de paroníquia (traumatis-
micas, alopecia areata e líquen plano. mos, infecções) ou onicogrifoses (em idosos,
insuficiência vascular, hallux valgus).
Alteração na lâmina
Alteração do contorno geral ou deformidade
• Paquioniquia: Engrossamento das unhas que
pode ser real (afeta matriz) ou aparente (hiper- • Dedo hipocrático ou unha em vidro de relógio:
queratoses). Este ultimo se associa a onicomico- Caracteriza-se pelo aumento longitudinal e trans-
ses, eczema crônico, líquen plano, psoríases. O versal da curvatura da unha junto à hipertrofia da
engrossamento real se associa a psoríases, sín- ponta dos dedos. Associa-se a alterações cardio-
drome de Reiter, traumatismos, onicomicoses, vasculares e respiratórias.
eczema de contato, líquen plano, alopecia area-
ta. • Coiloniquia: Engrossamento e concavidade
com as bordas em relevo, adotando um aspecto
• Onicosquicia: Separação lâminar das unhas. em “colher”. É idiopática ou associada a lesão de
Se for distal pode associar-se a unha molhada contato (ocupacional), líquen plano, alopecia
repetidamente, velhos, detergentes. Se for proxi- areata psoríases, fisiológica da infância, doença
mal se deve a psoríases, líquen plano ou trata- de Darier, doença de Raynaud, onicomicoses, fer-
mento por retinoides. ropenia, síndrome unha-rotula (hereditário, auto-
sómico dominante com uma localização no
• Onicomadeses: Perdida completa da unha braço longo do cromossomo nove. Tem uma dis-
com afetação da matriz. Devido à paroniquia trofia da unha do polegar (unhas frágeis em
aguda, traumatismo local, dermatoses bolhosa, colher) com redução de sua proeminência res-
síndrome Steven-Johson ou farmacêuticos. peito aos dedos cubitais. Em 90% dos casos
associa-se a aplasia ou luxação da rotula. Em um
Alteração no leito ungueal 42% tem também afetação renal.

• Onicólises (fotografia 4): Unha separada de • Hipercurvatura transversal ou unhas em


seu leito nas bordas lateral e distal, se é extensa “telha”: A unha sole encravar-se nos sulcos late-
pode produzir uma perca completa. Troca da cor rais.
normal da unha. Pode ser causada por psoríases,
infecção por Cândidas, traumatismo por sapatos • Unha encarnada ou onicocriptoses: Se produz
e manicura, eczema de contato trabalha com quando o tecido brando das dobraduras
pinturas ou dissolventes, foto-sensibilidade com ungueais laterais é penetrado pelos bordes late-
farmacêuticos, líquen plano, tumores, tireotoxi- rais da lâmina ungueal. Como conseqüência
cose, doença vascular periférica. deste feito, se produz inflamação, dor e, em ulti-
ma instancia, tecido de granulação e supuração.
• Atrofia da unha: Com pterigium, a cutícula Os dedos que se afetam com maior freqüência
cresce por enzima da unha inicialmente dividin- são os dedos gordos dos pés. A causa mais habi-
do-a. Associa-se a líquen plano, onicotilomanía, tual é o uso de sapatos muito estreitos na ponta
acroesclerose, penfigóide. Sem pterigium, paro- e/ou um erro na forma de cortar as unhas.
níquia intensa com distrofia, atrofia idiopática da
Outras causas são a deformação da lâmina
ungueal (unha em pinça), a obesidade e os pro-
Foto 4 blemas ortopédicos dos pés. O tratamento con-
siste em tentar separar a lâmina ungueal da pele
adjacente.

Em ocasiões, se o quadro inflamatório é pouco


intenso, são suficientes algumas medidas con-
servadoras, como despegar o contato unha-pele
com um pequeno rolo de algodão e aplicar anti-
sépticos e antibióticos tópicos.

Quando se forma um tecido de granulação rea-


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tivo na dobradura lateral, a solução devera ser unhas de cor marrom.
cirúrgica. Se o granuloma em questão é peque-
no, pode realizar-se no eletro-coagulação e cure- • Melanoniquia: Mancha marrom ou negra.
tagem, e aplicar ácidos tricloroacéticos na área Sempre se deve descartar o melanoma subun-
curetada e colocar o pequeno rolo de gaze ou gueal acral (afeta um dedo, extensão do pigmen-
algodão, com o fim de manter separada a unha to a dobradura proximal, mais de 50 anos, rápi-
da pele. Se todos estes procedimentos falham, o da expansão de bordas irregulares, borda longi-
processo recidivo ou existe grande profusão do tudinal escurecido, localizado em matriz ou ao
tecido de granulação devera efetuar-se uma oni- redor) do hematoma.
sectomia parcial com matricectomia parcial e
fecho do defeito com pontos de sutura. Variações da direção do crescimento das
unhas
Alteração da cor das unhas (discromias)
• Onicogrifoses (Fotografia 6): A queratina da
• Leuconiquia: A lâmina ungueal adquire uma unha esta sendo produzida a um ritmo irregular,
cor esbranquiçada devido a que a matriz produz a zona da matriz com um crescimento maior
células com uma queratinização alterada. determina a direção da deformidade. Sole ocor-
Associam-se a psoríases, dermatites exfoliativa. rer no primeiro dedo e sua causa sole ser trau-
mática.
• Pseudoleuconiquia: Neste caso, a cor esbran-
quiçada da lâmina é originada por uma causa
externa, como na onicomicoses ou o esmalte da
unha.

- Leuconiquia aparente: O Aspecto branco da


unha deve-se a alterações subjacentes. Sole-se
associar a insuficiência hepática, anemia, hipoal-
bulinemia, líquen, onicólises, doença renal, dia-
betes e cardiopatias.

• Hemorragias em lasca (2-3mm longitude): Foto 6


São hemorragias longitudinais do leito ungueal
distal que seguem o trajeto dos vasos subun-
gueais. Motivos de consulta segundo a lesão principal
Associam-se geralmente a traumatismos exter- ungueal
nos. Também se tem associado a síndrome anti-
fosfolipidico, eccema, psoríases, onicomicoses Alterações locais nas unhas
idiopática, doença de Raynaud, escorbuto, vas-
culites e endocardites (Fotografia 5). Traumatismos

• Cromoniquia: As causas exógenas decolaram Os agudos podem chegar a provocar a queda


a zona proximal, as endógenas colorem a lúnula. de toda a unha e, os crônicos, como resultado do
Se for amarela se associa a onicomicoses, caro- uso inapropriado de um calçado inapropriado,
tenos, icterícia. Azul: minociclina, fenotiacidas. podem provocar um engrossamento ungueal que
Se for verde, a causa mais freqüente é a infecção provocara uma deformação conhecida como oni-
por pseudômonas. cogrifoses. Traumatismos repetidos laborais, ou
A gravidez e a má-nutrição podem ocasionar esfregar-se a raiz da unha com outras, provoca
distrofia irregular que deixa de produzir-se ao
fechar o habito; se persiste ou tem alteração da
matriz pode ser causa permanente de distrofia,
provocando alteração do crescimento ou des-
prendimento ungueal (onicólises).

Infecção

Dos tecidos proximais a unha (paroniquia),


Foto 5 sole ir acompanhada por sobre-infecção por
pseudômona e cândidas; geralmente se deve a
uma exposição repetida a um entorno úmido e
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traumatismo de pouca importância, solem afer- ximal e a onicomicoses distrofia total. A onicomi-
tar-se mais freqüentemente o índice o dedo cora- coses subungueal distal e lateral é a mais fre-
ção. qüente. As formas subungueal proximal, branca
superficial e distrofia total são pouco freqüentes
• Paroniquia aguda: É uma inflamação aguda e quase exclusivas de pacientes imunodeprimi-
das dobraduras; geralmente existe infecção bac- dos, e a doença com a que se confundem com
teriana, comumente estafilocócicas, cuja porta maior freqüência também é a psoríases.
de entrada sole ser a existência de um trauma
menor na cutícula. A infecção se inicia na borda distal em forma
de descoloração branco-amarelada da lâmina
• Paroníquia crônica. Trata-se de uma inflama- ungueal, desde onde progride proximamente. A
ção crônica das dobras, caracteriza-se por erite- lâmina ungueal se faz mais grossa e se produz
ma, abrandamento da zona e descarga intermi- uma hiperqueratoses reativa do leito ungueal que
tente de pus. Pode estar produzida por cândidas levanta a unha do leito ungueal (onicólises). Esta
ou por bactérias tanto Gram positivas como forma é a que se confunde com maior facilidade
negativas. São fatores predisponentes a má cir- com outras doenças que cursam com onicólises,
culação periférica, a diabetes, as cândidas e o especialmente a psoríases.
costume de traumatizar reiteradamente La cutí- No geral, se afeta uma unha só, a do primeiro
cula. dedo do pé. As unhas das mãos se afetam com
menor freqüência. A afetação de varias unhas
• Panadizo herppetico: É a primo-infecção ou deve fazer pensar em imunodepressão. O diag-
recorrência da infecção pelo vírus da herpes sim- nostico de onicomicoses não deve basear-se uni-
ples localizada nos dedos. Caracteriza-se por camente no aspecto clinico. O elevado numero de
vesículas agrupadas que tendem a confluir for- doenças das unhas que cursam com distrofia e
mando uma bolha multilocular. Localiza-se na hiperqueratoses subungueal dificulta muito o
ponta dos dedos das mãos e curso com dor diagnostico clinico, pelo que é necessário reali-
intenso e sensação pulsátil. Auto limita-se em um zar quase sempre um cultivo micológico.
período de umas 2 semanas com a formação de
crostas. É muito importante diferenciá-lo do A onicomicoses deve diferenciar-se sobre tudo
panadizo estafilocócico pelas implicações tera- da onicopatia psoriásica. Nesta solem afetar-se
pêuticas, já que o panadizo herpético não deve varias unhas de forma simétrica e, ademais da
debridar-se cirurgicamente. onicólises, sole ter piequetado ungueal. Se sé
suspeita a existência de psoríases, deve realizar-
A citologia do conteúdo da vesícula sole permi- se um exame de toda a pele em busca de lesões
tir o diagnostico. Se trata-se de uma primo-infec- especificas. No apartado tratamento se dão pau-
ção, se aconselha tratamento oral com antivirais tas de como devem tratar-se as onicomicoses.
(200 mg/4 h/5 doses ao dia de aciclovir; 500
mg/12 h de valaciclovir, 125 mg/8 h de famci- • Pterigium (fibroses do tecido periungueal): A
clovir) que se mantém durante 5 dias, com o fim lâmina ungueal sofre um estreitamento progres-
de reduzir mais rapidamente a sintomatologia. sivo em um ponto concreto que sole ser a porção
Se é uma recorrência, se aconselha banhos da central, mais tarde se produz a fusão da dobra-
parte do dedo afetada mergulhando-a durante 5- dura ungueal proximal a matriz, com o que nessa
10 minutos em álcool ou éter de 4 a 6 vezes ao área não se forma unha. No começo a unha apa-
dia. Deve administrar-se analgésicos ou antiinfla- rece dividida em duas metades, finalmente o pro-
matórios segundo a dor. cesso termina geralmente com a perca total da
unha. Associa-se a onicotilomania e líquen plano.
- Onicomicoses: Cerca de 50% das consultas
dermatológicas em Atenção Primaria são onico- Doenças da pele com afetação ungueal
micoses e, dado que muitas afecções ungueais
são muito parecidas clinicamente, é preciso um Psoríase
diagnostico correto. A infecção pode estar pro-
duzida pelo dermatofitos, Cândida e mohos. É uma dermatose inflamatória crônica na que
se perde o controle do recambio (“turnover”)
As onicomicoses são geralmente uma doença celular da epiderme, provocando uma dermatose
dos adultos e idosos, já que estão favorecidas inflamatória crônica.
pela presença de distrofias ungueais previas. Os
tipos clínicos de onicomicoses vêm definidos Epidemiologia e etiologia
pela localização, existem quatro formas clinicas:
a subungueal distal, a branca superficial, a pro- A prevalência em Espanha é de 1,4% da popu-
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lação espanhola, com dois picos de máxima inci- pode afetar a pele, as mucosas, as unhas e o pelo
dência: segunda e quinta décadas da vida. (Fotografia 8).
Geneticamente determinada (se associa
HLACw6); etiologia desconhecida. Pode existir Epidemiologia e etiologia
historia familiar: quando um dos pais tem pso- Afeta entre os 30 e 60 anos por igual a ambos
ríases, um 16% dos descendentes a desenvolvem os sexos, pouco freqüente na infância. Curso cli-
e, quando ambos os progenitores padecem a nico oscilante com cicatrização de lesões e apa-
doença, 50% dos filhos a herdam. rição de novas ao longo 1-2 anos. A causa é des-
conhecida ainda que provavelmente se deva a
Diagnostico clinico interações entre fatores tanto endógenos-genéti-
A afetação ungueal na psoríase ocorre entre o cos como exógenos-ambientais, em alguns casos
10% e 50% dos pacientes. Ainda que é pouco fre- se constata o stress psicológico como fator
qüente, pode ser que as alterações ungueais desencadeante (morte de um familiar, aciden-
sejam a primeira manifestação e clave, para o tes).
diagnostico da doença. No nível ungueal se pro-
voca uma acumulação de queratina como nas Diagnostico clinico
lesões da pele, esta alteração provoca as man- Ao redor de 10% dos pacientes com líquen
chas amarelo-marrons (manchas de azeite), o plano apresentam afetação ungueal. As altera-
engrossamento da lâmina e a hiperqueratoses ções mais freqüentes são estreitamento e perca
subungueal, que sole produzir onicólises por afe- do brilho da lâmina ungueal, atrofia da placa
ungueal, podendo esta desaparecer por comple-
to. É possível que a cutícula engrosse e cresça
por cima da placa ungueal; esta anormalidade se
conhece como formação de pterigium, muito
característico do líquen plano (que consiste no
crescimento da pele do pliegue perioniquial dis-
talmente sobre a lâmina ungueal).

Foto 7 Quando se suspeita que a onicopatía é devida a


um líquen plano, terá que explorar ao paciente
em busca de lesões de líquen plano, e em espe-
cial a mucosa oral em busca do reticulado
tação do leito; outra manifestação resultado da esbranquiçado característico
afetação psoriasica da matriz é a formação de
pequenas depressões em forma de ponto pela A lesão elemental da pele é uma pápula de bor-
perca de pequenos tampões de queratina anor- das poligonais e cor eritematoso ou violeta, de
mal conhecido como pitting ungueal (fotografia superfície lisa, através da qual pode-se observar,
7). A artrite psoriásica é mais freqüente nos sobre tudo ao umedecer a pápula com aceite ou
pacientes com afetação ungueal importante. álcool, uma fina rede esbranquiçada que se
conhece como estrias de Wickham, praticamente
Tratamento patognomônicas. A distribuição das lesões no
Informar sobre a não infectividade, a cronicida- líquen plano sole ser simétrica e bilateral, é
de do quadro, a evolução para brotes e os fatores muito freqüente que comece nas áreas flexoras
desencadeantes: stress, infecções (em especiali- do punho e antebraço, com posterior progressão
dade as amigdalites), evitar os traumatismos, ao tronco, músculos e tornozelos. A afectação da
incluindo a coceira, para que não se produza o cara é rara.
fenômeno de Koebner e evitar a ingestão de
determinados medicamentos como o lítio, os
beta-bloqueantes, os antipalúdicos, os AINEs e a
supressão do tratamento com corticóides sistê-
micos. Recomendar que aplicasse diariamente
hidratantes para melhorar a elasticidade das pla-
cas, tomar o sol sem queimar-se e apoio psicoló-
gico. O tratamento da onicopatia psoriásica é
pouco efetivo.

Liquen Plano
Foto 8
É uma dermatoses inflamatória freqüente que
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O prurito sole ser importante e pode ter lesões com entalhe na borda livre ungueal. Na pele pode
de coceira que às vezes provocam distribuição observar-se pápulas descamativas na cor mar-
lineal das pápulas (fenômeno de Koebner). Uma rom na parte central das costas, tórax e pescoço.
característica clinica de todas as formas é que as Pioram com a exposição solar.
lesões quando curam deixam uma pigmentação
cinza residual muito típica que pode durar vários Alopecia areata
meses.
Os pacientes com alopecia areata podem apre-
Eczema sentar alterações ungueais que vão desde um
piqueteado irregular e difuso que confere a lâmi-
Qualquer tipo de eczema da cara dorsal dos na um aspecto sem brilho ate estriações trans-
dedos que se estenda ate a matriz da unha pode versais como riscos, rugosidade (traquioniquia) e
produzir uma distrofia ungueal. Pode ver-se asso- opacificação; leuconiquias e unhas quebradiças
ciado com as unhas quebradiças com tendência
a rachaduras. No eczema ou dermatites de con-
tato, existe um engrossamento e deformidade da
unha, em ocasiões com sulcos horizontais. As
alterações mais habituais são a presença de sul-
cos transversais na lâmina ungueal (linhas de
Beau), piquetado e outras alterações distróficas.
Estas alterações melhoram quando se controla a
dermatite.

Doença de Darier

Observa-se distrofia ungueal e estrias longitu- Foto 9


dinais que finalizam com uma morfologia em V

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+L)90;6
(Fotografia 9). Não existe tratamento especifico. podem causar alterações na coloração, por
Quando se resolve a alopecia, geralmente de exemplo, a tetraciclina da cor amarela, os anti-
forma espontânea curam-se as unhas. Pode aso- palúdicos descoloração azul e a clorpromazina
ciar-se com “a distrofia das 20 unhas”. cor marrom.

Doenças auto-imunes As estrias longitudinais de coloração marrom


freqüentemente observam-se em raças de pele
O Pênfigo e Penfigóide podem associar-se com pigmentada, especialmente depois de um trau-
uma diversidade de alterações entre os que matismo. Este encontro é raro nos caucasianos e
incluem sulcos, rachaduras da placa ungueal e pode dever-se a um nevus melanocítico, doença
atrofia em algumas ou em todas as unhas. O de Addison ou a um lentigo associado. Mas não
lúpus pode dar descoloração na unha e friabili- esqueçamos o melanoma ungueal, pode apare-
dade. cer como uma estria longitudinal de cor negro ou
marrom escuro. O sinal de Hutchinson com pig-
Doenças gerais com afetação ungueal mentação se estende aos tecidos circundantes,
especialmente a cutícula.
Alterações ungueais em doenças sistêmicas
Lesões adjacentes a unha
Nas doenças agudas se observa uma linha
transversal atrofiado que recebe o nome de linha Os quistes mixóides
de Beau. A onicomadese pode aparecer em qual-
quer doença grave, produzindo um desprendi- Desenvolvem-se subcutaneamente nas articula-
mento da unha. ções interfalângicas distais, encontrando-se adja-
cente a unha, provocando anormalidade em seu
Doenças crônicas crescimento. Estes se desenvolvem como uma
extensão da membrana sinovial e está enlaçados
A alteração do corpo da unha em forma de a articulação mediante uma estrutura fina. É pre-
colher ou em baqueta (Fotografia 10) afeta os ciso realizar uma divisão muito meticulosa para
tecidos brandos da falange terminal com presen- a cicatrização.
ça da inflamação e aumento do ângulo entre a
placa ungueal e a prega. Associa-se a problemas As verrugas
respiratórios crônicos, cardíacos cianóticos e
gastrointestinais. Ocasionalmente é hereditária, Podem localizar-se no periniquio (verrugas
se afeta unilateralmente pode estar associada a periungueais) ou no hiponíquio (verrugas subun-
anormalidades vasculares. gueais). São mais freqüentes em pacientes com
o costume de roer as unhas ou manipular-se as
Alterações de cor peles.
A lâmina ungueal pode deformar-se por com-
Em doenças hepáticas as unhas podem ter pressão ao crescer a verruga. Trata-se de um pro-
uma cor branca (leuconiquia) devido a uma hipo- cesso de difícil tratamento, já que na localização
albulinemia. Na insuficiência renal observa-se periungueal um tratamento demasiado agressi-
uma descoloração marrom. Na icterícia adota vo, com curetagem ou eletro coagulação, pode
uma coloração amarela, sempre se deve realizar produzir lesões na matriz e distrofia ungueal
diagnostico diferencial com a síndrome das secundaria permanente, e nas subungueais o
unhas amarelas que sole associar-se com anor- acesso sole ser difícil. A opção terapêutica mais
malidades da drenagem linfática. Os remédios acertada solem ser os queratoliticos tópicos com
ácidos láctico e salicílico, ainda que nos casos
mais recalcitrantes podem combinar-se com
crioterapia e/ou bleomicina intralesional.
Foto 10
Os nevus

Podem ser em forma de nevus melanocítico


benigno em forma de estria pigmentada. O mela-
noma subungueal pode produzir uma considerá-
vel pigmentação e ser causa de pigmentação da
cutícula, denominada síndrome de Hutchinson.
Em ocasiões é amelanocítico, pelo que não se
produz alterações pigmentarias.
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As exostoses subungueais geralmente demora, por isso é importante sus-
peitá-lo diante todo tumor de localização subun-
Podem causar uma lesão com freqüência muito gueal e diante qualquer melanoniquia.
dolorosa embaixo da unha. Confirma-se com
radiologia. 9) Um tumor subungueal doloroso com grande
probabilidade é um tumor glomico ou uma exos-
Os tumores glómicos toses.

Originam-se como nódulos sensíveis ao tato. 10) As verrugas periungueais são muito recal-
citrantes, ainda que solem auto resolver-se no
Os fibroqueratomas periungueais termino dos anos. Os tratamentos agressivos
podem produzir deformidade definitiva da matriz
Também se desenvolvem em pacientes com ungueal, e por isso se recomenda começar sem-
escleroses tuberosa. pre com queratolíticos durante uns meses.

Pontos Clave

1) O diagnostico das lesões ungueais se baseia Dra. M. Mar Ballester Torrens


no aspecto clínico. EAP Ramón Turro. Barcelona. Especialista en
Medicina Familiar y Comunitaria. Grupo de Trabajo
2) As onicomicoses e a psoríases são as causas de Dermatología y Anticoagulación Oral. Sociedad
mais freqüentes da distrofia ungueal (onicolises, Catalana de Medicina Familiar y Comunitaria
hiperqueratoses subungueal). Para diferenciá- (Camfic).
las, na ausência de lesões típicas de psoríases,
quase sempre é necessário realizar um cultivo Dra. Montse Andreu Miralles
micológico. A presença de pitting e a afetação de EAP Amposta. Tarragona. Especialista en
múltiplas unhas orientam para psoríases. Medicina Familiar y Comunitaria. Grupo de Trabajo
de Dermatología y Medicina Rural Rural Sociedad
3) A psoríases é um transtorno crônico que se Catalana de Medicina Familiar y Comunitaria.
produz por uma pré-disposição poligênica em
combinação com fatores desencadeantes, como Coordinador:
por exemplo, traumatismos, infecções ou medi- Dra. Francisco Muñoz González
camentos. Médico Especialista en MFyC. Centro de Salud
Palacio de Segovia. Madrid.
4) O líquen plano é uma doença inflamatória
eritematodescamativa crônica muito pruriginosa Fuente: elmedicointerativo.com
e para seu tratamento pode ser útil o uso de anti-
histamínicos de primeira geração com efeito
sedativo. A transformação maligna do líquen Bibliografía
plano erosivo da boca é pouco freqüente, mas
não tem que esquecê-la. Isso nos obriga a reali- 1. Peyrí J. Patología ungueal. Protocolos diagnósticos y
zar controles periódicos dos pacientes com terapéuticos en dermatología pediátrica 1999; 185-192.
2. Martínez de Salinas Quintana A, Roncero M, de
líquen plano oral.
Unamuno Pérez P. Problemas dermatológicos frecuentes
en los ancianos (II) FMC. 2006; 13(6): 279-86
5) Os eczemas que afetam a parte distal dos 3. López Municio F. Alteraciones en las uñas. En: Jordi
dedos podem dar lugar a alterações ungueais Espinàs. Guía de actuación en Atención Primaria.
persistentes que podem simular uma onicomico- semFYC. 3ª ed. 2006.
ses ou incluso uma psoríases. 4. Ruiz R, Blasco J, Sánchez D. Distrofia de las 20 uñas.
Jano. 2006; 0: 49.
6) As candidíase estão produzidas por levedu- 5. Tosti A, Piraccini BM. Treatment of common nail dis-
ras do gênero Candida. A Candida albicans é a orders. Dermatol Clin 2000; 18: 339-48.
6. Sola MA, Ribera M. Onicomicosis. Piel 1996; 27:
mais habitual.
133-140.
7. Linares MJ, Moreno JC, Solís F, Casal M. Clasificación
7) A paroniquia candidíasica ou panadizo crô- de las infecciones fúngicas. Características microbiológi-
nico afeta as pessoas que mantém as mãos em cas de interés clínico. Estudio de resistencia. Infecciones
contato com água de forma continua. Ademais fúngicas superficiales Medicine. 2006; 09: 3683-92.
do tratamento, é fundamental evitar a umidade. 8. Ferrándiz C. Dermatosis eritematoescamosas (I).
Psoriasis. Eritrodermias. En: Ferrándiz C, ed.
8) O diagnostico de melanoma subungueal Dermatología Clínica 2ª ed. Madrid, Harcourt 2001, pp.

www.revistapodologia.com 27
165-175. línea) (fecha de consulta enero 2007). Disponible en
9. Martí RM, Casanova JM, Astals M, Baradad M. www.especialistadermatologia.com
Etiopatogenia de la psoriasis. Clínicas Dermatológicas de 15. Joish VN, Armstromg EP. Which antifungal agent for
la AEDV 2004; 2: 34-51. onychomycosis? A pharmacoeconomic analysis.
10. Nickoloff BJ, Nestle FO. Recent insights into the Pharmacoeconomics 2001; 19: 983-1002.
immunopathogenesis of psoriasis provide new therapeutic 16. Gupta AK, Ryder JE, Baran R. The use of topical ther-
opportunities. J Clin Invest 2004; 113: 1664-75. apies to treat onychomycosis. Dermatol Clin. 2003; 21:
11. Fitzpatrick TB. Dermatología en medicina general. 481-9.
5ª ed. Madrid: Editorial Panamericana; 2001. 17. Llambrich A, Lecha M. Tratamiento actual de las
12. Casanova M, Ribera M. Tratamiento tópico de la onicomicosis. Rev Iberoam Micol. 2002; 19: 127-9.
psoriasis. Piel 1999; 14: 494-503. 18. Baran R, Kaoukhov A. Topical antifungal drugs for
13. Casanova JM, Ribera M. enfermedades de la piel the treatment of onychomycosis: an overview of current
2002/1. FMC protocolo. strategies for monotherapy and combination therapy. J Eur
14. Fonseca E. Psoriasis. Protocolo terapéutico. (En Acad Dermatol Venereol. 2005; 19: 21-9.

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Autor: Podologo Dr. Miguel Luis Guillén Álvarez
Temos a satisfação de colocar em suas mãos o primeiro livro
traduzido para o português deste importante e reconhecido
profissional espanhol, e colaborar desta forma com o avanço
da podologia que é a arte de cuidar da saúde e da estética
dos pés exercida pelo podólogo.

- Podólogo Diplomado em Podologia pela Universidade


Complutense de Madri.
- Doutor em Medicina Podiátrica (U.S.A.)
- Podólogo Esportivo da Real Federação Espanhola de
Futebol e de mais nove federações nacionais, vinte clubes,
associações e escolas esportivas.
- Podólogo colaborador da NBA (liga nacional de basquete de
USA).

Autor dos livros:


- Podologia Esportiva - Historia clínica, exploração e caracte-
rísticas do calçado esportivo - Podologia Esportiva no Futebol
- Exostoses gerais e calcâneo patológico - Podologia
Esportiva no Futebol.
Professor de Cursos de Doutorado para Licenciados em Medicina e Cirurgia, Cursos de aperfeiçoamento
em Podologia, Aulas de prática do sexto curso dos Alunos de Medicina da Universidade Complutense de
Madrid e da Aula Educativa da Unidade de Educação para a Saúde do Serviço de Medicina Preventiva do
Hospital Clínico San Carlos de Madri. Assistente, participante e palestrante em cursos, seminários, simpó-
sios, jornadas, congressos e conferências sobre temas de Podologia.

Indice
Introdução - Lesões do pé Capitulo 4 Capitulo 6
- Biomecânica do pé e do tornozelo. Exploração muscular, ligamentosa e Exploração neurológica.
- Natureza das lesões. tendinosa. Lesões neurológicas.
- Causa que ocasionam as lesões. Breve recordação dos músculos do pé. - Neuroma de Morton. - Ciática.
- Calçado esportivo. Lesões dos músculos, ligamentos e tendões.
Capitulo 7
- Fatores biomecânicos. - Tendinite do Aquiles.
Exploração dos dedos e das unhas.
- Tendinite do Tibial. - Fasceite plantar.
Capitulo 1 Lesões dos dedos.
- Lesões musculares mais comuns.
Explorações específicas. Lesões das unhas.
- Câimbra. - Contratura. - Alongamento.
- Dessimetrias. - Formação digital.
- Ruptura fibrilar. - Ruptura muscular. Capitulo 8
- Formação metatarsal.
- Contusões e rupturas. Exploração da dor.
Capitulo 2 - Ruptura parcial do tendão de Aquiles. Lesões dolorosas do pé.
Exploração dermatológica. - Ruptura total do tendão de Aquiles. - Metatarsalgia.
Lesões dermatológicas. - Talalgia. - Bursite.
Capitulo 5
- Feridas. - Infecção por fungos. Capitulo 9
Exploração vascular, arterial e venosa.
- Infecção por vírus (papilomas). Exploração óssea.
Exploração. Métodos de laboratório.
- Bolhas e flictenas. - Queimaduras. Lesões ósseas.
Lesões vasculares.
- Calos e calosidades. - Fraturas em geral.
- Insuficiência arterial periférica.
Capitulo 3 - Obstruções. - Insuficiência venosa. - Fratura dos dedos do pé.
Exploração articular. - Síndrome pós-flebítico. - Fratura dos metatarsianos.
Lesões articulares. - Trombo embolismo pulmonar. Capitulo 10
- Artropatias. - Cistos sinoviais. - Úlceras das extremidades inferiores. Explorações complementares
- Sinovite. - Gota. - Úlceras arteriais. - Úlceras venosas. - Podoscópio. - Fotopodograma.
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