EF - Prof - LP - 08 - Vol3 - SA1 - 30 07

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Olá!

A Situação de Aprendizagem que você desenvolverá a partir de agora


pretende trabalhar habilidades relacionadas às práticas de:

l eitura;

oralidade;

produção textual;

análise linguística/semiótica.

Essas práticas, por sua vez, são sociais e articulam-se aos campos

da vida pública;

das práticas de estudo e de pesquisa;

da arte e da literatura;

do mundo jornalístico/midiático.

Utilize este material como parte de seus estudos, associando-o a outros


que venham a complementar sua jornada nas várias áreas do
conhecimento.

Equipe Pedagógica de Língua Portuguesa

Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral


E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas, Lins, SP (2019)

1
SUMÁRIO

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – MITOLOGIA E ATUALIDADE

ATIVIDADE 1 – ENTRE LABIRINTOS


ATIVIDADE 2 – CONECTANDO LABIRINTOS
ATIVIDADE 3 – OUTROS LABIRINTOS
ATIVIDADE 4 - A CONSTRUÇÃO DO IDIOMA: ALGUNS EXEMPLOS
ATIVIDADE 5 – NOS LABIRINTOS DAS FAKE NEWS
ATIVIDADE 6 – NAS ONDAS DO RÁDIO... ALIENS ATACAM!

REFERÊNCIAS – Obras e Links Consultados


CRÉDITOS

2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – MITOLOGIA E ATUALIDADE

Nesta Situação de Aprendizagem (SA), você desenvolverá atividades de leitura,


de escrita, de oralidade voltadas à organização e à interpretação de textos. Veja,
a seguir, algumas habilidades, entre outras, que começaremos a trabalhar:

EF08LP08A - Identificar, em gêneros EF08LP04B - Utilizar, ao produzir


textuais, verbos na voz ativa, passiva, diferentes gêneros textuais,
reflexiva. conhecimentos linguísticos e
gramaticais.

EF08LP04A - Identificar aspectos linguísticos


e gramaticais (ortografia, regências e EF89LP33A EF69LP50 - Elaborar texto teatral, a
partir da adaptação de romances,
concordância s nominal e verbal, modos e
contos, mitos, narrativas de enigma e
tempos verbais, pontuação, acentuação, de aventura, novelas, bio grafia s
hifenização, estilo etc.) em funcionamento em Ler, de forma romanceadas, crônicas, dentre
um texto.
autônoma, textos de outros, indicando as rubricas para
caracterização do cenário, do
gêneros variados. espaço, do tempo; explicitando a
caracterização física e psicológica
EF08LP14A - Identificar recursos de coesão
sequencial (articuladores) e referencial dos personagens e dos seus modos
(léxica e pronominal), construções passivas de ação; reconfigurando a in serção
e impessoais, discurso direto e indireto e do discurso direto e dos tipos de
EF69LP53 - Ler em voz alta textos
outros recursos expressivos adequados ao narrador; explicitando as marcas de
literários diversos, bem como leituras
variação linguística (dia letos,
gênero textual. orais capituladas (compartilhadas ou
registros e jargões) e retextualizando
não com o professor) de livros,
o tratamento da temática.
contar/recontar histórias tanto da
tradição oral, quanto da tradição
literária escrita, expressando a
EF08LP14B - Utilizar recursos de coesão compreensão e interpretação do texto
sequencial e referencial, construções por meio de uma leitura ou fala EF69LP54 - Analisar os efeito s
passivas e impessoais, discurso direto e expressiva e fluente, gravando essa de sentido decorrentes da
indireto e outros recursos expressivos leitura ou esse conto/reconto, seja para interação entre os elementos
adequados ao gênero textual. análise posterior. linguísticos e os recursos
paralinguísticos e cin ésicos, que
funcionam como modificadores,
EF69LP51- Engajar-se ativamente percebendo sua função na
EF08LP15 - Estabelecer relações entre caracterização dos espaços,
nos processos de planejamento,
partes do texto, por meio da identificação tempos, personagens e ações
do antecedente de um pronome relativo ou
textualização, revisão/ edição e
reescrita, tendo em vista as próprios de cada gênero
o referente comum de uma cadeia de
restrições temáticas, narrativo.
substituições lexicais.
composicionais e estilísticas dos
textos pretendidos e as
configurações da situação de
produção – o leitor pretendid o, o
suporte, o contexto de circulação do
texto, as finalidades etc. – e
considerando a imaginação, a
estesia e a verossimilhança
próprias ao texto literário.
Práticas de Linguagem

▪ Leitura
▪ Oralidade
▪ Produção de Texto
▪ Análise Linguística/Semiótica

3
ATIVIDADE 1 – Entre labirintos

Você...
• sabe o que é um labirinto?
• já explorou um labirinto em alguma atividade escolar?

LABIRINTOS

Mosaico romano representando Minotauro no Labirinto. Imagem disponível em:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Con%C3%ADmbriga_minotauro.jpg#filelinks . Acesso
em: 14 maio 2021.

A palavra “labirinto”, na língua portuguesa, tem origem no termo latino


labyrinthus.
Na Antiguidade, de acordo com a Mitologia, os labirintos eram criados
para aqueles que, neles entrassem, não pudessem mais sair. Eram usados
como proteção a locais que deveriam permanecer inacessíveis a pessoas não
autorizadas. Verdadeiras armadilhas mortais.
A mitologia grega apresenta um dos labirintos mais famosos da história, o
Labirinto de Creta. O rei Minos o construiu para manter aprisionado seu filho
Minotauro, que nascera metade homem e metade touro.

4
De acordo com a mitologia, Minotauro foi morto pelo herói Teseu, que
conseguiu sair do labirinto graças ao fio de um novelo de lã que usou para
marcar o caminho, novelo este dado a ele por sua amada Ariadne.
A palavra labirinto pode ser usada em sentido figurado, significando outra
coisa, ou seja, dando a noção de algo confuso ou de difícil compreensão.
Labirinto também é o nome de uma estrutura da orelha interna,
responsável por nossa audição e equilíbrio.

Texto cedido por Marcos Rohfe e adaptado para esse material.

1- O texto “Labirintos” tem a finalidade de


a) contar uma história.
b) explicar um assunto.
c) noticiar um acontecimento.

2- Pesquise os significados possíveis para a palavra labirinto.

Os signif icados da palavra labirinto no dicionário (é importante tê-los na sala de aula) f ísico ou
digital.

3- Como o termo “labirinto” poderia ser usado em sentido figurado? Dê


exemplos.

Sugere-se retomar com os estudantes os sentidos de conotativo e denotativo de palavras e


expressões em contextos. “Labirinto”, por exemplo, pode ser citado como algo “conf uso”, “dif ícil”,
“complicado”.

4- Por que labirinthus está grafada em itálico no texto?


A palavra está grafada em itálico porque ela foi escrita em outro idioma, que é o latim.

5- Observe a oração, a seguir, para responder às questões.

“O rei Minos o construiu para manter aprisionado seu filho Minotauro, que
nascera metade homem e metade touro.”

Os dois verbos apresentam ações acontecidas no passado. Uma delas ocorre


antes da outra.
a) O que ocorre antes? A ação marcada pelo verbo “construiu” ou a ação

5
marcada pelo verbo “nascera”?
A ação marcada pelo verbo “nascera” ocorreu antes, pois o nascimento do filho Minotauro foi o
que levou o rei Minos a construir o Labirinto de Creta.

b) Se no lugar de “nascera”, o autor utilizasse o verbo “nasceu”, haveria


mudança de sentido na oração? Justifique.

Sim, porque não ficaria marcado cronologicamente que o Minotauro tinha nascido antes de o
labirinto ser construído.

6- Procure (em uma gramática ou em um site confiável de busca) a diferença


entre pretérito perfeito e pretérito mais-que-perfeito.
O pretérito perfeito indica uma ação definida no tempo com início e término.
O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação que ocorreu anteriormente de uma outra
também ocorrida no passado.

7- As duas orações, a seguir, expressam o mesmo acontecimento, mas algo as


diferencia quanto à organização gramatical. Descubra essa diferença.
Dica: O item 8 o ajudará a complementar e a confirmar sua descoberta.

O rei Minos construiu o labirinto de Creta.


O labirinto de Creta foi construído pelo rei Minos.
A primeira oração está com o verbo na voz ativa. A segunda oração está com o verbo na voz
passiva.
Retome com os estudantes o conceito de locução verbal e a forma verbal do particípio. Destaque
com a turma as vozes verbais, para que eles compreendam a forma verbal do particípio
destacada na segunda oração. Se achar conveniente, reveja o conceito de voz ativa (caso da
primeira oração) e de voz passiva (segunda oração).

8- Busque em uma gramática ou em um site confiável significados para


Voz ativa Quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. “O rei
Minos construiu o Labirinto de Creta.”

Voz Quando o sujeito é paciente, isto é, recebe a ação expressa pelo verbo. “O
passiva Labirinto de Creta foi construído pelo rei Minos.”

Gramáticas ou livros didáticos podem ser levados à sala de aula para consulta de conceitos,
exemplificações e sistematização de conceitos.
9- A oração em negrito, marcada no trecho a seguir, está na voz passiva.
Veja:

6
De acordo ainda com a Mitologia, Minotauro foi morto pelo herói Teseu, que
conseguiu sair do labirinto graças ao fio de um novelo de lã que usou para
marcar o caminho, novelo este dado a ele por sua amada Ariadne.
De acordo ainda com a Mitologia, Minotauro foi morto pelo herói Teseu, que
conseguiu sair do labirinto graças ao fio de um novelo de lã que usou para
marcar o caminho, novelo este dado a ele por sua amada Ariadne.
De acordo ainda com a Mitologia, o herói Teseu matou Minotauro, conseguindo sair do labirinto
graças ao fio de um novelo de lã que usou para marcar o caminho, novelo que sua a amada
Ariane lhe deu.
Observação: Mostrar ao estudante que além da oração destacada, há outra na voz passiva: “[...]
novelo este dado a ele por sua amada Ariadne.”.

ATIVIDADE 2 – CONECTANDO LABIRINTOS

NO LABIRINTO DE CRETA

Foram despertar na Ilha de Creta, onde logo descobriram o labirinto. Era


um palácio imenso, com mil corredores dispostos de tal maneira que quem
entrasse nunca mais conseguiria sair – e acabaria devorado pelo monstro. O
Minotauro só comia carne humana.
Diante do labirinto, os três “pica-paus” pararam para refletir.
— Quem entra, não sai mais e acaba no papo do monstro – disse
Pedrinho - Mas nós sabemos o jeito de entrar e sair: é irmos desenrolando um
fio de linha. Ah, se eu tivesse trazido um carretel...
— Pois eu trouxe três! – gritou Em ília triunfalmente - E dos grandes,
número 50. Desça a mala, Visconde, abra-a.
A mala foi descida e aberta. Emília tirou os carretéis e deu um a Pedrinho,
outro ao Visconde, ficando com o terceiro.
Entraram no Labirinto e foram desenrolando o primeiro carretel; quando a
linha acabou, desenrolaram o segundo; e quando a linha do segundo acabou,
começaram a desenrolar o terceiro. Eram corredores e mais corredores,
construídos da maneira mais atrapalhada possível de propósito para que quem
entrasse não pudesse sair. Antes do terceiro carretel chegar ao fim, Emília
“sentiu” a aproximação de qualquer coisa.
Percebo uma catinga no ar – disse ela baixinho, farejando – O monstro
deve ter seus aposentos por aqui...
Uns passos mais e pronto: lá estava o Minotauro, numa espécie de trono,
a mastigar lentamente qualquer coisa que havia numa grande cesta.
[...]
Emília recorreu ao Visconde.
— Vá lá, meu bem, e com muito cuidado peça informações sobre a tia
Nastácia.
— E se ele me devorar?
— Não há perigo. Nem a Esfinge o devorou, quanto mais o Minotauro. Só
as vacas devoram os sabugos.
— Mas ele é um touro, e os touros também comem sabugos.
— Menos este, que é antropófago. Vá sem medo.

7
O Visconde arriou a maletinha e foi. Instantes depois, voltara.
— E então? - perguntou Pedrinho.
— Não fala, não responde. Perguntei por tia Nastácia e ele só me olhou
com um olho parado, sempre a mastigar umas coisas que tira daquela cesta –
“isto” e mostrou o que havia na cesta.
Emília arrancou-lhe o “isto” da mão. Era um bolinho. Era um bolinho de tia
Nastácia. Que alegria! Aquele bolinho era a prova mais absoluta que tia Nastácia
estava lá – e viva! Pedrinho comeu o bolinho inteiro e lamentou que o Visconde
só tivesse trazido um.
— Vamos procurá-la com o resto de linha que ainda temos – disse Emília
examinando o carretel - Há de dar.
[...]

LOBATO, Monteiro. O Minotauro. Editora Brasiliense: São Paulo, 1954. p. 206-209. (adaptado)

O texto lido foi escrito por Monteiro Lobato, que criou obras consideradas
clássicas da literatura infanto-juvenil brasileira. As aventuras do Sítio do
Picapau Amarelo foram adaptadas para várias mídias e formatos, como
séries para a televisão, histórias em quadrinhos, jogos etc. Conhecer essa
obra de forma crítica é muito importante para compreender o universo
fantástico e rico criado pelo autor.

1- O que o uso de aspas em “pica-paus” indica?

O uso das aspas indica uma ref erência a Pedrinho, Emília e Visconde (eles são os “pica-paus”,
personagens do Sítio criado por Lobato).

2- De acordo com o texto, a palavra em negrito (antropófago) significa


aquele que se alimenta de carne humana.

Sugere-se orientar os estudantes a pesquisarem o significado das palavras no dicionário (é


importante tê-los na sala de aula) físico ou digital.

3- Comportamento, de forma geral, tem a ver com as nossas ações,


reações, atitudes, hábitos, modos de ser. Com base nisso, o que
podemos dizer a respeito do comportamento de Emília? E o de Visconde?

Explicar aos estudantes sobre a inferência de informações no texto, fazendo a correlação entre
as personagens apresentadas.
Emília é precavida, pois leva os carretéis para marcar o caminho a fim de não se perderem na
volta do labirinto. O Visconde demonstra submissão, pois segue todas as ordens de Emília.

4- Como Em ília trata Visconde? Você concorda com as atitudes dela? Por
quê?

Ela o trata como se fosse empregado dela e lhe dá ordens: “Desça a mala. Visconde, abra-a.”
Mesmo quando o chama de forma carinhosa, está mandando que ele faça algo: “Emília recorreu
ao Visconde.” “-Vá lá, meu bem, e com muito cuidado peça informações sobre a tia Nastácia”.
8
Segunda parte da questão é pessoal. Estimule-os a f alar, a dar suas opiniões. Leve-os a
refletirem se não é o caso de o Visconde permitir que tal fato aconteça e levantarem hipóteses
do porquê isso acontece.

5- Como o uso dos carretéis iria ajudar as personagens a saírem do


labirinto?

O uso dos carretéis ajudaria a encontrar o caminho de volta do labirinto, f azendo as marcações
no trajeto por onde passavam.

6- Minotauro é um ser considerado antropófago. Como isso se confirma no


texto lido?
O Minotauro é um ser antropófago por se alimentar de carne humana.

ATIVIDADE 3 – OUTROS LABIRINTOS

LABIRINTITE E OUTRAS “ITES”

Acordei tonto. Ora, alguns amigos me dizem que não se surpreendem,


porque normalmente sou mesmo meio tonto. Bullyings “amigos” à parte, o fato é
que estou com a labirintite atacada. A isso somam-se a rinite e a sinusite
também.... E, como se não fosse suficiente, a esse grupo medonho junta-se a
tendinite nos pulsos e está pronta minha tragédia diária, já que trabalho
digitando textos o dia todo.
Fico me lembrando das aulas de Língua Portuguesa, essa coisa linda...
Especialmente por conta da minha coleção de “ites”. Dona Cidinha, minha
professora da 7ª série (hoje conhecida como 8º ano...), nos brindando e
enchendo duas lousas com listas e mais listas de sufixos e prefixos gregos e
latinos. E lá estava o tímido e modesto “ite”, que me ama de paixão . Esse sufixo
grego com falta do que fazer na vida.
Lembro-me dela olhando fixamente para mim (eu com o nariz sempre
escorrendo por conta da coriza, causada pela rinite e sinusite), explicando que o
sufixo “ite” indicava sempre uma doença ou uma inflamação. No meu caso, a
infecção das narinas (rino 1, daí rinite) e dos seios da face (sinus 2, daí sinusite).
Mais tarde, eu agregaria labirintite (labirinto3) à minha lista.
É estranho imaginar que temos uma estrutura em nosso corpo chamada
labirinto. É o nome dado a uma região na parte interna da orelha. É responsável
pela noção de equilíbrio e da percepção da noção do corpo e tem formato de
caracol. Quando era pequeno, assistindo ao Sítio do Picapau Amarelo na tevê,

1 Rino do grego rhís, rhinós: nariz, focinho.


2 Sinus: do latim sinus:curva, sinuosidade, prega cavidade seios do rosto.
3 Labirinto: labyrinthus; do grego: labúrinthos.

9
me impressionava a figura do Minotauro em seu labirinto. Quando tinha dor de
ouvido (otite, olha o “ite” aí de novo), ficava matutando se não haveria algum
monstro feito um Minotauro dentro da minha cabeça me impressionava a figura
do Minotauro em seu labirinto. Quando tinha dor de ouvido (otite, olha o “ite” aí
de novo), ficava matutando se não haveria algum monstro feito um Minotauro
dentro da minha cabeça.
Meu amigo Edson disse que eu sofrer de labirintite é plenamente
explicável, considerando que, como libriano, vivo em constante estado de
confusão mental... O que é uma bobagem, porque, em tese, todo libriano deveria
ser equilibrado, e a labirintite causa exatamente a falta de equilíbrio.... Enfim...
Tudo isso me faz lembrar de que sempre gostei das aulas de Língua
Portuguesa, o quanto me encantava (e, ainda, me encanta) saber como é que as
palavras foram criadas, de onde vieram, como se dava esse processo. Saber
que o latim originou o português, que continua em transformação até hoje, com
contribuições de línguas como o grego ou o celta, passando pelo árabe, pelo
tupi, pelo iorubá, dentre outras... Realmente essa construção me fascina.
Mas, agora, infelizmente, preciso encarar minhas companheiras “ites” de
todo dia e ir trabalhar... Fazer o quê? #partiutrabalho.
Texto cedido por Marcos Rohfe e adaptado para esse material.

O português, o espanhol, o francês, o italiano e o romeno são exemplos de


idiomas originados do Latim Vulgar. São, por isso, considerados línguas
neolatinas ou românicas.
A língua portuguesa recebeu contribuições de muitas outras línguas,
acolhendo palavras de origem indígena, africana, europeia, árabe, entre
outras.

1- Em Labirintite e outras “ites”, o autor cita o estudo de prefixos gregos e


latinos feito por ele na época em que estava na 7ª série. Esses morfemas
(unidades m ínimas com significado) auxiliam na composição de palavras em
língua portuguesa.
No texto, por exemplo, utilizou-se a palavra infelizmente. Podemos dividi-la em
três partes. Veja como ficou.

in feliz mente
prefixo radical sufixo

In- é um prefixo latino e -mente, um sufixo adverbial latino. A palavra


infelizmente é um advérbio de modo.
Prefixos e Sufixos, ao se juntarem aos radicais, formam outras.

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2- Para conseguirmos mais alguns exemplos, liste outras palavras que
obedecem às estruturas apresentadas nos três quadros a seguir:

Sugestões de respostas.

a) prefixo radical sufixo


in delicada mente
i legal mente

en terra do

b) prefixo radical
ante braço
contra dizer

des f azer

c) radical sufixo
boi ada
f olh agem

f ormigu eiro

Observações:
1- Se for necessário, pesquise pelo assunto em gramáticas, livros didáticos ou
sites confiáveis.
2- Compare os exemplos que você listou aos dos colegas. É possível explicitar
esses exemplos na lousa e fazer a comparação/correção coletiva.

Estrutura 1 – Transcrição do texto original


“[...] Meu amigo Edson disse que eu sofrer de labirintite é plenamente explicável
considerando que, como libriano, vivo em constante estado de confusão
mental... O que é uma bobagem, porque, em tese, todo libriano deveria ser
equilibrado, e a labirintite causa exatamente a falta de equilíbrio.... Enfim...[...].”

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Estrutura 2 – Transposição do texto original para a linguagem teatral: uma
possibilidade

CENA IV

Área de alimentação de um shopping. Mesa de uma lanchonete. Música ao


fundo. Ambiente barulhento.

EDSON (sério) – Você com labirintite faz todo sentido...


MARCOS (curioso) – Por quê?
EDSON – (rindo) - Porque todo libriano vive em estado eterno de confusão
mental...
(Edson e Marcos riem juntos)

4- Após a análise das duas estruturas anteriores, você e seu grupo retomarão a
leitura do texto Labirintite e outras “ites”, a fim de elaborar a adaptação dele
para a linguagem teatral, criando um esquete (cena rápida, curta). Para isso,
algumas dicas: indiquem as falas no roteiro (observem a Estrutura 2) e, caso
seja preciso, introduzam outras personagens, para ajudar no desenvolvimento
da narrativa.

Lembrete!
Na elaboração do roteiro, é preciso ficar atento às rubricas.
As rubricas (exemplificadas em vermelho na Estrutura 2) são utilizadas
para:
- caracterizar o cenário, o espaço, o tempo;
- explicitar a caracterização física e psicológica das personagens e dos seus
modos de ação;
- reconfigurar a inserção do discurso direto e dos tipos de narrador;
- explicitar as marcas de variação linguística (dialetos, registros e jargões).

ATIVIDADE 4 - A CONSTRUÇÃO DO IDIOMA: ALGUNS EXEMPLOS

Como foi citado nos textos LABIRINTOS e LABIRINTITE E OUTRAS “ITES”, a


Língua Portuguesa recebe influências de muitas outras línguas, o que repercute
diretamente nas palavras que utilizamos no dia a dia, sem que nem mesmo
saibamos de suas origens.
Para conhecer um pouco mais a respeito da origem dos termos que usamos em
nosso idioma, faça o exercício proposto a seguir.
12
1- No Quadro I, estão escondidas 12 palavras: três de origem africana, três de
origem indígena, duas de origem árabe, duas de origem francesa e duas de
origem grega. Localize essas palavras com base nas informações contidas
no Quadro II.

Quadro I
L M T E A I C B A E I O M E T R U C E
E X A A Ç U D E R S G E O G R A F I A
A F H X O D G R S P E E Q O E U T O M
C H I Q U E F I T R P Q U L R I M Z E
A R P Q G A O M E L E T E T T Q A E N
R O O O U E M B I T A E C I X D R T D
I Q P W E I O A O P I T A N G A T R O
O L O H A Z T U U K Y D Ç X R E S D I
C I T U Y W R E K W O R R C S G H U M
A I A W I O S U J C A N J I C A J L P
E O M T O R E I Ç X P U E T R Q E M J
A E O Y Z X O A L M A M D U I O C E A

2) Agora, complete o Quadro II, conforme o exemplo utilizado para


“amendoim”.

Quadro II
SIGNIFICADO PALAVRA ORIGEM
1 – Relativo à cidade do Rio de Janeiro: Carioca Indígena (Tupi)
2 – Mamíf ero de grandes dimensões, paquiderme: Hipopótamo Grega
3 – Ciência que estuda a superfície da terra: Geografia Grega
4 – Prato da culinária brasileira feito de milho: Canjica Africana
5 – Instrumento musical: Berimbau Africana
6 – Fruta cujo nome significa vermelho: Pitanga Indígena
(Tupi)
7 – Construção usada para represar água: Açude Árabe
8 – Prato da culinária brasileira à base de peixe: Moqueca Indígena
(Tupi)
9 – Fritada de ovos batida: Omelete Francês
10 – Local onde se vende carnes: Açougue Árabe
11 – Característica de quem é muito elegante: Chique Francês
12 – Planta da f amília das leguminosas: Amendoim Indígena (Tupi)

3) Conclua!

A Língua Portuguesa acolhe várias palavras e/ou expressões de outros idiomas,


porque recebeu contribuições de muitas outras línguas de povos que há habitavam o Brasil,
como as várias tribos indígenas, antes de os portugueses aportarem aqui, trazendo a nossa
língua e as contribuições de outros povos como os africanos, europeus, árabes, entre outros.

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ATIVIDADE 5 – NOS LABIRINTOS DAS FAKE NEWS
Texto 1

jaaq.com.br

SÁBADO Mogi das Cruzes, 06 de fevereiro de 2020. Ano 17 Nº 258 | 2. edição, 17 h


NOTÍCIAS 06/02/2020 - 15h20min.
Da Redação

Adolescentes são resgatados de uma caverna na região de Manaus

Na tarde de ontem, três adolescentes que haviam se perdido na floresta,


próximo à região de Manaus, foram resgatados, após quatro dias de
desaparecimento.
Segundo o trio, que fazia um passeio de ecoturismo, eles teriam se perdido do
grupo maior ao adentrarem uma caverna oculta por uma vegetação cerrada na
mata.
Ao explorarem a caverna, repleta de túneis, não conseguiram mais sair.
“Foi desesperador... o sinal do celular não funcionava e toda vez que
tentávamos sair, parecia que mais fundo a gente adentrava na caverna...” Diz
Aline, uma das adolescentes resgatadas, ainda em visível estado de choque. Ela
ainda afirmou que teve a sensação de que iria morrer o tempo todo.
“Tipo, por um instante, achamos que era uma caverna pequena, tá ligado?
Fomos andando e não conseguimos mais voltar, a gente gritou pelo restante do
grupo, mas ninguém ouviu...”. Disse M.R.A, de 15 anos, o mais jovem do grupo.
Segundo a polícia local, o responsável pelo passeio deverá ser ouvido e,
eventualmente, poderá ser processado, porque o acesso à área das cavernas
está fora da rota turística.
O sistema de cavernas, chamado de Iandu (que significa aranha em tupi), foi
descoberto há pouco tempo e fica na região próxima à caverna do Botuverá, a
pouco mais de 100 km de Manaus.
Especialistas em Espeleologia dizem que o sistema de cavernas é perigoso, e
que os jovens tiveram sorte porque ficaram em uma área com infiltração de luz
solar.
“A gente viu que tinha um buraco no teto, ficamos por ali na esperança de que
ouvissem nosso chamado”, alega Ricardo.

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“Da próxima vez, levo um novelo de lã vermelho, como o que aquele herói grego
usou para sair da caverna do Minotauro” - diz Carlos, mais aliviado depois do
resgate.
“Embora estejam um pouco cansados e desidratados, todos passam bem e logo
retornarão às suas casas” – essa é a expectativa do Sr. Eduardo, chefe do grupo
de bombeiros que resgatou os jovens.
Texto elaborado por Marcos Rohfe especialmente para esse material

1- Em sua opinião, o texto está bem escrito? Justifique sua resposta.


O texto está escrito seguindo a norma-padrão da língua portuguesa, com exceção quando
apresenta a f ala dos adolescentes que traz:
• marcas da oralidade “a gente” o que acarretou a inadequação de tratamento, uma vez
que a expressão “a gente” deve levar o verbo para a 3ª pessoa, e no início da fala, a
entrevistada usou a forma verbal na 1ª pessoa do plural (isso acontece em vários
momentos na f ala dos adolescentes;
• abreviação de palavras: “tá” (está);
• gírias: “Tipo”, “tá ligado”.

2) É apresentada a fala de um especialista em Espeleologia. Sem consultar um


dicionário, seria possível identificar o significado desse termo? Levante
hipóteses sobre o significado.
Talvez os estudantes reconheçam o final da palavra -logia presente em palavras Arqueologia,
Musicologia, Meteorologia, Biologia, e cheguem em “estudo de alguma coisa”, como o texto f ala
em cavernas, podem pensar seja o estudo de cavernas.
3) A palavra espelunca tem a mesma origem da palavra espeleologia. Faça
uma pesquisa e anote no quadro o significado das duas.
Provavelmente, no exercício anterior, chegou-se à conclusão de que -logia (suf ixo grego)
significa estudo. Estudo de algo. Caso não tenha sido possível inferir o significado pelo contexto,
os estudantes podem buscar o significado em dicionários impressos ou digitais.

Espeleologia É a ciência que se dedica ao estudo das cavidades


naturais subterrâneas – cavernas.

Espelunca Cavidade profunda no solo; caverna, cova, furna.

Pelo contexto, como, por exemplo, o dia da semana que consta no jornal: 06 de f evereiro como
sábado, quando na verdade foi uma quinta-f eira. Fala que os jovens estavam fazendo um
passeio de ecoturismo e não se dá mais detalhes sobre o que os levou a fazer esse passeio.
Resolveram por conta própria? Estavam com um guia? Procuram por uma agência de turismo?
Foram resgatados por quem? Pela polícia? Pelos bombeiros? No 6º parágrafo, há a informação
da polícia local, sem especificar o lugar, apenas que fica a 100 km de Manaus, de que o
responsável pelo passeio (agora aparece um responsável sem citar nomes) poderá responder
por processo. Em “Embora estejam um pouco cansados e desidratados, todos passam bem e
logo retornarão às suas casas”, é possível verificar uma contradição: se estão desidratados,

15
então não passam bem; anteriormente, havia a informação (4º parágrafo) de que uma das jovens
estava “em visível estado de choque”. Qual é o nome completo do chef e do grupo de bombeiros
(que os resgatou, a polícia ou os bombeiros?). Todas essas contradições e informações
incompletas contrariam a função de uma notícia jornalística, razão pela qual se chega à
conclusão de que a notícia não é verdadeira.
a) Verifique, no texto, pistas que podem indicar tratar-se de uma notícia
falsa.
Além do que foi citado acima, há outras informações como:
✓ “O sistema de caverna, chamado landu [...], palavra landu não está registrada em
dicionário (há lundu, canções populares em ritmos africanos).
✓ Botuverá é um munícipio que tem cavernas, porém está localizado no estado de S ant a
Catarina, portanto não pode ficar a 100 km de Manaus.
✓ É citado apenas no caso do jovem M.R.A a idade, de Aline e Carlo s não, o q ue não é
comum nas notícias, cita-se o nome completo e a idade.
Essas informações podem ser verificadas, se possível, em sites confiáveis de busca.

b) É apresentada a fala de um especialista em Espeleologia. Sem consultar


um dicionário, seria possível identificar o significado desse termo? Levante
hipóteses sobre o significado.
Talvez, em razão de todas essas informações contraditórias e f alsas na notíc ia, pode-se gerar a
desconf iança de que esse termo também não exista. A sugestão é explorar o final da palavra,
que é mais conhecido, -logia para se chegar o significado, como Arqueologia, Musicologia,
Meteorologia, entre outros.

c) A palavra espelunca tem a mesma origem da palavra espeleologia.


Faça uma pesquisa e anote no quadro o significado das duas.
Provavelmente, no exercício anterior, chegou-se à conclusão de que -logia (suf ixo grego)
significa estudo. Estudo de algo. Caso não tenha sido possível inferir o significado pelo contexto,
os estudantes podem buscar o significado em dicionários impressos ou digitais.

Espeleologia É a ciência que se dedica ao estudo das cavidades


naturais subterrâneas – cavernas.
Espelunca Cavidade profunda no solo; caverna, cova, furna.

4- Os envolvidos no incidente na caverna têm seus nomes citados na notícia,


menos M.R.A. Por que isso ocorreu?
Conforme o Art. 247 de O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é vedada a
veiculação de notícias que exponham a identificação de menores de idade.

5- No texto, há exemplos do uso do discurso direto. Cite alguns deles.


“‘Foi desesperador... o sinal do celular não funcionava e toda vez que tentávamos sair, parecia
que mais f undo a gente adentrava na caverna...’ Diz Aline, uma das adolescentes resgatadas,
ainda em visível estado de choque’”.

16
“‘Tipo, por um instante, achamos que era uma caverna pequena, tá ligado? Fomos andando e não
conseguimos mais voltar, a gente gritou pelo restante do grupo, mas ninguém ouviu...’. Disse
M.R.A, de 15 anos, o mais jovem do grupo’”.
“‘A gente viu que tinha um buraco no teto, ficamos por ali na esperanç a de que ouvissem nosso
chamado’, alega Ricardo’”.
“‘Da próxima vez, levo um novelo de lã vermelho, como o que aquele herói grego usou para sair
da caverna do Minotauro’ - diz Carlos, mais aliviado depois do resgate’”.
“‘Embora estejam um pouco cansados e desidratados, todos passam bem e logo retornarão às
suas casas’ – essa é a expectativa do Sr. Eduardo, chef e do grupo de bombeiros que resgatou os
jovens’”.
6- Cite um exemplo do uso do discurso indireto proveniente do texto.

“Segundo o trio, que fazia um passeio de ecoturismo, eles teriam se perdido do grupo maior ao
adentrarem uma caverna oculta por uma vegetação cerrada na mata”.
“Segundo a polícia local, o responsável pelo passeio deverá ser ouvido e, eventualmente, poderá
ser processado, porque o acesso à área das cavernas está fora da rota turística”.
“Especialistas em Espeleologia dizem que o sistema de cavernas é perigoso, e que os jovens
tiveram sorte porque ficaram em uma área com infiltração de luz solar”.

7- Na notícia, ocorre o que chamamos de intertextualidade, ou seja, há


uma citação direta a outro texto. Identifique onde isso ocorre.

Intertextualidade, em geral, é a relação estabelecida entre textos, ou seja, ao


se referenciar a eles, rememoram textos que fazem parte do patrimônio da
humanidade, presente na memória cultural.
“‘Da próxima vez, levo um novelo de lã vermelho, como o que aquele herói grego usou para sair
da caverna do Minotauro’ - diz Carlos, mais aliviado depois do resgate.’”

8- Você acreditou nessa notícia? Pois é! Ela é falsa. Sabendo disso, explore o
texto e indique alguns dos equívocos que ele possui.

Começa na indicação do dia da semana que no jornal: 06 de f evereiro, um sábado, quando


na verdade foi uma quinta-feira.
Fala que os jovens estavam fazendo um passeio de ecoturismo e não se dá mais detalhes
sobre o que os levou a f azer esse passeio. Resolveram por conta própria? Estavam com um
guia? Procuram por uma agência de turismo? Foram resgatados por quem? Pela polícia?
Pelos bombeiros?
No 6º parágrafo, há a informação da polícia local, sem especificar o lugar, apenas que fica a
100 km de Manaus; que o responsável pelo passeio (agora aparece um responsável sem
citar nomes) poderá responder por processo.
Em “Embora estejam um pouco cansados e desidratados, todos passam bem e logo
retornarão às suas casas”, é possível verificar uma contradição: se estão desidratados,
então não passam bem; anteriormente, havia a informação (4º parágrafo) de que uma das
jovens estava “em visível estado de choque”.
Qual é o nome completo do chef e do grupo de bombeiros (que os resgatou, a polícia ou os
bombeiros?). Todas essas contradições e informações incompletas contrariam a função de
uma notícia jornalística, razão pela qual se chega à conclusão de que a notícia não é
verdadeira.
Além do que foi citado acima, há outras informações como:
17
✓ “O sistema de caverna, chamado landu [...], palavra landu não está registrada em
dicionário (há lundu, canções populares em ritmos africanos).
✓ Botuverá é um munícipio que tem cavernas, está localizado no estado de Santa
Catarina, portanto não pode ficar a 100 km de Manaus.
✓ Numa notícia, cita-se o nome completo (a não ser que seja menores de idade) e a idade.
Isso acontece apenas no caso do jovem M.R.A (15 anos), no caso dos jovens Aline, Ricardo
e Carlos, cita-se apenas o primeiro nome, sem a idade fugindo, dessa f orma, d o padrão
estabelecido para o gênero jornalístico notícia.

Quando há alguma suspeita de que uma notícia seja falsa, o recomendável é verificar as
inf ormações em sites confiáveis de busca.

Texto 2

jaaq.com.br

TERÇA-FEIRA Araçatuba, 14 de abril de 2020. Ano 17 Nº 402 | 1. edição, 07 h


ARTIGOS 14/04/2020 - 15h20min.
Da Redação

É... FAKE DÓI...

Você já compartilhou alguma mensagem enviada por aplicativos no


celular ou em redes sociais sem antes checar a veracidade das informações?
Quando nos deparamos com notícias, nem sempre é fácil perceber se o
conteúdo é duvidoso ou não. É preciso ficar atento se o texto lido não é uma
sátira ou paródia, com piadas que imitam a forma de se escrever uma notícia.
Esse tipo de texto, não pretende, a princípio, enganar. No entanto, pessoas mal-
intencionadas podem disseminá-lo como sendo sério e verdadeiro, e muita gente
pode acreditar em algo que, em princípio, tratava-se de um conteúdo
humorístico, por exemplo.
Outra coisa que devemos observar é se no material que estamos lendo,
as fotos, títulos e legendas usados estão de acordo com o texto. Muitas pessoas
leem as notícias a partir de seus títulos, que são elaborados com o objetivo de
atrair o leitor, mas, ao verificar o conteúdo, percebe-se que eles estão totalmente
desconectados do texto, por exemplo.
No período das eleições, um tipo de fake news circulou muito. Era aquele
no qual falas retiradas do contexto, em que foram produzidas, eram manipuladas
com o objetivo de prejudicar alguns candidatos.
Então, uma dica muito importante, além dessas anteriores, é ficar atento
quanto ao conteúdo da notícia que você está lendo. Ele pode ter sido fabricado,
ou seja, é 100% falso e tem o claro objetivo de enganar o leitor. Pode também
ter sido manipulado, isto é, ocorre quando imagens ou notícias são alteradas
para passar mensagem diferente do original.
18
E existem casos ainda mais sofisticados, quando dados falsos são
atribuídos a uma fonte conhecida, por exemplo, estudos ou pesquisas que nunca
existiram usam fontes confiáveis como origem para enganar o leitor, já que
ganham um ar de autoridade, ainda que falso, utilizando os chamados
conteúdos impostores.
Por fim, um outro tipo muito comum é o enganoso, quando dados reais
são usados para levar a uma conclusão inadequada.
Um exemplo assustador sobre o poder das fake news é o que aconteceu
com a dona de casa Fabiane Maria de Jesus. Em maio de 2014, ela foi
brutalmente assassinada após ter sido acusada de praticar magia negra, na
cidade de Guarujá, estado de São Paulo. Ela foi amarrada e agredida por várias
pessoas. Após algumas horas de agressão, foi socorrida, mas não resistiu aos
ferimentos.
Uma notícia falsa, divulgada pelas redes sociais com a foto de uma
suposta praticante de magia negra utilizando crianças, motivou o crime. A dona
de casa foi confundida com ela, mesmo não sendo muito parecida. Nas redes
sociais, muitas informações falsas, com relatos mentirosos de pessoas que
diziam ter testemunhado os sequestros, fez com que a história rapidamente se
espalhasse.
Ao se compartilhar uma notícia, a forma como ela é disseminada,
assemelha-se à entrada em um labirinto com infindáveis conexões. É fácil perder
o controle, e aquele simples clique no botão de compartilhar pode estar
contribuindo para prejudicar uma ou várias pessoas. Na mitologia, o monstro
Minotauro foi morto pelo herói Teseu, mas somente depois de muitas vítimas
terem sido devoradas. Assim acontece com as fakes news, quando são
detectadas e podem ser combatidas, já deixaram um rastro terrível de
destruição, e até mesmo mortes.
O fato ocorrido com Fabiane foi terrível. Parece até mentira , mas
infelizmente não é. Por isso, nunca compartilhe notícias antes de checar as
fontes. Fake news podem, efetivamente, matar.

Texto elaborado por Marcos Rohfe especialmente para esse material.

Após a leitura, responda às seguintes questões:

1- Como você definiria fake news?


Antes de responder a essa questão, sugere-se aos estudantes que pesquisem e traduzam o
termo fake news para depois realizarem a analogia com os textos lidos.
Fake – f also; news – notícias.

19
Notícias falsas em que o autor deliberadamente escreve e compartilha ou boatos, ou f atos
tirados do contexto original, ou ainda, notícias, imagens manipuladas, alteradas para passar
mensagem diferente do original.
2- Faça um breve resumo dos cuidados que devemos ter ao compartilhar
informações ou notícias.
Pode-se retomar à primeira questão da Atividade 4 e o Texto 5 (É ...Fake dói...) e, coletivamente,
fazer um resumo com os cuidados principais que se deve ter para se detectar uma fake News.
Depois, pode-se preparar um painel e divulgar na sala de aula, em outros espaços da escola, em
blog (muitas escolas já o têm, se não, produzir um), ou qualquer outro meio de comunicação que
possa ser visto, lido por um grande número de pessoas.

3- Como são definidos os conteúdos elencados no quadro a seguir?


Conteúdo Definição
fabricado Conteúdo construído que não corresponde à realidade, feito com o
objetivo de enganar o leitor.

manipulado Conteúdo forjado, adulterado, f alsificado manuseado para levar o


público a pensar de uma determinada forma.

impostor Tentar se passar por outro. Exemplo; dados falsos, estudos, pesquisas
que nunca foram f eitas e divulgadas em fontes conhecidas ou
conf iáveis para enganar o leitor.

enganoso Usar dados reais para conduzir o leitor a uma conclusão inadequada,
que não corresponde à realidade.

4- O texto apresenta como exemplo um fato ocorrido em 2014, no município do


Guarujá, estado de São Paulo. Escreva quais desdobramentos aconteceram
depois. Para isso, busque as informações em sites confiáveis de busca, por
exemplo.
A pesquisa pode ser feita por meio de revistas e jornais impressos que na época noticiaram o
fato, ou por meio dos sites de busca. O essencial é verificar como a notícia se deu. O
desdobramento está no Texto 5. Fabiane Maria de Jesus, confundida com uma sequestradora
que nunca existiu, foi brutalmente espancada por moradores do bairro de Morrinhos IV, não
resistiu aos ferimentos e morreu. Abaixo, sugestão de alguns links para a pesquisa.
• https://veja.abril.com.br/especiais/linchamento -guaruja-fake-news-boato/. Acesso em: 03
jun. 2021.
• https://www.pragmatismopolitico.com.br/2020/02/justica-linchamento-f abiane-de-
jesus.html. Acesso em: 03 jun. 2021.
• https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/caca-as-bruxas-no-brasil-o-
linchamento-de-fabiane-maria-jesus.phtml. Acesso em: 03 jun. 2021.

5- Releia o trecho a seguir. Há uma relação de intertextualidade? Justifique.


“Ao se compartilhar uma notícia, a forma como ela é disseminada, assemelha-se
à entrada em um labirinto com infindáveis conexões. É fácil perder o controle, e
aquele simples clique no botão de compartilhar pode estar contribuindo para
prejudicar uma ou várias pessoas. Na mitologia, o monstro Minotauro foi morto
pelo herói Teseu, mas somente depois de muitas vítimas terem sido devoradas.
20
Assim acontece com as fakes news, quando são detectadas e podem ser
combatidas, já deixaram um rastro terrível de destruição, e até mesmo mortes.”

Caso os estudantes tenham dificuldade de responder, solicite que releiam a questão 7 da


Atividade 5: “Na notícia, ocorre o que chamamos de intertextualidade, ou seja, há uma citação
direta a outro texto”. Trata-se de mais um texto desta Sequência de Aprendizagem que cita o
monstro Minotauro, personagem da mitologia grega, história recontada pelo escritor Monteiro
Lobato, cujo trecho está presente na Atividade 2.

6- Considerando a forma como as notícias se espalham pela internet e pelas


redes sociais, como você definiria a expressão infindáveis conexões?
Caso os estudantes tenham dificuldade de responder, peça que voltem ao início da
Sequência de Aprendizagem, texto Labirintos. Analisando o mosaico romano que
representa o Minotauro no Labirinto, percebe-se que há vários caminhos para se percorrer.
O autor do texto É ...Fake dói... associa os vários caminhos de um labirinto aos infindáveis
(sem fim) caminhos que uma notícia pode percorrer na internet devido aos
compartilhamentos.
7- Como você acredita que seria possível alertar as pessoas para não
compartilharem notícias falsas? Discuta com seus colegas meios para alertar
a comunidade em relação a isso.
Sugere-se a realização de um debate sobre como o alerta pode ser f eito. Caso necessário,
pesquisas podem ser feitas e, durante o debate, as opiniões podem ser registradas e analisadas,
a f im de que o texto solicitado seja construído.

Ficção Científica

O ser humano sempre se questionou sobre a vida. Devido a isso, muitas


invenções foram feitas, diversas teorias foram criadas a respeito do assunto.
Quando se perguntou se havia vida em outros lugares (planetas, galáxias etc .)
ou como seria a vida no futuro e escreve sobre isso, outro tipo de história ou de
ficção surgiu: a história de ficção científica.

Um dos autores mais famosos foi o escritor francês Júlio Verne (1828-1905).
Conhecido como o pai da ficção científica, ele, em suas narrativas de aventura e
de suspense, prevê as inovações tecnológicas que aconteceram no século XX.

Abriu caminhos para outros escritores como H.G. Wells (com a Guerra dos
Mundos), Isaac Asimov (com O Homem Bicentenário e Eu, Robô), entre
outros.

A ficção científica saiu dos livros, foi para o cinema (um dos filmes mais famosos
nesse gênero, 2001 Uma Odisseia no Espaço, foi produzido em 1968, baseado

21
no conto The Sentinel, de Arthur C. Clarke), para as telinhas (com produções de
diversos seriados), para as histórias em quadrinhos.

Um seriado muito famoso na década de 1960, Túnel de Tempo, mostra dois


cientistas que viajam numa máquina, indo para o passado, em que passagens
históricas eram resgatadas, e para o futuro. Os episódios estão disponíveis em
https://replayoutv.comunidades.net/o-tunel-do-tempo (acesso em: 19 maio
2021).

Isso sem contar com Perdidos no Espaço, Jornada nas Estrelas e muitos
outras obras capazes de fazer fluir a imaginação.

Texto 3
A Guerra dos Mundos

Orson Welles explica para jornalistas a transmissão de A guerra dos mundos, 1938. Imagem disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Guerra_dos_Mundos_(r%C3%A1dio)#/media/Ficheiro:Orson_Welles_War_of
_the_Worlds_1938.jpg . Acesso em: 19 maio 2021.

Em 1898, o escritor inglês H. G. Wells publicou o livro de ficção científica


A Guerra dos Mundos. O livro narra uma invasão marciana na Terra, e já teve
várias adaptações. Uma das mais famosas é o filme estadunidense de 2005,
com o ator Tom Cruise.
Em 1938, quarenta anos depois da publicação do livro, o americano
Orson Welles dirigiu e narrou uma adaptação da obra em uma rá dio americana.
A narração que ele fez é considerada impressionante até hoje. Mas o que seria
apenas mais um programa de rádio, tornou-se um pesadelo para muitos
22
ouvintes. Várias pessoas que sintonizaram a rádio no meio da transmissão, e
perderam o início que explicava do que se tratava, acreditaram que, realmente, a
Terra estava sendo invadida. Isso provocou pânico em algumas regiões, com
pessoas saindo às ruas amedrontadas, sem saber o que fazer.
O programa foi elaborado como um típico programa de rádio musical com
boletins noticiosos. No entanto, durante os boletins é que as informações
referentes à invasão dos extraterrestres eram narradas, criando uma impressão
de tratar-se de notícia real.
O formato de boletim de notícias foi duramente criticado pel a mídia da
época, porque criava uma ilusão de que o fato realmente estava ocorrendo. Na
época ainda não existia televisão, e muito menos internet. Isso fez com que
Orson Welles tivesse que ir a público explicar o que havia ocorrido.
A obra de H. G. Wells está em dom ínio público desde 2017, o que
significa que seus livros podem ser reproduzidos, reeditados, copiados,
relançados e mesmo sofrerem alterações sem necessidade de autorização
prévia. Vale a pena conhecer obras como A Máquina do Tempo (1895), A Ilha
do Dr. Moreau (1896), O Homem Invisível (1897), além, é claro, da Guerra
dos Mundos (1898).

1- Com base no texto, responda às questões.


a) A quem o pronome isso se refere na oração a seguir?
“Isso provocou pânico em algumas regiões, com pessoas saindo às ruas
amedrontadas, sem saber o que fazer”.”
Isso (pronome demonstrativo) está retomando o que foi dito anteriormente, a informação de que
o americano Orson Wells narrou e dirigiu uma adaptação da obra de ficção científ ica A Guerra
dos Mundos do escritor inglês H.G. Wells, em que narra uma invasão marciana na Terra.
b) O pronome relativo que, na oração a seguir, se refere à qual palavra?
“A narração que ele fez é considerada impressionante até hoje.”
O pronome relativo que retoma a palavra narração citada anteriormente.
Caso seja necessário, mostre como o uso do pronome relaciona as duas ideias presentes no
período evita a repetição da palavra narração.
A narração f eita por ele.
A narração é considerada impressionante até hoje.

Relembrando:
Usamos os pronomes demonstrativos quando precisamos deixar claro
a posição que uma palavra ocupa em relação a outras; demonstramos
isso considerando o tempo, o espaço, o lugar ou o próprio texto.

23
Já os pronomes relativos são aqueles utilizados para mencionar nomes
citados anteriormente e com os quais se relacionam.
Pesquise, em uma gramática ou no seu livro didático, exemplos desses
pronomes.

2- O acontecimento relatado, no texto, pode ser considerado uma fake news?


Por quê?
Há dois fatos a se considerar:
1) Orson Wells, antes da narração, explica a adaptação da obra literária em f orma de
boletim de notícias, o que não pode ser considerado fake news.
2) Pessoas sintonizaram a rádio no meio da transmissão e acreditaram que a Terra est av a
sendo invadida, devido aos boletins noticiosos, entremeados na programaç ão mus ic al, e is so
gerou pânico, o que, provavelmente, foi compartilhado, s em a d evida c hec agem dos f atos.
Nesse caso, pode ser considerado fake news.

3- O trecho, a seguir, foi extraído do Texto 2.

Ao se compartilhar uma notícia, a forma como ela é disseminada, assemelha-se


à entrada em um labirinto com infindáveis conexões. É fácil perder o controle, e
aquele simples clique no botão de compartilhar pode estar contribuindo para
prejudicar uma ou várias pessoas.

Esse trecho também poderia ser aplicado ao Texto 3? Justifique.

Há dois fatos a se considerar:


1) No Texto 3, há a inf ormação de que o apresentador do programa de rádio ex plica ao s
ouvintes que o que vão ouvir, trata-se de uma adaptação da obra de ficção científica A Guerra
dos Mundos, então ela não pode ser aplicada a esse trecho retirado do Texto 2.
2) Para os ouvintes que não ligaram o rádio, no meio da narração, sem conhecimento d a
explicação inicial, saíram às ruas sem saber o que fazer, e, ass im, c hamando a at enç ão d e
outras pessoas, é um contexto em que se aplica o trecho extraído do Texto 2.

4- Em fontes confiáveis, procure informações referentes ao livro de H.G Wells e


preencha o quadro a seguir:
Caso seja possível, os estudantes podem procurar sites de busca confiáveis. Em algumas
plataformas digitais, o filme baseado na obra A Guerra dos Mundos, estrelado por Tom Cruise
pode ser visto. Além desse filme, lançado em 2005, há outra versão cinematográfica produzida
em 1953.

Ficha Técnica Livro A Guerra dos Mundos


Autor H.G. Wells.

24
Ano de publicação 1898.

Gênero Ficção científica.

Sinopse É uma história sobre a invasão


da Terra por marcianos inteligentes,
dotados de um poderoso raio
carbonizador e máquinas assassinas
(tripods), semelhantes a depósitos de
água sobre tripés, destruindo tudo que
encontram pelo caminho.

Uma sinopse é um breve relato, um resumo, uma síntese a respeito, por


exemplo, de um livro, de um filme, de um artigo.

ATIVIDADE 6 – NAS ONDAS DO RÁDIO... ALIENS ATACAM!

1- As duas ilustrações a seguir são do artista brasileiro Henrique Alvim Corrêa,


criadas em 1906, para a edição belga do livro A Guerra dos Mundos.

Ilustração 1

25
Imagem disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Guerra_dos_Mundos#/media/Ficheiro:War -of-the-
worlds-tripod.jpg. Acesso em: 19 maio 2021.

Ilustração 2

✔ Imagem disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Correa-


Martians_vs._Thunder_Child.jpg. Acesso em: 19 maio 2021.

26
a) A partir das ilustrações 1 e 2, como você imagina que ocorreu a invasão
narrada no livro?
O desafio é narrar a invasão dos alienígenas, use as informações vistas no Texto 3. Elabore um
texto, ou, se preferir, grave a narração sobre como foi a invasão dos extraterrestres.

b) Elabore uma legenda para cada uma das ilustrações.

Ilustração 1 Sugestão: Máquina assassina ataca barco


com passageiros em rio.

Ilustração 2 Sugestão: Navio de guerra enf renta máquina


assassina.

2- Agora, analise o desenho a seguir.

Ilustração: Marcelo Ortega Amorim.

a) Com base nas Ilustrações 1 e 2 e no texto A Guerra dos Mundos, o


desenho, de autoria de Marcelo Ortega Amorim, pode ser considerad o uma
síntese visual dos acontecimentos explicitados na resenha do livro do escritor
inglês H. G. Wells?
27
Sim. Aparecem duas pessoas ouvindo rádio, suas expressões mostram que estão
assustadas, perplexas, retratando o que está no texto no Texto 3 (A Guerra dos Mundos)
Também há as ilustrações que foram feitas pelo artista brasileiro Henrique Alvim Corrêa,
criadas em 1906, para a edição belga do livro A Guerra dos Mundos.

b) Hoje seria possível criar uma notícia desse teor que gerasse tamanho
impacto? Discuta com seus colegas.
Promova a discussão com a turma. O que, na opinião deles, seria impactante?

c) Você já ouviu uma notícia que tenha causado impacto?


Resposta pessoal.

d) Em grupos, imaginem que vocês possuem um canal de podcasts na internet,


que é transmitido também via sinal de rádio, e recebem a informação de que
está ocorrendo uma invasão extraterrestre. Por conta disso, o sinal da
internet foi cancelado e os telefones não funcionam. Só o sinal de rádio ainda
está ativo.
O que vocês fariam? Elaborem um roteiro de um programa de rádio, em formato
podcast com informações passo a passo da invasão. Atentem para as seguintes
tarefas:

✔ Distribuição de papéis - locutores, repórteres, pessoas entrevistadas,


extraterrestres etc.
✔ Responsáveis pelo roteiro, efeitos de som, edição e gravação.
Decidam se usarão efeitos sonoros baixados da internet ou criarão seus próprios
efeitos usando os materiais disponíveis.
Criem o programa e o divulguem. Vocês podem compartilhá-lo em redes sociais
ou apresentá-lo para estudantes de outros anos. Se quiserem elaborar cartazes
para divulgar a produção de vocês, podem utilizar as imagens disponibilizadas
nesta atividade.
Nesta Situação de Aprendizagem e em outros momentos, os estudantes já f izeram podcast e,
possivelmente, já possuem o aplicativo de gravação. Utilize-o e crie uma estação de rádio para
divulgar o trabalho realizado.

Para saber mais:


Para auxiliá-los nessa atividade, sugerimos os links a seguir:
A Guerra dos Mundos. Áudio em Português. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=0sygdHU5F-s. Acesso em: 19 maio 2021.
Orson Welles. A Guerra dos Mundos. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=lt8pWcrtzM0. Acesso em: 19 maio 2021.

28
REFERÊNCIAS
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semântica e interação. 3.ed., São Paulo: Atual, 2009.
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São Paulo: Contexto, 2006.
CITELLI, Beatriz. Produção e leitura de textos no ensino fundamental :
poema, narrativa, argumentação. São Paulo: Cortez, 2001 (Coleção aprender e
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Links Consultados

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Con%C3%ADmbriga_minotauro.jpg#filel
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https://veja.abril.com.br/especiais/linchamento-guaruja-fake-news-boato/. Acesso
em: 03 jun. 2021.
https://www.pragmatismopolitico.com.br/2020/02/justica-linchamento-fabiane-de-
jesus.html. Acesso em: 03 jun. 2021.
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/caca-as-bruxas-no-
brasil-o-linchamento-de-fabiane-maria-jesus.phtml. Acesso em: 03 jun. 2021.
https://replayoutv.comunidades.net/o-tunel-do-tempo Acesso em: 19 maio 2021.
https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Guerra_dos_Mundos_(r%C3%A1dio)#/media/Fich
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https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Guerra_dos_Mundos#/media/Ficheiro:War-of-the-
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https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Correa-Martians_vs._Thunder_Child.jpg.
Acesso em: 19 maio 2021.
https://www.youtube.com/watch?v=0sygdHU5F-s. Acesso em: 19 maio 2021.
https://www.youtube.com/watch?v=lt8pWcrtzM0. Acesso em: 19 maio 2021.

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CRÉDITOS

Elaboração:

6º ano (SA1): Katia Regina Pessoa – SEDUC/COPED/CEFAF; Orientações


Pedagógicas: Maria Madalena Borges Gutierre – DER Franca

7º ano (SA1): Marcos Rodrigues Ferreira – SEDUC/COPED/CEFAF;

8º ano (SA1): Marcos Rodrigues Ferreira – SEDUC/COPED/CEFAF;

9º ano (SA1): Katia Regina Pessoa – SEDUC/COPED/CEFAF

Leitura Crítica, revisão, adaptação e validação do material: Katia Regina Pessoa,


Mara Lucia David e Shirlei Pio Pereira Fernandes - SEDUC/COPED/CEFAF.

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