Lesão Por Pressão - H.R
Lesão Por Pressão - H.R
Lesão Por Pressão - H.R
LPP
(Lesão por pressão)
Goiânia
2021
CONCEITO:
Segundo o National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) define a lesão por
pressão (LPP) como: “um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes,
geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico
ou a outro artefato. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e
pode ser dolorosa”. A LPP ocorre devido uma pressão, atrito, e cisalhamento do tecido
cutâneo, onde ocorre a morte dos tecidos, em decorrência da ausência de oxigênio no
local de pressão.
A manutenção da integridade da pele dos pacientes restritos ao leito tem por base
o conhecimento e a aplicação de medidas de cuidado relativamente simples. A maioria
das recomendações para avaliação da pele e as medidas preventivas podem ser
utilizadas de maneira universal, ou seja, tem validade tanto para a prevenção de lesão
por pressão (LPP) como para quaisquer outras lesões da pele.
RESPONSABILIDADES:
• Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não
embranquece
• Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da pele em sua espessura parcial com
exposição da derme.
• Lesão por Pressão Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total.
• Lesão por pressão Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total e
perda tissular.
• Lesão por Pressão Não Classificável: Perda da pele em sua espessura
total e perda tissular não visível.
• Lesão por Pressão Tissular Profunda: descoloração vermelho escura,
marrom ou púrpura, persistente e que não embranquece.
Definições adicionais:
O tratamento dessas feridas é realizado por meio de curativos, que são, de acordo
com Harding, Morris e Patel (2006) “um meio terapêutico que consiste na limpeza e
aplicação de material sobre uma ferida para sua proteção, absorção, e drenagem, com
o intuito de melhorar as condições do leito da ferida e auxiliar sua resolução”.
Os curativos são classificados por Fan et al. (2011) em: curativos passivos,
curativos com princípios ativos, curativos inteligentes e curativos biológicos. Smaniotto
et al. (2010) separou cada tipo de curativo comumente utilizado no mercado brasileiro.
Mecanismos Contra
Nome Composição Indicações
de Ação indicações
Ação de
cisteína em Hipersensibilid
Enzima
dissolver Tecido ade à
proteolítica do
seletivamente desvitalizado, formulação ou
Papaína látex do
substratos necrose úmida dor. Feridas
Carica
necróticos ou seca. limpas e
papaya.
(debridante secas.
enzimático).
Enzima Tecido
Degrada
proteolítica desvitalizado, Feridas limpas
Colagenase colágeno da
Clostridiopepti necrose úmida e secas.
ferida.
dase. ou seca.
Fonte: Smaniotto et al. (2010).
Curativos inteligentes
Mecanismos Contra
Nome Composição Indicações
de Ação indicações
Absorção de
Fibras de
exsudato.
carvão Feridas
Carvão Diminuição Feridas
ativado fétidas,
ativado com do odor. Prata limpas e
impregnado exsudativas e
prata é secas.
com prata infectadas.
bacteriostátic
0,15%.
a.
Alta absorção
Poliuretano com
ou silicone isolamento Feridas
entremeadas térmico. exsudativas, Feridas
Espuma com por bolhas de
Aderência do colonizadas, limpas e
prata ar silicone ao superficiais secas.
impregnadas leito. Prata é ou profundas
com prata. bacteriostátic
a.
Prata iônica
causa
precipitação
de proteínas e
Feridas com
Placa de age na Hipersensibili
Saís de prata. infecção
prata membrana dade a prata.
superficial.
citoplasmátic
a da bactéria
(bacteriostátic
a)
Fonte: Smaniotto et al (2010).
Curativos biológicos
Mecanismos Contra
Nome Composição Indicações
de Ação indicações
Agrega
Colágeno
sinalizadores, Feridas
bovino ou
que crônicas e
suíno Experiência
Matriz de coordenam a anérgicas (ex:
decelularizad clinica
colágeno ativação de diabéticos,
o com limitada
fatores de úlceras,
celulose
crescimento venosas).
oxidada.
endógenos.
Membrana de
celulose
produzida por Manutenção
Acinetobacter da umidade Área doadora
Feridas muito
Matriz de xylinum da ferida e de enxerto e
exsudativas e
celulose desidratada, ativação de feridas
infectadas.
acrescida de fatores de superficiais.
poros crescimento.
artificialmente
.
Grande
Lâmina de
queimado,
pele humana Substituto Limitação de
feridas
Pele alógena de doador temporário da bancos de
complexas
decelularizad pele humana. tecido.
com perdas
a.
extensas.
Fonte: Smaniotto et al. (2010).
Medidas utilizadas na prevenção de lesão por pressão
Feita a avaliação desse quadro pelo profissional de saúde, e verificado o risco, deve-se
partir para a estratégia preventiva da lesão por pressão, como sugerimos aqui:
• Higiene corporal e íntima com sabonete neutro, hidratação da pele com creme
emoliente e uso de creme barreira para as partes íntimas.
• Mudança da posição do paciente em intervalos em até duas horas; se possível,
usar algum dispositivo visual que sirva como lembrete/alerta.
• Avaliação diária da pele para intervenção ao menor sinal de lesão.
• Utilização de dispositivos como o colchão piramidal (caixa de ovo) ou de ar.
• Aplicação de espumas com silicone para proteção em regiões de proeminência
óssea que façam a manutenção do microclima da pele, previna o cisalhamento
(causado pela combinação da gravidade e da fricção) e faça a distribuição da
pressão.
• Intervenção da nutricionista para adaptar a alimentação do portador da ferida.
• Não arrastar o paciente na cama ou leito e sim, movimentá-lo através do
posicionamento do lençol.
• Manter o lençol livre de rugas e garantir que seja macio ao toque.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1- National Pressure Ulcer Advisory Panel. Classificação das lesões por pressão -
Consenso NPUAP 2016 Adaptada culturalmente para o Brasil. Divulgado em 13 de abril
de 2016 [cesso em 04 out 2017]. Disponível: http://www.sobest.org.br/textod/35
2 -CALIRI, Maria Helena Larcher. Uso da escala de Braden e de Glasgow para
identificação do risco para úlceras de pressão em pacientes internados em centro de
terapia intensiva. Rev Latino-Am Enfermagem, v. 16, n. 6, 2008. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v16n6/pt_06. Acesso em: 12 abril. 2016.