Apostila - Estanqueidade

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

APRESENTAÇÃO

Fundada em 2008 em Campos dos Goytacazes/RJ, a FOX Treinamentos dedicava-se


exclusivamente ao setor de manutenção. Alcançando uma base técnica e uma aguda visão
de mercado, a identificação e aproveitamento de novas demandas foram passos naturais que
estenderam suas atividades em Consultoria de Segurança do Trabalho e Treinamentos
Industriais em QSMS praticados no nosso CT, In Company e a Bordo de Plataformas.

Pelo seu dinamismo e versatilidade de suas ações, a FOX Treinamentos e Serviços On &
Offshore atualmente entrega serviços e pessoas ao talento criativo de sua organização e
continua na busca constante da excelência na prestação de seus serviços.

Dedica-se ao público alvo não exclusivamente, as empresas que necessitam formar ou


atualizar seu quadro operacional visando maior segurança e rendimento, além de
profissionais individuais atuantes no mercado de trabalho On e Offshore.

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profissional nas áreas de QSMS e Petróleo e Gás.

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NR 34
Item 34.14
Testes de Estanqueidade

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

INDICE

Objetivo do Treinamento ............................................................................................ 03


Referência Normativa ................................................................................................. 03
Conteúdo Programático .............................................................................................. 03
Introdução.................................................................................................................... 04
O que é Estanqueidade ............................................................................................. 04
Estudo da NR 34 ........................................................................................................ 05
Dupla Proteção, Sinalização e Isolamento de Áreas de Trabalho ............................. 06
Princípios Básicos ...................................................................................................... 07
Sistemas de Testes .................................................................................................... 08
Teste com Ar Comprimido .......................................................................................... 09
Teste com Fluido ou Por Bolha .................................................................................. 10
Teste de Integridade .................................................................................................. 12
Superfícies de Assentamento Danificadas ................................................................ 13
Entupimento e Emperramento ................................................................................... 14
Noções de Grandezas Físicas ................................................................................... 15
Barômetro................................................................................................................... 17
Pressão Interna ........................................................................................................ 18
Unidade de Pressão .................................................................................................. 20
MÓDULO II – SEGURANÇA DO TRABALHO .......................................................... 26
APR e PT.................................................................................................................... 27
APR – Nível I ............................................................................................................. 28
APR – Nível II ............................................................................................................ 29
Emitente - Requisitante ............................................................................................... 34
MÓDULO III - PRÁTICO ............................................................................................. 37
Metrologia Básica ....................................................................................................... 38
Medição....................................................................................................................... 39
Régua Graduada ....................................................................................................... 40
Paquímetro ................................................................................................................ 41
Exercícios Propostos................................................................................................... 44

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

OBJETIVO DO TREINAMENTO

Reforçar o conhecimento técnico especifico nos Testes de Estanqueidade e relembrar os


conceitos de SEGURANÇA DO TRABALHO para testes em Ensaios Não-Destrutivos, além
de introduzir novas culturas de SEGURANÇA nos processos de trabalho.

Capacitar o trabalhador para realização de testes de estanqueidade.

REFERÊNCIA NORMATIVA – LEGISLAÇÃO BRASILEIRA de APOIO

NR 06 – Equipamento de Proteção Individual


NR 34 - 34.14 Testes de Estanqueidade.
NBR 15571 – Ensaios Não Destrutivos
ABENDI – Associação Brasileira de Ensaios Não - Destrutivos
Normas PETROBRAS
Procedimentos de Testes de Empresas Privadas

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO TREINAMENTO

MÓDULO I - Específico
O que é Estanqueidade?
Estudo da NR 34, item 34.14;
Princípios Básicos, Finalidade e Campo de Aplicação dos Testes de Estanqueidade;
Grandezas Físicas;
Normas Técnicas e Procedimentos de Teste de Estanqueidade;
Sistemas de Testes;
Características Especiais dos Sistemas a serem testados;

MÓDULO II – Segurança do Trabalho


Identificação de Perigos e Análise de Riscos:
Conceitos de Perigos e Riscos,
Técnicas de Identificação de Perigos e Análise de Riscos,
APR – Análise Preliminar de Riscos,
Permissão de Trabalho – PT;
Sistemas de Proteção (Coletiva e Individual);
Determinação do Isolamento.

MÓDULO III – Prático


Exercícios Teóricos: Grandezas Físicas, Confecção de APR/PT e Metrologia.
Exercícios Práticos: Testes no Laboratório de Estanqueidade.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

ANTES DE COMEÇAR A FALAR DE ESTANQUEIDADE ...

Precisamos enfatizar que todas as atividades devem ser precedidas de medidas de


SEGURANÇA, para que se garanta a integridade da vida e dos equipamentos.

DUPLA PROTEÇÃO, SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE ÁREAS DE TRABALHO

Antes dos de Testes de Estanqueidade. Lembre e procure estar atento aos procedimentos de
segurança daqueles que possam interagir direta ou indiretamente com o ambiente de teste.
Mais à frente voltaremos a falar de SEGURANÇA DO TRABALHO.

Veja dois exemplos abaixo que podem nos ajudar.

Cabo de Segurança

Você sabia que em diferentes cenários, especialmente nas plataformas de petróleo


(sondas) existe diferença entre estas duas “fitas zebrada de isolamento”?

R: Sim. Que bom. // Não. Sem problemas.

A fita preta com amarelo há possibilidade de passagem, desde que haja autorização de
pessoa que esteja no processo.

A fita vermelha com branco a determinação é impeditiva. Sem chances, em hipótese alguma,
portanto, RESPEITE A SINALIZAÇÃO!

Não ultrapasse sem que seja autorizado.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

INTRODUÇÃO

O QUE É ESTANQUEIDADE E SUA FINALIDADE?

O ensaio de estanqueidade é uma técnica de inspeção não destrutiva que permite não só
localizar o vazamento de um fluído, seja ele líquido ou gasoso, como também medir a
quantidade de material vazando, tanto em sistemas que operam com pressão positiva ou que
trabalham com vácuo.

PRINCÍPIO BÁSICO

Os vazamentos ocorrem nas descontinuidades presentes em juntas soldadas, abrasadas,


coladas, rosqueadas, encaixadas ou seladas por pressão, bem como em flanges, tampas,
válvulas, selos de vedação, conexões, etc.

CAMPO DE APLICAÇÃO DOS TESTES DE ESTANQUEIDADE

A seguir são dados alguns exemplos dos segmentos da indústria, dos produtos por ela
fabricados, onde encontramos com frequência as descontinuidades onde o ensaio de
estanqueidade pode, ou deve, ser utilizado:

Nuclear: encapsulamento de elemento combustível, armazenamento de lixo atômico,


produção, processamento e manuseio de material radioativo, etc;

Petrolífera: oleoduto, gasoduto, petroleiro, tanque de armazenamento, etc;

Caldeiraria: vaso de pressão, trocador de calor, caldeira, etc;

Autopeças: radiador, sistema de freio, roda, válvula termostática, isolamento acústico e


térmico, bomba de combustível, bateria, bobina, amortecedor, etc;

Gases industriais e medicinais: cilindro para transporte ou tanque para armazenamento do


CO2, argônio, oxigênio, nitrogênio, hélio, etc;

Química: instalação de produção que trabalhe com ácidos, cloro, amônia, ésteres, etc.

Energia: posto de gasolina (tanque de armazenamento de combustível sistema de


abastecimento de gás, gasolina, álcool ou outro combustível), caminhão-tanque,
fornecimento de gás de rua, etc;

Refrigeração: geladeira, freezer, câmara frigorífica, ar condicionado, etc;

Aeroespacial: tanque de combustível de foguete ou de avião, selo de vedação, duto,


componentes do motor a jato, etc;

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

ESTUDO DA NR 34 – ITEM 34.14

TESTES DE ESTANQUEIDADE

34.14.1 Considera-se teste de estanqueidade o ensaio não destrutivo realizado pela


aplicação de pressão em peça, compartimento ou tubulação para detecção de vazamentos.

34.14.2 A elaboração e qualificação do procedimento, bem como a execução e supervisão do


ensaio devem ser realizadas por profissional capacitado. (alterado pela Portaria MTE n.º
1.897, de 09 de dezembro de 2013);

34.14.2.1 Considera-se trabalhador capacitado para realização de testes de estanqueidade


aquele que foi submetido a treinamento teórico e prático com carga horária e conteúdo
programático em conformidade com o item 5 do Anexo I. (inserido pela Portaria MTE n.º
1.897, de 09 de dezembro de 2013) 34.14.2.2 O trabalhador capacitado em teste de
estanqueidade deve receber treinamento periódico a cada 12 meses, com carga horária
mínima de 8 horas. (inserido pela Portaria MTE n.º 1.897, de 09 de dezembro de 2013);

34.14.2.3 Os treinamentos devem ser ministrados por instrutores com comprovada


proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado.
(inserido pela Portaria MTE n.º 1.897, de 09 de dezembro de 2013);

34.14.3 Os trabalhadores que executam o teste de estanqueidade devem usar uma


identificação de fácil visualização que os diferencie dos demais;

34.14.4 O sistema de teste deve dispor de regulador de pressão, válvula de segurança,


válvula de alívio e medidor de pressão calibrado e de fácil leitura;

34.14.5 O projeto do sistema do teste de estanqueidade deve ser elaborado por profissional
legalmente habilitado;

34.14.5.1 Deve ser mantida no estabelecimento memória de cálculo do projeto do sistema de


teste de estanqueidade;

34.14.6 Antes do início das atividades, devem ser adotadas as seguintes medidas de
segurança:

a) emitir a PT;
b) evacuar, isolar e sinalizar a área de risco definida no procedimento;
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

c) implementar EPC;
d) na inviabilidade técnica do uso de EPC, deve ser elaborada APR contendo medidas
alternativas que assegurem a integridade física do trabalhador.

34.14.7 As juntas de expansão, acessórios, instrumentos, e vidros de manômetros que não


possam ser submetidas aos testes de pressão devem ser retirados e isolados;

34.14.8 Todas as junções devem estar expostas, sem isolamento ou revestimento;

34.14.9 É proibido o reparo, reaperto ou martelamento no sistema testado quando


pressurizado;

34.14.10 Deve ser utilizada sempre válvula de segurança com pressão de abertura ajustada
em conformidade com o procedimento de teste;

34.14.11 Após atingir a pressão de ensaio o sistema de teste deve ser bloqueado do sistema
testado;

34.14.12 Ao interromper o teste, os sistemas não devem ser mantidos pressurizados;

34.14.13 Somente é permitido despressurizar por meio da válvula de alívio do sistema;

34.14.14 No emprego de linhas flexíveis, deve ser adotado cabo de segurança para evitar
chicoteamento;

34.14.15 Durante a realização dos testes, a pressão deve ser elevada gradativamente até a
pressão final de teste.

RESPONSABILIDADE DE TODOS!!!

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

TÉCNICAS DE INSPEÇÃO

Consiste de uma verificação visual detalhada da superfície externa seja de um vaso de


pressão ou sistemas hidráulicos que o compõem, complementada sempre que necessário
pela utilização de ferramentas auxiliares e aplicação de ensaios não-destrutivos (se
necessário).

A periodicidade das inspeções externas deve ser estabelecida em função das condições do
processo e ambiental do local da instalação, e deve estar definida no programa de inspeção
com o devido cuidado para que não sejam ultrapassados os limites definidos na legislação
vigente ou nos procedimentos internos de cada empresa e/ou manual do fabricante.

Para os ambientes que acumulam pressão as exigências legais de inspeção obedecem um


cronograma. Deve ser feita inspeção inicial no local definitivo de instalação, atendendo ao
disposto na legislação vigente.

A inspeção externa pode ser realizada com o vaso de pressão em condições normais de
operação, ou por ocasião das paradas do equipamento.
Para que a inspeção possa ser conduzida de forma objetiva, cabe ao inspetor seguir o
planejado na fase de preparação e cumprir completamente cada etapa da inspeção antes de
passar para a seguinte.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

SISTEMA DE TESTE

TESTE DE VEDAÇÃO (ESTANQUEIDADE)

Este teste é realizado logo após o teste de calibração ou de conferência visual. Ele é
importante por indicar a quantidade de vazamento que possa existir ou início de falha quando
colocado em operação.

O fluido de teste deve ser ar ou nitrogênio na temperatura ambiente é definida da seguinte


forma:

Nota: Eventualmente, pode ser utilizada água como fluido de teste para válvulas que
trabalham com fluidos incompressíveis. Neste caso, não deve apresentar vazamentos
durante 3 minutos.

Exemplos: Testes de Mangueiras Hidráulicas e PSV (Pressure Security Valve).


Campo de Utilização: Blow Out Preventer, ANM’s (Árvore de Natal Molhada), Unidades
Hidráulicas do ROV (Remotely Operated Vehicle).

Exemplo de Procedimento de Teste de Vedação e Estanqueidade

Com a válvula montada verticalmente e mangueira hidráulica horizontalmente, (figuras


acima), o grau de vazamento em bolhas por minuto, deve ser determinado da seguinte
forma:

a) promover a abertura plena (“POP”);

b) após a abertura, abaixar a pressão na entrada a 90 % da pressão de ajuste, a pressão de


teste deve ser observada de acordo com o manual de cada equipamento;

c) observar o aparecimento das bolhas (se ocorrer); caso não seja detectada a presença de
bolhas, após 5 minutos, considerar o teste de estanqueidade aprovado; durante o período de
realização do teste, a pressão de teste deve ser mantida e não deve existir vazamento por
outro ponto do equipamento testado.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

TESTE COM AR COMPRIMIDO

Dispositivo de Teste

Utilizaremos para exemplificar um dispositivo de teste para determinar o vazamento, com ar,
a figura abaixo.

A figura representa o esquema do teste de queda de pressão realizado na prática.

Grande parte dos ensaios de estanqueidade é realizada empregando o método da variação


da pressão. Como esse método de ensaio muitas vezes exige somente o uso de poucos
equipamentos e instrumentos, bem como pelo fato de não necessitar do emprego de gás
rastreador caro, ele parece ser relativamente simples de ser realizado.

O ensaio de estanqueidade com o método da variação da pressão permite medir a taxa de


vazamento integral do objeto de ensaio, porém é pouco adequado para a localização do
vazamento.

A condição básica que deve ser satisfeita para que se possa realizar este ensaio, é que o
objeto de ensaio seja um sistema fechado. Neste caso, o objeto é submetido a uma pressão
diferente da pressão ambiente, sendo, então medida e registrada a variação da pressão do
sistema fechado após um determinado intervalo de tempo.

A taxa de vazamento integral é obtida a partir da diferença de pressão medida, do intervalo


de tempo e do volume do sistema fechado, conforme mostra a equação abaixo.

onde:
qL é a taxa de vazamento;
p é a pressão ou variação de pressão, em [bar];
V é o volume ou a variação de volume, em [L];
t é o intervalo de tempo, em [s].

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

Uma parte importante deste teste é determinar o tempo durante o qual o objeto de ensaio
deverá ficar pressurizado, mostrado na equação abaixo.

Partindo da definição de taxa de vazamento - a quantidade de massa que atravessa uma


descontinuidade em um intervalo de tempo - e tendo estabelecido as condições de teste (tipo
de fluido e diferença de pressão), tem-se que:

onde:
qmax, admi é a taxa de vazamento máxima admissível;
Dp é a diferença de pressão detectável no manômetro, em [mbar];
V é o volume do objeto de ensaio, em [L];
tteste é o tempo de teste, em [s].

Conhecendo-se o volume do objeto de ensaio, a pressão de ensaio e a taxa de vazamento


admissível, pode-se calcular o tempo de teste.

Nota-se no gráfico da figura abaixo que a pressão tem uma variação linear com o tempo.

TESTE COM FLUIDO OU POR BOLHA

A detecção de vazamento e o ensaio de estanqueidade realizados com o método da bolha


consistem, basicamente, em tornar visível o desprendimento de bolhas em uma
descontinuidade do objeto de ensaio, de maneira que o local do vazamento possa ser
identificado. A diferença de pressão empregada no ensaio com o método da bolha é feita de
tal maneira que a pressão no interior do objeto de ensaio seja maior que a pressão externa.

A superfície externa do objeto de ensaio é molhado com uma solução formadora de espuma
de pequena tensão superficial e caso exista uma descontinuidade através da qual escape
uma quantidade significativa de gás ou vapor, então haverá a formação de bolhas, que

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

dependendo do tamanho que apresentam e da freqüência com que se formam, permitem


determinar o tamanho da descontinuidade. A figura mostra o esquema do método.

Método da bolha de sabão com solução formadora de espuma

TESTE DE INTEGRIDADE (TESTE DE CORPO)

O teste de integridade tem por objetivo detectar vazamentos da válvula para o meio externo.
O teste é realizado com Ar ou N2, conforme sequência abaixo:

Pressurizar a válvula pela conexão de saída com o valor da contrapressão ou 200 kPa (2
kgf/cm²), o que for maior.

Com solução de água e sabão verificar todos os pontos com possibilidade de vazamento.

Caso seja detectado vazamento, fazer ajuste e/ou substituição de junta de modo a sanar o
problema.

CAUSAS ESPECÍFICAS DE DETERIORAÇÃO E AVARIAS

Corrosão

Praticamente todos os tipos de corrosão podem estar presentes numa instalação industrial e
são as causas básicas de muitas das dificuldades encontradas. A corrosão geralmente
provoca pites nos componentes das válvulas, depósitos que interferem com o funcionamento
das partes móveis, quebra de várias partes ou uma deterioração generalizada dos materiais
das válvulas. O ataque corrosivo pode ser eliminado adotando-se as seguintes medidas:

 Melhorar a vedação para evitar a circulação de fluído corrosivo nas partes superiores
da válvula;
 Melhorar a vedação utilizando válvula com anel “O”;
 Especificar válvula com fole para isolar a parte superior da válvula;
 Melhorar a especificação dos materiais;
 Aplicar pintura ou revestimento anticorrosivo;
 Instalar disco de ruptura em série com a válvula.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

Superfícies de Assentamento Danificadas

As superfícies de assentamento devem ser mantidas planas, polidas e centralizadas para se


obter perfeita vedação, caso contrário poderá ocorrer vazamento. As causas de danos
nessas superfícies são:

 Corrosão
A presença de pites ou marcas de corrosão nas superfícies de assentamento possibilita a
passagem de fluído e consequente agravamento dos danos.

 Partículas Estranhas
Carepa, rebarba de solda ou escoria, depósitos corrosivos, coque ou sujeira entram na
válvula e passam através dela quanto abre. Essas partículas podem danificar as superfícies
de assentamento e destruir o perfeito contato necessário para a vedação. Os danos podem
acontecer tanto em operação quanto nos testes. Eventualmente pode ocorrer polimerização
de fluídos que vazam e se depositam nas superfícies de assentamento.

 Batimento
Fenômeno provocado por tubulação muito longa ou por obstruções e restrições a montante
da válvula. A pressão estática atuando na válvula é suficiente para abri-la; no entanto, assim
que o fluxo se estabelece, a perda de carga na linha de entrada é tão grande que a pressão
atuando no disco diminui e a válvula fecha. O ciclo de abertura e fechamento pode continuar
repetidamente, às vezes de forma intensa, o que resulta numa ação de batimento que
danifica seriamente as superfícies de assentamento, em alguns casos sem a possibilidade de
reparo. Outras causas de batimento são: super dimensionamento da válvula, fluxo bifásico,
perda de carga excessiva na tubulação de descarga e ajuste inadequado do(s) anel(is) de
regulagem.

 Manuseio descuidado da válvula ou de seus componentes. Geralmente o manuseio


descuidado provoca quedas, pancadas ou arranhões.

 Vazamento através das superfícies de assentamento da válvula


Após a sua instalação, pode ocorrer por manutenção ou instalação inadequada, tais como
deformação na tubulação de descarga devido a suportes impróprios ou mesmo ausência
destes, por vibração nas tubulações de entrada ou descarga ou ainda quando a pressão de
operação esta muito próxima da pressão de abertura. Este vazamento danifica as superfícies
de vedação porque provoca erosão ou corrosão e consequente piora do vazamento. Outras
causas frequentes de vazamento são: desalinhamento das partes móveis; deformação da
haste; ajuste inadequado da mola com os suportes da mola; apoio inadequado entre
suportes da mola e seus respectivos pontos de apoio, e entre haste e disco ou suporte do
disco.

Ajustes Inadequados

O ajuste inadequado ocorre por uso de equipamentos impróprios ou falta de conhecimento


sobre os ajustes exigidos. A utilização de manuais de fabricantes pode ajudar a eliminar
estas deficiências. Manômetros descalibrados são causa frequente de ajuste inadequado.
Para garantir precisão é necessário calibrar regularmente os manômetros da bancada de
teste.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

Entupimento e Emperramento

Sólidos do processo, tais como: coques, produtos solidificados e resíduos de manutenção,


que não foram removidos, podem provocar incrustações ou, em casos extremos, entupir a
entrada ou saída da válvula.

Outra razão de mau funcionamento é o possível emperramento do disco ou do suporte do


disco na guia, devido à corrosão, partículas estranhas ou aspereza do material nas
superfícies guiadas. O emperramento pode ocorrer também devido a desalinhamento do
disco; limpeza mal feita das superfícies de guia; usinagem do suporte do disco ou da guia
fora dos limites de tolerância; arranhões nas guias.

Especificação Incorreta de Materiais

Geralmente, a especificação de materiais para um determinado serviço é ditada pelos


requisitos de temperatura, pressão e corrosão do fluído na válvula, e pelas condições
ambientais a que a válvula está exposta. A seleção de materiais padronizados dentro desses
limites é normalmente possível. Há ocasiões, entretanto, em que corrosão severa ou
condições pouco usuais de pressão e temperatura requerem consideração especial, e nestes
casos, os fabricantes devem fornecer materiais que resistam a essas condições especiais de
serviço.

Exemplos de especificação incorreta: uso de mola de aço carbono em ambiente que contem
H2S ou disco de aço inoxidável AISI 304 em meios que contem cloretos. Quando a
experiência indica que o tipo selecionado de material não é correto para as condições de
trabalho, deve-se proceder imediatamente a uma troca para material mais adequado. É
interessante que se mantenha um registro desses materiais especiais e dos locais onde
devem ser utilizados.

Instalação Inadequada
A válvula perde sua finalidade se não for instalada no local exato para o qual foi projetada.
Para evitar erros na instalação deve-se estabelecer um sistema rígido de controle que evite
trocas nas posições das válvulas. As normas de projeto da instalação exigem que as válvulas
tenham uma placa de identificação, e que nesta placa conste a localização (Tag) da válvula.

A válvula pode apresentar problemas quando não é corretamente montada. A montagem


obrigatoriamente deve ser feita na posição vertical, com a haste para cima. As tubulações a
montante e jusante devem ser adequadamente projetadas e suportadas para evitar que
tensões devido a peso próprio ou dilatação térmica causem danos aos internos ou
desempenho inadequado da válvula.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

NOÇÕES DE GRANDEZA E UNIDADES

PRESSÃO

A pressão é definida como sendo a relação entre a força exercida por unidade de área e que
atua perpendicularmente sobre uma superfície. Deve-se designar a pressão como a força
exercida por um fluido nas paredes de um recipiente.
Formalmente,

A unidade no SI para medir a pressão é o Pascal (Pa), equivalente a uma força de 1 Newton
por uma área de 1 metro quadrado.

Exemplo: Tomemos um bloco medindo 10 cm x 10 cm x 50 cm que pesa 50 Kgf. Qual a


pressão que ele exerce sobre o solo? Isto depende da área de apoio do bloco sobre o solo.
Veja as duas possibilidades abaixo:

PRESSÃO ATMOSFÉRICA
A atmosfera terrestre é composta por vários gases, que exercem uma pressão sobre a
superfície da Terra. Essa pressão, denominada pressão atmosférica, depende da altitude do
local, pois à medida que nos afastamos da superfície do planeta, o ar se torna cada vez mais
rarefeito, e, portanto, exercendo uma pressão cada vez menor. Pressão atmosférica é a
pressão exercida pela atmosfera num determinado ponto.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

É a força por unidade de área, exercida pelo ar contra uma superfície. A pressão exercida
pela atmosfera ao nível do mar corresponde a 101,325 Pa, e esse valor é normalmente
associado a uma unidade chamada atmosfera padrão ( símbolo (atm). A pressão de
atmosfera padrão, medida ao nível do mar, está acompanhada por outras características
como densidade do ar e temperatura, porém, é importante salientar que o termo refere-se
apenas à pressão de 1 atm. As unidades métricas utilizadas são: polegadas ou milímetros de
mercúrio, Quilopascais (kPa), atmosferas, milibares (MB) e hectopascais (hPa), sendo os
dois últimos mais usados entre os cientistas.

Também é utilizado para medir pressão a unidade PSI (pounds per square inch) que em
Português vem a ser libra por polegada quadrada (lb/pol2). Embora corrente para medir
pressão de pneumáticos e de equipamentos industriais a lb/plo2 é raramente usada para
medir a pressão atmosférica. Embora o ar seja extremamente leve, não é desprovido de
peso. Cada pessoa tem em média uma superfície do corpo aproximadamente igual a 1 metro
quadrado, quando adulto. Sabendo que o nível do mar a pressão atmosférica é da ordem de
100.000 Pa.

O que quer dizer que, neste local uma pessoa suportaria uma força de cerca de 100.000N
relativo a pressão atmosférica. Porém, não sente nada, nem é esmagada por esta força. Isto
acontece devido a presença do ar, que está contido no corpo, e a pressão que atua de forra
para dentro atua de dentro para fora. Qualquer variação na pressão externa se transmite
integralmente a todo o corpo, atuando de dentro para fora, de acordo com o Princípio de
Pascal. O peso normal do ar ao nível do mar4 é de 1kg/cm². Porém, a pressão atmosférica
diminui com o aumento de altitude. A 3000 metros, é cerca de 0,70 kg/cm². A 8840 metros, a
pressão é apenas de 0,3 kg/cm².

Patm Patm

Pressões internas no
recipiente

A LEI DE PASCAL

Como já vimos, a pressão em determinada região do líquido, é devido ao peso da coluna


líquida, que vai desde essa região até a sua superfície livre, ou seja, a profundidade dessa
região. Isso pode ser mostrado facilmente, fazendo-se pequenos furos laterais em um
recipiente (um recipiente de cartolina enrolada em forma de um cilindro e com seu fundo
tapado, permite facilmente realizar esse experimento).
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

BARÔMETRO

O físico italiano Evangelista Torricelli (1608-1647) realizou uma experiência para determinar
a pressão atmosférica ao nível do mar. Ele usou um tubo aproximadamente 1,0m de
comprimento, cheio de mercúrio (Hg) e com a extremidade tampada. Depois, colocou o tubo,
em pé e com a boca tampada para baixo, dentro de um recipiente que também continha
mercúrio. Torricelli observou que, após destampar o tubo, o nível do mercúrio desceu e
estabilizou-se na posição correspondente a 76 cm, restando o vácuo na parte vazia do tubo.

Os instrumentos destinados a medir a pressão atmosférica chamam-se barômetros. Existem


dois tipos: os de mercúrio, baseados na experiência de Torricelli, e os metálicos que utilizam
as deformações provocadas pela pressão atmosférica numa caixa de metal em cujo interior
foi feito vácuo. Quando a pressão externa se altera, a caixa metálica se deforma; essa
deformação é transmitida a um ponteiro que se desloca sobre uma escada graduada.

A pressão atmosférica varia com a altitude, de um lugar para o outro e com a temperatura, de
um período para outro. Quando descemos uma serra, notamos uma diferença nos ouvidos. É
o aumento de pressão atmosférica, que ocorre à medida que diminui a altitude, ou seja, baixa
altitude é igual a alta pressão e alta altitude igual a baixa pressão.

O aumento da temperatura, numa determinada localidade, provoca uma diminuição na


pressão atmosférica, ou seja, baixa temperatura igual à alta pressão e alta temperatura igual
a baixa pressão. Com o aumento da altitude, o ar torna-se mais rarefeito exercendo uma
menor pressão e há uma menor quantidade de atmosfera por cima.

Com o aumento da temperatura, os constituintes de um dado volume de ar agitam-se cada


vez mais, distanciando-se uns dos outros, tornando o ar menos denso, exercendo assim
menor pressão. Um aumento da umidade absoluta faz diminuir a pressão atmosférica.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

PRESSÃO INTERNA DE UM VASO


Vasos de pressão estão sempre submetidos simultaneamente à pressão interna e à pressão
externa. Mesmo vasos que operam com vácuo estão submetidos a essas pressões, pois não
existe vácuo absoluto. O que usualmente denomina-se vácuo é qualquer pressão inferior a
atmosférica. O vaso dimensionado considerando-se a pressão diferencial resultante, atuando
sobre as paredes, que poderá ser maior internamente ou externamente.

PRESSÃO MANOMÉTRICA, PRESSÃO RELATIVA E PRESSÃO ABSOLUTA


Pressão manométrica é a pressão medida em relação à pressão atmosférica existente no
local, podendo ser positiva ou negativa. Os manômetros (medidores de pressão) utilizam a
pressão atmosférica como referencia, medindo a diferença entre a pressão do sistema e a
pressão atmosférica. Tais pressões chamam-se pressões manométricas. A pressão
manométrica de um sistema pode ser positiva ou negativa dependendo de esta acima ou
abaixo da pressão atmosférica. Quando o manômetro mede uma pressão manométrica
negativa, ele é chamado de manômetro de vácuo.
Escala de
Pressão

Entrada do Fluído
para a verificação Fabricante
da Pressão

Manômetro metálico tipo Bourdon utilizado em postos de gasolina (os médicos usam um
sistema semelhante) para calibração de pneus. A unidade de medida psi (libra por polegada
ao quadrado) corresponde a,aproximadamente, 0,07 atm. Assim, a pressão lida no
mostrador, 26 psi, é igual aproximadamente 1,8 atm.

pm = pint - pext

Na maioria das aplicações a pressão externa é a pressão barométrica, o que implica dizer
que a pressão medida é a pressão interna do fluido na escala efetiva.

A figura abaixo representa um manômetro de tubo aberto. Pela diferença de níveis do liquido
nos dois ramos do tubo em U, mede-se a pressão manométrica do sistema contido no
reservatório. Escolhendo os dois pontos A e B mostrados na figura, temos:

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

PA = PB
P SISTEMA = P ATM + P LÍQUIDO
P SISTEMA = P ATM = ∂ x g x h
P MANOMÉTRICA = ∂ x g x h
∂ = densidade do fluído
g = força da gravidade
h = altura
P =Pressão

A pressão absoluta define-se como a pressão real existente dentro de um recipiente


(Comparar com pressão manométrica). É a escala de pressão que adota como zero o vácuo
absoluto, o que justifica a afirmação que nesta escala só existe pressões positivas,
teoricamente poderíamos ter a pressão igual a zero, que representa a pressão do vácuo
absoluto. O aparelho mais comum que efetua leituras de pressões absolutas é o barômetro,
utilizado na determinação da pressão atmosférica local, também denominada de pressão
barométrica.

A pressão relativa define-se como a diferença entre a pressão absoluta e a pressão


atmosférica. Os aparelhos destinados a medir a pressão relativa são o manômetro e também
o piezômetro. É escala de pressão que adota como zero a pressão atmosférica local, o que
justifica a afirmação que nesta escala existe: pressões negativas (depressões ou vácuos
técnicos), nulas e positivas. Piezômetro é definido como um aparelho para avaliara a
compressibilidade ou a tensão dos líquidos.

É constituído de um tubo simples de vidro graduado vertical, aberto nos dois lados,
conectado a massa de água.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

Pressão Absoluta

Pressão Manométrica
ou Positiva

Pressão Atmosférica

Pressão Negativa ou
Vácuo

Zero Absoluto

UNIDADE DE PRESSÃO
O pascal (cujo o símbolo é Pa) é a unidade padrão de pressão no SI. Equivale a força de 1 N
aplicada sobre uma superfície de 1m². o nome desta unidade é uma homenagem a Blaise
Pascal, eminente matemático, físico e filosofo Frances.

Durante muito tempo a meteorologia métrica utilizou o milibar para medição de pressão.
Após a mudança para o Sistema Internacional (SI), muitos meteorologistas preferiram
continuar usando a magnitude a que estavam acostumados e não adotaram o prefixo
multiplicador quilo (x1000) e sim o hecto (x100).

CALOR E TEMPERATURA
O calor (abreviado por Q) é a energia térmica em trânsito de um corpo para outro, motivada
por uma diferença de temperatura. A energia de agitação das partículas de um corpo
depende de uma série de fatores, como a sua massa, a substância de que é constituído, a
temperatura. Logo não há sentido em dizer que um corpo tem mais calor que outro. O calor é
uma energia que se transfere de um sistema para o outro, sem transporte de massa, e que
não corresponde à execução de um trabalho mecânico.

A unidade do Sistema Internacional (SI) para o calor é o joule (J). A Temperatura é um


parâmetro físico (uma função de estado) descritivo de um sistema que vulgarmente se
associa às noções de frio e calor, bem como às transferências de energia térmica, mas que
se poderia definir, mais exatamente, sob um ponto de vista microscópio, como a medida de
energia cinética associada ao movimento (vibração) aleatório das partículas que compõem o
um dado sistema físico. Calor e temperatura. Você deve distinguir cuidadosamente calor de
temperatura. Quantidade de calor é a energia cinética total das moléculas de um corpo,
devida a seus movimentos irregulares. O calor flui dos corpos de maior temperatura para os
de menor temperatura, a diferença de temperaturas faz o calor fluir.

Quando dois corpos em temperaturas diferentes são postos em contato, espontaneamente


há transferência de energia térmica do corpo mais quente para o corpo mais frio. Sendo
assim, a temperatura do mais quente diminui e a do mais frio aumenta ate que as duas se
igualem. Neste ponto, cessa a troca de calor e os corpos atingiram o equilíbrio térmico e a
correspondente temperatura é chamada de temperatura final de equilíbrio. Como medir
quantidade de calor? Tudo que, vive, desde os micróbios e insetos, até os elefantes, está

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

continuamente usando energia. Quando você está repousando, você necessita de pouca
energia alimentar. Quando você cava um buraco ou joga futebol, você necessita mais. A
energia utilizada para realizar esses trabalhos provém dos alimentos que você ingere. Muitas
pessoas em partes do Brasil, como da América Latina, África e Ásia, não são tão bem
alimentadas quanto os norte-americanos e os europeus: tem fome.

Usamos energia térmica para cozinhar os alimentos, para mover os trens e navios e para
fazer funcionar máquinas de certas fábricas. Se em sua casa se usa carvão ou lenha para
cozinhar, sua mãe se preocupa com que deixa pouco resíduo e produza pouca fumaça.
Acima de tudo ele se interessa pela energia calorífica, que é produzida. No dia-a-dia estamos
constantemente entrando em contato com objetos ou ambientes onde podemos ter a
sensação de quente ou frio, percebendo diferentes temperaturas. E é comum usarmos as
palavras calor e temperatura sem deixar claro a diferença existente entre as duas. Algumas
expressões podem até apresentar as palavras com seus conceitos trocados, como no caso
da expressão “como está calor hoje!” onde se usa a palavra calor para expressar a
temperatura do ambiente.

A partir disso se deduz que as sensações de quente e frio que temos também não são
sensações de calor e sim de temperatura. Na verdade, temperatura de um objeto ou meio é a
medida de o quanto estão agitados seus átomos e moléculas, enquanto que calor, ou energia
térmica, é a quantidade de energia envolvida nessa agitação molecular. Para entender
melhor, façamos uma analogia com duas piscinas, onde relacionamos o volume de água com
calor e o nível de água nas piscinas relacionamos à temperatura. Duas piscinas de mesma
profundidade e de tamanho diferentes podem ter o mesmo nível de água. Porém,
obrigatoriamente, terão volumes diferentes de água.

Podemos concluir que dois objetos com a mesma temperatura podem possuir quantidades
diferentes de calor. A distinção fica mais clara pelo seguinte exemplo. A temperatura de um
corpo de água fervente é a mesma que a da água fervente de um balde. Contudo, o balde de
água fervente tem uma maior quantidade de energia que o corpo de água fervente. Portanto,
a quantidade de calor depende da massa do material, a temperatura não. Embora os
conceitos de calor e temperatura sejam distintos, eles são relacionados.

A temperatura de uma parcela de ar pode mudar quando o ar ganha ou perde calor, mais isto
não é sempre necessário, pois pode haver também mudança de fase da água contida no ar
ou mudança de volume da parcela de ar, associada com o ganho ou perda de calor. Quando
calor entra em um corpo, ele aquece, e quando sai do corpo ele esfria. Para relacionar entre
si calor e temperatura, lembra-se o que segue:

Quanto maior a quantidade de calor mais aquecemos o corpo, e portanto, maior será a
variação de temperatura. Uma mesma quantidade de calor aquece muito um corpo pequeno
e pouco um corpo grande, ou a variação da temperatura é proporcional à quantidade de
calor.

ESCALAS DE TEMPERATURAS

Vamos mencionar três escalas: a Celsius, a Fahrenheit e a Kelvin (ou absoluta). A escala
Fahrenheit é muito usada em países de língua inglesa, principalmente Estados Unidos e
Inglaterra. A escala Kelvin também é usada para fins científicos. O ponto de fusão do gelo
corresponde a 0º C na escala Celsius, 32º F na escala Fahrenheit e 273 K na escala Kelvin.
O ponto de ebulição da água corresponde, respectivamente, a 100º C 212º F e 373 K. o

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

ponto zero da escala Kelvin (zero absoluto) corresponde, ao mesmo teoricamente, à


temperatura na qual cessa o movimento molecular e o objeto não emite radiação
eletromagnética. Não há temperaturas abaixo dessa. A seguir, relações entre as diversas
escalas:

Relação entre as escalas termométricas:

Existe uma equação que pode ser usada para fazer estas conversões. Com ela pode-se
transformar ºF em ºC, K em ºC e ºF em K, e outras transformações mais que seja
necessárias. Veja a equação abaixo:

C = F – 32 = K – 273
5 9 5

MODOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

Transferência de calor é a passagem de energia térmica (que durante a transferência recebe


o nome de calor) de um corpo para outro de uma parte para outra de um mesmo corpo. Os
processos pelos quais ocorre transferência de calor são condução, convecção e radiação.

Condução é um dos meios de transferência de calor que geralmente ocorre em materiais


sólidos é a propagação do calor por meio do contato de moléculas de duas ou mais
substâncias com temperaturas diferentes (metais, madeiras, cerâmicas etc). Condução é a
transferência de calor através de um corpo, de molécula a molécula e ela ocorre dentro de
uma substancia ou entre substancias que estão em contato físico direto. Na condução a
energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre
átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das temperaturas mais altas (moléculas com maior
energia cinética) para as temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética).

A capacidade das substancias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente.


Via de regra, sólidos são melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores
condutores que gases. Num extremo, metais são excelentes condutores de calor e no outro
extremo, o ar é um péssimo condutor de calor. Conseqüentemente, a condução só é
importante entre a superfície da Terra e o ar diretamente em contato com a superfície. Como
meio de transferência de calor para a atmosfera como um todo a condução é o menos
significativo e pode ser omitido na maioria dos fenômenos meteorológicos.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

Quando a transferência de energia ocorrer em meio estacionário, que pode ser solido ou um
fluido, em virtude de um gradiente de temperatura, usamos o termo transferência de calor por
condução.

Convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro


de um fluido através do movimento do próprio fluido, ou seja, um material aquecido é
transportado de tal maneira a deslocar outro material mais frio. O calor ganho na camada
mais baixa da atmosfera através de radiação ou condução é mais freqüentemente transferido
por convecção. A convecção ocorre como conseqüência de diferenças na densidade do ar.

Quando o calor é conduzido da superfície relativamente quente para o ar sobrejacente, este


ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é menos denso que o ar frio de modo
que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente e menos denso a subir.

O ar mais frio é então aquecido pela superfície e o processo é repetido. Desta forma, a
circulação convectiva do ar transporta calor verticalmente da superfície da Terra para a
troposfera, sendo responsável pela redistribuição de calor das regiões equatoriais para os
pólos. O calor é também transportado horizontalmente na atmosfera, por movimentos
convectivos horizontais, conhecidos por advecção. O termo convecção é usualmente restrito
à transferência vertical de calor na atmosfera.

Neste exemplo, o ar quente por ser menos denso que o ar frio sobe, fazendo assim que o ar
frio desça ate que haja o equilíbrio térmico, fazendo assim a troca de calor por convecção.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

Radiação consiste em um fenômeno de ondas eletromagnéticas viajando com a velocidade


da luz, é o modo de transporte de energia calorífica no espaço vazio ou vácuo. Como a
radiação é a única que pode ocorrer no espaço vazio, esta é a principal forma pela qual o
sistema ma Terra-Atmosfera recebe energia do Sol e libera energia para o espaço. Um corpo
negro é aquele que toda a energia radiante que incide sobre ele é absolvida. Em equilíbrio
térmico, um corpo negro emite tanta energia quanto ele absolve. Portanto, um bom
absorvedor de radiação é também um bom emissor de radiação.

Os processos de transferência de calor ocorrendo em um mesmo evento.


O fogo transfere calor através de irradiação para o local de aquecimento do bule e da
frigideira, a água aquece-se através de convecção e o calor da frigideira chega até a mão
através de condução do calor.

CALOR ESPECÍFICO E CALOR SENSÍVEL

Colocando um pedaço de ferro na chama de uma vela, observa-se que o calor fornecido pela
chama provoca uma variação de temperatura (aquecimento) do ferro.
Colocando um pedaço de gelo que se encontra seu ponto de fusão na chama de uma vela,
nota-se que o calor fornecido pela chama provoca uma mudança de estado (fusão) do gelo.
Portanto quando um corpo cede ou recebe calor, este pode produzir no corpo dois efeitos
diferentes: variação da temperatura ou mudança de estado.

Calor especifico ( c ): ao contrario da capacidade térmica, o calor especifico não é


característica do corpo, mas sim característica da substancia. Corresponde à quantidade de
calor recebida ou cedida por 1g da substancia que leva uma variação de 1ºC na temperatura
do corpo em questão. É dado pela relação da capacidade térmica do corpo pela sua massa.
É representado pela letra c (minúscula) e é medido em cal/g.

Onde c é o calor especifico, C é a capacidade térmica e m é a massa.

Calor sensível é aquele que provoca variação da temperatura.

Capacidade térmica ( C ): é uma característica do corpo. A capacidade térmica corresponde


à quantidade de calor (recebida ou cedida) que leva a uma variação de 1ºC na temperatura
do corpo.
É dada pela relação da quantidade de calor recebida por um corpo e a variação de
temperatura sofrida pelo mesmo.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

É representada pela letra C e é medida em calorias por grau Celsius (cal/ºC) ou caloria por
Kelvin (cal/K).

Onde C e uma capacidade térmica, Q é a quantidade de calor recebida ou cedida pelo corpo
e é a variação de temperatura sofrida pelo corpo.

A quantidade de calor sensível (Q) que um corpo de massa m recebe é diretamente


proporcional ao seu aumento de temperatura. Logo, podemos calcular a quantidade de calor
sensível usando a seguinte formula:

Calor latente é aquele que provoca mudança de estado físico.


Calor latente (L): é a quantidade de calor que a substancia troca por grama de massa
durante a mudança de estado físico. É representado pela letra L. É medido em caloria por
grama (cal/g).
Para calcular o calor latente é necessário utilizar a seguinte expressão:

Onde Q é a quantidade de calor recebida ou cedida pelo corpo, m é a massa do corpo e L é


o calor latente.

TRANSFERÊNCIA DE CALOR À TEMPERATURA CONSTANTE

Uma chaleira esta aquecendo água no fogão. À medida que a superfície metálica se aquece,
calor é transmitido para a água até se atingir o ponto de ebulição. O que se nota na ebulição
é que o líquido está a uma temperatura constante. Na existe um gradiente de temperatura,
como é o caso do calor por condução.

O único gradiente que existe é entre a superfície da chaleira em contato com a água é a
chaleira propriamente dita.

O conceito de regime de transferência de calor pode ser melhor entendido através de


exemplos. Analisaremos, por exemplo, a transferência de calor através da parede de uma
estufa qualquer. Consideremos duas situações: operação normal e desligamento ou
religamento.

Durante a operação normal, enquanto a estufa estiver ligada a temperatura na superfície


interna da parede não varia.

Se a temperatura ambiente externa não varia significativamente, a temperatura da superfície


externa também é constante. Sob estas condições a quantidade de calor transferida para
fora é constante e o perfil de temperatura ao longo da parede, mostrado na figura abaixo, não
varia. Neste caso, dizemos que estamos no regime permanente, ou temperatura constante.

25
NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

MÓDULO II

SEGURANÇA

DO

TRABALHO

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

ANALISE PRELIMINAR DE RISCO e PERMISSÃO PARA TRABALHO

1. OBJETIVOS

Estabelecer de acordo com as diretrizes de Segurança do Trabalho os procedimentos para


Emissão, cancelamento, quitação e encerramento de uma Permissão para Trabalho e
Confecção de APR aplicáveis aos trabalhos de manutenção, montagem, desmontagem,
construção, inspeção ou reparo de equipamentos ou sistemas que envolvam riscos de
acidentes com lesão pessoal, danos à saúde, danos materiais, agressão ao meio ambiente
e/ou descontinuidade operacional.

2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

 N-2162 - Permissão para Trabalho - PETROBRAS


 PG-20-00001 - Manual de Gestão da Unidade de Serviços Compartilhados
 COMPARTILHADO - PG-20-00018 – Levantamento de Aspectos/Perigos e Impactos e
Avaliação de Riscos.

3. TERMOS E DEFlNlÇÕES

Perigos e Riscos:

“Risco é a probabilidade ou chance de lesão ou morte”.

“Perigo é uma condição ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou


contribuir para uma lesão ou morte”.

“APR” – Análise Preliminar de Riscos.

Existe diversas técnicas para encontrar uma análise de risco e de avaliação quantitativa de
riscos/perigos, o gerenciamento e planejamento de emergências. Podemos exemplificar as
mais usadas: APR, What-If, FMEA, HAZOP, Árvores de Falhes e de Eventos.

Técnica de identificação de riscos e perigos baseada em lista de verificação destinada a


orientar a decisão sobre a necessidade do aprofundamento, ou não, das análises relativas ao
planejamento da liberação do equipamento ou sistema, bem como do trabalho que será
executado.

Neste treinamento utilizaremos a ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO para ilustrar


nossos exercícios.

O modelo abaixo de APR de Nível I, tem o princípio logico de que a partir de uma resposta
“SIM” é utilizada a APR de Nível II, que o objetivo de aumentar o nível da análise técnica de
identificação dos riscos.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

3.1. Análise Preliminar Nível 1 – Modelo Petrobras

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

3.2. Análise Preliminar Nível 2 (Anexo I) – Modelo Petrobras

Técnica de identificação de perigos e avaliação de riscos executada por equipe constituída


por representantes das gerências envolvidas no planejamento da liberação do equipamento
e/ou sistema e no planejamento da execução do trabalho a ser realizado, para detalhamento
das ações de prevenção e mitigação de acidentes que possam ocorrer durante a sua
execução.

3.3. Área Liberada

Local com limites estabelecidos situados em área não classificada onde, por tempo
determinado, fica dispensada a sistemática de emissão de PT, excetuando-se os trabalhos
com radiações ionizantes e em equipamentos Classe A.

3.4. Conclusão dos Trabalhos

É a situação na qual o serviço planejado foi inteiramente concluído e o equipamento ou


sistema é considerado disponível para retorno à operação.

3.5. Co-emitente da PT

É o responsável pela liberação da área onde está instalado o equipamento ou sistema sob
responsabilidade de outro.

3.6. Emitente da PT

O emitente da PT é o responsável pela liberação do equipamento ou sistema.


29
NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

3.7. Emitente de Recomendações Adicionais de Segurança RAS

O emitente das Recomendações Adicionais de Segurança é o profissional de Segurança do


Trabalho.

3.8. Requisitante

O requisitante da PT é o empregado qualificado para solicitar a PT ao emitente e para


realizar a Análise Preliminar de Nível 1.

3.9. Equipamento Classe A

Aquele que contém e/ou que tenha contido produtos tóxicos, asfixiantes, corrosivos,
inflamáveis ou combustíveis.

3.10. Equipamento Classe B

Aquele que não contém ou não tenha contido produtos tóxicos, asfixiantes, corrosivos,
inflamáveis ou combustíveis.

3.11. Etiquetas de Advertência

Cartões que devem ser afixados nos equipamentos e em seus dispositivos de bloqueio
(válvulas, botoeiras, painéis, alavancas, disjuntores, etc.) com a finalidade de proibir a sua
operação.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

Permissão para Trabalho (PT)

Autorização dada por escrito, em documento próprio, para a execução de trabalhos de


manutenção, montagem, desmontagem, construção, reparos ou inspeções que envolvam
riscos à integridade do pessoal, às instalações, ao meio ambiente, à comunidade ou à
continuidade operacional.

31
NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

32
NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

3.19. Permissão para Trabalho Temporária (PTT)

É a permissão para trabalho, emitida em impresso padronizado, com prazo dilatado em


função do período de trabalho do requisitante, que autoriza a execução de trabalhos em
equipamento ou sistemas definidos, desde que não haja alterações de risco na área do
trabalho ou nas áreas adjacentes.

3.20. Recomendações Adicionais de Segurança (RAS)

Campo existente no formulário de PT para orientações que buscam estabelecer medidas de


segurança complementares a serem adotadas na execução de trabalhos específicos, cujo
risco pressupõe a adoção de cuidados especiais.

3.21. Trabalho a Frio

Trabalho que não envolve o uso ou produção de chamas, calor ou centelhas.

3.22. Trabalho a Quente

Trabalho que envolve o uso ou produção de chama, calor ou centelhas (por impacto, atrito ou
equipamento elétrico energizado).

4. RESPONSABILIDADE E AUTORIDADE

4.1 Compete aos Gerentes Gerais e aos respectivos Gerentes das Regionais dos Serviços
Compartilhados a aplicação deste padrão.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

4.2. COMPETE AO REQUISITANTE DA PERMISSÃO DE TRABALHO (PT)

a) apresentar a credencial sempre que solicitada, na requisição da permissão para trabalho


e/ou nas auditorias de PT;
b) o fiel cumprimento das recomendações, sendo obrigatória a sua leitura e discussão com a
equipe de trabalho;

c) afixar a PT e seus anexos (Plano de Trabalho, Análise Preliminar de Risco, etc) em local
visível junto ao serviço;

d) providenciar os requisitos necessários para a manutenção das condições de segurança do


local de trabalho;

e) acompanhar e conferir o preenchimento da lista de verificação (LV), conforme anexo A,


obrigatoriamente, no local do serviço;

f) instruir, antes do início dos trabalhos, os executantes quanto às recomendações de


segurança a serem observadas. Se durante a execução dos trabalhos ocorrer à substituição
e/ou acréscimo no número de executantes, o requisitante deverá transmitir-lhes as mesmas
recomendações de segurança;

g) prestar todos os esclarecimentos necessários ao emitente;

h) ao término do trabalho, do prazo de validade fixado na PT e/ou do período de trabalho do


requisitante, este deve comparecer à presença do emitente da PT, e/ou seu substituto, a fim
de efetuar o encerramento da mesma;

i) devolver a credencial ao fiscal do contrato ao final do prazo de sua validade.

4.3 COMPETE AO EMITENTE DA PERMISSÃO DE TRABALHO (PT)

A aplicação deste padrão para o equipamento, instalação, sistema ou local onde deve ser
realizado o trabalho.

a) inspecionar o equipamento, sistema e/ou área onde será realizado o serviço em conjunto
com o requisitante e providenciar as medidas necessárias para garantir as condições
seguras para a realização do trabalho;

b) identificar os pontos de energia a serem bloqueados no sistema;


c) certificar-se de que as condições de trabalho estejam suficientemente seguras durante
todo o seu desenvolvimento;

d) garantir verificações periódicas do trabalho e/ou permanecer no local. Em qualquer dos


casos o emitente poderá designar um representante para desempenhar estas funções,
anotando esta delegação na PT. Este representante não poderá pertencer à equipe de
execução;

e) indicar com clareza o trabalho que estão sendo autorizado, o equipamento e/ou sistema
que sofrerá intervenção e/ou mudança e indicar os pontos em que deverão ser fixadas as
etiquetas de advertência;

34
NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

f) certificar-se de que os cuidados e informações a serem observados foram plenamente


entendidos;

g) afixar a etiqueta de advertência amarela e instalar os dispositivos de bloqueios definidos


no equipamento/instalação e/ou sistema, cuja operação possa interferir com a execução do
trabalho, quando aplicável;
h) ao ser informado pelo requisitante do término do serviço, verificar o local e encerrar a PT,
removendo a etiqueta de advertência.

Quando um trabalho for realizado em um equipamento e/ou sistema que estiver localizado
em área de responsabilidade de outra supervisão, a PT deve ter uma co-emissão do
responsável pela área.

5. O REQUISITANTE E SUAS RESPONSABILIDADES

5.1. Estão autorizados a requisitar PT:

a) empregado da PETROBRAS: executante ou seu supervisor, devidamente capacitado;


b) empregado de empresa contratada: empregado capacitado e credenciado, após
solicitação por escrito da empresa contratada.

Nota: É recomendado que os empregados da empresa contratada, requisitantes de PT,


sejam credenciados somente para serviços dentro de sua especialidade.

5.2. É de responsabilidade do Requisitante da Permissão para trabalho:

a) instruir os executantes quanto às recomendações de segurança a serem observadas e


assegurar o seu fiel cumprimento;

b) se durante a execução dos trabalhos ocorrer à substituição ou acréscimo no número de


executantes, o requisitante deve transmitir-lhes as mesmas informações a supervisão;

c) A credencial deve ser apresentada pelo empregado ao redenciado da empresa contratada


quando da requisição da PT.

Garantir as providências necessárias para efetuar o encerramento da PT:

O local onde o serviço foi realizado deve ser entregue, pelo requisitante, em perfeitas
condições de ordem e limpeza e arrumação, sob pena da não aceite como concluído.

Ao término da sua jornada de trabalho ou do prazo de validade fixado na PT, deve
procurar o emitente da PT, ou seu substituto, para informar o encerramento da PT.

No encerramento da PT o local de trabalho deve ser verificado pelo requisitante, pelo
emitente e co-emitente (se houver), os seus respectivos substitutos para garantir a
integridade.

Em caso de permissão com co-emissão, deve obter previamente a quitação do co-
emitente.

35
NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

Após a conclusão dos trabalhos, o requisitante providencia a retirada das etiquetas azuis
(se houver) e as entrega ao emitente, juntamente com a primeira via da PT para
encerramento.

As etiquetas de advertência deverão ser removidas dos equipamentos pelas pessoas que
as afixaram ou seus substitutos.

Após constatar que o trabalho foi concluído, que as respectivas etiquetas azuis foram
retiradas e que a PT foi encerrada, a etiqueta amarela deve ser retirada pelo emitente da PT
ou seu substituto.

Este procedimento constitui o efetivo encerramento do trabalho.

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

MÓDULO III – Prático

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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

METROLOGIA BÁSICA

Antes de iniciar qualquer TESTE DE ESTANQUEIDADE pelos métodos convencionais, os


chamados END’s (ensaios não destrutivos) precisamos que entender que a METROLOGIA
Básica é método mais rápido e seguro que possa existir.

Pela conferência métrica, há a possibilidade de extinguir a necessidade de qualquer ensaio


ou teste. Portanto vamos relembrar:

A metrologia aplica-se a todas as grandezas determinadas e, em particular, às dimensões


lineares e angulares das peças mecânicas. Nenhum processo mecânico ou não permite que
se obtenha rigorosamente uma dimensão prefixada. Por essa razão, é necessário conhecer a
grandeza do erro tolerável, antes de se escolherem os meios de inspeção e controle
convenientes.

Por isso, o conhecimento da técnica metrológica é importante para realização dos ENDs
ensaios não destrutivos.

A inspeção visual/dimensional é o mais comum de todos os exames não destrutivos


aplicados na indústria. Pode ser utilizado como exame único ou parte de outros exames e
testes não destrutivos para controle de qualidade.

A inspeção visual pode ser utilizada para o exame de superfície, numa operação conhecida
como exame do dimensional.

FINALIDADE DO CONTROLE

O controle não tem por fim somente reter ou rejeitar os produtos fabricados fora das normas;
destina-se, antes, a orientar no momento da inspeção, por exemplo, evitando erros de
grandes proporções.

Representa, por conseguinte, um fator importante na redução dos acidentes e nas despesas
gerais e no acréscimo da produtividade.

Todas as operações de controle dimensional são realizadas por meio de aparelhos e


instrumentos; devem-se, portanto, controlar não somente as peças fabricadas, mas também
os aparelhos e instrumentos verificadores:

• de desgastes, nos verificadores com dimensões fixas;


38
NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade

• de regulagem, nos verificadores com dimensões variáveis


Isto se aplica também às ferramentas, aos acessórios e às máquinas-ferramentas utilizadas
no processo.

MEDIÇÃO

O conceito de medir traz, em si, uma ideia de comparação. Como só se podem comparar
“coisas” da mesma espécie, cabe apresentar para a medição a seguinte definição, que, como
as demais, está sujeita a contestações: “Medir é comparar uma dada grandeza com outra da
mesma espécie, tomada como unidade”.

Uma contestação que pode ser feita é aquela que se refere à medição de temperatura, pois,
nesse caso, não se comparam grandezas, mas, sim, estados.

OPERADOR

O operador é, talvez, dos três, o elemento mais importante. É ele a parte inteligente na
apreciação das medidas. De sua habilidade depende, em grande parte, a precisão
conseguida.

Um bom operador, servindo-se de instrumentos relativamente débeis, consegue melhores


resultados do que um operador inábil com excelentes instrumentos.

Deve, pois, o operador, conhecer perfeitamente os instrumentos que utiliza, ter iniciativa para
adaptar às circunstâncias o método mais aconselhável e possuir conhecimentos suficientes
para interpretar os resultados encontrados.

INSTRUMENTOS DE AUXILIO NOS TESTES NÃO DESTRUTIVOS MAIS USADOS

Os instrumentos de medição são utilizados para determinar grandezas. A grandeza pode ser
determinada por comparação e por leitura em escala métrica ou régua graduada.

É dever de todos os profissionais zelar pelo bom estado dos instrumentos de medição,
mantendo-se assim por maior tempo sua real precisão.

O mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas ou a bordo de unidade


marítima é a régua graduada (escala). É usada para medidas lineares, quando não há
exigência de grande precisão.

Para que seja completa e tenha caráter universal, deverá ter graduações do sistema métrico
e do sistema inglês.

Sistema Métrico

Graduação em milímetros (mm). 1mm = 1m / 1000m

Sistema Inglês

Graduação em polegadas (“). 1” = 1 / 36 jarda

A escala ou régua graduada é construída de aço, tendo sua graduação inicial situada na
extremidade esquerda. É fabricada em diversos comprimentos:
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6” (152,4 mm), 12” (304,8 mm).

RÉGUA GRADUADA

Características da boa Régua Graduada

1 - Ser, de preferência, de aço inoxidável.


2 - Ter graduação uniforme.
3 - Apresentar traços bem finos, profundos e salientados em preto.

Conservação

1 - Evitar quedas e contato com ferramentas de trabalho.


2 - Evitar flexioná-la ou torcê-la, para que não se empene ou quebre.
3 - Limpe-o após o uso, para remover o suor e a sujeira.
4 - Aplique-lhe ligeira camada de óleo fino, antes de guardá-la.

Graduações da Escala - Sistema Inglês Ordinário

Representações da Polegada: ( “ ) polegada - 1” = uma polegada;

(IN) polegada - 1 IN = uma polegada;

(INCH) palavra inglesa que significa polegada.

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PAQUÍMETRO

Utilizado para a medição de peças, quando a quantidade não justifica um instrumental


específico e a precisão requerida não desce a menos de 0,02mm, 1′′/128.

É um instrumento finamente acabado, com as superfícies planas e polidas. O cursor é


ajustado à régua, de modo que permita a sua livre movimentação com um mínimo de folga.
Geralmente é construído de aço inoxidável, e suas graduações referem-se a 20ºC.

A escala é graduada em milímetro e polegadas, podendo a polegada ser fracionária ou


milesimal. O cursor é provido de uma escala, chamada nônio ou vernier, que se desloca em
frente às escalas da régua e indica o valor da dimensão tomada.

Princípio do Nônio

A escala do cursor, chamada Nônio (designação dada pelos portugueses em homenagem a


Pedro Nunes, a quem é atribuída sua invenção) ou Vernier (denominação dada pelos
franceses em homenagem a Pierre Vernier, que eles afirmam ser o inventor), consiste na
divisão do valor N de uma escala graduada fixa por N.1 (nº de divisões) de uma escala
graduada móvel.

Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9mm, e dividindo pelo nº de divisões do
mesmo (10 divisões), concluímos que cada intervalo da divisão do nônio mede 0,9mm.

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Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa em uma divisão do nônio,
concluímos que cada divisão do nônio é menor 0,1mm do que cada divisão da escala fixa.
Essa diferença é também a aproximação máxima fornecida pelo instrumento.

Cálculo de Aproximação (Sensibilidade)

Para se calcular a aproximação (também chamada sensibilidade) dos paquímetros, dividi-se


o menor valor da escala principal (escala fixa), pelo número de divisões da escala móvel
(nônio).

A aproximação se obtém, pois, com a fórmula:

ERROS DE LEITURA - São causados por dois fatores:

a) paralaxe;
b) pressão de medição.

Paralaxe

O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas, tem uma espessura mínima a. Assim,
os traços do nônio TN são mais elevados que os traços da régua TM.

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A maioria das pessoas possuem maior acuidade visual em um dos olhos, o que provoca erro
de leitura. Recomenda-se a leitura feita com um só olho, apesar das dificuldades em
encontrar-se a posição certa.

Pressão de Medição

É a pressão necessária para se vencer o atrito do cursor sobre a régua, mais a pressão de
contato com a peça por medir. Em virtude do jogo do cursor sobre a régua, que e
compensado pela mola F, a pressão pode resultar numa inclinação do cursor em relação à
perpendicular à régua.

Por outro lado, um cursor muito duro elimina completamente a sensibilidade do operador, o
que pode ocasionar grandes erros. Deve o operador regular a mola, adaptando o instrumento
à sua mão.

Erros de Medição

Estão classificados em erros de influências objetivas e de influências subjetivas.

a) DE INFLUÊNCIAS OBJETIVAS: São aqueles motivados pelo instrumento

• erros de planidade;
• erros de paralelismo;
• erros da divisão da régua;
• erros da divisão do nônio;
• erros da colocação em zero.

b) DE INFLUÊNCIAS SUBJETIVAS: São aqueles causados pelo operador (erros de leitura).

Observação: Os fabricantes de instrumentos de medição fornecem tabelas de erros


admissíveis, obedecendo às normas existentes, de acordo com a aproximação do
instrumento.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1 - O que é Teste de Estanqueidade e sua finalidade?

2 - Qual é a NR que estabelece este treinamento atualmente regida pelo M.T.E?

3 - Qual é o princípio básico da Estanqueidade?

4 - Defina com suas palavras o que significa:

- Teste de Inspeção;
- Teste de Vedação;
- Teste com Fluido ou por Bolha;
- Teste de Integridade.

5 - Defina o que é Pressão?

6 - Defina o que é Risco & Perigo.

7 - O que é APR? Diga com suas palavras qual é o objetivo da APR?

8 - A Permissão de Trabalho tem duração de quantos dias?

9 - O que significa RAS e quem é responsável por emiti-la?

10 - Cite três responsabilidades do Requisitante e três do Emitente.

11 - Qual é a finalidade das etiquetas de advertência?

12 – A unidade internacional de medida para pressão é:

( ) PASCAL
( ) PSI
( ) BAR
( ) KGF\CM
( ) N.R.A

13 - Explique sobre Pressão Atmosférica.

14 - Diferença entre calor específico, sensível e latente:

15 – Diferencie Teste de Estanqueidade de Teste Hidrostático.

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LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PAQUÍMETRO

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