Apostila - Estanqueidade
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Apostila - Estanqueidade
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NR 34
Item 34.14
Testes de Estanqueidade
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
INDICE
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
OBJETIVO DO TREINAMENTO
MÓDULO I - Específico
O que é Estanqueidade?
Estudo da NR 34, item 34.14;
Princípios Básicos, Finalidade e Campo de Aplicação dos Testes de Estanqueidade;
Grandezas Físicas;
Normas Técnicas e Procedimentos de Teste de Estanqueidade;
Sistemas de Testes;
Características Especiais dos Sistemas a serem testados;
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Antes dos de Testes de Estanqueidade. Lembre e procure estar atento aos procedimentos de
segurança daqueles que possam interagir direta ou indiretamente com o ambiente de teste.
Mais à frente voltaremos a falar de SEGURANÇA DO TRABALHO.
Cabo de Segurança
A fita preta com amarelo há possibilidade de passagem, desde que haja autorização de
pessoa que esteja no processo.
A fita vermelha com branco a determinação é impeditiva. Sem chances, em hipótese alguma,
portanto, RESPEITE A SINALIZAÇÃO!
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
INTRODUÇÃO
O ensaio de estanqueidade é uma técnica de inspeção não destrutiva que permite não só
localizar o vazamento de um fluído, seja ele líquido ou gasoso, como também medir a
quantidade de material vazando, tanto em sistemas que operam com pressão positiva ou que
trabalham com vácuo.
PRINCÍPIO BÁSICO
A seguir são dados alguns exemplos dos segmentos da indústria, dos produtos por ela
fabricados, onde encontramos com frequência as descontinuidades onde o ensaio de
estanqueidade pode, ou deve, ser utilizado:
Química: instalação de produção que trabalhe com ácidos, cloro, amônia, ésteres, etc.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
TESTES DE ESTANQUEIDADE
34.14.5 O projeto do sistema do teste de estanqueidade deve ser elaborado por profissional
legalmente habilitado;
34.14.6 Antes do início das atividades, devem ser adotadas as seguintes medidas de
segurança:
a) emitir a PT;
b) evacuar, isolar e sinalizar a área de risco definida no procedimento;
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
c) implementar EPC;
d) na inviabilidade técnica do uso de EPC, deve ser elaborada APR contendo medidas
alternativas que assegurem a integridade física do trabalhador.
34.14.10 Deve ser utilizada sempre válvula de segurança com pressão de abertura ajustada
em conformidade com o procedimento de teste;
34.14.11 Após atingir a pressão de ensaio o sistema de teste deve ser bloqueado do sistema
testado;
34.14.14 No emprego de linhas flexíveis, deve ser adotado cabo de segurança para evitar
chicoteamento;
34.14.15 Durante a realização dos testes, a pressão deve ser elevada gradativamente até a
pressão final de teste.
RESPONSABILIDADE DE TODOS!!!
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
TÉCNICAS DE INSPEÇÃO
A periodicidade das inspeções externas deve ser estabelecida em função das condições do
processo e ambiental do local da instalação, e deve estar definida no programa de inspeção
com o devido cuidado para que não sejam ultrapassados os limites definidos na legislação
vigente ou nos procedimentos internos de cada empresa e/ou manual do fabricante.
A inspeção externa pode ser realizada com o vaso de pressão em condições normais de
operação, ou por ocasião das paradas do equipamento.
Para que a inspeção possa ser conduzida de forma objetiva, cabe ao inspetor seguir o
planejado na fase de preparação e cumprir completamente cada etapa da inspeção antes de
passar para a seguinte.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
SISTEMA DE TESTE
Este teste é realizado logo após o teste de calibração ou de conferência visual. Ele é
importante por indicar a quantidade de vazamento que possa existir ou início de falha quando
colocado em operação.
Nota: Eventualmente, pode ser utilizada água como fluido de teste para válvulas que
trabalham com fluidos incompressíveis. Neste caso, não deve apresentar vazamentos
durante 3 minutos.
c) observar o aparecimento das bolhas (se ocorrer); caso não seja detectada a presença de
bolhas, após 5 minutos, considerar o teste de estanqueidade aprovado; durante o período de
realização do teste, a pressão de teste deve ser mantida e não deve existir vazamento por
outro ponto do equipamento testado.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Dispositivo de Teste
Utilizaremos para exemplificar um dispositivo de teste para determinar o vazamento, com ar,
a figura abaixo.
A condição básica que deve ser satisfeita para que se possa realizar este ensaio, é que o
objeto de ensaio seja um sistema fechado. Neste caso, o objeto é submetido a uma pressão
diferente da pressão ambiente, sendo, então medida e registrada a variação da pressão do
sistema fechado após um determinado intervalo de tempo.
onde:
qL é a taxa de vazamento;
p é a pressão ou variação de pressão, em [bar];
V é o volume ou a variação de volume, em [L];
t é o intervalo de tempo, em [s].
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Uma parte importante deste teste é determinar o tempo durante o qual o objeto de ensaio
deverá ficar pressurizado, mostrado na equação abaixo.
onde:
qmax, admi é a taxa de vazamento máxima admissível;
Dp é a diferença de pressão detectável no manômetro, em [mbar];
V é o volume do objeto de ensaio, em [L];
tteste é o tempo de teste, em [s].
Nota-se no gráfico da figura abaixo que a pressão tem uma variação linear com o tempo.
A superfície externa do objeto de ensaio é molhado com uma solução formadora de espuma
de pequena tensão superficial e caso exista uma descontinuidade através da qual escape
uma quantidade significativa de gás ou vapor, então haverá a formação de bolhas, que
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
O teste de integridade tem por objetivo detectar vazamentos da válvula para o meio externo.
O teste é realizado com Ar ou N2, conforme sequência abaixo:
Pressurizar a válvula pela conexão de saída com o valor da contrapressão ou 200 kPa (2
kgf/cm²), o que for maior.
Com solução de água e sabão verificar todos os pontos com possibilidade de vazamento.
Caso seja detectado vazamento, fazer ajuste e/ou substituição de junta de modo a sanar o
problema.
Corrosão
Praticamente todos os tipos de corrosão podem estar presentes numa instalação industrial e
são as causas básicas de muitas das dificuldades encontradas. A corrosão geralmente
provoca pites nos componentes das válvulas, depósitos que interferem com o funcionamento
das partes móveis, quebra de várias partes ou uma deterioração generalizada dos materiais
das válvulas. O ataque corrosivo pode ser eliminado adotando-se as seguintes medidas:
Melhorar a vedação para evitar a circulação de fluído corrosivo nas partes superiores
da válvula;
Melhorar a vedação utilizando válvula com anel “O”;
Especificar válvula com fole para isolar a parte superior da válvula;
Melhorar a especificação dos materiais;
Aplicar pintura ou revestimento anticorrosivo;
Instalar disco de ruptura em série com a válvula.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Corrosão
A presença de pites ou marcas de corrosão nas superfícies de assentamento possibilita a
passagem de fluído e consequente agravamento dos danos.
Partículas Estranhas
Carepa, rebarba de solda ou escoria, depósitos corrosivos, coque ou sujeira entram na
válvula e passam através dela quanto abre. Essas partículas podem danificar as superfícies
de assentamento e destruir o perfeito contato necessário para a vedação. Os danos podem
acontecer tanto em operação quanto nos testes. Eventualmente pode ocorrer polimerização
de fluídos que vazam e se depositam nas superfícies de assentamento.
Batimento
Fenômeno provocado por tubulação muito longa ou por obstruções e restrições a montante
da válvula. A pressão estática atuando na válvula é suficiente para abri-la; no entanto, assim
que o fluxo se estabelece, a perda de carga na linha de entrada é tão grande que a pressão
atuando no disco diminui e a válvula fecha. O ciclo de abertura e fechamento pode continuar
repetidamente, às vezes de forma intensa, o que resulta numa ação de batimento que
danifica seriamente as superfícies de assentamento, em alguns casos sem a possibilidade de
reparo. Outras causas de batimento são: super dimensionamento da válvula, fluxo bifásico,
perda de carga excessiva na tubulação de descarga e ajuste inadequado do(s) anel(is) de
regulagem.
Ajustes Inadequados
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Entupimento e Emperramento
Exemplos de especificação incorreta: uso de mola de aço carbono em ambiente que contem
H2S ou disco de aço inoxidável AISI 304 em meios que contem cloretos. Quando a
experiência indica que o tipo selecionado de material não é correto para as condições de
trabalho, deve-se proceder imediatamente a uma troca para material mais adequado. É
interessante que se mantenha um registro desses materiais especiais e dos locais onde
devem ser utilizados.
Instalação Inadequada
A válvula perde sua finalidade se não for instalada no local exato para o qual foi projetada.
Para evitar erros na instalação deve-se estabelecer um sistema rígido de controle que evite
trocas nas posições das válvulas. As normas de projeto da instalação exigem que as válvulas
tenham uma placa de identificação, e que nesta placa conste a localização (Tag) da válvula.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
PRESSÃO
A pressão é definida como sendo a relação entre a força exercida por unidade de área e que
atua perpendicularmente sobre uma superfície. Deve-se designar a pressão como a força
exercida por um fluido nas paredes de um recipiente.
Formalmente,
A unidade no SI para medir a pressão é o Pascal (Pa), equivalente a uma força de 1 Newton
por uma área de 1 metro quadrado.
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
A atmosfera terrestre é composta por vários gases, que exercem uma pressão sobre a
superfície da Terra. Essa pressão, denominada pressão atmosférica, depende da altitude do
local, pois à medida que nos afastamos da superfície do planeta, o ar se torna cada vez mais
rarefeito, e, portanto, exercendo uma pressão cada vez menor. Pressão atmosférica é a
pressão exercida pela atmosfera num determinado ponto.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
É a força por unidade de área, exercida pelo ar contra uma superfície. A pressão exercida
pela atmosfera ao nível do mar corresponde a 101,325 Pa, e esse valor é normalmente
associado a uma unidade chamada atmosfera padrão ( símbolo (atm). A pressão de
atmosfera padrão, medida ao nível do mar, está acompanhada por outras características
como densidade do ar e temperatura, porém, é importante salientar que o termo refere-se
apenas à pressão de 1 atm. As unidades métricas utilizadas são: polegadas ou milímetros de
mercúrio, Quilopascais (kPa), atmosferas, milibares (MB) e hectopascais (hPa), sendo os
dois últimos mais usados entre os cientistas.
Também é utilizado para medir pressão a unidade PSI (pounds per square inch) que em
Português vem a ser libra por polegada quadrada (lb/pol2). Embora corrente para medir
pressão de pneumáticos e de equipamentos industriais a lb/plo2 é raramente usada para
medir a pressão atmosférica. Embora o ar seja extremamente leve, não é desprovido de
peso. Cada pessoa tem em média uma superfície do corpo aproximadamente igual a 1 metro
quadrado, quando adulto. Sabendo que o nível do mar a pressão atmosférica é da ordem de
100.000 Pa.
O que quer dizer que, neste local uma pessoa suportaria uma força de cerca de 100.000N
relativo a pressão atmosférica. Porém, não sente nada, nem é esmagada por esta força. Isto
acontece devido a presença do ar, que está contido no corpo, e a pressão que atua de forra
para dentro atua de dentro para fora. Qualquer variação na pressão externa se transmite
integralmente a todo o corpo, atuando de dentro para fora, de acordo com o Princípio de
Pascal. O peso normal do ar ao nível do mar4 é de 1kg/cm². Porém, a pressão atmosférica
diminui com o aumento de altitude. A 3000 metros, é cerca de 0,70 kg/cm². A 8840 metros, a
pressão é apenas de 0,3 kg/cm².
Patm Patm
Pressões internas no
recipiente
A LEI DE PASCAL
BARÔMETRO
O físico italiano Evangelista Torricelli (1608-1647) realizou uma experiência para determinar
a pressão atmosférica ao nível do mar. Ele usou um tubo aproximadamente 1,0m de
comprimento, cheio de mercúrio (Hg) e com a extremidade tampada. Depois, colocou o tubo,
em pé e com a boca tampada para baixo, dentro de um recipiente que também continha
mercúrio. Torricelli observou que, após destampar o tubo, o nível do mercúrio desceu e
estabilizou-se na posição correspondente a 76 cm, restando o vácuo na parte vazia do tubo.
A pressão atmosférica varia com a altitude, de um lugar para o outro e com a temperatura, de
um período para outro. Quando descemos uma serra, notamos uma diferença nos ouvidos. É
o aumento de pressão atmosférica, que ocorre à medida que diminui a altitude, ou seja, baixa
altitude é igual a alta pressão e alta altitude igual a baixa pressão.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Entrada do Fluído
para a verificação Fabricante
da Pressão
Manômetro metálico tipo Bourdon utilizado em postos de gasolina (os médicos usam um
sistema semelhante) para calibração de pneus. A unidade de medida psi (libra por polegada
ao quadrado) corresponde a,aproximadamente, 0,07 atm. Assim, a pressão lida no
mostrador, 26 psi, é igual aproximadamente 1,8 atm.
pm = pint - pext
Na maioria das aplicações a pressão externa é a pressão barométrica, o que implica dizer
que a pressão medida é a pressão interna do fluido na escala efetiva.
A figura abaixo representa um manômetro de tubo aberto. Pela diferença de níveis do liquido
nos dois ramos do tubo em U, mede-se a pressão manométrica do sistema contido no
reservatório. Escolhendo os dois pontos A e B mostrados na figura, temos:
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
PA = PB
P SISTEMA = P ATM + P LÍQUIDO
P SISTEMA = P ATM = ∂ x g x h
P MANOMÉTRICA = ∂ x g x h
∂ = densidade do fluído
g = força da gravidade
h = altura
P =Pressão
É constituído de um tubo simples de vidro graduado vertical, aberto nos dois lados,
conectado a massa de água.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Pressão Absoluta
Pressão Manométrica
ou Positiva
Pressão Atmosférica
Pressão Negativa ou
Vácuo
Zero Absoluto
UNIDADE DE PRESSÃO
O pascal (cujo o símbolo é Pa) é a unidade padrão de pressão no SI. Equivale a força de 1 N
aplicada sobre uma superfície de 1m². o nome desta unidade é uma homenagem a Blaise
Pascal, eminente matemático, físico e filosofo Frances.
Durante muito tempo a meteorologia métrica utilizou o milibar para medição de pressão.
Após a mudança para o Sistema Internacional (SI), muitos meteorologistas preferiram
continuar usando a magnitude a que estavam acostumados e não adotaram o prefixo
multiplicador quilo (x1000) e sim o hecto (x100).
CALOR E TEMPERATURA
O calor (abreviado por Q) é a energia térmica em trânsito de um corpo para outro, motivada
por uma diferença de temperatura. A energia de agitação das partículas de um corpo
depende de uma série de fatores, como a sua massa, a substância de que é constituído, a
temperatura. Logo não há sentido em dizer que um corpo tem mais calor que outro. O calor é
uma energia que se transfere de um sistema para o outro, sem transporte de massa, e que
não corresponde à execução de um trabalho mecânico.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
continuamente usando energia. Quando você está repousando, você necessita de pouca
energia alimentar. Quando você cava um buraco ou joga futebol, você necessita mais. A
energia utilizada para realizar esses trabalhos provém dos alimentos que você ingere. Muitas
pessoas em partes do Brasil, como da América Latina, África e Ásia, não são tão bem
alimentadas quanto os norte-americanos e os europeus: tem fome.
Usamos energia térmica para cozinhar os alimentos, para mover os trens e navios e para
fazer funcionar máquinas de certas fábricas. Se em sua casa se usa carvão ou lenha para
cozinhar, sua mãe se preocupa com que deixa pouco resíduo e produza pouca fumaça.
Acima de tudo ele se interessa pela energia calorífica, que é produzida. No dia-a-dia estamos
constantemente entrando em contato com objetos ou ambientes onde podemos ter a
sensação de quente ou frio, percebendo diferentes temperaturas. E é comum usarmos as
palavras calor e temperatura sem deixar claro a diferença existente entre as duas. Algumas
expressões podem até apresentar as palavras com seus conceitos trocados, como no caso
da expressão “como está calor hoje!” onde se usa a palavra calor para expressar a
temperatura do ambiente.
A partir disso se deduz que as sensações de quente e frio que temos também não são
sensações de calor e sim de temperatura. Na verdade, temperatura de um objeto ou meio é a
medida de o quanto estão agitados seus átomos e moléculas, enquanto que calor, ou energia
térmica, é a quantidade de energia envolvida nessa agitação molecular. Para entender
melhor, façamos uma analogia com duas piscinas, onde relacionamos o volume de água com
calor e o nível de água nas piscinas relacionamos à temperatura. Duas piscinas de mesma
profundidade e de tamanho diferentes podem ter o mesmo nível de água. Porém,
obrigatoriamente, terão volumes diferentes de água.
Podemos concluir que dois objetos com a mesma temperatura podem possuir quantidades
diferentes de calor. A distinção fica mais clara pelo seguinte exemplo. A temperatura de um
corpo de água fervente é a mesma que a da água fervente de um balde. Contudo, o balde de
água fervente tem uma maior quantidade de energia que o corpo de água fervente. Portanto,
a quantidade de calor depende da massa do material, a temperatura não. Embora os
conceitos de calor e temperatura sejam distintos, eles são relacionados.
A temperatura de uma parcela de ar pode mudar quando o ar ganha ou perde calor, mais isto
não é sempre necessário, pois pode haver também mudança de fase da água contida no ar
ou mudança de volume da parcela de ar, associada com o ganho ou perda de calor. Quando
calor entra em um corpo, ele aquece, e quando sai do corpo ele esfria. Para relacionar entre
si calor e temperatura, lembra-se o que segue:
Quanto maior a quantidade de calor mais aquecemos o corpo, e portanto, maior será a
variação de temperatura. Uma mesma quantidade de calor aquece muito um corpo pequeno
e pouco um corpo grande, ou a variação da temperatura é proporcional à quantidade de
calor.
ESCALAS DE TEMPERATURAS
Vamos mencionar três escalas: a Celsius, a Fahrenheit e a Kelvin (ou absoluta). A escala
Fahrenheit é muito usada em países de língua inglesa, principalmente Estados Unidos e
Inglaterra. A escala Kelvin também é usada para fins científicos. O ponto de fusão do gelo
corresponde a 0º C na escala Celsius, 32º F na escala Fahrenheit e 273 K na escala Kelvin.
O ponto de ebulição da água corresponde, respectivamente, a 100º C 212º F e 373 K. o
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Existe uma equação que pode ser usada para fazer estas conversões. Com ela pode-se
transformar ºF em ºC, K em ºC e ºF em K, e outras transformações mais que seja
necessárias. Veja a equação abaixo:
C = F – 32 = K – 273
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Quando a transferência de energia ocorrer em meio estacionário, que pode ser solido ou um
fluido, em virtude de um gradiente de temperatura, usamos o termo transferência de calor por
condução.
O ar mais frio é então aquecido pela superfície e o processo é repetido. Desta forma, a
circulação convectiva do ar transporta calor verticalmente da superfície da Terra para a
troposfera, sendo responsável pela redistribuição de calor das regiões equatoriais para os
pólos. O calor é também transportado horizontalmente na atmosfera, por movimentos
convectivos horizontais, conhecidos por advecção. O termo convecção é usualmente restrito
à transferência vertical de calor na atmosfera.
Neste exemplo, o ar quente por ser menos denso que o ar frio sobe, fazendo assim que o ar
frio desça ate que haja o equilíbrio térmico, fazendo assim a troca de calor por convecção.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Colocando um pedaço de ferro na chama de uma vela, observa-se que o calor fornecido pela
chama provoca uma variação de temperatura (aquecimento) do ferro.
Colocando um pedaço de gelo que se encontra seu ponto de fusão na chama de uma vela,
nota-se que o calor fornecido pela chama provoca uma mudança de estado (fusão) do gelo.
Portanto quando um corpo cede ou recebe calor, este pode produzir no corpo dois efeitos
diferentes: variação da temperatura ou mudança de estado.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
É representada pela letra C e é medida em calorias por grau Celsius (cal/ºC) ou caloria por
Kelvin (cal/K).
Onde C e uma capacidade térmica, Q é a quantidade de calor recebida ou cedida pelo corpo
e é a variação de temperatura sofrida pelo corpo.
Uma chaleira esta aquecendo água no fogão. À medida que a superfície metálica se aquece,
calor é transmitido para a água até se atingir o ponto de ebulição. O que se nota na ebulição
é que o líquido está a uma temperatura constante. Na existe um gradiente de temperatura,
como é o caso do calor por condução.
O único gradiente que existe é entre a superfície da chaleira em contato com a água é a
chaleira propriamente dita.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
MÓDULO II
SEGURANÇA
DO
TRABALHO
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
1. OBJETIVOS
2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
3. TERMOS E DEFlNlÇÕES
Perigos e Riscos:
Existe diversas técnicas para encontrar uma análise de risco e de avaliação quantitativa de
riscos/perigos, o gerenciamento e planejamento de emergências. Podemos exemplificar as
mais usadas: APR, What-If, FMEA, HAZOP, Árvores de Falhes e de Eventos.
O modelo abaixo de APR de Nível I, tem o princípio logico de que a partir de uma resposta
“SIM” é utilizada a APR de Nível II, que o objetivo de aumentar o nível da análise técnica de
identificação dos riscos.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Local com limites estabelecidos situados em área não classificada onde, por tempo
determinado, fica dispensada a sistemática de emissão de PT, excetuando-se os trabalhos
com radiações ionizantes e em equipamentos Classe A.
3.5. Co-emitente da PT
É o responsável pela liberação da área onde está instalado o equipamento ou sistema sob
responsabilidade de outro.
3.6. Emitente da PT
3.8. Requisitante
Aquele que contém e/ou que tenha contido produtos tóxicos, asfixiantes, corrosivos,
inflamáveis ou combustíveis.
Aquele que não contém ou não tenha contido produtos tóxicos, asfixiantes, corrosivos,
inflamáveis ou combustíveis.
Cartões que devem ser afixados nos equipamentos e em seus dispositivos de bloqueio
(válvulas, botoeiras, painéis, alavancas, disjuntores, etc.) com a finalidade de proibir a sua
operação.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Trabalho que envolve o uso ou produção de chama, calor ou centelhas (por impacto, atrito ou
equipamento elétrico energizado).
4. RESPONSABILIDADE E AUTORIDADE
4.1 Compete aos Gerentes Gerais e aos respectivos Gerentes das Regionais dos Serviços
Compartilhados a aplicação deste padrão.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
c) afixar a PT e seus anexos (Plano de Trabalho, Análise Preliminar de Risco, etc) em local
visível junto ao serviço;
A aplicação deste padrão para o equipamento, instalação, sistema ou local onde deve ser
realizado o trabalho.
a) inspecionar o equipamento, sistema e/ou área onde será realizado o serviço em conjunto
com o requisitante e providenciar as medidas necessárias para garantir as condições
seguras para a realização do trabalho;
e) indicar com clareza o trabalho que estão sendo autorizado, o equipamento e/ou sistema
que sofrerá intervenção e/ou mudança e indicar os pontos em que deverão ser fixadas as
etiquetas de advertência;
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Quando um trabalho for realizado em um equipamento e/ou sistema que estiver localizado
em área de responsabilidade de outra supervisão, a PT deve ter uma co-emissão do
responsável pela área.
O local onde o serviço foi realizado deve ser entregue, pelo requisitante, em perfeitas
condições de ordem e limpeza e arrumação, sob pena da não aceite como concluído.
Ao término da sua jornada de trabalho ou do prazo de validade fixado na PT, deve
procurar o emitente da PT, ou seu substituto, para informar o encerramento da PT.
No encerramento da PT o local de trabalho deve ser verificado pelo requisitante, pelo
emitente e co-emitente (se houver), os seus respectivos substitutos para garantir a
integridade.
Em caso de permissão com co-emissão, deve obter previamente a quitação do co-
emitente.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Após a conclusão dos trabalhos, o requisitante providencia a retirada das etiquetas azuis
(se houver) e as entrega ao emitente, juntamente com a primeira via da PT para
encerramento.
As etiquetas de advertência deverão ser removidas dos equipamentos pelas pessoas que
as afixaram ou seus substitutos.
Após constatar que o trabalho foi concluído, que as respectivas etiquetas azuis foram
retiradas e que a PT foi encerrada, a etiqueta amarela deve ser retirada pelo emitente da PT
ou seu substituto.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
METROLOGIA BÁSICA
Por isso, o conhecimento da técnica metrológica é importante para realização dos ENDs
ensaios não destrutivos.
A inspeção visual pode ser utilizada para o exame de superfície, numa operação conhecida
como exame do dimensional.
FINALIDADE DO CONTROLE
O controle não tem por fim somente reter ou rejeitar os produtos fabricados fora das normas;
destina-se, antes, a orientar no momento da inspeção, por exemplo, evitando erros de
grandes proporções.
Representa, por conseguinte, um fator importante na redução dos acidentes e nas despesas
gerais e no acréscimo da produtividade.
MEDIÇÃO
O conceito de medir traz, em si, uma ideia de comparação. Como só se podem comparar
“coisas” da mesma espécie, cabe apresentar para a medição a seguinte definição, que, como
as demais, está sujeita a contestações: “Medir é comparar uma dada grandeza com outra da
mesma espécie, tomada como unidade”.
Uma contestação que pode ser feita é aquela que se refere à medição de temperatura, pois,
nesse caso, não se comparam grandezas, mas, sim, estados.
OPERADOR
O operador é, talvez, dos três, o elemento mais importante. É ele a parte inteligente na
apreciação das medidas. De sua habilidade depende, em grande parte, a precisão
conseguida.
Deve, pois, o operador, conhecer perfeitamente os instrumentos que utiliza, ter iniciativa para
adaptar às circunstâncias o método mais aconselhável e possuir conhecimentos suficientes
para interpretar os resultados encontrados.
Os instrumentos de medição são utilizados para determinar grandezas. A grandeza pode ser
determinada por comparação e por leitura em escala métrica ou régua graduada.
É dever de todos os profissionais zelar pelo bom estado dos instrumentos de medição,
mantendo-se assim por maior tempo sua real precisão.
Para que seja completa e tenha caráter universal, deverá ter graduações do sistema métrico
e do sistema inglês.
Sistema Métrico
Sistema Inglês
A escala ou régua graduada é construída de aço, tendo sua graduação inicial situada na
extremidade esquerda. É fabricada em diversos comprimentos:
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
RÉGUA GRADUADA
Conservação
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
PAQUÍMETRO
Princípio do Nônio
Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9mm, e dividindo pelo nº de divisões do
mesmo (10 divisões), concluímos que cada intervalo da divisão do nônio mede 0,9mm.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa em uma divisão do nônio,
concluímos que cada divisão do nônio é menor 0,1mm do que cada divisão da escala fixa.
Essa diferença é também a aproximação máxima fornecida pelo instrumento.
a) paralaxe;
b) pressão de medição.
Paralaxe
O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas, tem uma espessura mínima a. Assim,
os traços do nônio TN são mais elevados que os traços da régua TM.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
A maioria das pessoas possuem maior acuidade visual em um dos olhos, o que provoca erro
de leitura. Recomenda-se a leitura feita com um só olho, apesar das dificuldades em
encontrar-se a posição certa.
Pressão de Medição
É a pressão necessária para se vencer o atrito do cursor sobre a régua, mais a pressão de
contato com a peça por medir. Em virtude do jogo do cursor sobre a régua, que e
compensado pela mola F, a pressão pode resultar numa inclinação do cursor em relação à
perpendicular à régua.
Por outro lado, um cursor muito duro elimina completamente a sensibilidade do operador, o
que pode ocasionar grandes erros. Deve o operador regular a mola, adaptando o instrumento
à sua mão.
Erros de Medição
• erros de planidade;
• erros de paralelismo;
• erros da divisão da régua;
• erros da divisão do nônio;
• erros da colocação em zero.
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
- Teste de Inspeção;
- Teste de Vedação;
- Teste com Fluido ou por Bolha;
- Teste de Integridade.
( ) PASCAL
( ) PSI
( ) BAR
( ) KGF\CM
( ) N.R.A
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NR 34 - Segurança em Teste de Estanqueidade
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