Apostila de Instrumentação Industrial
Apostila de Instrumentação Industrial
Apostila de Instrumentação Industrial
Volta Redonda - RJ
2004
ÍNDICE
4. CALIBRAÇÃO DE INSTRUMENTOS...........................................................................................31
6. MEDIDAS DE PRESSÃO.............................................................................................................34
7. MEDIDAS DE VAZÃO..................................................................................................................45
2
1 – INTRODUÇÃO À INSTRUMENTAÇÃO
3
Figura 1 - Classificação por função de instrumentos que compõe uma malha de
instrumentação.
INSTRUMENTAÇÃO DEFINIÇÃO
4
Integrador Instrumento que indica o valor obtido pela integração de
quantidades medidas sobre o tempo.
Nesse tipo é utilizado um gás comprimido, cuja pressão é alterada conforme o valor que
se deseja representar. Nesse caso a variação da pressão do gás é linearmente
manipulada numa faixa específica, padronizada internacionalmente, para representar a
variação de uma grandeza desde seu limite inferior até seu limite superior. O padrão de
transmissão ou recepção de instrumentos pneumáticos mais utilizados é de 0,2 a 1,0
kgf/cm2 (aproximadamente 3 a 15psi no Sistema Inglês).
Os sinais de transmissão analógica normalmente começam em um valor acima do zero
para termos uma segurança em caso de rompimento do meio de comunicação. O gás
mais utilizado para transmissão é o ar comprimido, sendo também o NITROGÊNIO e
em casos específicos o GÁS NATURAL (PETROBRAS).
Vantagem
5
A grande e única vantagem em seu utilizar os instrumentos pneumáticos está no fato de
se poder operá-los com segurança em áreas onde existe risco de explosão (centrais de
gás, por exemplo).
Desvantagens
Vantagens
Desvantagens
6
a) Necessita de tubulações de óleo para transmissão e suprimento.
b) Necessita de inspeção periódica do nível de óleo bem como sua troca.
c) Necessita de equipamentos auxiliares, tais como reservatório, filtros, bombas, etc...
Vantagens
7
Desvantagens
Nesse tipo, “pacotes de informações” sobre a variável medida são enviados para uma
estação receptora, através de sinais digitais modulados e padronizados. Para que a
comunicação entre o elemento transmissor receptor seja realizada com êxito é utilizada
uma “linguagem” padrão chamado protocolo de comunicação.
Vantagens
Desvantagens
8
Neste tipo, o sinal ou um pacote de sinais medidos são enviados à sua estação
receptora via ondas de rádio em uma faixa de freqüência específica.
Vantagens
Desvantagens
Vantagens
Desvantagens
9
1.3 - Simbologia de Instrumentação
1.3.1 – Finalidades
10
Algumas áreas, tal como astronomia, navegação e medicina usam instrumentos tão
especializados que são diferentes dos convencionais. Não houve esforços para que a
norma atendesse às necessidades dessas áreas. Entretanto, espera-se que a mesma
seja flexível suficientemente para resolver grande parte desse problema.
Projetos;
exemplos didáticos;
material técnico - papeis, literatura e discussões;
diagramas de sistema de instrumentação, diagramas de malha, diagramas
lógicos;
descrições funcionais;
diagrama de fluxo: processo, mecânico, engenharia, sistemas, tubulação
(processo);
e desenhos/projetos de construção de instrumentação;
Especificações, ordens de compra, manifestações e outras listas;
Identificação de instrumentos (nomes) e funções de controle;
Instalação, instruções de operação e manutenção, desenhos e registros.
11
1.3.2 - Simbologia Conforme Norma ABNT (NBR-8190)
3) Sinal elétrico.
5) Sinal hidráulico.
12
Tabela 2 – Significado dos códigos de identificação de instrumentos.
13
Obs 1 : Multifunção significa que o instrumento é capaz de exercer mais de uma função.
Notas Relativas
1) As letras “indefinidas” são próprias para indicação de variáveis não listadas que
podem ser repetidas em um projeto particular. Se usada, a letra deverá ter um
significado como “primeira - letra” e outro significado como “letra - subsequente”. O
significado precisará ser definido somente uma vez e uma legenda para aquele
respectivo projeto. Por exemplo: a letra N pode ser definida como Módulo de
Elasticidade na “primeira - letra” e na “letra subsequente”.
2) A letra “não classificada”, X, é própria para indicar variáveis que serão usadas uma
vez, ou de uso limitado. Se usada, a letra poderá ter qualquer número de
significados como “primeira - letra” e qualquer número de significados como “letra -
subsequente”. Exceto para seu uso como símbolos específicos, seu significado
deverá ser definido fora do círculo de identificação no fluxograma. Por exemplo: XR-
3 pode ser um “registrador de vibração”, XR-2 pode ser um “registrador de tensão
mecânica” e XX4 pode ser um “osciloscópio de tensão mecânica”.
4) A “primeira - letra” A, para análise, cobre todas as análises não listadas na Tabela 1
e não cobertas pelas letras “indefinidas”. Cada tipo de análise deverá ser definido
fora do seu círculo de indefinição no fluxograma. Símbolos tradicionalmente
conhecidos como pH, O2, e CO, têm sido usados opcionalmente em lugar da
“primeira - letra” A.
14
5) O uso da “primeira - letra” U para multivariáveis em lugar de uma combinação de
“primeira letra” é opcional.
8) A função passiva “visor” aplica-se a instrumentos que dão uma visão direta e não
calibrada do processo.
10) Uma “lâmpada - piloto”, que é a parte de uma malha de instrumentos, deve ser
designada por uma “primeira - letra” seguida pela “letra subsequente”. Entretanto, se
é desejado identificar uma “lâmpada - piloto” que não é parte de uma malha de
instrumentos, a “lâmpada - piloto” pode ser designada da mesma maneira ou
alternadamente por uma simples letra L. Por exemplo: a lâmpada que indica a
operação de um motor elétrico pode ser designada com EL, assumindo que a
15
tensão é a variável medida ou XL assumindo a lâmpada é atuada por contatos
elétricos auxiliares do sistema de partida do motor, ou ainda simplesmente L. A ação
de uma “lâmpada - piloto” pode ser acompanhada por um sinal audível.
12) Um dispositivo que conecta, desconecta ou transfere um ou mais circuitos pode ser,
dependendo das aplicações, uma “chave”, um “relé”, um “controlador de duas
posições”, ou uma “válvula de controle”. Se o dispositivo manipula uma corrente
fluida de processo e não é uma válvula de bloqueio comum atuada manualmente,
deve ser designada como uma “válvula de controle”. Para todas as outras
aplicações o equipamento é designado como:
13) Sempre que necessário as funções associadas como o uso da “letra - subsequente”
Y devem ser definidas fora do círculo de identificação. Não é necessário esse
procedimento quando a função é por si só evidente, tal como no caso de uma
válvula solenóide.
14) O uso dos termos modificadores “alto”, “baixo”, “médio” ou “intermediário”, deve
corresponder a valores das variáveis medidas e não dos sinais, a menos que de
outra maneira seja especificado. Por exemplo: um alarme de nível alto derivado de
16
um transmissor de nível de ação reversa é um LAH, embora o alarme seja atuado
quando o sinal alcança um determinado valor baixo. Os termos podem ser usados
em combinações apropriadas.
15) Os termos “alto” e “baixo”, quando aplicados para designar a posição de válvulas,
são definidos como:
17
1.3..2.4 - Instrumentação de Vazão
Vazão
18
Pressão
19
20
Temperatura
21
Nível
22
1.3.3 - Simbologia Conforme Norma ISA
23
especificação apropriada, folha de dados, ou outro documento utilizado que esses
detalhes requerem.
24
As diferenças básicas entre a tabela da ABNT (tabela 2) e a tabela da norma ISA
(tabela 3) são :
A letra “C” na tabela ABNT indica condutividade elétrica (como primeira letra) para a
norma ABNT e controlador para segunda letra; na norma ISA a primeira letra é
definida pelo usuário;
A letra “D” na tabela ABNT indica densidade ou massa específica (como primeira
letra) e a letra modificadora significa diferencial; já para a norma ISA, a primeira letra
é de escolha do usuário, mantendo-se a letra modificadora como diferencial;
A letra “G” significa medida dimensional para a norma ABNT e é de escolha do
usuário para a norma ISA;
A letra “M” significa umidade para a norma ABNT e é de escolha do usuário para a
norma ISA e a letra modificadora significa momentâneo;
A letra “V” significa viscosidade para a norma ABNT na primeira letra e vibração ou
análise mecânica para a norma ISA.
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1.3.3.5 - Símbolos opcionais binários (ON - OFF)
AS - suprimento de ar
IA - ar do instrumento
PA - ar da planta
ES - alimentação elétrica
GS - alimentação de gás
HS - suprimento hidráulico
NS - suprimento de nitrogênio
SS - suprimento de vapor
WS - suprimento de água
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1.3.3.6 - Símbolos Gerais de Instrumentos ou de Funções
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* O tamanho do símbolo pode variar de acordo com a necessidade do usuário e do tipo
do documento. Sugerimos acima um tamanho de quadrado e círculo para diagramas
grandes.
Recomenda-se coerência.
** As abreviaturas da escolha do usuário, tal como IPI (painel do instrumento n.º 1, IC2
(console do instrumento n.º 2). CC3 (console do computador n.º 3) etc... podem ser
usados quando for necessário especificar a localização do instrumento ou da função.
28
2.0 – CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DOS INSTRUMENTOS
Ex.: Um voltímetro com fundo de escala 10V e exatidão ±1%. O erro máximo esperado
é de 0,1 V. Isto quer dizer que se o instrumento mede 1V, o possível erro é de 10%
deste valor (0,1V). Por esta razão é uma regra importante escolher instrumentos com
uma faixa apropriada para os valores a serem medidos.
Obs.: O Termo precisão não deve ser utilizado como sinônimo de exatidão.
Ex.: Seja o caso dos TPs e dos TCs . A escolha da classe de exatidão dependerá da
aplicação do equipamento, que deverão possuir classe de exatidão igual ou superior.
As aplicações mais comuns são as seguintes:
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Tabela 4 – Classe de Exatidão de instrumentos de medidas.
2.3 – Precisão
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Os graus de repetitividade e de reprodutibilidade são maneiras alternativas de se
expressar a precisão. Embora estes termos signifiquem praticamente a mesma coisa,
eles são aplicados a contextos diferentes.
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método de medição, observador, instrumento de medição, padrão de referência, local,
condições de utilização e condições climáticas.
2.4 – Incerteza
2.5 – Tolerância
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2.7 – Discrição
A não – linearidade , por sua vez, é definida como o máximo desvio de qualquer uma
das leituras com relação à reta obtida, e é normalmente expressa como uma
percentagem do fundo de escala.
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estímulo. Sendo assim, a sensibilidade pode ser contabilizada como a inclinação da
reta que define a relação entre a leitura e a grandeza medida.
34
35
Exercício
características deflexão/carga:
Solução
36
Por outro lado, a diferença entre o maior e o menor valor de uma escala de um
instrumento é denominado amplitude da faixa nominal (span) ou varredura.
Ex.: Um instrumento capaz de reagir entre 20 e 200 psi tem um span de 180 psi.
2.10 – Resolução
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Se for considerado que a grandeza a ser medida permanece constante durante o tempo
de leitura, então esta equação fica simplificada, podendo ser chamada EQUAÇÃO
DINÂMICA.
A menos de a0, todos os outros coeficientes da equação dinâmica são iguais a zero.
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3.2 - Instrumento de primeira ordem
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O termopar é um bom exemplo de instrumento de primeira ordem. Se um termopar à
temperatura ambiente for colocado em água fervente, a tensão de saída não irá
instantaneamente para o nível de 100oC, mas irá gradativamente conforme mostrado
na figura anterior até atingir o seu valor definitivo. Um grande número de instrumentos
pertence à classe de instrumentos de primeira ordem e, na maioria destes casos, as
constantes de tempo possuem valores reduzidos. É conveniente salientar que em se
tratando de sistemas de controle, é de fundamental importância que esta constante de
tempo seja levada em consideração. Os instrumentos de primeira ordem são formados
por associações de um elemento, elétrico ou mecânico, que possua característica
dissipativa e um elemento armazenativo. Ou seja, a energia armazenada em um
elemento vai se dissipando em outro, resultando em uma característica exponencial.
Elementos elétricos passivos que armazenam energia são os indutores (campo
magnético) e os capacitores (campo elétrico), os quais possuem os análogos
mecânicos: mola e amortecedor. A perda elétrica por efeito Joule sobre uma resistência
tem como análogo mecânico a perdas por atrito.
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elemento dissipativo, responsável pela característica exponencial amortecida. O sensor
mais comum que se encaixa nesta classificação é o acelerômetro. Nele, a vibração é
sensoreada através do deslocamento observado em um sistema composto por uma
mola e um amortecedor. A característica dissipativa é obtida por atrito.
4.1 – Padrão
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Padrão de Referência: Padrão, geralmente tendo a mais alta qualidade metrológica
disponível em um dado local ou em uma dada organização, a partir do qual as
medições lá executadas são derivadas;
Padrão Internacional: Padrão reconhecido por uma decisão nacional para servir, em
um país, como base para estabelecer valores a outros padrões da grandeza a que
se refere;
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Padrão Itinerário: Padrão, algumas vezes de construção especial, para ser
transportado entre locais diferentes, como, por exemplo, o padrão de freqüência de
césio, portátil, operado por bateria.
4.2 – Rastreabilidade
43
5.0 - GRANDEZAS BASE E PADRÕES ASSOCIADOS
44
* Um esterradiano é o ângulo sólido no qual, tendo o seu vértice no centro de uma
esfera, corta uma área da superfície desta esfera igual à área de um quadrado cujos
lados têm o comprimento igual ao raio da esfera.
A pressão é, por definição, a relação entre a força normal exercida em uma superfície e
a área desta superfície, por isso, muitas vezes, os métodos de medida de pressão e de
força se confundem. A pressão pode ser apresentada de duas formas. A primeira na
forma de pressão absoluta, ou seja, referida à pressão zero absoluto. A outra,
denominada pressão manométrica, é referida à pressão atmosférica no local da
medição. A figura 6.1 a seguir apresenta as escalas de referência para medidas de
pressão.
45
De uma maneira geral, pode-se dizer:
46
Figura 6.2 – Alternativas para medição de pressão usando Manômetro de Coluna.
Onde
Aplicando-se esta fórmula à relação anterior , tem-se P2 igual a zero, pressão
atmosférica (1 atm) e pressão desconhecida, respectivamente. A faixa de aplicação
deste tipo de manômetro é bastante extensa, já que o fluído manométrico também pode
ser mudado. Normalmente usa-se água, mercúrio ou álcool. Para a medição de grandes
pressões costuma-se empregar mercúrio, para pressões muito baixas utiliza-se álcool.
Uma alternativa para a medição de pequenas pressões é a utilização do manômetro
em uma posição inclinada (vide figura 6.3), aumentando-se o espectro de medição e
sensibilidade. A equação a ser utilizada deverá ser corrigida com o seno do ângulo de
inclinação:
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Figura 6.3 – Manômetro em posição inclinada para medições de pequenas pressões.
48
Figura 6.5 – Manômetro de coluna com ponte de wheatstone
49
um manômetro de peso morto, bem como exemplos de manômetros de peso morto
comerciais.
50
Muitas vezes o manômetro de Bourdon vem preenchido com um líquido viscoso com a
finalidade de diminuir o efeito oriundo de vibrações da máquina ou linha onde está
instalado, bem como para manter lubrificada as partes internas do mesmo.
Pode-se também encontrar manômetros de Bourdon de precisão, usados como padrão.
Possuem, neste caso, escalas maiores, com um maior número de divisões, resultando
em alta resolução, como mostram a figura 6.8.
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Figura 6.8 –Manômetros de Bourdon comerciais de precisão.
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Figura 6.9 – Esquema de um Transdutor Capacitivo.
Onde ε
considerado que pelo menos uma das placas esteja fixa e que a outra sofra deflexão
em função da pressão submetida, resulta em uma variação da distância entre as placas
e, em última análise, da capacitância do elemento. Sendo assim, ao submeter este
sensor a uma ponte de corrente alternada, pode-se detectar a variação da pressão
como uma função da variação da capacitância do sensor. A figura 6.10 mostra
transdutores de pressão capacitivos comerciais.
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Figura 6.10 –Transdutores Capacitivos de pressão comerciais.
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Nesta figura tem-se uma estrutura livre de forças externas, sofrendo tração e
compressão, respectivamente. A pressão descreve a intensidade da força – STRESS –
em uma estrutura por unidade de área (P=F/A), enquanto a tensão – STRAIN_ –
descreve a deformação como uma variação incremental no comprimento (DL/L). A
resistência de uma barra retangular de comprimento L e área de seção A, com
resistividade volumétrica r é dada por R=Lr/A. Tomando
as derivadas parciais, tem-se:
Rearranjando teremos:
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O coeficiente de Poisson varia de 0,25 a 0,35 para a maioria dos metais, de modo que
a sensibilidade do strain gauge (G) será da ordem de 1,5 a 2,5. Algumas ligas podem
possuir sensibilidades variando de 0,5 a 6, podendo ser até 150 para semicondutores.
Sendo assim, a pressão à qual uma estrutura está sujeita poderá ser determinada pela
variação da resistência de um sensor. Na maioria dos sensores, quatro resistores são
integrados formando uma ponte de
Wheatstone, de modo que dois resistores aumentam sua resistência e dois diminuem
com o aumento ou decréscimo da pressão aplicada. A figura 6.12 a seguir apresenta
uma configuração de resistor integrado e o sensor.
Quando se deseja medir a intensidade de uma força, bem como a sua direção, usa-se
STRAIN-GAUGES estrategicamente posicionados em direções diferentes
resultando em um sensor multidirecional.
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A direção e intensidade da força serão obtidas a partir da decomposição das
deformações nos eixos coordenados. A figura 6.13 a seguir apresenta o aspecto
construtivo de um transdutor de pressão integrado. O deste tipo de dispositivo é o
estado da arte na medição de pressão e suas derivações nas medidas de nível de
vazão.
57
Figura 6.14 – Medidores de Pressão Comerciais.
58
rotineiras do processo industrial. A figura 6.15 mostra um esquema de medição
diferencial de pressão com a utilização de Manifolds.
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O diafragma sensor colocado no centro da célula é, na verdade, uma placa móvel de
um capacitor. Esta deflete em função das pressões aplicadas à direita e à esquerda do
sensor, sobre os diafragmas isoladores, transmitidas através do fluído de
preenchimento, que é incompressível. Considerando CH e CL como capacitâncias de
placas planas, de mesma área paralelas, medidas entre a placa fixa e o diafragma
sensor, tem-se:
Vazão volumétrica:
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Vazão mássica:
Enquanto a primeira é dada em metros cúbicos por segundo (m3/s), litros por segundo
(l/s) e outros, a segunda é dada em quilos por segundo (kg/s), toneladas por hora (t/h) e
outras. No entanto, uma vazão pode ser relacionada à outra, uma vez que a massa
está relacionada ao volume, através da densidade. Dessa forma, tem-se:
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A figura 7.1 a seguir mostra como o perfil do escoamento de um fluído varia ao longo da
seção transversal de um turbo ou canal, em condições de escoamento laminar ou
turbulento.
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viscosidade, densidade, temperatura, velocidade média, além do tipo de medida
desejada, restrições mecânicas, processo, meio de medição e outros irão pesar
decisivamente na seleção do melhor método de medida de vazão.
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Com as tomadas de pressão no centro da tubulação, tem-se que z1 é igual a z2,
cancelando-se as parcelas. Tomando-se os diâmetros no ponto 1 e 2, iguais a D1 e D2,
respectivamente, a diferença de pressão será:
As figuras 7.3, 7.4, 7.5 e 7.6 mostram alguns arranjos possíveis para medição de vazão
por diferencial de pressão.
64
Figura 7.3 – Venturi Curto.
65
Figura 7.4 – Diafragma em Placa de Orifício.
66
Figura 7.5 – Instalação do V-CONE em tubulações para qualquer tipo de escoamento.
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7.2 – Medidas de vazão com Sondas
As sondas, de um modo geral, têm por objetivo determinar a velocidade nos centros de
tubos de correntes do escoamento delimitados pelas dimensões da seção transversal
das sondas. Com estas velocidades medidas em vários pontos de uma mesma seção
transversal, para o escoamento em regime permanente e estacionário, torna-se
possível determinar a velocidade média nesta seção transversal e, portanto a vazão.
De um modo geral, para determinação do número mínimo de medidas ou de sondas a
serem instaladas, por raio ( D/2) em dois diâmetros normais, é recomendado:
68
Figura 7.8 – Determinação dos pontos para instalação das sondas.
A vazão será dada pela velocidade integralizada em toda a área da seção do tubo.
Existem um grande número de sondas mecânicas, iônicas e térmicas, dentre outras,
muitas normalizadas, sendo as mais conhecidas denominadas: tubo de Pitot, tubos tipo
O de Prandtl, sondas duplas, sonda venturi. Na figura 7.9 a seguir estão representados
estes dois tipos de tubos com suas principais características, bem como varias pontas
para tubo de Pitot, mostrando o ângulo sólido máximo possível entre a direção da
sonda e do escoamento onde ela pode atuar sem que o resultado da medida seja
afetado. Para os de Prandtl a ponta pode ser uma semi-esfera, ou tronco-cônica.
69
Figura 7.9 – Tubo de Pitot e Tubo O de Prandtl.
70
7.3 – Medidor Hélice (Turbina)
71
A velocidade de rotação é medida através de um sensor eletromagnético que detecta a
passagem das pás da hélice, como mostra a figura 7.11 a seguir.
72
Figura 7.11 – Medidores Turbina ou Hélice comerciais.
73
7.4 – Rotâmetros
74
Figura 7.13 – Rotâmetros comerciais.
75
Figura 7.14 – Rotâmetro para aplicação em qualquer posição.
76
fazendo girar os elementos de engrenagem utilizados para a medição. A figura 7.15
ilustra este tipo de medidor de vazão.
Existe uma grande variedade de arranjos mecânicos para explorar este princípio e,
muito embora apresentem uma perda de carga constante, todos as alternativas devem
oferecer baixo atrito de fricção, baixa manutenção e durabilidade. A figura 7.16 a seguir
apresenta três modelos típicos de medidores de vazão pelo princípio de deslocamento
positivo.
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Pela sua construção robusta, tais medidores conseguem operar em grandes pressões,
temperaturas e viscosidades.
Este principio pode teoricamente ser aplicado, considerando que OA, seja o eixo de um
tubo no interior do qual escoa um fluido com velocidade (v), conforme pode ser
observado na figura 7.17 abaixo.
78
Figura 7.17 – Princípio de Medidores Coriolis.
Admitindo que este tubo oscila entorno de um eixo que lhe é normal com uma
velocidade angular (w), o fluido em escoamento impõe ao tubo uma força (F)
perpendicular a direção do escoamento, de tal modo que uma partícula do fluido
distante de O de ( X1 ) fica submetida a uma certa velocidade normal a direção do
escoamento no tubo. Se esta partícula estiver a uma distância ( X2
> X1) de O, estará submetida a uma velocidade também maior o que dará origem a
uma aceleração que tende reduzir a oscilação do tubo. Seja, ligado ao tubo um sistema
tubular oscilante, em U, (O,A,B,O’), que desvia o escoamento, originando as forças F1 e
F2, as quais tendem a provocar uma torção no tubo principal, torção esta que pode ser
medida, o que permitirá determinar as forças que com a massa ( m ) contida no tubo U,
permitirá determinar a velocidade (v) já que a aceleração ( a ) é calculada pela
expressão. Na figura 7.18 a seguir estão representados os componentes de um
medidor Coriolis.
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Figura 7.18 – Componentes de um medidor Coriolis.
A figura 7.19 abaixo melhor demonstra os efeitos das forças geradas em função do
fluxo do fluido no interior do tubo.
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Figura 7.19 – Efeito das forças oriundas do fluxo no interior de uma tubulação.
81
a montante e jusante 10×D. Como a freqüência de ressonância varia com a densidade
do fluído, tem-se que com este medidor também se pode inferir sobre a densidade.
Como desvantagens pode-se citar a perda de carga e a sua baixa eficiência quando
aplicado a fluídos bifásicos. A figura 7.20 a seguir ilustra um modelo comercial deste
tipo de medidor de vazão.
Os medidores vortex utilizam o efeito dinâmico que consiste na geração de uma esteira
de vórtices a jusante de um obstáculo mergulhado no escoamento, conhecido como
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esteira de Von Karman, cujas características começaram a ser estabelecidas, em 1911,
por Bérnard Von Karman e que estão mostradas na figura 7.21 a seguir.
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Figura 7.22 - Medidores Vortex Comerciais.
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