PRATICA CLINICA + Seminário 2019 - Slide Angele
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01 O Método Psicanalítico
02 Como o paciente tem conhecimento do psicanalista
03 Como é feito o primeiro contato com o psicanalista
04 Procedimentos do primeiro encontro
05 A entrevista
06 Anexos (08)
07 O Par Analítico
08 A Entrevista Inicial
09 Algumas considerações sobre a entrevista
10 Indicação e contra-indicação
11 - Indicação de análise em crianças
12 O Contrato Analítico
13 As anotações
14 O que se espera do psicanalista
15 Postura do Psicanalista
16 Vestimenta do psicanalista
17 Analisabilidade
18 - Acessibilidade
19 O Setting Analítico (Enquadre)
20 O ambiente físico O procedimento que a psicanálise exige que o pa-
21 A sessão psicanalítica ciente use, para facilitar a comunicação de derivativos, é
22 A Aliança Terapêutica a associação livre, o método fundamental da psicanálise,
23 O Relacionamento Real entre Paciente e Analista a chamada regra básica. Estes derivativos surgem nas
24 O Uso do Divã associações livres do paciente, nos sonhos, nos sintomas,
25 Clientes ou pacientes? atos falhos, chistes, etc.
26 Férias e faltas Depois de concluídas as entrevistas preliminares, o
27 - Trabalho e Instruções analista pede ao paciente que, com o máximo de sua ca-
28 Bibliografia pacidade, tente deixar as coisas aparecerem e dizê-las
sem ligar para a lógica e a ordem; deve relatar coisas
mesmo que elas pareçam triviais, vergonhosas ou indeli-
cadas, etc. Deixando todo material vir à mente, há uma
regressão a serviço do ego e os derivativos do ego in-
consciente, do id e do superego tendem a vir à superfí-
cie. O paciente sai do raciocínio severo do processo se-
01 O Método Psicanalítico: cundário em direção ao processo primário. Ao analista
cabe analisar o material que o paciente produz na situa-
A terapia psicanalítica procura clarificar as causas ção analítica.
da neurose. É seu objetivo solucionar os conflitos neuró-
ticos do paciente, incluindo a neurose infantil que serve 02 Como o paciente tem conhecimento do
de núcleo à adulta. Solucionar os conflitos neuróticos Psicanalista?
significa juntar ao ego consciente aquelas parcelas do id,
superego e ego inconscientes que ficaram excluídas dos a) Através de informações de outro paciente;
processos de amadurecimento da parte restante saudável b) Por meio do cartão de apresentação do Psicanalis-
da personalidade total. ta;
O psicanalista aborda os elementos inconscientes c) Através da lista telefônica, revista ou livro de ser-
através de seus derivativos. Todos os componentes re- viços de saúde;
primidos do id e do ego produzem derivativos, que não d) Indicação de médicos ou pessoas conhecidas, etc.
estão conscientes e mesmo assim estão muito bem orga- e) Na Internet, em site próprio ou site de serviços de
nizados de acordo com o processo secundário e acessí- saúde.
veis ao ego consciente.
03 Como o paciente faz o primeiro contato f) É bom oferecer sempre um copo com água, pois o
com o Psicanalista? paciente geralmente vem ansioso para o primeiro
encontro;
a) Pelo telefone (este é o meio mais comum); g) Evitar dar o telefone particular ao paciente: é
b) Pessoalmente, quando o paciente vai ao consultó- aconselhável ter um telefone só para atendimento
rio, ou alguém apresenta em outro local qualquer. aos pacientes;
Aquilo que se acreditava perdido nas profundezas mista. Digamos que ela não pode nos curar da vida
volta à superfície da fala, aqui e ali, difícil de reconhecer porque a vida não é uma doença [...].
porque revestido pela linguagem de adulto. A criança
que cada um de nós ainda é está travestida, disfarçada de 2 Técnicas recomendadas por Freud
gente grande. Tanto que poderíamos do mesmo modo
repetir a fórmula e dizer: 02.1 Regra Fundamental: Consistia fundamentalmente
passar para o consciente, mas este último não o pode no compromisso assumido pelo analisando em associar
. Mais precisamente, ele se livremente as idéias que lhe surgissem de forma espon-
considera grande demais para perder tempo com coisas tânea na mente e verbalizá-las ao analista, independente
de suas inibições ou do fato se ele as julgassem impor-
E como as crianças, é assim que muitas vezes ele diz a tantes ou não.
ode-se muito bem perceber No trabalho Dois artigos para enciclopédia (1923),
algo sem sabê- Freud definiu com precisão as suas três recomendações
dizer um bocado de coisas. A verdade sai da boca da cri- fundamentais que, no início de qualquer análise, devem
ança que ainda existe em nós.
O inconsciente, em função de seu espaço, seu lugar, e colocar em uma posição de
sua textura propõe ao consciente um bocado de coisas - 2º) compro-
heteróclitas. É o que nos vem à cabeça, de repente. Não meter-se com a mais absoluta honestidade; 3º) não reter
prestamos atenção. Ou então não sabemos o que fazer qualquer idéia a ser comunicada, mesmo quando ele sen-
com elas. Somos grandes demais, sérios demais, como a
a ciência não la, não tão importante ou irrelevante para o que se procu-
fala o autor, Jean-Jacques:
A regra fundamental nesses primeiros tempos, não
tesouros nas latas de lixo da ciência e da consciência. É se restringia unicamente à imperiosa obrigação de o ana-
por isso que pede a quem vem consultá-lo que diga tudo lisando cumprir com a livre associação dos pensamentos,
analistas impunham desde a formalização do contrato 02.2 Regra da Abstinência: Foi formulada pela 1ª vez
analítico, como o uso do divã, a quantidade de sessões por Freud, em Observações sobre o amor transferencial
semanais, forma de pagamento, e assim por diante. (1915), em uma época na qual as análises eram curtas e
Atualmente, alguns autores acham que a maioria dos na clínica dos psicanalistas predominavam as pacientes
psicanalistas prefere se limitar a deixar claramente com-
binados os aspectos referentes à responsabilidade que o e de atração erótica com o analista, como também o fato
paciente deve assumir, quanto aos horários, honorários e de que à medida que a psicanálise se expandia e ganhava
férias, sendo que as demais questões (como uso do divã, em reconhecimento e repercussão, paralelamente tam-
uso simultâneo de medicamentos; etc.) serão examinados bém aumentavam as críticas contra aquilo que os detra-
à medida que surgirem no curso do processo analítico, tores consideravam um uso abusivo e licencioso da se-
hoje de duração bem mais longa do que aquelas análises xualidade.
pioneiras. Preocupado com a imagem moral e ética da ciên-
Na verdade hoje este método já não é mais tão impor- cia que ele criara, além da científica, e com o possível
tante como antes, por três razões, segundo Zimerman: despreparo dos médicos psicoterapeutas da época, quan-
a impossibilidade de o P seguir à risca essa com- to ao grande risco de envolvimento sexual com as suas
binação, pois isso poderá lhe gerar mais um pro- amor
blema: a culpa por não poder cumprir o combina- de transferência -se na obrigação de definir
do; claros limites de abstenção, tanto para a pessoa do ana-
muitas associações podem levar a uma narração lista como também para a do analisando.
discursiva, obsessiva ou vazia, na forma ou no Essa regra sugere que o psicanalista abstenha-se de
conteúdo; qualquer tipo de atividade que não seja a de interpretar.
na psicanálise contemporânea as diversas formas Ela inclui a proibição de qualquer tipo de gratificação
de comunicação não-verbal, como é o caso dos si- externa, sexual ou social, a um mesmo tempo que o tera-
lêncios, da entonação vocal, da linguagem corpo- peuta deveria preservar ao máximo o seu anonimato para
ral e gestual, das somatizações, dos actings e, a o paciente.
primitiva linguagem que o paciente emite pela Para o analisando, Freud impôs que ele se abstivesse
provocação de efeitos contratransferenciais na de tomar qualquer iniciativa importante em sua vida, sem
pessoa do analista, etc., possibilitam ao psicanalis- uma prévia análise minuciosa da mesma, por exemplo,
ta uma maior compreensão daquilo que o paciente não escolher uma profissão ou objeto amoroso definiti-
quer expressar. vo, mas, adiar todos os planos desse tipo para depois de
restabelecido.
A preocupação de Freud com a possibilidade de o ente para inconsciente e que o ideal seria que o analis-
analista ceder à tentação de um envolvimento sexual ta pudesse -se artificialmente para poder ver
com os pacientes era tanta que ele utilizou a metáfora de
um radiologista que deve se proteger com uma capa de Ao complementar essa regra de Freud, Bion argu-
chumbo contra a incidência dos efeitos maléficos dos menta que esse esta
útil para permitir o surgimento, na mente do analista, da
Atualmente, sem perder a necessária preservação do importante capacidade, latente em todos, de intuição, ou
setting normatizador e delimitador, a maioria dos psica- seja, olhar para dentro uma espécie de terceiro
nalistas, segundo pesquisas dos autores, trabalham de olho a qual costuma ficar ofuscada quando a percepção
uma forma mais descontraída, o clima da análise adqui- do analista é feita unicamente pelos órgãos dos sentidos.
riu um estilo mais coloquial, com uma menor evitação de Uma questão que comumente costuma ser levan-
aproximação (que anteriormente levaria a adquirir uma tada refere-se à possibilidade de o analista atingir a real
natureza fóbica). Além disso, há um certo abrandamento condição cegar-se -se de
superego analítico (o qual é herdeiro das institui- seus desejos, da memória e de seus prévios conheci-
ções que o formaram e modelaram como psicanalista), mentos teóricos. Os psicanalistas mais experientes
de modo a possibilitar que o analista possa sorrir duran- acham que não há nenhum inconveniente em que o A
te a sessão, responder a algumas inócuas perguntas par- sinta desejos ou quaisquer outros sentimentos, assim
ticulares, dar algum tipo de orientação, não ter pavor de como a memória de fatos ou teorias prévias, desde que
que apareça alguma fissura no seu anonimato, etc. ele esteja seguro que a sua mente não está saturada pe-
Aplicar rigidamente a regra da abstinência e do ano- los aludidos desejos, memórias e conhecimentos.
nimato, nos termos em que foram originalmente reco- Atualmente é bom destacar que o analista não de-
mendadas por Freud, nas análises mais longas de hoje, ve levar a regra da atenção flutuante rigorosamente ao pé
seria impossível e conduziria para um clima de muita da letra, para evitar trabalhar em estado de desconforto,
falsidade, além de um incremento da submissão e para- devido a culpas, e uma conseqüente sensação de fracas-
nóia. so pessoal, pois é impossível sustentar essa condição du-
rante todas as sessões, sem que eventualmente ele tenha
02.3 Regra da Atenção Flutuante: Freud estabeleceu, suas distrações, divagações, desejos, cansaço, algum
como equivalente à regra fundamental para o analisando desligamento... Um possível surgimento de imagens na
e também para o analista. Foi em Recordações... (1912), mente do analista enquanto o paciente fala, sempre foi
que ele postulou que o analista deve propiciar condições considerado como sendo uma provável distração e alhe-
para que se estabeleça uma comunicação de inconsci- amento do terapeuta, no entanto, na atualidade, isto está
sendo visto como uma possibilidade de que se trate de No sentido absoluto do termo, a neutralidade é um
ideogramas (termo empregado por Bion), ou seja, mito, impossível de ser alcançado, até mesmo porque o
uma importante forma onírica de comunicação por in- analista é um ser humano como qualquer outro e, portan-
termédio de imagens, por parte do paciente, de algo que to, tem a sua ideologia e o seu próprio sistema de valo-
vai além das suas palavras e da captação pelos órgãos res, os quais, quer ele queira ou não, são captados pelo
dos sentidos do analista. paciente.
Resta acrescentar que, aliado a um reconhecimento
02.4 Regra da Neutralidade: Onde Freud apresenta a dos seus sentimentos contratransferenciais, também os
sua famosa metáfora do espelho, pela qual ele aconse- conhecimentos teóricos do analista favorecem um ade-
lhava aos médicos que exerciam a terapia psicanalítica quado desempenho da regra da neutralidade.
opaco aos seus pacientes e,
como um espelho, não lhes mostrar nada, exceto o que 02.5 Regra do Amor às Verdades: Em diversas passa-
o gens de seus textos técnicos, Freud reiterou o quanto
como sendo a contrapartida da regra fundamental exigida considerava a importância da verdade para a evolução
ao paciente. exitosa do processo psicanalítico. Mais exatamente, a sua
A palavra original em alemão para esse termo é ênfase incidia na necessidade de que o psicanalista fosse
indifferenz, cuja tradução mais próxima é , uma pessoa veraz, honesta, verdadeira, e que somente a
porém não vamos ficar indiferentes à possibilidade, não partir dessa condição fundamental é que a análise pode-
tão incomum, de que muitos analistas confundam um ria, de fato, promover mudanças verdadeiras nos anali-
sadio estado mental de imparcialidade neutra com o de sandos. Dessa firme posição de Freud, podemos tirar
uma verdadeira indiferença, prejudicial para a análise, uma primeira conclusão: a de que mais do que unica-
até mesmo porque muitos autores acreditam que a reco- mente uma obrigação de ordem ética, a regra do amor às
mendação que Freud fazia acerca da neutralidade era tão verdades também se constitui como um elemento essen-
rigorosa que o analista praticamente era incitado a, de cial da técnica da psicanálise.
fato, manter uma indiferença. Em relação ao compromisso com a ética, é opor-
Atualmente, acredita-se que o analista deve funcio- tuno incluir que também diz respeito à necessidade de o
nar como um espelho, sim, porém no sentido de que seja psicanalista não emitir julgamentos a respeito de tercei-
um espelho que possibilite ao paciente mirar-se de cor- ras pessoas, muitas vezes inclusive de colegas, tendo em
po inteiro, por fora e por dentro, como realmente ele é, vista que os pacientes os convidam para tal quebra de
ou que não é, ou como pode vir a ser! ética por meio de um inconsciente jogo sutil e provoca-
dor veiculado por intrigas, insinuações, proposição de Desde o início da psicanálise, a resistência tem sido
negócios, envolvimento amoroso e afins. exaustivamente estudada em sua teoria e em sua técnica,
Antes dessa caça à verdade, o importante é a aquisi- mas, nem por isso, na atualidade, perdeu sua significação
ção de uma atitude de ser verdadeiro, especialmente e relevância. Mesmo com todo desenvolvimento e avan-
consigo, único caminho para atingir um estado de liber- ço da psicanálise, a resistência continua sendo a pedra
dade interna, o que seguramente é o bem maior que um angular da prática analítica.
indivíduo pode obter. De fato, verdade e liberdade são Freud empregou o termo resistência pela primeira
indissociáveis entre si e não é por nada que na Bíblia Sa- vez ao se referir a Elizabeth Von R. em 1893. Até então,
grada consta um trecho de uma profunda e milenar sa- a resistência era considerada exclusivamente obstáculo à
bedoria ade, e a verdade vos análise, e sua força corresponderia à quantidade de ener-
(João 8.32). gia com que as idéias tinham sido reprimidas e expulsas
Esta regra técnica inerente ao amor à verdade é parte de suas associações.
de uma condição mais ampla na pessoa do A que vai Uma das regras da psicanálise é que tudo o que inter-
muito além de unicamente uma capacidade para entender rompe o progresso do trabalho psicanalítico é uma
e habilidade para interpretar podendo ser denominada resistência (Freud).
atitude psicanalítica interna e que, na contemporânea A resistência no cotidiano da prática analítica tanto
psicanálise vincular, assume uma importância funda- pode ser inconsciente quanto consciente, mas sempre
mental, pois implica a indispensabilidade de demais atri- provém do ego, mesmo que possa vir em função de ou-
butos mínimos, como são os de empatia, de intuição, tras instâncias psíquicas. Ela pode expressar-se em emo-
etc. ções, atitudes, idéias, impulsos, fantasias, linguagem,
Freud entendia a sua postulação de ser indispensável somatizações ou ações. Na clínica ela pode aparecer de
a honestidade e a verdade tanto à pessoa do analista várias maneiras: clara, oculta, sutil, simples, complexa;
quanto à do paciente. Em relação ao analista, ninguém pelo que está acontecendo e pelo que está deixando de
contesta a validade dessa assertiva de Freud, a ponto de acontecer. Além disso, cada indivíduo tem uma carga de
podermos afirmar que se o profissional que labora como recursos resistenciais, os quais variam com os distintos
analista não tiver suficientemente esse atributo de ser momentos do processo analítico.
verdadeiro, o melhor que ele tem a fazer é mudar de Um outro critério de classificação da resistência está
especialidade. baseado nas manifestações clínicas, tais como: faltas,
atrasos, intelectualizações, exagero de silêncio ou pro-
3 Resistência lixidade, segredos, sonolências, etc.
Tipos de resistência: vários autores classificaram as nal equivalente. Por exemplo, se, com qualquer paciente
resistências segundo seu ponto de vista. Existem mais de de uma determinada categoria (idoso, adolescente, mu-
quarenta tipos de resistências com suas características. lher, psicótico...), sem levar em consideração a estrutura
Pedimos que vocês consultem a literatura sobre o assun- emocional de cada um deles individualmente, o analista
to. vier a experimentar as mesmas reações emocionais, com
certeza ele resistirá em aprofundar a análise do que ele
4 Contra-resistência não está suportando em si próprio.
piciador do pensamento,
que adquirem a forma de imagens oníricas que,
Winnicott: coerente com o seu corpo teórico recebendo estímulos internos ou externos, po-
lúdi- dem se manifestar nos sonhos durante o sono,
ou como ideogramas, no estado de vigília.
co, ele recomenda que analista e paciente fa- Afirmou que os psicóticos mais graves não so-
jogo do rabisco nham.
no do entendimento do sonho, até formarem
um desenho do mesmo. Segundo ele o analista 13.1 - O papel do analista diante do relato de um so-
ofuscar a nho:
não é tanto a interpretação do sonho, mas, sim, O analista deve acreditar que, por mais camu-
co-
Psicólogos do Ego: eles utilizam o ponto de municar
vista estrutural, ou seja, como se manifestam às por mais resistente que esteja, ele anseia que o
pulsões do ID, as funções do EGO, e a censura seu analista consiga decifrar e pôr em palavras
do SUPEREGO, também reduziram a obriga- com um sentido esclarecedor.
ção que o analista tinha de fazer uma decifra- Capacidade de sonhar a sessão. Como Freud,
ção do conteúdo latente, que estaria contido em observar e transformar os conteúdos manifes-
qualquer fragmento do conteúdo manifesto. tos do sonho em conteúdos latentes, com o es-
Meltzer:
sucessivas transformações do processo. Ele re- Bion).
comenda que diante dos sonhos relatados, o sujeito suposto sa-
sem me- ber nte mercê de
uma exagerada idealização do analista delega a
este a função de quem sabe e pode tudo. Lem-
bre-se a tarefa da interpretação é participação
conjunta do par analítico.
Não force o paciente a sonhar.
Não demonstre para o paciente a importância
do sonho para o tratamento.
Não valorize demais um determinado sonho.
SUMÁRIO
Reflexão
Desde a época de Freud (1937) existe uma polêmica: 11 - Condições Necessárias para um Analista:
análise é terminável ou ela é sempre interminável?
Alguns psicanalistas acham que ela é terminável, le- O tempo passa, as pessoas mudam, a tecnologia
vando em conta que a cura analítica é bem diferente da avança, surgem novas conquistas e novas descobertas. A
clínica médica. técnica psicanalítica também evoluiu com o tempo.
Outros acham que ela é terminável quando ela fica É impossível a compreensão dos fenômenos psíqui-
interminável, ou seja, um tratamento analítico termina cos centrando seu foco somente na pessoa, pelo contrá-
quando o analisando ciente de sua boa introjeção da rio, devemos ver o que ocorre no seu meio ambiente,
função psicanalítica do seu analista, está equipado para a nas suas relações.
sua eterna função auto-analítica e, assim, continuar fa- O indivíduo é um agente que pode influenciar e ser
zendo renovadas mudanças psíquicas. influenciado.
Um critério de bom resultado analítico, segundo Bi- Atualmente não é mais possível o analista limitar seu
on, não é o paciente ficar igual ao analista, ou estar cu- trabalho apenas ao material trazido pelo paciente, pelas
rado igual ao analista, mas, sim, o de vir a tornar-se al- livres associações.
guém, que está se tornando alguém. Ferenczi (1931) pode ser considerado um dos precur-
David Zimerman (em um de seus livros) diz que o sores da psicanálise contemporânea, ele já defendia uma
analista é uma espécie de arquiteto que, juntamente inter-relação analista-paciente.
com o cliente lida com os espaços mentais, modifican- Bion que seguiu a mesma linha enfatizou as condi-
do-os, abrindo paredes, emprestando mais luz, cores, ções emocionais do analista ao longo de um tratamento
harmonia e funcionalidade, cita uma frase de um arqui- analítico, com isso ele propôs: que cada analista deve ter
em mente, de modo claro, quais as condições mínimas
necessárias, para si mesmo nas quais ele e o seu paciente mas, aquilo que vivemos, aquilo que somos. Outra
possam fazer um trabalho psicanalítico. vez ele falou que, em análise, o mais importante
Bion, foi o autor que mais enfatizou a participação do não é aquilo que o analista e o paciente podem
terapeuta, por meio do seu modelo continente-conteúdo, fazer, mas o que a dupla pode fazer, onde a uni-
e outras concepções, segundo David Zimerman em seu dade biológica é dois e não um. O analista tem
livro: Fundamentos Psicanalíticos (1999). Por isso va- que reunir a tenacidade, a coragem e a temeri-
mos citar algumas condições necessárias para um analis- dade, para poder insistir no direito de ser ele
ta. mesmo e ter sua própria opinião. A simples pre-
sença do psicanalista promove alteração no set-
12 - Demais Condições Necessárias para um Analista ting. Devemos ter certeza do que o paciente pode
2º Bion: suportar, e devemos ter consideração para com o
paciente.
a) Formação do Analista: Bion já falava em seus c) Pessoa real do analista: O analista deve se dar à
seminários que a prática da psicanálise era muito oportunidade de aprender algo com o paciente e
difícil. A teoria é simples, se uma pessoa tem uma não permitir que o paciente ou quem quer que se-
boa memória poderá decorá-la facilmente. Daí pa- ja, insista que ele é uma espécie de deus que co-
ra ser um bom analista tem que saber lidar com nhece todas as respostas, pois fazendo assim, esta-
uma situação desconhecida, imprevisível e peri- grande pai grande
gosa. Além de estar sempre estudando, participan- . Para Bion, em toda situação analítica de-
do de grupos de estudos, seminários, congressos, é vem existir duas pessoas angustiadas e, comple-
necessário ter uma competente habilidade (resul- tava jocosamente, espera-se que uma menos que a
tante da supervisão), deve possuir adequada atitu- outra. O analista deve reconhecer suas próprias
de psicanalítica (mercê de seus atributos naturais limitações, além daquelas do paciente, pois certos
e, aqueles desenvolvidos pela análise pessoal), pacientes não são analisáveis. Pode não ser culpa
sendo que esta última consiste exatamente na pos- do analista, nem do paciente, senão que simples-
mente ainda não sabemos o suficiente.
as angústias e os imprevistos d) Visualizar as diferentes partes do paciente: em
de uma longa viagem pelo inconsciente do paci- relação ao aspecto transferencial, que a situação
ente e dele também. mental do paciente não seja vista unicamente co-
b) Par analítico: Bion disse: ... a única coisa que pa- mo espaçada no tempo passado, presente e fu-
rece ser básica não é tanto aquilo que fazemos, turo, mas que no lugar disso, o analista poderia
considerar a mente do paciente como um mapa da mente do analista, e espera que durante algum
militar, no qual tudo está retratado em sua superfí- tempo (o que for necessário) o analista devolva, ao
cie plana, ligada com vários contornos. O ser hu- seu legítimo dono, tudo devidamente descodifica-
mano tem comportamento variável, sendo assim do, transformado e com um significado, um
na situação analítica, o relacionamento do paciente sentimento e um nome, completamente desinto-
não deve ser entendido unicamente com a pessoa xicado, sob a forma de assinalamentos ou interpre-
do analista, mas, também com a do próprio paci- tações em doses adequadas, ao modo como cada
ente consigo mesmo, ou seja, do seu consciente paciente em particular consegue suportar.
com o seu inconsciente, de sua parte infantil com h) Paciência: Essa condição está ligada à anterior,
sua parte adulta, da não psi- porém com sofrimento. Ela exige que o analista
cótica verdadeira com a outra suporte a dor de uma espera de surgir uma luz no
parte que falsifica e mente etc. fim do túnel.
e) Respeito: O analista deve respeitar o paciente co- i) Capacidade negativa: capacidade do analista
mo ele é, ou pode vir a ser, e não como o analista conter suas próprias angústias decorrentes de
gostaria que ele fosse. Porém, respeitar as limita- ainda não saber o que se passa na situação analíti-
ções do paciente, não é o mesmo que se confor- ca , pois temos um horror ao vazio, nós odiamos
mar com elas. O desenvolvimento da capacidade estar ignorantes.
de - só será possível se o analista (tal j) Intuição: capacidade que todo analista deve ter,
como a mãe, no passado) possuir as capacidades que é a capacidade de se olhar com o chamado
de empatia e a de rêverie, ou seja, de continên- terceiro olho. Bion recomenda que o analista cubra
cia. sua própria visão, para que possa ver melhor. Que
f) Empatia: não é o mesmo que simpatia (ao lado também o analista deve saber escutar não só as
de). É a capacidade do analista colocar-se no papel palavras e os sons, mas também a música.
do paciente, isto é, entrar dentro dele, junto, sen- k) Ser verdadeiro: o analista deve ter amor à ver-
tir o que ele sente. dade, ser verdadeiro consigo mesmo e conseqüen-
g) Capacidade de ser continente: é a capacidade do temente para com o paciente. Ser verdadeiro vai
analista (ou mãe) de conter as necessidades e an- muito além do dever ético, é uma imposição téc-
con- nica mínima, com tudo a ser transmitido ao anali-
não deve ser confundida com sando, é ir a busca das verdades originais.
te
re-se que o paciente deposita aspectos seus, dentro
Resumindo o que foi dito acima:
ouvir não é o mesmo que escutar; São inúmeras dificuldades, com uma série de fatores,
olhar é diferente de ver, enxergar; como segue:
entender não é o mesmo que compreender; situação econômica difícil para todos;
ter a mente saturada com a posse das verdades é rigidez na formação de um psicanalista no sistema
distinto de um estado mental de amor pelas ver- do IPA com um tempo superior a quatro anos;
dades; a exigência de mais de 3 sessões semanais para os
simpatia não é o mesmo que empatia; analisandos;
recipiente não é o mesmo que continente; valor de cada sessão muitas vezes um S.M. ou
ser bonzinho não deve ser confundido com ser mais;
bom; algumas sociedades só aceitam candidatos médi-
interpretar corretamente não significa que houve cos ou psicólogos;
um efeito eficaz: os sistemas de seguros de saúde costumam pagar
adivinhar ou palpitar não é o mesmo que intuir; tarifas muito baixas, quando se dispõem a pagar,
falar não é o mesmo que dizer; com um número limitado de sessões, tanto sema-
saber não é o mesmo que, de fato, ser! nal, como o total do tratamento;
hostilidade provinda do ambiente universitário,
13 Crise Atual da Psicanálise: onde os próprios psicanalistas se encastelaram em
uma auto-suficiência;
Para o mundo a psicanálise está em crise pelos se-
guintes motivos: 14 - As perspectivas futuras da psicanálise:
13.1 - Crise da psicanálise como teoria e técnica: No Brasil a psicanálise está, a cada dia, crescendo e
em todas as sociedades e institutos psicanalíticos do país
As opiniões são divergentes, alguns psicanalistas existem cursos de formação. A expectativa é grande,
se afastaram dos conceitos básicos da teoria psicanalíti- pois estamos vendo quase que diariamente na mídia um
ca, outros acham que a psicanálise não está acompa- psicanalista dando entrevista, emitindo opiniões e até
nhando as mudanças da realidade do mundo atual, etc. mesmo nas novelas eles aparecem analisando os perso-
nagens.
13.2 - Crises do psicanalista:
As pessoas estão acostumando-se a procurar o tra- Não deixando de fazer sua análise pessoal e supervisão
tamento psicanalítico, os pacientes indicam o tratamen- sempre que for necessário.
to também para seus parentes e amigos, e os psicanalis-
tas são cada vez mais convidados para fazer palestras nas
empresas, escolas, etc.
Os congressos, jornadas e encontros psicanalíticos
estão acontecendo nas capitais e cidades; revistas e livros
especializados estão sendo editados. Cada dia mais, li-
vros antigos são reeditados, e há também um maior nú-
mero de artigos em jornais e revistas seculares, etc.
Tudo isso prova que estamos vivenciando uma revo-
lução da psicanálise no país. Cabe a cada psicanalista ler,
estudar, participar dos grupos de estudos, congressos,
divulgar o seu trabalho, seu consultório, etc.
Cito como exemplo, de quando comecei a fazer a
formação psicanalítica em 1997, quase não se via livros
psicanalíticos nas livrarias do nordeste, mais precisamen-
te aqui em Recife, Maceió, Aracaju e Salvador. Até as
obras completas de Freud, foi preciso o livreiro enco-
mendar direto da editora. Hoje em dia você encontra
bons livros de psicanálise nas livrarias, a menos que a
edição esteja esgotada, como também as obras comple-
tas, não só de Freud, como também de outros psicanalis-
tas.
Precisamos nos preparar a cada dia, pois sempre irão
existir pessoas querendo melhorar como seres humanos,
tanto mentalmente como fisicamente, como já dizia Hi-
Aí está a nossa grande
oportunidade. Vá em frente! Estude sempre! Seja res-
ponsável, faça seu trabalho com qualidade e com ética.
1 - Texto de Freud O método psicanalítico de
Freud (1903/1904)
gu nímicas suprimi-
das (ab-reação).
Porém, nem todas as premissas sobre o me-
canismo psíquico passavam pelo curso dife-
rente - às vezes, desembocava na formação
do sintoma.
A partir dessas fontes, Freud cria o método Freud conclui que a amnésia é resultado do
catártico - esse método renuncia à sugestão. processo que chamamos de recalcamento,
Freud abandona a Hipnose e elabora uma motivada pelo sentido do desprazer. Estas
nova abordagem clínica: forças que deram origem ao recalcamento
1 - Convida o paciente a deitar-se no divã ou estariam na Resistência que se opõe à res-
cadeira tauração (lembranças). As formações
2 - Fora do seu campo visual Psíquicas recalcadas (pensamentos) - como
3 - Não era necessário fechar os olhos deturpações provocadas pela resistência à
4 - O paciente fala o que vier à cabeça sua produção.
5 - Não podia ampliar a consciência - isso O valor das ideias intencionais para a técni-
significa nada de auto-sugestão ca terapêutica reside nessa relação delas
6 - Freud substitui esse enfoque no pensa- com o material psíquico recalcado. Então:
mento involuntário (livre associação). Uma sem hipnose.
conversa sem sentido, passando de um as-
sunto para outro irrelevante, fala-se de tudo 14.1 - O procedimento para avançar
sem recriminação ou julgamentos.
7- Une as histórias e trás à memória do pa- Objetivo: Permitir avançar das associações até
ciente, visto que esquecem dos eventos o recalcado.
(acontecimentos reais), confundem as rela- Como? Observando as distorções até o distor-
ções de tempo, rompem com as conexões cido - fazendo tornar acessível a consciência -
causais, tem um efeito incompreensível. que era inconsciente na vida anímica.
Não há nenhuma história clínica de Neurose Baseado nesse procedimento, Freud cria a in-
sem um tipo de entrevista. terpretação - extrai minério bruto das associa-
Como Procede ao entendimento da amnésia: ções inintencionais - o metal puro dos pensa-
1 - As lacunas da memória são preenchidas mentos recalcados.
(através do trabalho-áudio)
2 - Verifica se as ideias à respeito são repe- 14.2 - São fatores observáveis para
lidas (possuem uma crítica) interpre- tação:
3 - Até que o paciente sinta-se fraco e mal
quando as lembranças são instaladas com- A. Sonhos
pletamente. B. Ações intencionais
C. Atos somáticos
D. Erros cometidos na vida cotidiana (lap- 1.6 - Tempo de tratamento:
sos de fala, equívocos de ação).
Dessa forma, as lacunas são preenchidas criando No mínimo 3 anos. Ajuda na prevenção de pro-
as lembranças - assim, produz a interpretação - tarefa blemas futuros.
árdua pela qual somente quem se submete consegue en-
tender. Assim, a descoberta elimina a amnésia e a doença
não tem como reproduzir-se.
Tornando o conteúdo inconsciente em consciente se con- BIBLIOGRAFIA
segue mediante superação da resistência.
FREUD, Sigmund. O método psicanalítico de
1.3 - Objetivo do tratamento: Freud, Volume VII (1904). Imago.
Neurose Histérica
Neurose Obsessiva
Neurose Fóbica
Alguns casos de pseudoneurose
1. Introdução
6 - Conclusão
1 Construção da análise
2 As causas subjacentes
3 Fatores determinantes para o processo analítico ser
bem sucedido
4 Procedimentos
5 Análise Inacabada
6 Quanto ao termino
7 Realização como tratamento profilático 1 Construção da análise
8 - Bibliografia
O último escrito de Freud a ser publicado antes de
seu falecimento
Conferência 22 a 23 no ano de 1916 a 1917
Propõe uma análise sobre os limites e dificuldades
do processo analítico
Mostra uma perspectiva não entusiasta
2 As causas subjacentes
De que maneira?
Na realidade ou na transferência expomos o
paciente a uma quantidade
SUMÁRIO
7- Realização como tratamento profilático
BIBLIOGRAFIA
1 - A Mudança das técnicas Caso de Amnésia infantil é contrabalanceado pelas
lembranças encobridoras
Catarse Breuer Foco Momento da formação do ligadas à vida infantil na essência. Podemos extraí-la por
sintoma. A recordação era Ab-reagir meio da análise. Representa anos esquecidos na infância.
Renuncia a Hipnose - Entrada da Livre Associação
do analisando, o que ele não conseguia recordar. puramente internos, podem ser contrapostos:
Seria a arte de interpretar Foco - Tornar consciente Às impressões vivenciadas
suas resistências. Às fantasias
Referências
2 - O objetivo das técnicas Sentimentos
Conexões
Termos descritivos em termos dinâmicos; superação da
resistência da VOCABULÁRIO
repressão. Eventos = Processos
Acontecimento Evento Parece ser caso
3 - Processo de Transformação
Referências, sentimentos, conexões Nos
Bloqueio de tela Esquecimento das associamos aos
impressões, cenas, vivências reduzem-se em geral sentimentos omissos Processos de
a Bloqueio de tela Paciente disse: eu referenciamentos emocionais de
sempre, eu sempre soube, só nunca tinha pensado sentimentos.
nisso.
Não quer dizer que foram esquecidas - Nunca mais Moção Triebregung Moção pulsional -
fora falado deste momento esquecido ou nunca em alemão - verbo
pensou mais desde que o momento aconteceu. Regen - Significa - Mover Agitar
o Estimular
Histeria de Conversão o Mover
O esquecimento sofre ainda limitações, se o Agir
apreciarmos as lembranças o Impulsos Emocionais
encobridoras de presença universal.
Ao relatar o fato no relatório - precisamos Transferências como parte da repetição.
registrar as conexões Repetição como evento do passado esquecido.
separadamente como o esquecer e o recordar. A compulsão de repetição - como impulso à
recordação, como a masturbação, como todas
4 - Nos Relatórios é necessário: as atitudes da vida.
A escolha do seu objeto amoroso - seus
Relatos de infância: Época que foram vividas sem empreendimentos.
compreensão e o posterior Como se observar este fato? Quanto maior
(Lugar com afeto foi recordar). a resistência - O recordar será substituido
As técnicas ainda não conseguiram despertar pelo ativar.
lembranças Através das manifestações do Análise muito minuciosa no registro:
inconsciente podemos conhecê-las. Repetição # Lembrança
Relatar - À ausência de familiaridade com a Características das repetições:
sensação de lembranças e recusá-la entender. Inibições Atitudes
O que é lembrado não pode ser esquecido há um inviáveis
caminho, pois o que foi lembrado ou esquecido Traços patológicos de caráter
não chegou na consciência Pois não faz Sintomas.
conexões. Nem tudo precisa ser lembrado no
curso da análise.
As recordações e lembranças relatadas não são
propriamente ditas de fato integra.
A manifestação do consciente é uma atuação. BIBLIOGRAFIA
A reprodução não é como lembrança e sim
como ato - Repete naturalmente o que faz
No nosso relatório devem constar as atuações
contínuas.
Registrar a linha de interesse em relação à
compulsão de repetição - c
transferência e a resistência.
Observar
SOCIEDADE SUMMUS
SOCIEDADE SUMMUS
FICHA DE ATENDIMENTO CLÍNICO CONTROLE DE SESSÕES DE ANÁLISE
Nome: _________________________________________
Cliente: Normal ( ) Didática ( )
Data de Nascimento: ____/___/____ Idade ______ anos Pseudônimo:_____________________________________
Pseudônimo:______________________________________
Data Anotações
Psicanalista Clínico:_____________________________
Declaração de Comparecimento
______________________________________________
Assinatura/Carimbo
(Endereço)