Luciana Gonçalves Langella

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA


REABILITAÇÃO

LUCIANA GONÇALVES LANGELLA

ANÁLISE COMPARATIVA DA FOTOBIOMODULAÇÃO COM USO DE LASER E


LED EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR:
PROJETO PILOTO

Orientadora: Profa. Dra. Sandra Kalil Bussadori

São Paulo

2018
LUCIANA GONÇALVES LANGELLA

ANÁLISE COMPARATIVA DA FOTOBIOMODULAÇÃO COM USO DE LASER E


LED EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR:
PROJETO PILOTO

Tese apresentada à banca


examinadora da Universidade
Nove de Julho para exame de
defesa de doutorado

Orientadora: Profª Drª Sandra Kalil Bussadori

São Paulo, SP
2018
DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho à minha família que me apoiou e motivou durante


toda a trajetória desse trabalho.
AGRADECIMENTOS

Ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu da Universidade Nove de


Julho na pessoa do Profº Drº João Carlos Ferrari Correa, pela oportunidade de
participar como discente nesse Programa.

A todos os professores do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu da


Universidade Nove de Julho pela dedicação ao ensino e conhecimento
transmitidos que contribuíram de forma inestimável à minha formação.

À minha querida orientadora Profª Drª Sandra Kalil Bussadori pelo voto de
confiança a mim prestado em todos esses anos, conhecimentos transmitidos,
amizade, encorajamento e carinho.

À Profª Drª Lara Motta e Profº Drº Paulo de Tarso por aceitarem compor
mais uma vez essa banca examinadora e por contribuírem sempre ao
aprimoramento e análise crítica de meus dados, foram imprescindíveis.

As Profª Drª Raquel Agnelli Mesquita-Ferrari, Profª Drª Yara Dadalti


Fragoso e Profª Drª Elaine Marcílio Santos por aceitarem gentilmente compor a
banca examinadora e contribuírem para a análise crítica e aprimoramento desse
trabalho.

Ao Profº Drº Alessandro Deana pelo auxílio e discussões acerca da


análise estatística do estudo.

Ao querido professor e amigo Eduardo Miranda e Gianna Moés que


estiveram presentes em todos os momentos desse trabalho, me incentivando
mesmo nos momentos mais difíceis. O apoio foi fundamental para que essa
pesquisa fosse finalizada.
Aos alunos de iniciação científica de nosso grupo de pesquisa, pelo apoio
incondicional e dedicação à desse trabalho.

Aos voluntários dessa pesquisa, sem os quais esse estudo não teria sido
possível.
RESUMO

Disfunção temporomandibular (DTM), é descrita como um subgrupo de dor


orofacial. Estudos tem demonstrado que a fototerapia vem sendo uma alternativa
eficiente no tratamento das DTMs melhorando a dor e a função orofacial.
Objetivo: comparar os efeitos da fotobiomodulação sobre a dor e funcionalidade
em pacientes com DTM. Métodos: trata-se de um ensaio clínico controlado,
duplo-cego e randomizado (estudo piloto) envolvendo 15 indivíduos com idade
acima de 18 anos distribuídos em 2 grupos: laser e LED sendo acompanhados
por 8 sessões 2 vezes por semana, totalizando 4 semanas de tratamento. O
critério diagnóstico para pesquisa em DTM (RDC) foi utilizado para avaliar todos
os participantes do estudo, em seguida avaliou-se a dor por meio da utilização
de Escala Visual Analógica e função orofacial por meio das medições da abertura
máxima da boca. A fotobiomodulação foi aplicada na articulação
temporomandibular (ATM), músculos masseter (superior, médio e inferior) e
temporal anterior. Resultados: Ao comparar os dados quanto à variável dor,
diferenças estatisticamente significantes foram encontradas somente na análise
intra grupos pré e pós tratamento com fotobiomodulação (laser p=0,0117 e LED
p=0,0180); não houve diferença estatisticamente significante nas análises pré e
pós tratamento entre e intra grupos laser e LED para as medições da abertura
máxima sem auxílio e sem dor. Para a abertura máxima sem auxílio e abertura
máxima com auxílio houveram diferenças estatisticamente significantes para o
grupo laser (p= 0,0203; p=0,0001, respectivamente); o mesmo observou-se para
o LED somente na abertura máxima com auxílio (p=0,0459). Para as medidas
de excursão lateral direita e esquerda, encontrou-se diferença estatisticamente
significante pré e pós tratamento para o Grupo laser em ambas lateralidades
(lado direito p=0,0209; lado esquerdo p=0,0005) e apenas à esquerda para o
grupo LED (p=0,0342). Conclusão: A fotobiomodulação com laser e LED podem
produzir efeitos semelhantes para dor e melhorar a função orofacial. A LED
terapia possivelmente possa ser apontada como uma alternativa interessante no
tratamento de pacientes com disfunção temporomandibular.

Palavras-chave: Disfunção temporomandibular, fotobiomodulação, laser em


baixa intensidade, diodo emissor de luz (LED)
ABSTRACT

Temporomandibular dysfunction (TMD) is described as a subgroup of Orofacial


pain. Studies have shown that phototherapy has been an efficient alternative in
the treatment of DTMS by improving pain and orofacial function. Objective: To
compare the effects of photobiomodulation on pain and functionality in patients
with TMD. Methods: This was a controlled, double-blind, randomized clinical trial
(pilot study) involving 15 individuals aged over 18 years old distributed in 2
groups: Laser and LED being followed up by 8 sessions 2 times a week, totaling
4 weeks of Treatment. The diagnostic criterion for TMD research (RDC) was used
to evaluate all study participants, then pain was evaluated through the use of
Visual analogue scale and orofacial function through the measurements of the
maximum mouth opening. Photobiomodulation was applied to the
Temporomandibular joint (TMJ), masseter muscles (upper, middle and lower)
and anterior temporal. Results: When comparing the data regarding the variable
pain, statistically significant differences were found only in the intra-group
analysis pre and post treatment with photobiomodulation (laser p = 0,0117 and
LED p = 0,0180); There was no statistically significant difference in pre-and post-
treatment analyses between and within laser and LED groups for maximum
aperture measurements without help and without pain. For maximum opening
without aid and maximum opening with aid there were statistically significant
differences for the laser Group (p = 0.0203; p = 0.0001, respectively); The same
was observed for the LED only at the maximum opening with aid (P = 0,0459).
For the right and left lateral excursion measurements, a statistically significant
difference was found before and after treatment for the laser group in both
lateralities (right side p = 0,0209; left side p = 0,0005) and only left for the LED
Group (p = 0.0342). Conclusion: Photobiomodulation with laser and LED can
produce similar effects for pain and improve the orofacial function. The LED
therapy can possibly be pointed as an interesting alternative in the treatment of
patients with temporomandibular dysfunction.

Key Words: temporomandibular disorder, fotobiomodulation, low level laser


therapy, LED.
SUMÁRIO
Resumo................................................................................................... 7
Abstract................................................................................................... 8
Lista de tabelas e quadros....................................................................... 10
Lista de figuras........................................................................................ 11
Lista de siglas e abreviaturas.................................................................. 12
1. Contextualização................................................................................. 13
1.1 – Justificativa................................................................................. 14
2. Objetivos............................................................................................. 15
2.1 – Objetivo geral............................................................................. 15
2.2 – Objetivos específicos................................................................. 15
2.3 – Hipótese................................................................ .................... 15
3. Material e métodos.............................................................................. 16
3.1 – Delineamento............................................................................. 16
3.2 – Aspectos éticos.......................................................................... 16
3.3 - Composição da amostra e critérios de elegibilidade................... 16
3.4 – Cálculo da amostra..................................................................... 18
3.5 – Fluxograma................................................................................ 19
3.6 – Instrumentos de avaliação.......................................................... 20
3.6.1 – RDC/TMD............................................................................ 20
3.6.2 – Avaliação da dor................................................................... 20
3.6.3 – Abertura máxima da boca..................................................... 20
3.7 – Intervenções............................................................................... 21
3.7.1 – Laser em baixa intensidade.................................................. 21
3.7.2 – Diodo emissor de luz............................................................. 22
3.8 –Análise estatística....................................................................... 25
4. Resultados.......................................................................................... 26
4.1 – Artigo 1....................................................................................... 26
4.2 – Artigo 2....................................................................................... 29
5. Considerações finais........................................................................... 38
6. Referências bibliográficas.................................................................. 39
7. Apêndices........................................................................................... 43
8. Anexos............................................................................................... 44
LISTA DE TABELAS E QUADROS

Tabela 1 Descrição dos grupos de estudo


Tabela 2 Parâmetros da fotobiomodulação
Tabela 3 Caracterização da amostra
Tabela 4 Análise comparativa das variáveis analisadas
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Zonas de irradiação


Figura 2 Fluxograma
Figura 3 Escala visual analógica
Figura 4 Equipamento laser Twin Flex Evolution - MM Optics ®
Figura 5 Dispositivo criado para a irradiação do laser de baixa
intensidade
Figura 6 Placa de LED Linealux – Cosmedical ®
Figura 7 Disposição do LED no paciente durante o tratamento
Figura 8 Análise comparativa da fotobiomodulação na variável dor
por meio de Escala Visual Analógica

Figura 9 Dados comparativos abertura da boca sem auxílio e sem dor


Figura10 Dados comparativos abertura máxima da boca sem auxílio
Figura11 Dados comparativos abertura máxima da boca com auxílio
Figura12 Dados comparativos excursão lateral direita
Figura13 Dados comparativos excursão lateral esquerda
LISTA DE ABREVIATURAS

ATM Articulação temporomandibular


DTM Disfunção temporomandibular
LBI Laser de baixa intensidade
LED Diodo emissor de luz
RDC/TMD Critério diagnóstico para pesquisa em disfunção temporomandibular
EVA Escala visual analógica
TCLE Termo de consentimento livre e esclarecido
13

1. CONTEXTUALIZAÇÃO
A ATM (articulação temporomandibular) é a articulação conjunta que liga
o maxilar inferior (mandíbula) ao osso temporal do crânio, que é imediatamente
à frente da orelha de cada lado do crânio. As articulações são flexíveis,
permitindo à mandíbula mover-se para cima e para baixo e lateralmente 1,2.
Disfunção têmporomandibular (DTM), é descrita como um subgrupo de
dor orofacial, cujo o conjunto de sinais e sintomas envolvem a articulação
temporomandibular, os músculos mastigatórios, orelhas, e cervical podendo
2,3,4,5,6
cursar com uni ou bilateralidade. . Dentre os sinais e sintomas da DTM
2,8
incluem-se dor orofacial , dor muscular envolvendo músculos mastigatórios e
cervicais, ruídos articulares (cliques e estalos) e bloqueio articular, disfunção
mandibular 8,9,10,11 e dor de cabeça 2,7,8.
É multifatorial a etiologia das DTMs, oclusão e postura anormais, trauma
envolvendo tecidos locais, microtraumas repetitivos, hábitos parafuncionais e um
aumento no estresse emocional têm sido descritos como possíveis fatores para
2,7,8,10,13
o aparecimento da disfunção . No que tange a prevalência, estudos
apontam que cerca de 70% da população pode ter pelo menos um sinal de DTM
14,15,16 14,16
, sendo que apenas uma média de 10% procuram tratamento .
A presença dos sintomas principalmente a dor que é o mais comum entre
eles, pode afetar a qualidade de vida dos pacientes, devido à limitação para
algumas atividades de vida diária como: rir, comer, falar, bocejar, entre outras
3,10,15
. Devido à presença de dor e limitação funcional inerentes à disfunção, a
fotobiomodulação têm sido investigada na literatura científica e vêm
demonstrando ser uma opção relevante no tratamento dos casos de DTM
1,4,5,7,8,9,11,14,17,18
.
Fotobiomodulação com laser de baixa intensidade (LBI) assim como o
diodo emissor de luz (LED) são uma opção no tratamento da redução do quadro
álgico e processo inflamatório e indução de efeitos regenerativos no tecido alvo
19,20,21
, ambos têm sido sugeridos como uma alternativa para o tratamento de
doenças articulares inflamatórias, uma vez que não produzem efeitos
secundários, que são comuns à utilização de anti-inflamatórios não-esteroidais
21
. Alguns estudos têm demonstrado que a fotobiomodulação com lasers e os
14

LEDs operando em parâmetros semelhantes podem produzir efeitos


equivalentes 22,23.
Várias teorias têm sido propostas para explicar o mecanismo de ação
analgésico da fototerapia, porém ainda não há um consenso. Efeitos como
biomodulação, capacidade de estimular a divisão celular, analgesia, modulação
na produção de β-endorfina, aumento de cortisol e da síntese proteica, foram
9,17,18,24,25,26,27
encontrados por alguns autores que estudam o assunto .
As drogas são amplamente usadas no tratamento da dor, porém são
caras, gerando altos gastos para a saúde pública, têm eficácia limitada e efeitos
adversos potencialmente graves, especialmente quando administradas em longo
prazo28,29. Sendo assim recursos não-farmacológicos e não-invasivos que se
destinam ao alívio da dor são de suma importância e têm sido amplamente
investigados pela literatura científica.

1.1 Justificativa

A DTM apresenta diversos sintomas, principalmente a dor, implicando em


diminuição da função orofacial e consequentemente, impacta a qualidade de
vida dos pacientes. Dessa forma, a busca por recursos terapêuticos eficazes por
meio de estudos clínicos randomizados é de grande valia para essa população.
Nesse contexto, a fotobiomodulação é sugerida como uma forma não
invasiva, indolor e com efeitos colaterais mínimos em relação a terapias
farmacológicas capaz de modular a dor, além de contar com fácil e rápida
aplicação e seus efeitos são percebidos em curto prazo após o tratamento.
Na literatura científica têm sido demonstrado resultados eficazes para o
tratamentos da disfunção por meio da utilização de recursos como Laser de
baixa intensidade e LED, entretanto, são escassas as descrições que comparam
os efeitos sobre a dor entre as fontes de luz nesses indivíduos. Dessa forma, os
resultados desse estudo podem trazer uma importante aplicação clínica desses
recursos.
15

2. OBJETIVO

2.1 Objetivo geral


O presente estudo visa realizar uma análise comparativa dos efeitos da
fotobiomodulação por meio do uso de laser de baixa potência e LED sobre a dor
de pacientes portadores de disfunção temporomandibular.

2.2 Objetivos específicos


- Analisar os desfechos intra grupo pré e pós tratamento
- Avaliar a função orofacial

2.3 Hipótese

- Hipótese nula (H0): a aplicação de um protocolo de fotobiomodulação com


laser de baixa intensidade não será mais eficaz na avaliação da dor quando
comparado à fotobiomodulação com LED em pacientes com DTM.
- Hipótese alternativa (H1): a aplicação de um protocolo de fotobiomodulação
com laser de baixa intensidade será mais eficaz na avaliação da dor quando
comparado à fotobiomodulação com LED em pacientes com DTM.
16

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Delineamento
Tratou-se de um estudo clínico, no qual realizou-se um estudo piloto.
Foram aplicados nos sujeitos da pesquisa laser e LED sobre os músculos
temporal anterior, masseter e ao redor da articulação temporomandibular.
Para a distribuição aleatória dos voluntários foi realizada randomização
por meio de sorteio, utilizando-se envelopes pardos devidamente lacrados que
continham a fonte de luz ao qual o sujeito seria submetido (laser de baixa
intensidade ou LED). A análise das variáveis da função orofacial e avaliação da
dor foi realizada por um avaliador independente que não sabia a identificação de
cada grupo de pesquisa.

3.2 Aspectos éticos


Esse estudo obedeceu aos princípios da Declaração de Helsinque e às
Diretrizes e Normas Regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres
humanos, de acordo com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Nove
de Julho e aprovado por esse Comitê sob protocolo 1.706.160.
Os participantes foram esclarecidos quanto aos objetivos, benefícios e
riscos potenciais da pesquisa. Aqueles que aceitaram participar do estudo
assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) (Anexo I) e foram
informados da possibilidade de se retirarem da pesquisa em qualquer fase, sem
penalização.

3.3 Composição da amostra e critérios de elegibilidade


O estudo foi realizado na Universidade Nove de Julho e foram recrutados
pacientes atendidos no Laboratório Integrado de Saúde e na Clínica de
Odontologia e Fisioterapia, localizados à Rua Vergueiro, 235/249, Liberdade,
São Paulo por amostra de conveniência.
Os participantes foram divididos em dois grupos:
• Grupo I: tratamento com laser de baixa intensidade;
• Grupo II: tratamento com LED.
17

Tabela 1 - Descrição dos grupos de estudo


Grupo Local de aplicação fotobiomodulação Intervenção terapêutica
I Músculo temporal anterior, masseter e LBI
ATM
II Músculo temporal anterior, masseter e LED
ATM

Figura 1. Zonas de irradiação da fotobiomodulação


Para os dois grupos de estudo foram recrutados sujeitos de ambos os
sexos, com idade igual ou superior a 18 anos, que apresentassem ao menos
vinte dentes funcionais, sendo ao menos três molares e diagnóstico clínico de
disfunção temporomandibular segundo o “Critério diagnóstico para pesquisa em
Disfunção temporomandibular” (RDC/TMD) 32
.

Foram definidos com critérios de exclusão:


• Presença de deformidades dentofaciais;
18

• Utilização de aparelho ortodôntico fixo ou móvel;


• Utilização de medicamentos miorrelaxantes durante o período
experimental.
• Doenças neurológicas;
• Déficits cognitivos que impedissem a realização das avaliações.

Afim de coletar dados referentes à caracterização da amostra, foi


realizada uma entrevista em que os voluntários responderam ao questionário
RDC constando variáveis sócio demográficas e clínicas além de idade e gênero.

3.4 Cálculo da Amostra

A amostra utilizada para este estudo piloto foi de conveniência, utilizando


os pacientes das clínicas de Odontologia e Fisioterapia da Universidade Nove
de Julho.
19

3.4 Fluxograma

Indivíduos acima de 18 pacientes das


Clínicas de Odontologia e
Fisioterapia da Universidade Nove
de Julho

Recrutamento (RDC) Excluídos(n=8)

Indivíduos com
DTM sem
tratamento

Avaliação inicial: RDC, escala visual


analógica, abertura máxima da
boca, excursão lateral direita e
esquerda

Randomização

Grupo LED (n=7) Grupo Laser (n=8)

Avaliação final: RDC, escala visual analógica,


abertura máxima da boca, excursão lateral,
após as 08 sessões de fotobiomodulação 2x
por semana, durante 4 semanas.

Análises e Resultados

Figura 2: Fluxograma ilustrando as fases do estudo (CONSORT,2010)


20

3.6 Instrumentos de avaliação

3.6.1 Critério diagnóstico para pesquisa em disfunção temporomandibular


(RDC/TMD)
Os pacientes elegíveis ao estudo, serão diagnosticados com DTM por
meio do questionário Critérios para disfunção temporomandibular que consiste
num instrumento que tange um exame clínico com palpação dos músculos
temporais, masseter, digástrico e pterigóideo medial, palpação das ATMs e uma
análise da mandíbula com a ajuda de um compasso digital para medir os
movimentos vertical e horizontal e um estetoscópio para avaliar ruídos
articulares. Em seguida investigar-se-á sintomas como dores de cabeça, dor
facial, fadiga e dificuldade durante a mastigação, bruxismo, estado psicológico,
e hábitos parafuncionais32. O exame clínico específico foi realizado por um único
examinador previamente treinado.

3.6.2 Avaliação da dor


Os níveis de dor foram mensurados pela Escala Visual Analógica (EVA)
(figura 1) composta por 11 pontos, variando entre valores inteiros de 0 a 10, em
que 0 representa ausência de dor e 10 representa a “pior dor que você já sentiu”.
Os voluntários foram instruídos a assinalar o número que melhor representasse
sua percepção de dor durante a palpação dos músculos masseter e temporal
anterior. Esse procedimento será realizado no início e final do tratamento.

Figura 3 – Escala visual analógica

3.6.3 Abertura máxima da boca


O voluntário será instruído a abrir a boca o máximo possível. A abertura
bucal máxima voluntária (distância entre superiores e inferiores incisivos
21

centrais) será realizada com o auxílio de um paquímetro. O voluntário será,


então, instruído a exercer pressão sobre os dentes inferiores e mover a
mandíbula para a direita e esquerda para a determinação da excursão (distância
entre superior e pontos médios inferiores). Estes procedimentos serão realizados
no início e no final do tratamento.

3.7 Intervenções

3.7.1 Laser em baixa intensidade

Para o tratamento com laser em baixa intensidade foi utilizado um


equipamento de Arseneto de gálio e alumínio (GaAIAs), modelo Twin Flex
Evolution ®, da empresa MM Optics (figura 2).

Figura 4 - Aparelho Twin Flex Evolution - MM Optics ®

Foram realizadas 8 sessões de laserterapia, 2 sessões por semana,


durante 4 semanas. As sessões foram realizadas em ambiente reservado.
Durante a intervenção terapêutica os sujeitos de pesquisa e também o
pesquisador utilizaram óculos específicos para proteção ocular; o sujeito de
pesquisa permaneceu sentado durante a intervenção.
A irradiação foi realizada sob a forma de zona por meio de um dispositivo
criado afim de mimetizar a placa de LED que conta com três circunferências que
fazem interseção entre si recobrindo a hemiface do paciente. A ponteira do laser
22

ficou a uma distância de 8 cm do paciente abrangendo o entorno da ATM,


músculo temporal anterior e músculo masseter (superior, médio e inferior)
bilateralmente (figura 3).
Os parâmetros do laser serão representados na tabela 2.

Figura 5. Dispositivo criado para a irradiação do laser de baixa intensidade.

3.7.2 Diodo Emissor de Luz (LED)


Para o tratamento com LED foi utilizado um equipamento com diodos
infraverlho modelo Linealux ®, da empresa cosmedical (figura 4).

Figura 6. Placa de LED Linealux – Cosmedical ®


23

Foram realizadas 8 sessões de LED terapia, 2 sessões por semana,


durante 4 semanas. As sessões foram realizadas em ambiente reservado.
Durante a intervenção terapêutica os sujeitos de pesquisa e também o
pesquisador utilizaram óculos específicos para proteção ocular; o sujeito de
pesquisa permaneceu sentado durante a intervenção.
O aparelho possui 36 diodos infravermelho acoplados a uma placa
retângular de 10 cm x 12 cm que foi fixada na hemiface do paciente utilizando
uma faixa elástica com a finalidade de abranger o entorno da ATM, músculo
temporal anterior e músculo masseter (superior, médio e inferior) bilateralmente
(figura 5).
Os parâmetros do LED serão representados na tabela 2.

Figura 7. Disposição da placa de LED no paciente durante o tratamento.


24

Tabela 2. Parâmetros da fotobiomodulação

Parâmetros Grupo Laser Grupo LED

Comprimento de 780 nm ±780 nm


onda

Área irradiada 130 cm2 130 cm2

Spot 0,226 cm2 3.58 cm2

Potência 60 mW 5 mW

Tempo 600 s 600 s

Pontos 3 36
irradiados

Energia por 36 J 3J
ponto

Energia total 108 J 108 J

Exposição radiante 0,8 J/cm2 0,8 J/cm2

Irradiância 1,38 mW/cm2 1,38 mW/cm2


25

3.8 Análise Estatística

Para caracterização da amostra foi utilizada estatística descritiva, por


meio de medidas de tendência central (média) e dispersão (desvio-padrão), os
dados não-paramétricos foram expressos em mediana e seus limites superiores
e inferiores. Os resultados foram testados quanto à normalidade pelo teste de
Shapiro-Wilk. Para comparação dos efeitos da fotobiomodulação na dor e função
orofacial entre grupos pré e pós tratamento foi utilizado o Teste Mann-Withney.
Os efeitos do tratamento intragrupo foram testados pelo teste de Wilcoxon. Para
todas as análises foi utilizado o Statistical Package for the Social Science (SPSS)
15.0 for Windows e foi adotado nível de significância de p < 0,05.
26

4.RESULTADOS

Os resultados da presente tese serão apresentados no formato de artigos.


o estudo i, intitulado photobiomodulation versus light-emitting diode (led) therapy
in the treatment of temporomandibular disorder: study protocol for a randomized,
controlled clinical trial foi aceito para publicação no periódico clinical trials e o
estudo II, é intitulado de Análise comparativa da fotobiomodulação com uso de
laser e led em indivíduos portadores de disfunção temporomandibular: ensaio
clínico controlado duplo-cego e randomizado.

4.1 Estudo I submetido e aceito no periódico Trials (doi: 10.1186/s13063-


018-2444-7)

Photobiomodulation versus light-emitting diode (LED) therapy in the


treatment of temporomandibular disorder: study protocol for a randomized,
controlled clinical trial

4.1.1 Background

The temporomandibular joints link the lower jaw (mandible) to the temporal
bone of the skull, which is immediately in front of the ear on each side of the head.
The flexibility of the joints allows the mandible to move up and down as well as
from side to side [1, 2].

Temporomandibular disorder (TMD) is described as a subgroup of


orofacial pain with a set of signs and symptoms that involve the
temporomandibular joint, masticatory muscles, ears, and neck either unilaterally
or bilaterally [2–6]. The signs and symptoms include orofacial pain [2, 8], muscle
pain involving the masticatory and cervical muscles, joint noises (clicks and
pops), joint block, mandibular dysfunction [8–11], and headache [2, 7, 8]. The
etiology can be abnormal occlusion and/or posture, trauma involving local
tissues, repetitive microtrauma, parafunctional habits, and an increase in
emotional stress [2, 7, 8, 10, 12]. With regard to prevalence, studies report that
approximately 70% of the population can have at least one sign of TMD [13–15],
27

but only 10% seek treatment [13, 15]. Pain is the most common symptom and
can affect quality of life due to limitations regarding actions such as laughing,
eating, speaking, and yawning [3, 10, 14].

Due to the pain and functional limitations inherent to TMD, phototherapy


has been investigated and has proven to be an important treatment option for this
disorder [1, 4, 5, 7-9, 11, 13, 16, 17]. Photobiomodulation and light-emitting
diode (LED) therapy are treatment options for reducing pain and inflammatory
processes as well as inducing the regeneration of the target tissue [18–20]. Both
types of phototherapy have been suggested for the treatment of inflammatory
joint conditions due to the absence of side effects, which are common with the
use of non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) [20]. Studies have
reported that lasers and LEDs operating with similar parameters produce
equivalent effects [21, 22]. Different theories have been proposed to explain the
analgesic action of phototherapy, but no consensus has been reached. Some
authors report effects such as biomodulation, the capacity to stimulate cell
division, analgesia, modulation of the production of β-endorphins, as well as
increases in cortisol and protein synthesis [9, 16–18, 23–27].

Drugs are widely employed for the treatment of pain, but are expensive,
which generates high costs in the public health realm, and have limited
effectiveness as well as potentially serious side effects, especially when
administered for prolonged periods of time. Thus, non-pharmacological, non-
invasive resources for pain relief are of the utmost importance and have been
widely investigated in the scientific literature.

4.1.2 Results

Does not apply, it is a protocol.


28

4.1.3 Discussion

Pain and functional limitations are inherent to temporomandibular


dysfunction, and studies indicate that 70% of the population is affected with at
least one TMD signal [14–16]. Medications are commonly used to treat the pain,
but they have a high cost and potential side effects, especially in the
administration of NSAIDs [20] and long-term use [27, 28]. Therefore, there is a
need for studies that evaluate the use of non-pharmacological methods for the
treatment of this dysfunction.

Phototherapy has the potential to reduce pain and improve


temporomandibular joint function in TMD patients, with consequent improvement
in their quality of life. Photobiomodulation and LED therapy are treatment options
for reduction of the inflammatory process and pain, besides inducing the
regeneration of the target tissue [18–20].

The efficacy of phototherapy for the treatment of TMD has been proven by
several authors [1, 4, 9, 11, 17], but there are few controlled clinical studies
comparing photobiomodulation performance with LED therapy in patients with
TMDs.

4.1.4 Conclusion

Does not apply, it is a protocol.


29

4.2 Artigo II

Análise comparativa da fotobiomodulação com uso de laser e led


sobre a dor de indivíduos portadores de disfunção temporomandibular:
ensaio clínico controlado duplo-cego e randomizado.

4.2.1 Introdução

A ATM (articulação temporomandibular) é a articulação conjunta que liga


o maxilar inferior (mandíbula) ao osso temporal do crânio, que é imediatamente
à frente da orelha de cada lado do crânio. As articulações são flexíveis,
permitindo à mandíbula mover-se para cima e para baixo e lateralmente 1,2.
Disfunção temporomandibular (DTM), é descrita como um subgrupo de
dor orofacial, cujo o conjunto de sinais e sintomas envolvem a articulação
temporomandibular, os músculos mastigatórios, orelhas, e cervical podendo
2,3,4,5,6
cursar com uni ou bilateralidade. . Dentre os sinais e sintomas da DTM
2,8
incluem-se dor orofacial , dor muscular envolvendo músculos mastigatórios e
cervicais, ruídos articulares (cliques e estalos) e bloqueio articular, disfunção
mandibular 8,9,10,11 e dor de cabeça 2,7,8.
É multifatorial a etiologia das DTMs, oclusão e postura anormais, trauma
envolvendo tecidos locais, microtraumas repetitivos, hábitos parafuncionais e um
aumento no estresse emocional têm sido descritos como possíveis fatores para
2,7,8,10,13
o aparecimento da disfunção . No que tange a prevalência, estudos
apontam que cerca de 70% da população pode ter pelo menos um sinal de DTM
14,15,16 14,16
, sendo que apenas uma média de 10% procuram tratamento .
A presença dos sintomas principalmente a dor que é o mais comum entre
eles, pode afetar a qualidade de vida dos pacientes, devido à limitação para
algumas atividades de vida diária como: rir, comer, falar, bocejar, entre outras
3,10,15
. Devido à presença de dor e limitação funcional inerentes à disfunção, a
fotobiomodulação têm sido investigada na literatura científica e vêm
demonstrando ser uma opção relevante no tratamento dos casos de DTM
1,4,5,7,8,9,11,14,17,18
.
Fotobiomodulação com laser (LBI) assim como o diodo emissor de luz
(LED) são uma opção no tratamento da redução do quadro álgico e processo
30

19,20,21
inflamatório e indução de efeitos regenerativos no tecido alvo , ambos têm
sido sugeridos como uma alternativa para o tratamento de doenças articulares
inflamatórias, uma vez que não produzem efeitos secundários, que são comuns
21
à utilização de anti-inflamatórios não-esteroidais . Alguns estudos têm
demonstrado que a fotobiomodulação com lasers e os LEDs operando em
22,23
parâmetros semelhantes podem produzir efeitos equivalentes .
Várias teorias têm sido propostas para explicar o mecanismo de ação
analgésico da fototerapia, porém ainda não há um consenso. Efeitos como
biomodulação, capacidade de estimular a divisão celular, analgesia, modulação
na produção de β-endorfina, aumento de cortisol e da síntese proteica, foram
9,17,18,24,25,26,27
encontrados por alguns autores que estudam o assunto .
As drogas são amplamente usadas no tratamento da dor, porém são
caras, gerando altos gastos para a saúde pública, têm eficácia limitada e efeitos
adversos potencialmente graves, especialmente quando administradas em longo
prazo28,29. Sendo assim recursos não-farmacológicos e não-invasivos que se
destinam ao alívio da dor são de suma importância e têm sido amplamente
investigados pela literatura científica

4.2.2 Resultados

Foram recrutados para o estudo 15 participantes divididos em 2 grupos.


Os dados demográficos da amostra estão sumarizados na tabela 3.

Tabela 3. Caracterização da amostra


Gênero Idade EVA
Antes Depois
Grupo I Feminino n = 8 24 ± 2,5 5 (5 – 7) 0,75 (0 – 3)
Grupo II Feminino n = 7 24,9 ± 2,4 5 (4 – 7) 0,5 (0 – 3)

A tabela 4 demonstra a análise comparativa das variáveis analisadas no


tocante à função orofacial com os respectivos valores de significância estatística
pré e pós tratamento.
31

Ao comparar os dados quanto à variável dor apresentados na figura 1,


diferenças estatisticamente significantes foram encontradas somente na análise
intra grupos pré e pós tratamento com fotobiomodulação (laser p=0,0117 e LED
p=0,0180), ou seja não foi encontrada diferença significante na queixa álgica
entre os recursos laser e LED.

Tabela 4. Análise comparativa das variáveis analisadas

Grupo LASER Grupo LED


Antes Depois p Antes Depois p
EVA 5 (5 – 7) 0,75 (0 – 0,0117* 5 (4 – 7) 0,5 (0 – 0,0180*
3) 3)
Abertura 34,1 ± 39,1 ±8,3 0,1488 36,6 ± 44,7 ± 0,0543*
sem 13,2 11,8 6,4
auxílio
sem dor
Abertura 43,9 ± 48,0 ± 0,0203* 48,3 ± 48,9 ± 0,3208
máxima 9,9 10,0 7,2 6,9
sem
auxílio
Abertura 47,5 ± 50,6 ± 9,3 0,0001* 51,6 ± 54,6 ± 0,0459*
com 9,5 6,7 7,2
auxílio
Excursão 10,0 ± 12,6 ± 2,9 0,0209* 11,0 ± 11,7 ± 0,3559
lateral 3,5 4,0 3,0
direita
Excursão 10,9 ± 14,8 ± 3,3 0,0005* 9,4 ± 3,7 11,7 ± 0,0342*
lateral 3,3 2,6
esquerda

Pôde-se observar na medição da abertura máxima sem auxílio e sem dor


que não houve diferença estatisticamente nas análises pré e pós tratamento
entre e intra grupos laser e LED (figura 2).

Nas figuras 3 e 4 se encontram mensuradas respectivamente a abertura


máxima sem auxílio e abertura máxima com auxílio a fotobiomodulação com
laser demonstrou em ambas variáveis diferença estatisticamente significante
(p=0,0203 e p=0,0001, respectivamente) , o mesmo observou-se para o LED
somente na abertura máxima com auxílio (p=0,0459), salientando diferenças
somente na avaliação intra grupos para ambos, não sendo observada
significância na avaliação entre grupos.
32

Para as medidas de excursão lateral direita e esquerda, encontrou-se


diferença estatisticamente significante pré e pós tratamento para o Grupo laser
em ambas lateralidades (direita p=0,0209 e esquerda p=0,0443) e apenas à
esquerda para o grupo LED (p=0,0342), não havendo diferença na análise
comparativa entre os grupos.

5
Pain (VAS)

4
* *
3

0
Before After Before After
Laser LED

Figura 8 – Análise comparativa dos efeitos da terapia com fotobiomodulação na


variável dor por meio de Escala Visual Analógica intra grupos Laser (p=0,0117)
e LED (p=0,0180)

60
Abertura sem auxílio sem

led
50 laser
40
dor (mm)

30

20

10

0
Before After

Figura 9. – Análise comparativa da abertura sem auxílio e sem dor no grupo


Laser (p=0,1488) e LED (p=0,0543) e entre ambos recursos (p= 0,712)
33

60
Abertura sem auxílio (mm)

led laser *
50

40

30

20

10

0
Before After

Figura 10. Dados comparativos da abertura máxima sem auxílio entre os grupos
(p=0,3402) e pré e pós tratamento com fotobiomodulação laser (p= 0,0203) e
LED (p= 0,3208).

70
Abertura com auxílio (mm)

led *
60
laser *
50

40

30

20

10

0
Before After

Figura 11. Comparação dos dados de abertura máxima com auxílio entre grupos
(p=0,3515) e pré e pós tratamento para grupo laser (p= 0,0001) e Grupo LED
(p=0,0459)
34

16
Excursão lateral direita (mm)

led
14
laser
*
12
10
8
6
4
2
0
Before After

Figura 12. Análise comparativa da excursão lateral direita entre grupos


(p=0,6182) e pré e pós tratamento para grupo laser (p=0,0209) e grupo LED
(0,3559)

18
Excursão lateral esquerda (mm)

16 led *
14 laser *
12
10
8
6
4
2
0
Before After

Figura 13. Dados da análise comparativa para excursão lateral esquerda entre
grupos (p=0,04433) e pré e pós tratamento para grupo laser (p=0,0005) e grupo
LED (0,0342).
35

4.2.3 Discussão

Foram avaliados nesse estudo, 15 pacientes portadores de Disfunção


temporomandibular todos do gênero feminino, de acordo com os desfechos do
estudo foram encontrados os seguintes resultados, diminuição significativa da
dor avaliada por meio da Escala Visual Analógica após a aplicação em 8 sessões
da terapia de fotobiomodulação em ambos os grupos. O grupo que foi
contemplado com laser demonstrou melhora na função orofacial para as
variáveis abertura máxima sem auxílio, abertura máxima com auxílio e excursões
lateral direita e esquerda. Já o grupo LED apresentou melhora nas variáveis
abertura máxima com auxílio e excursão lateral esquerda. Não obtivemos
diferenças entre os grupos laser e LED em nenhuma variável analisada, podendo
inferir que o uso dos diodos emissores de luz podem ser uma alternativa
considerável no tratamento da dor dos pacientes com DTM.

As desordens temporomandibulares vêm sendo demonstradas como uma


importante causa de dor na região orofacial, que implica em diminuições
significativas na qualidade de vida dos pacientes durante atividades funcionais
como mastigar, falar e rir [2,3,8,10,15]. Buscar terapias que visem o controle do
quadro álgico e normalização da condição muscular se fazem necessário, nesse
cenário a fotobiomodulação um recurso não farmacológico, não invasivo e de
baixo custo tem apresentado resultados favoráveis no controle da dor
relacionada à disfunção [5,7,9,11,12,21,32,33].

Corroborando com os achados do presente estudo, Dostalová et.al, 2012


encontraram diferenças estatisticamente significantes na dor (aproximadamente
15%) tendo por meio de avaliação a mesma escala utilizada nessa pesquisa, em
nosso estudo os pacientes apresentaram uma diminuição de aproximadamente
10% após a aplicação da terapia de fotobiomodulação com uso de Laser e LED.

Os achados de nosso estudo são semelhantes aos demonstrados por


Salmos-Brito et al.,2013, visto que todos os sujeitos estudados de ambas
pesquisas portavam DTM miogênica baseando-se no RDC/TMD, obtiveram
melhora significativa da dor avaliada por EVA e melhora da função orofacial
mensurada por abertura máxima da boca após a utilização de fotobiomodulação
com laser de baixa intensidade.

A utilização da terapia de fotobiomodulação com objetivo de reestabelecer


a função orofacial também vem sendo explorada por estudos na literatura.
Algumas bibliografias encontraram diferenças estatisticamente significante para
abertura máxima da boca e excursão lateral após a aplicação de fototerapia com
laser indo de encontro com os resultados de nosso trabalho [1,5,11,21,34].

Está bem definido na literatura os benefícios da fototerapia permeada pelo


laser de baixa intensidade tanto para dor como para a melhora da função
36

orofacial em pacientes portadores de DTM incluindo nosso estudo que corrobora


com esses achados.

Nos últimos anos a pesquisa com LED terapêutico vem crescendo.


Estudos apontam efeitos benéficos com o tratamento de fotobiomodulação por
meio de LED nas áreas da dermatologia [35], fisioterapia respiratória [36] e
reabilitação esportiva [37,38,39,40]. No entanto, os efeitos do uso dessa fonte
de luz nos pacientes portadores de DTM foram investigados por apenas um
estudo até o presente momento [21].

Apesar das diferenças físicas entre o Laser e o LED como


policromaticidade, não-coerência e não-colimação do LED, acreditamos que
essas características não influenciaram no desfecho deste trabalho, visto que,
não houve diferença estatisticamente significante entre as terapias para os
parâmetros utilizados.

Panhoça et al. Foi o primeiro estudo, até onde temos conhecimento, que
usou a LED terapia na DTM. Contudo, eles compararam as duas terapias usando
parâmetros diferentes, o que seria uma limitação do estudo.

Diante disso, objetivamos comparar as diferentes terapias com os


mesmos parâmetros. Visando aumentar o poder comparativo entre as terapias,
medimos a distância necessária entre a abertura de saída do Laser e a região
irradiada até que a área irradiada do Laser fosse a mesma da área irradiada do
LED. Demais parâmetros como tempo de irradiação, energia total irradiada,
irradiância e exposição irradiante também foram iguais. O que pode ter refletido
na não diferença entre as terapias, podendo inferir a eficácia de ambos recursos
para o tratamento da DTM.

Ao compararmos nosso estudo com o de Panhoça et al., 2015


identificamos semelhanças nos desfechos estudados, mesmo que os
parâmetros utilizados tenham sido diferentes, podendo ser justificado pela
frequência de tratamento que foi a mesma e pela influência da terapia LED na
redução da condução nervosa evidenciada por Vinck et.al, 2005, colaborando
para a redução da dor orofacial interrompendo o ciclo dor-espasmo-dor
viabilizando a recuperação da função.

Nesse projeto piloto, observou-se a eficácia do LED para o tratamento da


DTM no tocante à dor, não evidenciando diferenças quando comparado ao laser
de baixa potência. Em face ao exposto sugere-se que a terapia LED pode ser
elegida como uma alternativa interessante à terapia laser devido à possibilidade
de irradiação de áreas maiores e o baixo custo do recurso, o que viabilizaria o
acesso à uma maior parte da população.
37

Julgamos ter sido a principal limitação do estudo o tamanho da amostra,


podendo afirmar que os resultados da pesquisa para a função orofacial com o
LED foram inconclusivos pois só houve diferença estatisticamente significante
para a abertura máxima da boca e excursão lateral somente à esquerda.
Sugerimos que futuros estudos invistam na LED terapia a fim de conhecermos
outros parâmetros de irradiação e consolidarmos o recurso no alívio da dor e
melhora da função orofacial para DTM.

4.2.4 Conclusão

A fotobiomodulação com laser e LED podem produzir efeitos semelhantes


para dor e função orofacial em pacientes com disfunção temporomandibular. A
LED terapia por ser apontada como uma alternativa interessante no tratamento
de pacientes com disfunção temporomandibular.
38

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sugere-se com os achados deste estudo a utilização clínica do LED como


recurso atrativo para o tratamento da dor orofacial em pacientes com DTM,
conotando que apesar das diferenças entre as propriedades físicas dos
recursos, não parece ser um fator limitante ou impeditivo podendo produzir
efeitos semelhantes. Entretanto consideramos os resultados para a função
orofacial inconclusivos pois somente uma variável de abertura da boca
apresentou significância e a excursão lateral apenas à esquerda, nos fazendo
crer que pode estar relacionado ao lado dominante dos indivíduos do grupo LED
e à amostra que foi pequena.
39

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Effect of Light-Emitting Diodes Therapy (LEDT) on knee extensor
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40. Leal-Junior ECP, Lopes-Martins RAB, Rossi RP, Marchi T, Baroni BM,
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light emitting diode therapy (LEDT) on exercise induced skeletal
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Cambier D. Evidence os changes in sural nerve conduction mediated
by light emitting diode irradiation. Lasers Med Sci. 2005; 20:35-40.
43

APÊNDICE 1
44

ANEXO I

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

DIRETORIA DA SAÚDE

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO

TERMO DE CONSENTIMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM PESQUISA CLÍNICA

Nome do Voluntário: ___________________________________________________________

Nome do Responsável: ________________________________________________________

Endereço: ___________________________________________________________________

Cidade: ________________________________________Cep:_________________________

Telefones para contato: ________________________________________________________

As informações contidas nestes prontuários foram fornecidas pelos pesquisadores: Profa. Dra.
Sandra Kalil Bussadori e a Aluna Luciana Gonçalves Langella objetivando firmar acordo escrito
mediante o qual, o voluntário da pesquisa autoriza sua participação com pleno conhecimento da
natureza dos procedimentos e riscos a que se submeterá, com a capacidade de livre arbítrio e
sem qualquer coação.

1. Título do Trabalho Experimental: “Efeitos da fototerapia por meio do uso de laser e LED em
indivíduos idosos portadores de disfunção temporomandibular: ensaio clínico controlado duplo-
cego e randomizado.

2. Objetivo: Este estudo tem como objetivo analisar os efeitos da terapia com laser de baixa
intensidade e da terapia por LED sobre a dor e função da boca como abrir e fechar, mastigar,
bocejar em pacientes com dor ou dificuldades para esses movimentos.

3. Justificativa: Disfunção temporomandibular (DTM), é descrito como um subgrupo de dor


orofacial, cujo o conjunto de sinais e sintomas envolvem a articulação temporomandibular (que
está situada na frente das orelhas) os músculos mastigatórios, orelhas, e pescoço atingindo
cerca de 70% com pelo menos um sinal. Causa dor, dor muscular envolvendo músculos que
usamos para mastigar e do pescoço, ruídos (cliques e estalos) e bloqueio da boca e dor de
cabeça. A fototerapia é tratamento através do uso da luz que pode trazer benefícios ao paciente
como melhora da função e diminuição da dor.

4.Procedimentos: Primeiramente este projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa-


CoEP da Universidade Nove de Julho tendo sido aprovado sob número de protocolo _______.
A todos os participantes e responsáveis serão esclarecidos os objetivos da pesquisa, solicitando
o preenchimento do termo de consentimento formal de participação. Os termos de consentimento
serão entregues no local da avaliação e aplicados pelo examinador.
Avaliação: Escala visual analógica serve para ter uma resposta numérica da dor. É uma linha
horizontal de dez centímetros, numerados com o ponto inicial zero e final dez, na qual o zero
representa nada de dor e a marca dez uma dor extremamente forte. Depois de apresentada a
escala, o paciente marcará na linha o local que ele considera representar a intensidade da sua
dor. RDC/ TMD: os pacientes que participarão do estudo, serão diagnosticados com DTM por
meio do questionário Critérios para disfunção temporomandibular que consiste num instrumento
que abrange um exame clínico com palpação de alguns músculos palpação da articulação da
boca e uma análise da mandíbula com a ajuda de um compasso digital para medir os movimentos
vertical e horizontal e um estetoscópio para avaliar ruídos articulares. Em seguida investigaremos
45

sintomas como dores de cabeça dor facial, fadiga e dificuldade durante a mastigação, bruxismo,
estado psicológico, e hábitos de vida diária. Abertura máxima da boca: o voluntário será instruído
a abrir a boca o máximo possível. A abertura bucal máxima voluntária será realizada com o
auxílio de um paquímetro (régua). O voluntário será, então, instruídos a exercer pressão sobre
os dentes inferiores e mover a mandíbula para a direita e esquerda. Os voluntários serão
submetidos à 08 sessões de fototerapia a serem realizadas 2 vezes por semana e as avaliações
acima serão realizadas antes e após o tratamento.

5. Riscos e benefícios: Com relação à fototerapia em 30 anos de estudo não há relatos de


efeitos colaterais ou riscos na literatura. Os benefícios esperados são: diminuição dos sinais da
inflamação, diminuição da dor e da tensão muscular dos músculos mastigatórios e do pescoço,
assim como melhora da função da boca.

6. Informações: O voluntário tem garantia que receberá respostas a qualquer pergunta ou


esclarecimento de qualquer dúvida quanto aos procedimentos, riscos, benefícios e outros
assuntos relacionados com a pesquisa. Também os pesquisadores citados acima assumem o
compromisso de fornecer informação atualizada obtida durante o estudo, ainda que esta possa
afetar a vontade do indivíduo em continuar participando.

7. Métodos Alternativos Existentes: não serão utilizados métodos alternativos.

8. Retirada do Consentimento: o voluntário tem a liberdade de retirar seu consentimento a


qualquer momento e deixar de participar do estudo.

9. Aspecto Legal: Elaborados de acordo com as diretrizes e normas regulamentadas de


pesquisa envolvendo seres humanos atendendo à Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996,
do Conselho Nacional de Saúde do Ministério de Saúde – Brasília – DF.

10. Garantia do Sigilo: Os pesquisadores asseguram a privacidade dos voluntários quanto aos
dados confidenciais envolvidos na pesquisa.

11. Formas de Ressarcimento das Despesas Decorrentes da Participação na Pesquisa:


Serão ressarcidas despesas com eventuais deslocamentos.

12. Local da pesquisa: Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Rua Vergueiro,235/249,


Liberdade.

13. Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) é um colegiado interdisciplinar e independente, que


deve existir nas instituições que realizam pesquisas envolvendo seres humanos no Brasil, criado
para defender os interesses dos participantes de pesquisas em sua integridade e dignidade e
para contribuir no desenvolvimento das pesquisas dentro dos padrões éticos (Normas e
Diretrizes Regulamentadoras da Pesquisa envolvendo Seres Humanos – Res. CNS nº 466/12). O
Comitê de Ética é responsável pela avaliação e acompanhamento dos protocolos de pesquisa
no que corresponde aos aspectos éticos.
Endereço do Comitê de Ética da Uninove: Rua. Vergueiro nº 235/249 – 3º subsolo - Liberdade
– São Paulo – SP CEP. 01504-001 Fone: 3385-9197
[email protected]

14. Telefones das Pesquisadoras para Contato: Profa. Dra. Sandra Kalil Bussadori (011)
983817453 e Aluna Luciana Gonçalves Langella (011) 972931861 ou pelo email
[email protected].

15. Eventuais intercorrências que vierem a surgir no decorrer da pesquisa poderão ser
discutidas pelos meios próprios.
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Consentimento Pós-Informação:

Eu_____________________________________________________________,
após leitura e compreensão deste termo de informação e consentimento, entendo que a
participação do menor, pelo qual sou responsável, é voluntária, e que posso sair a qualquer
momento do estudo, sem prejuízo algum. Confirmo que recebi cópia deste termo de
consentimento, e autorizo a execução do trabalho de pesquisa e a divulgação dos dados obtidos
neste estudo no meio científico,

São Paulo,__________ de ____________________________ de ______.

Nome (por extenso):_____________________________________________________


Assinatura: ____________________________________________________________
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ANEXO II
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