Apostila - Ead - Economia
Apostila - Ead - Economia
Apostila - Ead - Economia
Gilmar de Oliveira
Diretor Administrativo
Eduardo Santini
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102,
FICHA CATALOGRÁFICA Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
FACULDADE DE TECNOLOGIA E
(44) 3045 9898
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ.
Núcleo de Educação a Distância;
GUALASSI, Rodrigo Junior. www.fatecie.edu.br
Economia. Rodrigo Junior Gualassi.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2019. 91 p.
As imagens utilizadas neste
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária livro foram obtidas a partir
Zineide Pereira da Silva. do site ShutterStock
AUTOR
UNIDADE I....................................................................................................... 6
Antecedentes Históricos da Economia
UNIDADE II.................................................................................................... 23
Introdução a Economia
UNIDADE III................................................................................................... 42
Microeconomia
UNIDADE IV................................................................................................... 66
Macroeconomia
UNIDADE I
Antecedentes Históricos da Economia
Professor Esp. Rodrigo Jr. Gualassi
Plano de Estudo:
• PRECURSORES DA TEORIA ECONÔMICA
• MERCANTILISMO
• FISIOCRACIA
• LIBERALISMO
• TEORIA NEOCLÁSSICA
• TEORIA KEYNESIANA
• O PERÍODO RECENTE
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar a história da economia.
• Compreender os períodos passados.
• Estabelecer a importância da história da economia para compreender o presente.
6
INTRODUÇÃO
Olá,
Este capítulo foi carinhosamente preparado para que você possa antes mesmo
de ter contato com os assuntos econômicos mais próximos da nossa realidade, buscar
compreender o porquê e como chegamos até aqui. Dessa forma passaremos cronologi-
camente por períodos que remetem desde os primórdios da humanidade até os tempos
atuais. Percorrendo por períodos como por exemplo na antiguidade quando percebidos
alguns dos primeiros registros dos estudos econômicos a saber. É fato de que economia
não é uma disciplina simples de se entendida, nem é nosso objetivo que você pense que
é, por isso este material traz conteúdos de forma sucinta, considerando uma abordagem
simples e objetiva acerca do que cada época passada gerou de conteúdo que possa hoje,
ser amplamente estudado e além disso utilizado como base de uma ciência social que faz
parte da vida de todos nós. Espero que goste.
Bons estudos!
Ao iniciar esse capítulo suponho que seja necessário esclarecer uma importante
indagação: qual a necessidade de estudar sobre teoria da economia? Pensemos bem a
esse respeito. Talvez você possa estar pensando que não existe necessidade, até mesmo
porque poderia ser uma tremenda perda de tempo pesquisar algo que ocorreu a tanto tem-
po, certo? Errado. Veja o que nos diz Nogami e Passos (2016, p. 7) acerca desse assunto:”
como qualquer outra ciência, a Economia preocupa-se com a previsão e a explicação de
fenômenos. Para tanto, utiliza-se de teorias. Em economia, construir teorias significa extrair
conhecimentos sobre o funcionamento do sistema econômico”. E essas teorias servem
como base para as próximas que poderão surgir.
Uma vez que entende-se a importância de tal pesquisa histórica, passamos a partir
de agora então, aos fatos que merecem destaque ao longo do tempo.
Nunca é demais frisar que o objetivo do estudo da Ciência Econômica é analisar
os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa
qualidade de vida (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
Alguns importantes períodos históricos podem ser associados a fatores econômi-
cos, como exemplo disso, pode-se citar os ciclos do ouro e da cana-de-açúcar no Brasil,
e a Revolução Industrial, a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a crise do petróleo,
que alteraram profundamente a história mundial. As próprias guerras e revoluções são
permeadas por motivações que podem ter origens e interesses econômicos.
E para ajudar na compreensão da economia como a conhecemos hoje, o(a) convido
1.1. Antiguidade
Para iniciar nossos estudos sobre economia, se faz importante destacar que por
um bom tempo, ela constituiu-se como um conjunto de preceitos ou de soluções adequadas
a problemas particulares.
Como bem mencionado por Pinho et al (2017, p. 67) “na antiguidade grega, por
exemplo, apareceram apenas algumas ideias econômicas fragmentárias em estudos filo-
sóficos e políticos, mas sem o brilho dos trabalhos nos campos da filosofia, ética, política,
mecânica ou geometria”. Sendo possível identificar tais correlações por exemplo conforme
observados em Aristóteles, Platão e Xenofonte:
“Aristóteles (384-322 a.C.), em seus estudos sobre aspectos de administração
privada e sobre finanças públicas. Também encontramos algumas considerações de ordem
econômica nos escritos de Platão (427-347 a.C.) e de Xenofonte (440-335 a.C.), sendo que
este último aparentemente cunhou o ter- mo economia (oikonomia), no sentido de gestão
de bens privados” (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008, p. 22).
Contudo, para Silva e Azevedo (2017, p. 17) “na antiguidade os estudos não apre-
sentavam um padrão homogêneo ou sistemático das relações econômicas, não havendo
contribuições consistentes para o surgimento da Teoria Econômica”. Por isso, nessa época
tal atividade econômica associada ao homem era vista como parte da filosofia social, moral
e ética, a qual deveria se orientar seguindo princípios gerais da ética, justiça e igualdade.
Rossetti (2016, p. 16) também destaca que “filósofos da Grécia Antiga, como Pla-
tão e Aristóteles, e os escolásticos da Idade Média tenham explorado temas de conteúdo
econômico”.
Silva e Azevedo (2017, p. 18) destacam que “acreditava--se em uma ordem natural
que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e univer-
sais, desejadas pela providência divina para a felicidade dos homens”. Desse modo os
fisiocratas, consideravam que toda a vida permanece na dependência da produtividade do
solo bruto e a capacidade natural de renovação do meio ambiente.
Teve como um dos seus maiores pensadores na figura de Adam Smith (1723-
1790). Considerado precursor da moderna teoria econômica, ou ainda, Smith é comumente
conhecido como “pai” da economia.
A Riqueza das Nações (1976), sua obra, trata de questões econômicas que vão
desde as leis do mercado e aspectos monetários até a distribuição do rendimento da terra,
concluindo com um conjunto de recomendações políticas. “No qual defendia o liberalismo,
ou seja, a livre concorrência e a desnecessidade do governo nas questões econômicas, o
que ficou conhecido por laissez-faire, ou “deixar-fazer”, em francês” (SILVA E AZEVEDO,
2017, p. 18).
Em sua visão harmônica do mundo real, Smith entendia que a atuação da livre
concorrência, sem qualquer interferência, levaria a sociedade ao crescimento econômico,
como que guiada por uma mão invisível. Com Argumentos baseados na livre iniciativa, no
laissez –faire considerava-se que a causa da riqueza das nações é o trabalho humano ou
teoria do valor-trabalho. Divisão do trabalho, especialização em tarefas especificas (áreas)
e daí como consequência Fator decisivo para aumento da produção (VASCONCELLOS E
GARCIA, 2008).
Para Smith A Produtividade decorre da divisão de trabalho que por sua vez decorre
da tendência inata da troca, que, finalmente é estimulada pela ampliação dos mercados. O
papel do Estado na economia deveria corresponder apenas à proteção da sociedade contra
eventuais ataques e à criação e à manutenção de obras e instituições necessárias, mas
não à intervenção nas leis de mercado e, consequentemente, na prática econômica.
Os temas presentes nas suas obras incluem a teoria do valor-trabalho na qual traça
uma relação entre o trabalho e o seu respectivo valor monetário; a teoria da distribuição,
que relaciona os lucro e os salários; o comércio internacional e temas monetários (VAS-
CONCELLOS E GARCIA, 2008).
Morreu em 1873. Deixou-nos uma obra vasta que, ainda hoje, constitui excelente
motivo de reflexão e cujo estudo é incontornável. Dela se destacam: Sistema de Lógica De-
dutiva e Indutiva (1837), Princípios de Economia Política (1844), Sobre a Liberdade (1859),
Considerações Sobre o Governo Representativo (1861), Utilitarismo (1863), Sujeição das
Mulheres (1869) e Autobiografia (1873) (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
4.4. Jean-Baptiste Say (1768-1832)
Tal como Smith, considera o “mercado” essencial. Segundo Say a produção reali-
za-se através de 3 elementos: 1. o trabalho; 2. o capital;e, 3 agentes naturais (por agentes
naturais entenda-se a terra, etc). Deu atenção especial ao empresário e ao lucro. Subor-
dinou o problema do equilíbrio das trocas diretamente à produção, tornando-se conhecida
sua concepção de que oferta cria a procura equivalente (VASCONCELLOS E GARCIA,
2008).
Economista inglês que elaborou uma teoria que afirmava que a população iria
crescer tanto que seria impossível produzir alimentos suficientes para alimentar o grande
número de pessoas no planeta. Dentre suas obras a principal foi o Princípio da População.
Para Malthus a produção de alimentos crescia de forma aritmética, enquanto o crescimento
populacional crescia de forma alarmante.
REFLITA
Até aqui, me dei conta que a economia:
== Surgiu no período da antiguidade com os primeiros pensamentos econômico
(Aristóteles, Platão e Xenofonte);
== Mercantilismo, sendo o controle do estado sua principal característica, foco na
riqueza interna (ouro e prata). Menos importações e mais exportações ;
== Fisiocracia, (Quesnay): Para os fisiocratas, toda a vida permanece dependente da
produtividade do solo bruto e a capacidade do meio ambiente natural se renovar;
== Liberalismo, a livre concorrência e a desnecessidade do governo nas questões
econômicas, o que ficou conhecido por laissez-faire, ou “deixar-fazer”, em francês.
Para Pinho (2017, p.75) Marx “opôs-se aos processos analíticos dos clássicos e
às suas conclusões, com base no que Lenin considerou a melhor criação da humanidade
no século XIX”. Aqui podendo ser citado a filosofia alemã, a economia política inglesa e o
socialismo francês”.
Vasconcellos e Garcia (2008, p. 29) salientam que a escola marxista “critica a
abordagem pragmática da ciência econômica e propõe-se um enfoque analítico, em que a
Economia interage com os fatos históricos e sociais”. Afirma que analisar questões econô-
micas deixando de lado a observação de fatores históricos e sociais pode gerar uma visão
distorcida da realidade. Em seu trabalho de maior relevância, a obra intitulada de O capital,
Marx enfatiza a teoria do valor do trabalho analisando aspectos da economia com sua teo-
ria referenciada. Para ele, o capital detém-se com a burguesia, classe social desenvolvida
após o desaparecimento do sistema Feudal. Essa classe tem a apropriação dos meios de
produção, cabendo a outra parte, classe social, intitulada de proletariado vender sua força
de trabalho já que não possuem condições para produzirem aquilo que seria necessário
para sua sobrevivência.
Teve como maior precursor John Maynard Keynes (1883-1946) que utilizando de
suas obras rompeu a tradição neoclássica, pois apresentaram um programa de ação do
governo para a promover o pleno emprego (PINHO, 2017).
Sua obra, Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda(1936) causou um im-
pacto revolucionário que tornou-se conhecido como a Revolução Keynesiana.
Para Keynes de acordo com Fernandes (2016, P. 20), “um dos fatores responsáveis
pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia, determinado
pela demanda agregada ou efetiva de bens e serviços”.
Mostrou que a combinação das políticas econômicas da época não funcionava ade-
quadamente dentro do novo contexto econômico. Um dos principais fatores responsáveis
pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia determinada
por sua vez, pela demanda agregada ou efetiva. Invertendo a lei de Say onde a oferta cria
sua própria procura. Para Keynes, numa economia em recessão, não existem forças de
auto ajustamento, por isso se torna necessário a intervenção do Estado por meio de uma
política de gastos públicos.
Keynes utilizando de seus argumentos obteve uma forte influência na economia
dos países capitalistas.
Silva e Azevedo (2016) destaca que novas abordagens e teorias econômicas fo-
ram criadas após o período Keynesiano. Essas por sua vez foram inspiradas nas diversas
abordagens e teorias citadas anteriormente neste material. Hoje em dia é amplamente
possível observar questões eu foram tratadas nos tópicos anteriores e que são levantadas,
um exemplo disso é nível de intervenção do Estado nas economias, sem que se chegue a
alguma conclusão concreta.
LIVRO
Título: Uma breve história da economia
Autor: Niall Kishtainy
Editora: LPM editores
Sinopse: “Economia, finalmente acessível “Este livro é um tesouro
para qualquer pessoa interessada em história, grandes ideias ou
no papel que o pensamento econômico desempenhou em ambas
por mais de dois mil anos”. - Charles Wheelan, autor de Economia
nua e crua Todos os dias somos bombardeados com notícias sobre
PIB, juros, investimentos, crédito, livre mercado, intervencionismo,
capitalismo etc. Esses e outros conceitos permeiam boa parte da
vida de todos nós, mas poucas são as pessoas que entendem
o que está por trás deles e mesmo como funciona a economia.
Neste livro fascinante, muito longe de ser acadêmico e também
isento de termos técnicos, o economista e professor Niall Kishtainy
apresenta em capítulos curtos ordenados cronologicamente como
se deu o desenvolvimento da economia humana, da época das ca-
vernas aos dias de hoje; e, paralelamente, desvenda o panorama
das grandes ideias e reflexões que foram surgindo sobre a própria
economia. Partindo de Platão na Grécia antiga, ele apresenta
nomes-chave que incluem Adam Smith, David Ricardo, Alfred
Marshall, Karl Marx, John Maynard Keynes, Milton Friedman,
John Nash e muitos outros pensadores. São abordados episódios
cruciais da história, como a invenção do dinheiro, a descoberta do
Novo Mundo, a ascensão do capitalismo, as crises de 1929 e de
2008, bem como seus ensinamentos e legados. Esta magnífica
obra ilumina as ideias, as forças e os dilemas econômicos que dão
forma ao nosso universo, justamente num momento em que tais
questões parecem prementes como nunca. Uma leitura que irá
deliciar a todos que buscam entender os caminhos possíveis para
se chegar num mundo em que mais pessoas possam viver bem.”
FILME
Título: Adeus, Lênin!
Ano: 2003
Sinopse: Tendo como pano de fundo a queda do muro de Berlim,
no ano de 1989 até o período da queda da União Soviética, em
1991, o filme, que combina humor e drama, narra todas as mu-
danças pelas quais a Alemanha passou, ao longo desse momento
histórico muito particular, bem como a transição, da Alemanha
Oriental, rumo ao Capitalismo.
Plano de Estudo:
• CONCEITOS DE ECONOMIA
• PROBLEMA ECONÔMICO FUNDAMENTAL
• SETORES BÁSICOS DA ECONOMIA
• SISTEMAS ECONÔMICOS
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar a economia
• Compreender o problema econômico fundamental
• Estabelecer a importância do entendimento dos setores básicos da economia
• Diferenciar os sistemas econômicos
23
INTRODUÇÃO
Bons estudos!
● “Administração da casa”
● “Aquele que administra o lar”
● “Administração da coisa pública”
Para Nogami e Passos (2016) a economia é considerada como “uma ciência social
justamente porque tais ciências estudam a forma como a sociedade se organiza e funciona.
A partir de um determinado ponto de vista de que outras ciências sociais tais como o direito,
a sociologia, a antropologia e a psicologia também estudam o funcionamento da sociedade,
a economia por estudar comportamento humano interagindo com as organizações na
sociedade também o pode ser reconhecida como ciência social.
Nosso material tem como foco de estudo a análise das duas grandes áreas da
Teoria Econômica:
REFLITA
Suponha “se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os desejos
humanos pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria que uma quantidade
excessiva de certo bem fosse, de fato, produzida”
Fonte: Pinho et al (2017, p. 10).
São aqueles que agem sobre a economia. São pessoas de natureza física ou jurídi-
ca que, por meio de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico.
Segundo Nogami e Passos (2016) são eles:
Os bens e serviços de acordo com Nogami e Passos (2016) são tudo aquilo capaz
de atender uma necessidade humana.
Por que os bens e serviços são procurados? Porque são úteis ou seja, atendem a
necessidade humana
• Livres: aqueles cuja a quantidade é ilimitada e podem ser obtidos sem nenhum
esforço humano. Ex: Luz solar, ar, mar, etc.
• Econômicos: são escassos, tem valor de mercado e precisam de esforço huma-
no para produzi-los. Ex: carro, computador, caneta, etc.
Os bens podem ser classificados também em: bens de consumo; bens de capital;
bens finais; bens intermediários; bens privados e bens públicos.
X 0 10 15 20 30
Y 55 45 25 5 0
PONTO A B C D E
Fonte: o autor.
É formado por um conjunto de organizações que fazem com que os recursos es-
cassos sejam utilizados para satisfazer as necessidades humanas. É composto por:
a) Estoque de fatores de produção;
b) Empresas;
c) Instituições;
Para Comparato (2014) usando uma consagrada expressão de Gramsci, uma das
principais justificativas desse sistema intitulado de capitalista, que foram apresentadas
pelos seus intelectuais, sempre foi a de que, embora provocando necessariamente uma
situação de desigualdade socioeconômica, ele é insuperável em matéria de produção de
bens.
Algumas características do sistema capitalista:
SAIBA MAIS
Qual a diferença entre comunismo e socialismo?
As expressões “comunismo” e “socialismo” recebem significados nem sempre muito
precisos. Numa explicação bem resumida, daria para dizer que, segundo a teoria
marxista, o socialismo é uma etapa para se chegar ao comunismo. Este, por sua vez,
seria um sistema de organização da sociedade que substituiria o capitalismo, implicando
o desaparecimento das classes sociais e do próprio Estado. “No socialismo, a sociedade
controlaria a produção e a distribuição dos bens em sistema de igualdade e cooperação.
Esse processo culminaria no comunismo, no qual todos os trabalhadores seriam os
proprietários de seu trabalho e dos bens de produção”, diz a historiadora Cristina
Meneguello, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Mas essas duas expressões também pode assumir outros significados. “Pode-se entender
o socialismo, num sentido mais limitado, significando as correntes de pensamento que se
opõem ao comunismo por defenderem a democracia. Em contraposição, o comunismo
serviria de modelo para a construção de regimes autoritários”, afirma o historiador
Alexandre Hecker, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Assis (SP).
Os especialistas são quase unânimes em afirmar que nunca houve um país comunista de
fato. Alguns estudiosos vão mais longe e questionam até mesmo a existência de nações
socialistas. “Os países ditos comunistas, como Cuba e China, são assim chamados por
se inspirarem nas idéias marxistas. Contudo, para os críticos de esquerda, esses países
sequer poderiam ser chamados de socialistas, por terem Estados fortes, nos quais uma
burocracia ligada a um partido único exerce o poder em nome dos trabalhadores”, diz o
sociólogo Marcelo Ridenti, também da Unicamp.
Logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), formou-se na Europa, sob liderança
da União Soviética, um bloco de nações chamadas de comunistas. “Esses países
tornaram-se ditaduras, promovendo perseguições contra dissidentes. A sociedade
comunista, justa e harmônica, concebida por Marx, não foi alcançada”, afirma Cristina.
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-comunismo-e-
socialismo-existiu-algum-pais-realmente-comunista/
Aqui, encerramos mais uma unidade da nossa disciplina de economia. Neste ca-
pítulo vimos os conceitos de economia, uma ciência social justamente porque tais ciências
estudam a forma como a sociedade se organiza e funciona. objetiva atender às necessida-
des humanas.
O estudo da economia segue duas linhas básicas teóricas: microeconomia que
é o ramo da Teoria Econômica que estuda o comportamento econômico das unidades
individuais de decisão representados e a macroeconomia, sendo que esta é o ramo da
Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um todo. A partir dessas
distinções, a economia procura resolver um problema que fundamentalmente norteia toda
sua base de estudos.
Vimos que as necessidades humanas são infinitas ou ilimitadas. Os Fatores de
produção (trabalho, capital e recursos naturais) são finitos ou limitados. É por esses motivos
que a economia é conhecida também como a ciência da escassez ou das escolhas. A partir
do problema da escassez, qualquer economia procura responder as seguintes perguntas:
o que e quanto produzir? como produzir? para quem produzir? A ação dos agentes eco-
nômicos que são aqueles que agem sobre a economia, denominados como famílias (ou
unidades familiares), empresas (ou unidades produtivas) e governo. Estudamos também
sobre o setor primário: são atividades agrícolas, pecuárias e extrativas, sejam elas mine-
rais animais ou vegetais; setor secundário: são atividades industriais, onde as matérias
primas são transformadas em produtos acabados, prontos para o consumidor final; e, setor
terciário: que se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não ser tangível, concreto,
embora seja de grande importância no sistema econômico.
Por fim, apresentamos os sistemas econômicos, arranjos historicamente constituí-
dos, a partir dos quais os agentes econômicos são levados a empregar recursos e a interagir
via produção, distribuição e uso dos produtos gerados, dentro de mecanismos institucionais
de controle e de disciplina, que envolvem desde o emprego dos fatores produtivos até as
formas de atuação, as funções e os limites de cada um dos agentes.
LIVRO
• Título: Economia aplicada
• Autor: Antonio Carlos Pôrto Gonçalves
• Editora: FGV Editora
• Sinopse: O objetivo deste livro é oferecer ao leitor um conjunto de
conceitos econômicos úteis e mostrar suas interações. A economia
é uma ciência complexa, mas fundamental para a compreensão do
ambiente onde as instituições privadas e governamentais atuam e
o propósito aqui é o de facilitar esse entendimento. Os conceitos
para a mensuração da produção (PIB e PNB), o estudo da moeda
e dos mercados financeiros, as relações externas da economia,
bem como as teorias e consequências da inflação são alguns dos
tópicos abordados neste livro.
FILME/VÍDEO
• Título: Mad Max: Estrada da Fúria
• Ano: 2015
• Sinopse: Mad Max: Estrada da Fúria não venceu em seis ca-
tegorias do Oscar de 2016 só por causa de suas cenas de ação
bem feitas. A história se passa num cenário apocalíptico em que
a raça humana quase foi extinta por causa de guerras nucleares.
Água é um recurso tão raro que só os mais fortes e poderosos
têm acesso, como o vilão Immortan Joe. “Nunca, meus amigos,
fiquem viciados em água. Vocês sentirão muito a sua falta”, diz em
uma cena. Apesar de ser um filme recente, Mad Max foi um trilogia
estrelada por Mel Gibson nos anos 80.
Plano de Estudo:
• MICROECONOMIA: CONCEITOS
• ANALISE MICROECONÔMICA
• APLICAÇÕES DA ANÁLISE MICROECONÔMICA
• DEMANDA E OFERTA DE MERCADO
• TEORIA DA PRODUÇÃO
• TEORIA DE MERCADO
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar a microeconomia
• Compreender os tipos de análise microeconômica
• Estabelecer a importância da aplicação da análise microeconômica
• Conceituar e contextualizar demanda, oferta e equilíbrio de mercado
• Compreender demanda e oferta
• Conceituar e contextualizar teoria de mercado
42
INTRODUÇÃO
A partir desse momento faremos uma divisão em nosso estudo sobre economia.
Nesta e na próxima unidade deste material abordaremos os assuntos ligados à micro e
macroeconomia.
Aqui especificamente trataremos sobre a microeconomia e seus derivados. Você
verá adiante os conceitos que norteiam o estudo microeconômico e entender os tipos de
análise que circundam essa variável, bem como a aplicação de tal análise.
Vamos conceituar também demanda, oferta e equilíbrio de mercado e ver a im-
portância estabelecida entre elas e obviamente compreender o que é demanda e o que é
oferta, além de sua influência na economia.
Por fim, abordaremos as teorias de mercado.
Bons estudos!
SAIBA MAIS
O homo economicus é o homem econômico racional, ou seja, aquele indivíduo que iden-
tifica suas preferências e processa todas as informações disponíveis. Além disso, suas
escolhas são sempre consistentes e referendadas pelo uso da razão. Ainda de acordo
com a economia racional, esse homem é descrito como alguém que evita trabalho des-
necessário usando o julgamento racional. Nesse sentido, ele consegue sempre maximi-
zar sua riqueza. Finanças Comportamentais: Veja 6 truques da mente contra você Ou
seja, o homo economicus sempre analisa todos os custos de oportunidades envolvidos
na tomada de decisão. Então ele faz as escolhas mais acertadas e consequentemente
otimiza seus resultados.
Fonte: Suno Research em https://www.sunoresearch.com.br/artigos/homo-economicus/
Por demanda entende-se toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços
a determinadas quantidades. Por quantidade demandada devemos entender um ponto
específico da curva relacionando um preço a uma quantidade.
Fonte: o autor.
Da mesma maneira que foi exposto quando tratamos da demanda, a oferta depende
de vários fatores. Dentre eles, destaca-se seu próprio preço, dos demais preços, do preço
dos fatores de produção, das preferências do empresário e da tecnologia.
Para Silva e Azevedo (2017, p. 77) lei da oferta, “refere-se ao fato de que quanto
mais elevado for o preço de um bem ou serviço, maior será a disposição do empresário em
disponibilizar o seu produto para os consumidores, coeteris paribus”.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
4.4. Elasticidade
4.4.2.Elasticidade-Preço da Oferta
Para que essa teoria seja melhor entendida, antes, devemos nos ater aos conceitos
de firma e posteriormente na definição da função de produção:
== Firma, ou empresa: Na Teoria da Produção, não há interesse em definir a em-
presa do ponto de vista jurídico ou contábil. Portanto, aqui, a empresa será
apenas uma unidade técnica de produção. Em decorrência, o empresário será
o proprietário ou pessoa que administra a firma (SILVA; LUIZ, 2010).
Vasconcellos (2015, p. 143) destaca como objetivo proposto pelas firma a “maximi-
zar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem de rentabilidade sobre
os custos etc”.
== Função de produção: que é uma relação técnica entre as quantidades empre-
gadas dos fatores de produção e as quantidades produzidas do bem ou serviço,
podendo ser representada pela expressão:
Q= f (K, L) em que:
Assim, a produção deste item aumentará até certo ponto e depois cairá, isto é, a
maior quantidade de homens para trabalhar, associada à área constante de terra, permitirá
que a produção cresça até um certo ponto (máximo) e depois passe a diminuir. Como a
proporção entre os fatores fixo e variável vai se alterando, quando aumenta a produção,
essa lei também é chamada de Lei das Proporções Variáveis.
De acordo com Vasconcellos (2015, p. 127) “custos contábeis são aqueles nor-
malmente lançados na contabilidade privada, ou seja, são custos explícitos, que sempre
envolvem um dispêndio monetário”.
a) Custos Fixos: Ele independe da produção, não varia de acordo com seu volume
e é representado por fatores fixos, como aluguel, IPTU etc. - ,que são denominados, con-
tabilmente, custos indiretos.
b) Custos Variáveis: Esse custo depende da produção e varia de acordo com seu
volume. É representado por fatores variáveis – como mão-de-obra, matéria-prima etc. – e
são denominados, contabilmente, custos diretos.
Custo Total Médio: é o resultado do quociente do custo total pela quantidade total
produzida, também conhecido como custo unitário.
6.2. Monopólio
REFLITA
Não se pode negar que, no atual mundo intervencionista em que vivemos, vários mono-
pólios de fato possuem o poder de restringir a produção e praticar preços monopolísticos.
Porém, a causa desta lamentável situação está na multiplicidade de restrições governamen-
tais à livre concorrência, como regulamentações, burocracias, restrições ambientalistas e
carga tributária alta, que serve como uma barreira protecionista que defende quem já está
no mercado.
Se o governo impede concorrentes de entrarem no mercado, os consumidores perdem a
proteção oferecida pela concorrência potencial.
A empresa de utilidade pública que desfruta uma concessão exclusiva é um monopólio local.
Neste caso, a única linha de resistência dos consumidores é a elasticidade da sua demanda
— e talvez também sua capacidade de recorrer a uma produção independente. Enquanto
isso, os planejadores estatais vão intensificando os controles políticos.
Fonte: Sennholz (2013, DISPONÍVEL EM: https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1057 )
6.4. Oligopólio
É uma mercado onde existe uma oferta abundante do fator de produção (por exem-
plo, mão-de-obra não especializada), o que torna o preço desse fator constante. Os ofertan-
tes ou fornecedores, com são em grande número, não têm condições de obter preços mais
elevados por seus serviços (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E BARBIERI, 2011).
6.7. Monopsônio
6.8. Oligopsônio
SAIBA MAIS
Concentração econômica no Brasil
De acordo com o artigo 90 da Lei 12.529/2011, os atos de concentração são as fusões
de duas ou mais empresas anteriormente independentes; as aquisições de controle
ou de partes de uma ou mais empresas por outras; as incorporações de uma ou mais
empresas por outras; ou, ainda, a celebração de contrato associativo, consórcio ou joint
venture entre duas ou mais empresas. Apenas não são considerados atos de concentra-
ção, para os efeitos legais, os consórcios ou associações destinadas às licitações pro-
movidas pela administração pública direta e indireta e aos contratos delas decorrentes.
Fonte: CADE. Disponível em: < http://www.cade.gov.br/servicos/perguntas-frequentes/
perguntas-sobre-atos-de-concentracao-economica>
Neste capítulo foi possível estudar a economia a partir da divisão em dois grandes
campos. Sabe-se que a economia divide-se em micro e macroeconomia. Aqui especifica-
mente tratamos sobre a microeconomia e seus derivados.
Você pôde perceber durante tais estudos, sobre os conceitos que norteiam o estu-
do microeconômico sendo ramo ligado à Teoria Econômica que estuda como se comporta
economicamente as unidades individuais de decisão representados pelos consumidores,
pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos o que proporcionou enten-
dimento sobre os tipos de análise microeconômica e ou ainda teoria dos preços que é
a parte do estudo dedicada em explorar, como parte da ciência econômica obviamente,
como se determina o preço dos bens e serviços, ou seja, como eles são formados, também
dos fatores de produção: empresas, política econômica, entre outros que circundam essa
variável, bem como a aplicação de tal análise. Conceituar também demanda ou procura
pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consu-
midores desejam adquirir em determinado período de tempo, a oferta referindo-se ao fato
de que quanto mais elevado for o preço de um bem ou serviço, maior será a disposição do
empresário em disponibilizar o seu produto para os consumidores. Equilíbrio de mercado e
elasticidade.
Vimos a importância estabelecida entre elas sendo amplamente possível com-
preender o que é demanda e o que é oferta. Estudamos também sobre a teoria da produção
que se preocupa com o lado da oferta do mercado, ou seja, com os produtores, que vão
oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles produzidos.
Por fim abordamos as várias formas ou estruturas de mercado, percebeu-se que
elas dependem fundamentalmente de três características, tais como o número de empresas
que compõem esse mercado, tipo do produto (se as empresas fabricam produtos idênticos
ou diferenciados) e se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mer-
cado além de sua influência na economia.
LIVRO
• Título: Teoria Microeconomica - Teoria do Consumidor Teoria da
Produção
• Autor: Mario Henrique Simonsen
• Editora: Fundação Getúlio Vargas
• Sinopse: Em Teoria microeconômica, Mario Henrique Simon-
sen aborda temas essenciais para quem quer se aprofundar em
economia, como teoria do consumidor, o equilíbrio geral em uma
economia de trocas, teoria da produção e inovações e progresso
tecnológico.
FILME/VÍDEO
• Título: Freakonomics
• Ano: 2010
• Sinopse: O documentário, baseado no livro “Freakonomics – O
lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta”, de Steven Levitt
e Stephen J. Dubner, mistura economia e cultura pop para mostrar
a aplicação surpreendente de diversos temas da economia para
explicar a sociedade.
Plano de Estudo:
• MACROECONOMIA: INTRODUÇÃO
• OBJETIVOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA
• INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICAS
• AGREGADOS MACROECONÔMICOS: PRODUTO, RENDA E DESPESA
• MOEDA
• INFLAÇÃO
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar macroeconomia
• Compreender os objetivos da política macroeconômica
• Apresentar os instrumentos de política macroeconômica
• contextualizar os agregados macroeconômicos.
• Conceituar e tipificar moeda.
• Conceituar e compreender a inflação
66
INTRODUÇÃO
Bem vindos e bem vindas a nossa quarta e última unidade da disciplina de Economia.
Nesta derradeira unidade estudaremos o segundo grande campo divisionário da ciência
economia. Estou falando da macroeconomia, que conceitualmente e de forma simplificada
trata do comportamento do mercado em níveis amplos, ou seja, estudo do todo.
Dessa forma nosso primeiro objetivo aqui será o de conceituar a macroeconomia.
No decorrer do capítulo e na sua devida sequência proposta de estudos propomos a com-
preensão dos objetivos da política macroeconômica e apresentação dos instrumentos de
política macroeconômica considerados as políticas fiscais, monetárias cambiais e comer-
ciais.
No que tange os principais agregados macroeconômicos, nosso foco de estudo
estará centrado no que diz respeito ao produto, renda e despesa nacional.
Por fim abordaremos um assunto muito mais presente na vida dos indivíduos a se
julgar pelo ponto de vistas das próprias pessoas que a é a moeda e a inflação, sem dúvida
alguma um dos principais fatores para o bom fluxo de qualquer economia vigente.
Bons estudos!
UNIDADE IV Macroeconomia 67
1 MACROECONOMIA: INTRODUÇÃO
UNIDADE IV Macroeconomia 68
Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite
estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre estes.
É o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um
todo, procurando identificar e medir as variáveis que determinam o volume da produção
total, o nível de emprego e o nível geral de preços do sistema econômico, bem como a
inserção do mesmo na economia mundial.” (VICECONTI; NEVES 2013)
Estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento
de grandes agregados, tais como: renda e produto nacionais, nível geral de preços, empre-
go e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de
câmbio. (VASCONCELLOS, 2015)
SAIBA MAIS
O presidente Barack Obama assumiu a Casa Branca em 2009, durante um período
de intensa turbulência econômica. A economia estava se reerguendo lentamente de
uma crise financeira, ocasionada pela queda significativa nos preços dos imóveis, pelo
aumento vertiginoso da inadimplência no crédito imobiliário e pela falência, ou quase
falência, de diversas instituições financeiras. Ao se espalhar, a crise financeira fez res-
surgir o espectro da Grande Depressão da década de 1930, momento em que, em seu
pior ano, um em cada quatro cidadãos norte-americanos que desejavam trabalhar não
conseguia encontrar um emprego. Em 2008 e 2009, autoridades do Tesouro e do Fe-
deral Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos), bem como de outros setores do
governo, estavam tomando medidas vigorosas para evitar a recorrência daquelas mes-
mas consequências. E, embora tenham tido sucesso – o pico da taxa de desemprego
foi de 10,1% –, a queda na atividade econômica foi grave, a recuperação subsequente
dolorosamente lenta e as políticas adotadas deixaram como legado uma dívida gover-
namental ainda maior.
A história da macroeconomia não é um relato simples, mas proporciona uma valiosa
motivação para a teoria macroeconômica. Embora os princípios básicos da macroeco-
nomia não mudem de uma década para outra, o macroeconomista precisa aplicá-los
com flexibilidade e criatividade para se adequar às mudanças nas circunstâncias ao
longo do tempo.
Fonte: Mankiw (2018)
UNIDADE IV Macroeconomia 69
A macroeconomia considera o comportamento da economia como um todo – isso
desde períodos de prosperidade até os de recessão. São as flutuações do produto agre-
gado, das taxas de variação dos preços e dos níveis de emprego. Focaliza os objetivos
macroeconômicos e as variáveis que os afetam.
(ROSSETTI, 2016)
UNIDADE IV Macroeconomia 70
2 OBJETIVOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA
UNIDADE IV Macroeconomia 71
sua estabilidade promover o crescimento contínuo e sustentável, com justa distribuição de
renda. Ao contrário disso, quando se verifica um aumento contínuo e generalizado no nível
geral de preços temos uma definido muito conhecida que é a inflação.
A esse último fator, prevalece um ponto de muita atenção pois pode acarretar distor-
ções, influenciando principalmente sobre a distribuição da renda, expectativa dos agentes
econômicos, mercado de capitais e balanço de pagamento.
UNIDADE IV Macroeconomia 72
3 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICAS
3.1. Políticas Fiscal
Manejo dos orçamentos do governo. Todos os instrumentos que o governo dispõe
para arrecadar tributos e controlar despesas.
SAIBA MAIS
Política Fiscal
Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e
realizar despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a
redistribuição da renda e a alocação de recursos. A função estabilizadora consiste na
promoção do crescimento econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade
de preços. A função redistributiva visa assegurar a distribuição equitativa da renda. Por
fim, a função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços públicos,
compensando as falhas de mercado.
Os resultados da política fiscal podem ser avaliados sob diferentes ângulos, que podem
focar na mensuração da qualidade do gasto público bem como identificar os impactos
da política fiscal no bem-estar dos cidadãos. Para tanto podem ser utilizados diversos
indicadores para análise fiscal, em particular os de fluxos (resultados primário e nomi-
nal) e estoques (dívidas líquida e bruta). A saber, estes indicadores se relacionam entre
si, pois os estoques são formados por meio dos fluxos. Assim, por exemplo, o resultado
nominal apurado em certo período afeta o estoque de dívida bruta.
Resultado fiscal primário é a diferença entre as receitas primárias e as despesas pri-
márias durante um determinado período. O resultado fiscal nominal, por sua vez, é o re-
sultado primário acrescido do pagamento líquido de juros. Assim, fala-se que o Governo
obtém superávit fiscal quando as receitas excedem as despesas em dado período; por
outro lado, há déficit quando as receitas são menores do que as despesas.
No Brasil, a política fiscal é conduzida com alto grau de responsabilidade fiscal. O uso
equilibrado dos recursos públicos visa à redução gradual da dívida líquida como percen-
tual do PIB, de forma a contribuir com a estabilidade, o crescimento e o desenvolvimento
econômico do país. Mais especificamente, a política fiscal busca a criação de empregos,
o aumento dos investimentos públicos e a ampliação da rede de seguridade social, com
ênfase na redução da pobreza e da desigualdade.
Fonte: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/sobre-politica-fiscal
UNIDADE IV Macroeconomia 73
3.1. Política monetária
Controlar Variáveis:
● Moeda
● Crédito
● Taxa de Juros
Controle da oferta de moeda, que define a liquidez da economia como um todo,
atuando sobre a taxa de juros. Ou seja, refere-se a atuação do governo sobre a quantidade
de moeda e títulos públicos existentes na economia.
REFLITA
A estabilidade dos preços preserva o valor do dinheiro, mantendo o poder de com-
pra da moeda. Para alcançar esse objetivo, o BC utiliza a política monetária, política
que se refere às ações do BC que visam afetar o custo do dinheiro (taxas de juros) e a
quantidade de dinheiro (condições de liquidez) na economia. No caso do BC, o principal
instrumento de política monetária é a taxa Selic, decidida pelo Copom. Fonte: https://
www.bcb.gov.br/controleinflacao
Política cambial diz respeito a atuação do governo sobre a taxa de câmbio sob
regime de taxas fixas ou flutuantes.
UNIDADE IV Macroeconomia 74
Figura 1. Política cambial.
UNIDADE IV Macroeconomia 75
3.1. Política Rendas
UNIDADE IV Macroeconomia 76
4 AGREGADOS MACROECONÔMICOS: PRODUTO, RENDA E DESPESA
4.1. Produto
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado
ou cidade, geralmente em um ano. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respec-
tivas moedas. De acordo com o IBGE O PIB do Brasil em 2018, por exemplo, foi de R$
6,8 trilhões. No último trimestre divulgado (1º trimestre de 2019) o valor foi de R$ 1.713,6
bilhões. Veja abaixo uma tabela com os PIBs dos estados brasileiros.
SAIBA MAIS
A partir da performance do PIB, pode-se fazer várias análises, tais como:
Traçar a evolução do PIB no tempo, comparando seu desempenho ano a ano;
Fazer comparações internacionais do tamanho das economias dos diversos países;
Analisar o PIB per capita (divisão do PIB pelo número de habitantes) – que mede quanto
do PIB caberia a cada indivíduo de um país se todos recebessem partes iguais.
O PIB é, contudo, apenas um indicador síntese de uma economia. Ele ajuda a com-
preender um país, mas não expressa importantes fatores como distribuição de renda,
qualidade de vida, educação e saúde. Um país pode ter um PIB baixo, como a Islândia,
e ter um altíssimo padrão de vida. Ou, como no caso da Índia, um PIB alto e um padrão
de vida relativamente baixo.
Fonte: IBGE (Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php)
UNIDADE IV Macroeconomia 77
4.2. Renda
Vasconcellos (2015 p. 214) salienta que “a Renda Nacional é a soma dos rendi-
mentos pagos às famílias, que são proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de
seus serviços produtivos, em determinado período de tempo”.
Para Mankiw (2018 s/p) o total da produção de uma economia é igual ao total de
sua renda. Veja na figura de fluxo circular de renda.
4.3. Despesa
Para Vasconcellos (2015 p. 213) despesa nacional “é o valor das despesas dos
vários agentes na compra de bens e serviços finais”. Ou seja, todo gasto efetuado pro-
venientes dos agentes econômicos para aquisição de bens e serviços produzidos numa
sociedade.
UNIDADE IV Macroeconomia 78
5 MOEDA
É fácil imaginar os transtornos trazidos por tal mecanismo, tais como: divisibilidade
e localizar alguém que tivesse produzido o que você desejasse em excesso, como também
alguém que precisasse o que você produziu a mais que o seu consumo.
UNIDADE IV Macroeconomia 79
cheques não são considerados moeda, o seu conceito é uma ordem á vista de
transferência de depósito.
UNIDADE IV Macroeconomia 80
A demanda de moeda para fins de precaução é explicada pela necessidade de
dinheiro que as pessoas têm para cobrir despesas imprevistas em caso de emergências.
Keynes acreditava que a demanda de moeda para fins de precaução variava positivamente
com o aumento da renda.
A demanda de moeda para fins de especulação consiste na manutenção de dinhei-
ro ocioso por parte das pessoas na expectativa que as taxas de juros subam. Se as taxas
de juros estão baixas no presente e há a expectativa de que elas subam no futuro, muitas
pessoas, ao invés de comprarem um ativo financeiro que rende juros, preferirão manter sua
riqueza na forma de moeda (fenômeno denominado por Keynes de preferência pela liqui-
dez), esperando para fazerem aplicações quando a taxa de juros efetivamente aumentar.
A taxa de juros tem um papel estratégico nas decisões dos mais variados agentes
econômicos. Ao nível das empresas, as decisões dos empresários quanto à compra de
máquinas, equipamentos, aumentos ou diminuição de estoques, de matérias-primas ou
de bens finais, e de montantes de capital de giro, serão determinadas não só pelo nível
atual, mas também pelas expectativas quanto aos níveis futuros das taxas de juros. Se as
expectativas quanto à trajetória das taxas de juros se tornarem pessimistas, os empresários
deverão manter níveis baixos de estoques e mesmo de capital de giro no presente, uma
vez que o custo de manutenção desses ativos poderá ser extremamente oneroso no futuro.
O nível da taxa de juros também vai afetar as decisões de investimento em bens de capital
(máquinas, por exemplo): se as taxas estiverem elevadas, isso inviabiliza muitos projetos
de investimento, e os empresários optarão por aplicar seus recursos no mercado financeiro.
Os consumidores, por sua vez, exercerão um maior poder de compra à medida que
as taxas de juros diminuírem, e o contrário, se as taxas de juros aumentarem. Desse modo,
se as autoridades governamentais optam por uma redução do nível da demanda, a taxa de
juros tem um importante papel, pois a determinação de seu patamar acabará por influenciar
o volume de consumo, notadamente de bens de consumo duráveis, por parte das famílias.
Além de representar um aumento do custo do financiamento de bens de consumo, taxas
de juros elevadas acarretam também uma diminuição no consumo, porque as pessoas
passam a preferir investir em caderneta de poupança, e dirigem sua renda não gasta para
auferirem receitas financeiras (VASCONCELLOS; GARCIA, 2008).
A fixação da taxa de juros doméstica, por outro lado, está relacionada com a de-
manda de crédito junto aos mercados financeiros internacionais. Se, por exemplo, tudo o
mais constante, a taxa de juros no Brasil se tornar relativamente mais elevada do que a taxa
praticada nos Estados Unidos, haverá uma maior demanda de crédito externo por parte das
empresas brasileiras comparativamente à situação anterior; o contrário se observará se a
UNIDADE IV Macroeconomia 81
taxa de juros diminuir no mercado interno. O movimento de capitais financeiros internacio-
nais está, desse modo, condicionado aos diferenciais de taxas de juros entre os diversos
países.
As diferenças entre as taxas de juros nominais e as taxas de juros reais merecem
uma atenção especial, pois elas têm implicações nas decisões de investimento. As taxas de
juros nominais constituem um pagamento expresso em percentagem, mensal, trimestral,
anual etc.., que um tomador de empréstimos faz ao emprestador em troca do uso de uma
determinada quantia de dinheiro. Se não houver inflação no período, a taxa de juros nominal
será igual à taxa de juros real desse mesmo período de tempo.
UNIDADE IV Macroeconomia 82
6 INFLAÇÃO
6.1. Inflação
A inflação é definida como o aumento contínuo e generalizado dos preços dos bens
e serviços da economia. A alta de preços deve ser generalizada, ou seja, todos os produtos
da economia devem sofrer acréscimos em seus preços. Se apenas alguns dos bens e
serviços apresentam elevações de preços, enquanto outros apresentam redução, este
fenômeno pode decorrer simplesmente do mecanismo de ajuste dos respectivos mercados
em virtude de alterações da demanda ou da oferta.
A inflação é medida pelos números-índices, ou seja, fórmulas matemáticas que
informam a porcentagem de aumento nos preços dos bens e serviços num determinado
período.
UNIDADE IV Macroeconomia 83
polistas ou oligopolista;
== Aumento de preços agrícolas em função de intempéries climáticas (geadas,
temporais, etc) ou de outros fatores que reduzam a produção da agricultura;
== Elevação autônoma de preços de produtos importados que sejam matérias-
-primas importantes na produção de bens na economia (exemplo: aumento no
preço do barril de petróleo);
== Desvalorização do real da taxa de câmbio (quando a taxa de câmbio se desva-
loriza nominalmente mais do que o diferencial entre as taxa de inflação interna
e externa;
Em economias com altas taxas de inflação e que perduram por longo período de
tempo (inflação crônica), a desorganização total da economia de mercado é impedida pela
adoção da indexação das rendas e dos ativos da economia.
A indexação consiste em se corrigir as rendas recebidas pelos agentes econômicos
e o valor dos ativos de sua propriedade com base na variação de um índice de preços que
reflita a taxa de inflação no período de tempo entre os reajustes.
De modo, os salários dos trabalhadores, os aluguéis, a taxa de câmbio, o capital
emprestado pelo poupador, os títulos da dívida pública emitidos pelo governo, entre outros,
são reajustados periodicamente com base na inflação passada (VASCONCELLOS, 2015).
A indexação atenua bastante as distorções da inflação sobre o sistema econômico,
porém apresenta a desvantagem de perpetuá-la, pois os agentes econômicos sempre ten-
derão a reajustar os rendimentos pela inflação passada, impedindo que a taxa de inflação
venha a cair no futuro.
No Brasil, a partir de julho de 1994, houve a implantação do Plano Real, cuja viga
mestra foi a criação da URV (Unidade Real de Valor), uma moeda indexada que serviu como
unidade de conta no 1º Semestre de 1994 e uma valorização da taxa de câmbio, mantida
até a saída do Sr. Gustavo Franco da Presidência do Bacen, foi o único que conseguiu
romper a inércia inflacionária que caracterizava a economia brasileira nos últimos trinta
anos. A inflação no Brasil, após a implantação do Plano Real, reduziu-se paulatinamente
para um patamar de menos de 10% ao ano.
UNIDADE IV Macroeconomia 84
6.3 – Principais Consequências da Inflação sobre a economia
a) Setor de Crédito: os credores são prejudicados, há um aumento da inadimplên-
cia, como consequência aumento da taxa de juros;
b) Setor produtivo: em virtude do aumento da taxa de juros, os agentes econômicos
deixam de consumir e poupar para aplicar no mercado financeiro, diminuindo a
oferta e gerando desemprego;
c) Diminuição do poder de compra do consumidor e de investimentos por parte
das empresas;
d) Compromete o balanço de pagamentos, pois há perda da competitividade inter-
nacional gerando déficit da balança comercial.
UNIDADE IV Macroeconomia 85
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE IV Macroeconomia 86
LEITURA COMPLEMENTAR
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
• Título: Fatos e falácias da economia
• Autor: Thomas Sowell
• Editora: Record
• Sinopse: O livro ideal para quem deseja compreender questões
econômicas sem jargões e gráficos tediosos. Com argumentação
brilhante e extrema clareza, o aclamado economista Thomas
Sowell demonstra de forma objetiva como os dados econômicos e
as crenças populares são construídos de forma tendenciosa pelo
senso comum, reforçados pelos políticos e divulgados pela mídia.
Ao analisar algumas das falácias mais populares da economia,
desfaz crenças amplamente difundidas sobre problemas urbanos,
desigualdade de renda entre homens e mulheres e questões rela-
cionadas às diferenças entre raças e países em desenvolvimento,
entre outras. Fatos e falácias da economia se destina a todos que
desejem compreender questões econômicas sem jargões e gráfi-
cos tediosos, mostrando que o exame cuidadoso das falácias que
nos cercam é um exercício importante – e até divertido.
FILME/VÍDEO
• Título: A grande aposta
• Ano: 2016
• Sinopse: Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma empre-
sa de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que
coordena ao apostar que o sistema imobiliário nos Estados Unidos
irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações junto aos
investidores, já que nunca antes alguém havia apostado contra
o sistema e levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o
corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a oportunidade e
passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles é Mark Baum (Steve
Carell), o dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais
desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes
na Bolsa de Valores percebem que podem ganhar muito dinheiro
ao apostar na crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a um
guru de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.
WEB
• Portal da Inflação.
• https://portal-da-inflacao.ibre.fgv.br/.
UNIDADE IV Macroeconomia 87
REFERÊNCIAS
NOGAMI, Otto; PASSOS, Carlos Roberto Martins. Princípios de economia. 7. ed., rev. –
São Paulo, SP : Cengage Learning, 2016.
PINHO, Diva Benevides:[et al]. Manual de economia. 7 ed. – São Paulo: Saraiva, 2017.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 21. ed. – São Paulo: Atlas, 2016.
SENNHOLZ, Hans F. Monopólio bom e monopólio ruim - como são gerados e como
são mantidos. Disponível em: https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1057 Acesso em
02 de Agosto de 2019.
SILVA, César Roberto Leite da; LUIZ, Sinclayr. ECONOMIA E MERCADOS Introdução à
Economia. 19 ed. Saraiva, 2010.
UNIDADE IV Macroeconomia 88
Super Interessante. Qual a diferença entre comunismo e socialismo? Disponível em:
<https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-comunismo-e-socialis-
mo-existiu-algum-pais-realmente-comunista/> Acesso em 18 de Julho de 2019.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro: teoria e exer-
cícios, glossário com os 300 principais conceitos econômicos. 6 ed. São Paulo: Atlas,
2015.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; OLIVEIRA, Roberto Guena de; BARBIERI,
Fabio. Manual de microeconomia. 3. ed. – São Paulo : Atlas, 2011.
VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez; NEVES, Silvério das. Introdução à economia. 12 ed.
São Paulo: Saraiva, 2013.
UNIDADE IV Macroeconomia 89
CONCLUSÃO
Prezado(a) aluno(a),
Neste material, busquei trazer para você os principais conceitos a respeito desta
disciplina de economia. Contemplamos na unidade I, os princípios da economia de forma
que foram abordados os primórdios do pensamento econômico percorrendo um caminho
de correntes e pensamentos que nos levaram até os tempos atuais.
A partir de agora acreditamos que você já está preparado para seguir em frente
avaliando essa dinâmica de mercado e confrontando com a realidade da atividade empre-
sarial onde atua.
UNIDADE IV Macroeconomia 90