Apostila Da Disciplina
Apostila Da Disciplina
Apostila Da Disciplina
e Orçamentária
Professor Me. Matheus Henrique Delmonaco
2021 by Editora Edufatecie
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UNIFATECIE Unidade 1
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Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Revisão Textual
Kauê Berto
UNIDADE I....................................................................................................... 3
Gestão Financeira e Orçamentária Empresarial
UNIDADE II.................................................................................................... 22
Orçamentos de Vendas e Operações Financeiras
UNIDADE III................................................................................................... 46
Orçamento de Custos e Despesas e Estratégias de Compras e
Vendas
UNIDADE IV................................................................................................... 64
Orçamento de Capital, Fluxo de Caixa e Controle Orçamentário
UNIDADE I
Gestão Financeira e Orçamentária
Empresarial
Professor Me. Matheus Henrique Delmonaco
Plano de Estudo:
● Conceitos da gestão financeira;
●Conceito e definições de Orçamento;
● Tipos de Orçamento;
● Planejamento e Controle Financeiro.
Objetivos da Aprendizagem:
● Apresentar conceitos da gestão financeira;
● Compreender os principais conceitos e definições de Orçamento;
● Conhecer os tipos de orçamento e controle.
3
INTRODUÇÃO
Bons estudos!
● Tomada de decisão;
● Planejamento e controle;
● Fixar objetivos e metas;
● Manter a administração informada;
● Confrontar o realizado com o orçado.
Sá e Moraes (2005) destacam que, além de ser uma poderosa técnica de alocação
eficiente de recursos, o orçamento é um importantíssimo instrumento auxiliar do processo
decisório. Assim, Frezatti (2000) conclui que a elaboração do orçamento exige que os obje-
tivos definidos pela organização sejam contemplados e perseguidos. Caso isso não ocorra,
o orçamento deve ser revisado e ajustado, já que ele é o instrumento gerencial que deve
proporcionar a realização dos objetivos.
De acordo com Sá e Moraes (2005), os orçamentos empresariais não são apenas
utilizados na área financeira, mas também em diversas áreas da empresa, tais como:
● área administrativa;
● área comercial;
● área de marketing;
● área de produção;
● área de distribuição de produtos;
● área de pós-vendas.
Neste contexto, Sá e Moraes (2005) esclarecem que o orçamento deve ser realista,
ou seja, deve levar em consideração os objetivos a serem alcançados e as dificuldades de
se alcançar estes objetivos. É muito comum encontrar orçamentos que somente levam em
consideração os objetivos a serem atingidos, sem qualquer preocupação com as restrições
à sua realização.
Lunkes (2010, p. 87) esclarece que o orçamento base zero possui as seguintes
características:
● analisar o custo-benefício de todos os projetos, processos e atividades,
partindo de uma base ‘zero’;
● focalizar objetivos e metas das unidades de negócio cujos recursos são
consequências do caminho ou direção planejada;
● assegurar a correta alocação de recursos com base no foco e nos fatores
chave do negócio;
● aprovar o nível de gastos após a elaboração com base em critérios pre-
viamente definidos;
● desenvolver forma participativa, com intensa comunicação entre as
áreas; e
● fornecer subsídios decisórios inteligentes para a gestão.
Suponhamos que uma empresa tenha uma equipe capaz de saber o futuro, de
desvendar a rentabilidade do negócio a longo prazo ou mesmo descobrir quando uma linha
de produto não mais terá rendimentos satisfatórios.
De acordo com Sanvicente e Santos (2000), as diferenças entre o orçado e o
realizado sempre existirão, porém se faz necessário um aprofundamento de análise das
causas de uma variação, caso elas sejam significativas. É preciso avaliar as variações para
que se possa afirmar se uma variação é importante para, na sequência, identificar suas
causas. Se as causas forem controláveis em dado setor da empresa, os gestores tomarão
as providências cabíveis para que a variação, se desfavorável, não se repita novamente,
ou, se favorável, propicie o reaproveitamento da eficiência nela refletida ou, então, leve a
um ajuste de padrões operacionais.
Hoji (2010) destaca que planejamento é a atividade administrativa que determina
com antecedência as ações a serem realizadas dentro de cenários e condições pré-defini-
das para alcançar os objetivos fixados.
Para Rebouças (2005), o planejamento pode ser conceituado como um processo
desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de uma maneira mais eficiente e
efetiva, com a melhor concentração de esforços e recursos pela organização. O planeja-
mento pode ser classificado em três níveis: estratégico, tático e operacional.
Sherlock Holmes
SAIBA MAIS
(MELLO, 2016).
LIVRO
Título: A crise fiscal e monetária brasileira
Autor: Edmar Bacha
Editora: Elsevier
Sinopse: A partir da denúncia que levou ao impeachment da pre-
sidenta Dilma Rousseff, expressões inusitadas, como “pedaladas
fiscais”, “monetização da dívida pública através das compromis-
sadas”, “perdas com swaps cambiais”, “inchaço da carteira de
títulos do Banco Central e da conta única do Tesouro Nacional”,
passaram a dominar os noticiários, sugerindo algo muito errado
com as políticas fiscais e monetárias do país. Para tornar esse
assunto acessível aos que não são especialistas, este livro reúne
autores como Fernando Henrique Cardoso, André Lara Resende,
Armínio Fraga Neto, Edmar Bacha, Fabio Giambiagi, Pedro Sam-
paio Malan, entre outros que ocupam ou ocuparam no passado
recente os principais postos no Ministério da Fazenda e no Banco
Central.
FILME/VÍDEO
Título: Real – O Plano por trás da História
Ano: 2017
Sinopse: Arrogante e inflexível, Gustavo Franco (Emílio Orciollo
Neto) é um crítico feroz da política econômica adotada pelo go-
verno brasileiro nos últimos anos, que resultou em um cenário de
hiperinflação. Opositor de políticas de cunho social, ele é adepto de
um choque fiscal de forma que seja criada uma moeda forte, que
devolva a dignidade aos cidadãos. Quando o presidente Itamar
Franco (Bem-vindo Siqueira) nomeia Fernando Henrique Cardoso
(Norival Rizzo) como o novo Ministro da Fazenda, Gustavo é con-
vidado a integrar uma verdadeira força-tarefa, cujo objetivo é criar
um novo plano econômico.
Plano de Estudo:
● Orçamento de venda;
● Métodos de estimação de procura futura;
● Planejamento de vendas;
● Análise final do orçamento de vendas;
● Descontos, moeda, índices de preços e taxa de inflação.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os principais conceitos de Orçamento de Vendas;
● Conhecer métodos de estimação, planejamento de vendas e análise de orçamentos;
● Entender conceitos sobre: Descontos, moeda, índices
de preços e taxa de inflação.
22
INTRODUÇÃO
Bons estudos!
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1. ORÇAMENTO DE VENDAS
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Para Tung (1994), o orçamento pode ser elaborado geralmente:
● por produto;
● por território;
● por canal de distribuição;
● por método de venda;
● por organização;
● por vendedor.
Segundo Zdanowicz (2001), o orçamento de vendas é uma das etapas mais impor-
tantes da organização, pois está relacionado com a capacidade do mercado em adquirir
os produtos/serviços. O principal objetivo do orçamento de vendas é satisfazer seus os
clientes, oferecendo o preço competitivo, a quantidade correta, o produto ideal, no lugar e
no momento certo, tornando-se a base para os demais orçamentos.
Segundo Lunkes (2003) a partir do orçamento de vendas pode-se estimar a quan-
tidade de cada produto que a empresa planeja vender com o seu devido preço. Assim, se
estipula os valores da receita total que será obtida, como condições básicas da venda, seja
a vista ou a prazo, como também fomenta a elaboração dos orçamentos dos custos de
fabricação, despesas de venda, logísticos e administrativos.
Segundo Zdanowicz (2001) as principais características do orçamento de vendas são:
● a elaboração deve ser em unidades físicas e monetárias, caso seja impossível,
a estimativa das quantidades se restringirá ao aspecto monetário;
● estipular o mercado em que o produto e/ou serviço deve ser comercializado;
● definição do preço de venda unitário, na qual deverá ser praticado em cada
mercado;
● receita estimada por produto e/ou serviço, por linha de produtos ou por filial de
vendas.
UNIDADE II
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Gestão Financeira
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2. MÉTODOS DE ESTIMAÇÃO DE PROCURA FUTURA
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De acordo com Padoveze (2010), a primeira parte do orçamento de vendas é
a determinação das quantidades orçadas. Para isso, existem ao menos três grandes
métodos de previsão. O método estatístico utiliza-se de modelos estatísticos de corre-
lação e análise setorial (setores da economia) com recursos de informática, ou mesmo
métodos estatísticos diretos de análise de tendências. A análise a partir deste modelo é
possível quando dados passados permitem imaginar um comportamento futuro de ven-
das. Dentro dos métodos estatísticos, podemos elencar os seguintes critérios: correlação
com o crescimento do setor ou do PIB; análise de tendência (regressão linear, mínimos
quadrados); combinação dos dois métodos anteriores; pesquisa de mercado; correlação
ou participação no tamanho do mercado etc.
De acordo com Padoveze (2010) o método de coleta de dados das fontes de origens
das vendas, tem como base as informações advindas diretamente dos centros vendedores
para serem compilados no setor de coordenação de orçamentos. Tal método exige alguns
cuidados, uma vez que a diversidade das fontes de origens e a falta de entendimento dos
conceitos orçamentários poderão conduzir a resultados inconsistentes e até frágeis. Assim,
o orçamento de quantidades de vendas terá como base as informações vindas diretamente
dos centros vendedores, as quais serão compiladas. A utilização de sistemas minimiza o
impacto da possível fragilidade deste método. Tem sido comum que os pontos de vendas
sejam conectados computacionalmente com o sistema central pelos sistemas de colocação
de pedidos (orderentry system). Dessa maneira, já existe um banco de dados com as in-
formações dos pontos de venda, que servirão de parâmetro para avaliar as estimativas de
vendas recebidas das fontes de origem.
O método de uso final do produto se dá quando a empresa conhece o uso final do
produto pelos seus clientes. Saber o que o cliente irá vender através do conhecimento dos
programas de produção desses clientes é uma forma interessante de projetar as vendas
da empresa como fornecedora certa para esses clientes. Se a empresa conhecer o produto
final do seu cliente, poderá melhor ajudá-lo com soluções nos seus produtos e, assim,
projetar suas próprias vendas de forma eficaz (PADOVEZE, 2010).
Essa metodologia tende a ser cada vez mais utilizada pelos atuais conceitos
praticados de cadeia de fornecimento (supplychain) e terceirização (outsourcing). Esses
conceitos são decorrentes de outro conceito maior, de modo de negócios, que é o conceito
de parceria. Nesse sentido, quanto mais parceiras forem as empresas, elas podem e devem
trocar as informações de expectativas de vendas e lançamento dos programas de produção
(PADOVEZE, 2010).
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Além disso, as possibilidades abertas pela tecnologia de informação, por meio do
conceito de comércio eletrônico (e-commerce, eRM–eletronic relationship managementetc)
tendem a estreitar cada vez mais os clientes e seus fornecedores.
Como exemplos da aplicação desta metodologia, podemos citar: fornecedores de
autopeças para a indústria automobilística; fornecedores de serviços ou componentes para
empresas que trabalham com programa de produção periódico ou anual; cotas obrigatórias
de vendas de produtos franqueados ou concessionados; empresas prestadoras de serviços
com contratos periódicos ou anuais; atividade de locação de bens móveis e imóveis etc.
Padoveze (2005) esclarece que podem existir segmentos de mercado em que o fa-
tor limitante seja a produção. Assim, convém relembrar que, em alguns casos, o orçamento
de vendas é decorrente do orçamento de produção. Ou seja, o fator limitante da empresa
não é a demanda, pois o mercado estaria disposto a comprar todo o volume que a empresa
produzisse de seus produtos. Nessa hipótese, o orçamento limitante seria o de produção.
Exemplos desse tipo de empreendimento são alguns produtos naturais, como minérios,
alimentos in natura etc.
Porém vale ressaltar que esses são casos específicos e podem muito bem ser
administrados, demonstrando, de forma clara, a importância de adequar cada ferramenta
orçamentária aos diversos tipos de empreendimentos. As empresas, como as de extração
de produtos naturais, devem atender ao mercado de acordo com a demanda proposta.
Passarelli (2003) esclarece que as dificuldades encontradas no processo de ela-
boração do orçamento de vendas relacionam-se diretamente com os seguintes fatores:
falta de dados estatísticos adequados; variações do mercado; sazonalidade dos produtos;
falta de informações detalhadas sobre planos de competição; diversificação dos tipos de
produtos; reação do consumidor quanto ao produto.
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3. PLANEJAMENTO DE VENDAS
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Padoveze (2005) destaca os principais aspectos do planejamento do orçamento de
vendas:
● prever a quantidade de vendas para cada produto;
● fazer a previsão dos preços para os produtos vendidos, considerando seus
respectivos mercados, lembrando que a empresa pode atuar com preços
diferentes em razão dos diferentes mercados em que atua;
● identificar e prever os valores futuros dos impostos a serem recolhidos, permitindo
melhor programação de seus pagamentos;
● prever as receitas a serem obtidas no futuro;
● prever as quantidades de produtos necessárias para atender as demandas de
mercado;
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4. ANÁLISE DO ORÇAMENTO DE VENDAS
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Do mesmo modo, é normal que a empresa já tenha um conjunto de conhecimentos
sobre o comportamento de seus produtos nos mercados em que ela atua (excetuando-se,
eventualmente, produtos totalmente inéditos que serão lançados no mercado no período
orçamentado). Assim, há possibilidades de um acerto razoável das quantidades que podem
ser vendidas e, consequentemente, de iniciar-se o processo de orçamento das vendas e,
em seguida, a conclusão do processo orçamentário. Em resumo, a melhor competência
empresarial deverá ser alocada na previsão de vendas.
Segundo Sanvicente e Santos (2013) ao analisar o planejamento orçamentário,
deve-se entender que os dados contidos nos orçamentos não passam de estimativas, es-
tando assim sujeitos a erros maiores ou menores, segundo a sofisticação do processo de
estimação, e a própria incerteza inerente ao ramo de operações da empresa.
Neste contexto, Padoveze (2010, p. 70) apresenta os principais aspectos que
influenciam diferentemente as empresas. Portanto, cada empresa deve enfatizar o que é
interessante para a organização, durante a realização da análise de resultados do orça-
mento de venda.
● Identificação dos produtos a serem vendidos.
● Determinação do critério de entendimento do que é produto para fins do orça-
mento de vendas (por versão especificada, por modelo, por linha de produto
etc.).
● Identificação dos mercados dos produtos (mercado interno, regiões, filiais, mer-
cado externo, clientes-chave etc.).
● Determinação das quantidades a serem orçadas.
● Determinação dos preços para cada produto e para cada mercado.
● Determinação dos preços à vista e os preços a prazo.
● Incorporação da eventual mudança da política de crédito.
● Determinação das quantidades de vendas à vista e a prazo.
● Determinação dos aumentos previstos nas listas de preços, segundo as premis-
sas orçamentárias.
● Determinação das projeções das taxas das moedas estrangeiras para vendas
ao mercado externo.
● Incorporação das sazonalidades mensais conhecidas e/ou estimadas.
● Inclusão das expectativas de vendas de acessórios, opcionais, produtos com-
plementares, por produto.
● Identificação dos impostos sobre vendas para cada produto e mercado.
● Identificação dos créditos fiscais para cada produto e mercado.
● Projeção de outras receitas acessórias, como variações cambiais após a venda,
recuperações de despesas etc.
● Projeção de inadimplências etc.
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5. DESCONTOS, MOEDA, ÍNDICES DE PREÇOS E TAXA DE INFLAÇÃO
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O valor descontado de um título nada mais é que o valor atual na data do desconto,
podendo ser determinado pela diferença entre o valor nominal e o desconto, ou seja:
Vr = V n - D
Onde:
Vr : Valor descontado racional (ou valor atual)
Vn : Valor nominal (ou valor de resgate, ou montante)
D : Desconto racional
Para Assaf Neto (2012) as operações de desconto podem ser realizadas tanto sob
o regime de juros simples como no de juros compostos. O uso do desconto simples é am-
plamente adotado em operações de curto prazo, restringindo-se o desconto composto para
as operações de longo prazo. No regime de capitalização simples e no composto podem
ser identificados dois tipos de desconto: o desconto racional, conhecido como desconto
“por dentro” e o desconto bancário/comercial, também conhecido como desconto “por fora”.
● Desconto comercial: é calculado sobre o valor nominal do título.
● Desconto racional: é calculado sobre o valor atual do título.
O desconto racional tem pouca utilização no cálculo dos produtos do mercado finan-
ceiro. De acordo com Assaf Neto e Lima (2017), esse desconto representa rigorosamente
o conceito de juros, sendo mensurado racionalmente com base no capital efetivamente
empenhado em uma operação. O valor do desconto racional pode ser obtido a partir de
determinado valor nominal (Vn), a uma taxa simples de juros (i) e a determinado prazo de
antecipação (n).
UNIDADE II
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(1) Desconto racional simples
Já o valor descontado racional pode ser obtido pela seguinte expressão de cálculo:
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Db = V n × i × n (1) Desconto comercial simples
Db = Vn ×[1-(1-i)n] (2) Desconto comercial composto
Exemplo:
Maria deseja comprar uma televisão que custa R$ 1.000,00 a serem pagos daqui
a um mês. A loja oferece um desconto a ela de 5% para pagamento à vista. Ela sabe que
pode realizar um empréstimo no Banco X a uma taxa de juros de 6% ao mês. Sabendo que
Maria não tem os recursos financeiros necessários agora, mas terá recursos após um mês
para pagar pela televisão, qual é a sua melhor opção?
Primeiro, se faz necessário entender que a taxa oferecida pela loja é um desconto
comercial, enquanto a taxa oferecida pelo Banco X é de juros efetivo, similar a taxa de
desconto comercial. Sendo assim a taxa de juros cobrada pelo Banco X. Além disso, a taxa
de juros cobrada pelo banco pode ser vista como uma taxa de desconto, pois o valor que
Maria receberá é o valor a ser pago pelo empréstimo na data futura, descontado pela taxa
de juros cobrada pelo banco.
Assim, se faz necessário converter uma das duas taxas, na qual dessa maneira o
desconto financeiro é mais razoável, uma vez que a taxa de desconto financeiro é justa-
mente a taxa de juros da operação, para isso adota-se a taxa de desconto financeiro como
base para os cálculos.
A loja dá um desconto comercial de 5%, assim o valor do desconto oferecido pela
loja é de:
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Db = Vn × i × n
Db = 1.000,00 ×0,05 ×1
Db= R$ 50,00
Vr = V n - D
Vr = 1.000,00-50,00
Vr = R$ 950,00
Agora que se sabe o valor da televisão realizando-se uma compra à vista, assim
como o valor a prazo, é possível encontrar a taxa de desconto financeiro cobrada pela loja.
FV = PV (1+i)n
i= (FV/PV)1/n - 1
i= (1.000/950)1/1 - 1
i = 5,26%
FV =PV (1+i)n
FV =950,00 (1+0,06)1
FV=1.007,00
A quantia a ser paga no banco daqui a um mês é maior do que a quantia a ser paga
na loja. Assim, sabe-se que a melhor opção para Maria é comprar a prazo na loja.
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Nota-se que em vários momentos do dia a dia, podemos encontrar as taxas dispos-
tas de diferentes maneiras: como taxa de juros, taxa de desconto comercial e bancária. A
taxa comercial, apesar de ser bastante utilizada no comércio e pelo público em geral, não
é adequada para estabelecer comparações entre valores.
Índice Conceito
Mensura a mudança de preços da cesta de consumo de famí-
Índice Nacional de
lias habitantes em regiões urbanas de abrangência do SNIPC.
Preços ao Consumi-
Compreende a amostra em famílias de rendimento entre 01 a
dor Amplo (IPCA)
40 salários mínimos, em indeterminadas fontes de rendimentos.
Índice de Preços ao Mensura na cidade de São Paulo o nível de uma cesta de bens
Consumidor – FIPE e serviços das famílias do município com rendimento entre 01 a
(IPC) 10 salários mínimos.
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Vamos aprender a interpretar a inflação através de um índice de preços? Abaixo
podemos ver uma hipótese do ano X do mês de janeiro a junho, dos valores do IGP-DI.
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Flávio comprou um carro no valor de R$35.000,00 no ano de 2014, mas decidiu
vender o mesmo no ano de 2018 por R$38.000,00. Neste período em que a inflação foi
de 15%. A princípio você pode pensar que Flávio pode obter um lucro de R$3.000,00
(R$38.000,00 – R$35.000,00), mas não, o valor obtido pela venda será apenas o valor
nominal, dado a evolução de preços.
Para que Flávio não tenha prejuízo na venda do seu carro, o mesmo deve vender
por um preço 15% maior que seu valor de compra em 2014. Ou seja, o valor deve ser de
R$35.000,00 * (1 + 0,15) = R$ 40.250,00. A partir do valor de R$40.250,00 que Flávio terá
o devido lucro na venda do automóvel.
Mas como podemos conhecer a evolução real dos preços diante de uma infla-
ção? A evolução real dos preços se dá através das indexações (inflacionamento) ou das
desindexações (deflacionamento) dos valores nominais. Em resumo, o inflacionamento
é a correção dos valores nominais em uma determinada data com a moeda escolhida
representando o seu valor de poder de compra em um período posterior. Diferentemente,
a desindexação transforma os valores nominais da moeda escolhida do mesmo poder de
compra em um período anterior.
Dessa forma, vamos aprender a calcular o ganho nominal da compra e venda do
carro do Flávio.
Podemos dizer então que o carro vendido por Flávio, foi vendido por 1,857 vezes
o seu valor de compra. Além disso, precisamos conhecer também o resultado real da ope-
ração, em que são expressos os valores monetários da moeda no poder de compra de
determinado período. Para indexar os valores da venda em um dado momento, temos a
seguinte equação:
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Esse valor representa uma evolução real negativa de 5,59%, esse valor é obtido
precisamente da condução dos juros compostos. Dessa forma, podemos afirmar que é
equivocada a ideia de subtrair a taxa nominal encontrada de 8,57% ao percentual especí-
fico da inflação de 15%.
Agora que aprendemos a indexar os valores, vamos aprender a desindexar os
valores, através da seguinte equação:
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Podemos dizer que o incremento do valor do ativo no quadrimestre foi de 8,98%
(R$5.449,31/ R$5.000,00 – 1), isto corresponde a capitalização composta das taxas men-
sais expostas.
Inflação do quadrimestre: [(1,021)*(1,018)*(1,026)*(1,022)] – 1 = 8,98%
Além disso, podemos adicionar também os juros reais do financiamento, que mos-
tram as perdas de uma venda realizada a prazo. Se adicionarmos ao nosso exemplo uma
taxa de desconto bancário de 2% para todo o período, o custo da venda a prazo será de:
R$ 60.000,00 x 2% = R$ 1.200,00
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SAIBA MAIS
Nas finanças comumente é utilizado simbologia dos períodos das taxas, facilitando as-
sim o entendimento.
● a.d.: ao dia
● a.m.: ao mês
● a.b.: ao bimestre
● a.t.: ao trimestre
● a.q.: ao quadrimestre
● a.s.: ao semestre
● a.a.: ao ano
REFLITA
(REIS, 2018).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Empresarial
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Escassez: uma nova forma de pensar a falta de recursos
na vida das pessoas e nas organizações
Autor: Sendhil Mullainathan; Eldar Shafir
Editora: Best Business
Sinopse: Quando as privações são prolongadas, a escassez toma
conta da mente. Diversos estudos apontam que ter dívidas deixa
as pessoas menos concentradas e dificulta a tomada de decisões
importantes para a carreira. As capacidades cognitivas se abalam
e com isso oportunidades podem passar despercebidas. Sendhil e
Eldar apontam semelhanças entre os diversos tipos de escassez.
Acreditam, por exemplo, que um orçamento apertado é comparável
a outros fenômenos de escassez, como a falta de tempo provocada
por uma agenda repleta de reuniões ou situações de fome. Quando
pensamos sobre este tema, os problemas da vida moderna vêm à
tona, e este livro nos mostra como as pessoas e as organizações
ao redor do mundo podem lidar com a falta de recursos. Sendhil
Mullainathan é professor de Economia na Universidade Harvard e
realiza pesquisas sobre economia comportamental e economia do
desenvolvimento. É considerado um dos 100 maiores pensadores
da atualidade. Eldar Shafir é professor de Psicologia na Universi-
dade de Princeton e sua área de pesquisa inclui ciência cognitiva,
tomadas de decisões e avaliações da economia comportamental.
FILME/VÍDEO
Título: Trabalho Interno (Inside Job)
Ano: 2010
Sinopse: A crise financeira mundial que aconteceu em 2008,
causou a perda de milhões de empregos e casas e mergulhou
os Estados Unidos em uma profunda recessão econômica. Matt
Damon narra um documentário que fornece uma análise detalhada
dos elementos que levaram ao colapso e identifica peças-chave
do mundo financeiro e político. O diretor Charles Ferguson realiza
uma gama de entrevistas e traça a história dos Estados Unidos
para a China para a Islândia e para outros mercados financeiros
mundiais.
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e Operações
Empresarial
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UNIDADE III
Orçamento de Custos e Despesas e
Estratégias de Compras e Vendas
Professor Me. Matheus Henrique Delmonaco
Plano de Estudo:
● Orçamento da produção;
● Orçamento de matéria prima;
● Orçamento de mão de obra;
● Orçamento de despesas;
● Estratégias de Compras e Vendas.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os principais conceitos do Orçamento de Custos de Produção;
● Conhecer tipos de orçamentos que envolvem os custos de produção;
● Entender o orçamento de despesas;
● Observar estratégias de Compras e Vendas.
46
INTRODUÇÃO
Bons estudos!
Com esses dados, mais os dados das atuais quantidades em estoque de produtos
acabados, conclui-se o orçamento de produção.
De acordo com Padoveze (2010), a base do controle orçamentário é o confronto
dos dados orçados contra os dados reais obtidos pelo sistema de informação contábil.
As variações ocorridas entre os dados reais e os dados orçados permitirão uma série de
análises, identificando se as variações ocorridas foram decorrentes de plano, preços, quan-
tidades, eficiência etc.
Padoveze (2010) destaca que os objetivos principais do controle orçamentário são:
● identificar e analisar as variações ocorridas;
● corrigir erros detectados;
● ajustar o plano orçamentário, se for o caso, para garantir o processo de otimiza-
ção do resultado e da eficácia empresarial.
Por sua vez, os materiais indiretos são aqueles necessários para o processo fabril
e o processo comercial, bem como para atender aos departamentos de apoio, incluindo os
da área administrativa. Compreendem:
● Materiais auxiliares, necessários aos processos produtivos e comerciais, mas que
não se incorporam aos produtos finais e são consumidos durante os processos;
● Materiais para manutenção dos equipamentos e instalações;
● Materiais de expediente, necessários aos processos administrativos.
Você sabia que a área de gestão da qualidade é tão grande que existe um curso voltado
apenas para o assunto? O curso de Gestão da Qualidade é de formação tecnólogo, com
duração de dois anos. O profissional que escolher esta área terá como campo de atua-
ção empresas, principalmente do ramo de petroquímica, alimentícia e automobilística,
com o objetivo de implantar e manter um Sistema de Gestão da Qualidade. Há também
emprego em empresas de pequeno e médio portes, no geral, para manter a qualidade
dos serviços já prestados, além de participar da implantação de padrões e normas acei-
tos internacionalmente. Outro possível ramo de atuação é em auditorias, para auxiliar a
empresa em seus processos de trabalho.
Existem instituições nacionais, como o SEBRAE, que disponibilizam cursos de Gestão
da Qualidade ou de ferramentas específicas para que funcionários, empresários e ge-
rentes possam implementar a qualidade em seus negócios.
Vamos olhar a visão das estratégias de compras? Neste caso vamos estudar dois
tipos de estruturas: compra e venda à vista, e compra e venda à prazo. As estratégias de
compras possuem importância pois, juntamente com a inflação, é importante preocupar-se
com as expectativas que acontecem na obtenção de ganhos especulativos nos estoques.
Ao nosso exemplo de compra e venda a vista, Maria vendeu um patinete por R$
1.940,00, porém o custo da compra tem o valor de R$ 1.100,00 e a compra e venda do
patinete ocorrem a vista.
Porém, os impostos da venda totalizam em 15% sob o valor calculado da negocia-
ção e serão pagos após 30 dias da venda. Podemos afirmar que o valor da mercadoria será
considerado a partir do momento que transformado em dinheiro, ou seja, os impostos são
desembolsados logo após o mês de venda. Caso a compra tenha ocorrido no período 0 e
a venda no mês 4, ou seja, uma venda do patinete para recebimento em 120 dias, em um
curso de 4% ao mês, podemos dizer que temos:
R$ 11.500,00-15% = R$ 9775,00
REFLITA
LIVRO
Título: O líder Humano
Autor: Fábio Augusto Vieira
Editora: Atlas Editora
Sinopse: Este livro atende à necessidade do mercado, que é exa-
tamente a falta de líderes capazes de inspirar pessoas e aumentar
a produtividade das suas carreiras e empresas. O texto traz uma
conversa franca e descontraída, numa linguagem que o profissio-
nal entenderá facilmente, sobre a crise de liderança e como se
tornar um líder humanizado. O autor conta suas próprias experiên-
cias durante a carreira, com orientações sobre comportamentos e
posturas da gestão do líder, para que este obtenha sucesso, uma
equipe motivada e, principalmente, o poder de inspirar carreiras
altamente produtivas.De leitura fácil e com muitos exemplos práti-
cos, esta obra é aplicada em todas as áreas e carreiras, tanto para
líderes quanto aos que aspiram esta posição, já que seu enfoque
se concentra no desempenho, produtividade e humanização dos
relacionamentos e estruturas, visando a produtividade e bem-estar
das empresas e pessoas. Certamente o leitor terá ótimos resul-
tados através da sua leitura e muito sucesso em sua nova visão
do que é uma liderança eficaz e humana.Obra recomendada para
profissionais das áreas de Gestão e Recursos Humanos, além dos
próprios gestores, gerentes e diretores. Leitura complementar para
as disciplinas de Psicologia Aplicada à Administração, Gestão de
Processos Organizacionais, Gestão de Pessoas, Gestão Estraté-
gica em Relações Humanas dos cursos de Administração, Gestão
de Recursos Humanos e Psicologia.
FILME/VÍDEO
Título: O Jogo da Imitação
Ano: 2015
Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo britâ-
nico monta uma equipe que tem por objetivo quebrar o Enigma,
o famoso código que os alemães usam para enviar mensagens
aos submarinos. Um de seus integrantes é Alan Turing (Benedict
Cumberbatch), um matemático de 27 anos, estritamente lógico e
focado no trabalho, que tem problemas de relacionamento com
praticamente todos à sua volta. Não demora muito para que Turing,
apesar de sua intransigência, lidere a equipe. Seu grande projeto é
construir uma máquina que permita analisar todas as possibilida-
des de codificação do Enigma em apenas 18 horas, de forma que
os ingleses conheçam as ordens enviadas antes que elas sejam
executadas. Entretanto, para que o projeto dê certo, Turing terá
que aprender a trabalhar em equipe e tem em Joan Clarke (Keira
Knightley) sua grande incentivadora.
Plano de Estudo:
● Orçamento de Capital;
● Orçamento de Caixa e Fluxo de Caixa;
● Planejamento de caixa;
● Planejamento e Controle do orçamento.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os conceitos de Orçamento de Capital;
● Entender o Orçamento e Fluxo de Caixa;
● Estudar sobre o planejamento e controle orçamentário.
64
INTRODUÇÃO
Bons estudos!
Postecipados
Período de Ocorrência Antecipados
Diferidos
Periódicos
Periodicidade
Não Periódicos
Limitados
Duração Indeterminados
Indefinidos
Constantes
Valores
Variáveis
Isto posto, os fluxos de caixa possuem termos simbolizados pelo PMT (pagamen-
tos) e as demais simbologias como PV (valor presente), FV (valor futuro), n (período) e i
(taxa de juros). Vamos compreender o valor presente e o valor futuro?
PV = PV1 + PV2+...+PVn
Vamos a um exemplo?
Evandro comprou uma geladeira em 5 pagamentos iguais e consecutivos de R$
500,00. Em uma taxa de juros de 1,2% a.m. Calcule o preço do valor presente.
● Primeiro passo: vamos separar os valores expostos na questão
PMT= R$ 500,00
i = 1,2%
n=5
PV= ?
Segundo passo: adicione os valores a fórmula e realize o cálculo.
Vamos praticar? Maria Helena deseja saber o valor poupado durante 13 meses
caso realize uma sequência de 13 depósitos no valor de R$620,00 cada. Sendo que a
caderneta de poupança possui uma remuneração a taxa de juros de 0,80% a.m. Qual será
o valor futuro poupado por Maria Helena?
● Primeiro passo: vamos separar os valores expostos na questão
PMT= R$ 620,00
i = 0,80%
n = 13
FV= ?
● Segundo passo: adicione os valores a fórmula e realize o cálculo.
Isto indica que o valor da prestação para cada unidade da moeda de valor gera 5
prestações de R$ 0,224154. Isto posto, o financiamento de Camila de R$12.650,00 define
as prestações de R$ 2.835,55 mensais, sucessivas e iguais. Mas, como podemos fazer
para calcular o coeficiente de financiamento?
Podemos obter o valor do coeficiente através da seguinte expressão:
Vamos exemplificar? Temos uma dívida a ser paga em 5 prestações mensais, su-
cessivas e iguais e uma taxa de juros de 2,7%. Qual será o coeficiente de financiamento?
Ao adicionarmos os valores na fórmula, temos:
Assim, podemos concluir que cada unidade de capital financiada possui um paga-
mento de 5 prestações mensais de R$ 0,216488. Ao tomar um valor de financiamento de
R$1.500,00, tem-se um valor mensal de 5 prestações de R$324,73 cada.
Conforme Assaf Neto (2003), outras despesas fora a taxa de juros podem ser in-
seridas na operação, como por exemplo o IOF, taxa de abertura de crédito e encargos do
valor residual de um contrato de arrendamento mercantil.
O termo “caixa” representa os ativos que têm como principal característica a liquidez
imediata, ou seja, são valores em moeda, mantidos na tesouraria da empresa ou deposi-
tados em contas-corrente bancárias de liquidez imediata e, em sua maior parte, livres para
serem usados a qualquer momento.
Segundo Sá e Moraes (2005), a gestão de caixa é a atividade da administração
financeira que operacionaliza o gerenciamento dos recursos financeiros, integrados às
demais atividades da empresa. É a atividade de tesouraria mais comum da empresa, que
acompanha os reflexos das demais políticas de vendas, crédito, compras, pagamentos
e investimentos. Consequentemente, controla a sobra (superávit) ou a falta (déficit) e a
demanda de recursos. O gestor do caixa participa das definições dessas políticas, orientan-
do-as para que não ofereçam problemas de liquidez para a empresa.
Neste contexto, Padoveze (2010) esclarece que as empresas, com o intuito de
administrar eficientemente o caixa, seguem algumas táticas. Dependendo do momento em
que a economia, como um todo, sinalizar, pode-se valer de determinadas estratégias e
políticas para obtenção de vantagens financeiras, entre as quais podemos destacar:
● Aproveitar os descontos favoráveis junto aos credores;
● Promover ações que acelerem o giro dos estoques;
● Acelerar o recebimento de valores;
● Reduzir os prazos administrativos por meio de processos de melhoria;
● Obter vantagens pela reciprocidade bancária.
Essa etapa acontece após a execução das transações dos eventos econômicos
previstos no plano orçamentário. Não se concebe um plano orçamentário sem o pos-
terior acompanhamento dos acontecimentos reais versus os planejados e a análise de
suas variações.
Segundo Padoveze (2010), a base do controle orçamentário é o confronto dos dados
orçados contra os dados reais obtidos pelo sistema de informação contábil. As variações ocorri-
das entre os dados reais e os dados orçados permitirão uma série de análises, identificando se
as variações ocorridas foram decorrentes de plano, preços, quantidades, eficiência etc.
De acordo com Padoveze (2010), os objetivos principais do controle orçamentário são:
● Identificar e analisar as variações ocorridas;
● Corrigir erros detectados;
● Ajustar o plano orçamentário, se for o caso, para garantir o processo de otimiza-
ção do resultado e da eficácia empresarial.
De acordo com Sanvicente e Santos (2008), as diferenças entre o orçado e o
realizado sempre existirão, porém se faz necessário um aprofundamento de análise das
causas de uma variação, caso elas sejam significativas. É preciso avaliar as variações
para que se possa afirmar se uma variação é importante para, na sequência, identificar
suas causas. Se as causas forem controláveis em dado setor da empresa, os gestores
tomarão as providências cabíveis para que a variação, se desfavorável, não se repita, ou,
se favorável, propicie o reaproveitamento da eficiência nela refletida ou, então, leve a um
ajuste de padrões operacionais.
Fonte: Padoveze (2007, p. 29).
SAIBA MAIS
Conheça bem a empresa, o primeiro passo para garantir o controle de produção é co-
nhecer muito bem a sua empresa e os produtos que você tem para oferecer ao seu
cliente.
Elabore um roteiro Depois de conhecer a fundo a empresa e os processos que envol-
vem a fabricação dos produtos, o gestor pode investir na elaboração de um roteiro de
produção e planejamento.
Controle seu estoque uma vez que ter um bom controle de acervo ajuda muito a não
cometer erros que podem gerar sérios prejuízos.
Monitore os resultados é primordial para um bom planejamento e controle de produ-
ção industrial. É imprescindível que o gestor faça um acompanhamento constante para
avaliar se tudo está indo como o previsto ou se é necessário realinhar as estratégias
adotadas.
Serviço em logística é aquilo que agrega valor ao produto, porém, somente agrega valor
se o produto estiver disponível ao usuário na hora e lugar onde é demandado. Essa re-
lação “utilidade de tempo e lugar” que faz com que o cliente perceba o nível de serviço
ofertado, porém, quanto mais serviços são ofertados ao consumidor, maiores serão os
custos, então encontrar o equilíbrio é o grande desafio
LIVRO
Título: Planejamento, Programação e Controle da Produção
Autor: Irineu G. N. Gianesi, Mauro Caon e Henrique Luiz Corrêa
Editora: Atlas
Sinopse: Os sistemas integrados de gestão do empreendimento
MRP II/ERP são hoje os mais largamente utilizados pelas em-
presas ao redor do mundo para o suporte integrado à tomada de
decisão. A adoção de aplicativos de software que se utilizam da
lógica MRP II/ERP, como o SAP, o BAAN4, o ORACLE ou várias
dezenas de outros comercialmente disponíveis, está hoje no topo
da lista de prioridades de grande parte dos gestores dos processos
empresariais modernos. Entretanto, se a compra de um aplicativo
de software robusto é condição necessária para o sucesso no uso
do MRP II/ERP, está longe de ser condição suficiente. Antes de
tudo, as empresas devem compreender perfeitamente os seus
conceitos para uma implantação de sucesso. Este livro traz de for-
ma simples e clara os conceitos essenciais para que os gestores
gerenciem e participem de processos de implantação e gestão de
sistemas MRP II/ERP.
FILME/VÍDEO
Título: Apollo 13
Ano: 1995
Sinopse: O filme que narra a história verídica da missão Apollo 13,
da NASA, traz, segundo Dario Rais Lopes, professor da Escola de
Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie e assessor
especial do Grupo Ecorodovias, a essência da engenharia, com
aplicação dos conceitos da física, o trabalho em equipe, a criativi-
dade a construção do novo e a sua reconstrução em circunstâncias
emergenciais. “Foi o filme que mais me tocou como engenheiro. A
cena da construção do filtro de ar adaptado do módulo de coman-
do para o módulo lunar, feito pelos engenheiros na NASA, mas
só com os materiais que havia na nave, para que os astronautas
pudessem reproduzir, é um dos exemplos mais bonitos da prática
da engenharia”. A habilidade inovar, adaptar, trabalhar sob pressão
são habilidades essenciais para o programador de produção.
ASSAF NETO, Alexandre. Matemática Financeira e Suas Aplicações. São Paulo: Atlas,
2003
BRIGHAM, E. F. et al. Administração financeira: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2001.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial, Teoria e Prática. São Paulo: Atlas,
1998.
HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2001.
HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária. 11. ed. São Paulo: atlas, 2014.
HORNGREN, C. T.; SUDEN, Gary L.; STRAT TON, William O. Introduction to Management
Accounting. 10. ed. UpperSaddle River, NJ: Pretince-Hall, 1996.
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de Recursos como instrumento para tomada de decisões na gestão do capital de giro de
uma empresa. São Paulo: UNIFECAP, 2002. Dissertação (mestrado) – Centro universitá-
rio Álvares Penteado da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – Mestrado em
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VERAS, Lília Ladeira. Matemática Financeira. São Paulo: Atlas. 6ª Edição. Language:
Portuguese, 2012.
90
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