PFC Belso Langa 2016

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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Belso Bento Langa

Projecto Final do Curso

Licenciatura em Engenharia Informática e de Telecomunicação

Supervisor:

Profª Dr.ª Engenheira Ycel Frias Cabrera

Departamento de Tecnologias de Informação e Comunicação

Junho, 2016
INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Belso Bento Langa

Projecto Final do Curso

Licenciatura em Engenharia Informática e de Telecomunicações

Supervisor:

Profª Dr.ª Engenheira Ycel Frias Cabrera

Departamento de Tecnologias de Informação e Comunicação

Junho, 2016
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em
"[Insera o Título do projecto final do curso]"
Maputo
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

ÍNDICE

AGRADECIMENTOS......................................................................................................... IV
DIDICATÓRIA ...................................................................................................................... V
DECLARAÇÃO DE HONRA............................................................................................. VI
ÍNDICE DE TABELAS ...................................................................................................... VII
ÍNDICE DE FIGURAS ..................................................................................................... VIII
LISTA DE ABREVIATURAS .............................................................................................. X
RESUMO ............................................................................................................................. XII
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................... 1
1.1. Justificação do tema.................................................................................................... 1
1.2. Desenho teórico .......................................................................................................... 2
1.2.1. Problemática ....................................................................................................... 2
1.2.2. Problema ............................................................................................................. 3
1.2.3. Objecto ............................................................................................................... 3
1.2.4. Objectivo geral ................................................................................................... 3
1.2.5. Objectivos específicos ........................................................................................ 3
1.2.6. Perguntas de investigação................................................................................... 3
1.2.7. Variáveis de pequisa relativos ao problema ....................................................... 4
1.3. Metodologia ................................................................................................................ 4
1.3.1. Abordagem de investigação................................................................................ 4
1.4. Hipótese ...................................................................................................................... 4
1.5. Métodos ...................................................................................................................... 4
1.6. Tarefas da investigação .............................................................................................. 5
1.7. Estrutura do relatório em função do objecto de investigação. .................................... 5
2. CAPÍTULO 2 - MARCO TEÓRICO-CONCEITUAL DA INVESTIGAÇÃO ......... 7
2.1. Introdução ................................................................................................................... 7
2.2. Antecedentes do problema e do objecto de investigação ........................................... 7
2.3. Evolução dos Sistemas de CFTV ............................................................................... 8
2.4. Conceitos básicos teóricos da investigação .............................................................. 10
2.4.1. Camara de vídeo IP........................................................................................... 10
2.4.2. Meios de transmissão de sinais......................................................................... 25
3. CAPÍTULO 3 - MARCO CONTEXTUAL DA INVESTIGAÇÃO .......................... 36
3.1. Introdução ................................................................................................................. 36

I
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

3.2. Descrição da Cidade de Maputo ............................................................................... 36


3.2.1. Descrição da Av. 25 de Setembro. ................................................................... 36
3.2.2. Descrição da situação actual da segurança na Av. 25 de Setembro ................. 37
3.3. Fornecedor de serviços de telecomunicações ........................................................... 39
4. CAPITULO 4 – METODOLOGIA DE RESOLUÇÃO DO PROBLEMA E
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS ............................................................................. 40
4.1. Elementos constituintes do projecto ......................................................................... 40
4.2. Princípio de funcionamento do sistema .................................................................... 41
4.3. Características técnicas do sistema ........................................................................... 41
4.3.1. Manutenção ...................................................................................................... 42
4.4. Componentes de hardware do sistema...................................................................... 42
4.4.1. Meio de transmissão ......................................................................................... 42
4.4.2. Conversão do sinal ........................................................................................... 43
4.5. Alimentação das câmaras IP ..................................................................................... 44
4.6. Camaras IP ................................................................................................................ 45
4.6.1. Especificações técnicas da câmara Autodome 7000 PTZ ................................ 46
4.7. Switch ....................................................................................................................... 46
4.8. NVR (Network Vídeo Recorder) .............................................................................. 47
4.9. Postes de suporte das câmaras. ................................................................................. 47
4.10. Bastidores para equipamento de telecomunicações.................................................. 48
4.11. Locais de instalação das câmaras. ............................................................................ 49
4.12. Central de monitoramento ........................................................................................ 52
4.13. Distância de separação entre as câmaras .................................................................. 52
4.14. Software usado para o dimensionamento e estimação dos parâmetros do sistema. . 53
4.14.1. IP Video System Desingn Tool ........................................................................ 53
4.15. Passos de utilização do software IP Video System Design Tool ............................. 54
4.15.1. Configuração do simulador .............................................................................. 54
4.16. Dimensionamento da rede ........................................................................................ 61
4.16.1. Topologia lógica da rede .................................................................................. 61
4.16.2. Topologia Física da rede................................................................................... 61
4.16.3. Esquema geral da rede. ..................................................................................... 62
4.17. Cálculo teórico da largura de banda e do espaço de armazenamento ...................... 63
4.17.1. Largura de banda (Bw) ..................................................................................... 63
4.18. Dimensionamento do sistema através do software IP Video System Design Tool. . 67
II
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

4.18.1. Procedimentos seguidos no desenho ................................................................ 68


4.18.2. Comparação entre os cálculos teóricos e os simulados .................................... 71
4.18.3. Software de gestão de video ............................................................................. 72
4.18.4. Monitor para a visualização das imagens ......................................................... 72
4.19. Estimativa de custos do projecto .............................................................................. 72
4.19.1. Custo total do projecto...................................................................................... 73
5. CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES. ...................................... 75
5.1. Conclusões ................................................................................................................ 75
5.2. Recomendações ........................................................................................................ 76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 77
ANEXOS ................................................................................................................................ 80

III
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar quero agradecer a Deus por ter iluminado os meus caminhos até que chegasse
a este ponto, pois sem ele nada me seria possível.
A minha supervisora Profª Dr.ª Engenheira Ycel Frias Cabrera, pelos ensinamentos, pela
orientação, pelas criticas, pelos incentivos e acima de tudo pela disponibilidade que sempre
apresentou em me ajudar e pela confiança que depositou em mim.
Ao Prof. Dr. Eng.º Mário Jorge Malagon Hernandez, pela força e incentivo que me deu quando
lhe abordei sobre este trabalho.

Aos meus pais Bento Langa (em memória) e Madalena Chissano, pelo amor que tem por mim
e por me terem ensinado que na vida nunca desistir antes de alcançar os meus objectivos.

A minha esposa, Salva Fernando por todo amor dispensado durante todos os anos que estive
empenhado nesta grande batalha.

Aos meus filhos Bruna e Társis dos quais me tenho inspirado para lutar e vencer as dificuldades
da vida.

Aos meus irmãos Severino Langa, Pedro langa (em memória), Bento Langa Júnior, Celeste
Langa e Alda Langa (em memória) pelo amor e pela força que me tem dado.

Ao meu cunhado António Luís Francisco (em memória) por tudo que fez por mim, você foi um
pai para mim.

A todos que de alguma forma influenciaram positivamente nesta grande conquista com o
destaque de dois grandes homens que contribuíram muito na minha formação, o Alcides Magule
e Berceles Campos, muito obrigado de coração pela vossa ajuda em todos os momentos que
necessitei.

IV
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

DIDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha amada mãe por todo amor e carinho que sempre me deu.

A minha esposa que directa ou indirectamente sentiu a dor das noites por mim perdidas durante
os momentos em que procurava alcançar este grande objectivo.

Aos meus filhos Bruna e Társis pelo amor que sempre tiveram por mim.

A minha irmã Alda Langa (em memória) que contribuiu muito na minha vida estudantil.

Assinatura___________________________

V
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

DECLARAÇÃO DE HONRA

Eu, Belso Langa declaro por minha honra que o presente Projecto Final do Curso é
exclusivamente da minha autoria, não constituindo cópia de nenhum trabalho realizado
anteriormente e as fontes usadas para a realização do trabalho encontram-se referidas na
bibliografia.

VI
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 2.1: Diferentes disponibilidades do sistema com o tempo .......................................... 21

Tabela 2.2: Protocolos e portas usadas para vídeo IP.............................................................. 24

Tabela 2.3: Velocidades de Conexão ....................................................................................... 31

Tabela 2.4: Tipos de PON e suas principais características. (DS: downstream, US:upstream)

.......................................................................................................................................... 35

Tabela 4.1: Pontos de posicionamento das câmaras ao longo da Av. 25 de Setembro ........... 51

Tabela 4.2: Comparação entre o cálculo teórico e simulado ................................................... 72

Tabela 4.3: Estimativa de custos do equipamento ................................................................... 73

Tabela 4.4:Custo de manutenção Fonte (Autor) ..................................................................... 73

Tabela 4.5: Custo total do projecto Fonte (Autor)................................................................... 74

VII
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 2.1. Estrutura de uma rede IP ........................................................................................ 12

Figura 2.2. Componentes de uma câmara vídeo IP .................................................................. 13

Figura 2.3. Camara vídeo IP (Parte Frontal) ............................................................................ 14

Figura 2.4. Camara vídeo IP (Parte Traseira) ........................................................................... 14

Figura 2.5. Servidor de vídeo (parte traseira) ........................................................................... 16

Figura 2.6. Servidor de Vídeo (parte frontal) ........................................................................... 16

Figura 2.7. Exemplo de um sistema de videovigilância IP ...................................................... 18

Figura 2.8. Câmara Domo PTZ ................................................................................................ 19

Figura 2.9. Câmara Convencional ............................................................................................ 19

Figura 2.10. Câmara Minidomos .............................................................................................. 20

Figura 2.11. Câmara Bullet....................................................................................................... 20

Figura 2.12. Fibra optica .......................................................................................................... 26

Figura 2.13. Dispersão Cromática ............................................................................................ 27

Figura 2.14. Dispersão Intermodal ........................................................................................... 27

Figura 2.15. Equipamento transmissor e receptor de sinais ópticos para câmaras fixas .......... 30

Figura 2.16. Equipamento transmissor e receptor para camaras PTZ ...................................... 30

Figura 2.17. Redundância de discos duros ............................................................................... 32

Figura 2.18. Réplica de dados .................................................................................................. 33

Figura 3.1. Avenida 25 de Setembro ........................................................................................ 37

Figura 3.2. Roubo de acessórios de viaturas na via pública ..................................................... 38

Figura 4.1. Esquema básico de um sistema de videovigilância................................................ 41

Figura 4.2. Fibra óptica ............................................................................................................ 43

Figura 4.3. Midia Converter ..................................................................................................... 44

Figura 4.4. Sistema de alimentação por energia solar .............................................................. 45

Figura 4.5. Câmara Autodome 7000 PTZ ................................................................................ 45

VIII
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 4.6. Câmara VOT-320 Thermal IP ................................................................................ 46

Figura 4.7. Switch Cisco 2960 Catalist 48 portas .................................................................... 46

Figura 4.8.IP NVR Series DNR300 ......................................................................................... 47

Figura 4.9. Poste para fixação das câmaras. ............................................................................. 48

Figura 4.10. Bastidor de telecomunicações .............................................................................. 48

Figura 4.11. Distribuição das câmaras ao longo da Av. 25 de Setembro ................................. 52

Figura 4.12. Primeira Tela de abertura do Software................................................................. 54

Figura 4.13. Ambiente de trabalho do simulador IP Video System Design Tool .................... 54

Figura 4.14. Escolha do idioma que se pretende usar no software ........................................... 55

Figura 4.15. Criação de um novo projecto ............................................................................... 56

Figura 4.16. Selecção do fabricante da câmara ........................................................................ 56

Figura 4.17. Campos de inserção dos parâmetros da câmara e do campo de visão ................. 57

Figura 4.18. Desenho de instalação da câmara visto nos planos verticais e horizontal ........... 58

Figura 4.19.Desenho visto a uma vista a planta ....................................................................... 59

Figura 4.20. Visualização das imagens captadas pela camara em 3D ...................................... 59

Figura 4.21. Visualização das imagens extraídas do DVR. ..................................................... 60

Figura 4.22. Visualização dos parâmetros do sistema .............................................................. 61

Figura 4.23. Topologia física da rede ....................................................................................... 62

Figura 4.24. Primeiro passo do desenho ................................................................................... 68

Figura 4.25. Figura 44 – Segundo passo do desenho. .............................................................. 69

Figura 4.26. Terceiro passo do desenho ................................................................................... 69

Figura 4.27. Quarto passo do desenho ...................................................................................... 70

Figura 4.28: Resultados das câmaras PTZ ............................................................................... 70

Figura 4.29: Resultados da camara fixa ................................................................................... 71

Figura 4.30. Reconhecimento das imagens a uma distância de 200m ..................................... 71

IX
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

LISTA DE ABREVIATURAS

ATM Automatic Teller Machine

BCI Banco Comercial de Investimentos

BM Banco de Moçambique

BMP BitMaP

BPON Broadband Ethernet Passive Optical Network

CAPEX Capital Expenditures

DS DownStream

DVR Digital Video Recorder

EFM Ethernet in the first Mile

EPON Ethernet Passive Optical Network

FPS Frames Por Segundo

FS Frame Size

FSAN Full Service Access Network

FTP File Transfer Protocol

GIPON Gigabyte-capable Passive Optical Network

HTTP Hipertext Transport Tranfer Protocol

HTTPS Hyper Text Transfer Protocol Secure

IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineer

ITU-T Telecomunication Union-Telecomunication Standardzation Union

JPEG Joint Photographic Experts Group

LAN Local Area Network

MCEL Mozambique Celular

MJPEG Motion Joint Picture Experts Group

NASA National Aeronautics and Space Administration

NTSC National Television Standard Committee

X
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

NVR Network Video Recorder

ODN Optic Distribution Network

OLT Optical Line Terminal – OLT

ONT Optical Network Terminal

ONU Optical Network Unit

OPEX Operational Expenditures

P&B Preto e Branco

PC Personal Computer

POE Power Over Ethernet

PRM Polícia da Republica de Moçambique

PTZ Pan Tilt Zoom

RTP Real Time Protocol

SMS Short Massage System

SMTP Simple Network Management Protocol

TCP Transmition Control Protocol

TDM Telecomunicações de Moçambique

TG Tempo de Gravação

TVM Televisão de Moçambique

UDP User Datagram Protocol

US Upstream

UTP Unshielded Twisted Pair

VCA Video Content Analysis

VCR Video Cassete Recorder

VMS Video Management System

VSDL Video Stream Description Language

VTR Video Tape Recorder

XI
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

RESUMO

Nos últimos dias, as tecnologias de sistemas de videovigilância como recurso para o reforço
da segurança nas vias públicas, residências, estabelecimentos comerciais, hospitais, etc., tem
sido uma das melhores opções para solucionar os problemas da intranquilidade.

As redes desempenham um papel muito importante nos sistemas de videovigilância pois um


sistema de videovigilância não é mais do que um conjunto de dispositivos interconectados que
interagem, concorrendo para um mesmo objectivo pelo que, é de extrema importância
considerar todos os princípios de funcionamento de uma rede quando se procura fazer um
desenho de um sistema de videovigilância.

A fibra óptica é uma das soluções em que se tem optado como meio de transmissão para os
sistemas de videovigilância nos últimos dias, devido a suas grandes vantagens tais como a
largura de banda, revestimento, o facto de não sofrer interferência e por funcionar para
grandes distâncias sem necessitar de repetidores.

O presente trabalho visa apresentar uma proposta de dimensionamento de um sistema de


videovigilância IP cujo meio de transmissão é a fibra óptica para Av. 25 de Setembro na
cidade de Maputo.

Portanto o processo de investigação terá a seguintes etapas:

 Marco conceitual;

 Marco contextual;

 Proposta do sistema;

Na proposta do sistema, serão apresentados aspectos relativos ao estudo de viabilidade,


cálculos de dimensionamento, escolha de equipamento e apresentação dos custos relativos a
infra-estrutura.

XII
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.1. Justificação do tema

Nos últimos dias, em quase todo mundo quando se dá atenção aos diferentes órgãos de
informação como jornal, televisão, rádio entre outros, um dos pontos frequentes é a
criminalidade e este é um facto que preocupa a todo mundo devido ao seu crescimento que se
tem verificado nos últimos dias. Isto faz com que nas comunidades viva-se uma situação de
intranquilidade o que necessita de adoção de mecanismos capazes de garantir a redução deste
fenómeno.

Na maior parte dos países a criminalidade ainda vem sendo um dos problemas mais
preocupantes pelo facto de não haver mecanismos que possam reforçar os sistemas de
segurança actualmente usados que frequentemente tem sido a segurança física que se baseia na
presença física de agentes da segurança.

Com a evolução da tecnologia, hoje a segurança pode ser feita sem que haja necessidade da
presença física no local mediante sistema de videovigilância IP que possibilita a monitorização
remota de vários locais em tempo real e em simultâneo, podendo obter as imagens e vídeos dos
possíveis infratores, bem como todas as característica dos meios usados no crime tais como as
matrículas das viaturas, armas de fogo de qualquer ponto do mundo.

Esta é uma tecnologia que já está sendo implementada em alguns países principalmente nos
EUA pois com o atentado de 11 de Setembro de 2001 em New York despertou mais atenção no
sentido de se reforçar o sistema de segurança e um dos meios adoptados foi a videovigilância
IP.

A videovigilância IP já está sendo implementada também em Moçambique em algumas


residências bem como em certas instituições privadas, embora na maior parte dos sistemas ainda
são usados meios de transmissão que apresentam algumas limitações tais como a largura de
banda e interferências o que contribui negativamente no funcionamento do sistema. Nem com
isto, em Moçambique o crime ainda é visto como algo muito preocupante porque apesar de
haver segurança em certas residências e algumas instituições os infractores ainda se sentem
livres de exercerem as suas actividades ilícitas porque fora dos locais seguros eles não são
capazes de ser identificados visto que quase todos os dias fala-se de raptos e assassinatos porque
eles podem invadir um local com sistema de videovigilância, mas depois não se sabe por onde
e nem para onde eles vão a fim de se fazer a perseguição.

1
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

A implementação de um sistema de videovigilância na cidade de Maputo concretamente na Av.


25 de Setembro, poderá proporcionar um novo ambiente no que diz respeito a tranquilidade
pois, com o grande número de instituições existentes naquela via, como sedes de instituições
bancárias, empresas provedoras de telefonia móvel, estabelecimentos comerciais que directa ou
indirectamente contribuem para o bem da economia do país, para além de que trata-se de um
sistema cujo meio de transmissão é a fibra óptica e esta é uma tecnologia que vale a pena
comparado à outras tecnologias em que são usados cabos de cobre devido a vários factores
como:

 Vários cabos em paralelo;

 Ambiente industrial, interferências electromagnéticas;

 Possibilidade de surtos, sobretensões;

 Risco de humidade.

E não só, a elevada largura de banda fornecida pela fibra óptica poderá contribuir positivamente
para o melhor tratamento das imagens bem como o seu envio para o armazenamento garantido
assim uma maior fiabilidade do sistema.

1.2. Desenho teórico

1.2.1. Problemática

Nos últimos dias, tem-se verificado um grande crescimento no que diz respeito a onda do crime,
principalmente nas zonas mais movimentadas da cidade de Maputo.

A Av. 25 de Setembro na Baixa da Cidade de Maputo, é um dos pontos da cidade que merece
muita atenção pois, alberga um grande número de instituições actuando em diferentes áreas,
bem como maior parte das empresas que tem os seus escritórios localizados naquela área. Este
é o facto que faz com que ao longo daquela avenida, haja um grande fluxo de pessoas
principalmente nas horas de pico o que tem servido de oportunidade para a existência de alguns
malfeitores o que merece uma atenção profunda em relação ao sistema de segurança
actualmente em vigor.

Isto significa que o sistema de segurança actualmente em uso, apresenta limitações


(actualmente usa-se um sistema de segurança que se baseia na presença fica, isto é, ao longo da
Avenida existem distribuídos agentes da PRM – Policia da Republica de Moçambique, cuja sua
distribuição é feita de maneira que estejam dispersos sem recurso a nenhuma tecnologia, o que

2
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

tem facilitado muito aos malfeitores de exercerem as suas actividades ilícitas e desta forma, por
mais que os agentes tomem o conhecimento de uma possível ocorrência do crime, geralmente
tem sido muito tarde e com muito pouca probabilidade de se identificar os possível actores.

1.2.2. Problema

Como fazer a monitorização da Av. 25 de Setembro na Cidade de Maputo para conseguir a


identificação dos actores do crime com rapidez?

1.2.3. Objecto

Sistema de videovigilância IP, baseado em Circuito Fechado de Televisão (CFTV) para


Avenida 25 de Setembro na cidade Maputo.

1.2.4. Objectivo geral

Dimensionar um sistema de videovigilância IP (CFTV) para a monitorização da Av. 25 de


Setembro na Cidade de Maputo com o recurso a fibra óptica como meio de transmissão.

1.2.5. Objectivos específicos


 Descrever uma caracterização da situação actual do sistema de segurança na via
pública na cidade de Maputo com o foco na Av. 25 de Setembro.
 Descrever os conceitos e princípios fundamentais de um sistema de videovigilância
IP bem como a sua estrutura e função.
 Propor a projecção e dimensionamento de um sistema de videovigilância IP.
1.2.6. Perguntas de investigação

 Qual é o estado actual de segurança na Av. 25 de Setembro em termos do sistema


actualmente usado, o nível de satisfação ou insatisfação do sistema de segurança
actualmente em uso?

 Quais são as bases teóricas a serem considerados num sistema de videovigilância


IP?

 Quais são os fundamentos teóricos do sistema de videovigilância IP?

 Que critérios devem ser utilizados no que diz respeito a avaliação da performance
do sistema?

 Como validar o sistema de videovigilância dimensionado?

3
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

1.2.7. Variáveis de pequisa relativos ao problema

 Identificação dos autores do crime com rapidez

 Envio de imagens e vídeos com qualidade e em tempo real

1.3. Metodologia

1.3.1. Abordagem de investigação

O presente trabalho de investigação visa o dimensionamento de um sistema de videovigilância


IP para Av. 25 de Setembro em Maputo, onde para tal será necessário um contacto directo entre
o pesquisador e o ambiente onde a problemática reside.

Desta forma, este trabalho terá como base da investigação uma abordagem analítico-explicativo
efectuando-se um estudo particular para o caso da Av. 25 de Setembro.

1.4. Hipótese

Com o dimensionamento de um sistema de videovigilância IP para Av. 25 de setembro


com o recurso a fibra optica como meio de transmissão, é possível identificar os actores
do crime com rapidez fazendo envio de imagens e vídeos em tempo real.

1.5. Métodos

Para o alcance dos objectivos deste projecto, realizar-se-á uma investigação baseada em
métodos empíricos e teóricos, onde será feito um estudo de campo que consistirá em recolha e
análise de bibliografias relacionadas com o problema em questão, entrevistas a técnicos ou
profissionais da área de forma a fundamentar a hipótese na qual será possível o
dimensionamento do sistema de videovigilância na Avenida em estudo, depois será feito o
relacionamento dos principais conceitos teóricos que irão dar suporte para a compreensão do
objecto de estudo e solução do problema.

Por conseguinte, seguir-se-á a fase do dimensionamento analítico do sistema, e para um melhor


acompanhamento da performance do sistema e de forma a fazer uma comparação dos resultados
obtidos analiticamente será feita uma simulação com o recurso ao simulador IP Video System
Design Tool.

4
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

No sentido supracitado os métodos empíricos serão análises documentais, entrevistas e os


métodos teóricos serão o histórico lógico, sistémico estrutural e modelação, assim como
métodos de simulação e cálculos próprios da engenharia.

1.6. Tarefas da investigação

Com base nas perguntas de investigação, são estabelecidas as tarefas que definem o que
se deseja investigar.

 Apresentar o estado actual da Av. 25 de Setembro em termos de segurança, o


sistema actualmente usado, o nível de satisfação ou insatisfação do sistema de
segurança actualmente em uso;

 Apresentar fundamentos teóricos de CFTV;


 Dimensionar um sistema de videovigilância IP com o recurso a fibra óptica como
meio de transmissão;
 Fazer uma estimativa de custos para o dimensionamento do sistema.
 Simular o funcionamento do sistema para sua validação.

1.7. Estrutura do relatório em função do objecto de investigação.

O relatório é composto pelos seguintes capítulos:


 Capitulo 1
Introdução: Neste capítulo é feita uma breve apresentação dos pontos preliminares do trabalho.
 Capítulo 2
Marco teórico conceitual da investigação: Neste capítulo é feita uma descrição dos conceitos
fundamentais inerentes ao sistema de videovigilância reforçado pela apresentação de figuras
ilustrativas que visam fundamentar os aspectos abordados no trabalho.
 Capitulo 3
Marco contextual da investigação: neste capítulo é feita uma descrição do estudo do caso na
Av. 25 de Setembro, as características e a forma como será estruturada a rede, dos elementos
que compõem o sistema de videovigilância.
 Capitulo 4
Metodologia de resolução do problema e apresentação dos resultados: neste capítulo é feita uma
descrição da proposta de dimensionamento do sistema de videovigilância seguido da

5
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

apresentação gráfica do sistema onde são apresentados os principais parâmetros que garantem
o bom funcionamento do sistema.
 Capitulo 5
Conclusões e recomendações: Neste capítulo são apresentadas as conclusões alcançadas
durante o estudo e as possíveis recomendações em relação ao tema em estudo.

6
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

2. CAPÍTULO 2 - MARCO TEÓRICO-CONCEITUAL DA INVESTIGAÇÃO

2.1. Introdução

Neste capítulo são apresentados principais fundamentos teóricos gerais como forma de facilitar
a compreensão sobre o assunto abordado no presente trabalho de investigação. Para tal, foi feita
uma revisão bibliográfica sobre os principais conceitos e tecnologias em torno deste projecto.

2.2. Antecedentes do problema e do objecto de investigação

A segurança é um factor de extrema relevância na qualidade de vida do ser humano e como tal,
tem tido muita atenção por parte dos governos, empresas, e mesmo a nível pessoal (Lisboa,
2012).

A videovigilância surgiu pela necessidade de aumentar os níveis de segurança e consiste em


monitorar, visualizar e seguir actividades em espaços públicos como ruas e aeroportos.

As primeiras videovigilâncias segundo (Lisboa, 2012) começaram a ser projectadas em meados


dos anos setenta, através de sistemas de Circuito Fechado de TeleVisão (CFTV) ainda no
dominio analógico. Os sistemas eram feitos basicamente com câmara, multiplexadores,
gravadores de video (video cassete recordders- VCRs) e ecrãs utilizando grandes quantidades
de cabo para transmitir e guardar rm cassetes o inal de vídeo.

Para a manutenção destes sistemas, os operadores tinham que mudar as cassetes manualmente
quando estas ficavam cheias, o que acontecia várias vezes durante o dia devido à pouca
memória que existia nas mesmas. Estes sistemas requeriam vistorias frequentes, habitualmente
eram substituidos a cada 2 anos. No entanto, o grande ponto fraco destes sistemas era a procura
de algo em concreto nos cassetes gravadas, processo que consumia muito tempo, e que devido
a eventuais falhas dos operadores na substituição de cassetes ou manutenção geral, as gravações
acabavam por ficar com baixa qualidade, tornando muito dificil a tarefa de por exemplo,
encontrar uma prova de um determinado crime nas gravações.

Por volta dos anos noventa, e devido aos problemas enunciados atrás, começaram-se a
substituirr os sistemas antigos por gravadores digitais (Digital Video Reorders-DVRs) assim
que estes ficaram disponiveis.

Trabalhando no dominio digital, as gravaçõe efectuadas eram guardadas automaicamnte no


disco rígido de um computador, e ni caso de se esgotar a memória, as gravações mais reentes
substituiriam os antigos, permitindo assim uma gravação continua e sem ainterrupção. Caso

7
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

fosse desejado, as gravações poderiam ser transferidas para casetes de modo a serem
arquivadas.

Sendo o processo de arquivo automatizado, deixou-se de ter degradação de qualidade nas


gravações, e embora se possa pensar que este sistema seja mais caro devido à progressão de
analógico para digital, não se verifoca, pois a necessidade de mão de obra humana é mais
reduzida, trduzindo-se num custo total mais baixo.

Por volta de 2003 segundo (Lisboa, 2012), surgiram sustemas Network DVR, que conseguiam
dar conta de várias entradas de diferentes câmaras, eliminando a necesidade de ter
multiplexadores, e abrindo espaço para novas funcionalidades como zoom, controlo remoto,
detecção de actividades com possibiliade de accionar alarmos e notificar os alarmos (por
exemplo através de email ou SMS). A procura de uma prova nas gravações tornou-se também
muito mais prática pois podia ser controlada instantaneamente caso fosse especificada uma data
e tempo.

Ao longo do tempo foram existindo melhoramentos nas várias componentes da videovigilância,


tal como a capcidade de memória, qualidade de gravação, e proceamento, chegando ao sietema
de videovigilância mais evoluido, o domínio IP (Internet Protocol) (Lisboa, 2012).

2.3. Evolução dos Sistemas de CFTV

 1941 - É lançado nos EUA o padrão de televisão analógica em Preto e Branco. Base
para a transmissão de sinais de CFTV analógico até hoje.

É documentada a primeira utilização de câmaras de CFTV em aplicações militares na Alemanha


para acompanhamento do lançamento de misseis Rocket V2 em distâncias curtas.

 Nasce o Big Brother! O autor inglês George Orwell publica o livro “1984”, no qual em
um futuro sombrio as pessoas são oprimidas e monitoradas pelo “ Grande irmão” e inicia
a discussão videomonitotamento e a privacidade.

 Padrão NTSC – É lançado nos Estados Unidos o padrão de TV analógico NTSC,


suportando imagens em cores e compatível com o padrão P&B de 1941.

 É desenvolvido o primeiro gravador de fitas de vídeo (VTR) capaz de capturar imagens


ao vivo de imagens ao vivo de câmaras de televisão em fitas de rolo, mais tarde em
cassete.

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

É noticiada a primeira instalação temporária da câmaras de monitoramento em via pública em


Londres, Inglaterra para monitorar a visita de um chefe de estado.

 1960 – Pela primeira vez são utilizados sistemas de videovigilância pela autoridade nos
EUA.

 1966 – A NASA utiliza sinais analógicos para mapear a superfície da lua, enviando
imagens digitais para a terra.

 1969 – A NASA transmite as imagens da chegada do homem a lua ao vivo para mais de
500 milhões de pessoas no mundo todo.

 É considerado como o ano da criação do conceito de sistema de segurança residencial


patenteado por Marie Brown.

 1979 – A adoção de sistemas de CFTV se expande para as empresas, principalmente


nos EUA e Europa devido aos roubos e fraudes.

 1986 – Cientistas da Kodak desenvolvem o primeiro sensor de imagem Megapixel,


capaz de capturar 1,4 milhões de pixéis.

 São desenvolvidas as primeiras minicâmaras e a indústria é inspirada a produzir câmeras


cada vez menores.

 1993 – Um ataque a bomba na Bishopsgate em Londres pelo IRA conduz a construção


do sistema “ Ring of Steel” (Anel de Aço), constituído por centenas de câmaras de
CFTV ao redor da capital inglesa.

 1996 – É desenvolvida a primeira câmara IP do mundo, a Neteye 200, pela empresa


Sueca Axis Comunications.

 1998 – Os DVRs chegam ao mercado e ocorre a segunda grande onda de adopção de


sistemas de CFTV, substituindo os Gravadores VCR em fita.

 2001 – Os atentados de 11 de Setembro ao World Trade Center e Pentágono mudam a


forma como o mundo pensa da segurança, ampliando todos os conceitos de segurança,
protecção e vigilância.

 2003 – Uma escola em Phoenix nos EUA instala um sistema de reconhecimento facial
para rastreamento de crianças perdidas.

É lançada a norma para o formato de compactação de vídeo H.264.

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

 2005 – É desenvolvida a primeira câmara de segurança com analíticos de vídeo


embarcado (VCA).

 2006 – A cidade de Chicago enuncia a operação Virtual Shield (escudo virtual),


tornando-se a cidade com maior sistema de videovigilância dos EUA.

 A cidade de Londres é uma das mais vigiadas do mundo, contando com cerca de 4,2
milhões de câmaras nas ruas, e em todo o Reino Unido existe cerca de uma câmara para
14 habitantes. Ainda na Inglaterra estima-se que cada pessoa aparece em câmaras de
CFTV ao menos 300 vezes por dia.

 2007 – É estimado que mais de 97% de todas a informações de telecomunicações do


mundo trafegam através da internet. Serviços como navegação, e-mail e mensagens
fazem parte do nosso dia a dia.

 2010 – A maturidade das tecnologias e fabrico de câmaras IP, o H.264 e a evolução das
soluções de VMS para gestão de vídeo em rede, tomam a tecnologia a melhor escolha
do sistema de larga escala, industriais, soluções de videovigilância urbano e
empresariais.

 Hoje – A Internet é um dos principais meios de comunicação, dispositivos de alta


definição de vídeo em HD e 4K, redes sem fio de alta velocidade, smarthphones, tablets,
computadores de alta capacidade estão massivamente presentes em empresas,
residências e as redes IP são a base de comunicação para grande parte de aplicações, até
mesmo na indústria. O CFTV se populariza mundialmente pela alta disponibilidade de
equipamentos, facilidade de instalação e redução de custos.

2.4. Conceitos básicos teóricos da investigação

2.4.1. Camara de vídeo IP

O que é vídeo IP?

Segundo (Comunications, 2006), um video IP mais conhecido como vigilância IP para


determinadas aplicações no âmbito da vigilância em segurança e a monitorização remota, é um
sistema que oferece aos utilizadores a possibilidade de controlar e gravar em vídeo através de
uma rede IP (LAN/WAN/Internet).

Contrariamente dos sistemas de video analógicos, o video IP não precisa de um cabeado ponto
a ponto dedicado e utiliza a rede como o meio central para o transporte da informação.

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

O termo video IP faz referencia tanto as fontes de video como de audio disponiveis atravez do
sistema. Numa aplicação de video em rede, as sequências de video digitalizados se transmitem
a qualquer ponto do mundo através de uma rede IP com cabos ou sem cabo, permitindo a
monitorização e gravação por video a partir de qualquer ponto da rede.

Um exemplo de um sistema de video IP é ilustrado no esquema da Fig. 1.

O video IP pode se utilizar em um número ilimitado de situações, não obstante, a maioria das
aplicações se incluem numa das duas seguintes categorias:

 Vigilância e segurança

A avançada funcionalidade do vídeo IP o converte num meio muito adequado para as


aplicações relacionadas com o vídeo vigilância e segurança. A flexibilidade da
tecnologia digital permite o pessoal da segurança proteger melhor as pessoas, as
propriedades e os bens. Portanto, ditos sistemas constituem uma opção especialmente
interessante para as companhias que na actualidade estão utilizando os sistemas CFTV
existentes.

 Monitorização remota

O vídeo IP, segundo (Comunications, 2006) permite aos utilizadores a possibilidade de


reunir informações em todos os pontos-chave de uma operação e visualizá-la em tempo
real, o que a converte na tecnologia perfeita para a monitorização remota e local de
equipamentos, pessoas e lugares. Exemplos de aplicação são a monitorização de tráfego
e de linhas de produção e a monitorização da via pública.

Os principais mercados verticais de onde os sistemas de vídeo IP são instalados


satisfatoriamente são os seguintes:

 Educação

A monitorização remota e a segurança de zonas de recreio, passeios, salas de aulas,


entradas das escolas assim como a segurança dos próprios e edifícios.

 Transportes

A monitorização remota de estações de trens, vias, e aeroportos.

 Banca

Segurança nos bancos, sucursais e caxas ATM.

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

 Governo

Com fins de vigilância, para proporcionar a segurança nas vias públicas.

 Industria

Para controlar os processos de fabricação, os sistemas de logística e os sistemas de


controlo de sistemas e o armazém.

O esquema da Error! Reference source not found. ilustra uma rede IP

Figura 2.1. Estrutura de uma rede IP

[Fonte: DataCabos, 2008]

Uma camara de vídeo em rede, segundo (Comunications, 2006) pode ser descrita como uma
câmara e um computador combinados em uma unidade. Ela captura e transmite imagens sobre
a rede IP, permitindo aos usuários autorizados que local ou remotamente vejam, armazenem e
administrem vídeo sobre a rede IP.

Uma camara de vídeo em rede possui seu próprio endereço IP. É conectada a rede e possui
cliente FTP, e-mail, alarme, possibilidade de propagação, etc. Não necessita estar conectada a
um microcomputador, opera independentemente e pode ser colocada onde quer que haja uma
conexão de rede.

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Além de vídeo, uma camara de vídeo em rede inclui também outras funcionalidades e
informações que são transmitidas sobre a conexão de rede, isto, é, detecção de movimento,
áudio, entradas e saídas digitais (que podem ser usadas para accionr alarmes, acender luzes),
portas seriais para dados e controle de mecanismos movimentadores (Pan,Tilt,Zoom),
armazenamento e envio de imagens na ocorrência de alarme, as componentes de uma câmara
IP são ilustradas na Figura 2.2.

2.4.1.1. Componentes de uma camara vídeo IP

Figura 2.2. Componentes de uma câmara vídeo IP

[Fonte: DataCabos, 2008]

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

A Figura 2.3 e a Figura 2.4, ilustram as câmaras IP pela parte frontal e traseira.

Figura 2.3. Camara vídeo IP (Parte Frontal)

[Fonte: Guia Técnica de Vídeo IP, 2006]

Figura 2.4. Camara vídeo IP (Parte Traseira)

[Fonte: Guia Técnica de Vídeo IP, 2006]

2.4.1.2. Vantagens da camara de vídeo IP

A camara de vídeo IP apresenta as seguintes vantagens:

 Flexibilidade:

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Instalação em qualquer lugar onde exista um ponto de rede (Modem, célula adaptador
wireless);

 Funcionalidade:

Todos os componentes necessários para visualizar imagens ao vivo pela rede estão
presentes numa camara de vídeo IP;

 Fácil instalação:

Basta conectar a camara na rede e ajustar o seu endereço IP para torna-la operacional;

 Operação simplificada:

Pode-se administrar e visualizar as imagens local ou remotamente usando um navegador


padrão de mercado (Por exemplo Internet Explorer). As imagens podem ser gravadas
num disco rígido, permitindo fácil pesquisa e armazenamento. O disco rígido pode estar
em local remoto por razões de segurança;

 Estabilidade:

Funciona sem componentes adicionais, o que o confere alta estabilidade à unidade;

 Qualidade:

Imagens digitais não perdem qualidade na transmissão e no armazenamento;

 Cabeamento:

Cabo padrão de rede UTP, facilmente encontrado em revendas e é de baixo custo;

 Custo:

Um cabo de rede UTP suporta várias camaras de vídeo e outros dispositivos. Uma infra-
estrutura de rede IP normalmente já existe, o que torna o custo de instalação reduzido a
camara.

2.4.1.3. Servidor de vídeo

Um servidor de vídeo, permite avançar para um sistema de vídeo IP sem a necessidade de


descartar o equipamento existente. Fornece a nova funcionalidade ao equipamento analógico e
elimina a necessidade de equipamentos exclusivos como por exemplo, o cabeado coaxial, os
monitores e os DVRs. Estes dois últimos não são necessários já que a gravação em vídeo pode
realizar-se utilizando um servidor de PC standard (COMUNICATIONS, 2012).

15
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Um servidor de vídeo normalmente dispõe de uma a quatro portas analógicas para conectar as
câmaras analógicas, assim como portas Ethernet para a conexão à rede como é mostrado nas
Figura 2.5 e Figura 2.6 como a câmaras IP, dispõe de um servidor Web integrado, um chip de
compressão e um sistema operativo para que a entradas analógicas possam converter-se em
vídeo digital, transmitir-se e gravar-se através da rede informática para facilitar a sua
visualização e acessibilidade.

Além da entrada de vídeo, um servidor de vídeo também inclui outra informação e


funcionalidades que se transmitem através da mesma conexão de rede: entradas e saídas
digitais, áudio, porta (s) serial para dados em série o controlo de mecanismos com movimento
horizontal, vertical e zoom. Um servidor de vídeo pode conectar-se também a uma variedade
de câmaras especiais, tais como câmaras de grande sensibilidade em preto e branco, câmaras
em miniaturas ou câmaras microscópicas. A Figura 2.5 ilustra um exemplo de um servidor de
vídeo IP visto pela parte traseira e a visto frontalmente.

Figura 2.5. Servidor de vídeo (parte traseira)

[Fonte: Guia Técnica de Vídeo IP, 2006]

Figura 2.6. Servidor de Vídeo (parte frontal)

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

[Fonte: Guia Técnica de Vídeo IP, 2006]

2.4.1.4. Software de gestão de vídeo

O software de gestão de vídeo que funciona sobre um servidor Unix/Linux ou Windows,


estabelece a base para a gravação, análises e monitorização de vídeo. Se encontra disponível
uma grande gama de softwares que se baseiam nas necessidades dos utilizadores. Um
navegador web standard proporciona a visualização adequada para muitas aplicações de vídeo
IP, utilizando a interface web integrada na câmara IP ou o servidor de vídeo, especialmente
naqueles caso em que uma ou poucas câmaras se visualizam simultaneamente (Comunications,
2006).

Para visualizar muitas câmaras em simultâneo é necessário um software de gestão de vídeo


exclusivo: Existe uma ampla gama de software de gestão de vídeo disponíveis. Na sua forma
mais simples, oferece visualização em directo, armazenamento e recuperação de sequências de
imagens de vídeo.

2.4.1.5. Sistemas de videovigilância que usam câmara IP

Uma câmara IP combina câmara e um ordenador em uma unidade como é mostrado no esquema
da Figura 2.7 o que inclui a digitalização e a compressão do vídeo assim como um conector de
rede. O vídeo se transmite através de uma rede IP, mediante os comutadores de rede e se grava
num PC com software de gestão de vídeo (Comunications, 2006).

Isto apresenta um verdadeiro sistema de vídeo IP onde não se utilizam componentes analógicos.

2.4.1.6. Vantagens de um sistema de videovigilância que usa câmaras IP.

Um sistema de vídeo IP que utiliza câmaras IP apresenta as seguintes vantagens:

 Câmaras de alta resolução (Megapixels);

 Qualidade de imagem contante;

 Alimentação eléctrica através de Ethernet e funcionalidade wireless;

 Funções de Pan/tilt/zoom, áudio, entradas e saídas digitais através de IP, juntam com o
vídeo;

 Flexibilidade e escalabilidade completas.

Através da Figura 2.7 é feita uma ilustração de um sistema básico que utiliza câmaras IP.

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 2.7. Exemplo de um sistema de videovigilância IP

[Fonte: Guia Técnica de Vídeo IP, 2006]

A
[Fonte: mostra um verdadeiro sistema de vídeo IP, onde a informação do vídeo se transmite
de forma contínua através de uma rede IP, utilizando câmaras IP. Este sistema tira o máximo
proveito da tecnologia digital e proporciona uma qualidade de imagem constante desde a
câmara até ao visualizador, de onde quer que esteja.

2.4.1.7. Tipo de câmara.

Existem vários tipos de câmaras que devem considerar para o interior como para o
exterior: O domo móvel PTZ, as câmaras convencionais, os minidomos e as câmaras
bullet.

Câmara Domo móvel.

A câmara domo móvel com vertical/horizontal/zoom são muito versáteis. Podem realizar
movimento da esquerda para a direita, inclinar-se para baixo e para cima e aumentar ou diminuir
o zoom. As câmaras PTZ podem girar 360 graus para ver qualquer objecto que se encontre justo
debaixo. Há opções disponíveis para interiores e xteriores, uma imagem ilustrativa de uma
câmara de Domo móvel é apresentada na Error! Reference source not found..

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 2.8. Câmara Domo PTZ

[Fonte: Guia Técnica de Vídeo IP, 2006]

Câmara convencionais.

As camaras convencionais são compostos de um corpo da câmara, a lente e a fonte de


alimentação. Para sua utilização em interiores, se requer um suporte de montagem para instalá-
las. Para a sua utilização em exterior, se requer uma carcaça para a sua protecção. A Figura 2.9
ilustra um exemplo de uma câmara convencional.

Figura 2.9. Câmara Convencional

[Fonte: Guia Técnica de Vídeo IP, 2006]

Camara Minidomos.

Os domos são camaras em forma de meia esfera. Os minidomos utilizam normalmente quando
se necessitam aplicações discretas.
Podem ser resistentes a actos vandálicos e há opções disponíveis para interiores e exteriores,
uma ilustração deste tipo de câmaras pode ser vista na figura abaixo Figura 2.10.

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 2.10. Câmara Minidomos

[Fonte: Guia técnica de video IP, 2006]

Câmara Bullet.

As câmaras Bullet apresentam-se com desenho elegante de forma cilíndrica. Algumas dispõem
de iluminação de infrared e se podem utilizar para interiores e exteriores, uma imagem
ilustrativa é apresentada na Figura 2.11.

Figura 2.11. Câmara Bullet

[Fonte: Guia técnica de video IP, 2006]

2.4.1.8. Requisitos que identificam uma rede de videovigilância.

Existe um conjunto de requisitos que identificam o bom funcionamento de uma rede e


uma alta prestação de serviços e estes requisitos são:

 Fiabilidade e Disponibilidade

 Escalabilidade

Estes requisitos podem mudar, dependendo das exigências da rede.

Fiabilidade e Disponibilidade.

A fiabilidade faz referência a quantas vezes uma parte do sistema falha, a capacidade de ter
acesso aos recursos do sistema numa alta percentagem de tempo tendo um nível de serviço
consistente.
20
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Para aplicações com necessidades de fiabilidade, a disponibilidade é uma medida deste


parâmetro. A disponibilidade refere a quantas vezes a solução de uma falha num funcionamento
do sistema consegue estabelecer o uso previsto.

Para um sistema como a videovigilância que fornece serviços a seus clientes de maneira
contínua, a disponibilidade pode ser expressa como um índice em percentagem.

O índice de disponibilidade em percentagem, obtemos relacionando o tempo no qual o sistema


de videovigilância está disponível para o tempo total de funcionamento do sistema.

As redes de telecomunicações apresentam tipicamente uma necessidade de disponibilidade no


intervalo de 95% a 99.99% de índice, em diferentes períodos de tempo, o qual pode ser diário,
semanal, mensal ou anual como mostra a Tabela 2.1.

Tabela 2.1: Diferentes disponibilidades do sistema com o tempo

[Fonte: Guia técnica de video IP 2006]

Na tabela 1, 95% de disponibilidade significa que o sistema estaria sem funcionar 1.2 horas por
dia, o contrário de ter uma disponibilidade de 99.99% o que significa que o sistema deixa de
funcionar durante 53 minutos num ano.

Ter um elevado índice de disponibilidade, implica que o desenho do sistema de videovigilância


deve contar com um meio de transmissão que garante que o sistema continua a funcionar antes
da falha.

Escalabilidade.

O desenho deve incorporar equipamentos de comunicação modular que permite um aumento


na largura de banda quando o sistema necessite.

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

O desenho deve minimizar o uso de fibra, de tal maneira que num futuro se possa usar a fibra
que não está sendo usada mas que se encontra disponível.

2.4.1.9. Requisitos técnicos do desenho de sistema de videovigilância.

Para o desenho da rede de fibra óptica, deve-se ter em consideração alguns requisitos técnicos.
O sistema de videovigilância deve considerar estes parâmetros para a solução dos problemas
que se apresentam na transmissão de sinais de vídeo.

Qualidade de imagem a transmitir.

A qualidade da imagem está relacionada à resolução do vídeo. A resolução é medida em pixels,


a imagem mais detalhada é que apresenta maior informação e portanto o número de pixels.

As imagens que apresentam mais detalhes ocupam maior espaço nos discos para o seu
armazenamento e requerem maior largura de banda para a sua transmissão.

Latência

Latência é um tempo de retardo entre o momento em que um sinal de vídeo é transmitido e o


momento em que chega ao seu destino e é detectável.

As câmaras digitais comprimem os sinais de vídeo para poderem ser transmitidas. Dependendo
do tipo de compressão, a qualidade de imagem fica afectada porque se perdem muitos detalhes.
Se se deseja uma imagem com alta resolução, esta necessitará de menos compressão mas terá
uma largura de banda limitada e maior retardo de tempo entre o momento que se envia o sinal
de vídeo para a sua implantação no monitor.

Largura de banda do sistema

A largura de banda do sistema de videovigilância, estará determinado pela fibra óptica a ser
usada e o dispositivo óptico.

Para a fibra multimodo a largura de banda está limitada por parâmetros como dispersão modal
e dispersão cromática e por parâmetros do equipamento óptico de transmissão e recepção.

A largura de banda de uma fibra óptica monomodo, está limitada pela dispersão cromática do
material, a dispersão cromática do guia de onda e por parâmetros dos equipamentos e
transmissão e recepção.

A banda espectral da fonte de luz, afectará a largura de banda. Para um dado comprimento de
fibra óptica, um emissor laser com uma banda espectral mais ampla, terá menos largura de
banda que um laser que tem uma banda espectral mais estreita.

22
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Para uma fibra multimodo, a largura de banda se pode calcular, multiplicando os dados da
largura de banda.

2.4.1.10. Protocolos de transporte de dados para vídeo IP.

O protocolo mais habitual para transmitir dados em redes informáticas na actualidade é o


conjunto de protocolos TCP/IP.

TCP/IP actua como “portador” para muitos outros protocolos. Um bom exemplo é HTTP
(Hipertext Transport Tranfer Protocol) implementado para navegar por página Web em
servidores de todo o mundo através da Internet.

2.4.1.11. Protocolos TCP/IP e portas utilizadas para o vídeo IP.

IP utiliza dois protocolos de transporte: Protocolo de controlo de transmissão (TCP) e o


protocolo de Datagramas de Utilizador (UDP). TCP oferece um canal de transmissão fiável
baseado na conexão, e faz a gestão do processo de conversão de grandes blocos de dados em
pacotes mais pequenos, adequados para a rede física que utiliza e garante que os dados enviados
desde um extremo são recebido noutro. UDP, por outro lado, é um protocolo sem conexão que
garante a entrega dos dados enviados, deixando assim todo o mecanismo de controlo e
correcção de erros a cargo da própria aplicação (Comunications, 2006).

Geralmente, TCP se utiliza quando se prefere uma comunicação fiável durante o tempo de
espera do transporte. A fiabilidade de TCP através da transmissão pode produzir retardos
significativos.

Por outro lado, UDP não oferece retransmissão de dados perdidos e consequentemente não
produz maiores retardos. Os protocolos habituais e seus números de portas utilizadas para a
transferência de vídeo IP são mostrados abaixo na Tabela 2.2.

Protocolo Protocolo de Porta Uso comum Uso video em rede


transporte

FTP Transferência de ficheiros Transferência de imagens ou vídeo


através de Internet /Intranet desde uma câmara de rede ou
File Tranfer TCP 21
servidor de vídeo a um servidor FTP
Protocol
ou a uma aplicação.

23
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

SMTP Protocolo para o envio de e- Uma câmara de rede ou servidor de


mails vídeo pode enviar imagens ou
Send Mail TCP 25
notificações de alarme utilizando seu
Transfer Protocol
cliente integrado de e-mail.

HTTP Utilizado para navegação O modo mais comum de transferência


Web (recepção de páginas de vídeo desde uma camara de rede o
Hyper Text TCP 80
web de servidores web) servidor de vídeo onde o dispositivo
Transfer Protocol
trabalha como um servidor web,
proporcionando vídeo ao usuário ou
servidor de aplicação.

HTTPS TCP Utilizado para aceder a A transmissão de vídeo desde uma


páginas web de forma segura camara de rede ou servidor de vídeo
Hypertext Tranfer 443
utilizando encriptação pode ser utilizada para autenticar os
Protocol over
envios da camara utilizando
Secure Socket
certificados digitais X.509
Layer

RTP Formato de pacotes RTP para Um modo comum de transmitir vídeo


o envio de vídeo através de em rede MPEG
Real Time UDP/TCP Não
Internet.
Streaming definido A transmissão pode ser unicast (um a
Protocol um) ou multicast (um a vários)

RTSP

Real Time TCP 554 Utilizado para configuração e controlo de sessões multimédia através de
Streaming RTP
Protocol

Tabela 2.2: Protocolos e portas usadas para vídeo IP

[Fonte: Tese de Hulguin, 2010]

2.4.1.12. Métodos de Transmissão para vídeo IP

Existem distintos métodos para transmitir dados numa rede informática:

 “Unicast – O remitente e o recipiente se comunicam a um nível de ponto a ponto. Os


pacotes de dados são dirigidos unicamente a um recipiente e nenhum outro ordenador
na rede necessitará processar esta informação” (Holguin, 2010).

 “Multicast – Comunicação entre um único remitente e múltiplos receptores numa rede.


As tecnologias multicast utilizam-se para reduzir o tráfego da rede quando numerosos
receptores desejam visualizar a mesma fonte de forma simultânea, oferecendo uma
24
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

única transmissão de transformação a centenas de destinatários. A grande diferença em


comparação com a unicast é que a transmissão de vídeo deve enviar-se uma só vez”
(Holguin, 2010).

 “Retransmissão – Uma transmissão de um para todos. Numa LAN, as retransmissões


normalmente se restringem a um determinado segmento de rede e não se utilizam para
transmissão de vídeo em rede” (Holguin, 2010).

2.4.2. Meios de transmissão de sinais

Os meios de transmissão de sinais tem como objectivo transmitir o fluxo de dados, voz e
imagem de um equipamento para outro. Os meios físicos utilizados para a transmissão nos
sistemas de egurança são: os metálicos, as fibras ópticas e a radiofrequência em microondas.

Cada um deles influencia o sinal transmitido, limitando a largura de banda disponível,


provocando distorções que não posam ser eliminadas (Holguin, 2010).

2.4.2.1. Fibra óptica

Definição da Fibra óptica

A fibra óptica é um filamento de vidro, silício ou plástico, capaz de transmitir dados através de
feixes de luz (Holguin, 2010).

O seu diâmetro pode variar desde a espessura de um fio de cabelo, até vários milímetros de
espessura.

Recentemente a fibra óptica começou a ser explorada por empresas de Telecomunicações, que
pretendem aumentar o seu potencial tecnológico.

O uso da fibra óptica em sistemas de videovigilância, traz enumeras vantagens a começar pela
alta velocidade de transferência de dados, a ausência de interferências no sinal, etc.

Um exemplo da fibra óptica é apresentado no esquema da Figura 2.12.

25
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 2.12. Fibra optica

[Fonte: Tese de Hulguin, 2010]

2.4.2.1.1. Funcionamento da fibra óptica

As fibras ópticas transportam feixes de luz, sendo que essa luz é rflectida constantemente pelos
filamentos. Nas extremidades dos cabos de fibra óptica existe um tradutor de eletricidade, que
converte o sinal luminiso em dado e vice-versa (Holguin, 2010).

2.4.2.1.2. Características da fibra óptica

A fibra óptica, vista desde um contexto geral é constituída por um guia de onda ideal para
transmissão de informação. Por este meio de transmissão passam sinais de luz, que se propaga
pela reflexão total que produz no interior.

A fibra óptica é constituída por uma material cujas suas propriedades físicas deste material
introduzem algumas mudanças na propagação dos sinais de luz. O material da fibra não é o
único que produz as perdas nela.

2.4.2.1.3. Dispersão

Segundo (Holguin, 2010) dispersão é o efeito em que vários componentes de um sinal


transmitido viajam a diferentes velocidades de propagação na fibra e chegam ao receptor em
tempos diferentes.

Num sistema de comunicação óptico apresentam-se diferentes tipos de dispersão. Os mais


importantes são:

 Dispersão intermodal;

 Dispersão de polarização;

 Dispersão cromática;

26
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

2.4.2.1.4. Dispersão Cromática

A dispersão cromática quantifica a limitação que impõe a dispersão sobre o comprimento de


enlace e velocidade.

Esta é a principal dispersão a qual é uma característica da fibra, cada fibra tem uma dispersão
cromática diferente. Uma ilustração deste tipo de dispersão é ilustrada na Figura 2.13.

Figura 2.13. Dispersão Cromática

[Fonte: Hernández 2014]

2.4.2.1.5. Dispersão intermodal

A dispersão intermodal surge só na fibra multimodo onde os diferentes modos viajam a


diferentes velocidades e chegam ao receptor em diferentes tempos como mostra a Figura 2.14.

Figura 2.14. Dispersão Intermodal

[Fonte: Hernández 2014]

27
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

2.4.2.1.6. Dispersão de polarização

A dispersão de polarização surge porque a fibra na sua constituição física não é perfeitamente
circular.

2.4.2.1.7. Atenuação

A atenuação numa fibra óptica, é a perda de potência óptica quando o sinal viaja através da
fibra. A atenuação intrínseca se produz porque no processo de fabricação da fibra, esta não é
completamente pura. A atenuação da extrínseca é produzida por algum mecanismo externo que
curva a fibra óptica (Holguin, 2010)

O comprimento de onda da luz que atravessa a fibra óptica também afecta a atenuação. A
atenuação é medida em decibéis. Numa fibra óptica de vidro, a atenuação é baixa para sinais de
luz com comprimento de onda grandes e a atenuação será maior para sinais de luz com
comprimento de onda curto.

Os valores de atenuação para um comprimento de fibra óptica podem ser calculados usando os
coeficientes de atenuação para um específico tipo de fibra óptica. Para o cálculo da máxima
atenuação temos que multiplicar o coeficiente de atenuação com o comprimento da fibra a usar
(Holguin, 2010).

𝑀𝑎𝑥. 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑢𝑎çã𝑜 = 𝐶𝑜𝑒𝑓. 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑢𝑎çã𝑜 𝑋 𝐶𝑢𝑚𝑝𝑟. 𝐹𝑖𝑏𝑟𝑎 Ó𝑝𝑡𝑖𝑐𝑎 (2)


No desenho da rede de fibra óptica, as atenuações não devem superar ao valor obtido como
máxima atenuação.

2.4.2.1.8. Tipos de fibra

2.4.2.2. Fibra Monomodo e Multimodo

Para o desenho de um sistema de videovigilância devemos determinar que tipo de fibra se vai
instalar. É importante conhecer as vantagens de ambos tipos de fibra.

2.4.2.3. Vantagens do uso da fibra óptica Monomodo

 São ideais para a transmissão a largas distâncias com a maior largura de banda.

 Possuem uma menor atenuação que as fibras multimodos.

 Se dispõe de fibra monomodo para os comprimentos de onda óptica de 1310 nm e 1550


nm.

28
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

2.4.2.4. Vantagens de usar uma fibra óptica Multimodo.

 É usada para distâncias menores que 2km.

 A largura de banda é mais dependente do seu cumprimento.

 É adequada para cumprimentos de onda de 850 nm e 1310 nm.

2.4.2.5. Vantagens da fibra óptica

A fibra óptica apresenta as seguintes vantagens;

 Maior largura de banda, com elevadas taxas de transmissão;

 Tamanho mais reduzido dos cabos;

 Imunidade as interferência electromagnéticas;

 Peso reduzido podendo 1km de fibra pesar 57Kg, contra 7200 kg de cabos de pares
trançado.

 Isolamento eléctrico;

 Sem risco de fogo;

 Podem ser instaladas em ambientes com temperaturas até 90º).

2.4.2.6. Equipamentos de transmissão e recepção óptica.

Um equipamento de transmissão óptica, recebe sinais eléctricos os transforma em sinais ópticos


para transmiti-las através da fibra, o receptor realiza a função contrária, recebe os sinais ópticos
e os transforma em sinais eléctricos.

Os equipamentos ópticos como os transmissores, receptores, multiplexores, estão dotados de


um emissor de luz laser ou led, em caso do receptor, estão dotados de um fotodetector.

Uma instalação multiplexada permite combinar diversos sinais numa única fibra óptica. Isto
reduz o número de fibras requeridas para uma instalação, o qual supõe uma notória redução de
custos em enlaces de comprimentos muito longos.

Os sinais de vídeo analógicos enviados pelas camaras deverão chegar a um painel donde estará
instalado um equipamento óptico (Figura 2.15) que permitirá multiplexar o sinal de vídeo e
transformar o sinal eléctrico em sinal óptico para ser transmitido através da fibra.

29
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 2.15. Equipamento transmissor e receptor de sinais ópticos para câmaras fixas

[Fonte: Tese de Hulguin, 2010]

No caso das camaras PTZ, estas necessitam de um sinal de dados, através da qual enviarão
ordens para o movimento PTZ.

O sinal de vídeo e de dados enviados pelas camaras PTZ ingressarão a um transmissor de sinal
que terá uma entrada de vídeo e uma porta de dados. Pela porta de dados se enviam as ordens
de movimento às camaras PTZ (Figura 2.16)

Figura 2.16. Equipamento transmissor e receptor para camaras PTZ

[Fonte: Tese de Holguin 2010]

Como se pode ver na (

Figura 2.16. Equipamento transmissor e receptor para camaras PTZ

[Fonte: Tese de Holguin 2010) camara PTZ recebe um sinal de dados através do equipamento
óptico, o sinal de movimento é enviado pelo operador usando um teclado ou um joystick. Pela
fibra tanto o sinal de dados como o de vídeo.

30
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

2.4.2.7. Considerações para o desenho do sistema

2.4.2.8. Largura de banda

A largura de banda utilizada pelas componentes de um sistema de videovigilância depende da


configuração dos mesmos (Comunications, 2006).

A largura de banda necessária para uma câmara depende de factores tais como:

 O tamanho da imagem;

 A compressão;

 A frequência da imagem por segundo;

 A complexidade da imagem.

A largura de banda se refere ao bit-rate de uma rede de transferência de dados, ou seja, a


velocidade dos dados em bits/s que a rede suporta (conectividade, 2008).

Velocidade de conexão:

A Tabela 2.3 abaixo, mostra o limite de banda para diferentes tipos de conexão à internet:

56 Kb/s Modem/Discada

10 Mb/s Ethernet

100 Mb/s Fast Ethernet

1000 Mb/s Gigabit Ethernet

Tabela 2.3: Velocidades de Conexão

[Fonte: Datacabos, 2008]

2.4.2.9. Armazenamento

Num sistema de videovigilância é necessário ter em conta os seguintes factores para o cálculo
das necessidades do armazenamento:

 O número de câmaras;

 O número de horas por dia em que a câmara estará gravando;

 Durante quanto tempo deverão guardar-se os dados;

31
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

 Detecção de movimento (Evento) unicamente ou gravação contínua;

 Outros parâmetros tais como velocidade de imagem, compressão, qualidade da


imagem e complexidade.

2.4.2.10. Compressão das imagens capturadas

A compressão das imagens constitui um requisito indispensável no dimensionamento de um sistema de


videovigilância. Para o caso deste projecto, foi escolhido a compressão H.264 pois é o tipo de
compressão frequentemente usado nos sistemas dos últimos dias.

Para além de ser um tipo de compressão usado com frequência, as próprias câmaras já vem preparadas
com a compressão H.264 recomendada.

2.4.2.11. Redundância

 Segundo (Comunications, 2006) o disco duro Raide (Matriz redundante de discos


independentes) é basicamente um método para estender os dados sobre múltiplas
unidades de disco duro com suficientes dados redundantes em todos os discos a fim de
que possam recuperar-se dos restantes discos em caso de avaria da unidade. O esquema
da Figura 2.17. Redundância de discos duros , mostra um exemplo de redundância
de 4 discos duros.

Figura 2.17. Redundância de discos duros

[Fonte: Guia técnica de vídeo IP, 2006]

 A réplica dos dados e uma característica comum de muitos sistemas operativos da


rede: Os servidores de arquivos na rede estão configurados para replicar dados entre
si.

A Figura 2.18 mostra um exemplo de como pode ser feita a réplica de dados num sistema de
videovigilância IP.

32
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 2.18. Réplica de dados

[Fonte: Guia técnica de vídeo IP, 2006]

2.4.2.12. Escalabilidade do sistema

A escalabilidade vária em função do tipo de sistema escolhido e portanto, deve-se ter em conta
durante a fase do desenho do sistema de videovigilância.

 “Número de camaras por gravador: Em um sistema de vídeo IP, um servidor de PC


grava e gere o vídeo. O servidor e PC pode se escolher em função do rendimento
necessário. Frequentemente o rendimento se especifica como o número total de imagens
por segundo do sistema. Se se necessita de 30 ips para cada câmara, um servidor só pode
gravar 25 câmaras. Se são suficientes 2 ips, 300 câmaras podem ser geridas através de
um servidor. Isto significa que o rendimento do sistema usa-se de forma eficiente e pode
optimizar-se” (Holguin, 2010).

 Tamanho do sistema:

“Para instalações maiores, um sistema de vídeo IP é fácil de ampliar.

Quando se necessitam velocidades de imagem de gravação maior o tempo de gravação


superiores, poderá adicionar-se mais capacidade de processamento e/ou memória ao
servidor de PC que gere o vídeo” (Holguin, 2010).

2.4.2.13. Controle da velocidade da imagem

O vídeo IP permite o controlo da velocidade de imagem, diferente do vídeo analógico donde


todo o vídeo se transmite desde a câmara de forma permanente. O controlo da velocidade de
imagem nos sistemas de vídeo IP significa que o servidor de vídeo/câmara IP unicamente envia
imagens a velocidade de imagem especificada, sem ter que transferir vídeo desnecessário

33
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

através da rede. O servidor de vídeo/câmara de rede ou software de vídeo pode configurar-se


para elevar esta velocidade de imagem se, por exemplo, se detecta actividade.

2.4.2.14. Tecnologia de transmissão sobre a Fibra Óptica

“Serviços de vídeo, como parte dos pacotes de serviços, demandam maior largura de banda e
tem forçado a maior parte das operadoras a considerar uma actualização ou mesmo uma
renovação completa das sua rede de acesso de cobre legada. As redes GPON e EPON são dois
padrões que abrem novas oportunidades tanto para os fabricantes como para as operadoras”
(TELECO, 2016).

2.4.2.15. Tecnologia GIPON

As redes GPON (Gygabyte-cabable Passive Optical Network) são actualmente uma das
tecnologias de acesso a alta velocidade que têm atraído grande interesse no mercado de
telecomunicações.

“O sistema GPON (Gigabyte-capable Passive Optical Network) é composto por um terminal


de Linha Óptica (Optical Line Terminal – OLT), instalado num site central da operadora, e por
diversos Terminais de Rede Óptica (Optical Network Terminal-ONT), instalados nos sites dos
diversos Clientes. Opcionalmente, podem se usadas Unidades de Rede Óptica (Optical Network
Unit-ONU) para chegar até os sites dos clientes com outra tecnologia, por exemplo, o VDSL2.
Esses dispositivos (ONU e VSDL2) são activos (Unidades electrónicas) e necessitam de fontes
de alimentação. Ao invés de utilizar sistemas electrónicos na Rede de Distribuição Óptica
(ODN), o uso de divisores passivos permite dividir a largura de banda disponível para atender
a vários usuários” (TELECO, 2016).

“Desta forma, não existem componentes activos (unidades electrónicas) entre o site central da
operadora e as instalações dos clientes. Isto reduz tanto os investimentos em rede (Capital
Expenditures-CAPEX) como as despesas operacionais (Operational Expenditures-OPEX), já
que os componentes passivos utilizados na rede não necessitam de fontes de alimentação para
funcionar. Eles também geralmente são mais baratos para a implantação e manutenção inicial
da rede externa” (TELECO, 2016).

“O uso de GPON deve-se a vários factores. A tecnologia suporta uma vasta gama de aplicações
e serviços, principalmente os serviços de envio unidirecional de vídeo e TV do tipo unicast e
broadcast” (TELECO, 2016).

34
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Segundo TELECO ( 2016) três principais normas PON são: Broadband PON (BPON), GIPON
e EPON. O BPON e o seu sucessor GPON são recomendações da International
Telecomunication Union-Telecomunication Standardzation Union (ITU-T) patrocinadas pela
Full Service Access Network (FSAN), uma associação mundial de fabricantes e operadoras que
implementam equipamentos com as tecnologias PON. O EPON é um padrão desenvolvido pelo
Institute of Electrical and Electronics Engineer (IEEE), através de uma iniciativa do grupo
“Ethernet in the first Mile – EFM”.

Embora todos os três sistemas funcionem baseados no mesmo princípio, existem várias
diferenças entre eles como pode ser observado na Tabela 2.4.

Características EPON BPON GPON

Recomendação IEEE 802.3ah ITU-T G.983 ITU-T G.984

Protocolo Ethernet ATM Ethernet, TDM

Taxa de bits 1000 Mbit/s, DS e 622 Mbit/s DS, 155 2488 Mbit/s DS,
US Mbit/s US 1244 Mbit/s US

Span (km) 10 20 20

Taxa de divisão 16 ou 32 32 32 ou 64

(split-ratio)

Tabela 2.4: Tipos de PON e suas principais características. (DS: downstream, US:upstream)

[Fonte: TELECO, 2016]

2.4.2.16. Definição conceitual e operacional das variáveis de investigação.

1. Largura de banda – É a capacidade do canal de transmissão por onde a informação


é enviada.

2. Taxa de transmissão – A velocidade com que a informação é transmitida de um


ponto para o outro.

35
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

3. CAPÍTULO 3 - MARCO CONTEXTUAL DA INVESTIGAÇÃO

3.1. Introdução

Neste capítulo é abordado o caso de estudo, é apresentada uma visão geral de o que é a cidade
de Maputo bem como a Avenida 25 e Setembro que é o ponto fulcral no que diz respeito ao
caso de estudo isto é, a descrição geral da situação de segurança, analisando o estado actual e o
sistema de segurança actualmente em vigor.

3.2. Descrição da Cidade de Maputo

Maputo é capital da República de Moçambique, e situa-se no extremo sul do país ocupando,


segundo os dados do Centro de ortografia, uma superfície de 346,77 Km2 incluindo os Distritos
Municipais da Catembe e da Ilha de Inhaca. Tem sete distritos municipais e sessenta e três
bairros.

Maputo é limitado a Oeste pelo Vale do Infulene que o separa do Município da Matola, a Este,
pelo Oceano Indico, a Sul pelo Distrito de Matutuine e, a Norte pelo Distrito de Marracuene.

Maputo ao longo da História já foi baía de ka-Mpfumo, Baía Formosa, baía da Boa Pa, Delagoa
Bay e Lourenço Marques, ascendeu a categoria de cidade a 10 de Novembro de 1987 e conta
com uma população fixa estimada em 1.099,102 habitantes e uma população flutuante de cerca
de 700 mil habitantes.

A avenida 25 de Setembro tem um comprimento de 1,62 km e dividida em duas faixas de


sentidos contrários. É uma das maiores e principais avenidas da cidade de Maputo devido
principalmente por albergar grandes instituições dentre elas estatais e privadas.

3.2.1. Descrição da Av. 25 de Setembro.

A Avenida 25 de Setembro está localizada na Cidade de Maputo, concretamente na Baixa da


Cidade.

A Avenida 25 de Setembro tem um comprimento de 1,62 km e dividida em duas faixas de


sentidos contrários, é uma das maiores avenidas da cidade de Maputo devido principalmente
por albergar grandes instituições Estatais assim como privadas. Tem o seu início com o
cruzamento com a Rua Paulino Santos Gil e fim na praça Roberto Mugabe.

36
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

3.2.2. Descrição da situação actual da segurança na Av. 25 de Setembro

No que diz respeito a questão da segurança ao longo da Av. 25 de Setembro, constitui até hoje
uma grande preocupação devido ao sistema actualmente em uso tendo em conta, que se trata de
uma Avenida cujo ao longo da sua extensão existem várias instituições na sua maioria,
instituições de grande relevância.

No âmbito da segurança, existe na maior parte das instituições que se encontram ao longo
daquela grande Avenida, o uso de CFTV que faz a monitorização individual, isto é, os sistemas
são destinados somente aos interesses das instituições. Com a ajuda do software Google Map
foi possível fazer uma breve visualização da Avenida 25 de setembro na Figura 3.1

Figura 3.1. Avenida 25 de Setembro

[Fonte: Google Map]

A situação da segurança ao longo da via é um assunto pertinente principalmente aos


funcionários daquelas instituições bem como aos seus clientes, pois existem vários casos de

37
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

roubo de acessórios nas viaturas que se encontram estacionadas ao longo da via publica o que
seria minimizado com a existência de um sistema de videovigilância.

Alguns actores de roubo de acessórios de viaturas são alguns infiltrados no grupo dos jovens
que se dedicam a actividade de lavagem e guarda das viaturas nos seus locais de estacionamento
o que tem constituído uma grande preocupação aos que frequentam diariamente aquela via. A
Figura 3.2 ilustra um exemplo concreto de alguns factos reais de roubo de acessórios de
viaturas por pessoas que se fazem passar de guardas de viaturas na via pública.

Figura 3.2. Roubo de acessórios de viaturas na via pública

[Fonte: Jornal a Verdade 2012]

Ao longo da Av. 25 de Setembro apresentam-se várias infra-estruturas de habitação e de


negócios dos quais se apresenta uma lista das maiores instituições que poderão se beneficiar do
sistema em estudo:

 Sede do BM (Banco de Moçambique)

 Sede do BCI (Banco Comercial de Investimentos)

 Sede do Millennium BIM (Banco internacional de Moçambique)

 Sede do Barclays Bank

 Sede do Moza Banco

 Sede do Captal Bank

38
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

 Sede da Vodacom Moçambique

 Sede da MCEL (Mozambique Celular)

 Sede da TVM (Televisão de Moçambique).

3.3. Fornecedor de serviços de telecomunicações

Para o estabelecimento do perfil tecnológico do caso de estudo, identificaram-se os maiores


provedores de serviços de telecomunicações, que são respectivamente: a TVCabo e a TDM
(Telecomunicações de Moçambique).

Das empresas acima mencionados foi escolhida a empresa TVCabo Moçambique Lda., pois
dentro da cidade possui o seu backbone de Fibra óptica usando a tecnologia GPON como
tecnologia de transmissão.

A escolha da empresa TVcabo como fornecedora do serviço deveu-se ao facto desta usar a
GPON como tecnologia de transmissão sobre a Fibra Óptica pois, trata-se da tecnologia a ser
implementada neste trabalho.

39
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

4. CAPITULO 4 – METODOLOGIA DE RESOLUÇÃO DO PROBLEMA E


APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS

Neste capítulo são apresentados os pormenores do desenho do Sistema de Circuitos fechados


de Televisão (CFTV), nomeadamente os locais da fixação da camaras, descrição/composição
das estações, os servidores, as camaras IP, a estrutura da rede que interliga os diversos
equipamentos que compõem o sistema, bem como a apresentação dos cálculos de alguns
parâmetros essenciais do sistema.

4.1. Elementos constituintes do projecto

Os sistemas de videovigilância agrega as seguintes valências:

 Captação das imagens:

A captação das imagens será efectuada por meio de câmaras IP que são responsáveis
pela recolha das imagens e pela transformação dos sinais ópticos (imagens) em sinais
eléctricos.

 Transmissão do sinal:

A transmissão do sinal é responsável pelo transporte dos sinais entre os vários


dispositivos do sistema.

 Processamento de imagem:

O processamento de imagem inclui o tratamento, a gravação e a visualização das


imagens, podendo ser efectuado por um único dispositivo ou por vários conforme
ilustrado na figura abaixo.

A Figura 4.1 mostra um esquema básico de um sistema de videovigilância IP.

40
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 4.1. Esquema básico de um sistema de videovigilância

[Fonte: Autor]

4.2. Princípio de funcionamento do sistema

O sistema de videovigilância irá captar as imagens do meio a proteger através de câmaras IP e


transformá-las em sinais eléctricos (sinal vídeo), os quais serão transmitidos para dispositivos
de selecção e visualização de imagens, designadamente monitores.

A distribuição das imagens provenientes das várias câmaras pelos monitores é normalmente
efectuada através de um processo de comutação digital permitindo que as imagens provenientes
das câmaras sejam distribuídas por cada monitor de forma independente.

Entre as câmaras e monitores não existe nenhuma relação fixa, podendo associar-se qualquer
câmara ou conjunto de câmaras a um monitor ou conjunto de monitores, com as sequências
consideradas convenientes.

O sistema permitirá a gravação das imagens para a possível visualização posterior, sendo esta
a possibilidade mais relevante deste sistema.

4.3. Características técnicas do sistema

O presente sistema deverá satisfazer as necessidades pretendidas e os objectivos a que se


destina, no que se refere a:

41
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

 Captação de imagens:

A qualidade e detalhe das imagens captadas deverão garantir a obtenção da informação


pretendida;

 Transmissão:

Os meios de transmissão deverão ser adequados às condições específicas da instalação


(distância, interferências, segurança, integridade) de modo a garantir um sinal com a
qualidade e fiabilidade requerida.

 Gravação de imagens:

A parametrização do sistema (método e taxa de compressão, resolução e número de


imagens por segundo) deverá garantir a qualidade das imagens gravadas de acordo com
o requerido.

 Acesso as imagens:

O sistema deverá que o acesso às imagens seja feita de forma contínua, isto é, sempre
que houver a necessidade de se aceder as imagens o sistema deverá permitir sem
nenhum impedimento.

4.3.1. Manutenção

De modo a garantir a fiabilidade deste sistema, este deve ser sujeito a inspecções periódicas e
a acções de manutenção preventiva regulares.

4.4. Componentes de hardware do sistema

4.4.1. Meio de transmissão

O sistema terá como meio de transmissão o cabo de fibra óptica e isto contribuirá bastante para
a produtividade do sistema por se tratar de um sistema que envolve um número considerável de
camaras IP e pelo facto de que a distância entre as camaras é considerável o que não seria viável
que se usa-se os cabos de cobre devido a sua limitação com a distância, e não só, a fibra óptica
possui uma grande vantagem comprado aos outros tipos de cabos por ser um cabo não sujeito
a interferências electromagnéticas e de radiofrequência e nem problemas de elevação de tensão
que de certa forma poderiam causar danos ao sistema e por ser um tipo de cabo que possui uma
elevada largura de banda, que permitirá o envio de um grande volume de informação a longas
distâncias.

42
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Um exemplo de cabo de fibra óptica é mostrado abaixo na Figura 4.2.

Figura 4.2. Fibra óptica

[Fonte Holguin 2010]

A fibra optica será usada para interligar as camaras que estarão separadas a uma certa distancia
bem como a conexão entre a estação central e as câmaras. O que significa que não só será usada
a fibra óptica em todo o sistema, será usada também o cabo UTP o simplesmente o cabo Par
Trançado que será aplicado entre a camara e o adaptado

4.4.2. Conversão do sinal

Por se tratar do uso da fibra óptica como meio de transmissão, há que salientar que as câmaras
de vídeo IP não possuem portas para fibra óptica, portanto haverá necessidade do uso dos média
converter ou simplesmente conversores de fibra óptica, que não é nada mais que um dispositivo
que recebe o sinal vindo do cabo de cobre e converte-o para sinal de luz e transmite o sinal de
luz através do cabo de fibra óptica. O conversor correspondente deve estar posicionado noutra
terminal do cabo e converte o sinal de luz num sinal apropriado para o cabo de cobre como
mostra a Figura 4.3.

43
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 4.3. Midia Converter

[Fonte:www.l-com.com]

4.5. Alimentação das câmaras IP

As camaras a serem usadas no projecto permitem dois tipos de alimentação podendo ser
alimentado pela corrente elétrica alternada ou por POE (Power Over Ethernet) este tipo de
alimentação permite que a camara seja alimentada através da corrente vinda da rede, para tal é
necessário a aplicação de um adaptador que permitirá que a camara seja alimentada através de
Ethernet o chamado POE Adapter ou Adaptador POE, portanto para este projecto optou-se a
alimentação através de POE (Power Over Ethernet) que é um dispositivo que recebe a corrente
alternada e converte-a em corrente de Ethernet para a alimentação da câmara.

Para este tipo de alimentação, o adaptador óptico já vem com o sistema de alimentação acoplado
o que significa que o adaptador óptico ou Midia Converter terá uma dupla função a de alimentar
as camaras e de converter o sinal óptico para sinal de luz.

Na alimentação das câmaras é necessário que haja uma redundância devido a possíveis cortes
de energia eléctrica que eventualmente possam acontecer.

Portanto para evitar com que as câmaras fiquem sem alimentação optou-se pelo uso de painéis
solares que vão servir de fonte redundante. Um exemplo de uma camara IP com com uma fonte
de alimentação redundante está ilustrado na Figura 2.4.

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 4.4. Sistema de alimentação por energia solar

[Fonte: www.3gmobilecctv.com]

4.6. Camaras IP

A escolha das câmaras, para além da qualidade de imagem que elas oferecem e a área de
cobertura por elas abrangida, teve a ver com o ambiente do local de operação, isto é, tratando-
se de um sistema projectado pra a monitorização da via pública, onde o ambiente é propenso a
vários obstáculos tais como as chuvas, ventania, poeira, radiação solar, actos de vandalismo e
outros tipos de incidentes. Achou-se necessário o uso de câmaras preparadas para este tipo de
ambiente de modo que possam durar.

Trata-se de câmaras de marca BOSCH eficientes e próprias para exteriores e de fácil instalação
e apropriadas para serem afixadas em postes verticais. Abaixo é feita uma ilustração do tipo de
câmara escolhida na Figura 4.5.

Figura 4.5. Câmara Autodome 7000 PTZ

[Fonte: boschsecurity.com]

Foram selecionadas câmaras Autodome PTZ na sua maioria porque a maior parte dos pontos
de instalação das câmaras são cruzamentos onde há uma necessidade de se instalar câmaras
móveis, mas ao longo da Av. 25 de Setembro existe um ponto de instalação onde não há
45
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

necessidade de se instalar uma câmara móvel, visto que foi seleccionada uma câmara fixa que
pode ser vista abaixo na Figura 4.6.

Figura 4.6. Câmara VOT-320 Thermal IP

[Fonte: www.boschsecurity.com]

4.6.1. Especificações técnicas da câmara Autodome 7000 PTZ

4.7. Switch

O Switch é utilizado basicamente como um meio de conexão que permite que vários
equipamentos

Para a concentração das câmaras que estarão instaladas ao longo da Av. 25 de Setembro será
usado um Switch da camada 2 que receberá todos os sinais produzidos por cada câmara onde
por sua vez este estará conectado a um outro switch que estará na central de controlo que através
do cabo de fibra óptica estará conectada a um outro Switch que na central de controlo.

A escolha do switch como concentrador deveu-se ao facto de ser um importante equipamento


adequado para a conexão de equipamentos em rede e uma imagem ilustrativa encontra-se na
Figura 4.7.

Figura 4.7. Switch Cisco 2960 Catalist 48 portas

[Fonte: www.aeonpartners.net]

46
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Este é um Switch CISCO 2960 de 48 portas e foi escolhida pensando-se no futuro, em casos de
necessidades de expansão da rede por isso que se trata de um Switch de 48 portas para 23
camaras que actualmente foram projetadas.

4.8. NVR (Network Vídeo Recorder)

Um NVR, é um sistema completamente digital que recebe imagens digitais de videio através
da rede e as grava num disco duro, num formato digital. Um NVR está desenhado para oferecer
um óptimo rendimento para um conjunto de câmaras IP em rede (Comunications, 2006).

O DVR escolhido, possui um espaço total de 6TB de armazenamento e contém um espaço


reservado para a montagem de um disco duro redundante.

Um exemplo de NVR é apresentado abaixo na Figura 4.8.

Figura 4.8.IP NVR Series DNR300

[Fonte: www.asmag.com]

4.9. Postes de suporte das câmaras.

Para o suporte ou posicionamento das câmaras serão usados postes metálicos com uma altura
de 9 m pois é a altura estimada pra o posicionamento das camaras podendo permitir uma boa
captação das imagens, um exemplo do tipo de poste a ser usado encontra-se ilustrado na figura
abaixo (Figura 4.9)

47
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 4.9. Poste para fixação das câmaras.

[Fonte: cctvupdate.blogspot.com]

4.10. Bastidores para equipamento de telecomunicações.

Um bastidor de telecomunicações ou Rack de Rede é um armário ou gabinete, que abriga todo


o material associado à uma rede. Este armário abriga e protege certos equipamentos de
telecomunicações. Existem vários tipos de modelos de bastidores, cada um específico para sua
necessidade, para o caso de um sistema de CFTV que não possui muitos equipamentos que
necessitam de ser alojados do bastidor é necessário um bastidor de altura média de acordo com
as necessidades tal como está ilustrado na figura Figura 4.10.

Figura 4.10. Bastidor de telecomunicações

[Fonte: www.amazon.com]

48
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

4.11. Locais de instalação das câmaras.

As câmaras estarão instaladas ao longo da Av. 25 de setembro partindo ponto onde inicia a
avenida (Intersecção com a Rua Paulino Gil). A sua distribuição encontra-se na tabela abaixo
(Tabela 4.1: Pontos de posicionamento das câmaras ao longo da Av. 25 de Setembro)

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Camaras Tipo da camara Ponto de instalação Distância focal (mm) Alcance mínimo estimado
(m)

C1 Bosch PTZ vg5- Início da Av. 25 de Setembro 162 200


7220

C2 Bosch fixa vot-320- Av. Romão Fernandes Farinha intersecção com Av. 25 162 100
v de Setembro

C3 Bosch PTZ vg5- Av. Alberto Lithuli intersecção com Av. 25 de Setembro. 162 200
7220

C4 Bosch PTZ vg5- Av. 25 de Setembro intersecção com Av. Guerra Popular 162 200
7220

C5 Bosch PTZ vg5- Av. 25 de Setembro intersecção com Av. Karl Marx 162 200
7220

C6 Bosch PTZ vg5- Av. 25 de Setembro intersecção com Av. Samora 162 200
7220 Machel.

C7 Bosch PTZ vg5- Av. 25 de Setembro intersecção com Av. Vladimir 162 200
7220 Lenine

50
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

C8 Bosch PTZ vg5- Av. 25 de Setembro intersecção com Av. Do Presidente 162 200
7220 Carmona

C9 Bosch PTZ vg5- Av. 25 de Setembro intersecção com rua de acesso a sede 162 200
7220 da vodacom

C10 Bosch PTZ vg5- Av. 25 de Setembro intersecção com rua do pântano 162 200
7220

C11 Bosch PTZ vg5- Praça Roberto Mugabe (fim da Av. 25 de Sete.) 162 200
7220

Tabela 4.1: Pontos de posicionamento das câmaras ao longo da Av. 25 de Setembro

[Fonte: Autor]

51
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

4.12. Central de monitoramento

A Central de monitoramento estará localizada nas instalações da PIC (Policia de Investigação


criminal) que se encontra a aproximadamente 600 m da Av. 25 de Setembro.

4.13. Distância de separação entre as câmaras

A distância de separação entre as câmaras é variável e foi estimada em função do raio de


abrangência estimado de cada câmara, visto que a máxima distância de separação entre as
câmaras é de cerca 300m.

Um dos parâmetros a ser considerado na distância de separação entre as câmaras, é a distância


focal lente que tem um efeito muito significativo na qualidade da imagem captada pela câmara.

A Figura 4.1 mostra uma distância focal de 162 mm, isto é, a distância focal pode ser regulada
num intervalo. Se quisermos obter uma imagem mais detalhada de um objecto a vigiar,
mantendo a mesma distância da câmara ao objecto, temos de aumentar a distância focal, ao
contrário, se necessitamos cobrir uma distância maior teremos de diminuir a distância focal.

Uma ilustração do posicionamento das câmaras está ilustrado abaixo na Figura 4.11.

Figura 4.11. Distribuição das câmaras ao longo da Av. 25 de Setembro

[Fonte: Autor]

52
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

4.14. Software usado para o dimensionamento e estimação dos parâmetros do sistema.

4.14.1. IP Video System Desingn Tool

IP Video System Design Tool é um software que ajuda a projectar, de forma rápida e fácil, um
sistema de vigilância moderno de vídeo IP.

Com o software pode-se fazer o seguinte:

 Encontrar a melhor posição para a câmera e calcular com precisão, o campo e o angulo
de visão;

 Calcular a largura focal das lentes em segundos;

 Estimar a largura de banda necessária à rede, para os sistemas de vídeo, com um número
ilimitado de câmeras IP e servidores de vídeo.

 Calcular o espaço de armazenamento necessário para o arquivo de vídeo no HD.

 Salvar seu trabalho - As funções Save/Load (salvar/carregar) disponibiliza o acesso a


todos seus cálculos anteriores.

 Copiar seus cálculos, desenhos e figuras em 3D para o MS Word, Excel ou Visio.

 Imprimir todo o projeto.

53
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

4.15. Passos de utilização do software IP Video System Design Tool

4.15.1. Configuração do simulador

Figura 4.12. Primeira Tela de abertura do Software

Depois de aberto o simulador, será apresentado um ambiente de trabalho Figura 4.13.

Figura 4.13. Ambiente de trabalho do simulador IP Video System Design Tool

54
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

O passo seguinte, consiste em configurar o simulador selecionando o idioma de preferência do


utilizador e para isso, devemos navegar para a barra de menus e seleccionamos o menu
Settings/Language como mostra a Figura 4.14.

Figura 4.14. Escolha do idioma que se pretende usar no software

Feita a selecção do idioma a ser usado, o pode-se abrir um novo ambiente de trabalho onde se
possa criar um novo projecto.

O ambiente de trabalho, por defeito já apresenta um projecto com parâmetros padrão onde o
utilizador só precisa de alterá-los introduzindo os parâmetros desejados para o
dimensionamento do seu projecto e para criação de um novo projecto, basta navegar para a
barra de menus e seleccionar file/new conforme está ilustrado na Figura 4.15.

55
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 4.15. Criação de um novo projecto

Antes de mais nada, como se trata de um projecto de videovigilância, temos de ter em conta a
componente mais importante do projecto que é a câmara de video IP. Por tanto é importante
sabermos que existem vários fabricantes de camaras de video e cada fabricante tem as suas
especificações e a qualidade da camara varia de fabricante para fabricante. Portanto o aplicativo
nos permite escolher dentre uma gama de fabricantes e o modelo da câmara que por defeito já
vem listados no aplicativo, e para a sua selecção procede-se da forma ilustrada na Figura 4.16.

Figura 4.16. Selecção do fabricante da câmara

Pode-se que nos lados direito e esquerdo existem campos que permitem que o projectante faça
a inserção dos parâmetros necessários em função das necessidades do projecto. Portanto do lado

56
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

esquerdo trata-se de parâmetros referentes a câmara e do lado esquerdo trata-se de parâmetros


referentes ao campo de visão do objecto conforme indicado na Figura 4.17.

Figura 4.17. Campos de inserção dos parâmetros da câmara e do campo de visão

Na área da projecção da câmara, o desenho pode ser visto visto em duas projecções onde uma
delas nos permite prever a altura em que se encontra a camara bem como o ângulo de inclinação
da câmara em relação ao plano vertical e noutra projecção nos permite ver o comportamento da
câmara quando variamos a distância focal da lente assim como o angulo em relação ao plano
horizontal como pode ser visto na abaixo na Figura 4.18.

Estas duas visualizações podem ser vistas entrado na aba câmera instalation drawing.

57
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 4.18. Desenho de instalação da câmara visto nos planos verticais e horizontal

Além destas duas vistas o desenho pode ser visto a uma vista a planta como mostra a Figura
4.19 e para esta visualização é necessário entrar na aba Site Plan.

A volta da câmara é possível colocar certos objetos de acordo com a preferência do projectante.

58
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 4.19.Desenho visto a uma vista a planta

Feito o desenho, de acordo com os parâmetros necessários, o aplicativo permite que seja feita
uma visualização em 3D e para tal é necessário entrar na aba 3D Views conforme a ilustração
da Figura 4.20.

Figura 4.20. Visualização das imagens captadas pela camara em 3D

59
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

O plicativo também nos permite fazer uma visualização das imagens extraídas de um DVR ou
NVR e visualizados por meio de um monitor, por defeito o aplicativo nos permite visualizar
imagens referentes a uma câmara e esta visualização pode ser feita entrando na aba 3D Views
conforme é ilustrado na Figura 4.21

Figura 4.21. Visualização das imagens extraídas do DVR.

Feito o dimensionamento tendo em conta o número de câmaras instaladas o aplicativo nos


permite extrair os parâmetros que nos garantem a performance do sistema como:

 Resolução;

 Compressão;

 Tamanho do quadro;

 Largura de banda;

 Espaço de armazenamento;

 Bite rate;

 Frames por segundo;

A visualização destes parâmetros pode ser feita entrando na aba Network Bandwidth & Disk
Space conforme ilustrado na Figura 4.22

60
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 4.22. Visualização dos parâmetros do sistema

4.16. Dimensionamento da rede

4.16.1. Topologia lógica da rede

A topologia lógica do sistema é ponto a ponto. Cada câmara envia o seu sinal de vídeo para o
switch central usando como meio de transmissão a fibra óptica onde este por sua vez envia os
sinais de video para um outro switch que se encontra na central de monitoramento usando o
mesmo tipo de meio de transmissão e depois este envia os sinais de video para o NVR onde é
feito armazenamento das imagens, e por sua vez as imagens serão extraídas do NVR para
poderem ser visualizadas no monitor.

As câmaras de vídeo digital usadas no projecto, têm como saída de vídeo um conector RJ-45,
através de cabo UTP RJ-45 o sinal enviado se conectará ao equipamento de transmissão óptica,
de onde o sinal de vídeo eléctrico será transformado num sinal de luz para ser transmitido
através da fibra óptica para a central de monitoramento de onde o equipamento receptor
transforma o sinal de vídeo óptico num sinal eléctrico para poder ser visto em monitores e
armazenado em equipamentos de gravação digital NVR.

4.16.2. Topologia Física da rede

A rede é basicamente composta de 11 câmaras IP alinhados e conectados em série ao longo da


Av. 25 de setembro segue uma topologia em estrela.

Em cada câmara chega uma corrente alternada que transformada baixando a tensão a fim de ser
convertida em corrente de Ethernet através de um POE (Power Over Ethernet).Cada câmara
conta com um midia converter que recebe um sinal de video convertendo-o num sinal de luz
para poder trafegar sobre a fibra óptica.

Para além da corrente alternada as câmaras podem ser alimentadas por painéis solares que
recebem a energia solar que por sua vez é armazenada numa bateria e depois convertida em

61
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

corrente alternada através de um conversor, as baterias entram em acção de alimentação das


câmaras quando a fonte de corrente alternada estiver interrompida.

Em cada terminal, isto é, em cada ponto de destino do sinal, existe também um midia converter
que realiza um processo inverso, convertendo o sinal de luz para sinal de vídeo.

4.16.3. Esquema geral da rede.

Um esquema ilustrativo da topologia da rede encontra-se ilustrado abaixo na Figura 4.23.

Painel Solar
Câmaras IP

Fibra óptica

Switch

Media Converter

Monitor

Cabo UTP

NVR Storage

Figura 4.23. Topologia física da rede

[Fonte: Autor]

62
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

4.17. Cálculo teórico da largura de banda e do espaço de armazenamento

Na projecção de um sistema de videovigilância, é necessário se ter em conta alguns parâmetros


essenciais de que de depende a largura de banda e o espaço de armazenamento das imagens e
esses parâmetros são:

Tecnologia de compressão

Compressão H.264

O H.264 é o novo e revolucionário codificador de vídeo padrão que envia vídeos de grande
qualidade a baixas taxas de transmissão de dados. Classificado como parte do padrão MPEG-
4.

O H.264 oferece qualidade de video incrível pela menor quantidades de dados. O resultado é
um vídeo nítido e claro em arquivos bem menores, economizando custos de largura de banda
em relação a gerações anteriores de codificação de vídeo.

 Número de frames por segundo

Frames por segundo, é o número de pixels em cada frame (quadro) exibidas em 1


segundo. Para sistemas de videovigilância o número de fremes por segundo varia de 10
à 60 frames por segundo e para a produção de uma boa imagem pode-se considerar 25
fps tendo em conta que quanto maior for o número de frames por segundo maior será a
largura de banda exigida.

 Bit-rate ou Taxa de bits transmitidos por segundo

A taxa de bits transmitida por segundo é um parâmetro que influencia muito no espaço
necessário para o armazenamento das imagens captadas pelas câmaras num sistema de
videovigilância.

 Resolução ou quantidade de pixels.

É o número de pixels em cada frame.

A qualidade de imagem fornecida por uma camara de videovigilância depende muito da


resolução com que a câmara opera portanto, a resolução é também um parâmetro que
influencia muito na largura de banda e espaço armazenamento.

4.17.1. Largura de banda (Bw)

Para o cálculo da largura de banda são necessários os seguintes parâmetros:

63
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

 𝐹𝑠 − Tamanho do quadro ou frame size.

 𝐹𝑝𝑠 − Número de frames por segundo.

 𝑁𝑐 − Número de canais ou câmaras em funcionamento.

O simulador nos permite fazer a estimação de alguns parâmetros em função do tipo de


compressão escolhido, a resolução e do número de frames por segundo.

Os parâmetros que o sistema nos permite estimar são: o Bit-Rate, Frame Size.

Câmara PTZ

Dados
𝐹𝑆 𝑥 1024 𝑥 8 𝑥 𝐹𝑃𝑆 𝑥 𝑁𝑐
𝑁𝐶 = 1 𝐵𝑊𝐶𝑃𝑇𝑍 = (3)
106

19 𝑥 1024 𝑥 8 𝑥 25 𝑥 1
𝐹𝑆 = 19 𝐾𝑏 𝐵𝑊𝐶𝑃𝑇𝑍 = 106

19 𝑥 1024 𝑥 8 𝑥 25 𝑥 1
𝐹𝑃𝑆 = 25 𝐵𝑊𝐶𝑃𝑇𝑍 =
106

𝐵𝑊𝐶𝑃𝑇𝑍 = ? 𝑩𝑾𝑪𝑷𝑻𝒁 = 𝟑. 𝟖𝟗 𝑴𝒃/𝒔

Largura de banda para 10 câmaras PTZ.

𝐵𝑊𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐵𝑊𝐶𝑃𝑇𝑍 𝑥 10 (4)

𝐵𝑊𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 3.89 𝑥 10

𝐵𝑊𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 3.89 𝑥 10

𝑩𝑾𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟑𝟖. 𝟗 𝑴𝒃/𝒔

Câmara Fixa

Dados
𝐹𝑆 𝑥 1024 𝑥 8 𝑥 𝐹𝑃𝑆 𝑥 𝑁𝑐
𝑁𝐶 = 1 𝐵𝑊𝐶𝑓𝑖𝑥𝑎 = 106

0.7 𝑥 1024 𝑥 8 𝑥 25 𝑥 1
𝐹𝑆 = 0.7 𝐾𝑏 𝐵𝑊𝐶𝑓𝑖𝑥𝑎 = 106

𝐹𝑃𝑆 = 25 𝑩𝑾𝑪𝒇𝒊𝒙𝒂 = 𝟎. 𝟏𝟒 𝑴𝒃/𝒔

Largura de banda total exigida

𝐵𝑊𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐵𝑊𝐶𝑃𝑇𝑍 + 𝐵𝑊𝐶𝑓𝑖𝑥𝑎 (5)

64
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

𝐵𝑊𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 38.9 𝑀𝑏 + 0.14 𝑀𝑏

𝑩𝑾𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟑𝟗. 𝟎𝟒 𝑴𝒃

Espaço de armazenamento do disco duro (HD)

Parâmetros necessários:

 𝐵𝑖𝑡𝑅𝑎𝑡𝑒 – Taxa de transmissão.

 𝑁𝐶 − Número de camaras em operação


 𝑇𝑔 − Tempo de gravação
 𝐵𝑖𝑡𝑅𝑎𝑡𝑒
 𝐺ℎ𝑑 − Gasto do disco duro

Câmaras PTZ

Dados

𝐵𝑖𝑡𝑟𝑎𝑡𝑒 = 3891 𝐾𝑏/𝑠


𝑁𝐶 𝑥 𝑇𝐺 𝑥 𝐺𝐻𝐷
𝑁𝐶 = 1 𝐻𝐷 = (6)
106

𝐵𝑖𝑡𝑟𝑎𝑡𝑒
𝑇𝐺 = 15 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝐺𝐻𝐷 = 𝑥 360 (7)
8 𝑏𝑖𝑡𝑠

3891
𝐺𝐻𝐷 =? 𝐺𝐻𝐷 = 𝑥 360
8

3891
𝐺𝐻𝐷 = 8
𝑥 360

𝑮𝑯𝑫 = 𝟏𝟕𝟓𝟎𝟗𝟓𝟎

15 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 360 ℎ

1 𝑥 360 𝑥1750950
𝐻𝐷𝑃𝑇𝑍 =
106

𝐻𝐷𝑃𝑇𝑍 = 630.34 𝐺𝐵

Espaço necessário para 10 câmaras PTZ

𝐻𝐷𝑇𝑜𝑡𝑃𝑇𝑍 = 𝐻𝐷𝑃𝑇𝑍 𝑥 10 (8)

𝐻𝐷𝑇𝑜𝑡𝑃𝑇𝑍 = 630.34 𝐺𝐵 𝑥 10

𝑯𝑫𝑻𝒐𝒕𝑷𝑻𝒁 = 𝟔𝟑𝟎𝟑. 𝟒 𝑮𝑩

Espaço necessário para a câmara fixa.

65
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Dados
𝑁𝐶 𝑥 𝑇𝐺 𝑥 𝐺𝐻𝐷
𝐵𝑖𝑡𝑟𝑎𝑡𝑒 = 143 𝐾𝑏/𝑠 𝐻𝐷 = 106

𝐵𝑖𝑡𝑟𝑎𝑡𝑒
𝑁𝐶 = 1 𝐺𝐻𝐷 = 𝑥 360
8 𝑏𝑖𝑡𝑠

143
𝑇𝐺 = 15 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 360 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝐺𝐻𝐷 = 𝑥 360
8

𝐺𝐻𝐷 =? 𝐺𝐻𝐷 = 64350

1 𝑥 360 𝑥 64350
𝐻𝐷𝐶𝐹𝑖𝑥𝑎 = ? 𝐻𝐷𝐶𝐹𝑖𝑥𝑎 = 106
1 𝑥 360 𝑥 64350
𝐻𝐷𝐶𝐹𝑖𝑥𝑎 = 106

𝑯𝑫𝑪𝑭𝒊𝒙𝒂 = 𝟑𝟐. 𝟐 𝑮𝑩

Espaço total de armazenamento

𝐻𝐷𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐻𝐷𝐶𝑃𝑇𝑍 𝑥 𝐻𝐷𝐶𝐹𝐼𝑋𝐴

𝐻𝐷𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 6303.4 𝐺𝐵 + 32.2 𝐺𝐵

𝑯𝑫𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟔𝟑𝟑𝟓. 𝟗 𝑮𝑩

Espaço total de armazenamento em Terabites

1𝑇𝐵 𝟏024 𝐺𝐵

𝑋 6335.9 𝐺𝐵

6335.9 𝐺𝐵 𝑥 1 𝑇𝐵
𝑋=
1024 𝐺𝐵

𝑋 = 6.18 𝑇𝐵

𝑯𝑫𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟔. 𝟏𝟖 𝑻𝑩

66
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

4.18. Dimensionamento do sistema através do software IP Video System Design Tool.

Nesta parte do trabalho apresentam-se os passos do dimensionamento com o uso do simulador


e para o dimensionamento do sistema foram escolhidos os seguintes parâmetros:

Câmara PTZ

Parâmetros da câmara:

 Fabricante da câmara IP: BOSCH

 Modelo da câmara: VG5-7220

 Altura do Poste: 7 m

 Distância focal da lente: 162 mm

 Compressão: H264-20

 Resolução: 1920x1080 (Full HD).

 Ângulo de visão: Horizonta – 1,7o e Vertical – 1o.

Câmara Fixa

Parâmetros da câmara:

 Fabricante da câmara IP: BOSCH

 Modelo da câmara: VOT-320V

 Altura do Poste: 7 m

 Distância focal da lente: 162 mm

 Compressão: H264-20

 Resolução: 1920x1080 (Full HD).

 Ângulo de visão: Horizonta – 1,7o e Vertical – 1o.

Parâmetros do campo de visão

 Distância da câmara ao objecto: 200 m

 Comprimento do campo de visão: 4 m

 Largura do campo de visão: 5,93 m

67
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

4.18.1. Procedimentos seguidos no desenho

Passo 1 – Inserção dos parâmetros e o posicionamento da câmara em função da altura escolhida


e o angulo de visão (Figura 4.24).

Neste passo, o desenho pode ser visto nas em relação aos planos horizontal e vertical.

Figura 4.24. Primeiro passo do desenho

Passo 2 – Visualização do raio de cobertura da câmara em função da distância da câmara ao


objecto.

Neste passo conseguimos ver o a área que a câmara consegue cobrir captando as imagens num
angulo de 360o (Figura 4.25).

68
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 4.25: Segundo passo do desenho.

Passo 3 – Feita a projecção da câmara com todos os parâmetros necessários neste passo é feita
a visualização das imagens captadas em 3D, e esta visualização nos permite ver a se a qualidade
das imagens satisfaz as nossas necessidades ou não (Figura 4.26).

Figura 4.26. Terceiro passo do desenho

Passo 4 – Neste passo podemos visualizar as imagens extraidas do DVR ou NVR, as imagens
são visualizadas em função do número de câmaras portanto nesta visualização aparece uma
imagem correspondente a uma câmara (Figura 4.27).

69
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 4.27. Quarto passo do desenho

Feitos os cálculos teóricos, pode-se a comparação entre os resultados obtidos no cálculo teórico
e os obtidos pelo simulador e estes podem ser vistos na tela abaixo na Figura 4.28.

Figura 4.28: Resultados das câmaras PTZ

70
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Figura 4.29: Resultados da camara fixa

Feito o desenho, podemos visualizar uma imagem de uma pessoa capturada a uma distância de
200m fazendo um ZOOM a fim de se fazer o reconhecimento facial da imagem.

O mesmo pode ser feito para casos em que se trata de uma viatura e pretendendo-se reconhecer
a matrícula. Esta visualização está ilustrada abaixo na Figura 4.30.

Figura 4.30. Reconhecimento das imagens a uma distância de 200m

4.18.2. Comparação entre os cálculos teóricos e os simulados

Neste ponto faz-se uma comparação entre os parâmetros essenciais do sistema calculados
teoricamente e por meio do simulador.

71
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Cálculo Largura de banda Espaço de armazenamento

Teórico 39.8Mb 6326.6 GB

Simulado 39.05 6326.9 GB

Tabela 4.2: Comparação entre o cálculo teórico e simulado

[Fonte: Autor]

Portanto, estes são os valores dos principais parâmetros ou pertinentes que se tem de ter em
conta num dimensionamento de um sistema CFTV.

Como pode ser visto na tabela acima, usando o simulador para o cálculo dos parâmetros
conseguimos ter resultados muito próximos dos valores teoricamente calculados.

4.18.3. Software de gestão de video

Um sistema de videovigilância exige que haja um sistema de gestão de vídeo que vai possibilitar
o acesso as imagens capturadas pela câmaras. O software é fornecido junto com as câmaras
pelo fornecedor. É um software de fácil instalação e com capacidade de fazer a gestão,
monitoramento e controle do sistema inteiro suportando atém um total de 2000 câmaras e com
capacidade de acesso múltiplo de a servidores de vídeo.

É um software muito robusto e mais especificações podem ser vistas nos anexos.

4.18.4. Monitor para a visualização das imagens

As imagens capturadas pelas câmaras e armazenadas no NVR necessitam de um monitor para


a sua visualização, e para tal é necessário um monitor com uma alta qualidade de imagem capaz
de contribuir o bastante para o reconhecimento da imagens.

Para o efeito são necessários dois monitores de 40 polegadas que serão instaladas na central de
controlo cujas especificações podem ser vistas nos anexos.

4.19. Estimativa de custos do projecto

Na tabela abaixo é apresentada uma estimativa de custos referente aos equipamentos essenciais
necessários para o projecto. Os preços do equipamento foram adquiridos no mercado interno
através de empresa sedeada em Maputo que se dedica a prestação de serviços em tecnologia de
informação (Real Life Technologies Mz).

Custo do equipamento
72
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Cód. Do Preço unit


Descrição Quant. Preço Total
Produto (USD)
Catalyst 2960-X24 GigE PoE 370W,
Bosh VG5-7220 2 $1,629.00 $3,258.00
2x10G SFP+, LAN Base
Bosh VG5-7220 Camera Bosch VG5-7220 10 $3,291.00 $32,910.00
Bosch Vot-320 Camera Bosch Vot-320 1 $2,914.00 $2,914.00
Postes Postes Metálicos 11 $227.00 $2,497.00
NVR NVR FLIR-DNR300-Series 1 $299.00 $299.00
Painel Solar Painel Solar SW-100W-poly-RGP 11 $773.00 $8,503.00
APC UPS APC BR1000g back-UPS 1 $192.00 $192.00
Media converter TP-LINK
Media converte 12 $74.00 $888.00
MC200CM
Rack Rack 21U 2 $581.00 $1,162.00
TV TLC TV TLC 42´´ 2 $473.00 $946.00
Total $53,569.00
Tabela 4.3: Estimativa de custos do equipamento

[Fonte: Autor]

Feita a estimativa de custos dos equipamentos, onde foi precedida com um estudo comparativo
dos custos em relação aos outros possíveis fornecedores pode se concluir que com outros
fornecedores do mercado podia-se obter um custo relativamente mais baixo em relação a cima
indicado. Isto deve-se ao facto de que o custo dos equipamentos depende muito da sua qualidade
onde pode se destacar o bom funcionamento, durabilidade, escalabilidade e segurança.

Custo de manutenção

Serviços Real Life Quant. Valor Anual Valor Total


Serviço de suporte e manutenção (de acordo com os
Serviço Real Life SLA's indicados) -Valor Anual
1 $3,042.81 $3,042.81
CON-SNT-WSC604DL WS-C2960X-24PD-L -
1 $249.00 $249.00
Serviço Cisco SMARTNET 8X5XNBD Catalyst 2960-X 24 G
Sub-total $3,291.81
Tabela 4.4:Custo de manutenção

[Fonte: Autor]

4.19.1. Custo total do projecto

A Tabela 4.5 associa os custos do equipamento e o custo de manutenção para a totalização dos
valores do projecto. Como pode ser observado, o custo do equipamento corresponde a 94 % do
custo total do projecto assim como também pode ser visto que o valor da manutenção
corresponde a 6% do valor total do projecto.

73
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Serviços Quant. Valor Anual Valor Total %


Fornecimento de Equipamento 1 $53,569.00 $53,569.00 94
Manutenção 1 $3,291.81 $3,291.81 6
Total $56,860.81 100
Tabela 4.5: Custo total do projecto

[Fonte :Autor]

74
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

5. CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.

5.1. Conclusões

O presente trabalho teve como objectivo propor um projecto de sistema de videovigilância IP.
Para tal efeito:

 Fez-se um estudo exaustivo sobre o sistema de videovigilância IP focalizando-se mais


sobre o sistema de um sistema fechado de televisão (CFTV). Identificaram-se e
descreveram-se os principais aspectos característicos sobre os sistemas de
videovigilância baseados em IP, como a largura de banda necessária bem como o espaço
de armazenamento das imagens assim como os tipos de câmaras adequados.

 Fez-se uma apresentação sobre o contexto de projecção e dimensionamento do caso de


estudo. Os aspectos focados foram: situação actual da cidade de Maputo concretamente
na Av. 25 de Setembro no que diz respeito a segurança, que tipo de sistema de segurança
existe actualmente, pois ao longo daquela Avenida não existe actualmente nenhum
sistema de segurança electrónica a não ser a presença física de agentes da PRM e
distribuídos de forma muito dispersa.

 Fez-se um estudo de projecção sobre um sistema de videovigilância IP com transmissão


via fibra óptica onde foram apresentados cálculos relativos à largura de banda que o
sistema exigiria em função do número de câmaras em operação, onde obteve-se um
valor igual a 39.04 Mb/s fez-se também, o cálculo do espaço necessário para o
armazenamento das imagens capturadas pelas câmaras e obteve-se um valor igual a 6.2
TB.

 Estimou-se o dimensionamento da rede relativo a 10 câmaras PTZ e 1 câmara fixa tendo


em conta os equipamentos e elementos de rede a serem utilizados e também os seus
respectivos custos.

 Foi fito o dimensionamento do sistema com recurso ao software IP Video System


Design Tool o que teve um forte contributo neste trabalho.

 Pude concluir que na escolha dos equipamentos é necessário uma pesquisa bem rigorosa
pois, existem vários fabricantes no mercado e cada um com os seus preços o que
depende muito da qualidade do seu produto e este é um dos factores que contribuiu para
a obtenção do custo deste projecto acima indicado, o que significa que teve muito a ver
com a qualidade do equipamento escolhido para o projecto.
75
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

5.2. Recomendações

Recomenda-se que, para complementar o trabalho realizado pelo aoutor, sejam feitos os
seguintes trabalhos:

 Um estudo mais aprofundado sobre o dimensionamento do sistema tendo em conta a


previsão da evolução tecnológica, como adopção de tecnologia de acesso remoto para
os casos em que possa haver a necessidade de se aceder ao sistema através de ponto
diferente da central de controlo.

 Recomenda-se que seja feita a optimização e modelação da rede de modo a auxiliar na


tomada de decisões, identificando a melhor configuração da rede de acordo com os
critérios de optimização.

 Recomenda-se também que seja feito um estudo sobre o tipo de tecnologia que se
poderia adoptar para reduzir os custos de aluguer do circuito já que o projecto usa um
circuito alugado para a transmissão do sinal e tendo em conta que um dia a rede venha
a expandir-se para outros pontos da cidade de Maputo, isto é, pensando-se na
possibilidade de se criar um backbone de fibra óptica capaz de suportar o sistema de
videovigilância de modo que não haja a necessidade de se usar um circuito alugado.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bibliografia

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http://www.iso.org/iso/home/store/catalogue_tc/catalogue_detail.htm?csnumber=33669

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

ANEXOS

Anexo 1: Especificações da câmara Bosch VG5-7220 ............................................................ 81

Anexo 2: Especificações da câmara Bosch Vot-320 ................................................................ 82

Anexo 3: Especificações do NVR ............................................................................................ 84

Anexo 4: Especificações do Software de gestão de video........................................................ 85

Anexo 5: Especificações do switch CISCO Catalyst 6990 ...................................................... 85

Anexo 6: Especificações do Monitor ....................................................................................... 86

Anexo 7: Orçamento do equipamento ...................................................................................... 90

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Anexos

Anexo 1: Especificações da câmara Bosch VG5-7220

81
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Anexo 2: Especificações da câmara Bosch Vot-320

82
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Anexo 3: Especificações do NVR

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Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Anexo 4: Especificações do Software de gestão de video

Anexo 5: Especificações do switch CISCO Catalyst 6990

85
Sistema de videovigilância IP para Avenida 25 Setembro em Maputo

Anexo 6: Especificações do Monitor

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Proposta Comercial
Belso Langa
Fornecimento de Equipamento
RL0310-2016
V1.0

Índice
1. Proposta Resumo
2. Proposta Detalhada
3. Condições Comerciais Gerais

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CLIENTE: Belso Langa


PROJECTO: Fornecimento de Equipamento
PROPOSTA: RL0310-2016
VERSÃO: V1.0

TOTAIS USD TOTAIS MT (valor


Fornecimento de Equipamento (valor firme) indicativo - ver NOTA)

EQUIPAMENTOS
Cotação de equipamentos $53,569.00 3,262,888 MT

EQUIPAMENTOS - SUB-TOTAL $53,569.00 3,262,888 MT

SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA PÓS-VENDA E MANUTENÇÃO - Duração: 1 ANO(s)


Cotação de equipamentos $3,540.81 215,670 MT

SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA PÓS-VENDA E MANUTENÇÃO - Duração: 1 ANO(s) - SUB-TOTAL $3,540.81 215,670 MT

TOTAL GLOBAL $57,109.81 3,478,558 MT

Valores s/ IVA
NOTA: A presente proposta é firme em USD. Todas as facturas serão emitidas em Meticais, aplicando-se a taxa de câmbio da data da sua emissão (taxa média dos 5 maiores bancos
comerciais a operar em Moçambique).
Os valores indicativos consideram as seguintes taxas de câmbio: Câmbio MT/USD: 1 USD = 61 MT (METICAL); Câmbio MT/EURO: 1 EURO = 68 MT (METICAL)

RL-2016 - Template Proposta Moçambique - Telcos (USD) (Light) - V2.122


Real Life Technologies MZ, S.A.
Telefone : +258 21 360 980
Fax : +258 21 360 981 Página 3 de 5

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CLIENTE: Belso Langa


PROJECTO: Fornecimento de Equipamento
PROPOSTA: RL0310-2016
VERSÃO: V1.0

Manut.
Qtd. Qtd. Preço Unitário Preço Total
Código Produto Designação Real Life
p/ Equip. Total
USD USD SLA

Fornecimento de Equipamento

EQUIPAMENTOS

Cotação de equipamentos

Equipamentos Cisco

1.0 WS-C2960X-24PD-L Catalyst 2960-X 24 GigE PoE 370W, 2 x 10G SFP+, LAN Base 2 $1,629.00 $3,258.00 8x5xNBD
1.1 CAB-ACE-RA AC Power cord North America 2 $0.00 $0.00 8x5xNBD

Prazo de entrega: 5 a 8 semanas

Sub-Total $3,258.00

Equipamentos de outros fabricantes

1.0 Bosch VG5-7220 Camera Bosch VG5-7220 10 $3,291.00 $32,910.00 8x5xNBD


1.1 Bosch Vot-320 Camera Bosch Vot-320 1 $2,914.00 $2,914.00 8x5xNBD
1.2 Postes Postes Metálicos 11 $227.00 $2,497.00 8x5xNBD
1.3 NVR NVR FLIR-DNR300-Series 1 $299.00 $299.00 8x5xNBD
1.4 Painel Solar Painel Solar SW-100W-poly-RGP 11 $773.00 $8,503.00 8x5xNBD
1.5 APC UPS APC BR1000g back-UPS 1 $192.00 $192.00 8x5xNBD
1.6 Media converter Media converter TP-LINK MC200CM 12 $74.00 $888.00 8x5xNBD
1.7 Rack Rack 21U 2 $581.00 $1,162.00 8x5xNBD
1.8 TV TLC TV TLC 42´´ 2 $473.00 $946.00 8x5xNBD

Prazo de entrega: 5 a 8 semanas

Sub-Total $50,311.00

Cotação de equipamentos - Sub-Total $53,569.00

EQUIPAMENTOS - Sub-Total $53,569.00

SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA PÓS-VENDA E MANUTENÇÃO - Duração: 1 ANO(s)

Cotação de equipamentos

Serviços Real Life VALOR ANUAL VALOR TOTAL

Serviços de Suporte e Manutenção (de acordo com os SLA's 1 $3,042.81 $3,042.81


indicados) - Valor ANUAL

Sub-Total $3,042.81

Serviços Cisco VALOR UNIT. VALOR TOTAL

Hardware Support
CON-SNT-WSC604DL WS-C2960X-24PD-L - SMARTNET 8X5XNBD Catalyst 2960-X 24 G 1 2 $249.00 $498.00
0 CAB-ACE-RA 1 2 $0.00 $0.00
Software Support
0 WS-C2960X-24PD-L 1 2 $0.00 $0.00
0 CAB-ACE-RA 1 2 $0.00 $0.00

Sub-Total $498.00

Cotação de equipamentos - Sub-Total $3,540.81

SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA PÓS-VENDA E MANUTENÇÃO - Duração: 1 ANO(s) - Sub-Total $3,540.81

TOTAL GLOBAL - EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS $57,109.81

Valores s/ IVA

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Condições Comerciais

Preços, Moeda e Actualização


Salvo se expressamente indicado em contrário, todos os preços descriminados para a solução proposta são unitários, indicados em dólares americanos (USD). A
presente proposta é firme em USD.

Todas as facturas serão emitidas em Meticais, aplicando-se a taxa de câmbio da data da sua emissão (taxa média dos 5 maiores bancos comerciais a operar em
Moçambique).

Salvo se indicado expressamente, os valores não incluem Imposto sobre o Valor Acrescentado, I.V.A, o qual é devido à taxa leg al em vigor.

Aceitação de Encomendas
As encomendas deverão ser formalizadas por escrito, via email, fax ou carta, descriminando os bens adjudicados e identificando explicitamente a proposta que
lhe deu origem. A Real Life emitirá então documento comprovativo da aceitação da encomenda, devidamente formalizado. Para todos os efeitos, os prazos de
entrega de equipamentos ou serviços são contados a partir da recepção formal da encomenda. A Real Life não reconhece, nem se responsabiliza por atrasos ou
outros danos, decorrentes de encomendas efectuadas oralmente.

Condições de Facturação

A Emissão da(s) factura(s) referente(s) à encomenda respeitará o seguinte planeamento:


- 30% do valor total adjudicado com a aceitação da encomenda.
- 70% do valor total adjudicado com a entrega dos equipamentos e/ou conclusão dos serviços de implementação adjudicados.

Os encargos inerentes aos serviços de suporte e assistência técnica são devidos antecipadamente, no início do contrato e de cada posterior renovação anual.

Os encargos derivados da prestação de serviços profissionais efectuados em regime de “Time & Materials”, serão facturados semanalmente.

Condições de Pagamento

Todas as facturas emitidas vencem-se 30 dias após as respectivas datas de emissão.

Prazo de Validade da Proposta

A validade da proposta é de 30 dias a contar da data do seu envio, excepto prorrogação formal emitida pela Real Life. Para além desse prazo, a Real Life reserva-
se o direito de modificar sem aviso prévio os preços de comercialização dos produtos e serviços descriminados.

A Real Life reserva-se o direito de facturar de forma independente todas as propostas adjudicadas dentro do estipulado em Prazos e Condições de Pagamento,
independentemente da sua relação com outros fornecimentos ou propostas, quer sejam da Real Life quer de terceiros.

Alterações aos Projectos, Serviços e Produtos adjudicados durante a sua execução

Qualquer alteração ao projecto, sistema, produtos ou serviços adjudicados deve ser comunicada via email, fax ou carta, sob pe na de não ser executada,
entregue ou de não responder ao pretendido. A Real Life não se responsabiliza por quaisquer danos decorrentes da não formalização do pedido. A Real Life
reserva-se o direito de analisar as alterações solicitadas e de submeter nova proposta para execução das alterações, indicando novos prazos e custos.

Responsabilidade do cliente

É da responsabilidade do cliente disponibilizar e permitir o acesso aos espaços físicos cujo acesso seja requerido. Salvo se expressamente indicado ao contrário
é da responsabilidade do cliente toda a coordenação com entidades externas à Real Life cujos trabalhos, produtos ou serviços sejam necessários para a
execução do proposto pela Real Life.
A Real Life reserva-se o direito de facturar todos os custos decorrentes da não observação do exposto acima, aos preços da tabela de assistência técnica em
vigor, nomeadamente deslocações extra, horas extraordinárias e outros serviços em cujo custo se tenha incorrido.

Transporte, Seguro e Transferência de Propriedade e Risco

Salvo se explicitamente referido em contrário nas condições financeiras específicas à presente proposta, e para o território continental de Portugal, a Real Life
encarregar-se-á do transporte e seguro dos bens propostos até às instalações indicadas pelo Cliente pelos meios que considerar adequados.
Até à integral liquidação do preço dos produtos estes permanecerão propriedade da Real Life. O risco de danificação dos produtos passa para o Cliente no
momento da sua entrega nas suas instalações.

RL-2016 - Template Proposta Moçambique - Telcos (USD) (Light) - V2.122


Real Life Technologies MZ, S.A.
Telefone : +258 21 360 980
Fax : +258 21 360 981

Anexo 7: Orçamento do equipamento

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