Teoria de Mintzberg
Teoria de Mintzberg
Teoria de Mintzberg
MINTZBERG E O DESENHO
ORGANIZACIONAL
Aluno Nº 20001056
RESUMO: O presente trabalho tem como objectivo descrever os aspectos que estão na
base do desenho organizacional das organizações.
Um dos principais estudiosos organizacionais é Mintzberg. A sua teoria assenta no facto
de as organizações, seja qual for o seu objectivo, tenderem a ser eficazes quando a sua
estrutura organizacional surge da relação de parâmetros de design e factores
situacionais. Através da compressão desses aspectos torna-se possível entender as
principais características organizacionais de cada configuração proposta por Mintzberg.
Outra das formas, é forma defendida por Mintzberg, objecto do presente trabalho, que
para além de considerar os aspectos habituais, como nível de controlo, os diferentes
níveis de formalização e centralização, considera ainda o modo de funcionamento das
organizações. Mintzberg relaciona as diferentes componentes básicas e como elas se
relacionam e que mecanismos de coordenação são utilizados.
Os estudos desenvolvidos por Mintzberg referem uma classificação que identifica seis
configurações tipo.
Por fim, as configurações da moda, quer pela sua inovação, quer pelo seu desempenho
influenciam as estruturas das organizações. Sendo exemplo, por estar na moda a
descentralização das organizações, haverá tendência para delegar autoridade para que
estas pareçam organizações modernas.
Como anteriormente referido, Mintzberg, refere que cada organização apresenta seis
tipos de elementos básicos, seis forças, que se encontram em constante comunicação.
5. Logística – constituída por pessoas que têm a seu cargo serviços de apoio,
serviços jurídicos, relações públicas e laborais, investigação, etc.
Por este facto, este tipo de organização apresenta elevada eficiência quando o número
de trabalhadores é reduzido.
Nas organizações que apresentam este tipo de estrutura todo o trabalho operacional é
rotineiro, repetitivo e simples existindo ainda uma grande formalização de
procedimentos. Toda a actividade da estrutura obedece a um conjunto de regras e
regulamentos que todos devem cumprir.
Esta estrutura é ainda caracterizada por uma elevada divisão do trabalho, existindo
diferenciação vertical e horizontal do trabalho, diferença entre os funcionais e os
operários, diferença entre os vários níveis hierárquicos, entre as funções e entre o
estatuto dos membros.
Figura 3: Burocracia Mecânica
Nesta estrutura, existe uma importante centralização nos poderes de decisão pois a
organização tem como principal objectivo controlar tudo o que se passa de cima para
baixo. Assim, o vértice estratégico preocupa-se essencialmente com a eficiência da
máquina burocrática. A linha hierárquica possui um poder considerável e filtra
sucessivamente a informação. A tecnoestrutura possui elevado estatuto pois define
todos os procedimentos. O centro operacional baseia-se na formalização de todos os
procedimentos com o intuito de padronizar os processos de trabalho.
Importa também referir, que estas organizações reagem mal às mudanças devido à sua
rigidez e quando o faz geralmente estabelece mais regras, mais procedimentos, maior
controlo e, consequentemente, diminui a motivação dos profissionais. Estes
acontecimentos provocam mais conflitos e produzem comportamentos paralelos à
própria estrutura que escapam ao controlo pretendido. Trata-se de uma estrutura
inflexível que se encontra organizada para um único objectivo, que é eficiente em
determinado ambiente de intervenção. Não se adapta bem a ambientes complexos e
dinâmicos.
Como no nome indica, este tipo de estrutura é burocrática, pois apresenta elevada
formalização interna, com muitos regulamentos e regras a cumprir. Descentralizada pois
os profissionais têm amplo poder de controlo.
Este tipo de estruturas encontra geralmente no sector privado da economia, sendo disso
exemplo empresas industrial de grandes dimensões, podendo ainda encontrar-se em
universidades e hospitais dispersos, com sede central.
Caracteriza-se por ser uma estrutura incompleta, porque cada unidade tem a sua
estrutura. Usualmente as unidades assumem a configuração da Burocracia Mecânica. A
sede, é responsável, de entre outras coisas, pela coordenação das diferentes divisões, o
possibilita a extensa amplitude do vértice estratégico.
Como esta estrutura, apresenta vários departamentos com grande autonomia, uns em
relação aos outros. Cada unidade apresenta o seu conjunto de regras e regulamentos
para o seu correcto funcionamento, sem contudo estar sujeita a regras, regulamentos,
estratégia e objectivos impostos pela administração central. A administração, de forma a
assegurar um bom desempenho das divisões, fornece serviços de apoio e faz avaliações
constantes ao desempenho de cada unidade.
Outra das grandes vantagens, surge das diversas unidades da organização, o que permite
caso alguma das unidades seja pouco produtiva ou eficiente ser “disfarçada”, no
conjunto, pelo desempenho de todas as unidades.
3.3.5.- Adhocracia
Como as estruturas anteriores não são apropriadas para desenvolverem inovação, surge
esta configuração, para possibilitar e facilitar a inovação de certas indústrias, das quais
são exemplo a indústrias aeroespacial, a petroquímica, a informática e a robótica.
.
As organizações que apresentam este tipo de estrutura, são constituídas por especialistas
que se encontram agrupados numa base funcional para desenvolverem formas de atingir
objectivos propostos.
As organizações que apresentam esta estrutura, são dominadas por uma ideologia que
envolve todos os membros, estes instintivamente exercem força em conjunto e na
mesma direcção.
A Estrutura Política surge quando uma organização não tem uma parte dominante, nem
mecanismo de coordenação e nenhuma forma de descentralização, produzindo-se uma
configuração organizacional chamada por Mintzberg de “política”.
O seu comportamento como estrutura é caracterizado pela actuação das várias forças em
todas as direcções e sentidos, elevando a tendência a proporcionar competições internas
que originam diversos conflitos que fragilizam a organização.
3.3.8. - Síntese
Portanto, conclui-se que na generalidade das organizações, existe uma configuração tipo
que predomina sobre as outras.
5.- BIBLIOGRAFIA
[2] Teixeira, S. – Gestão das Organizações, 3ª Edição. McGraw Hill, Alfragide, 1998,
pp 91-103.