A Estrutura Organizacional

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A estrutura organizacional é o elemento fundamental para que uma empresa

mantenha o foco nos seus objetivos. A missão, a visão, os valores e as estratégias de


mercado servirão de base para a formulação da estrutura.

Estrutura organizacional é o conjunto ordenador de responsabilidades, autoridades,


comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma organização. É a
forma pela qual as atividades são divididas, organizadas e coordenadas, provocando
impactos na cultura organizacional.

A estrutura de uma organização está diretamente ligada a sua estratégia e envolve


aspectos físicos, humanos, financeiros, jurídicos, administrativos e econômicos.

1. Tipos básicos de estruturas


organizacionais
Conforme Chiavenato (2006), a teoria neoclássica da administração assume que a
organização formal consiste em camadas hierárquicas ou níveis funcionais estabelecidos
pelo organograma e com ênfase nas funções e nas tarefas.

Neste contexto, uma organização é um conjunto de cargos funcionais e hierárquicos a


cujas prescrições e normas de comportamento todos os seus membros devem se
sujeitar. Chiavenato (2006) complementa que a característica mais importante da
organização formal é o racionalismo.

Este ponto de vista assume que a formulação de um conjunto lógico de cargos


funcionais e hierárquicos está baseada no princípio de que as pessoas irão agir
efetivamente de acordo com esse sistema racional. A seguir são elencados os principais
tipos de estruturas organizacionais.

1.1. Estrutura linear


É a forma estrutural mais simples e antiga. Tem sua origem em antigos exércitos. Possui
formato piramidal, pois possui linhas diretas e únicas de responsabilidade entre superior e
subordinados. Demonstra visivelmente os princípios da unidade de comando, ou seja, cada
empregado deve receber orientações de apenas um superior, que seguem, por via hierárquica,
do escalão mais alto para o escalão mais baixo. Algumas características:

 Autoridade linear ou única;


 Linhas formais de comunicação;
 Centralização das decisões;
 Aspecto piramidal
1.2. Estrutura funcional
Aplica o princípio funcional ou princípio da especialização das funções: separa, distingue e
especializa. O modelo desenvolve o princípio da especialização diante da necessidade de
decompor as funções para torná-las mais fáceis.

Na estrutura funcional, cada subordinado reporta-se a diversos superiores simultaneamente,


porém, cada superior responde apenas pelas suas especialidades, não interferindo nas
especialidades dos demais. Não é a hierarquia, mas a especialidade que promove as decisões.
Algumas características:

 Autoridade funcional ou dividida;


 Linhas diretas de comunicação;
 Descentralização das decisões;
 Ênfase na especialização

1.3. Estrutura linha-staff


É o resultado da combinação dos tipos de organização linear e funcional, com o predomínio
da estrutura linear, a fim de reunir as vantagens destes dois tipos e reduzir as desvantagens.
Apesar de seguir as características básicas da estrutura linear, diferencia-se dela no que diz
respeito à presença de órgãos de apoio junto aos gerentes de linha (staff).

As atividades de linha estão diretamente ligadas aos objetivos básicos da organização,


enquanto as atividades de staff estão ligadas indiretamente. Os órgãos que executam as
atividades-fins da organização são consideradas de linha e o restante das atividades são
consideradas staff.

A autoridade nos órgãos de linha é linear, ou seja, os órgãos são decidem e executam as
atividades principais. Já a autoridade nos órgãos de staff é de assessoria, de planejamento e
controle, de consultoria e recomendação, isto é, autoridade funcional.

 Autoridade de linha: linear; absoluta, total; cadeia escalar, relação hierárquica entre
chefe e subordinado;
 Autoridade de staff: funcional; relativa, parcial; especialização, relação de consultoria,
de assessoria;

Novos tipos de estruturas


organizacionais
2.1. Estrutura com base em projetos
Este tipo de estrutura tem por base o projeto desenvolvido segundo especificações de clientes,
que podem vir a ser, até, a própria empresa. Enquanto a estrutura funcional enfatiza a
especialização, a por projetos enfatiza o negócio, mas não a especialização por funções.
2.2. Estrutura matricial
É a de estágio mais desenvolvido dentre as estruturas contemporâneas, pois combina as
estruturas funcional e por produtos. A matriz apresenta duas dimensões: i) gerentes
funcionais e ii) gerentes de produtos ou projetos.

A proposta da estrutura matricial é de satisfazer as necessidades organizacionais de


especialização e de coordenação. Dessa forma, a coordenação lateral é melhorada, enquanto
a cadeia de comando e a coordenação vertical é enfraquecida.

O princípio da unidade de comando deixa de existir, uma vez que cada departamento passa a
possuir dupla subordinação. Neste sentido, a matriz enfatiza a interdependência entre os
departamentos e exige uma necessidade de lidar com um ambiente complexo.

. Estrutura tipo comissão ou colegiado


Caracteriza-se pela pluralidade de membros que dividem a responsabilidade, embora não
caiba a eles o poder decisório maior. Embora prevaleça a vontade da maioria, cabe ao chefe-
executivo, a responsabilidade pelo que foi decidido.

2.4. Estrutura divisional


Ocorre quando a empresa está organizada através de um conjunto de várias divisões de
produção, ou seja, quando, devido a algumas atividades vinculadas a um objetivo comum,
estão agrupadas em um mesmo setor.

2.5. Estrutura com base em função


Esta estrutura agrupa num órgão específico, as atividades análogas e interdependentes e
constitui uma unidade setorial da instituição.

Referências
Chiavenato, I. (2006). Princípios de Administração. Rio de Janeiro: Elsevier.

Refe: https://www.adminconcursos.com.br/2014/07/estruturas-organizacionais.html

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Tipos de Estruturas Organizacionais.
Jônatas Rodrigues da Silva | 3 de novembro de 2011 | Administração | Nenhum Comentário

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Quando o assunto é estrutura organizacional podemos ao menos pensar em dois tipos de


estruturas: física e hierárquica.

A estrutura física de uma organização é formada pelo seu prédio e demais objetos
usados na execução das atividades da empresa (mesas, computadores, divisórias).

Uma questão que surge nas discussões teóricas e filosóficas sobre o tema, é se a
empresa deve se adaptar a estrutura ou se a estrutura deve ser construída de forma a
atender os objetivos organizacionais. Não tenho dúvida que num contexto ideal a
estrutura deve ser projetada para dar conta dos objetivos da empresa. Mas bem sabemos
que muitas empresas nascem de forma precária e aproveitando os espaços e
equipamentos disponíveis ou possíveis de aquisição, sendo assim, ela se adequa a
estrutura e não o contrário.

Agora quando o tema é a estrutura hierárquica tudo fica mais abrangente e as


possibilidades são maiores. As discussões também se tornam infinitas, onde cada gestor
defende uma ou outra forma de estrutura organizacional.

Funcional

A estrutura funcional é a mais usada e conhecida. É a estrutura proposta por Henry


Fayol. A empresa deve ser departamentalizada, ter um órgão administrativo e demais
departamentos funcionais por especialidades: produção, finanças, marketing, contábil,
etc. e cada funcionário deve responder a um único chefe (unidade de comando). Na
estrutura funcional cada departamento conta com especialistas na função.

A estrutura funcional é mais indicada em ambientes mecanicistas, onde as mudanças


não são constantes. A especialização é valorizada, os degraus hierárquicos são bem
definidos e é sabido o que fazer para galgar funções mais elevadas. A comunicação é
facilitada, pois o departamento é formado por profissionais da mesma área e, portanto
falam a mesma “língua”.

Tal abordagem não é indicada para ambientes dinâmicos e em constantes mudanças. A


estrutura tem dificuldade em responder de maneira rápida ao mercado. Também existem
rachas departamentais, tanto por poder como por dinheiro. A preocupação com o todo
não existe, cada departamento se preocupa em cumprir sua função com eficácia e passar
a batata quente para frente.

Divisional

É constituído por divisões autossuficientes que produzem um produto ou serviço


específico.

A estrutura divisional pode ser estruturada por produtos ou serviços, por região
geográfica, por processo ou projeto ou ainda por clientes.

Produto ou serviço

Uma organização que comercializa diversos produtos ou serviços pode ter uma estrutura
organizacional onde uma UEN (unidade estratégica de negócios) seja responsável
apenas por um único produto. Grandes empresas costumam trabalhar com esta estrutura.

A estrutura apresenta a vantagem de ter foco específico. A UEN é responsável somente


por aquele produto onde a qualidade é superior, a coordenação é mais eficiente,
inovações são mais facilmente aceitas, pois a UEN como um todo tem o mesmo
objetivo. Também há maior flexibilidade em termo de produtos produzidos.

As desvantagens podem estar nos custos maiores e uma comunicação precária, onde a
UEN se isola dos demais produtos da empresa, ficando focada apenas em seu produto.

Geográfica

A divisão por localização geográfica permite a empresa se adaptar a região onde exerce
suas atividades. Num país grande como o Brasil as características e costumes de cada
região tem influência direta na comercialização de um produto ou serviço. Muitas vezes
uma abordagem de vendas usada numa região não tem eficácia alguma em outra região.
Campanhas de marketing e estratégias de vendas podem ser pensadas de forma a
atender uma região específica, com foco no consumidor da região em que a organização
opera.

Tal estrutura também dá vazão para desculpas por partes das unidades. Onde a não
venda de um produto ou serviço pode ser atribuída à região e não a incapacidade da
empresa.

Processo

Na divisão por processo as atividades são agrupadas de forma a cumprir as etapas do


mesmo. Um processo é um conjunto de atividades que resulta num produto ou serviço.
Em geral o departamento de produção é subdivido por processos, onde cada divisão é
responsável por um produto produzido pelo departamento.

A grande vantagem é a facilidade de operação, cada trabalhador trabalha num processo


específico sendo especialista. Esta especialização é bem próxima da defendida por
Taylor e sua Administração Científica.

A desvantagem recai na mesma especialização que foi colocada como vantagem. Em


baixa demanda a empresa fica com trabalhador ocioso, pois sua grande especialidade
não permite ele ser deslocado para outra função, pois não tem a menor noção de como é
feita.

Projeto

Confesso: está é minha abordagem preferida. Ela é flexível e mutável. Consiste em


alocar as pessoas para trabalharem num projeto específico. As equipes podem ser
montadas de acordo com a especificidade do projeto a ser desenvolvido, assim se
escolhendo os profissionais com características e qualificações a agregarem vantagens
no desenvolvimento do projeto.

Numa estrutura por projeto primeiro é definido o resultado desejado, depois disso se
escolhe os profissionais que melhor se encaixam para o desenvolvimento dele. Os
funcionários não fazem parte de um departamento específico, mas são alocados de
acordo com o projeto a ser desenvolvido.

As vantagens são a realização de trabalhos com foco total no projeto. Prazos cumpridos
com maior precisão.

Já como desvantagem a ociosidade ou demissão do funcionário quando ele não está


alocado em nenhum projeto. Às vezes também falta uma identidade, onde trabalhadores
que preferem estar vinculados a um departamento ou a uma atividade específica tem
dificuldades por trabalharem de forma temporária.

Matricial

A estrutura matricial adota duas estruturas. A departamental e a por projetos por


exemplo. Aqui já deixo claro que tal estrutura quebra a regra da unidade de comando
proposta por Fayol, o trabalhador terá dois chefes: o do departamento ao qual é
vinculado e a chefia do projeto ao qual irá ser alocado.

A estrutura matricial tem como objetivo obter o maior rendimento possível. A


interdependência departamental é fundamental para a estrutura funcionar. Maturidade
profissional é importante, treinamento em relações interpessoais se faz necessário.

As desvantagens dessa abordagem são a dificuldade de adaptação de alguns


profissionais, a insegurança, egos inflados, a duplicidade de comando, a comunicação
que pode ser deficiente e a rixa entre chefes departamentais.

Redes
Esta abordagem surgiu com o avanço da TI. Hoje a tecnologia nos permite trabalhar em
redes, da nossa própria casa (home office). Profissionais não precisam se conhecer para
trabalharem juntos. Serviços podem ser prestados a distância e equipes podem trabalhar
em conjunto mesmo estando separados.

Empresas podem contratar profissionais que trabalham em seu home office. A empresa
fisicamente falando, pode até mesmo não existir. São empresas virtuais.

As desvantagens são as incertezas na entrega do serviço, o controle do empregado por


parte da empresa e falhas eletrônicas que podem atrapalhar ou mesmo acabar com um
projeto.

Este post já ficou enorme, o que foge da característica dos textos publicados aqui no
Efetividade blog. Mas o assunto é complexo e não havia como ser mais sucinto. As
principais características de cada estrutura organizacional foram apresentas de forma
bem resumida. Caso seja de seu interesse se ater mais sobre este tema o conselho é
buscar bibliografia específica e densa.

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