Ebook Instrumentacao Eletronica Professor Arilson Bastos
Ebook Instrumentacao Eletronica Professor Arilson Bastos
Ebook Instrumentacao Eletronica Professor Arilson Bastos
Arilson Bastos
Instrumentação Eletrônica
Analógica e Digital
Para Telecomunicações
Rio de Janeiro – RJ
2013
Instrumentação Eletrônica Analógica
e Digital
Para Telecomunicações
ISBN 85-902135-2-8
AGRADECIMENTOS
O AUTOR.
DIREITOS AUTORAIS
INFORMAÇÕES
DEDICATÓRIA
ÍNDICE
PREFÁCIO .............................................................................................................. ii
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ x
CAPÍTULO 1:
FUNDAMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS
CAPÍTULO 2:
NORMAS TÉCNICAS
CAPÍTULO 4:
AMPERÍMETRO DC
CAPÍTULO 5:
VOLTÍMETRO DC
CAPÍTULO 6:
VOLTÍMETRO AC
CAPÍTULO 7:
OHMÍMETRO
CAPÍTULO 8:
INSTRUMENTOS ANALÓGICOS CONVENCIONAIS
CAPÍTULO 9:
PONTES DE IMPEDÂNCIAS
CAPÍTULO 10:
ESTUDO DO DECIBEL
CAPÍTULO 11:
INSTRUMENTAÇÃO DIGITAL
CAPÍTULO 12:
OSCILOSCÓPIOS
CAPÍTULO 13:
OSCILOSCÓPIO DIGITAL
CAPÍTULO 14:
ANÁLISE DE SINAIS
CAPÍTULO 15:
TRANSDUTORES E SENSORES
CAPÍTULO 16:
PROCESSAMENTO DIGITAIS DE SINAIS
CAPÍTULO 17:
TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DE FIBRAS ÓPTICAS
CAPÍTULO 18:
INSTRUMENTOS ELETRÔNICOS
UTILIZADOS EM TELECOMUNICAÇÕES
CAPÍTULO 19:
INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA VIRTUAL
As unidades legais no Brasil foram definidas através das unidades bases, com
o critério padrão de unidade de medida.
Entendemos como uma unidade de medida, como uma grandeza definida e
aceita por convenção e com ela podemos comparar outras grandezas da mesma
natureza quanto às suas magnitudes.
Eng. Arilson Bastos xi
UNIDADE SÍMBOLO
Metro m Comprimento
Metro Quadrado m2 Área
Metro Cúbico m3 Volume
Quilograma Kg Massa
Grama g Massa
Litro l ou L Volume ou Capacidade
Mililitro ml ou mL Volume ou Capacidade
Quilômetro Km Comprimento (Distância)
Quilometro por Hora Km/h Velocidade
Hora h Tempo
Minuto min Tempo
Segundo s Tempo
Grau Celsius ºC Temperatura
Kelvin K Temperatura Termodinâmica
Hertz Hz Freqüência
Newton N Força
Pascal Pa Pressão
Watt W Potência
Ampére A Intensidade de Corrente Elétrica
Volt V Tensão Elétrica
Candela cd Intensidade Luminosa
INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL
O sistema de controle que permite fazer isto, é aquele que compara o valor da
variável do processo com o valor desejado e torna a atitude de correção de acordo com
desvio existente, sem a intervenção do operador.
Para que possa realizar esta comparação há necessidade, que se tenha uma
unidade de medida padrão, uma unidade de controle e um elemento final de controle
de processo. (Malha de controle fachada, ver Fig. 01).
IN OUT
Fig. 01
Este conjunto de unidades pode ser também malha de controle aberta. (Ver
Fig. 02).
Eng. Arilson Bastos xiii
IN OUT
Fig. 02
ALGUNS EXEMPLOS:
1 DE
MEDIDAS ELÉTRICAS
1.1 - Introdução
Grosseiros (ou Pessoais): São causados pelo descuido ou por falta de habilidade do
elemento que está medindo. Como exemplo, poderíamos citar:
Como vemos esta classe de erros cobre a maior parte dos enganos ocorridos
nas leituras e nos registros de dados. Como exemplo podemos citar o seguinte fato.
Sistemáticos: São os que aparecem em uma série de medidas com uma certa
constância e um sentido determinado. Abrangem os erros de construção ou aferição,
2 Capítulo 1 - Fundamentos de Medidas Elétricas
Instrumental
Ambiental
Observação
Instrumental:
OBS.: Foi comprovado que se várias pessoas diferentes, usando uma mesma
aparelhagem, para um mesmo conjunto de medição, não duplicam
necessariamente os resultados. Um dado observador pode ter a peculiaridade
de errar para leituras mais altas ou mais baixas que o correto, isto certamente
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 3
1.3 - Definições
X
r
X
Só o erro absoluto não define a qualidade de uma medida; por exemplo, se
desejarmos medir um comprimento de 500 cm com uma vareta graduada cuja menor
divisão seja de 0,5 mm. O erro relativo será.
0,5/5.000 = 1/10.000. Se agora, com a mesma régua desejássemos medir um
comprimento de 5 cm, o erro relativo seria 0,5/50 = 1/100.
4 Capítulo 1 - Fundamentos de Medidas Elétricas
Uma boa prática para se calcular o erro relativo é considerar dois casos
principais:
Quando é feita apenas uma única medida, confunde-se o erro absoluto AX com a
precisão do instrumento, e o valor verdadeiro conhecido X, com a medida realizada
X'.
I
r
X'
Quando são feitas uma série de medidas, considera-se o erro relativo como a
relação entre o maior resíduo e a média.
Limite do Erro: É o índice do erro máximo permissível em uma medida, onde todos os
fatores que afetam o erro global, atuam simultaneamente e no mesmo sentido.
Exatidão: Expressa o grau de concordância ou aproximação com o valor verdadeiro
conhecido (não o exato por ser desconhecido) da quantidade indicada. Uma medida
tem alta exatidão, quando é afetada por erros sistemáticos e aleatórios pequenos. A
indicação da exatidão é complicada porque envolve erros sistemáticos e aleatórios.
Precisão: É uma medida da incerteza atribuída a variações aleatórias que podem ser
tratadas por processos estatísticos. Expressa o grau da consistência e reprodutividade
de uma medida (nesse caso pode ser denominado desvio), ou ainda o grau de
resolução ou definição. Uma medida tem precisão elevada quando é afetada por erros
aleatórios de pequeno valor.
Correção: Tem o mesmo valor absoluto do erro, porém, de sinal contrário.
Grosseiros: Podemos reduzir os erros pelo exame cuidadoso das constantes das
diversas escalas dos instrumentos e repetição das medidas, de preferência com
valores diferentes.
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 5
Observação Importante:
Exemplo:
Exemplo:
47,8.... 48
44,6.... 45
Exemplo:
a) 47,5.... 48
44,5.... 44
6 Capítulo 1 - Fundamentos de Medidas Elétricas
b) 47,5.... 47
44,5.... 45
a) Erro percentual
b) Erro absoluto.
Exemplo: ± 0,05% ou ± 2 mV
± 0,1 % ou ± 1 dígito.
Exemplo:
Alcance = 100,00 V
Classe de Exatidão = ± (0,01% da indicação + 0,01% do alcance).
Medida = 20,00 V
Erro que afeta a medida.
± (0,002V + 0,01 V) = ± 0,06%
Exatidão:
OBS.: Nos instrumentos digitais, o último dígito apresenta um resultado dúbio, sendo
afetado por um erro de 1 e nos instrumentos analógicos, o último algarismo
significativo é afetado pelo erro de leitura.
Exemplo:
5. Em uma escala logarítmica a indicação pode ser afetada pelo mesmo erro
percentual em todo alcance do instrumento, isto é, o erro nominal é uma
percentagem da indicação, salvo contrária indicação do fabricante do instrumento.
6. Nos ohmímetros com alcance de zero a infinito, a classe do instrumento
corresponde ao erro percentual na indicação do centro geométrico da escala, ou
pode ser expresso como uma percentagem do comprimento da escala.
7. Em escalas não lineares, a classe do instrumento corresponde ao erro percentual
no trecho da escala, onde as divisões são iguais ou superiores a 2/3 do
comprimento que teriam se a escala fosse linear.
8. Nos frequencímetros a classe deve ser expressa como uma percentagem da
indicação.
9. Nos medidores de fator de potência, o grau de exatidão deve ser expresso como
um número puro de preferência como uma fração decimal.
10. A exatidão de uma medida de ângulo de fase, deve ser expressa em graus
elétricos.
a) Erro relativo v;
e
Vm - v Ve Vm + v
f) Os desvios xi X xi
g) Os desvios médio X xi
n
h) Desvio padrão
2
xi
2
xi X
S S S S2
n 1 n 1
Sendo que:
2
xi 12 22 32 ....... n 2 e ni X xi
e S2 é a variância.
O desvio padrão tem como objetivo indicar o erro médio quadrático das
medidas individuais calculadas sobre a média do universo.
2
xi X
i) Variância S2
n 1
A variância tem como objetivo, indicar uma medida isolada a qual desvia da
média do conjunto.
Classe do Instrumento:
É o limite de erro percentual de construção do instrumento dado pelo
fabricante, que afeta a extensão da escala (VOM) 1%, 2%, 3% etc.
Categoria do Instrumento:
É o limite de segurança do instrumento para diversas situações.
Podem ter categorias: I, II, III e IV.
A norma IEC 1010-1 especifica as categorias de sobretensões baseadas na
distância em que se localiza a fonte de energia.
10 Capítulo 1 - Fundamentos de Medidas Elétricas
Categoria I:
São os multímetros usados para medir tensões bem baixas, como sinais de
telecomunicações.
Categoria II:
São os multímetros usados para medir tensões em tomadas internas, que
alimentam eletromésticos, equipamentos eletrônicos de médio consumo.
Categoria III:
São os multímetros usados para medir tensões a níveis de distribuição elétrica
nos sistemas primários, operando no máximo até onde existe o transformador:
Categoria IV:
São os multímetros usados para trabalho em sistema de distribuição externa,
subterrâneos e painéis elétricos.
2.1 - Introdução
2.2 - Normalização
É a atividade que estabelece prescrições em relação a problemas existentes
ou potenciais, destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas a obtenção do
grau ótimo de ordem em um dado contexto.
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 13
2.3 - Certificação
2.9 - Calibração
Calibração e Ajuste
A calibração de um instrumento se faz necessário tanto para estabelecer a
correspondência entre a sua indicação com um valor padrão, quanto para determinar
as correções no processo de medição de uma grandeza.
Nem todo instrumento necessita de calibração, o bom senso deve prevalecer
sempre quando houver alguma dúvida, porém de modo geral devemos calibrar aqueles
equipamentos que são usados para controlar a qualidade do produto, sejam eles de
clientes, próprios, etc..
O laboratório que irá efetuar as calibrações deverá obedecer aos requisitos da
norma ISO/IEC 17025 particularmente quanto à rastreabilidade. Os ajustes efetuados
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 17
tem que ser registrados e o certificado acompanhado dos resultados antes do ajuste e
após o ajuste final.
A exatidão do instrumento não é suficiente para garantir a medida aceitável temos que
considerar outros fatores, como a resolução e, dependendo do processo, outros fatores
característicos do instrumento de medidas.
2.10 – Resumo:
- Certificação Atividades realizadas por ONG, para atestar por escrito o estado do
material ou serviços.
CERTIFICAÇÃO
3 DE MEDIDA
ANALÓGICOS
3.1 - Introdução
garrafa não ser mais do que um capacitor, carregado de energia, fornecida por uma
máquina eletrostática. A amplitude da leitura era proporcional ao número de garrafas
ligadas em série.
Em 1827 Alejandro Volta inventou a pilha elétrica, que fornece uma f.e.m. mais
ou menos constante e de certa duração. Galvani e Volta, nas suas experiências,
procuravam a razão pela qual a intensidade da corrente era distinta ao atravessar
diferentes tipos de circuitos. Para o efeito, utilizaram um instrumento que passou a
chamar-se galvanômetro (em honra a Galvani), que empregava o princípio da
observação de Ampère. A parte móvel, indicadora, era uma bússola, e o condutor uma
bobina (Fig. 3.1). Para poder utilizar-se este aparelho, a agulha era previamente
orientada sobre o eixo Norte-Sul magnético da terra.
Se uma bobina for colocada de maneira que envolva um dos pólos de um ímã
(Fig. 3.2), ao se aplicar uma tensão fornecida por uma pilha de 1,5 a 12 volts,
observamos que a bobina se desloca em um ou outro sentido, segundo a polaridade da
tensão que lhe é aplicada. Este é o princípio do funcionamento dos medidores de
quadro móvel ou também chamado de bobina móvel..
Fig. 3.5
A Fig. 3.6 nos mostra a bobina móvel completa. É formada por um quadro de
duralumínio, sobre o qual está enrolado o fio da bobina. As duas molas em espiral,
fixadas a pontos opostos do quadro e aos extremos do eixo, têm sentidos contrários e
dupla finalidade: exercem o mesmo esforço sobre a bobina, em qualquer posição que
se encontre do seu movimento, e estabiliza o circuito da bobina com o circuito exterior
submetido à medição. Nos extremos do pequeno quadro, que correspondem ao eixo da
bobina móvel, fixam-se os dois pontos de apoio de todo o conjunto móvel. O ponteiro é
feito de uma fina tira de duralumínio. Pequenos contrapesos compensam o peso do
ponteiro e permitem que em repouso indique sempre o zero da escala, para qualquer
posição que se dê ao equipamento de medida. Chamamos a atenção do leitor, que
este medidor somente é sensível à níveis DC.
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 23
Fig. 3.6
Fig. 3.7
Fig. 3.8
Fig. 3.9
Ri
% Re dução 100
Rc Ri
Ri
Sensibilidade (S) em /V
Ed
Como exemplo temos: Se um miliamperímetro com 200 de resistência
interna apresenta uma deflexão máxima, com a tensão de 50 mV, terá de sensibilidade:
200
S 4.000 / V
0,05
Pela presente expressão, vemos que a sensibilidade em ohms por volt
depende apenas da corrente correspondente a deflexão máxima e não da resistência
interna. Porém, a tensão que proporciona a deflexão máxima está relacionada com o
valor da resistência interna.
Estas condições aplicam-se tanto ao medidor como aos sistemas
multiplicadores a que está associado. Num voltímetro com escalas múltiplas, a
sensibilidade é igual para todas as escalas, seja qual for o valor do multiplicador.
Como exemplo:
26 Capítulo 3 - Instrumentos de Medida Analógicos
1M 100 K
1.000 /V; 1.000 /V
1 KV 100 V
1) Por Fio;
2) Por Eixo (Instrumento de Pivot );
Tipos de Suspensão
3) Magnética ;
4) Por Fitatensa (Taut Band ).
Eixo
Fig. 3.10a - Suspensão por Eixo Fig. 3.10b - Suspensão por Fitatensa
Instrumento na posição
Tensão máxima = 500 V Vertical
Instrumento na posição Instrumento de bobina
horizontal móvel
Instrumento de ferro
móvel
4.1 - Introdução
Fig. 4.1
Fig. 4.2
E E 10
I 0,0005A 0,5mA
R Ri R1 50 19950
Vemos que o instrumento acusa um desvio de 25 divisões da escala, a partir
da posição de repouso. Supondo que o milíamperímetro acusa um desvio de 5
divisões da escala, ou seja, que pelo circuito passa uma intensidade de corrente de 0,1
mA (100 A), quando alimentado pela tensão de 10 V, qual será o valor da resistência
de carga R1?
Fig. 4.3
E 10
Rt 100.000
I 0,0001
Rt é a resistência total do circuito = R1 + Ri
A resistência interna do instrumento (Ri), está em série com R1, então:
R1 = Rt - Ri = 100.000 - 50 = 99.950
Fig. 4.4
Fig. 4.5
Ri I m VAB Ri I m R SH I I m
RSH
I SH
em que
1A 50
Sendo Ri, de 50 e N 10.000 Rs 0,005
0,0001 A 10.000 1
a) RShunt Separado;
b) RShunt em Anel, Ayrton ou Universal.
Fig. 4.8
E 0,03 E 0,03
R2 0,303 R3 0,03003
I2 0,099 I3 0,999
34 Capítulo 4 - Amperímetro DC
Fig. 4.9
Sendo Rt/Re igual a 1, 30, 100, 300 ou 1.000, nas várias posições do
comutador, a escala de corrente será multiplicada pelo fator correspondente à posição
da chave.
Este sistema permite o uso de um miliamperímetro com um qualquer valor de
Ri. Impõe-se portanto, que a resistência total (Rt) tenha um determinado valor e
posicionado o comutador em 3 mA o medidor atinja a deflexão total. Esta condição
pode obter-se por intermédio de uma resistência adicional, ligada em paralelo com o
divisor e ajustada para a deflexão total do medidor. Com o movimento do comutador
não se modifica a relação.
Podemos calcular os resistores derivadores (shunts) de diversas formas. (Lei
das malhas, Lei de Kirchoff, Norton, etc.)
Exemplo. Determinar os Resistores shunt da Figura 4.9 com o alcance das escalas
diferentes, conforme mostrado abaixo.Dados: R interna = 30
: Imax = 10mA
Escalas: 0-100mA
0-50mA
0-15mA
5 VOLTÍMETRO DC
5.1 - Introdução
10
Rt 10.000
0,001
R1 = Rt - Ri = 10.000 - 10 = 9.990
36 Capítulo 5 - Voltímetro DC
Et E 100 0,01
R2 99.990
It 0,001
100
Rt 100.000
0,001
R2 = 100.000 - 10 = 99.990
1.000
R3 999.990
0,001 10
Daí teremos:
R1 = 9.990
R2 = 99.990
R3 = 999.990
Fig. 5.4
1 0,02
R1 (escala de 1 V) = 980
0,001
10 1
R2 (escala de 10 V) = 9.000
0,001
38 Capítulo 5 - Voltímetro DC
100 10
R3 (escala de 100 V) = 90.000
0,001
1.000 100
R4 (escala de 1.000 V) = 900.000
0,001
Fig. 6.5
Fig. 6.6
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 41
Fig. 6.8
Na Fig. 6.8 podemos ver que com pequenas correntes, a resistência do diodo
no sentido da condução é maior que com grandes correntes. Em decorrência disto, o
fator de escala torna-se maior para correntes de baixo valor, e provoca menores
deflexões angulares. Obtem-se uma escala linear com medidor D’Arsonval com
retificador, empregando-se uma alta resistência em série, para diluir a variação do
resistência do diodo oom a corrente. Por esse motivo também é conveniente deslocar o
ponto de trabalho do diodo com uma corrente maior, que tornará a resistência do diodo
mais baixa, e a resistência série proporcionalmente maior que a resistência do diodo.
Na Fig. 6.9 e Fig. 6.10 podemos ver um retificador de ½ onda, muito usado nos
multímetros atuais e sua forma de onda.
Fig. 6.9
Fig. 6.10
ICC = A soma de todos os valores da função dividida pelo período da forma de onda.
Soma = Integral
Período = 2π
Então temos:
π 2π
I CC =
∫ 0
I MÁX sen wt dwt + ∫
π
0 dwt
2π
π
I MÁX ∫ sen wt dwt
⇒ I MÁX × [− cos wt ] 0
0 π
I CC =
2π
I CC =
[
I MÁX × − cos π + cos 0 0 I
⇒ MÁX
×2 ]
2π 2π
I MÁX
I CC =
π
Ief = Valor Eficaz da forma de onda.
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 43
1 T
I ef =
T ∫ 0
f (t ) 2 × dt
1 2π
I ef = × ∫ I MÁX
2
× sen 2 wt × dwt
2π 0
1 π
I ef = × I MÁX ∫ 0 sen wt × dwt
2 2
2π
1
Sabemos que: × (1 − cos 2 wt ) = sen 2 wt
2
1 π
I ef = × I MÁX
2
∫ (1 − cos 2wt ) × dwt
4π 0
1 π π
I ef = × I2 ×
4π MÁX ∫ 0
dwt − ∫ cos 2wt × dwt
0
1
I ef = × I 2 × [π − 0 ]
4π MÁX
I MÁX
I ef =
2
I MÁX
I CC = (1)
π
I MÁX
I ef = (2 )
2
Substituindo 2 em 1 temos:
44 Capítulo 6 - Voltímetro AC
I MÁX = 2 × I ef
2 × I ef
I CC = ⇒ 0,636 × I ef
π
V V
I CC = 0,636 × I ef ⇒ CC = 0,636 × ef ⇒ VCC = 0,636 × Vef
R R
Fig. 6.11
Fig. 6.12
1 π
π ∫ 0 MÁX
I CC = I × sen wt dwt
1
I CC = × I MÁX × [− cos wt ] 0π
π
2 × I MÁX
I CC = ⇒ Nota : O período agora é π
π
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 45
1 π
I ef = × ∫ I MÁX
2
×sen 2 wt dwt
π 0
2
I MÁX π
I ef = × ∫ (1 − cos 2 wt ) dwt
2π 0
2
I MÁX
I ef = × [π − 0]
2π
I MÁX
I ef =
2
2 × I MÁX
I CC = (1)
π
I MÁX
I ef = ⇒ I MÁX = 2 × I ef (2)
2
Substituindo 2 em 1 temos:
2 × 2 × I ef
I CC =
π
I CC = 0,9 × I ef
VCC V
= 0,9 × ef ⇒ VCC = 0,9Vef
R R
VCC = 0,9Vef
Fig. 6.13
46 Capítulo 6 - Voltímetro AC
Fator de Forma: É a relação entre o valor eficaz e o valor médio de uma forma de
onda.
2
× VMAX
F.F. = 2 ≅ 1,11 (Onda Completa )
VMAX
2×
π
2
× VMAX
F.F. = 2 ≅ 2,22 (Meia Onda )
VMAX
π
Para se medir uma tensão de forma de onda não senoidal aplicamos um fator
de correção na indicação do instrumento.
Fig. 6.14
Fig. 6.15
RMS é a abreviatura de Root Mean Square, que podemos traduzir, raiz média
quadrática, que tem como definição:
É o valor de tensão AC eficaz que corresponde a uma tensão DC de mesma
potência dissipada em uma mesma carga.
A expressão que define matematicamente é:
48 Capítulo 6 - Voltímetro AC
1 2π 2
T ∫0
2
VEficaz = VMax × Sen 2 θdθ
VMax VMax
VEficaz = ou
2 1,414
Lembrando que este resultado só atenderá as formas de onda senoidais pura.
Neste caso, é só conectar os terminais de um voltímetro AC qualquer, que
teremos uma medida correta.
O medidor True RMS é utilizado quando precisamos medir uma tensão AC que
não seja uma senoide pura, ou seja, formada por harmônicos da fundamental, gerada
por interferências eletromagnéticas, distorções lineares, etc.
Na Fig. 6.16 podemos ver uma senoide pura.
Fig. 6.16
Fig. 6.17
Os instrumentos True Rms são ideais para aplicações industriais, onde devido
a presença de inversores de freqüência, máquinas e motores elétricos, causam a
chamada poluição da rede elétrica.
O engenheiro ou técnico deverá utilizar um instrumento True RMS nestas
instalações, pois do contrário cometerá erro na leitura.
O voltímetro AC convencional só pode medir, tensões com freqüência de até
400 Hz, enquanto que o voltímetro AC True RMS mede acima de 200 kHz.
Se medirmos sinais triangulares ou quadrados com voltímetros convencionais,
o resultado da medida será totalmente errado, visto que o fator de crista de cada forma
de onda é diferente, causando erros percentuais de − 3,9 % para a onda triangular e
− 46 % para a forma de onda quadrada.
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 49
VPICO
Fc =
VRMS
1,41
Fc = = 1,41
Fig. 6.18 - Fator de Crista da Senoide Pura 1
7
Fc = =7
1
VMÁX
VRMS =
3
Fig. 6.20
T VMÁX
FC = ⇐ ∴ VRMS =
t FC
Fig. 6.21
O multímetro True RMS pode ser facilmente identificado apenas com a sua
inscrição no painel, e com função NMR (Normal Mode Rejection), que rejeita as
harmônicas superiores a 60 Hz. É específicado para analisar redes de eletricidade.
Se analisarmos a onda quadrada da Fig. 6.22, podemos ver que tem uma
forma simétrica, então o duty cycle neste caso é de 50%.
Fig. 6.22
1 1
Fator de crista ⇒ Fc = ⇒ Fc = = 1,41
duty cycle 12
0-100 V
a) Determinar os valores dos resistores R1 e R2.
b) Determinar a sua sensibilidade (Eficiência) nas duas escalas.
c)
∼ A
Fig. 6.23
Solução:
Escala 0 ∼ 10 VCA
10 VEFICAZ
VCC = = 4,5 V
2,22
Meia Onda = 2,22
I RL = I m
I D1 = I m + I RL = 2 mA (1 mA ⇒ Fundo de escala )
VCC 4,5
RT = ⇒ = 2.250 Ω
IT 2 mA
R T = R1 + RD1 + Rm // RL
2.250 = R1 + 400 + 50 ⇒ R1 = 1.800 Ω
R 2.250 Ω
S = TOTAL ⇒ ⇒ 225 Ω V
VEFICAZ 10 V
100 VEFICAZ
VCC = = 45 V
2,22
Meia Onda = 2,22
I RL = I m
I D1 = I m + I RL = 2 mA (1 mA ⇒ Fundo de escala )
VCC 45
RT = ⇒ = 22,5 KΩ
IT 2 mA
R T = R 2 + RD1 + Rm // RL
22.500 = R 2 + 400 + 50 ⇒ R 2 = 22.050 Ω
R 22.500 Ω
S = TOTAL ⇒ ⇒ 225 Ω V
VEFICAZ 100 V
52 Capítulo 6 - Voltímetro AC
Fig. 6.24
1 T 2 1 T
T ∫0
E MÉDIO =
T ∫0
E EFICAZ = e dt edt
1 3 2 2 1 3
EEFICAZ = ∫
3 0
50 t × dt ⇒ 50 × × ∫ t 2 × dt
3 0
3
1 t3 1 27
EEFICAZ = 50 × × ⇒ 50 × × ⇒ 50 3 VAC (TRUE QUE É O VALOR REAL TEÓRICO)
3 3 0
3 3
1 3 VEFICAZ 50 3
3 ∫0
E MÉDIO = 50t dt
Fator de Forma = ⇒ ⇒ 1,155
3 VMÉDIO 75
1 t2 50 9
E MÉDIO = × 50 × ⇒ × ⇒ 75 VDC
3 2 3 2
0
K triangular = 1,155
K Senoide = 1,11
Então:
Distorções Harmônicas
Função:
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 55
Fig. 6.35
Fig. 6.36
OBS.: Todo painel elétrico industrial que possui medidores, possui pelo menos 3
transformadores no seu interior.
A seguir apresentamos o diagrama de um trafo de corrente (TC) com uma
tabela de relação de trransformação;abaixo desta vemos um diagrama prático de
instalação de um TC e um TP em um painel elétrico com rede trifásica.
56 Capítulo 6 - Voltímetro AC
7.1 - Introdução
Fig. 7.1
Para que o projeto do ohmímetro série, seja compatível com a escala inversa é
necessário utilizar a equação da escala.
Ix R eq
Equação da Escala D
Im R eq Rx
Quando:
Ix 1
Rx R eq (Deflexão na metade da escala )
Im 2
Ix
Rx 0 1 ( Deflexão no fundo da escala )
Im
Ix
Rx 0 ( Deflexão no ínicio da escala )
Im
Fig. 7.8
Dados:
Im = 50 A
Rm = 2 K
Rb = 0
Vb = 3,0 Volts
Fator de escala = R x 1, R x 10 e R x 100
Indicação do centro de escala = RC = 2 K
Solução:
Vb 3
I1 1,5 mA
R eq 2K
I1 I2 Im
3 6
I2 I1 Im I2 1,5 10 50 10 1,45 mA
VR 2 Im Rm 50 10 6 2 10 3
R2 68,9
I2 I2 1,45 10 3
R1 2K (2 K // 68,9) 0 1933,4
62 Capítulo 7 - Ohmímetro
* Escala R x 100 não tem resistência, neste caso é circuito aberto no comutador.
* Escala R x 10 tem resistência, é o R3.
RC RC '
R3 Fórmula Empírica (Prática)
RC RC '
2 K 200
R3 222,22
2 K 200
R3
R4 22,22
10
Aferição de um Ohmímetro
Equação de Escala: D RC Ix
RC RX Im
6
Im 50 10 A
2 10 3 Ix
D 2K
2 10 3 2 10 3 50 10 6
6
Ix 25 10
2 10 3 Ix
D 500
2 10 3 500 50 10 6
Ix 40 A
2 10 3 Ix
D 8K
2 10 3 8 K 50 10 6
Ix 10 A
Fig. 7.9
INSTRUMENTOS
8 ANALÓGICOS
CONVENCIONAIS
Fig. 8.1
8.2 - Wattímetros
Wattímetro Analógico
Fig. 8.2A - Vista geral, com indicação das bobinas de Fig. 8.2B - Símbolo e conexão a
tensão e de corrente uma carga
66 Capítulo 8 - Instrumentos Analógicos Convencionais
Leitura: A leitura é feita sempre da direita para a esquerda, levando em conta sempre o
último número por onde passou o ponteiro. Como são quatro mostradores, obteremos
um número de 4 algarismos:
Fig. 8.6
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 69
Na Fig. 8.7 vemos duas barras de ferro macio dentro duma bobina, estando
uma das barras fixa e a outra móvel, adaptada a um eixo sobre o qual gira, juntamente
com um ponteiro que indica num quadrante o seu deslocamento.
Fig. 8.9
Fig. 8.15
Fig. 8.14
Considerações Técnicas
Analisando o diagrama da Fig. 8.17, temos:
Tensão: O multímetro deverá ser ligado em paralelo com o circuito a ser medido e a
leitura deverá ser feita nas escalas abaixo da escala de ohms. Ver Fig. 8.19.
Corrente DC: O multímetro deverá ser ligado em série com o circuito a ser medido e a
leitura deverá ser feita nas mesmas escalas do voltímetro DC. Ver Fig. 8.20.
longa distância de tal forma que o controle fosse realizado em um local mais
confortável (por exemplo em uma sala com ar condicionado onde você poderia
controlar a temperatura por um computador, chamado de supervisório). Restou no
entanto a dúvida, se você deveria levar o sinal através dos fios (linhas) que ligam o
bloco caldeira / sensor / condicionamento ao bloco de controle por meio de valores de
tensão, ou por meio de valores de corrente. Qual dos dois tipos você escolheria?
Solução
9.1 - Introdução
9.2 - Parâmetros D e Q
Uma característica importante de um indutor ou de um capacitor, e
freqüentemente de um resistor, é a relação entre a resistência e a reatância. Esta
relação é chamada de fator de Dissipação D, sendo recíproca do fator de mérito Q.
Estes termos podem ser definidos de ângulo de fase θ e de ângulo de perdas δ.
O fator de dissipação é diretamente proporcional à energia dissipada, e o fator
de mérito à energia armazenada por ciclo; o fator de potência (cos φ ou sen δ), difere
do fator de dissipação em menos de 1% quando suas magnitudes são inferiores a 0,1.
Podemos dizer ainda, que sendo Q igual ou superior a 10 ou D igual ou inferior a 0,1, a
diferença entre as reatâncias série e paralela é inferior a 1%. O fator de dissipação D,
que varia diretamente com a perda de energia é usado para capacitores; e o fator de
mérito Q para indutores.
O valor típico para capacitores de poliéster é de aproximadamente D =
5
0,0002 e para o cristal de quartzo na ressonância, Q = 10 .
A ponte de Wheatstone, indica a solução natural para a medida dos
componentes passivos em CC. Alimentando a ponte com uma tensão alternada
e utilizando um detector de nulo que responde a tensões alternadas, a ponte pode ser
representada da forma indicada a seguir:
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 79
Fig. 9.3
Fig. 9.4
80 Capítulo 9 - Pontes de Impedâncias
V V
I1 × R 1 = I 2 × R 2 ⇒ I 1 = I 3 = e I2 = IX = ⇒
R1 + R 3 R2 + RX
R1 R2
= ⇒ R1 × R X = R 2 × R 3
R1 + R 3 R 2 + R X
valor medido será inferior ao de R X pois R 3 terá um valor maior que o seu valor
nominal.
Fig. 9.5
R ED R 1
Ligando-se o galvanômetro em um ponto D onde =
R DF R 2
Podemos deduzir as três fórmulas básicas:
R2
RX = R3
R1
R DF
RX = R3
R ED
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 81
1
R X + jwL X = + jwC1 × R 2 × R 3
R1
R2 × R3
RX = e L X = R 2 × R 3 × C1
R1
Fig. 9.6
Ponte de Hay: Esta ponte também tem o objetivo de medir indutâncias mais não
iremos estuda-la.
Ponte de Schering: É utilizada para a medição de capacitâncias e também para
medidas relacionadas com as propriedades isolantes de alguns materiais, com baixas
perdas, onde o ângulo fase observado seja próximo de 90°, isto é, o fator de dissipação
D de um circuito série RC. Ver Fig. 9.7.
1 1 −j
RX − = + jwC1 × R 2 ×
wC X R1 wC 3
R 2 × C1 R1
RX = e CX = C3 ×
C3 R2
Fig. 9.7
1 j .
R2 × = R 4 × R1 −
R 3−1 − jwC 3 wC1
R 2 R 1 C3 R4
(I ) = + e (II) wC 3 R 1 R 4 =
R 4 R 3 C1 wC1R 3
R2 1
=2 e f =
R4 2πRC
Fig. 9.8
Exemplo:
108 Ω 171 Ω
2 Km × = 216 Ω 1,5 Km × = 256,5 Ω
Km Km
Fig. 9.9
R1 × R 3
RX =
R2
86 Capítulo 9 - Pontes de Impedâncias
Fig. 9.10
R 2 R1
=
R3 R4
R X × 24 Ω = 8 Ω × 21 Ω ∴ R X = 7 Ω
Fig. 9.10 - Sistema TN-S (condutores neutro e terra separados em todo o sistema com
um terra só)
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 87
Fig. 9.12 - Sistema TN-C (neutro e terra combinados em único condutor em todo o
sistema com 1 terra só)
88 Capítulo 9 - Pontes de Impedâncias
Fig. 9.14 - Sistema IT (neutro não aterrado diretamente .exixte uma impedância entre o
neutro e o terra. O terra da massa está aterrado)
9.9 - Megômetro
Fig. 9.15
9.12 - Aterramento
É o processo de aterrar partes metálicas neutras de uma instalação,
equipamentos, ou o cabo de descida de um sistema de pára-raios. Sua finalidade é
fornecer uma referência fixa de potencial entre as partes “vivas” e neutras de um
sistema e também permitir o escoamento para terra de correntes de defeito, protegendo
a integridade física do operador, e são utilizados eletrodos como:
Eletrodo de Terra: É a haste de material condutor cravado na terra, usado para manter
no potencial de terra partes metálicas ligadas a ele e dissipar pela terra correntes que a
ele se dirijam. Deverá apresentar uma resistência de contato pequena, não superior a 5
Ω. Essa resistência deverá ser medida anualmente.
Malhas de Aterramento: Quando não se consegue obter, usando um único eletrodo,
uma resistência de contato de no máximo 5 Ω usa-se malhas de aterramento. Estas
consistem num conjunto de hastes de material condutor enterrados verticalmente e
unidos por cabos de cobre nu, formando uma malha. O cabo ou cordoalha de ligação
deverá ter a mesma bitola do condutor de terra, conforme é visto na Fig. 9.16.
Fig. 9.16
ρ ρ
R= +
4r L
Onde:
r2 × π
Ex.: 25 × 10 = 250 m 2 ; = 250; logo r = 1.000
4 π
Triangulação ou Método dos Três Pontos: Dois pontos auxiliares de teste e mais o
eletrodo que se deseja medir são dispostos em um arranjo triangular. A resistência
série de cada par de pontos aterrados no triângulo é determinada medindo-se a tensão
aplicada aos eletrodos e a corrente que circula pelo solo entre os eletrodos. A
resistência pode ser medida pelo método Voltímetro - Amperímetro aplicando-se a lei
de Ohm ou por meio de uma ponte adequada.
Método da Relação ou Razão: A resistência série de terra sob teste e um eletrodo de
teste é medida por meio de uma ponte potenciométrica. São processos patenteados e
deve-se acompanhar as instruções dos fabricantes quanto a metodologia de medição e
utilização dos eletrodos. São métodos que costumam ser mais satisfatório que o
método da triangulação acima pois permitem variações entre a resistência do eletrodo
de teste e os eletrodos a ser examinado maior que 300:1. A melhor exatidão é
conseguida fazendo-se medidas à maior distância possível da malha de aterramento
existente
Método da Queda de Potencial (Ver Fig. 9.17): Um eletrodo de prova fixo é colocado
na posição C com uma ponta de prova P deslocando-se para diversas posições
alinhadas entre G e C. Uma tensão é aplicada entre G e C fazendo-se leituras
simultâneas de V e A para cada posição de P e traçando-se um gráfico de R conforme
Fig. 9.18.
O valor da resistência mostrada na parte plana da curva da Fig. 9.18 ou no
ponto de inflexão é tomada como a resistência de terra. Este método pode gerar erros
consideráveis se existirem correntes de dispersão no solo (por exemplo entre a malha
de terra e uma torre logo além do eletrodo C). A metodologia mais utilizada é fazendo-
se leituras com deslocamentos do eletrodo de teste em intervalos de 10 % da
distância entre G e C.
92 Capítulo 9 - Pontes de Impedâncias
Abaixo listamos alguns materiais que poderão ser usados como eletrodo.
OBS.: Segundo a norma NBR 5410-2004 a resistência de Terra não deverá ser
superior a 10 Ω.
Bom = 5 a 15 Ω
• Terra de Serviço Razoável = 15 a 30 Ω
Condenável ≥ 30 Ω
Nas Fig. 9.19 e Fig. 9.20 apresentamos os diagramas de ligações elétricas dos
instrumentos analógico e digital, para medição de terra.
EC = Estaca de corrente;
ET = Estaca de tensão;
P = Ponto que se quer medir;
D1 ≅ 30 m;
D2 = 0,6 D1 ≅ 18 m.
TENSÃO DE PASSO
TENSÃO DE TOQUE
POTENCIÔMETRO
Sendo: ρ = K × R
4π × a
K=
2a 2a
1+ −
2 2
a + 4b 4a + 4b 2
2
Onde:
Descrição:
Cuidados necessários:
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Fig. A
Fig. B Fig. C
Fig. D
Fig. 9.23
98 Capítulo 9 - Pontes de Impedâncias
A Fig. 9.23C mostra o ponto de teste e apenas uma resistência total equivalente.
Vamos supor, por exemplo, que num circuito de 1,5 mm, aplicando o
megômetro entre cada condutor e massa, achamos uma leitura de 0,2 megohms; isso
significa problemas de isolamento no circuito que devem ser sanados antes da ligação
definitiva. Pode-se medir também a resistência de isolamento entre os enrolamentos de
um motor e a massa. Uma boa isolação é de 1.000 ohms para cada volt de tensão a
ser aplicada no circuito.
10 ESTUDO DO DECIBEL
P2
NB log10
P1
Na prática foi constatada que a unidade Bell era muito grande, passando-se
então a trabalhar com o sub-múltiplo do Bell, o decibel.
Onde, 1 dB = 0,1 B
P2
N dB 10 log10
P1
Dependendo da relação entre P2 e P1, o número de decibéis pode ser positivo
ou negativo.
P2
N dB 10 log10
P1
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 101
V22 V12
mas : P2 e P1
R2 R1
2
V22 R 2 V2 R1
Logo: N dB 10 log 10 log
V12 R 1 V1 R2
V2 R1
N dB 20 log 10 log
V1 R2
2
R 2 I 22 I R1 I2 R2
N dB 10 log 10 log 2 20 log 10 log
R1 I12 I1 R2 I1 R1
Se R2 = R1, temos:
V2 I2 I2
N dB 20 log 20 log 20 log
V1 I1 I1
P2
a) dB = 10 log , está relacionado à potência;
P1
V2
b) dB = 20 log , está relacionado à tensão;
V1
I
c) dB = 20 log 2 , está relacionado à corrente;
I1
Sabemos que a referência de 0 dB, corresponde a exatamente 1 mW de
potência sobre uma carga de 600 de impedância, que irá corresponder a 0,775 V RMS.
Nos receptores de R.F. (Rádio Freqüência) é instalado um medidor que
comumente é chamado de medidor VU, que mede a unidade de volume nas
freqüências complexas de áudio, também pode ser convertido para o decibel.
Com as referências de freqüências de 1 kHz, níveis de potências abaixo ou
acima de 1 mW, podemos ter:
102 Capítulo 10 - Estudo do Decibel
+ 3 dB = Relação de + 2 vezes
+ 20 dB = Relação de 10 vezes
+ 40 dB = Relação de 100 vezes
+ 60 dB = Relação de 1.000 vezes
3 dB = Relação de 2 vezes
PSaída POUT
dB 10 log 10 10 log 10
PEntrada PIN
Vout 2
Pout Rout
AdB 10 log 10 10 log
Pin Vin 2
Rin
2
Vout Rin Vout Rin
10 log 10 log 20 log 10 log
Vin Rout Vin Rout
CONVERSÕES DE DECIBEIS
Assim, por exemplo, dada uma certa potência P, se dobrarmos seu valor, teremos:
P` = 2P ou P P em dB = 10 log2 = 3 dB
P P
104 Capítulo 10 - Estudo do Decibel
P ou = 1 P = 10 log 1 = - 10 log2 = -3 dB
2 P 2 P 2
Sempre que for especificado log X, deve-se entender que log10 X é logaritmo natural.
Portanto, o dB é uma unidade de comparação de níveis de potência. Não há sentido
em se dizer que uma potência vale X dB e sim que esta potência é maior ou menor X
dB em relação a outra potência.
Por vezes se toma um valor particular para servir de referência na comparação com
outras potências. Esta referência é comumente o Watt ou o miliwatt, como veremos
adiante. No caso de P1 representar a potência de um sinal (S) e P2 a de um ruído (R)
podemos expressar em dB a relação entre a potência de sinal e a de ruído,
normalmente designada como relação sinal/ruído (RSR). Por exemplo, seja num
mesmo ponto A de um sistema:
S = 1 mW e R = pW
SISTEMA
A
PONTO MEDIDA
Teremos para a relação sinal/ruído:
9
10 log10 1mW = 10 log10 10 pW = 10 X 9 = 90 dB
1pW 1pW
Razões:
Um valor de ganho, de atenuação, de nível de sinal etc., é sempre uma medida
comparativa em relação a algum padrão. Esse padrão pode ser um watt, um volt, o
limiar da audição etc.. Vejamos a seguir os principais padrões usados no Áudio:
dBW – Corresponde ao valor de uma potência, dividida por um watt. Exemplo: Quanto
são 400W em dBW? Resposta:
10 X log400 = 10 X 2,6 = 26dB. O dbW é usado para expressar potências de
amplificadores, e é muito útil em cálculos de Eletroacústica.
dBm – Corresponde ao valor de uma potência, dividida por um miliwatt. Por exemplo,
100mW podem ser expressos como 20dBm. Geralmente, o dBm é utilizado para
expressar potências sobre uma carga de 600 ohms (isto vem dos primórdios da
telefonia). Fazendo as contas, 1mW sobre 600 ohms correspondem à voltagem de
0,775V. Isto leva a confusões, pois 0,775 V só correspondem a 0dBm se a carga for de
600 ohms.
Voltagem e Decibéis:
Como todos sabem, a potência é proporcional ao quadrado da voltagem. Assim, um
aumento de tensão produzirá o quadrado desse aumento em potência. Por exemplo, o
triplo da tensão produz 9 vezes mais potência. Ao se comparar voltagens, deve-se
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 105
Esta unidade, abreviada por dBm, é utilizada para se indicar a relação entre duas
potências P1 e P2, quando se estabelece, como referência, P2 = 1mW. Desta forma,
desde que fixamos a referência em 1mW, o dBm é uma medida absoluta de potência,
diferente do dB que é uma unidade de medida relativa. Caso a referência seja fixada
em 1W, ao invés de 1 mW, temos a unidade conhecida por dBW.
Dada uma certa potência P, em mW, podemos determinar o seu valor, em dBm,
fazendo diretamente P (em dB) = 10 log P já que a referência P2 = 1 mW. Deve-se,
entretanto, observar que implicitamente estamos referenciando esta potência a 1 mW
que tem o valor de 0 dBm. Veja o gráfico abaixo.
XdBm
1mW=0dBm (referência)
Exemplo: Dada uma potência igual a 20 dBm, qual o valor em dBm e em mW do dobro
desta potência?
Solução:
a) Valor em dBM
Como dobrar a potência significa somar 3 dB, temos:
Exemplo –
Expressar esse ganho de tal forma que saibamos quantas vezes tal antena concentra
mais energia que o dipolo de meia onda, padrão, em iguais condições que a antena,
em estudo.
Solução:
dBd = 10 LOG X
Exemplo
Expressar esse ganho de tal forma que saibamos quantas vezes tal antena concentra
mais energia que a fonte isotrópica, tormada como padrão.
dBi = 10 LOG X
5 = 10 LOG X
0,5 = LOG X dividindo por 10
X = 3,16 vezes
0,5
Atenção: Antilog = 10
Observação: dBi significa que a comparação do ganho da antena foi feita em relação à
fonte isotrópica.
Por fonte isotrópica, vamos entender aquele radiador que radia uniformemente, em
todas as direções. Essa fonte é ideal, não existindo na prática.
O Bit: Iniciaremos nosso estudo sobre eletrônica digital identificando a menor porção
de informação. Ela é o bit. A palavra bit é derivada das palavras binary digit (dígito
binário). Um dígito binário é um dígito em um sistema de numeração que tem dois
como base. Um dígito neste sistema de numeração pode ter somente dois estados, que
geralmente são representados por 1 e 0.
Você ouvirá, freqüentemente, expressões como: “O bit foi ligado”. O significado
desta expressão é que o bit em questão terá valor de 1. O oposto também é verdadeiro,
isto é, quando um bit tiver sido desligado ele terá o valor de 0.
Um bit, portanto, pode representar um dos dois estados possíveis. Em
eletrônica estes estados podem ser obtidos através de um capacitor (carregado ou
descarregado), de um transistor (cortado ou saturado) ou de uma chave (aberta ou
fechada). Pela combinação de séries de bits é possível representar um grande número
de estados. Por exemplo, se houver dois bits, é possível representar quatro estados
diferentes: 00, 01, 10 e 11. Com três bits podemos representar oito estados. E, como
mostrado na Tabela 11.1, com quatro bits podemos definir 16 estados.
Tabela 11.1
Bit Número Bit Número
0000 0 1000 8
0001 1 1001 9
0010 2 1010 10
0011 3 1011 11
0100 4 1100 12
0101 5 1101 13
108 Capítulo 11 - Instrumentação Digital
0110 6 1110 14
0111 7 1111 15
5 4 3 2 número
5 10 3
4 10 2
3 10 1
2 10 0 série
termo
4 10 2
Como mostrado acima, um termo consiste de três partes: dígito, base e
expoente. Note que o valor da posição do número é indicado pelo expoente no termo.
Tabela 11.2
Binário Decimal Binário Decimal
Valor de posição 8421
0000 0 1000 8
0001 1 1001 9
0010 2 1010 10
0011 3 1011 11
0100 4 1100 12
0101 5 1101 13
0110 6 1110 14
0111 7 1111 15
Tabela 11.3
Binário Decimal Binário Decimal
Valor de posição 8421
0000 0 1000 8
0001 1 1001 9
0010 2 1010 A
0011 3 1011 B
0100 4 1100 C
0101 5 1101 D
0110 6 1110 E
0111 7 1111 F
110 Capítulo 11 - Instrumentação Digital
Com isto, o número 1.000.000 em decimal pode ser escrito com 20 bits em
binário ou com 5 dígitos em hexadecimal (os 20 bits agrupados em 5 grupos de 4 bits).
Tabela 11.4
Gate Não Inversor Inversor
Tabela 11.5
Gate "OU" (OR) de 2 Entradas Gate "E" (AND) de 2 Entradas
Tabela 11.6
Gate "NOU" (NOR) de 2 Entradas Gate "NE" (NAND) de 2 Entradas
Fig. 11.2
Instrumentação Digital - Eng. Arilson Bastos 111
VOUT A(V2 V1 )
Observe que a diferença de sinais é sempre realizada da porta + para a porta
, independente da polaridade dos sinais. O valor de A será considerado, em
condições ideais, como infinito, obrigando a diferença V2 V1 a possuir valores
próximos de zero. Na prática consegue-se ganhos de 100.000 a 1.000.000.
Fig. 11.3
Fig. 11.4
Fig. 11.5
AR O
VOUT V1
R R O AR
RO
VOUT V1
R
V1 VOUT
I
R RO
V1 VIN
I VIN V1 R I
R
Fig. 11.6
VOUT VOUT
(V1 ) ( VOUT )
Então: A A
R RO
R O V1
VOUT
R
R O AV1
VOUT
(AR R R O )
Instrumentação Digital - Eng. Arilson Bastos 113
Se RA >> R R O V1
RO VOUT
R
Fig. 11.11
Fig. 11.10 - Amostras
Tabela 11.7
Sinal (mV) Número Binário Sinal (mV) Número Binário
0 000 4 100
1 001 5 101
2 010 6 110
3 011 7 111
Tabela 11.8
Utilizando A freqüência é
1 harmônico 32 KHz
2 harmônico 96 KHz
3 harmônico 160 KHz
Ex: TV Digital
Técnicas da integração
Técnicas da não integração
Técnicas da Integração:
Técnicas de Não-integração:
Rampa inicia com valor Máx. Pos. (maior que VE ), estando, portanto, as saídas
dos comparadores baixas.
As saídas das duas portas “E” estarão baixas.
A saída da porta “OU” estará baixa.
A tensão da rampa reduz linearmente, atingindo VE .
Neste instante a saída do comparador 1 passa para alto.
A saída da porta “E” 1 passa para alto e a da porta “OU” também, abrindo a porta
que permite a passagem do clock para o contador.
Quando a tensão da rampa atinge 0 V a saída do comparador 2 passa para alto.
A porta “E” 1 volta fica em nível baixo, levando a porta “OU” para nível baixo,
interrompendo o contador, que deverá ser lido neste instante.
Suscetibilidade a ruído.
A freqüência de conversão depende da freqüência da rampa.
A linearidade do conversor depende da linearidade da rampa.
A estabilidade do conversor depende de uma relação constante entre a rampa e o
oscilador. Para isto deve-se fazer um controlado pelo outro (circuito de CAF).
A resolução depende da relação entre oscilador e rampa. Por exemplo:
É suscetível a ruídos.
A resolução depende do número de bits (número de linhas do registrador de
retenção). Para 4 bits podemos converter tensões de 1,5 V em passos de 0,1 V (24
= 16). Para 10 bits podemos converter tensões de 1,023 V em passos de 0,001 V
(210 = 1024).
A velocidade de conversão depende basicamente do número de bits (um pulso de
clock para cada bit) e do clock. Por exemplo: um conversor de 10 bits com clock de
100 KHz poderá realizar 10.000 conversões/s. Este valor é teórico, pois a
velocidade do conversor D/A e do comparador também influem. Comercialmente
um ritmo de 40.000 conversões/s é obtido, com resolução de 0,4% (8 bits) ou
0,002% (16 bits).
Fig. 11.20
Um número X de comparadores ficaram com nível alto e o restante com nível baixo
( x 1) VREF x VREF
VE .
2n 2n
n
As saídas dos comparadores entram em um conversor de 2 para n.
Será necessário somente um pulso de clock para o conversor realizar a conversão.
Na sua saída estará o dado digital.
Características:
Fig. 11.21
Fig. 11.22
Instrumentação Digital - Eng. Arilson Bastos 125
R' 5R '
VS VB
2R R ' 2R R '
5R ' 5R '
VS e VS
4R R ' 8R R '
Para que estes valores sejam proporcionais a 8, 4, 2 e 1, temos que fazer R
>> R'.
5 100
Vs A 78,7 mV
6.250 100
5 100
Vs B 39,7 mV
2 6.250 100
5 100
Vs C 19,9 mV
4 6.250 100
5 100
Vs D 9,98 mV
8 6.250 100
Para todos bits altos:
8R 50.000 5
R EQ 3.333 e VS 100 0,1456 V que são
15 15 3.433
apro- ximadamente proporcionais a 8, 4, 2, 1 e 15.
Fig. 11.23
V0 0 0 V1 V0 V1 R0
V0 V1
R0 2R R0 2R 2R
Fig. 11.24
A tensão Analógica:
R0 R0 R0 R0 R0 R0 R0 R0
VS VA VB VC VD VA ' VB' VC' VD'
1R 2R 4R 8R 10R 20R 40R 80R
R0 VA 1 VC VD 1 1 1 1
VS VB VA ' VB' VC' VD'
R 1 2 4 8 10 20 40 80
Instrumentação Digital - Eng. Arilson Bastos 127
Fig. 11.25
Fig. 11.26
a) que pode ser medido sem sobrecarga. Faixa de Trabalho: O fundo de escala de
um medidor digital é o valor máximo
Ex.: Medidor de 3 dígitos com uma faixa de 100 mV é: 0,001 x 100 mV = 0,1 mV.
e) Fatores de Erro:
Erro quantitativo
Erro de modo comum
Erro de modo normal
Ex.: Medidor de 3 ½ dígitos uma medida de 65,3 V pode estar entre 65,30 V ou
65,39 V.
g) Erro de Modo Normal: Causado por ruídos comuns, linha, ruído branco etc.
h) Erro de Modo Comum: É aquele presente nos terminais do medidor.
VS VE
RMC 20 log
A
A = Ganho do amplificador
VS = Tensão indicada pelo medidor
Exemplo 1:
Fig. 11.28
R2 R2 R2 VIN
VE VIN VIN VIN ou VIN 10VE
R1 R2 9R 2 R 2 10R 2 10
Exemplo 2:
99 mV < VE < + 999 mV
Fig. 11.29
R2
VE VIN
R1
Exemplo 3:
VIN
VOUT
10
Exemplo 4:
No circuito abaixo, deseja-se o valor da corrente I:
Fig. 11.30
VE R2 I
Fig. 11.31
RX
VE VREF ;
(R 1 RX)
Se R 1 RX
RX
VE VREF (como R1 é muito maior que R X , VREF e R 1 se transformam
R1
em uma fonte de corrente).
Exemplo 5:
10
I REF 1 mA
10 M
Se R X 10 K , VE 1 mA 10 K 10 mV
Se R X 10 K
RX 10 4
VE VREF 10 9,99 mV (erro de 1%)
(R 1 R X ) (10 10 4 )
7
Se R X 2M
10 6 10 7
VE 10 2 2 10 6 1,666 V (erro de 16,7%)
(10 2 10 6 )
7
1,2
Fig. 11.32
Exemplo 6:
Fazendo VREF = 10 V e RX de 0 a 100 , devemos fazer R1 500
Se R X varia até 100 K , devemos fazer R1 = 500 K , sempre de forma a
limitar a tensão na saída em 2 V.
Fig. 11.33
Fig. 11.34
134 Capítulo 11 - Instrumentação Digital
101 K // 10 M 100 K
1,01 K // 101 K // 10 M 1K
Fig. 11.35
Tabela 11.10
Faixa (Volts) Ganho A1 Ganho A2 Ganho Total F1 F2 F3
0,2 0,2 50 10 Des Des Des
2 0,2 5 1 Des Des Lig
20 0,2 0,5 0,1 Des Lig Lig
200 0,002 5 0,01 Lig Des Lig
2.000 0,002 0,5 0,001 Lig Lig Lig
Conversor RMS
Fornece valor RMS para qualquer forma de onda.
Instrumentação Digital - Eng. Arilson Bastos 135
1
F0
2 LC
A Fig. 11.36 apresenta o diagrama básico de um gerador de sinais, que nada
mais é do que um oscilador, que é um amplificador regenerativo de alto ganho.
Tipos de geradores senoidais: Hartley, Colpitts ,ponte de Wien e Fase Shift.
Fig. 11.36
Gerador de Pulso e Onda Quadrada: Estes geradores podem ou não ser simétrico. A
diferença fundamental entre um pulso e uma onda quadrada (retangular) é o duty cycle.
t
No exemplo acima, duty cycle = 50 %
T
Instrumentação Digital - Eng. Arilson Bastos 137
Fig. 11.39
A Fig. 11.40 apresenta como devem ser realizadas as ligações para a análise
de um amplificador, utilizando o gerador de varredura.
138 Capítulo 11 - Instrumentação Digital
Fig. 11.40
Fig. 11.43
140 Capítulo 11 - Instrumentação Digital
A Finalidade do PLL
1) Para sinais de entrada de frequência variável: fazer com que o VCO siga a
frequência do sinal aplicado, produzindo um sinal de saída, fs com a mesma
frequência do sinal de entrada, fs ou, no caso de N ser maior do que a
unidade, a frequência de saída será N vezes a frequência do sinal de entrada.
2) Para sinal de entrada de frequência fixa: manter constante a diferença de fase
entre o sinal produzido pelo VCO e o sinal aplicado na entrada do PLL.
Aplicação do PLL
12.1 - Introdução
podem realizar cálculos em função do que foi armazenado. não é difícil de se encontrar
osciloscópios que além de apresentarem na tela uma forma de onda, uma senóide por
exemplo, também apresentam de forma numérica os seus valores de pico, sua
freqüência, período, apresentam até mesmo eventuais distorções que existam.
Filamento;
Cátodo;
Grade de controle;
Anodo de focalização e aceleração;
Placas de deflexão horizontal e vertical;
Tela fluorescente.
144 Capítulo 12 - Osciloscópios
Fig. 12.3
Portanto, alterando este fatores, podemos ter um traço luminoso com mais ou
menos brilho, ser mais ou menos persistente e ainda ter cores diferentes.
o caso de uma tela de um oscilosc io, o s oro de melhor o ção é o “ ”,
pois possui alta luminância e média persistência.
Duplo Traço: É o osciloscópio que possue dois canais de entradas verticais, com uma
base de tempo apenas. (é o mais usual no mercado).
Duplo Feixe: É o osciloscópio que possue dois canais ou mais entradas verticais e
duas bases de tempo independentes. É um osciloscópio duplo no mesmo gabinete.
A Fig. 12.4 apresenta o diagrama de blocos de um osciloscópio analógico duplo traço.
Fig. 12.5
Fig. 12.6
12.7 - Amplitude
Fig. 12.7
Fig. 12.8
12.8 - Freqüência
O período é o tempo tomado por um ciclo do sinal, caso este seja repetitivo.
Neste caso tem uma freqüência definida com o número de vezes que um sinal é
repetido por segundo. A freqüência é medida em Hertz = 1 ciclo/seg. Ver Fig. 12.9 e
Fig. 12.10.
1 F = Freqüência e T = Período
F
T
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 151
Fig. 12.9
Fig 12.10
Tempo de Subida (Rise Time): Os parâmetros dos pulsos são importantes, pois são
aplicados nos circuitos digitais e também podemos analisa-los como vemos na Fig.
12.11. O tempo de subida de um pulso e sua largura, definem o ciclo de trabalho
Fig. 12.11
Fase de uma Onda: O conceito de fase é baseado no seno dos ângulos entre 0 e
360 , ao mesmo tempo podemos ver se uma onda está adiantada ou atrasada em
relação a uma referência. Ver Fig. 12.12 e Fig. 12.13. Neste caso, a corrente está
atrasada em relação a tensão.
Fig. 12.14
CONTROLE FUNÇÃO
1 e 13 AC-GND-DC Chave de três posições que opera como descrito:
AC - Bloqueia a componente DC do sinal de entrada.
GND - Abre a passagem do sinal e aterra a entrada
vertical. Isto coloca o traço numa posição que pode
ser usada como referência zero quando estiver
efetuando medição DC.
DC - Entrada direta da componente AC e DC do
sinal, simultaneamente.
2 e 14 VOLTS/DIV Chave do atenuador vertical para canal 1, ajuste de
sensibilidade vertical.
4 e 16 VARIABLE VOLTS/DIV VARIABLE - Ajuste fino da sensibilidade do canal 1.
deixe este botão sempre na posição CAL para
manter o atenuador vertical calibrado.
5 CH1-DUAL-CH2 CH1 - Seleciona o canal 1.
DUAL - Botão para traçar os dois canais: CH1 e
CH2.
CH2 - Seleciona o canal 2.
Existe outro Knob em alguns modelos, que CH1 - Somente canal CH1.
tem a mesma função: (DUAL = CHOP ou ALT - São mostrados os sinais do canal CH1 e do
ALT). canal CH2, alternadamente.
CHOP - Os sinais de CH1 e CH2 são chaveados em
seqüência.
ADD - Os sinais de CH1 e CH2 são adicionados
algebricamente.
CH2 - Somente canal CH2.
3 e 15 POSITION/PUSH POSITION - Ajuste de posição vertical.
INVERT CONTROL INVERT CONTROL - Quando puxado para a
posição INVERT a polaridade do sinal é invertido.
11 HOLD/OFF Controle de sincronismo de um sinal complexo.
CONTROL
17 EXT.IN-CONECTOR Entrada de sinal de sincronismo externo.
12 LEVEL Ajuste fino de sincronismo horizontal.
10 SOURCE SELEC Seleção de sinal para sincronismo:
CH1 - Sincroniza com o sinal do canal 1.
CH2 - Sincroniza com o sinal do canal 2.
LINE - Sincroniza com a freqüência de AC (60 Hz).
EXT - Sincroniza com um sinal de uma fonte externa
qualquer.
9 COUPLING-SELECTOR Seleção de freqüência:
AC - Sinal sincronizado e acoplado no circuito.
HF-REJ - Sinal sincronizado acima de 50 KHz.
TV - Sinal sincronizado somente para medidas em
televisão.
DC - Sincronizado somente para circuito DC.
21 SLOPE SELECTOR Sincroniza o osciloscópio na subida ou descida do
sinal.
6 SEC/DIV SWITCH Botão para a seleção do tempo da varredura
horizontal.
23 SWEEP MODE AUTO - Uso normal para qualquer medição.
NORMAL - O feixe só aparece quando existe sinal
na ponta 1 ou 2.
SINGLE/RESET - O feixe só aparecerá quando for
154 Capítulo 12 - Osciloscópios
OBS.: Os ajustes de brilho e de foco são ajustes básicos que devem ser feitos sempre
que se for usar o osciloscópio.
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 155
São controles que se destinam a fixar a imagem na tela. Estes controles são
utilizados principalmente na observação de sinais alternados.
Chave de Modo de Sincronismo: Normalmente esta chave tem duas ou três posições:
(AUTO, NORMAL + e NORMAL ).
Antes de usar uma ponta passiva você precisa compensa-la para balancear
suas propriedades elétricas com um osciloscópio em particular. Você deve adquirir o
hábito de compensar a ponta toda vez que for utilizar o osciloscópio. Uma ponta mal
ajustada pode fazer com que as suas medições sejam menos precisas. As Fig.
12.17, Fig. 12.18 e Fig. 12.19 mostram o que acontece com as ondas medidas quando
você utiliza uma ponta que não for devidamente compensada.
A maioria dos osciloscópios têm um sinal de referência de onda quadrada
disponível em um terminal no painel frontal, usado para compensar a ponta. A seguir,
os passos para compensar uma ponta.
Volts por Divisão (Volts/Div): Este controle é muito utilizado durante a análise de
circuitos. Girando o botão VOLTS/DIV, você pode alterar a amplitude do sinal mostrado
na tela do osciloscópio; sempre que possível aumente a amplitude do sinal, com
amplitude maior a leitura fica mais precisa.
Tela do Osciloscópio: A tela do osciloscópio está dividida por uma grade que tem oito
quadrados na vertical e dez na horizontal e cada quadrado está dividido por cinco
divisões menores. Ver Fig. 12.21 e Fig 12.22.
A amplitude de um sinal medido é obtida contando quantas divisões a forma
de onda preenche no sentido vertical e multiplicando pelo fator indicado pelo controle
de amplitude VOLTS/DIV (Fig. 12.21 e Fig. 12.22). Para qualquer sinal alternado, o
resultado será sempre em ( VPP ) volts pico a pico.
A Fig. 12.20 apresenta um exemplo de como se medir volts pico a pico de uma
onda senoidal.
Fig. 12.20
Fig. 12.21
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 159
Fig. 12.22
Calculando a Freqüência do Sinal: Nos osciloscópio digitais esta tarefa é muito fácil,
porque basta um simples toque em um botão para a freqüência ser mostrada na tela.
Nos osciloscópios análogos, a fórmula F 1 Tseg tem que ser utilizada
para calcular a freqüência do sinal.
Siga os passos abaixo para calcular a freqüência:
1 - Ajuste o controle SEC/DIV para que um ou dois ciclos seja mostrado na tela;
2 - Posicione a chave (VARIABLE) na posição CALL ou desligada;
3 - Posicione o botão (x 10 MAG) na posição OFF desligado.
Fig. 12.25 - A Tela não Apresenta Nenhuma Tensão de Entrada nas Deflexões
Vertical e Horizontal
13.1 - Introdução
Fig. 13.1
Fig. 13.3
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 167
Fig. 13.4
Fig. 14.1
Para o início dos trabalhos, o técnico deverá tomar alguns cuidados como:
Precisão: Deverá ser capaz de ter baixo índice de erro em amplitude e freqüência,
neste caso, precisão absoluta e precisão relativa. Ver Fig. 14.9.
Resolução - RBW (Resolution Bandwidth): Deverá ser capaz de distinguir dois sinais
da mesma amplitude.
Sensibilidade: É a capacidade do instrumento em detectar e medir sinais de baixa
amplitude, como ruído, KTB (Constante de Boltzman, temperatura e largura da banda).
Distorção: É a capacidade de não introduzir distorções internas não lineares. Ver Fig.
14.10.
Faixa Dinâmica - Dynamic Range: É a razão máxima entre dois níveis de dois sinais
simultâneos. Ver Fig. 14.11.
Fig. 14.16
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 175
Fig. 14.17
Igualmente, medições de valores rms de corrente em cada ponto da linha
origina valores diferentes em cada um desses pontos, conforme mostrado na Fig.
14.17.
A razão entre o menor e o maior valor de corrente rms é denominada de razão
de corrente da onda estacionária (ISWR).
O VSWR e o ISWR são iguais. Freqüentemente, o SWR é utilizado em lugar
dos termos VSWR e ISWR.
ZL
SWR =
Z0
L
A impedância característica é dada pela fórmula: Z0 =
C
Onde L = indutância da linha e C = capacitância da linha.
176 Capítulo 14 - Analise de Sinais
Fórmula Empírica
2
η = Rendimento em % = 1 − R.O.E. − 1 × 100
R.O.E. + 1
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 177
Tabela 14.1
R.O.E. (SWR) Rendimento (%)
1,00 100
1,50 96
2,00 89
2,50 82
3,00 75
3,50 69
4,00 64
4,50 60
5,00 56
10,00 33
20,00 18
50,00 8
∞ 0
14.13 - Medidor de R. O. E.
A medição da razão de ondas estacionárias é facilmente feita com um
pequeno aparelho chamado de “medidor de R.O.E.” ou refletômetro; na Fig. 14.18
apresentamos o aspecto típico desse medidor; na realidade, em alguns transmissores
sofisticados, o medidor de R.O.E. já está incorporado ao equipamento, dispensando o
uso de um aparelho adicional.
Existe no mercado medidor de R.O.E. analógico e digital.
Fig. 14.19
•
• Fig.14.19 a - Diagrama de ligação Fig 14.19 b - Wattimetro Bird Thruline
15 E
SENSORES
15.1 - Introdução
TRANSDUTORES
PASSIVO ATIVO
Necessita de tensão de alimentação Não necessita de tensão de alimentação
• Termistores
• RTD's
• Sensores integrados
• Termopares
É um par de metais que se baseia no princípio térmico. Esse princípio diz que
quando dois fios compostos de materiais dissimilares são juntos em ambas
extremidades, e uma dessas extremidades é aquecida, existe uma corrente contínua
que circula no circuito termoelétrico.
Todos os metais dissimilares mostram esse efeito. As combinações mais
comuns de dois metais são mostradas nas tabelas. O Instituto Americano de Padrões
Nacionais (ANSI) identificou e padronizou certos tipos de termopares e deu a cada um,
uma letra de designação. Para cada tipo se definem varias coisas como tipos de metais
usados, faixa de temperatura usada, código de cores, etc.
Na Fig. 15.1 vemos um par termoelétrico e a junção fria de referência.
Fig. 15.2
Termopares Nobres: São aqueles cujas as ligas são constituídas de platina. Possue
um custo elevado, porém uma alta precisão. Como exemplo o tipo S, R e B.
Termopares Novos: São aqueles cujas ligas são constituídas de materiais novos,
ainda não normalizados.
Fig. 15.3
PT100:
o
Especificações. O PT100 oferece uma grande precisão sendo de + 0,2 C e
o o
opera em uma faixa de -260 C A +962 C. Feito de platino e com resistência de 100
o
ohms a 0 C, é conhecido por ter uma alta estabilidade e resposta rápida fazendo com
que ele possa ser utilizado em diferentes aplicações relacionadas com temperatura.
Sua forma varia de acordo com o precesso de produção, podendo ser de platina
do tipo flat-film ou wire-wound. Além do formato, uma grande diferença entre eles é que
o flat-film é utilizado em aplicações onde se exige um tamanho manor.
O seu funcionamento é simples, como sua resistência é proporcional de acordo
com a temperatura, aplicando uma corrente conhecida por ele, se obtém uma tensão
de saída que vai variar com a temperatura. O conhecimento da relação entre
temperatura e resistência é fundamental para a sua aplicação.
O PT100 pode ser conectado utilizando 2, 3 ou 4 fios de acordo com a
aplicação. Quando utilizado com dois fios, sua exatidão pode ser prejudicada por causa
da resistência ser aplicada em serie com ele.
Aplicações:
Como já foi visto, o PT100 é muito utilizado, a seguir será apresentado algumas
de suas utilizações.
O Mini MCR-SL-PT100-UI-200 é um transdutor de temperatura isolado produzido
pela PHOENIX CONTACT, que utiliza um PT100 de 2, 3 ou 4 fios, com a possibilidade
de configuração de sinal de saída, temperaturas a ser medidas, sistema de conexão e
diferentes tipos de avaliação de erros.
15.3 - Sensores
Como todos sabemos, a automação industrial está diretamente ligada a
engenharia dos dias de hoje, e os sensores são extremamente úteis em tais projetos. O
propósito deste capítulo é apresentar um resumo sobre sensores identificando seus
mais variados tipos e especifica-los para cada aplicação. Daremos uma maior atenção
aos sensores de proximidade e fotoelétricos, tendo em vista sua vasta utilização em
todos os setores industriais.
O uso de sensores permite por exemplo, que um robô possa interagir com o
ambiente que o rodeia de uma forma flexível. Isto não acontece nas operações pré-
programadas onde um robô é ensinado como proceder para realizar tarefas repetitivas
através de um conjunto de funções programadas. Apesar do último caso ser o mais
predominante nos robôs industriais, o uso da tecnologia dos sensores introduz nas
máquinas um maior nível de inteligência para lidar com o seu meio e é objeto de uma
pesquisa intensa no campo da robótica.
Um robô que possa sentir e ver como o homem, é mais fácil de treinar para
realizar tarefas complexas e requer, ao mesmo tempo, mecanismos de controle menos
rígidos e atentos que os das máquinas pré-programadas.
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 187
SENSORES EXTERNOS:
Fig. 15.7
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 189
Fig. 15.8
Fig. 15.9
4) Tipos:
5
1 bar = 10 Pa;
1 polegada de mercúrio = 2,54 cm/Hg;
1 centímetro de mercúrio = 0,3937 polegadas de mercúrio;
2
Pressão = Pascal (Pa); lbf/in = psi = 6,894757 Kpa.
ATM = atmosfera
Pascal = Pa = Newton/metro² = N/m²
kgf/cm² = kgf/cm²
Ibf/In² = psi = Ibf/in²
Torr = Torriceli = mmHg
1 bar = 1 e 5 Pa = 750,062 Torr
Mca = Metros de coluna d`água.
PROCESSAMENTO
16 DIGITAIS
DE SINAIS
Fig. 16.1
Tabela 16.1
TTY Nível Malha de RS-232-C TTL
Corrente
Marca Alto 20 mA 12 V +5V
Espaço Baixo 0 mA + 12 V 0V
Interface RS-485: É uma interface que tem o padrão de comunicação EIA-485, bem
definido com várias aplicações em comunicação multi-ponto, Half-Duplex. É o maior
protocolo elétrico utilizado em redes Fieldbus, pois alcança grandes distâncias em alta
velocidade de comunicação e baixa EMI; este padrão é o mais utilizado nas indústrias
que utilizam automatização. Normalmente utiliza-se conversores do padrão RS-232 que
é Full-Duplex e comunicação ponto a ponto, para o padrão RS-485, compatibilizando
desta forma o sistema.
17 DE
FIBRAS ÓPTICAS
17.1 - Introducão
Redes de telecomunicações.
1. Circuitos interurbanos;
2. Conexão entre redes locais;
3. Conexão de assinantes.
Na Fig. 17.1 podemos ver uma fibra típica com proteções mecânicas.
Fibra Multimodo Índice Degrau: Apresenta dois índices de refração, um para o núcleo
e outro para a casca, variando abruptamente. São fibras grossas com núcleos variando
de 100 m até 850 m.
Possuem baixa capacidade de transmissão, com atenuações maiores que 4
dB/km chegando até dezenas de dB/km, tendo uma banda passante entre 10 e 30 MHz
x Km e seu uso principal é a transmissão de dados, em curtas distâncias.
São as mais fáceis de serem fabricadas e possuem uma grande capacidade
de captar energia luminosa. Na Fig. 17.2 podemos ver o seu comportamento.
204 Capítulo 17 - Técnicas de Medição de Fibras Ópticas
Fibra Multimodo Índice Gradual: Apresenta o núcleo com índice de refração variável.
O índice de refração vai diminuindo a partir do eixo central da fibra até a casca. A
variação do índice de refração em função da sua posição na fibra se aproxima de uma
parábola:
Suas dimensões típicas são para o núcleo de 50 m, 62,5 m e 100 m e
para a casca, de 125 m e 140 m.
São fibras de média para alta capacidade de transmissão com
atenuações que variam desde 1 dB/Km até 6 dB/Km e com a faixa passante de
centenas de MHz x Km e seu uso principal é em sistema de telecomunicações. Na Fig.
17.3 podemos ver o seu comportamento.
Fibra Monomodo: É uma fibra que difere das anteriores pelas dimensões que são bem
menores e pela elevada capacidade de transmissão.
Seu núcleo está em torno de 10 m de diâmetro e a casca normalmente mede
125 m.
A fibra monomodo caracteriza-se como um guia de onda cujas dimensões e
comprimentos de onda da luz incidente, na existência de um único modo de
propagação guiado.
É uma fibra com elevada capacidade de transmissão e suas atenuações
típicas são menores que 1 dB/Km e sua banda passante é na ordem de giga Hz x Km,
aumentando sempre com novas tecnologias que surgem.
É a fibra mais difícil de ser fabricada, por isso é de custo alto. Na Fig.
18.4 podemos ver o seu comportamento.
3 Janela: Esta faixa é centrada ao redor de 1.600 nm. Embora a atenuação absoluta
da fibra apresente o seu valor mais baixo nesta faixa, ela não esta sendo usada
atualmente devido à alta falta de componentes semicondutores utilizáveis.
Dispersão cromática;
Largura de banda;
Comprimento de onda de corte;
Diâmetro do campo modal;
Características geométricas;
Atenuação espectral (comportamento da atenuação variando-se o comprimento de
onda do luz).
17.10 - Atenuação
P1
Perda = 10 log
P2
Sendo:
P1 Potência na extremidade de entrada da luz;
P2 Potência na extremidade de saída da luz;
De maneira genérica, atenuação pode ser definida como:
Instrumentação Eletrônica - Eng. Arilson Bastos 207
10 log P1 ( )
( )
L P2 ( )
Sendo:
L = Comprimento da fibra (km);
( ) Atenuação para um determinado comprimento de onda (dB/km);
Existem três métodos usuais para a medição de atenuação:
A análise da curva obtida permite obter informações sobre a fibra, tais como
impurezas e contaminações que afetam o desempenho do sistema.
Método de Inserção: Este método é muito similar ao método de corte. No entanto, não
é necessário o corte de alguns metros de fibra.
O diagrama de execução do teste é mostrado na Fig. 17.8:
O teste pode ser efetuado tendo acesso a uma única ponta da fibra.
O OTDR emite pulsos de luz de curta duração. Estes pulsos são parcialmente
refletidos na fibra, devido a microimperfeições características do material.
A intensidade do pulso que retorna fornece subsídios para o cálculo do valor
de atenuação, assim como o tempo de trânsito do pulso fornece o comprimento da
fibra.
O OTDR fornece uma curva ATENUAÇÃO x COMPRIMENTO do fibra,
permitindo uma análise mais completa que nos outros métodos.
Acessórios: Para que seja possível efetuar medidas com um OTDR, faz-se necessário
o uso de alguns acessórios:
Curvas Obtidas por Reflectometria: A curva típica de atenuação de uma fibra pode
ser observada na Fig. 17.11.
A escala de distância na parte de baixo é calculada pelo tempo que a luz leva
para retornar. Apesar do pulso ótico ser rápido e a eletrônica responder rapidamente, o
sinal recebido de várias dezenas de metros de fibra próxima ao instrumento não é útil;
210 Capítulo 17 - Técnicas de Medição de Fibras Ópticas
sinal. Na outra direção, a emenda aparenta ter perda adicional, porque menos do sinal
está sendo retornado para o instrumento. Os OTDRs devem também ser casados com
a fibra sendo testada, tanto em comprimento de onda como em diâmetro de núcleo,
para melhorar sua precisão.
Os OTDRs têm provado serem inestimáveis na localização de falhas em fibras,
otimização de emendas ou inspeção de falhas de fabricação de fibras e cabos.
Entretanto, é importante compreender suas limitações.
Atenuação Elevada em um Trecho do Cabo: É percebido por uma parte da curva que
apresenta inclinação maior que o restante. Pode ser causado por curvatura acentuado
do cabo em um longo trecho.
17.13 - Aferição
18 ELETRÔNICOS UTILIZADOS
EM TELECOMUNICAÇÕES
Fig. 18.27 - Pair Master Lan Fig. 18.28 - Wire Master Lan Tester
Tester
Testador de Cabo LAN: Instrumento digital portátil, para teste de cabos LAN tipo Par
Trançado sem Blindagem.
19 ELETRÔNICA
VIRTUAL
processamento e perfeita integração com o EWB UltiBOARD para layout de PCI. É uma
ferramenta para projetos fácil de usar que oferece a funcionalidade avançada
necessária para projetos de alta qualidade, e está disponível em configurações para
satisfazer todos os níveis de projetistas
A Fig. 19.1 mostra os instrumentos para medições e análise disponíveis:
Fig. 19.1
Fig. 19.2
Fig. 19.3
Fig. 19.4
Instrumentação Digital - Eng. Arilson Bastos 219
Fig. 19.5
Fig. 19.6
Gerador de Palavras Digital: Gerador digital de 8 bits com clock interno e 16 colunas.
Ver Fig. 19.7.
Fig. 19.7
Fig. 19.8
220 Capítulo 19 - Instrumentação Eletrônica Virtual
Conversor Lógico: Permite a conversão de um circuito lógico para uma tabela verdade
ou diagrama; uma tabela verdade para uma expressão Booleana e vice-versa. Ver Fig.
19.9.
Fig. 19.9
Na Fig. 19.10 vemos um exemplo de um circuito, e análise com os
instrumentos.
Fig. 19.10
Outros Simuladores:
Bibliografia