01 - Terminologia e Conceitos em Silvicultura PDF

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15/03/2011

SISTEMAS AGROSILVIPASTORIS Silvicultura . Conjunto de conhecimentos tericos e

prticos que possibilitam a criao duma floresta e o controle da sua composio,


Professora Msc. Idiana Marina Dalastra

estrutura e desenvolvimento (SPURR, 1979)

A prtica da silvicultura consiste: Conduo cultural dos povoamentos florestais, Silvicultura - a cincia que trata do cultivo de rvores, referindo-se s prticas relativas produo de mudas, plantio, manejo, explorao e regenerao dos povoamentos. pela aplicao de prticas culturais (desbastes, limpezas e desramaes) e fertilizaes de modo a manter e a aumentar a sua utilidade de acordo com as necessidades do proprietrio. Produtividade da floresta artificial maior que a da floresta natural como resultado da atividade florestal.

Utilidades das Florestas Produtos florestais primrios (bens materiais) Diretos (Bens de produo) Produtos Lenhosos Produtos no lenhosos (folhas, cascas, frutos e exsudaes) Associados Servios Pastagem, caa e pesca gua, solo, proteo, paisagem, produo de oxignio e fixao de gs carbnico. Transformao industrial primria Serradas, pastas, painis, rolhas, aglomerados de cortia e de madeira. Transformao industrial secundria embalagem, papel, mobilirio

Floresta - uma associao predominante de rvores, acrescida de sub-bosque, ocupando considervel extenso de terra, capaz de desenvolver um clima local prprio.

Produtos florestais secundrios (industriais)

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Sub-bosque

vegetao

arbustiva,

sub-arbustiva,

Mata - uma floresta de pequena extenso. Diferenciase do conceito de floresta apenas pela extenso de terra.

herbcea e arvoretas encontradas sob o macio florestal (regenerao natural).

Floresta pura - quando a frequncia de uma espcie de mais de 90%.

Floresta mista - quando a floresta formada por mais de uma espcie.

Floresta nativa (natural) - quando formada sem a interveno do homem.

Floresta plantada (artificial) - quando plantada pelo homem. Floresta de alto fuste - sua origem e regenerao se fazem por semeadura.

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Floresta primria - floresta que se formou ao longo dos estgios sucessionais, sem interrupo.

Floresta de talhadia - a regenerao se faz pela brotao da toua.

Fuste - a parte da rvore que vai do colo s Floresta secundria - formada naturalmente aps a destruio da floresta primria (capoeira). primeiras ramificaes da copa (tronco).

Campo - formao vegetal com apenas um estrato de cobertura, constituda principalmente de gramneas, ciperceas e leguminosas.

Campo sujo ou campo cerrado - campo entremeado de arbustos e raras formas arbreas, com predominncia de vegetao rasteira.

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Cerrado - formao vegetal constituda de dois estratos, um de vegetao rasteira e outro com formas arbreas que raramente ultrapassam 6 metros de altura, apresentando caules tortuosos, com espssas cascas, folhas coriceas e aparncia xeromrfica.

Cerrado - formao constituda de trs estratos, sendo os dois primeiros semelhante ao cerrado, e o terceiro formado por rvores de 6 at 20 metros de altura, com melhor forma, possvel de se encontrar madeira dura.

O termo altura do peito sozinho no o suficiente para definir a altura medida. Baseando-se no Sistema DAP - significa "dimetro altura do peito", e o dimetro da rvore medido a l,30 m do solo. A altura do peito os instrumentos de medio so facilmente manuseados. Em muitas rvores, as deformaes, normalmente presentes na base do fuste das rvores, esto bem reduzidas acima da altura do peito. Internacional de Unidades- SI. Brasil o DAP medido a 1,30m do solo; Nos EUA o DAP medido a 1,37m; Inglaterra e em outros pases europeus, a 1,29m; Japo a 1,25m. Essas diferentes alturas de medio do DAP implicam impedimento na comparao de valores de rea basal em nvel internacional.

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rea de preservao permanente APP

As reas de Preservao Permanente so reas de grande importncia ecolgica, cobertas ou no por vegetao nativa, que tm como funo preservar os recursos hdricos, a paisagem, a estabilidade geolgica, a biodiversidade, o fluxo gnico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populaes humanas. Como exemplo de APP esto as reas de mananciais, as encostas com mais de 45 graus de declividade, os manguezais e as matas ciliares. Essas reas so protegidas pela Lei Federal n 4.771/65 (alterados pela Lei Federal n 7.803/89).

Consideram-se de preservao permanente, pelo s efeito desta Lei, as florestas e demais formas de vegetao natural situadas: a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'gua desde o seu nvel mais alto em faixa marginal cuja largura mnima ser: 1 - de 30 metros para os cursos d'gua de menos de 10 metros de largura; 2 - de 50 metros para os cursos d'gua que tenham de 10 a 50 metros de largura; 4 - de 200 metros para os cursos d'gua que tenham de 200 a 600 metros de largura; 5 - de 500 metros para os cursos d'gua que tenham largura superior a 600 metros; 3 - de 100 metros para os cursos d'gua que tenham de 50 a 200 metros de largura;

b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatrios d'gua naturais ou artificiais; f) c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'gua", qualquer que seja a sua situao g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a d) no topo de morros, montes, montanhas e serras; e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45o, equivalente a 100% na linha de maior declive; 100 (cem) metros em projees horizontais; h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetao. topogrfica, num raio mnimo de 50 metros de largura; nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

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Reserva legal

Ela varia de acordo com o bioma e o tamanho da propriedade e pode ser: I 80% da propriedade rural localizada na Amaznia Legal; II 35% da propriedade rural localizada no bioma cerrado dentro dos estados que compem a Amaznia Legal; III- 20% nas propriedades rurais localizadas nas demais regies do pas.

O conceito de RESERVA LEGAL dado pelo Cdigo Florestal, em seu art. 1, 2, III: "rea localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservao permanente, necessria ao uso sustentvel dos recursos naturais, conservao e reabilitao dos processos ecolgicos, conservao da biodiversidade e ao abrigo e proteo de fauna e flora nativas."

Espcie Nativa Uma espcie nativa, espcie indgena uma espcie que pertence a uma regio ou ecossistema determinados. Espcie Extica Define-se extica ou espcie extica uma espcie que ocorre fora de sua rea original de distribuio; e espcie extica invasora espcie que ameaa ecossistemas, habitats ou outras espcies.

Atividade Agrofloresta Atividade que envolve plantio, conduo e manejo de sistemas agroflorestal, para obtenao de produtos diveros (florestal e agrcola). Sistemas agroflorestais Sistema de uso da terra em que h reteno, introduo ou mistura deliberada de rvore ou outras especies lenhosas perenes em reas de produo de culturas (agrcolas) e animais.

PRINCPIOS E UNIDADES DE MEDIDA

PRELIMINARES No setor florestal, o conhecimento sobre os recursos

existentes se d atravs da medio ou estimao de atributos das rvores e das florestas, alm de muitas caractersticas das reas sobre as quais as rvores esto crescendo, apropriados. por meio de instrumentos e mtodos

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TIPOS DE MEDIDAS Dendrometria (DENDRO= rvore e METRIA= medio), palavra de origem grega que designa um ramo da cincia florestal que trata da medio de rvores, tanto do ponto de vista individual como coletivo. Segundo Spurr (1952) Trs fatores governam a escolha das medidas a serem realizadas nas rvores: A facilidade e a velocidade que as medidas podem ser realizadas; A exatido com que podem ser feitas e a correlao entre as medidas; Caractersticas s quais se desejam uma estimativa.

De acordo com Silva e Paula Neto (1979), as medidas podem ser diretas ou indiretas

UNIDADES DE MEDIDA

DIRETAS:

DETERMINAO (dimetro e a circunferncias de galhos e fustes; comprimentos das toras, espessura da casaca e altura das rvores cortadas).

Sistema Internacional deUnidades- SI, adotado no Brasil desde 1962. Dessa forma, torna-se necessrio que as medidas realizadas sejam expressas nas unidades pertencentes a esse sistema, evitando assim, questionamentos legais com relao a contratos de prestao de servios e de compra e vendas de madeira, desejadas. bem como uso de converses para unidades

INDIRETAS:

ESTIMAO (MEDIDA APROXIMADA) citam-se aquelas que esto fora do

alcance direto do homem, sendo necessria muitas vezes, utilizao de meios ticos, altura e volume das rvores.

Em algumas situaes, as medidas necessitam ser


GRANDEZAS Comprimento rea Volume Massa ngulo plano UNIDADE DE MEDIDAS Metro Metro quadrado Hectare Metro cbico Quilograma tonelada Graus Quilograma por metro cbico Grama por metro cbico SMBOLO m m2 ha m3 kg t
o

convertidas em outras, haja vista que: Alguns aparelhos fornecem estimativas no Sitema Ingls (polegadas, ps, etc.); Deseja-se expressar o resultado final de uma operao em uma unidade diferente daquela originalmente medida (metro quadrado por hectare); H a necessidade de efetuar os clculos envolvendo duas medidas com unidades diferentes (dimetro em centmetros e espessura da casca em milmetros)

kg/m3 g/m3

Massa especfica

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Nestes

casos,

devem-se

utilizar

fatores

de

ERROS DE MEDIO Toda grandeza fsica tem um valor verdadeiro, que

converses apropriadas, por exemplo: 1 cm = 10 mm 1 m = 100 cm 1 polegada = 2,54 cm 1 p = 30,48 cm 1 hectare = 10000 m2 1 acre = 0,4047 ha.

o valor exato da grandeza. Consequentemente, o erro de uma medio a diferena entre o valor da medida e o valor exato da grandeza em questo. Quanto maior a incerteza sobre o valor da medida, maior o erro da medida.

A no-observncia Para realizar a medida de uma grandeza fsica qualquer de forma correta, deve-se: Escolher um instrumento adequado para a medida. Aprender instrumento. Aprender a ler a escala de medida desse instrumento. o procedimento de utilizao do

desses itens acarreta erros

de medio, os quais podem ser divididos nas seguintes categorias:

Erros estatsticos: estes erros so resultantes


de variaes aleatrias da medida devido a fatores no controlados. Exp: a presena de corrente de ar quando se realiza a medida de massa em uma balana muito sensvel.

Erros

sistemticos:

estes

erros

tm

causas

diversas e influem na medida sempre num mesmo sentido, para mais ou para menos, em relao ao verdadeiro valor da grandeza. Exp: falta de calibrao de um instrumento.

Erros grosseiros: estes no so considerados erros,


do ponto de vista da teoria do erros. So considerados enganos que o dos dados. operador comete durante a medio ou nos clculos durante a anlise

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