Aloj Local

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S

GULARE
AS SIN
PESSO

Este documento
é interativo
NOTA PRÉVIA

Com o presente guia pretende-se transmitir aos contribuintes, pessoas singulares,


que pretendam iniciar ou que já exerçam atividades económicas no âmbito do
alojamento local, informações genéricas sobre os seus direitos e obrigações.

Pretende-se, igualmente, guiar/apoiar os contribuintes no cumprimento das


suas obrigações fiscais, declarativas e de pagamento, bem como no atempado
tratamento de questões administrativas associadas à atividade, visando facilitar
a abertura do negócio.
2 | 32

Este documento eletrónico interativo possui caráter meramente informativo, tendo


sido preparado com base na informação disponível disponível a 30 de junho de
2020.

Face à complexidade dos assuntos abordados, o guia é de orientação genérica


e não dispensa a consulta da legislação e o aconselhamento com as entidades
competentes.
1. ENQUADRAMENTO JÚRIDICO
ÍNDICE 4

2. REGISTO DE CONTRIBUINTES 6
NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL – NIF 6
SENHA DE ACESSO AO PORTAL DAS FINANÇAS 6

3. REGISTO DE ATIVIDADE 8
INÍCIO DE ATIVIDADE 9
CLASSIFICAÇÃO DA ATIVIDADE 9
ALTERAÇÃO DE ATIVIDADE 10
CESSAÇÃO DE ATIVIDADE 10

4. REGIMES DE TRIBUTAÇÃO – IRS E IVA 11


REGIME DE TRIBUTAÇÃO – IRS 11
REGIME DE TRIBUTAÇÃO – IVA 12 3 | 32

5. CAIXA POSTAL ELETRÓNICA 14



6. PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS – IRS E IVA 15
OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS – IRS 15
OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS - IVA 16

7. PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES DE PAGAMENTO – IRS E IVA 19


OBRIGAÇÕES DE PAGAMENTOS - IRS 19
OBRIGAÇÕES DE PAGAMENTO - IVA 20

8. PAGAMENTO DE DOCUMENTOS DE COBRANÇA 21

9. FATURAÇÃO 23
PROGRAMAS DE FATURAÇÃO 23
FATURAS 24
COMUNICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESSENCIAIS DAS FATURAS 25

10. TAXAS 27

11. REGISTO DE OPERAÇÕES, CONSERVAÇÃO E ARQUIVO
REGISTO DE OPERAÇÕES 29

12. PARA MAIS INFORMAÇÕES 31


Índice

ENQUADRAMENTO
JURÍDICO

4 | 32
A figura do alojamento local foi criada pelo Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março,
retificado pela Declaração n.º 25/2008, de 6 de maio, alterado pelos Decretos-Leis
n.ºs 228/2009, de 14 de setembro, e 15/2014, de 23 de janeiro, (retificado pela
Declaração n.º 19/2014, de 24 de março) para permitir a prestação de serviços
de alojamento temporário em estabelecimentos que não reunissem os requisitos
legalmente exigidos para os empreendimentos turísticos.

Tal realidade viria a ser regulamentada através da Portaria n.º 517/2008, de 25


de junho, entretanto alterada pela Portaria n.º 138/2012, de 14 de maio, que no
seguimento da transposição da Diretiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 12 de dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, veio
consagrar a possibilidade de inscrição dos estabelecimentos de alojamento local
através do Balcão Único Eletrónico tendo vindo, também, estabelecer os requisitos
mínimos a observar pelos estabelecimentos de alojamento local.

A atualização do quadro normativo aplicável ao alojamento local foi realizada


através da publicação do Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, em vigor
desde 27 de novembro de 2014, que tem subjacente o reconhecimento da
relevância turística do alojamento local, figura que merece, assim, neste diploma,
um tratamento jurídico autónomo.

Este diploma veio prever três tipos de estabelecimentos de alojamento local, a saber,
o apartamento, a moradia e os estabelecimentos de hospedagem, estabelecendo
os respetivos requisitos mínimos de exploração, segurança e higiene.

A necessidade de densificar o regime dos «hostel», levou à primeira alteração do


Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de 23
Índice

de abril, o qual veio, do mesmo passo, clarificar determinados aspetos do regime


jurídico da exploração dos estabelecimentos de alojamento local.

Com a publicação da Lei n.º 62/2018 de 22 de agosto, concretizou-se, entre


outras alterações, a definição de quatro tipos diferentes de estabelecimentos de
alojamento local: Moradia; Estabelecimentos de Hospedagem; Apartamento e
Quartos.

Assim, o regime jurídico dos Estabelecimentos de Alojamento Local consta,


atualmente, do Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, alterado pelo Decreto-
Lei n.º 63/2015, de 23 de abril, e pela Lei nº 62/2018 de 22 de agosto, Lei 71/2018
de 31 de dezembro e Lei 2/2020 de 31de março, tendo, este último diploma entrado
em vigor no dia 1 de abril de 2020.

O Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, foi adaptado à Região Autónoma da


Madeira pelo Decreto Legislativo Regional n.º 13/2015/M, de 22 de dezembro.

Na Região Autónoma dos Açores aplica-se a Portaria n.º 83/2016, de 4 de 5 | 32


agosto, alterada pela Portaria nº. 23/2018 de 16 de março, que além de prever
um procedimento de registo próprio, estabelece requisitos especiais para os
estabelecimentos de alojamento local situados no arquipélago dos Açores.
Índice

REGISTO DE
CONTRIBUINTES

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NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL – NIF

O contribuinte que pretenda iniciar a atividade de alojamento local, em nome


individual, ou seja, como pessoa singular, necessita de NIF e domicílio fiscal
atualizado.

Atenção: O domicílio fiscal (art.º 19.º da Lei Geral Tributária - LGT), salvo disposição
em contrário, corresponde ao local da residência habitual, para as pessoas
singulares.

O cidadão nacional obtém o NIF com o pedido do Cartão de Cidadão no Instituto


dos Registos e do Notariado (IRN). O cidadão da União Europeia ou de país terceiro
obtém o NIF num Serviço de Finanças ou numa Loja de Cidadão.

Saiba +
• Cidadãos imigrantes - alteração do estatuto de não residente para residente

SENHA DE ACESSO AO PORTAL DAS FINANÇAS

Caso ainda não a possuam, os contribuintes/operadores económicos, para


comunicarem com a AT através do Portal das Finanças, precisam de obter
a respetiva senha de acesso, indispensável para aceder aos muitos serviços
disponibilizados.

No Portal das Finanças, deve solicitar a respetiva senha de acesso em:


www.portaldasfinancas.gov.pt na opção Registar-se, e preencher o formulário de
adesão com os seus dados pessoais, nos termos que lhe são solicitados.
Índice

Pode, também, autorizar a AT a proceder ao envio de mensagens facultativas e


de apoio ao cumprimento voluntário, através de SMS e de e-mail. Este serviço é
totalmente gratuito, de caráter pessoal e confidencial. No entanto, para que seja
possível à AT prestá-lo de forma segura, é necessário que fiabilize o seu e-mail
e o seu número de telemóvel. Logo que o pedido da senha seja efetuado, são
disponibilizados automaticamente dois códigos:

• para fiabilização de telemóvel, por SMS;


• para fiabilização de e-mail, por correio eletrónico.

Confirme estes códigos no Portal das Finanças em Serviços Tributários > Serviços
> Situação Fiscal-Dados > Confirmar Contactos > Email ou >Telefone, após a
receção da senha de acesso ao Portal das Finanças, que é enviada pelo correio, em
envelope-mensagem, para o domicílio fiscal.

ALERTAS

• Visualize com regularidade os alertas relativos à sua situação fiscal 7 | 32


• Consulte as notificações eletrónicas
• Atualize o seu endereço eletrónico

Saiba +
• Saiba tudo sobre senhas de acesso ao Portal das Finanças
• Segurança Informática
Índice

REGISTO DE
ATIVIDADE

8 | 32
A exploração de estabelecimentos de alojamento local corresponde ao exercício
da atividade de prestação de serviços de alojamento [(alínea h) do n.º 1 do art.º
4.º do Código do IRS (CIRS) e alínea a) do n.º 1 art.º 1.º do Código do IVA (CIVA)],
sendo geradora de rendimentos empresariais da categoria B, podendo no entanto
o contribuinte, em determinadas situações, optar pelas regras de tributação
aplicáveis à Categoria F (rendimentos prediais).

Através do ofício-circulado 20180/2015, de 19 de agosto, do Gabinete da Subdiretora-


Geral do IR e das Relações Internacionais, são identificadas três situações-tipo:

SITUAÇÕES TIPO RENDIMENTOS

O proprietário do estabelicimento PROPRIETÁRIO/TITULAR DA EXPLORAÇÃO


de alojamento local é o próprio
titular da exploração CATEGORIA B

O proprietário do estabelicimento Proprietário Titular Da Exploração


de alojamento local é a pessoa
distinta do titular da exploração Categoria F salvo opção Categoria B Categoria B

O proprietário do estabelicimento cedente (proprietário e titular Cessionário (Titular


de alojamento local é inicialmente da exploração inicial) da exploração
o titular da exploração e, nesse
âmbito, cede a exploração a outro Categoria B Categoria B
titular

Nota: Atualmente, os titulares de rendimentos de exploração de estabelecimentos


de alojamento local na modalidade de moradia ou apartamento, também podem
optar pelas regras de tributação estabelecidas para a Categoria F (n.º 14 do art.º
28.º do CIRS).
Índice

INÍCIO DE ATIVIDADE

Antes de iniciar a atividade de alojamento local, o contribuinte, pessoa singular,


deve apresentar via internet no Portal das Finanças em Serviços Tributários >
Serviços > Início de Atividade > Entregar Declaração, ou em qualquer serviço de
finanças ou loja de cidadão, a declaração de início de atividade (art.º 31.º do CIVA).

Caso já esteja registado por outra(s) atividade(s) deve apresentar uma declaração
de alterações (art.º 32.º do CIVA) na qual devem constar todas as atividades.

CLASSIFICAÇÃO DA ATIVIDADE

As atividades exercidas pelos contribuintes são classificadas de acordo com


a Classificação das Atividades Económicas (CAE) Portuguesas por Ramos de
Atividade, do Instituto Nacional de Estatística.

O contribuinte, antes de dar início de atividade, com base na Classificação


Portuguesa de Atividades Económicas (CAE), Revisão 3, aprovada pelo Decreto 9 | 32
- Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, e tendo em conta a(s) atividade(s) que
pretende exercer, escolhe o(s) código(s) da(s) atividade(s) que melhor se ajuste(m)
à(s) atividade(s) a desenvolver no âmbito dos empreendimentos turísticos, e que
figura(m) na secção I, divisão 55, composta pelos grupos (551 a 559) e respetivas
classes, nos termos seguintes:

Registo do código CAE:

Decreto-Lei n.º 381/2007, de 24 de novembro, A alínea e) do n.º 2, do art.º 6.º do Decreto-Lei


Secção I divisão 55, composto pelos grupos (552 n.º 128/2014, de 29 de agosto, prevê que os
a 559) códigos de atividade sejam apenas o 55201
e 55204.

5520 - Residências para férias e outros


alojamentos de curta duração
55201 - Alojamento mobilado para turistas 55201 - Alojamento mobilado para turistas
55202 - Turismo no espaço rural
55204 - Outros locais de alojamento de curta 55204 - Outros locais de alojamento de curta
duração duração

5590 - Outros locais de alojamento --------


55900 - Outros locais de alojamento

Saiba +
• Consulta de CAE- (Obter informação sobre o código CAE de qualquer entidade)
Índice

ALTERAÇÃO DE ATIVIDADE

Deve, de igual modo, apresentar uma declaração de alterações de atividade (art.º


32.º do CIVA), sempre que ocorra qualquer alteração aos dados constantes no
registo da atividade, no prazo de 15 dias a contar da data da alteração, caso não se
trate de alterações passíveis de registo na Conservatória.

Esta declaração pode ser apresentada via Internet, no Portal das Finanças, em
Serviços Tributários > Serviços > Alteração de Atividade > Entregar Declaração ou
em qualquer Serviço de Finanças ou Loja de Cidadão.

Os sujeitos passivos que possuam contabilidade organizada por imposição legal


ou por opção, devem submeter a Declaração de alterações de atividade através de
Contabilista Certificado (CC).

CESSAÇÃO DE ATIVIDADE

A declaração de cessação de atividade (art.º 33.º do CIVA e art.º 112.º do CIRS) 10 | 32


deve ser apresentada no prazo de 30 dias a contar da data da cessação, ou seja,
quando deixar efetivamente de exercer a atividade, tiver liquidado as existências e
alienado o Ativo Fixo.

O contribuinte, quando cessa a atividade, quer tenha obtido ou não rendimentos


empresariais, fica obrigada a apresentar, nos meses de abril a junho do ano
seguinte, a declaração anual de rendimentos de Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Singulares – IRS, modelo 3, através do Portal das Finanças, com um dos
seguintes anexos:

Anexo B – Rendimentos da Categoria B – Regime Simplificado; ou


Anexo C – Rendimentos da Categoria B – Regime Contabilidade Organizada 

Se tiver contabilidade organizada, o contribuinte é ainda obrigado a apresentar o


anexo I da IES/Declaração Anual de Informação Contabilística e Fiscal, através
da aplicação informática que é disponibilizada no Portal das Finanças, devendo
respeitar o prazo normal de entrega (até 15 de julho do ano seguinte àquele a
que respeitam os dados contabilísticos – n.º 2 do art.º 113.º do CIRS). A entrega
desta declaração deve fazer-se até que o contribuinte cesse a sua atividade e
independentemente de ter (ou não) auferido rendimentos empresariais.
Índice

REGIMES DE
TRIBUTAÇÃO
-IRS E IVA-

11 | 32
REGIME DE TRIBUTAÇÃO – IRS

Em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), o


enquadramento inicial - regime simplificado ou contabilidade organizada - depende
do valor anual de rendimentos estimado da categoria B (rendimentos empresariais
e profissionais), inscrito no Quadro ”Dados Relativos à Atividade Esperada” da
declaração de início de atividade ou com base na opção pelo regime de contabilidade.

Se não
optou pela Regime simplificado
SIM
contabilidade
organizada

Regime
Se optou pela
de contabilidade
SIM contabilidade
organizada
organizada

O volume de
negócios 1 é
Pessoa
inferior ou igual
Singular (IRS)
a € 200 000
(valor ilíquido)?

É obrigado Regime
a dispor de de contabilidade
NÂO
contabilidade organizada
organizada

1 - Na declaração de início de atividade, deverá ser indicado o volume de negócios anualizado. Quando
o período em referência for inferior ao ano civil deve converter-se num volume de negócios anual
correspondente.
Índice

Em função dos elementos que inicialmente fez constar na declaração de início


ou de alteração de atividade, ou do volume de negócios que veio a obter, poderá
ocorrer mudança de regime, nas seguintes circunstâncias:

REGIME DE CONTABILIDADE
REGIME SIMPLIFICADO
ORGANIZADA
CARATERÍSTICAS DOS REGIMES

Carateriza-se pela determinação Carateriza-se pela determinação do rendimento da


do rendimento da categoria B ser categoria B, através da aplicação dos seguintes
efetuada com base na contabilidade, coeficientes²:
de acordo com as regras estabelecidas
no Código de IRC (CIRC) e com as • 0,35 ao rendimento tributável das atividades de
adaptações previstas no CIRS. exploração dos estabelecimentos de alojamento local.
• 0,15 na modalidade de estabelecimentos de
hospedagem (unidades de alojamento constituídas
por moradia, apartamentos e quartos).
• 0,50 aos rendimentos da exploração de
estabelecimentos de alojamento local na modalidade
de moradia ou apartamento, localizados em área de 12 | 32
contenção.
• 0,10 aos subsídios destinados à exploração

MUDANÇA DE REGIME

O enquadramento no Regime de O enquadramento no Regime Simplificado mantém-se


Contabilidade Organizada por enquanto o contribuinte reunir os pressupostos de
obrigação legal mantém-se enquanto enquadramento neste regime, podendo, no entanto, optar
o contribuinte reunir os pressupostos pela Regime da Contabilidade Organizada, até ao fim do
de enquadramento neste regime. mês de março do ano em que pretende alterar o regime.

A aplicação do Regime de A aplicação do regime simplificado cessa apenas:


Contabilidade Organizada por
exigência legal cessa, quando o • Se, em dois anos consecutivos, for ultrapassado o limite
contribuinte obtiver um total anual de € 200 000, ou
dos rendimentos igual ou inferior a • Se, num único ano, for superior a € 250 000 (+25%).
€ 200.000 ficando enquadrado pela Nestes casos, o contribuinte é automaticamente
AT no Regime Simplificado, no ano enquadrado no Regime de Contabilidade Organizada, a
seguinte. partir do ano seguinte ao da verificação daqueles factos.

REGIME DE TRIBUTAÇÃO – IVA

Face aos elementos constantes da declaração de início de atividade ou da


declaração de alterações, o contribuinte pode ficar enquadrado em IVA, no regime
especial de isenção ou no regime normal:

² - No regime simplificado de tributação, a dedução ao rendimento que decorre da aplicação do coeficiente


0,35, está condicionada à verificação de despesas e encargos efetivamente suportados.
Índice

Fica enquadrado em IVA – regime de isenção do art.º 53.º do CIVA se reunir,


cumulativamente, os seguintes requisitos:

• Não possua, nem seja obrigado a possuir contabilidade organizada, para efeitos
de IRS;
• Não pratique operações de importação, exportação ou atividades conexas;
• Não efetue transmissões de bens ou prestações de serviços previstas no anexo
E do Código do IVA (Lista dos bens e serviços do setor de desperdícios, resíduos
e sucatas recicláveis);

Não indique um volume de negócios que anualizado seja superior a:

• € 10.000, se iniciou atividade até 31/03/2020;


• € 11.000, a partir de 1/04/2020; e
• € 12.500 a partir de 1/01/2021, inclusive.

Caso não reúna alguma das condições atrás referidas, ficará enquadrado em IVA no
regime normal de tributação, pelo que deve ter em atenção as obrigações decorren-
REGIME tes deste regime.
ESPECIAL
DE ISENÇÃO No caso de efetuar aquisição de serviços abrangidos pela alínea a) do n.º 6 do art.º 13 | 32
6.º do CIVA, quando os respetivos prestadores não tenham, no território nacional,
sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio, a partir do qual os
serviços são prestados (exemplo: comissões), terá de liquidar IVA sobre o valor
de aquisição e cumprir as obrigações previstas no n.º 3 do art.º 27.º do CIVA (o
imposto liquidado não confere direito à dedução). O mesmo se impõe em relação às
aquisições intracomunitárias de bens, quando não aplicável o regime de derrogação
do art.º 5.º do RITI.

Obrigações

Obrigatoriedade de emissão e comunicação de fatura, fatura simplificada ou fatura-


recibo com a menção «IVA — regime de isenção».

Obrigações de faturação, declarativas e período em que passa a ser devido o


imposto, definidas no art.º 58.º do CIVA.

Dispensa das demais obrigações decorrentes do CIVA, incluindo a de liquidar


imposto nas prestações de serviços.

REGIME Fica enquadrado no Regime Normal se preencher o seguinte requisito:


NORMAL
DE • Não reúna quaisquer dos requisitos do art.º 53.º do CIVA ou, reunindo essas
TRIBUTAÇÃO condições, opte pelo regime normal.

Saiba +
• Manual de Operações de Início de Atividade
• Manual de Operações de Alteração de Atividade
• IVA Automátivo +
Índice

CAIXA POSTAL
ELETRÓNICA

14 | 32
Os contribuintes singulares residentes, enquadrados no regime normal do IVA, são
obrigados a possuir caixa postal eletrónica e a comunicá-la à AT no prazo de 30
dias a contar da data do início de atividade ou da data do início do enquadramento
no regime normal do IVA, quando o mesmo ocorra por alteração.

A ativação da caixa postal eletrónica é gratuita e pode ser efetuada diretamente no


site da ViaCTT ou durante o procedimento de adesão às Notificações Eletrónicas
no Portal das Finanças. A adesão é efetuada, em sessão segura (após introdução
do NIF e da respetiva senha de acesso), no Portal das Finanças em Serviços
Tributários > Serviços > Documentos > Notificações Eletrónicas > Aderir.

Para estes contribuintes as notificações e citações efetuadas por via eletrónica,


consideram-se feitas no 15.º dia posterior ao registo de disponibilização daquelas
na caixa postal eletrónica da pessoa a notificar, sendo que a contagem só se inicia
no primeiro dia útil seguinte.

O contribuinte, ao ativar a caixa postal eletrónica, poderá consultar no Portal


das Finanças em Serviços Tributários > Serviços > Documentos > Notificações
Eletrónicas > Consultar, de forma organizada e simples, e quando entender, todas
as notificações eletrónicas que lhes forem enviadas pela AT.

Atenção: O contribuinte deverá com regularidade verificar se existem alertas na


área pessoal do Portal das Finanças. Deverá, ainda, verificar se existem mensagens
de correio eletrónico na sua caixa de uso particular e/ou sms no seu telemóvel.

Saiba +
• Notificações Eletrónicas – Procedimento de adesão à Caixa Postal Eletrónica
Índice

PRINCIPAIS
OBRIGAÇÕES
DECLARATIVAS
– IRS E IVA

15 | 32
OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS – IRS

Todas as obrigações declarativas aqui identificadas devem ser efetuadas através


do Portal das Finanças.

• Entrega da Declaração de Rendimentos de IRS com o anexo B, C ou F, por


transmissão eletrónica de dados, de 1 de abril a 30 de junho, do ano seguinte
ao do exercício da atividade. O anexo B ou C da declaração mod. 3 é de entrega
obrigatória todos os anos, sem exceção, até ao encerramento da atividade, quer
tenha ou não obtido rendimentos.

Atenção: Se o titular da exploração for simultaneamente o proprietário do(s)


imóvel(/eis) onde exerce a atividade de alojamento local, tem que o(s) ter afeto(s)
à atividade, pelo que deverá informar através do anexo B/C essa afetação bem
como o respetivo valor (valor de mercado à data da afetação). Por esse facto, no
momento posterior da desafetação ou transmissão a favor de terceiros haverá
lugar ao apuramento de mais valias no âmbito da categoria G e de rendimentos
empresariais - categoria B, uma vez que a alínea b) do n.º 3 do art.º 10.º do CIRS,
remete a tributação dos ganhos para o momento da última operação. (ofício-
circulado n.º 20180/2015, de 19 de agosto)

Em caso de restituição ao património particular de imóvel habitacional que


seja afeto à obtenção de rendimentos da categoria F, não há lugar à tributação
de qualquer ganho, se em resultado dessa afetação o imóvel gerar rendimentos
durante cinco anos consecutivos. (n.º 15 art.º 10.º do CIRS).

• Entrega da Declaração Mensal de Remunerações (DMR) por transmissão


Índice

eletrónica de dados, até ao dia 10 do mês seguinte ao do pagamento ou colocação


à disposição, pelo contribuinte/empresário devedor de rendimentos do trabalho
dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos ou que se encontrem excluídos
de tributação.

A declaração serve para comunicar aqueles rendimentos e respetivas retenções


na fonte de imposto (consulte Tabelas de Retenção do IRS) e sobretaxas, as
deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de
proteção social (exemplo: Segurança Social) e subsistemas legais de saúde e as
quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.

• Entrega da Declaração Modelo 30 por transmissão eletrónica de dados, até ao


fim do 2.º mês seguinte àquele em que ocorre o pagamento de rendimentos a
sujeitos passivos não residentes em território português, mesmo que não tenha
sido efetuada retenção na fonte, (a título de exemplo: comissões pagas a não
residentes).

• Entrega da Declaração Anual de Informação Contabilística e Fiscal acompanhada 16 | 32


do Anexo I, por transmissão eletrónica de dados, até ao dia 15 de julho, (independente
de ser dia útil ou não), do ano seguinte ao do exercício da atividade, quando o
contribuinte possua ou seja obrigado a possuir contabilidade organizada. O anexo
I é de entrega obrigatória relativamente a cada exercício económico, sem exceção,
até ao encerramento da atividade, independentemente do sujeito passivo ter
auferido ou não rendimentos.

OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS - IVA

• Entrega da Declaração periódica do IVA nos seguintes prazos:

• Regime mensal - até ao dia 10 do 2.º mês seguinte àquele a que respeitam as
operações, no caso de sujeitos passivos com um volume de negócios igual ou
superior a € 650 000 no ano civil anterior;

• Regime trimestral - até ao dia 15 do 2.º mês seguinte ao trimestre do ano civil
a que respeitam as operações, no caso de sujeitos passivos com um volume
de negócios inferior a € 650 000 no ano civil anterior.

Nota: Os contribuintes abrangidos pelo regime trimestral podem, através de


menção expressa nas declarações de início ou de alterações, optar pelo envio da
declaração periódica mensal, devendo manter-se neste regime por um período
mínimo de três anos.
Índice

• Entrega dos Anexos à Declaração Anual de Informação Contabilística e Fiscal


(IES/DA):

Sempre que o contribuinte disponha de contabilidade organizada e tenham sido


realizadas operações suscetíveis de serem mencionadas nos Anexos L, M, N, O
e P os mesmos são devidos: anexo L (IVA – Elementos contabilísticos e fiscais),
anexo M (IVA – Operações realizadas em espaço diferente da sede), anexo O
(IVA – Mapa recapitulativo – Clientes, indicando apenas aqueles cujo montante
total anual das operações internas por si efetuadas seja superior a € 25.000) e
anexo P (IVA – Mapa recapitulativo – Fornecedores, indicando apenas aqueles
cujo montante total anual das operações internas efetuadas por cada um deles
seja superior a € 25.000).

No Portal das Finanças em Serviços Tributários > Serviços > IES/DA > Preencher
Declaração.

• Obrigação de liquidar IVA à taxa de 6%, por enquadrável na verba 2.17 da lista
I anexa ao CIVA, sobre os serviços de alojamento. 17 | 32

• Obrigação de emitir/emitir e comunicar fatura, fatura simplificada ou fatura-


recibo.

Nota: Há dispensa da entrega da IES/DA, se não tiver ou não for obrigado a dispor
de contabilidade organizada. No entanto, se tiver realizado operações sujeitas a
imposto de Selo, deverá entregar o anexo Q.

Atenção: Para efeitos de Imposto sobre o Valor Acrescentado - IVA, considera-se


que o contribuinte se encontra sem atividade quando, num determinado período de
imposto, não realizou operações tributáveis (ativas ou passivas). Nesta situação,
subsiste a obrigação de apresentação da declaração periódica do IVA, para os
contribuintes enquadrados no regime normal, nos prazos legalmente previstos.

No Portal das Finanças em Serviços Tributários > Serviços > Mapa do Sítio dispõe
das seguintes opções declarativas, conforme as suas necessidades:

• Atividade
• Adicional ao IMI
• Alteração de NIB/IBAN
• Certificação de Software (Modelo 24)
• Declaração Anual
• Declaração Mensal de Remunerações
• IES/DA
• IMI
• Imposto Único de Circulação (IUC)
• IMT
Índice

• IRS
• IVA
• Modelo 10
• Pedido de NIF – DL 81/2003 Dir. Poup.
• Retenções na fonte IRC/IRS e I. Selo

Saiba +
• Agenda Fiscal – obrigações declarativas
• Modelos e Formulários
• Comunicação nos termos do n.º 3 do artigo 8.º do RGIT – entrega da justificação
pelos Contabilistas Certificados (CC)

18 | 32
Índice

PRINCIPAIS
OBRIGAÇÕES DE
PAGAMENTO
-IRS E IVA

19 | 32
OBRIGAÇÕES DE PAGAMENTOS - IRS

Retenções na fonte

O contribuinte/empresário que tenha empregados de forma permanente, temporária ou


esporádica, desde que pague ou deva rendimentos de trabalho dependente (categoria A),
incluindo ele próprio, está obrigado a reter o imposto sobre os rendimentos no momento
do seu pagamento ou colocação à disposição dos respetivos titulares, com exceção dos
rendimentos em espécie e dos previstos na alínea g) do n.º 3 do art.º 2.º do CIRS.

As taxas que deverá aplicar são as constantes nas tabelas de retenção na fonte de
IRS, aprovadas anualmente para o efeito consignado nos art.ºs 98.º a 99.º-F do CIRS.

A retenção de IRS é efetuada sobre as remunerações mensalmente pagas ou


postas à disposição dos titulares, em função do estado civil e situação familiar
declarada por cada um dos titulares. Para tanto, deve possuir fichas atualizadas
dos trabalhadores onde constem esses dados. Caso não as tenha, deve aplicar a
tabela de retenção na fonte relativa a não casados.

As quantias retidas, nos termos anteriores são entregues nos cofres do Estado, pela
entidade patronal/retentora, até ao dia 20 do mês seguinte àquele em que forem
deduzidas, mediante o documento único de cobrança gerado automaticamente
aquando da submissão da respetiva DMR.

Os contribuintes que tenham contabilidade organizada são ainda obrigados a


efetuar retenção na fonte sobre os rendimentos que paguem ou coloquem à
disposição referentes às categorias B, F ou E.
Índice

A entrega das importâncias retidas a não residentes deverá constar em guia(s)


separada(s) das retenções dos residentes.

Nota: Sobre pagamento de comissões a não residentes, e eventual dispensa de


retenção na fonte, ver Informação Vinculativa nº 5566/2016 de 24/07/2017.

Pagamentos por conta

O contribuinte titular de rendimentos da categoria B pode estar obrigado a efetuar


3 pagamentos por conta (PC) do imposto, calculado com base no penúltimo
exercício. O seu pagamento deve ser efetuado até ao dia 20 de cada um dos meses
de julho, setembro e dezembro.

O valor de cada pagamento por conta é comunicado ao contribuinte através de


nota demonstrativa da liquidação do imposto respeitante ao penúltimo ano, sem
prejuízo do envio do documento de pagamento, no mês anterior ao do termo do
respetivo prazo, não sendo exigível se for inferior a € 50.
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Os pagamentos por conta podem ser reduzidos pelo contribuinte quando os montantes
de retenções que lhe tenham sido efetuadas sobre o rendimento da categoria B,
acrescido dos pagamentos por conta eventualmente já efetuados relativamente ao
próprio ano, sejam iguais ou superiores ao imposto total que será devido.

OBRIGAÇÕES DE PAGAMENTO - IVA

Como se referiu anteriormente, o contribuinte tem a obrigação de liquidar o IVA nas


operações que realiza e de efetuar o pagamento do imposto apurado na declaração
periódica. O pagamento é efetuado:

• Até ao dia 15 do 2.º mês seguinte àquele a que respeitam as operações, no caso
de contribuintes enquadrados no regime normal mensal;
• Até ao dia 20 do 2.º mês seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as
operações, para contribuintes enquadrados no regime normal trimestral.

O documento de pagamento (referência) é gerado com a entrega da declaração,


podendo ser obtido em Serviços Tributários > Serviços > IVA > Declaração Periódica
> Obter Comprovativo.

No Portal das Finanças, os contribuintes em A Minha Área > Pagamentos > Situação Fiscal
– Pagamentos, podem obter informação sobre os Pagamentos a Decorrer, os Pagamentos
em Falta, com acesso ao detalhe do documento de cobrança e às referências de pagamento.

Saiba +
• Agenda Fiscal – obrigações de pagamento
• Pagamentos Antecipados de IVA (Guia de Pagamento Modelo P2)
Índice

PAGAMENTO DE
DOCUMENTOS
DE COBRANÇA

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O pagamento dos documentos de cobrança pode ser efetuado em qualquer dos
seguintes locais:

• Multibanco
• Instituições de Crédito (balcões e serviços online- Homebanking)
• Na Aplicação móvel da AT (APP Situação Fiscal – Pagamentos) no Portal das
Finanças, através do MB WAY
• Balcões dos Correios de Portugal – CTT
• Serviços de Finanças (seções de cobrança)

Poderão ser pagos, salvo exceções indicadas nos mesmos, com: moeda corrente,
cheque, débito em conta, transferência conta a conta ou débito direto, ou através
do MB WAY.

Caso pretenda aderir ao pagamento por débito direto, deve no Portal das Finanças
selecionar Serviços Tributários > Serviços > Débito Direto – Pedido de Adesão ou
Gerir Autorizações. Deve escolher o imposto que pretende pagar por débito direto
entre as opções elencadas. Após este procedimento deverá confirmar o pedido de
adesão. A autenticação poderá ser feita com NIF e respetiva senha ou através do
cartão de cidadão.

Se quiser pagar através do MB WAY, pode fazê-lo utilizando a APP da AT, ou através
do Portal das Finanças, em Serviços Tributários > Serviços > A Minha Área >
Pagamentos > Situação Fiscal > Situação Fiscal - Pagamentos. Para tal, deverá
introduzir o número de telemóvel que registou na aplicação MB WAY no momento
da adesão. Consulte https://www.mbway.pt/ para saber como aderir, instalar e
ativar o serviço.
Índice

Saiba +
• Folheto Informativo - Pagar impostos em Portugal
• Folheto Informativo - Como pagar impostos a partir do estrangeiro
• Folheto Informativo - Formas de pagamento de documentos de cobrança - cartaz
/ desdobrável
• Folheto Informativo - Pagamento de impostos por débito direto
• Folheto Informativo - Pagamentos e consultas - Nova aplicação móvel e novas
soluções no Portal das Finanças
• Questões Frequentes - Registo Contribuinte > Atividade > NIB/IBAN
• Questões Frequentes - IRS > Pagamentos > Débito Direto
• Questões Frequentes - IRS > Pagamentos > DMR
• Questões Frequentes - IVA > Pagamentos > Notas de Cobrança

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Índice

FATURAÇÃO

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PROGRAMAS DE FATURAÇÃO

A partir do dia 1 de janeiro de 2020, a obrigação de emissão de faturas


exclusivamente através de programas informáticos certificados pelas AT aplica-se
a todos os contribuintes obrigados a dispor de contabilidade organizada ou que
por ela tenham optado, conforme previsto na alínea c) do n.º 1 do artigo 4.º do
Decreto-Lei n.º 28/2019.

No caso de ser pessoa singular e emitir a faturação no portal das finanças, mesmo
que tenha contabilidade organizada, pode continuar a utilizar a mesma via,
conforme disposto no referido decreto, em norma transitória (n.º 3 do art.º 43.º),
enquanto não for aprovada portaria a regulamentar as aplicações de faturação
disponibilizadas pela AT.

Daí que, se o contribuinte tiver contabilidade organizada, a partir de 1 de janeiro


de 2020, tem que faturar em programa certificado ou no Portal das Finanças em
Serviços Tributários > Serviços > Recibos Verdes > Emitir ou Consultar.

No caso de não ter contabilidade organizada e não tendo optado por utilizar
programa informático de faturação, deve ter-se em conta o volume de negócios.

Só podem continuar a emitir faturas em documentos pré-impressos em tipografia


autorizada, os contribuintes que:

• Não disponham de contabilidade organizada e não optem por começar a utilizar


programa informático de faturação.
• Não tenham obtido no ano anterior, um volume de negócios superior a 50 mil euros.
Índice

Nota: No ano em que inicia a atividade, se o período em referência, for inferior ao


ano civil, e o volume de negócios anualizado relativo a esse período, for superior a
50 mil euros, então, o contribuinte fica obrigado a utilizar programa certificado de
faturação.

Exemplo: Um sujeito passivo de IRS inicia a atividade, estando enquadrado no


regime simplificado em julho de 2020, e prevê faturar 40 mil euros até ao fim do
ano. O seu volume de negócios anual será de 80 mil euros, logo fica obrigado a
utilizar um programa certificado de faturação (ou emitir documentos no Portal das
Finanças).

Nota: Se tem ou optou por contabilidade organizada, tem sempre que utilizar
programa certificado de faturação, podendo, até aprovação de Portaria a
regulamentar, utilizar a aplicação de faturação disponibilizada pela AT (vulgo
Recibos Verdes).

Mesmo não tendo contabilidade organizada, importa verificar se já usa programa


certificado por opção, ou se ultrapassou 50 mil euros de volume de negócios no ano 24 | 32
civil anterior (efetivo ou anualizado), o que, a confirmar-se qualquer das situações,
obrigará à utilização de programa certificado.

FATURAS

Ao utilizar o programa de faturação certificado, o contribuinte tem a obrigação de


emitir fatura, fatura-recibo ou fatura simplificada, de acordo com os seguintes
preceitos:

• Processada por sistemas informáticos, devendo todas as menções obrigatórias


ser inseridas pelo respetivo programa informático de faturação;
• Emitida por via eletrónica (fatura eletrónica), sob reserva de aceitação pelo
destinatário, desde que seja garantida a autenticidade da sua origem, a
integridade do seu conteúdo e a sua legibilidade para efeitos de auditoria,
considerando-se cumpridas essas exigências se adotada uma assinatura
eletrónica avançada, aposição de um selo eletrónico qualificado, ou um sistema
de intercâmbio eletrónico de dados (n.º 2 do art.º .12.º do Decreto Lei 28/2019).

Por outro lado, as faturas simplificadas não podem ser emitidas nos casos de
transmissões de bens e prestações de serviços em que o montante da fatura seja
superior a € 100 (al) b) do n.º 1 do art.º 40.º do CIVA).

Elementos que as faturas devem conter

As faturas devem ser datadas, numeradas sequencialmente e conter os seguintes


elementos:
Índice

• Os nomes, firmas ou denominações sociais e a sede ou domicílio do prestador


de serviços e do destinatário ou adquirente, bem como os correspondentes NIF
dos sujeitos passivos de imposto;
• A quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços
prestados, com especificação dos elementos necessários à determinação da
taxa aplicável; as embalagens não efetivamente transacionadas devem ser
objeto de indicação separada e com menção expressa de que foi acordada a
sua devolução;
• O preço, líquido de imposto, e os outros elementos incluídos no valor tributável;
• As taxas aplicáveis e o montante de imposto devido;
• O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se for caso disso;
• A data em que os bens foram colocados à disposição do adquirente, em que os
serviços foram realizados ou em que foram efetuados pagamentos anteriores
à realização das operações, se essa data não coincidir com a da emissão da
fatura;
• No caso de a operação ou operações às quais se reporta a fatura compreenderem
bens ou serviços sujeitos a taxas diferentes de imposto, os elementos devem
ser indicados separadamente, segundo a taxa aplicável; 25 | 32
• Nas faturas processadas através de sistemas informáticos, todas as menções
obrigatórias, incluindo o nome, a firma ou a denominação social e o NIF do
cliente/ adquirente, devem ser inseridas pelo respetivo programa ou equipamento
informático de faturação.

Atenção: A indicação do número de identificação fiscal dos adquirentes nas faturas


é sempre obrigatória, salvo se o cliente for um particular e não o solicitar.

COMUNICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESSENCIAIS DAS FATURAS

As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede, estabelecimento estável ou


domicílio fiscal em território português e aqui pratiquem operações sujeitas a IVA,
são obrigadas a comunicar à AT, por transmissão eletrónica de dados (Decreto–Lei
n.º 198/2012, de 24 de agosto), até ao dia 12 do mês seguinte ao da emissão da
fatura, os elementos das faturas emitidas no mês anterior.

Os contribuintes que não sejam obrigados a possuir o ficheiro SAF-T (PT) da


faturação, não utilizem, nem sejam obrigados a possuir programa informático de
faturação, e não optem pela utilização de qualquer dos meios de comunicação
previstos nas alíneas a) a c) do n.º 1 do art.º 3.º do referido Decreto - Lei n.º
198/2012, cumprem a obrigação nos termos previstos na Portaria n.º 426-A/2012,
de 28 de dezembro.

Atenção: Os sujeitos passivos que emitam as fatura/fatura-recibo, através do


Portal das Finanças, não estão obrigados a comunicar à AT os elementos dessa
fatura/ fatura-recibo.
Índice

Saiba +
• Lista I e Lista II – anexas ao Código do IVA
• Certificação de Software de Faturação
• SAF-T PT (Standard Audit File for Tax purposes) – Versão Portuguesa
• Comunicação de dados de faturas à AT (E-Fatura) – (versão de 2017-08-08)
• Portaria n.º 302/2016, de 02/12 – Altera a estrutura de dados do ficheiro a que
se refere a Portaria n.º 321-A/2007, de 26/03, e cria as taxonomias a utilizar no
preenchimento do ficheiro SAF-T (PT).

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Índice

TAXAS

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As faturas podem apenas indicar o preço com inclusão do imposto, devendo, no
entanto, fazer referência à taxa ou taxas aplicáveis.

Na atividade alojamento local, as taxas do Código do IVA que devem ser aplicadas
são as correspondentes à prestação de serviços que constam da lista I, a saber:

Verba 2.17 - Alojamento em estabelecimentos do tipo hoteleiro. A taxa reduzida


aplica-se exclusivamente ao preço do alojamento, incluindo o pequeno-almoço, se
não for objeto de faturação separada, sendo equivalente a metade do preço da
pensão completa e a três quartos do preço da meia pensão.

Exemplo de liquidação e entrega do imposto (IVA):

ALOJAMENTO LOCAL

• Alojamento com pequeno-almoço: aplica-se a taxa reduzida (6%) exclusivamente ao preço do


alojamento, incluindo o pequeno-almoço, se não for objeto de faturação separada.

• Meia pensão: aplica-se a taxa reduzida (6%) aos três quartos do preço do alojamento e a taxa
intermédia de 13% ao restante valor (3/4 a 6% e ¼ a 13%.).
• Pensão completa: aplica-se a taxa reduzida (6%) a metade do preço da pensão completa e a taxa
intermédia de 13% à restante metade (metade a 6% e metade a 13%).
• Fatura referente ao pagamento de serviços, exemplificando as comissões. Quando as comissões
são pagas aos contribuintes localizados em:
Índice

O IVA é liquidado na fatura pelo prestador de serviços,


à taxa de 23%, dependendo o direito à dedução do
Portugal - PT regime em que se encontra enquadrado o adquirente
dos serviços (regime normal – tem direito à dedução;
regime isenção – sem direito à dedução).

O IVA é devido pelo adquirente dos serviços (alínea e)


União Europeia (EU) ou FORA da EU, do n.º 1 do art.º 2.º do CIVA), dependendo o direito à
quer o sujeito passivo conste ou não dedução do regime em que se encontra enquadrado o
do VIES (Sistema de Intercâmbio de adquirente dos serviços (regime normal – tem direito
Informações sobre o IVA) à dedução; regime isenção – sem direito à dedução).

Quando o prestador pertence à EU ou EEE - o adquirente liquida IVA à taxa de 23%,


entrega a declaração periódica (DP) até ao final do mês seguinte, preenchendo no
Quadro 06, os Campos 16 e 17, e efetua o respetivo pagamento, conforme n.º 3 do
art.º 27.º do CIVA.

Quando o prestador se localiza FORA DA UE - o adquirente liquida IVA à taxa de


23%, entrega a declaração periódica (DP) até ao final do mês seguinte, preenchendo 28 | 32
no Quadro 06, os Campos 3 e 4 e no Quadro 6A o campo 98, e efetua o respetivo
pagamento, conforme n.º 3 do art.º 27.º do CIVA.

Esta obrigação apenas existe quando haja operações desta natureza.


Índice

REGISTO DE
OPERAÇÕES,
CONSERVAÇÃO
E ARQUIVO

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REGISTO DE OPERAÇÕES

Caso não tenha contabilidade organizada, porque não é obrigado ou não optou,
deve possuir os seguintes livros de registo (art.º 50.º do CIVA):

Rendimentos empresariais

Livro de registo de compras de mercadorias


Livro de registo de matérias-primas e de consumo
Livro de registo de vendas de mercadorias
Livro de registo de vendas de produtos fabricados
Livro de registo de serviços prestados
Livro de registo de despesas e de operações ligadas a bens de investimento
Livro de registo de mercadorias, matérias-primas e de consumo, de produtos
fabricados e outras existências à data de 31 de dezembro de cada ano.

Nota: Os titulares de rendimentos da categoria B que, não sendo obrigados a dispor


de contabilidade organizada, possuam, no entanto, um sistema de contabilidade
que satisfaça os requisitos adequados ao correto apuramento e fiscalização do
imposto podem não efetuar os registos referidos.(n.º 6 do art.º 116.º do CIRS).

Conservação e arquivo

• Obrigação de centralizar a contabilidade ou a escrituração dos livros no seu


domicílio fiscal, ou no estabelecimento estável ou instalação situados em
território português, devendo neste último caso, indicar a sua localização na
declaração de início ou na declaração de alterações.
Índice

• Obrigação de arquivar os livros, registos contabilísticos e os documentos


de suporte, devendo conservá-los em boa ordem, durante os 10 anos civis
subsequentes (art.º 118.º do CIRS, conjugado com Decreto Lei 28/2019 de 15
de fevereiro.

Saiba +
• Comunicação de Inventários – Submissão de um ou mais ficheiros
• Definição das características e estrutura do ficheiro através do qual deve ser
efetuada à AT a comunicação dos inventários - Portaria n.º 2/2015, de 06/01,
alterada pela Portaria n.º 126/2019, de 2 de maio.

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Índice

PARA MAIS
INFORMAÇÕES

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LIGAÇÕES ÚTEIS

Balcão do Empreendedor www.portaldocidadao.pt/balcao-do-empreendedor

Cartão do Cidadão www.cartaodecidadao.pt

Imprensa Nacional Casa da


www.incm.pt
Moeda (INCM)

Lojas do Cidadão www.portaldocidadao.pt

Mapa do Cidadão https://www.mapadocidadao.pt/

Portal do Cidadão www.portaldocidadao.pt

Portal das Finanças www.portaldasfinancas.gov.pt

Portal das Finanças no Youtube https://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/dgci/dgci_youtube/

Portal das Finanças no Twitter https://twitter.com/Aut_Trib_Adua

Portal do SEF https://www.sef.pt/pt/Pages/homepage.aspx

Portal da Segurança Social www.seg-social.pt

Turismo de Portugal www.turismodeportugal.pt/


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OUTRAS INFORMAÇÕES

Consulte no Portal das Finanças (www.portaldasfinancas.gov.pt):

• A agenda fiscal;
• Os folhetos informativos;
• As Questões Frequentes (FAQ);
• A página Tax System in Portugal.

CONTACTE

• O Centro de Atendimento Telefónico (CAT), através do n.º 217 206 707,


todos os dias úteis das 9h00 às 19h00;
• O serviço de atendimento eletrónico e-balcão no Portal das Finanças;
• Um Serviço de Finanças (atendimento por marcação). 32 | 32

Autoridade Tributária e Aduaneira


julho 2020

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