Ekonomista - Guia IRS 2022 - F3 1

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Ebook

GUIA DO
IRS 2022
PRÁTICO E DESCOMPLICADO

PATROCINADO POR
ZZ
NOTA EDITORIAL 03

1ª PARTE: COMPREENDER O IMPOSTO 05

O que é o IRS? 06
Categorias de rendimentos 07
Escalões de IRS 10
Retenção na fonte 13
Deduções à coleta de IRS 15

2ª PARTE: PREENCHER A DECLARAÇÃO 16

Fazer o IRS pela primeira vez 17


IRS Automático 18
Tributação conjunta ou separada 19
Dependentes no IRS 20
IRS Jovem 21
Preencher o IRS - Declaração Modelo 3 22
Como consignar IRS 23

PARTE - ENTREGAR A DECLARAÇÃO 24

Quem está dispensado de entregar a declaração? 25


Prazo de entrega e outras datas importantes 26
NOTA
EDITORIAL

Está aberta a campanha de IRS referente aos rendimentos auferidos


em 2021. À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, o
Ekonomista preparou um guia prático, que ajuda não só a entender a
forma como este imposto é tributado, mas também o que é necessário
fazer na hora de preencher e entregar a declaração.

Perguntar-se-á se as novidades fiscais previstas no Orçamento do


Estado para 2022 terão algum impacto no IRS a entregar este ano.
A resposta é não. Em 2022, estará a entregar a declaração de rendi-
mentos relativa ao ano fiscal de 2021 e, como tal, as regras a aplicar
são as que vigoraram nesse ano.

Independentemente do tipo de rendimentos que tenha recebido em


2021, recordamos-lhe que tem entre os dias 1 de abril e 30 de junho
para submeter a declaração Modelo 3 ou confirmar o IRS Automático
através do Portal das Finanças.

Além disso, se quiser perceber melhor como funciona a cobrança


deste imposto, que escalões de IRS existem, o que é a retenção na
fonte ou quais as despesas que dão direito a dedução, encontra nas
próximas páginas uma explicação em linguagem acessível.

Este guia, elaborado em parceria com a Reorganiza, procura, então,


descomplicar algumas das regras relacionadas com este imposto
que, aos olhos de muitos, parece ser um verdadeiro quebra-cabeças.
Depois de o ler, vai ver que afinal o IRS pode ser um pouco mais sim-
ples do que parece.

Aviso Legal:

O conteúdo apresentado neste guia tem por base a informação disponível até à data
de publicação e é prestado de forma geral, tratando-se de textos meramente informa-
tivos, pelo que não constitui nem dispensa a assistência profissional qualificada.

3
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4
1º Parte

COMPREENDER
O IMPOSTO
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1.1
O QUE É O IRS?
Comecemos pelo início. IRS é a sigla
para Imposto sobre o Rendimento de
Pessoas Singulares

Este imposto incide diretamente sobre os rendimentos


dos cidadãos e abrange quer os que vivem em Portugal,
quer os não residentes que auferem rendimentos em
território nacional.

Provavelmente já ouviu dizer que o IRS é progressivo, o


que significa que é aplicado tendo em conta o nível de
rendimentos do agregado familiar. Quem ganha mais,
paga mais de imposto. E quem ganha menos pode nem
sequer pagar, basta que os seus rendimentos não sejam
suficientes para garantir o mínimo de existência.

As regras referentes ao imposto estão definidas no Códi-


go do IRS (CIRS), nomeadamente a forma como este é
tributado.

6
1.2

CATEGORIAS DE
RENDIMENTOS

Normalmente associamos o IRS aos rendi-


mentos do trabalho, até porque esta é a
maior fatia do rendimento declarado às Fi-
nanças. Mas não é a única.

No total, existem seis tipos de rendimentos


que devem ser comunicados através da
declaração anual de IRS (e dos respetivos
anexos)

• Categoria A

• Categoria B

• Categoria E

• Categoria F

• Categoria G

• Categoria H

LER ARTIGO

7
Categoria A Categoria F

Os rendimentos da categoria A dizem respei- Os rendimentos da categoria F dizem respei-


to aos rendimentos do trabalho dependente. to aos rendimentos prediais. Trata-se, basica-
Nesta categoria incluem-se as remunerações mente, das rendas recebidas pelo uso de um
provenientes do trabalho por conta de outrem prédio ou parte dele. Podem ser, por exemplo,
— como, por exemplo, os vencimentos, gratifi- os rendimentos provenientes do arrendamento
cações, comissões, subsídios, prémios ou indem- de uma casa, mas também da cedência de es-
nizações —, bem como as que resultem de situa- paço para a colocação de publicidade.
ções de pré-reforma ou pré-aposentação, entre
outras. Estes rendimentos devem ser declarados Esta categoria abrange ainda os rendimentos
no anexo A da declaração Modelo 3 do IRS. provenientes da exploração de alojamento local,
desde que esta não esteja afeta a uma atividade
empresarial. Todos estes rendimentos devem
Categoria B ser declarados no anexo F do IRS.

Fazem parte desta categoria os rendimentos


empresariais e profissionais, isto é, aqueles Categoria G
que decorrem de qualquer atividade comer-
cial, agrícola, industrial, silvícola ou pecuária. É Na categoria G enquadram-se os incrementos
também na categoria B que se inserem os ren- patrimoniais que não são considerados nas
dimentos auferidos por trabalhadores indepen- restantes categorias de rendimentos. É o caso,
dentes (os chamados “recibos verdes”). Este tipo por exemplo, das mais valias resultantes da ven-
de rendimentos deve ser declarado no anexo da de ações ou imóveis, das indemnizações, ou
B (para quem está no regime simplificado ou das importâncias auferidas em virtude da as-
passou um ato isolado) ou no anexo C (para sunção de obrigações de não concorrência. Os
quem tem contabilidade organizada). rendimentos da categoria G são declarados nos
anexos G e G1.

Categoria E
Categoria H
Esta categoria integra os rendimentos de capi-
tais, ou seja, os frutos ou vantagens económicas Os rendimentos da categoria H dizem respeito
obtidas através do património de natureza mo- às pensões (de alimentos, velhice, reforma, in-
biliária. É aqui que se incluem, por exemplo, os validez ou sobrevivência), às rendas temporári-
juros dos depósitos a prazo e outras aplicações as ou vitalícias e ainda às indemnizações que
financeiras, os rendimentos da propriedade in- visem compensar perdas de rendimentos desta
telectual, ou os lucros dos sócios de empresas. categoria. Todos eles devem ser declarados no
Estes rendimentos são declarados no anexo E. anexo A.
Rendimentos obtidos
no estrangeiro

Os rendimentos obtidos no estrangeiro por


cidadãos com residência fiscal em Portugal
têm de ser declarados no Anexo J e
discriminados consoante a sua natureza.

É também necessária a identificação do país


onde foi obtido o rendimento e, caso tenha
sido pago imposto no estrangeiro, deve ser in-
dicado o respetivo montante.

Estes rendimentos podem incluir pensões, juros


de aplicações financeiras ou contas bancárias
noutros países, assim como quaisquer outros
rendimentos que normalmente se incluiriam
nas seis categorias de IRS, caso fossem obtidos
em território nacional.

9
1.3

QUAIS SÃO OS
ESCALÕES DE IRS?

Como lhe dissemos logo no início deste guia,


o IRS é um imposto progressivo e, como
tal, é tributado tendo em conta o nível de
rendimentos do agregado familiar.

Assim, a cada nível de rendimento são aplicadas


taxas de IRS distintas, que aumentam progres-
sivamente à medida que subimos de escalão.
Isso significa que, quanto maior é o rendimento
do agregado, maior é o imposto a pagar.

Existem atualmente sete escalões de IRS, mas


podem vir a ser nove, devido ao desdobramen-
to do 3º e do 6º escalões previstos na proposta
de Orçamento de Estado para 2022. A avançar,
esta medida só terá efeito no IRS relativo a 2022,
a entregar em 2023. Quanto aos escalões em
vigor atualmente, a cada um correspondem
duas taxas diferentes: a taxa normal e a taxa
média.

Da aplicação destas taxas não pode, no entan-


to, resultar um rendimento inferior ao chamado
mínimo de existência. Saiba como funcionam.
LER ARTIGO

10
O que é o mínimo
de existência?

O “mínimo de existência” é o limite de O Indexante dos Apoios Sociais (IAS), tal


rendimento líquido até ao qual pen- como o nome sugere, é um valor fixado anual-
sionistas e trabalhadores não têm de mente pelo Governo como referência para
pagar IRS. o cálculo das prestações sociais. Era, por
definição, o fator que determinava o mínimo
O objetivo é impedir que, depois de de existência no IRS a cada ano. No entanto,
aplicadas as taxas de imposto, os con- em 2021 já não foi assim.
tribuintes com baixos rendimentos
fiquem com um montante líquido Em 2020, o Parlamento aprovou, na espe-
anual inferior ao que é considerado in- cialidade, uma alteração à proposta do Orça-
dispensável para viver. mento do Estado para 2021 que fez subir o
valor do mínimo de existência do IRS em
Este teto mínimo está previsto no Arti- 100 euros.
go 70.º do Código do IRS e é calculado
através da seguinte fórmula: O limite passou, assim, para os 9.315,01 euros
anuais (665,36 euros mensais), sendo que
este acréscimo de 100 euros ao mínimo de
existência foi, na altura, definido como uma
medida de caráter excecional.
MÍNIMO DE EXISTÊNCIA
Ou seja, como em 2021 o IAS se manteve nos
438,81 euros, o mínimo de existência deveria
1,5 X 14 X VALOR DO IAS fixar-se nos 9215,01 euros. Mas em função da
subida do salário mínimo para os 665 euros,
esse patamar passou a ser um pouco mais
alto.

Isto porque o Czódigo do IRS prevê uma


salvaguarda segundo a qual o rendimento
líquido de imposto, por titular, não pode ser
inferior ao valor anual da remuneração míni-
ma garantida. Ou seja, quem ganha o salário
mínimo nunca tem de pagar IRS.

11
E tendo em conta que este ano o Qual será o valor
salário mínimo subiu, o montante do
em 2022?
mínimo de existência em 2021 é de
9.310 euros (665€ x 14 meses).

Desta forma, os contribuintes que em


2021 auferiram até 665 euros mensais Em 2022, o mínimo de existência volta a
(9.310 euros anuais), ficarão isentos do subir, tendo novamente como valor de
pagamento de IRS em 2022. referência o salário mínimo nacional.
Ora, como o valor da retribuição mínima
Mas atenção, estar isento de IRS não passou a ser, desde o dia 1 de janeiro, de
significa, necessariamente, que não 705 euros, o limiar da isenção sobe de
tenha de declarar esses rendimen- 9.310 euros para 9.870 euros anuais
tos. Veja aqui quem está dispensado em 2022.
da entrega da declaração.

LER ARTIGO MÍNIMO DE EXISTÊNCIA

12
1.4

RETENÇÃO NA FONTE

À coleta de IRS, ou seja, ao valor anual de imposto


a entregar ao Estado, são depois “descontadas” as
deduções à coleta, que não são mais do que o valor que é
descontado ao IRS que os contribuintes têm de entregar
ao Estado. Porém, o Estado não fica à espera do final
do ano para receber a totalidade do imposto devido. Na
verdade, os contribuintes vão adiantando uma parte
todos os meses no salário. A esse adiantamento dá-se o
nome de “retenção na fonte”.

A retenção de IRS é, por isso, um instrumento que


permite ao Estado ir arrecadando receita ao longo do
ano através de um desconto mensal aos trabalhadores e
pensionistas. No entanto, esses adiantamentos mensais
não correspondem exatamente ao valor que cada
contribuinte terá de pagar em IRS. Só na apresentação
da declaração com todos os rendimentos e despesas
dedutíveis é que é apurado, de facto, o montante anual
de imposto a pagar.

Ora o que acontece, na maioria dos casos, é que a soma


de todas as retenções na fonte e o montante de impos-
to apurado são diferentes. E essa diferença pode ser
positiva ou negativa.
LER ARTIGO
Se for positiva, então foi adiantado mais imposto do que
o devido e, no acerto de contas o Estado irá devolver o
que foi pago a mais. É o chamado reembolso de IRS.

Se, pelo contrário, for negativa, significa que o valor adi-


antado através da retenção na fonte não foi suficiente
para cobrir o imposto na totalidade. E nesse caso, o con-
tribuinte vai ter de pagar o IRS que está em falta.

13
Retenção na fonte para
trabalhadores independentes

Os recibos verdes também estão sujeitos a retenção


na fonte e existem diferentes taxas de retenção con-
soante a atividade do prestador de serviços. Essas
taxas estão mencionadas no artigo 101.º do CIRS e dis-
tribuem-se da seguinte forma:

• 25% para rendimentos provenientes de atividades


exercidas por médicos, advogados, arquitetos,
entre outros (atividades profissionais previstas na
tabela a que se refere o artigo 151.º do CIRS);

• 20% para rendimentos provenientes de atividades


científicas, artísticas ou técnicas, previamente
definidas, auferidos por residentes não habituais
em território português;

• 16,5% para os rendimentos provenientes de


propriedade intelectual, industrial ou de
prestação de informação sobre experiência nos
setores comercial, industrial ou científico;

• 11,5% para os outros trabalhadores independentes


e atos isolados.

Recorde-se, contudo, que os rendimentos dos tra- LER ARTIGO


balhadores independentes apenas estão sujeitos a
retenção na fonte se forem pagos por empresas ou
por pessoas singulares com regime de contabili-
dade organizada.

No entanto, mesmo existindo obrigatoriedade para


estes casos, há situações em que pode optar por
não fazer retenção. Saiba quais e como se processa
o IRS para quem passa recibos verdes.

14
1.5
DEDUÇÕES À
COLETA DE IRS

As deduções à coleta não são mais do que


o valor que é descontado ao IRS que os
contribuintes têm de entregar ao Estado.

São também uma forma de ajustar o imposto à


sua situação pessoal e familiar, tendo em conta,
sobretudo, as despesas do agregado ao longo
do ano.

Entre as deduções que podem ajudar a baixar


o imposto a pagar ou a aumentar o reembolso
a receber, estão as relativas às despesas de
educação, saúde, habitação, lares, despesas
gerais e familiares e à dedução do IVA por
exigência de fatura.

Explicamos-lhe de seguida quais os limites


globais de dedução referentes ao seu escalão
de rendimentos e quanto pode deduzir em
cada categoria de despesas.

LER ARTIGO

15
2º Parte

PREENCHER A
DECLARAÇÃO
PATROCINADO POR
2.1
FAZER O IRS PELA
PRIMEIRA VEZ
Para quem vai fazer o IRS pela
primeira vez, o processo pode
parecer complicado.

Para quem vai fazer o IRS pela primeira vez, o


processo pode parecer complicado. Porém,
a verdade é que não precisa de ser um perito
em Finanças para preencher e submeter a sua
declaração de rendimentos.

A declaração Modelo 3 e os respetivos anexos


têm instruções simples que lhe dizem o que
colocar em cada campo.

Preparámos um artigo com o que deve saber


para entregar a declaração sem medo de errar.

LER ARTIGO

17
2.2

IRS AUTOMÁTICO

O IRS Automático consiste na disponibilização de


uma declaração automaticamente preenchida pela
AT com base na informação de que dispõe. Nesta
modalidade, o contribuinte deve apenas verificar se
a informação que consta da declaração automática
está correta e, se não for o caso de emendar, confir-
mar a entrega.

Recorde-se que, em 2021, passaram a poder usu-


fruir do IRS Automático os trabalhadores inde-
pendentes que exerçam atividades de prestação
de serviços previstas na tabela a que se refere o
artigo 151.º Código do IRS. De fora ficam, no entan-
to, aqueles que estão inscritos na categoria com o
código 1519 “Outros prestadores de serviços”.

Para beneficiarem da declaração automática, os


trabalhadores independentes têm ainda de estar
abrangidos pelo regime simplificado e emitir, ex-
clusivamente através do Portal das Finanças, as
suas faturas, faturas-recibo e recibos no Sistema de
Recibos Eletrónicos.

Além destes, podem aceder ao IRS Automático


LER ARTIGO os contribuintes que, no ano do imposto, apenas
tenham auferido rendimentos de trabalho por
conta de outrem ou de pensões (exceto pensões de
alimentos); ou rendimentos tributados por taxas
liberatórias (artigo 71.º do Código do IRS), desde que
não optem pelo seu englobamento.

No entanto, mesmo entre os contribuintes acima


referidos, há exceções. Saiba quais.

18
2.3

TRIBUTAÇÃO CONJUNTA
OU SEPARADA

Vale mais a pena entregar o IRS em conjunto


ou em separado? A resposta a esta pergunta
dependerá dos rendimentos de cada um e das
despesas que têm.

Na maioria das vezes compensa aos casais en-


tregarem a declaração de IRS em conjunto, mas
pode haver exceções. Até porque nem todos os
rendimentos são tributados da mesma forma,
podendo variar consoante a sua natureza.
Assim, o nosso derradeiro conselho é que, com
calma, faça simulações dos vários cenários no
Portal das Finanças.

E os filhos?

Se optar por apresentar o IRS em conjunto, é


fácil: os filhos vão aparecer nessa declaração,
juntamente com as respetivas despesas.

Se, pelo contrário, optar por submeter a


declaração em separado, os filhos podem
ser distribuídos (por exemplo, um por cada LER ARTIGO
declaração), para aumentar os benefícios.

Se só houver um filho, o nosso conselho é que


o adicione à declaração do elemento do casal
que tiver maiores rendimentos, porque é ele
que mais beneficia das deduções.

19
2.4

DEPENDENTES
NO IRS

Sabia que, para efeitos de IRS, um filho de-


pendente não tem de ser menor de idade?

Sim, há outras condições que definem quem


são, ou não, considerados dependentes no
IRS.

De facto, a dúvida mais frequente prende-se


com a idade: até quando se é considerado
dependente? E se o filho já trabalhar, pode
entrar na declaração de IRS dos pais?

Para os que são considerados dependentes,


há também que estar a par das deduções
fixas por filho.

Saiba quais os valores em causa.

LER ARTIGO

20
2.5

IRS JOVEM

O IRS Jovem permite que os jovens possam


ter um benefício fiscal nos três primeiros
anos em que obtenham rendimentos de
trabalho dependente, pela primeira vez,
depois de concluírem um determinado cic-
lo de estudos.

Apesar do nome, este regime não se apli-


ca a todos os jovens e, contrariamente ao
que muitos pensam, também não se trata
de uma isenção total de IRS, mas de um des-
conto que vai diminuindo ao longo dos três
anos.

A medida, que foi criada pelo Orçamento do


Estado 2020, deverá ser alvo de alterações
mal o Orçamento do Estado para 2022 seja
aprovado. Até lá, aplicam-se as regras do re-
gime atual no IRS a entregar em 2022 (rela-
tivo ao ano fiscal de 2021).

Saiba se reúne as condições para aderir e o


que fazer para tirar partido deste benefício.

LER ARTIGO

21
2.6

PREENCHER O
IRS: DECLARAÇÃO
MODELO 3

Se não está abrangido pelo IRS Automático


e também não se encontra dispensado da
entrega da declaração anual deve, através
do Portal das Finanças, submeter uma
declaração Modelo 3 no prazo fixado (1 de
abril a 30 de junho).

A declaração de IRS Modelo 3 deve ser


preenchida com atenção e cuidado. Para o
preenchimento deve ter à mão o seu Núme-
ro de Identificação Fiscal (NIF) e a senha do
Portal das Finanças. Essas são as credenciais
de que vai precisar para todo o processo.

Neste artigo, damos-lhe conta do passo a


passo.

LER ARTIGO

22
2.7
COMO
CONSIGNAR IRS

Todos os anos, os contribuintes podem utilizar


parte do seu imposto para apoiar entidades
de cariz social, religioso, cultural ou ambiental.

Através da consignação, pode doar 0,5% do


IRS liquidado a uma instituição escolhida
por si.

A consignação do IRS não tem qualquer custo


para si. Se tiver direito a reembolso não vai re-
ceber menos por isso, da mesma forma que,
se houver lugar a imposto adicional, também
não terá de pagar mais.

Desta forma, em vez de ficar todo nos cofres


públicos, parte do seu IRS é encaminhada di-
retamente pelo Estado para essa instituição.

Saiba como proceder para consignar parte do


seu IRS na declaração de rendimentos.

LER ARTIGO

23
3º Parte

ENTREGAR A
DECLARAÇÃO
PATROCINADO POR
3.1
QUEM ESTÁ
DISPENSADO
DE ENTREGAR A
DECLARAÇÃO?

Normalmente, os contribuintes têm de en-


tregar, todos os anos, uma declaração com os
rendimentos obtidos no ano anterior.

É com base nessa informação que a Autori-


dade Tributária calcula o imposto. Mas há ex-
ceções.

Saiba, então, quem deve entregar a declaração


e quem está dispensado.

LER ARTIGO

25
3.2

PRAZO DE
ENTREGA E
OUTRAS DATAS
IMPORTANTES

Uma das datas mais importantes do cal-


endário do IRS é sem dúvida a da entrega da
declaração anual, que este ano poderá ser fei-
ta mais uma vez entre 1 de abril e 30 de jun-
ho. Porém, há outras datas a manter debaixo
de olho, até para poder organizar antecipada-
mente o seu orçamento familiar.

Referimo-nos aos prazos relacionados com


o reembolso/ pagamento do imposto ou até
com os pedidos para pagamento do IRS em
prestações.

Fique, então, a par do Calendário do IRS


para 2022.

LER ARTIGO

26
FICHA TÉCNICA

Redação:
Ekonomista

Edição de Conteúdos:
Nídia Ferreira
Viviane Soares

Coordenação Editorial:
Miguel Pinto

Direção:
Aline Soares

Design:
Catarina Pereira

Imagens:
Getty Images

Título:
Guia do IRS: Prático e Descomplicado

[email protected]
Rua Alfredo Allen, 455 e 461
Piso 3, sala 327
4200-135 Paranhos

© Copyright by E-Konomista

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Porto, Março de 2022

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