Aula 02 - Curso Regimes Tributários - Janeiro 2024
Aula 02 - Curso Regimes Tributários - Janeiro 2024
Aula 02 - Curso Regimes Tributários - Janeiro 2024
🔴 Recados Importantes
Para gerar o seu certificado de conclusão de curso é necessário que você assista todas as 4
aulas gratuitas, do dia 15/01 até 18/01 ao vivo às 20h no Youtube.
O código de cada aula é disponibilizado somente durante a aula ao vivo, serão 4 códigos.
🔴 Base Legal
🔴 Lucro Presumido
O Lucro Presumido nada mais é do que a aplicação, sobre a receita bruta de vendas de
mercadorias e/ou prestação de serviços, em cada trimestre, de determinados percentuais, fixados
em função da atividade da pessoa jurídica, adicionado de valores de algumas operações cujo
tratamento será de demais receita.
Base Legal: Lei n° 9.430/96; Arts. 1° e 26; Decreto n° 9580/2018; Art. 587 à 593
🔴 Código DARF
Apesar do Professor Arthur não ter tocado nesse ponto na Aula, esse detalhe é preciso ser
mencionado.
O imposto que no período de apuração, resultar em valor inferior a R$ 10,00, (vale para outros
tributos administrados pela RFB) deverá ser adicionado ao imposto ou contribuição de mesmo
código, correspondente aos períodos subsequentes, até que o total seja igual ou superior a R$
10,00, quando, então, será pago ou recolhido no prazo estabelecido na legislação para este último
período de apuração. Lei n° 9.430/96, art. 68
🔴 Prazo de Recolhimento
O prazo para o recolhimento do IRPJ (adicional) e da CSLL, incidentes sobre o lucro presumido, é
o último dia útil do mês subsequente ao encerramento do trimestre civil, sem qualquer acréscimo.
Lei n° 9.430/96, Art. 28 e 29.
IV - Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruem de benefícios fiscais relativos à isenção
ou redução do imposto;
🔴 Percentuais de Presunção
O Lucro Presumido será determinado mediante aplicação dos percentuais de presunção de que
tratam os artigos 33 e 34 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, sobre a receita bruta definida
pelo artigo 26 da mesma legislação, auferida em cada período de apuração trimestral, deduzida
das devoluções e vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos.
Você poderá verificar os Percentuais de Presunção pela Planilha utilizada pelo Professor Arthur
no momento da Prática, também disponibilizada pra você
A receita bruta de que trata o artigo 26 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, compreende:
🔴 Adicional de IRPJ
Conforme Art. 624 do Decreto 9580 a parcela do Lucro Presumido que exceder R$ 20.000,00 no
mês ou R$ 60.000,00 no Trimestre fica sujeita à incidência de adicional de imposto sobre a renda
à alíquota de 10%
A Lei n°12.973/2014, trouxe mudanças no conceito de receita bruta, que estava estabelecido no
Art. 12 do Decreto Lei 1598/77.
Sendo assim, outras receitas são aquelas não mencionadas no contrato social ou estatuto, que
não pertencem a atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, auferidas de forma não habitual,
pois, se houver habitualidade sofrerá tributação como receita operacional, além de incorrer na
necessidade de alteração do objeto social, com a inclusão da(s) atividade(s) geradora de tal receita.
Conforme explicado pelo Professor Arthur e constante no Art. 39 da IN 1700 devem ser acrescidos
às bases de cálculo do IRPJ (após a presunção)
CONTABILIDADE NO BRASIL
b) A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica,
deduzida dos encargos necessários à sua percepção;
d) A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição
isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e
direitos entregues para a formação do referido patrimônio.
❖ Pelo regime de Caixa (momento que efetivamente é recebido o valor pelos serviços
prestados).
As pessoas jurídicas tributadas na forma do lucro presumido poderão adotar os seguintes regimes
para efeito de apuração do IRPJ, da CSLL, do PIS/Pasep e da COFINS (Instrução Normativa RFB n°
1.700/2017, artigos 215, § 9° e 223; Lei n° 9.718/98, artigo 13, § 2°):
Neste caso, para adotar o regime de caixa no caso do lucro presumido, é primordial que a
sociedade mantenha um controle individualizado e detalhado dos seus registros de Contas a
Receber, refletindo-o na sua contabilidade, uma vez que estes passarão a ser o fato gerador dos
tributos, e consequentemente, serão a base de análise do Fisco quando de procedimento fiscal.
Importante lembrar que a empresa que tiver contabilidade (Professor Arthur deixou claro que
mesmo que a RFB não cobre a contabilidade, para o código civil, legislação societária e regras
contábeis continua obrigatório, menos MEI) deve fazer a contabilidade pelo regime de
Competência, independente da forma da tributação.
CONTABILIDADE NO BRASIL
🔴 Exemplo:
A empresa “LA ELE SERVIÇOS LTDA”, tributada na forma do lucro presumido e que adota o regime
caixa, realizou e recebeu sobre a prestação de serviço nas seguintes datas. Conforme quadro
abaixo, nem todas as notas serão agregadas no 2° trimestre.
De acordo com a Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, sobre a receita de serviço sofrerá a
presunção de 32% na base de cálculo do IRPJ e CSLL, aplicando a alíquota de 15% IRPJ sujeito ao
adicional de 10% e alíquota de 9% da CSLL.
Antes de mais nada existem Informações importantes para utilizar no Regime de Caixa:
1) Emitir documento fiscal idôneo, quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão do
serviço; e
2) Indicar, no livro caixa, em registro individualizado, o documento fiscal a que corresponder cada
recebimento.
Partindo do exemplo, para efeito de apuração do 2° trimestre, teremos o seguinte cálculo: Valor
total da receita recebida:
Descrição Valor
Nota 77155 R$ 200.000,00
Foi perguntado durante a aula sobre haver uma base legal para a Exclusão do ICMS da Base de
Cálculo do PIS e COFINS, e a verdade é que não há uma lei, ou uma IN que trata sobre isso, o que
temos é o acórdão do julgamento do RE nº 574.706 PR, que vale mais que Lei, afinal é a decisão
do Supremo Tribunal Federal e que foi finalizado em 15/03/2017, que estabelece a exclusão do
ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, por ter sido realizado sob o rito de Repercussão
Geral, somente vincula a Secretaria da Receita Federal à citada decisão, após a manifestação da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, conforme expressa disposição do art. 19-A da Lei nº
10.522, de 2002.
Em julgamento finalizado em 13/05/2021, o STF apreciou os embargos de declaração opostos pela
União, pacificando em definitivo as questões jurídicas referentes ao julgamento do RE 574.706,
definindo que:
❖ Os efeitos da Exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS deve se dar após
15.03.2017, independentemente de a pessoa jurídica ter protocolado ou não ação
judicial (caso haja ação protocolada anteriormente valerá a data da ação, lembrando que
precisa ter sido protocolado anterior à 15.03.2017)
❖ O ICMS a ser excluído da base de cálculo das Contribuições do PIS e da COFINS é o
destacado nas Notas Fiscais de Venda.
❖ Porém a partir de primeiro de Maio deve-se também excluir o ICMS da Base de Cálculo das
entradas (créditos) conforme MP 1159/2023, procedimento necessário somente para
empresas do Lucro Real
CONTABILIDADE NO BRASIL
Se você quiser saber se algo é devido o ICMS ou ISS se faça a seguinte pergunta:
Com a transação realizada se tem a obrigação de fazer algo ou a obrigação de dar algo?
Se a resposta for obrigação de fazer algo então estamos falando de um Serviço e é devido o ISS,
porém se for entregar algo, então ali há uma comercialização e por isso é devido o ICMS.
Serviço é ação de ser útil; ato ou efeito de servir. É também o estado de quem se disponibiliza ou
atua em benefício de outrem. É ainda a atividade realizada nas fileiras das forças armadas, e
também o conjunto das funções ou tarefas executadas em benefício ou por mando de outrem.
O ISS recai sobre circulação de bem imaterial (serviço). “Se aplica sobre a obrigação de fazer”.
O ICMS recai sobre circulação de bem material (mercadoria). “Se aplica sobre a obrigação de dar
algo. ”
Conforme Art. 3º da Lei Complementar 116 o serviço considera-se prestado e o imposto devido
no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do
prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII, quando o imposto será devido no
local.
Então de regra geral o ISS é devido para o município do Prestador de Serviço e somente como
exceção são as situações descritas nos incisos do Art. 3º da Lei Complementar 116.
Sendo assim, quando houver serviços elencados nos incisos do Art. 3º o imposto retido na
operação intermunicipal é recolhido em definitivo, e exclusivamente, para a prefeitura da
localidade do serviço prestado, de acordo com as normas dessa municipalidade.
CONTABILIDADE NO BRASIL
No caso de retenções por conta de serviços no mesmo munícipio do Prestador de Serviços faz-se
necessário analisar a legislação local do município, mas se houver ela está balizada no Art. 6º da
Lei Complementar 116.
II – Da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços
descritos no subitem 3.05 da lista anexa;
III – Da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa;
7.04 - Demolição.
II – Das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos
no subitem 7.05 da lista anexa;
7.09 - Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final
de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer.
XIII - Da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos
serviços descritos no subitem 7.17 da lista anexa;
XIV - Da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista anexa;
7.18 - Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e
congêneres.
CONTABILIDADE NO BRASIL
XV – Onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem
11.01 da lista anexa;
XVI – Dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos
serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa;
XVII – Do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos
serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa;
XVIII - Da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos
serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa;
12.07 Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais, festivais e
congêneres.
XIX Do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo
subitem 16.01 da lista anexa;
XXII – Do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos
serviços descritos pelo item 20 da lista anexa.
congêneres.
XXIII - Do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 4.22, 4.23 e 5.09
4.23 -Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de terceiros contratados,
credenciados, cooperados ou apenas pagos
XXIV - Do domicílio do tomador do serviço no caso dos serviços prestados pelas administradoras
de cartão de crédito ou débito e demais descritos no subitem 15.01;
No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.04 da lista anexa, considera- se ocorrido o fato
gerador e devido o imposto em cada Município em cujo território haja extensão de ferrovia,
rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, objetos de locação, sublocação,
arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não.
No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa, considera- se ocorrido o fato
gerador e devido o imposto em cada Município em cujo território haja extensão de rodovia
explorada.
22.01 - Serviços de exploração de rodovia mediante cobrança de preço ou pedágio dos usuários,
envolvendo execução de serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação
de capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e outros
serviços definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais.
O fato da prestadora de serviço ser optante pelo Simples Nacional, não impede que haja à
retenção na fonte.
A empresa optante, porém, precisará informar essas receitas destacadamente, de modo que o
aplicativo PGDAS as desconsidere da base de cálculo do tributo objetode retenção na fonte.
No entanto, essas receitas continuam fazendo parte da base de cálculo dos demaistributos
abrangidos pelo Simples Nacional.
Art. 25. O valor devido mensalmente pela ME ou EPP optante pelo Simples Nacional será
determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas calculadas na forma prevista nos arts. 21,
22 e 24 sobre a base de cálculo de que tratam os arts. 16 a 19
§ 9° A ME ou EPP que tenha prestado serviços sujeitos ao ISS deverá informar: (Lei Complementar
n° 123, de 2006, art. 2°, inciso I e § 6°)
Art. 27. A retenção na fonte de ISS da ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, somente será
permitida nas hipóteses previstas no art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003, observado
cumulativamente o seguinte:
No caso de retenções por conta de serviços realizados no município onde se encontra o prestador,
faz-se necessário analisar a legislação local.
A responsabilidade será por transferência quando a lei atribuir o dever de pagar tributo à a outra
empresa e se encontra no Art. 6º da Lei Complementar 116, sendo a transferência em decorrência
de fato posterior à incidência da obrigação tributária. A responsabilidade tributária por
transferência, pode ser por solidariedade, por responsabilidade dos sucessores e por
responsabilidade de terceiros.
Mas para deixar tudo de forma mais prática podemos elencar as retenções estabelecidas pelos
próprios municípios, dentro dos limites de suas competências, e as retenções compulsórias, pois
o artigo 6° da LC 116/2003 já determina que são responsáveis:
2) a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos seguintes
serviços:
a. cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário;
b. execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de
construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive
sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem,
pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e
equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador
de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS)
c. Demolição;
d. Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e
congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos
serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS);
A responsabilidade será por transferência quando a lei atribuir o dever de pagar tributo à pessoa
não vinculada ao fato gerador, tendo o mesmo sido anteriormente atribuído à outra, sendo a
transferência em decorrência de fato posterior à incidência da obrigação tributária. A
responsabilidade tributária por transferência, pode ser por solidariedade, por responsabilidade
dos sucessores e por responsabilidade de terceiros.
No caso de retenções por conta de serviços realizados no município onde se encontra o prestador,
faz-se necessário analisar a legislação local.
No caso da construção civil, cuja haja retenção, a título de antecipação, de 1% (um por cento) do
valor bruto do serviço, o contribuinte fará a dedução posteriormente do imposto devido na
apuração mensal da pessoa jurídica.
A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. Porém, nada impede que as normas municipais
adotem procedimentos que sejam mais favoráveis ao contribuinte, dentro é claro, dos limites
impostos pela Lei Complementar 157, que alterou a Lei Complementar 116 trouxe a
obrigatoriedade de ajustar a carga tributária a cada situação em particular.
É necessário esclarecer que do total do serviço não se pode excluir, para fins de base de cálculo
do ISS, parcelas relativamente a outros impostos retidos (IRF, PIS, Cofins e INSS).
CONTABILIDADE NO BRASIL
Haja visto que os municípios podem atribuir a responsabilidade a terceira pessoa, é importante o
contribuinte consultar a legislação local para confirmar as disposições de cada ente tributário.
Por este motivo, em termos práticos, temos as retenções estabelecidas pelos próprios municípios,
dentro dos limites de suas competências, e as retenções compulsórias, pois o artigo 6° da LC
116/2003 já determina que são responsáveis: