6693 41642 1 PB
6693 41642 1 PB
6693 41642 1 PB
713-717
ABSTRACT
Objective: The study’s goal has been to both assess and understand the scientific production over the period
from 2005 to 2016 with regards to palliative care and the importance of communication related to the palliative
care strategy. Methods: It is a descriptive-exploratory research with a quantitative approach, which was
performed by the integrative review method. Results: After reading all the 14 articles, it was possible to group
them by observing the theme studied and, in turn, the following categorization was obtained: Palliative care
and the interpersonal relationship between nurse and patient; Communication as a strategy to strengthen the
link between nurses and the user of palliative care; The importance of communication between nurse and
family/caregiver. Conclusion: The nurse plays a fundamental role towards the promotion of palliative care.
They are able to perform the acceptance of diagnosis and help patients living with their diseases, then providing
integral assistance to the user and all involved with the patient.
1
Enfermeiro. Mestrando do Programa de Pós Graduação em Enfermagem/FURG. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas
Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem/Saúde GEES. Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Brasil.
2
Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem/FURG. Membro do Grupo GEES. Universidade Federal do
Rio Grande (FURG), Brasil.
3
Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem/FURG. Membro do Grupo GEES.
Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Brasil.
4
Graduanda em enfermagem na Faculdade Anhanguera de Pelotas, membro do Grupo de Pesquisa: Gerenciamento Ecossistêmico
Enfermagem/Saúde GEES. Faculdade Anhanguera de Pelotas, Brasil.
5
Enfermeira e Administradora Hospitalar.Especialista em metodologia da pesquisa. Mestre e Doutora em Enfermagem pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC). Docente permanente do Programa de Pós Graduação do Curso de Mestrado e Doutorado em
Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Docente da Faculdade Anhanguera Pelotas/RS. Membro líder do Grupo
de Estudo e Pesquisa: Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem/Saúde (GEES). Professora Emérita da FURG. Universidade
Federal do Rio Grande (FURG), Brasil.
6
Enfermeira. Especialista em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família pelo Centro Universitário Internacional, UNINTER,
Curitiba, Brasil. Mestranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. Membro
do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Enfermagem e Saúde – NEPES/FURG. Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Brasil.
DOI: 10.9789/2175-5361.2019.v11i2.713-717 | Andrade GB, Pedroso VSM, Weykamp JM, et al. | Cuidados Paliativos e a...
possível tornar a morte iminente digna e assegurar ao usuário Cuidar de uma pessoa que esteja em fase terminal é tarefa
suporte e acolhimento nesse instante cuidado humanizado muito significativa, englobando as dimensões, psicológica,
que o usuário ontológico merece. 2,5,6,13 emocional e espiritual. O cuidador da pessoa em fase terminal
O enfermeiro tem um papel fundamental para a pro- a incerteza, os medos em relação ao futuro e a perda são as
moção do CP, como na aceitação do diagnostico e auxilio preocupações psicológicas mais comuns.
para conviver com a doença, prestando assistência integral Verifica-se que a comunicação com o paciente e com os
ao usuário e a todos envolvidos com o doente. Por meio da membros da família é de extrema importância para que os
escuta, o enfermeiro tem o objetivo de diminuir a ansiedade, profissionais da saúde, em primordial o enfermeiros, possam
devido o medo da doença, e do futuro que os aguarda. É proporcionar um serviço de qualidade, pois apenas por meio
necessário que a enfermagem ajude a família a reconhecer de uma comunicação efetiva com todos os membros é que
seus problemas e caso possível encontrar soluções, por meio ele ficará apto a incluí-la adequadamente na terapêutica
de uma comunicação sincera entre os profissionais, familiares dos CP. 8,9,11,15
e o usuário. Através de tal entendimento, o implantação de uma
comunicação efetiva entre enfermeiro, paciente e família é
Comunicação como estratégia para fortalecimento do imensamente relevante, para se avaliar e conhecer melhor o
relacionamento do enfermeiro e o usuário dos Cuidados paciente e suas necessidades, com agilidade e compreensão, e
Paliativos assim possibilitar uma assistência terapêutica especial. Neste
conceito, o diálogo entre o profissional da enfermagem e a
Alem das diversas estratégias nesta modalidade, destaca-se família do paciente terminal pode descobrir muitos anseios,
a comunicação, porque esta faz parte da essência humana medos e esclarecer verias dúvidas presentes nessa situação
compreendida como uma técnica de troca e de compreensão, e, de desta forma, gerar a criação de vínculo, respeitável e
as quais as pessoas se percebem e partilham o significado de necessário nessa fase da vida. 2,14,15
idéias, pensamentos e propósitos, no âmbito da enfermagem Evidenciam-se as estratégias para o suporte da família
a comunicação e de suma relevância, para a pratica do CP, como: acesso de uma comunicação efetiva, inclusão da família
é como um instrumento impulsionador entre o enfermeiro nos cuidados, entendimento das necessidades especiais, gera-
e o usuário. 7,14 rem um ótimo controle da dor e outros sintomas, providen-
A comunicação vai além das palavras a escuta atenta, ciarem apoio existencial, assim de certo modo preparando a
o olhar e a postura, é uma mediante terapêutica eficiente família para a morte, gerando suporte maior para o luto. 9,12,13,15
para os usuários que dela necessitam em especial em fase Para que os profissionais da enfermagem possam efetiva-
terminal, a comunicação adequada e fundamental para o mente realizar as prática como estratégias, é necessário que
cuidado integral e humanizado, é uma maneira de reconhecer, não sejam negligenciadas as suas vivências emocionais no
acolher as necessidades do usuário e familiares, quando o momento da prestação de cuidados à pessoa em fase termi-
enfermeiro utiliza esse recurso verbal ou não verbal permite nal e a sua família, ressaltando a seriedade do mesmo como
que o usuários, participe das decisões e cuidados específicos ligação dentro da equipa de CP. Nos estudos selecionados
obtendo um tratamento digno. 8,13 revelam-se que os enfermeiros apresentam-se preocupados
Comunicação é uma ferramenta relevante que busca inter- ao cuidar de pessoas em fase terminal e suas famílias, uma
mediar as relações humanas promovendo a sustentabilidade e vez que, os níveis de apreensão mudam de acordo com a con-
a consolidação da autonomia, sempre estimulando o usuário dição profissional, o gênero, o setor e a experiência pessoal. 9
a verbalizar, seus anseios, preocupações e duvidas, propor- Para a realização de CP com qualidade é imprescindível
cionando um forte vinculo do enfermeiro com o usuário e que o enfermeiro avalie a pessoa em fase terminal e família,
familiares, consolidando um alicerce para o relacionamento para assim estabelecer um contato interpessoal, assegurando
interpessoal, trazendo tranqüilidade e confiança. 1,6,7 continuidade, utilizando ao máximo o tempo para estar
Mesmos que seja um usuário que não verbalize, é impor- com os mesmos e não se limitando aos aspectos físicos dos
tando proporcionar confiança, fazer com que ele saiba que cuidados prestados. 9,14,15
tem um profissional que demonstra atenção, afeto e com- É apresentado diferentes necessidade a cada família/
promisso com o doente, a comunicação de forma adequada cuidador da pessoa em fase terminal, assim, os enfermeiros
é um pilar integral e humanizado, de um único desejo de ser nas suas interferências deverão estar espertos ao reconhe-
compreendido, o usuário necessita se sentir-se cuidado e cimento e contentamento das mesmas, de acordo com o
amparado pelos enfermeiros, com que ele se sinta importante estabelecimento de uma afinidade de confiança, na ampliação
com a sensação de proteção, consolo e paz interior. da enfermagem ao mesmo tempo que disciplina e profissão.
REFERÊNCIAS
1. Sales CA, Grossi ACM, Almeida CL, Silva JD, Marcon SS. Cuidado
de enfermagem ontológico na ótica do cuidador familiar no
contexto hospitalar. Act Paul. Enferm. Vol. 25 n. 5. São Paulo, 2012.
2. Silva CF, Souza DM, Pedreira LC, Santos MR, Faustino TM.
Concepções da equipe multiprofissional sobre a implementaçãodos
cuidados paliativos na unidade de terapia intensiva. Ciência e Saúde
Coletiva, 2013
3. INCA, Instituto Nacional de Câncer. Cuidados paliativos. Rio de
Janeiro. 2002.
4. Waterkemper R, Reibnitz, Kenya S. Cuidados paliativos: a avaliação
da dor na percepção de enfermeiras. Rev. Gaúcha Enferm.Vol. 31
n.1 Porto Alegre. 2010.
5. Andrade CG, Costa SFG, Lopes MEL. Cuidados paliativos: a
comunicação como estratégia de cuidado para o paciente em fase
terminal. Departemento de enfermagem. Centro de ciências da
saúde. Paraíba. 2013.
6. Silva MM, Moreira MC. Sistematização da assistência de
enfermagem em cuidados paliativos na oncologia: visão dos
enfermeiros. Acta Paul. Enfermagem. Vol. 24 N2. São Paulo. 2011.
7. Paiva FCL, José Almeida JJ , Damásio AC. Ética em cuidados
paliativos: concepções sobre o fim da vida. Rev. bioét. (Impr.). 2014.
8. Silva MJP, Araújo MMT. Comunicação em cuidados paliativos. In:
Carvalho RT, Parsons HA. Manual de cuidados paliativos ANCP. 2ª
Edição. Porto Alegre: Sulina; 2012.
9. Fonseca JC, Rebelo T. Necessidades de cuidados de enfermagem do
cuidados da pessoa sob cuidados paliativos. Rev. Bras. Enfermeiro.
Brasília.2011.
10. Costa TF, Ceolim MF. A enfermagem nos cuidados paliativos à
crianças e adolescente com câncer: revisão integrativa da literatura. Recebido em: 30/07/2017
Rev. Gaúcha Enfermagem Rev. 31 N4. Porto Alegre. 2010. Revisões requeridas: Não Houveram
11. Monteiro FF, Oliveira M, Vall J. A importância dos cuidados
paliativos na enfermagem. Rev. Dor. São Paulo. 2010. Aprovado em: 03/11/2017
12. Gomes ALZ, Othero MB. Cuidados paliativos. Estud. av. vol.30 Publicado em: 02/04/2019
no.88 São Paulo. 2016.
13. Nickel L, Oliari LP, Vesco SNP, Padilha ML. Grupos de pesquisa em
cuidados paliativos: a realidade brasileira de 1994 a 2014. Esc. Anna *Autor Correspondente:
Nery vol.20 no.1 Rio de Janeiro. 2016.
14. Andrade CG; Costa SFG; Costa ICP; et al. Cuidados paliativos e
Gustavo Baade de Andrade
comunicação: estudo com profissionais de saúde do serviço de Rua/Av. Atlantica, 693
atenção domiciliar. Rev Cuidado é Fundamental Online. 2017. Cassino, Rio Grande do sul, RS, Brasil
15. Araújo MMT , Silva MJP. A comunicação com o paciente em
cuidados paliativos: valorizando a alegria e o otimismo. Ver. Esc. E-mail: [email protected]
Enferm. USP. São Paula. 2006. Telefone: +55 53 9 8141-5765
CEP: 96.207-660