Guião de Estudo - DAE
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1.
A dislexia é um distúrbio de leitura, por isso, a criança com dislexia demonstra sérias
dificuldades em lidar com os símbolos (letras e/ou números) e com a identificação dos símbolos
gráficos no início da sua alfabetização, o que conduz ao insucesso nas áreas académicas que
dependem da leitura e da escrita.
As principais dificuldades apresentadas pela criança com dislexia, de acordo com a Associação
Brasileira de Dislexia (ABD), são:
Demora a aprender a falar, a fazer o laço nos atacadores dos sapatos, a reconhecer as horas, a
apanhar e rematar bola e a saltar à corda.
Tem dificuldades para:
escrever os números e as letras corretamente;
ordenar as letras do alfabeto, meses do ano e sílabas de palavras compridas;
distinguir esquerda e direita.
Necessita usar blocos, dedos ou anotações para fazer cálculos.
Apresenta dificuldade incomum para se lembrar da tabuada.
A compreensão da leitura é mais lenta do que o esperado para a idade.
O tempo que leva para fazer as quatro operações aritméticas parece ser mais lento do que se
espera para a sua idade.
Demonstra insegurança e baixa apreciação sobre si mesma.
Confunde-se às vezes com instruções, números de telefones, lugares, horários e datas.
Atrapalha-se ao pronunciar palavras longas.
Tem dificuldade em planear e fazer redações.
O esforço de lutar contra as dificuldades, a censura e a deceção, às vezes, leva a criança com
dislexia a manifestar sintomas como dores abdominais, de cabeça ou transtornos de comportamento.
Em geral, ela é considerada teimosa, desatenta, preguiçosa, sem vontade de aprender, o que
provoca uma situação emocional que tende a se agravar, especialmente em função da injustiça que
possa vir a sofrer.
Muitos conflitos e frustrações acompanham o disléxico e a sua família, pois, sendo ele normal
a nível intelectual, as expetativas da família são normalmente muito altas.
Reprovações e abandono escolar são ocorrências comuns na vida escolar do disléxico. Existem
também consequências mais profundas, ao nível emocional, como diminuição do autoconceito,
reações rebeldes e delinquenciais, ou de natureza depressiva.
A motivação é muito importante para a criança com dislexia, pois, ao se sentir limitada,
inferiorizada, ela pode revoltar-se e assumir uma atitude de pessimismo. Por outro lado, quando se vê
compreendida e amparada, ganha segurança e vontade de colaborar.
Os disléxicos precisam de tratamento especializado como os outros alunos com necessidades
especiais na área de linguagem e do auxílio do professor na sala de aula.
O professor que deseja ajudar os seus alunos, solucionando ou minimizando os problemas de
linguagem, sabe que é necessário encaminhá-los para o tratamento e colaborar nesse mesmo
tratamento.
1ª TROCAS AUDITIVAS
Ocorrem entre sons acusticamente próximos.
2ª TROCAS VISUAIS
O som de “z” que pode ser representado por “s” em “casa” – “caza”.
Ou por “x” exame – ezame (neste último caso, a grafia está ligada à memória visual).
Nas trocas do tipo visual também encontramos erros relativos à sequência das letras
dentro das palavras, se isso não acontecer podem surgir erros de inversões, omissões
ou adições de letras.
Ex.:
trem – têmr
sisso – simo
barco – braço
parafuso – parafuro
tesoura – teusora
moeda – mieda
Ocorrem trocas auditivas e visuais e é raro encontrar nas crianças. A sua reeducação é difícil.
A – CHAVE PRIMÁRIA: os erros que se enquadram nesta etapa são comuns em crianças que estão
no início do processo de alfabetização, mas devem desaparecer ao término do 2º ano.
“fento” (vento)
“babo” (dado)
“dada” (cada)
“tum” (tem)
A omissão do “h” no início das palavras, como hospital, não de ser computada neste item.
B – CHAVE SECUNDÁRIA
- Nível II – os erros que devem ser classificados como pertencentes a este nível são:
1. Fonemas que são representados por dois grafemas independentes como no caso do: “lh”,
“nh”, “ch”, “rr”, “ss”, “qu”.
4. Omissão do “r” ou do “l” em qualquer uma das combinações: bl, br, dr, cl, cr, fl, gl, gr, pl,
pr, tl, tr.
- Nível II – os erros que devem ser classificados como pertencentes a este nível são:
1. Fonemas que são representados por dois grafemas independentes como no caso do: “lh”,
“nh”, “ch”, “rr”, “ss”, “qu”.
C – CHAVE TERCIÁRIA
“maça” – “massa”
“zológico” – “zoológico”
6. Omissões do som /R/ que aparece no final dos verbos quando estão no infinitivo.
Nível V – Erros que ocorrem em palavras que se escrevem de uma ou outra maneira
dependendo do contexto em que estão inseridas.
Ex.: A palavra “concerto” e “conserto”, dependendo do contexto se escreve com “s” ou com
“c”.
As crianças conseguem ler com fluência, linguagem oral perfeita, compreende e copia
palavras sem dificuldade.
Formulação – apresenta dificuldade em colocar as suas ideias em símbolos gráficos
numa folha de papel.
Quando se pede a uma criança com disortografia para escrever uma redação, carta ou
responder a questões de uma prova, ela permanece parada, não consegue transmitir
para o papel os conhecimentos adquiridos na linguagem oral ou pela leitura (boa
compreensão), por isso, não consegue produzir o seu próprio texto.
Sintaxe – esta dificuldade pode aparecer independentemente da dificuldade de
formulação. Ocorrem erros como omissão de palavras, ordem errada das palavras, uso
incorreto dos verbos e dos pronomes e falta de pontuação.
OMISSÕES:
- Omissões de palavras.
ADIÇÕES:
- Adições de palavras;
- inversões de palavras.
- substituição de letras que se diferenciam pela sua posição no espaço (d/p, p/q)
- substituição de letras semelhantes nas suas características visuais (m/n, o/a, i/j)
- escrita de palavras ou frases em espelho ainda que este tipo de erro, no grupo das
disortografias, seja muito escasso;
- confusão em palavras com fonemas que admitem dupla grafia (ch/x, s/z);
- confusão em palavras com fonemas que admitem duas grafias, em função das vogais
(/g/, /c/);
Letras irregulares
Letras deformadas
- Erros de Formas e Proporções: Limpeza do traçado
Adaptação afetiva
O porque de escrever igual - desinteresse
Ansiedade – crianças ansiosas porque não conseguem controlar o traçado das mãos
Tímida letra pequena
Extrovertida letra grande
OS 4 TIPOS DE DISGRAFIA
Falta de organização
Escrita irregular e instável
Prolongamento nos finais das palavras, acento e pontuação
Nota: Tanto as crianças canhotas como aquelas que ainda não apresentam dominância
definida estão sujeitas à disgrafia, se não forem devidamente orientadas sobre a postura do
corpo, a posição do papel e a preensão do lápis.
0-3 meses: Produção de sons (choro/consolo, gritos, barulhos); distingue sons familiares.
4 anos: Formulação sintática clara. Completa inteligibilidade é esperada aos 4 anos e 6 meses
(meninas em média um pouco antes) para a fonologia do português e do inglês.
COMPETÊNCIAS
Para que a capacidade da linguagem se estabeleça, o sujeito deverá adquirir as seguintes
competências, que dependem umas das outras:
• sensação: capacidade de sentir o som;
• perceção: capacidade pela qual se reconhece o som;
• elaboração: capacidade de reflexão sobre os sons percebidos;
• programação ou organização das respostas e articulação: capacidade de permitir a
emissão sonora que depende da articulação da fala.
discalculia visual – a criança não se lembra dos símbolos numéricos e, por isso, não
consegue escrevê-los.
discalculia auditiva – a criança não consegue recordar o número com rapidez. As
crianças com distúrbio de leitura, inclusive os disléxicos, apresentam dificuldade em ler o
enunciado dos problemas, mas podem ser capazes de realizar cálculos mentais quando as
questões são lidas em voz alta.
Perceção visual afeta tanto na leitura como na escrita, podendo ocorrer erros como:
troca 6 por 9
3 por 8
2 por 5
OS 6 SUBTIPOS DA DISCALCULIA:
1. DISCALCULIA VERBAL – dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os
termos, os símbolos e as relações.
ATUAÇÃO DO PROFESSOR
É muito importante o papel do professor, juntamente com a
família, no que diz respeito ao diagnóstico e acompanhamento de
crianças que apresentam problemas de aprendizagem específicos de
leitura, escrita ou aritmética.
Para poder identificar o problema e ajudar na reeducação da criança, o professor,
antes de mais nada, deve conhecer as dificuldades que ela enfrenta, evitando rótulos e
distinguindo seus comportamentos como oriundos de vários aspetos, entre eles o emocional,
o afetivo e o cognitivo.
Após uma análise criteriosa, o professor, juntamente com o conselho de turma,
encaminhará a criança para um tratamento específico para sua dificuldade de aprendizagem
específica.
Além do trabalho feito com a criança pelo especialista ao qual ela foi encaminhada,
cabe ainda ao professor realizar um atendimento individualizado, exigindo do aluno uma
participação de acordo com seus limites. Mais uma vez, o ponto crucial da resolução dos
problemas de aprendizagem fica restrito à relação professor-aluno.
SITES CONSULTADOS:
www.espsacoaprendizagem.info
www.appai.org.br- www.guiainfantil.com
http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=919