Frederico - Hidrologia
Frederico - Hidrologia
Frederico - Hidrologia
Balanço Hídrico
Universidade Licungo
Beira
2020
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Balanço Hídrico
Universidade Licungo
Beira
2020
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Índice
1.Introdução ...................................................................................................................... 5
2. Objectivos ..................................................................................................................... 6
3. Metodologia .................................................................................................................. 6
14. Infiltração.................................................................................................................. 19
1.Introdução
2. Objectivos
2.1. Objectivo geral
3. Metodologia
4. Fundamentação teórica
4.1. Clima
Além da energia solar, existem outros factores que impulsionam o ciclo hidrológico.
Para Tundisi (2003), estes factores são a força dos ventos, que transportam vapor
d'água para os continentes, a força da gravidade responsável pelos fenómenos da
precipitação, da infiltração e deslocamento das massas de água.
Importante componente do ciclo hidrológico, a precipitação é a água que, estando
presente em forma de vapor na atmosfera, precipita e atinge a superfície terrestre sob
diferentes formas: chuva, chuvisco, neve, geada, etc. Quando tratamos do território
brasileiro a forma mais importante de precipitação, em termos de frequência e volume, é
a chuva (PINTO, 1976; TUCCI, 1997).
Para o estudo da chuva faz-se necessária a sua medição e o correspondente registo, a
fim de se obter séries históricas de dados. A medição de chuva pode ser realizada por
meio de pluviômetros ou pluviógrafos. O pluviógrafo é o aparelho que regista
automaticamente a altura de chuva no decorrer do tempo, podendo ser digital ou
gráfico. O pluviômetro regista a altura total de chuva acumulada em um intervalo
de tempo e não opera automaticamente, sendo necessário que um operador realize as
leituras. O pluviômetro não é capaz de registar a evolução da chuva no decorrer do
tempo.
A precipitação que atinge o solo pode ser parcial ou totalmente infiltrada, sendo que a
taxa de água infiltrada depende da intensidade da precipitação e das propriedades do
solo. A água que não é infiltrada escoa superficialmente e é impulsionada por meio da
gravidade para as cotas mais baixas do terreno, até chegar a um rio ou directamente ao
oceano (TUCCI, 1997; CHANG, 2002).
A evaporação e a evapotranspiração correspondem ao processo de conversão da água
liquida em vapor e, posteriormente, seu transporte para a atmosfera. A transpiração da
vegetação e evaporação directa do solo e de superfícies de água são difíceis de
distinguir, por isso, Thornthwaite utilizou-se da expressão “Evapotranspiração” para
fazer referência a ocorrência simultânea dos dois eventos. A medida directa da
evapotranspiração é difícil e onerosa, e os equipamentos usualmente utilizados para tal
são os lisímetros. Entretanto, a medida da evaporação pode ser feita de maneira mais
simples, por meio de tanques abertos onde o nível de água pode ser medido com
precisão (BRUTSAERT,
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Algumas estações pluviométricas possuem falhas nas séries históricas, as quais foram
preenchidas quando possível. Falhas maiores que um mês não foram preenchidas, sendo
descartados os dados do mês correspondente, as demais foram preenchidas com a média
aritmética das estações próximas, como sugere Pinto (1976).
Após o preenchimento das possíveis falhas, foi realizada uma verificação de
homogeneidade dos dados por meio de gráficos com curva dupla acumulativa para cada
estação utilizada. Para tanto, plotouse um gráfico com o total de chuva média
acumulada de todas as estações no eixo das abscisas, e a média acumulada da estação
em questão no eixo das ordenadas. Os coeficientes de determinação (R²) das respectivas
linhas de tendência lineares calculadas para cada estação sugerem a ausência de
anormalidades nas séries, quando estes estão próximos do valor 1,00, ou existência de
anormalidades nas séries, quando os coeficientes possuem valores muito baixos.
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6. Espacialização de chuva
A avaliação dos métodos foi feita através da análise do erro relativo médio da raiz
quadrada (ERMRQ), calculado automaticamente para os métodos de krigagem e inverso
do quadrado da distância. Para os métodos de Thiessen e Spline, o erro para cada
estação foi estimado manualmente pelo método da validação cruzada, que consiste em
realizar a interpolação deletando uma estação e avaliando os resultados em respeito aos
valores medidos na estação em questão.
Os métodos geoestatísticos disponíveis na ferramenta de Análise Geoestatística
(geostatiscal analyst) do software ArcGIS (krigagem, cokrigagem e inverso do
quadrado da distância) calculam os erros apresentados pelo método da validação
cruzada automaticamente.
Para cálculo do balanço hídrico pelo método do Balanço Hídrico Sazonal, proposto por
Kan (2005), os dados foram organizados em planilhas e identificados os períodos de
recessão. Os períodos de recessão foram estimados considerando-se os mesmos critérios
propostos pela autora. Para obtenção de um número considerável de períodos de
recessão no período compreendido pelos dados disponíveis, optou-se por utilizar
períodos de recessão com mais de 10 dias.
O balanço hídrico nada mais é do que o computo das entradas e saídas de água de um
sistema. Várias escalas espaciais podem ser consideradas para se contabilizar o balanço
hídrico. Na escala macro, o “balanço hídrico” é o próprio “ciclo hidrológico”, cuja
resultado nos fornecerá a água disponível no sistema (no solo, rios, lagos, vegetação
húmida e oceanos), ou seja na biosfera.
Em uma escala intermediária, representada por uma micro-bacia hidrográfica, o balanço
hídrico resulta na vazão de água desse sistema. Para períodos em que a chuva é menor
do que a demanda atmosférica por vapor d´água, a vazão (Q) diminui, ao passo em que
nos períodos em que a chuva supera a demanda, Q aumenta.
Na escala local, no caso de uma cultura, o balanço hídrico tem por objectivo estabelecer
a variação de armazenamento e, consequentemente, a disponibilidade de água no solo.
Conhecendo-se qual a humidade do solo ou quanto de água este armazena é possível se
determinar se a cultura está sofrendo deficiência hídrica, a qual está intimamente ligada
aos níveis de rendimento dessa lavoura.
10. Aquífero
Aquífero é uma formação geológica do subsolo, constituída por rochas permeáveis, que
armazena água em seus poros ou fracturas. Outro conceito refere-se a aquífero como
sendo, somente, o material geológico capaz de servir de depositário e de transmissor da
água aí armazenada. Assim, uma litologia só será aquífera se, além de ter seus poros
saturados (cheios) de água, permitir a fácil transmissão da água armazenada.
Etimologicamente, aquífero significa: aqui = água; fero = transfere; ou do grego,
suporte de água (BORGUETTI et al., 2004).
como reservatório. A litologia decorre da sua origem geológica, que pode ser fluvial,
lacustre, eólica, glacial e aluvial (rochas sedimentares), vulcânica (rochas fracturadas) e
metamórfica (rochas calcáreas), determinando os diferentes tipos de aquíferos.
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Aquífero poroso ou sedimentar - é aquele constituído por rochas sedimentares
consolidadas, sedimentos inconsolidados ou solos arenosos, onde a circulação da água
se faz nos poros formados entre os grãos de areia, silte e argila de granulação variada.
Constituem os mais importantes aquíferos, pelo grande volume de água que armazenam,
e por sua ocorrência em grandes áreas. Esses aquíferos têm origem nas bacias
sedimentares e em todas as várzeas onde se acumularam sedimentos arenosos. Uma
peculiaridade desse tipo de aquífero é sua porosidade quase sempre homogeneamente
distribuída, permitindo que a água flua para qualquer direcção, em função tão somente
dos diferenciais de pressão hidrostática ali existente. Essa propriedade é conhecida
como isotropia (BORGUETTI et al., 2004).
11. Precipitação
13. Evapotranspiração
14. Infiltração
A água da chuva pode seguir várias direcções: uma parte cai directamente na superfície
do terreno, uma outra parte é interceptada pela copa das árvores, da qual uma parte
chega ao solo por gotejamento das folhas ou por escoamento de tronco (COELHO
NETO, 1995). Quando a água atinge a superfície do terreno, ela pode correr pela
superfície ou infiltrar no solo.
A infiltração pode ser definida como a passagem de água da superfície para o interior do
solo. Portanto é um processo que depende fundamentalmente da água disponível para
infiltrar, da natureza do solo, do estado da superfície e das quantidades de água e ar,
inicialmente presente no seu interior (TUCCI, 2007).
15. Geomorfologia
O relevo apresenta planícies fluviais –terrenos baixos e planos nas margens dos rios.
Também denominados de vales e tabuleiros costeiros –relevos planos de baixa
altitude,tambémdenominadosplanaltosrebaixados,formadosbasicamenteporargilas(barro
),localiza-sepróximoaolitoral, às vezes chegando ao litoral. O município possui menos
de100metros de altitude. (IDEMA, 2008).
16. Hidrologia
17. Conclusão
Concluindo, os valores das infiltrações mensal e anual encontrados nesse trabalho pelo
método 2, por serem positivos, maiores que zero, indicam que as bacias dos rios é uma
área de potencial recarga do aquífero Guarani. O mês de Julho é o período no qual, em
média, ocorreu a maior recarga potencial e Março a maior descarga do aquífero. As
metodologias adoptadas para a estimativa das recargas potenciais, mensais e anuais,
apenas dão uma ideia da recarga real do aquífero, pois elas não consideram a
interceptação da vegetação, as perdas por um e de cimento do solo, fatos esses que
tendem a superestimar os valores de recarga encontrados, porém o método da
evapotranspiração de Thornthwaite fornece como saída da sua equação a
evapotranspiração potencial que também superestima a real e como consequência
fornecerá um valor subestimado de recarga na equação de balanço hídrico.
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