1-Apostila Teórica de Metodologia Científica
1-Apostila Teórica de Metodologia Científica
1-Apostila Teórica de Metodologia Científica
Pesquisa
Material teórico
Epistemologia
Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Contextualização
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Cognoscente é o homem em processo de construção do conhecimento. (SILVA, 1998, p.29).
conhecimento que se adquire independentemente de estudos ou pesquisas, entendido como
sendo aquele que aborda os fatos sem lhes investigar as causas, sem recorrer à
fundamentação técnica, sistemática ou objetiva.
Também chamado de “vulgar”, “popular” e “empírico” é o
conhecimento do dia-a-dia, do cotidiano, da vida das pessoas (...) Faz
parte da tradição de uma comunidade e resulta de simples transmissão
de uma geração a outra. (BARBOSA, 2006, p. 45)
Tais características, entretanto, não devem fazer supor que este tipo de conhecimento
seja desprezível ou desprovido de significação. O senso comum:
Apesar do senso comum não poder ser desprezado, pois é a partir dele que o indivíduo
acumula conhecimento e experiências de vida, ele é muito subjetivo e pessoal. Uma opinião
pessoal não pode ser considerada como verdade, a menos que seja demonstrada
cientificamente.
Já os conhecimentos teológico (religioso) e filosófico são inexperimentáveis, pois
dependem do exercício do pensamento e advém da necessidade de transcendência que o
homem possui; é um exercício de pensar os acontecimentos além de suas aparências.
E é até bom que não seja assim, para que os conceitos e achados científicos sejam
exaustivamente testados, comprovados, reduzindo as margens de erros.
Toda essa polêmica, tratada aqui de maneira bastante ligeira, na medida em que
desafia o espírito humano e provoca divergências aparentemente inconciliáveis, é benéfica e
só tem estimulado o aprofundamento de questões ligadas à epistemologia e à filosofia da
ciência.
Conhecimento científico: o conhecimento científico, ao contrário do conhecimento
comum:
Por mais que a mensagem, ou a ciência seja "objetiva", não devemos esquecer que,
no momento exato em que a pessoa - o sujeito - toma consciência de sua existência, esta se
torna também, "subjetiva".
Cada ser possui sua própria visão de realidade, seu modo de guardar informações,
baseado em sua experiência de vida. Ou seja, todos os esforços buscando a objetividade e
caráter universal do conhecimento tornam-se nulos no momento em que atingem seu
objetivo, a divulgação. Isso ocorre, pois, milhares de pessoas com milhares de experiências
de vida diferentes irão criar interpretações pessoais das mais variadas categorias.
Assim, as verdades científicas são provisórias, pois são datadas, ou seja, com as
transformações sociais, políticas, econômicas e culturais nos diferentes contextos históricos, as
ciências se transformam e, consequentemente, as verdades também sofrem alterações.
Critérios de cientificidade
Um dos requisitos primordiais para um assunto ou fato estudado alcançar o estatuto da
ciência é a utilização de métodos científicos 2. O entendimento do método passou a ser
condição necessária ao estabelecimento de limites, na demarcação do que se considera
científico ou não.
2
Os diferentes métodos científicos serão estudados na Unidade Instrucional III.
Nos dias de hoje, muitas áreas da ciência se sobrepõem de tal forma que
estudiosos de áreas diferentes podem se dedicar a um mesmo tipo de
problema, com pontos de vistas distintas (OLIVEIRA, 1997, p.48).
• O que leva cientistas a considerar uma teoria melhor do que a outra, quando
ambas se propõem a explicar os mesmos fenômenos?
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O método é constituído por um conjunto de procedimentos que devem ser observados na busca do
conhecimento e transformação da realidade. Em resumo: “em seu sentido mais geral, o método é a
ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou um
resultado desejado” (CERVO; BERVIAN, 1996, p.23).
se submeter, necessariamente, à apreciação crítica da comunidade científica, após sua
imprescindível divulgação.
Essa busca do ser humano para achar solução para os seus problemas levou ao
desenvolvimento do conhecimento científico, que ajuda na solução dos problemas.
Paradoxalmente, muitos homens têm criado problemas no uso de muitas descobertas e
invenções. Mas é o mau uso que traz conseqüências indesejáveis. Certamente o bom uso das
descobertas e criações humanas traz bem-estar, saúde e conforto. Dê uma olhada ao seu
redor: a luz elétrica, o celular, o computador, o avião, a Internet, não são boas soluções?
Por meio desses métodos se obtêm enunciados, teorias, leis, que explicam as condições
que determinam a ocorrência dos fatos e dos fenômenos associados a um problema, sendo
possível fazer predições sobre esses fenômenos e construir um corpo de novos enunciados,
quiçá novas leis e teorias, fundamentados na verificação dessas predições, e na
correspondência desses enunciados com a realidade fenomenal.
A ciência se vale da crítica persistente que persegue a localização dos erros, por meio
de procedimentos rigorosos de testagem que a própria comunidade científica reavalia e
aperfeiçoa constantemente. Esse método crítico de constante identificação de dificuldades,
contradições e erros de uma teoria, garante à ciência uma confiabilidade.
O que se opõe ao espírito científico é o dogma 4, que bloqueia a crítica por se julgar
auto-suficiente e clarividente na sua compreensão do mundo, e acaba por impedir eventuais
correções e aperfeiçoamentos, muitas vezes induzindo ao erro, fraudes, ignorância e
comportamento intolerante. É, portanto, errôneo achar que a dogmatização de um
conhecimento é superior só porque é imutável.
Embora não se possam alcançar todas as respostas, o esforço por conhecer e a busca
da verdade continuam a ser as razões mais fortes da investigação científica.
4
Dogmas são doutrinas que nos são apresentadas como inquestionáveis e indiscutíveis.
Referências
GIL, A . C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1989.
SALONON, D. V. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
SEVERINO, A. Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21ª Ed. São Paulo: Cortez,
2000.
Anotações
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