Programas 2º Ciclo PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 283

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO


INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
(INDE)

Programas do
Ensino Primário
Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, Ciências
Sociais e Educação Física

2º Ciclo
(3ª, 4ª e 5ª Classes)

Julho de 2015
Prefácio
Caro Professor!

É com prazer que colocamos, nas suas mãos, os Programas do 2º Ciclo do Ensino Primário, das
disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, Ciências Sociais e Educação Física.

Os presentes Programas resultam da revisão pontual do Plano Curricular e dos respectivos Programas de
Ensino Básico introduzidos em 2004 com o objectivo de melhorar a qualidade do Ensino Primário em
Moçambique, traduzida no desempenho qualitativo dos alunos na literacia, numeracia e nas habilidades
para a vida.

Esperamos que estes Programas possam auxiliá-lo na execução da sua tarefa diária de proporcionar aos
alunos o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes, com vista a enfrentarem, de forma
adequada, os desafios que lhes são colocados no dia-a-dia - para que se tornem cidadãos participativos,
reflexivos e autónomos - contribuindo, deste modo, para a melhoria da sua vida, da vida da sua família,
da sua comunidade e do País.

É nossa pretensão, também, que os alunos sejam educados dentro do espírito patriótico, versado pela
preservação e desenvolvimento da cultura moçambicana, pela preservação da unidade nacional, pela
cultura de paz, pelo aprofundamento da democracia e respeito pelos direitos humanos.

Importa ainda salientar que os Programas são abertos e flexíveis, podendo ser adaptados à realidade dos
alunos e da escola.

Estamos certos de que os Programas serão um instrumento de base para as discussões pedagógicas na
sua escola, planificação de aulas, reflexão sobre a prática educativa, análise do material didáctico e
elaboração de projectos educativos, contribuindo para melhorar o seu desempenho profissional – que,
afinal, é um direito seu.

O Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano

Professor Doutor Luís Jorge Manuel António Ferrão


Ficha Técnica

Título original: Programas das Disciplinas do 2º Ciclo do Ensino Primário

Edição: INDE/Ministério da Educação e do Desenvolvimento Humano

Autor: INDE/MINED

Capa: INDE

Arranjo gráfico: INDE

Impressão:

Tiragem:

No. De Registo:
Índice

Introdução ....................................................................................................................................................... 5

Programa de Língua Portuguesa do 2º Ciclo ................................................................................................ 15

Visão Geral dos Conteúdos do 2º Ciclo da Disciplina de Língua Portuguesa .................................... 18

Porgrama de Língua Portuguesa 3ª Classe .......................................................................................... 33

Programa de Língua Portuguesa 4ª Classe ...........................................................................................47

Programa de Língua Portuguesa 5ª Classe ...........................................................................................64

Programa de Matemática 3º Ciclo .............................................................................................................. 100

Visão Geral dos Conteúdos do 2º Ciclo da Disciplina de Matemática ............................................. 103

Programa de Matemática 3ª Classe ....................................................................................................106

Programa de Matemática 4ª Classe ....................................................................................................127

Programa de Matemática 5ª Classe ................................................................................................... 154

Programa de Ciências Naturais 3º Ciclo ......................................................................................................187

Visão Geral dos Conteúdos do 2º Ciclo da Disciplina de Ciências Naturais ................................... 197

Programa de Ciências Naturais 4ª Classe .......................................................................................... 201

Programa de Ciências Naturais 5ª Classe .......................................................................................... 217

Programa de Ciências Sociais 3º Ciclo ........................................................................................................229

Visão Geral dos Conteúdos do 2º Ciclo da Disciplina de Ciências Sociais ...................................... 239

Programa de Ciências Sociais 4ª Classe ............................................................................................ 244

Programa de Ciências Sociais 5ª Classe .............................................................................................254

Programa de Educação Física 3º Cíclo ........................................................................................................268

Visão Geral dos Conteúdos do 2º Ciclo da Disciplina de Educação Física ...................................... 270

Programa de Educação Física 3ª Classe ............................................................................................ 272

Programa de Educação Física 4ª Classe ............................................................................................ 278

Programa de Educação Física 5ª Classe .............................................................................................281


Introdução

O Ensino Primário desempenha um papel importante no processo de socialização das crianças, na


aquisição de conhecimentos, habilidades e valores/atitudes fundamentais para o desenvolvimento
harmonioso da sua personalidade. Esta afirmação é também fundamentada por Seepe (1994), para
quem “as crianças de amanhã devem não só estar preparadas para se adaptarem ao mundo em
mudança, mas também devem preparar-se para criar novas mudanças em benefício da
humanidade”.

Em 2004, foi introduzido o Currículo do Ensino Básico, cujo objectivo principal era tornar o
ensino mais relevante, no sentido de responder às diferentes demandas socioculturais,
económicas e políticas, formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida,
da vida da sua família, da sua comunidade e do país, dentro do espírito da preservação da
unidade nacional, manutenção da paz e estabilidade nacional, aprofundamento da
democracia e respeito pelos direitos humanos, bem como da preservação da cultura
moçambicana.

Volvidos mais de dez anos da implementação do Currículo do Ensino Básico, os resultados da


avaliação no âmbito do SACMEQ (2007) e da Avaliação da implementação dos programas do 1º
e 2º ciclos do Ensino Básico (INDE, 2010) revelam que grande parte de alunos do Ensino
Primário termina o 1º ciclo sem saber ler nem escrever. Estas constatações levaram o Ministério
da Educação e Desenvolvimento Humano, através do Instituto Nacional do Desenvolvimento da
Educação, a desencadear o processo de revisão pontual do Plano Curricular e dos Programas de
Ensino, com vista a incrementar a qualidade de ensino.

A revisão pontual do Plano Curricular do Ensino Básico incidiu, essencialmente, sobre a:

• Alteração da designação do Plano Curricular do Ensino Básico (PCEB), passando a


designar-se Plano Curricular do Ensino Primário (PCEP).
• Alteração do Plano de Estudos, que compreendeu a redução do número de disciplinas
através da integração de competências e de conteúdos:
 1º ciclo: 1ª e 2ª classes, de 6 para 3 disciplinas;
 2º ciclo: 3ª classe, de 8 para 3 disciplinas, tomando a 3ª classe as características das
classes do 1º ciclo, sendo, por isso, uma classe de consolidação;
 4ª e 5ª classes, de 9 para 6 disciplinas;
 3º ciclo: 6ª e 7ª classes, de 11 para 9 disciplinas.

• Reorganização dos Programas das diferentes disciplinas:

 Integração de algumas disciplinas;

- No 1º ciclo, as competências das disciplinas de Educação Visual, Ofícios e


Educação Musical foram integradas nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática.
- No 2º ciclo, a 3ª classe apresenta as mesmas características das classes do 1º
ciclo, sendo a classe de consolidação das competências de leitura e escrita
iniciais e numeracia.
- Na 4ª e 5ª classes, as competências das disciplinas de Educação Visual, Ofícios
e Educação Musical foram integradas nas disciplinas de Língua Portuguesa,
Ciências Sociais, Matemática e Ciências Naturais.

 Elaboração das competências por ciclos e respectivas evidências de desempenho;

 Especificação da carga horária;

 Reorganização dos tempos lectivos, de forma a permitir que os alunos possam


adquirir, desenvolver e consolidar a literacia e a numeracia no Ensino Primário.

6
Guia de Leitura
Os Programas do Ensino Primário revistos enquadram-se nos princípios básicos que nortearam a
transformação curricular do Ensino Básico, especificamente:

 A concepção da escola como agente de transformação, e não apenas como meio de


transmissão de conhecimentos;
 O reconhecimento da necessidade de formação integral da personalidade, o que leva a
que as diferentes disciplinas sejam abordadas em uma perspectiva integrada;
 Exigência de Programas flexíveis facilmente adaptáveis à realidade: características locais,
pontos de partida e ritmos de aprendizagem diversificados e;
 O predomínio dos aspectos relativos ao desenvolvimento das capacidades de análise,
síntese e ao estímulo da criatividade, da livre crítica, do sentido de responsabilidade e da
capacidade de integração em grupo.
Com estes Programas do Ensino Primário, pretende-se tornar o ensino relevante , de modo a
responder às reais necessidades do aluno e da sociedade moçambicana. Esta relevância
fundamenta-se na percepção de que a Educação é fundamental para o desenvolvimento do
capital humano e, por conseguinte, deve ter em conta a diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, para que se torne um factor por excelência de coesão social e não de exclusão, formando
cidadãos capazes de se integrarem na vida, aplicando os conhecimentos adquiridos em benefício
próprio e da comunidade.

Neste contexto, os Programas do Ensino Primário são uma fonte de estudo e de orientação dos
professores para o desenvolvimento de um ensino de qualidade, um ensino que permite que os
alunos desenvolvam as competências determinadas nos diferentes ciclos de aprendizagem e as
utilizem para a resolução dos diferentes problemas do dia-a-dia, da sua comunidade, distrito,
província, país, bem como para responder aos desafios da globalização.

7
I - Estrutura dos Programas
Os Programas de Ensino Primário apresentam:
a) A Introdução
b) O Plano Temático (com indicação da unidade temática, os objectivos específicos, os
conteúdos, as competências parciais e a carga horária)
c) As Sugestões Metodológicas
d) A Avaliação

a) Introdução
Na introdução, faz-se uma descrição dos propósitos e significado do Programa, a filosofia que
está por detrás da sua concepção e as principais alterações em relação ao Programa anterior.

b) Plano temático
Para a orientação do professor, apresentamos uma grelha que ajudará a mediar o processo de
ensino-aprendizagem. Apresentamos também orientações para a utilização do plano temático.
Eis a seguir o esquema desse plano:
Unidade Objectivos específicos Conteúdos Competências Parciais Carga
Temática O aluno deve ser capaz de: O aluno: Horária

 A primeira coluna do plano temático apresenta a unidade temática a ser abordada em cada
fase. Para abordar a unidade temática, o professor deverá fazer a leitura completa de toda a
linha, para ter uma ideia global sobre o tratamento da matéria proposta.
 Na 2ª coluna, são apresentados os objectivos especificos. O professor tomará os objectivos
específicos definidos para cada tema como metas a atingir durante e no fim do processo de
ensino-aprendizagem. Cada professor poderá desdobrar os objectivos específicos se o
processo de condução das aulas assim o exigir.
 Na 3ª coluna, são apresentados os conteúdos que indicam ao professor as matérias e noções
concretas que devem ser abordadas em cada tema. É necessário verificar, para cada tema, a
relação dos conteúdos propostos com os propostos nas outras disciplinas curriculares, para
estabelecer a ligação conveniente.
 Na 4ª coluna, temos as competências parciais que indicam os principais estágios de
8
aprendizagem atingidos pelo aluno em um determinado tema. As competências parciais
referem-se a estágios de conhecimentos, habilidades, valores e atitudes atingidos pelo aluno
no processo de ensino-aprendizagem.
 A 5ª coluna apresenta a carga horária. Apesar de servir de indicativo para o professor, esta
carga horária não deverá ser tomada como tempo rígido de abordagem da unidade temática.
O professor deverá ser flexível em relação à carga horária, podendo compensar as perdas e
ganhos de tempo entre os diferentes conteúdos. Cabe ao professor fazer a planificação
analítica das aulas, com base no plano temático e no ritmo de aprendizagem da turma.
o A carga horária aqui apresentada corresponde a 80% da carga horária total, pois, os
restantes 20% estão reservados para o Currículo Local.

c) Sugestões Metodológicas
Depois do plano temático, são apresentadas as Sugestões Metodológicas que o professor
poderá usar ou adaptar em função das necessidades de aprendizagem dos alunos, de modo a
desenvolverem as competências definidas para o fim de aprendizagem de cada tema. Nas
Sugestões Metodológicas, por vezes, são apresentadas algumas estratégias de abordagem
metodológica de alguns assuntos. Essas estratégias não são “receitas” para o professor
cumprir mecanicamente; trata-se de sugestões que podem ser úteis para a sua actividade,
como facilitador do processo de ensino e aprendizagem.

d) Avaliação
Abordam-se as estratégias e procedimentos de avaliação, incluindo os critérios de
Progressão por Ciclos de Aprendizagem, tendo em conta que a avaliação faz parte do
processo de ensino-aprendizagem. É o meio que permite verificar se os resultados das
actividades desenvolvidas pelos alunos correspondem às competências preconizadas no
Programa de Ensino.

9
II - Currículo Local
O que é Currículo Local?
O Currículo Local (CL), é uma componente do currículo nacional correspondente a 20% do
total do tempo previsto para a leccionação de cada Disciplina. Esta componente é constituída
por conteúdos definidos localmente como sendo relevantes, para a integração da criança na
sua comunidade.

Qual é o espaço que se considera local?


É o espaço onde se situa a escola que pode ser alargado até à Zip, distrito e mesmo província.

Quem define os conteúdos relevantes a nível local?


A definição dos conteúdos relevantes, a nível local, é feita por todos os intervenientes na
educação da criança, isto é, todos os elementos que fazem parte da comunidade onde se situa
a escola, nomeadamente:
• Professores;
• Alunos;
• Encarregados de educação;
• Líderes e autoridades locais;
• Representantes das diferentes instituições afins;
• Organizações comunitárias.

Este processo é coordenado pela Direcção da Escola e pelo Conselho de Pais a quem cabe a
planificação das actividades que culminarão com elaboração de um Programa do CL para a
escola. Estas acções incluem a realização de encontros com as comunidades para a recolha de
informação que deverá ser sistematizada pelos professores obtendo assim o conjunto de con
teúdos do CL a serem leccionados na escola.
Nesta fase cabe aos professores enquadrar os conteúdos nas diferentes classes e disciplinas
(na respectiva área temática) de forma lógica e coerente, tendo em conta o nível dos alunos.

10
Como é feita a integração de conteúdos definidos localmente?
Após a elaboração do Programa do Currículo Local para a escola, segue-se a fase de
integração nos Programas de cada disciplina, que é feita de duas formas:
a) aprofundamento de conteúdos já previstos no Programa;
b) inserção de novos conteúdos de interesse local, no Programa de ensino.

Caso haja conteúdos de interesse local que o professor não domine, este, em coordenação
com a Direcção Pedagógica e do Conselho de Pais da sua escola, poderá solicitar a
colaboração de pais, encarregados de educação ou outros membros da comunidade para a sua
leccionação.

Avaliação
Sendo o CL uma componente do Currículo Nacional, a sua avaliação poderá ser feita de
forma integrada, isto é, algumas questões relativas ao CL poderão ser integradas nas
diferentes avaliações previstas.

11
III - Competências do Ensino Primário e Evidências de Desempenho
A reforma do sistema educacional em Moçambique remete-nos para uma nova abordagem por
competências e evidênciasde desempenho. A competência é definida como “evidência de
conhecimentos, habilidades e atitudes na realialização de uma actividade, tarefa ou função ou a
forma de encarar com sucesso qualquer situação. A competência manifesta-se, portanto é
observável.

Evidênciasde desempenho são factos observáveis que permitem medir ou avaliar o nível de alcance
ou do desenvolvimento das competências.

1. Competências do Ensino Primário


a) Comunica claramente em Língua Portuguesa (usando frases complexas
coordenadas e subordinadas), tanto na oralidade como na escrita;
b) Comunica em Língua Inglesa, no nível elementar;
c) Comunica, através da arte, de forma criativa;
d) Demonstra o gosto pela leitura de obras diversas;
e) Resolve problemas elementares de aritmética e geometria em diferentes situações
da vida real;
f) Age, de forma crítica e autónoma, em diversas situações da vida;
g) Valoriza a sua cultura através da língua, tradições e padrões de comportamento;
h) Manifesta atitudes de amor e orgulho pela pátria moçambicana e unidade nacional;
i) Manifesta atitudes de preservação da paz;
j) Reconhece os direitos e deveres da criança;
k) Interpreta os fenómenos naturais, usando conhecimentos científicos para o bem-
estar pessoal e colectivo.

12
2. Competências do 2º ciclo do Ensino Primário e respectivas Evidências de Desempenho

Tabela1: Competências e Evidências de Desempenho do 2º Ciclo do Ensino Primário

Competências Evidências de desempenho


Exprime-se, oralmente, adequando a  Responde a mensagens orais relacionadas com
língua portuguesa a diferentes situações situações diversas do quotidiano;
correntes de comunicação.  Produz mensagens orais - com sequência lógica,
pronúncia correcta, vocabulário relacionado com
as áreas temáticas em estudo - adequando-as a
situações correntes de comunicação.
Lê textos de natureza diversa, em letra  Lê textos (de 10 a 15 frases), com tom de voz
de imprensa. audível, pronunciando correctamente as palavras e
respeitando os sinais de pontuação e acentuação.
Interpreta, localizando informação  Responde, oralmente ou por escrito, a
explícita em diferentes partes do texto. questionários de interpretação de textos lidos, ou
ouvidos;

 Reconta, oralmente e por escrito, histórias lidas ou


ouvidas, tendo em conta a sequência lógica do
texto original, usando as suas próprias palavras e
vocabulário adequado.
Escreve textos, aplicando regras de  Escreve textos (de 5 a 10 frases), em letra cursiva e
organização e funcionamento da língua. caligrafia legível, obedecendo a uma sequência
lógica, correcção ortográfica e regras de pontuação
(ponto final, vírgula, ponto de interrogação, ponto
de exclamação e dois pontos).
Resolve problemas em diferentes
 Conta os números naturais de forma crescente e
situações da vida real, usando números
decrescente, até 1000;
até 1000.
 Ordena os números naturais, em situações concretas
e abstractas, até 1000;
 Efectua operações de adição, subtracção e
multiplicação de números naturais, em situações
concretas da vida, até 1000;
 Mede comprimentos, superfícies, capacidades,
volumes de objectos reais (figuras e sólidos
geométricos), até 1000;
 Calcula áreas e volumes, a partir da medição de
objectos reais (figuras e sólidos geométricos);
 Compara capacidade e volume de objectos (sólidos
geométricos) de uso quotidiano, através do
manuseamento dos recipientes e líquidos.

13
Explica os diferentes fenómenos da  Identifica a ocorrência de fenómenos da natureza;
natureza.  Reconhece causas que originam fenómenos da
natureza (nuvens, chuva, seca, frio, calor);
 Toma medidas de prevenção antes, durante e
depois da ocorrência de um desastre natural.
Descreve os aparelhos digestivo e  Explica as funções dos aparelhos digestivo e
respiratório do organismo e suas respiratório.
funções.
 Reconhece o valor da dieta alimentar.
Identifica diferentes tipos de alimentos.
 Reconstrói a sua história e da comunidade onde
Reconhece factos e processos históricos vive;
de Moçambique, no tempo e espaço,  Reconstrói a história da Luta de Libertação
desde as comunidades primitivas até à Nacional.
Independência.
 Respeita os símbolos da Pátria, os Órgãos de
Reconhece os símbolos da Pátria, os Soberania, os feriados nacionais e os Heróis
feriados nacionais e os Heróis Moçambicanos.
Moçambicanos.
 Distingue o desenho da pintura e fotografia;
Cria composições plásticas lúdicas,  Utiliza elementos definidores da forma, ponto,
bidimensionais (planas) e linha, plano, luz, cor e textura;
tridimensionais (com volume).  Representa a cabeça da figura humana em perfil e
o corpo frontal, para exprimir movimento,
característica da fase do desenvolvimento gráfico
da sua faixa etária.

 Pratica jogos rítmicos populares;


Expressa-se musicalmente, através do  Interpreta (pratica) danças;
ritmo e do canto.  Interpreta canções infantis.
 Pratica exercícios de orientação espacial;
Pratica exercícios físicos.  Executa exercícios contínuos sem aparelhos, até 32
tempos;
 Executa exercícios segmentares (exercícios para
braços, pernas e tronco).
Pratica actividades etnoculturais (jogos  Pratica jogos e danças tradicionais.
e danças tradicionais).

14
Programa de Língua Portuguesa

2º Ciclo

15
1. INTRODUÇÃO
O presente Programa revisto destina-se ao ensino monolingue do Português, mantendo-se
a perspectiva de L2, em conformidade com o Sistema Nacional de Educação (SNE). Nesta
modalidade, a língua de ensino é o Português.

O êxito da implementação deste Programa depende de uma preparação adequada do


professor, para o gerir, na perspectiva de ensino de Português como L2, usando
metodologias apropriadas para diferentes situações de aprendizagem. Assim, o professor
poderá implementar o Programa, ajustar as estratégias de ensino, de modo a satisfazer as
necessidades comunicativas dos alunos que têm o Português como L2 ou L1.

O Programa de Língua Portuguesa guia-se pelos princípios pedagógicos culturalmente


sensíveis, orientados para a comunicação funcional.

À luz destes princípios, espera-se que o ensino acomode e potencie a vivência cultural e,
no caso específico da língua, a experiência linguística que a criança traz de casa. Deste
modo, a aula de língua deve ser um espaço em que, com o auxílio do professor, a criança
adquira “ferramentas” que lhe permitam organizar e usar a língua, de acordo com as suas
necessidades comunicativas.

No presente Programa, pretende-se, com as competências do Ensino Primário, clarificar e


aprofundar o âmbito da abordagem da língua, começando pela realidade mais próxima do
aluno (família, escola e comunidade).

O Programa está organizado em unidades temáticas, tais como: família, escola,


comunidade, ambiente, corpo humano, saúde e higiene e outras, que percorrem todas as
classes do Ensino Primário, diferindo apenas na extensão e profundidade do tratamento.
As competências parciais foram definidas em função dos novos estágios do saber, saber fazer,
saber ser e saber estar, que o aluno deve alcançar, como resultado do processo de ensino-
aprendizagem. No geral, as competências foram clarificadas e condensadas, de modo a torná-las
precisas, observáveis e mensuráveis;
16
Deste modo, as estratégias de ensino devem basear-se numa metodologia que torne o
processo de ensino-aprendizagem agradável, divertido e útil, dando uma grande relevância
à interacção professor/aluno, aluno/aluno, aluno/comunidade. Esta forma de abordagem
proporciona aos alunos a possibilidade de ouvir, falar, ler e escrever, tendo em conta que
só se aprende a ouvir, ouvindo; a falar, falando; a ler, lendo e a escrever, escrevendo.

O presente Programa de Língua Portuguesa apresenta uma alteração da carga horária.


O acréscimo efectuado servirá, por um lado, para abordar as competências integradas e,
por outro, permitirá maior espaço para aprofundar e consolidar a oralidade, a leitura e a
escrita.

17
Visão Geral dos Conteúdos do 2º Ciclo
3ª Classe 4ª Classe 5ª Classe
Unidade Conteúdos CH Conteúdos CH Conteúdos CH
Temática Habilidades: Ouvir, falar, ler Habilidades: Ouvir, falar, ler e Habilidades: Ouvir, falar, ler e
e escrever escrever escrever
 A minha história Conversa directa
(Revisão do 1º ciclo)  Princípios de cortesia Conversa directa: telefonema
 Tipo de linguagem:
 Membros da família Tema transversal: Normas de - discurso directo
- As relações de parentesco convivência entre os membros da - formas características da
entre os membros da família linguagem oral
família Funcionamento da Língua - interjeições
- Formas de tratamento  Princípios de cortesia:
- Actividades dos membros - ouvir os outros;
da família - esperar a sua vez;
- respeitar o tema;
 Relato de rotinas - acrescentar informação
- Expressões relacionadas com 4 tempos pertinente. 20
os momentos do dia/tempo: tempos
38
- Expressões para indicar a Tema transversal: Direitos e
FAMÍLIA ordem: tempos deveres dos membros da família

Funcionamento da Língua
 Verbo “ser” e “estar “ no
presente, pretérito perfeito
do indicativo e futuro
perifrástico.

 Histórias, fábulas: Textos descritivos Funcionamento da língua


- Personagens Vocabulário:  Sinonímia
- Características físicas das - tipos de casa  Flexão dos nomes em género e
personagens - materiais de construção de casas número (sistematização)
- Localização da acção no - divisões da casa. Diário
tempo e no espaço  Cópia Funcionamento da língua
 Ditado - Advérbios de tempo
 Cópia  Redacção - (ontem, hoje, amanhã, quando,
 Ditado logo, antes, agora, depois, cedo,

18
 Redacção Tema transversal: Normas de tarde, mais logo)
higiene da casa Texto narrativo: Histórias
Tema Transversal: Regras de -Elementos da narrativa (autor,
convivência na família personagem, espaço, tempo e acção)
(amizade e ajuda mútua) - Moral da história.

Tema transversal: Normas de


 Expressões para formular Diário convivência familiar
pedidos de 39  Cópia
permissão  Ditado Funcionamento da língua
 Expressões para aceitar ou tempos  Redacção  Graus dos nomes: aumentativo e
46
recusar pedidos de  Expressões relacionadas com a diminutivo (sistematização)
tempos
permissão frequência dos acontecimentos 28  Sinais de pontuação
tempos  Períodos e parágrafos
Texto descritivo Funcionamento da Língua
 A casa: - Nomes comuns
- Materiais de construção - Flexão dos nomes comuns em
- Profissões relacionadas género e número
com a construção de uma - Adjectivos qualificativos
casa
 Cópia 52
 Ditado tempos
 Redacção
Textos Narrativos: Histórias e
Tema transversal: Regras de fábulas
Conservação da casa - Elementos da narrativa (autor,
personagens, espaço e tempo)
Funcionamento da língua: - Moral da história.
- Família de palavras  Cópia
relacionadas com “casa”:  Ditado
casinha, casarão, casota  Redacção
- Sinonímia
Sílaba: divisão silábica Tema transversal: honestidade, 32
amabilidade e simplicidade tempos
Funcionamento da língua
Sinonímia e antonímia
• Nomes
- Nomes próprios

19
- flexão em género dos nomes
terminados em ão
 O verbo
- O modo indicativo
Textos Normativos 40
Tema Transversal: Direitos da
tempos
criança a nível da família
Funcionamento da Língua
• Determinantes
- os artigos definidos (o, a, os, as)
 Nomes abstractos
Mensagens curtas
 Redacção
Carta familiar
- Estrutura da carta
 Cópia
 Ditado
 Redacção
Funcionamento da língua
- Pronomes pessoais
- Artigos indefinidos
Formas de tratamento nos
cumprimentos e saudações
Entrevista 34
 Organização do texto
tempos
- Título
- Tópicos
- Introdução
- Apresentação do entrevistado
- Apresentação do assunto
- Perguntas do entrevistador
- Respostas do entrevistado
- Conclusão.
Funcionamento da Língua
- Sinonímia e antonímia
- Tipo de frase interrogativa
- Tipo de linguagem: discurso
directo e indirecto

20
3ª Classe 4ª Classe 5ª Classe
Unidade Conteúdos CH Conteúdos CH Conteúdos CH
Temática Habilidades: Ouvir, Habilidades: Ouvir, falar, Habilidades: Ouvir, falar, ler e
falar, ler e escrever ler e escrever escrever
Textos Narrativos Aviso  Textos Didácticos
- O assunto principal - Estrutura do aviso  Debate
do texto Funcionamento da língua
- Personagens • A frase simples Tema transversal: A escola e sua
- constituintes da frase: importância
 Cópia Grupo Nominal e Grupo
 Ditado Verbal
 Redacção

Tema transversal: Regras


de conduta na escola:
Ajuda
mútua/solidariedade/
respeito/assiduidade, 53 37 tempos 28
ESCOLA pontualidade.
stempos tempos
Funcionamento da
Língua
 Antonímia
 Sinais de pontuação
(ponto final de
interrogação e
de exclamação)
 Uso da letra
maiúscula:
- Início das frases
- Depois de um ponto
- Nos nomes próprios
 Relato de Textos Narrativos  Expressões para criticar:
acontecimentos - Elementos da narrativa  Expressões para dar sugestões:
 Elementos a (autor, personagens, espaço
considerar na e tempo)
produção de relatos: - Reconto

21
- O quê?  Cópia
- quem?  Ditado
- Onde?  Redacção
- Quando?
 Cópia Temas transversais:
 Ditado Normas de convivência
 Redacção 28 escolar (Respeito mútuo
 Tema transversal: tempos entre colegas; Resolução
datas festivas e não violenta de conflitos)
comemorativas
Funcionamento da
Língua:
 Frase interrogativa
Introdutores
interrogativos
- Que...?
- O que...?
- O que é que...?
- Quem...?
- Qual...?
- Como é que...?
Bilhetes Funcionamento da Funcionamento da Língua
 Assunto principal Língua Constituintes da frase
 Estrutura do bilhete - Adjectivos: Flexão em  Grupo nominal e grupo verbal
 Cópia género e número (sistematização).
 Ditado - Função sintáctica dos Função sintáctica dos elementos do
 Redacção. elementos essenciais da grupo verbal (GV): predicado,
frase: sujeito e predicado complementos directo e indirecto.

Funcionamento da Instruções Relato de acontecimentos


língua: - Vocabulário:
17 tempos  Elementos a considerar na produção 33
 Vocabulário - vai sempre em de relatos:
35
relacionado com o frente, - O quê/quem? tempos
tema escola tempos - vira à esquerda, - Onde?
 Tempos verbais: - vira à direita, - Quando?
 - Verbo ir, estudar e  Expressões para dar - Como?
escrever no: sugestões  Cópia
 - presente  Expressões para aceitar  Ditado

22
 - passado ou recusar sugestões  Redacção
(pretérito perfeito)  Expressões para propor
 - futuro alternativas
Preposições (para, e, Funcionamento da
com) Língua
- Modo verbal imperativo Funcionamento da Língua
- Preposições (a, até, com,  Tempos verbais:
em, entre, de, desde, para) - presente e futuro do indicativo;
- Pronomes demonstrativos. - passado (pretérito perfeito,
imperfeito e mais que perfeito
do indicativo).
Textos poéticos Descrição de espaços e  Entrevista
 Cópia ambientes   Redacção
 Ditado - Instituições públicas da
Temas transversais: sua Comunidade Tema transversal: Manifestações
Símbolos nacionais: - Vocabulário sobre culturais da comunidade (danças,
- Hino Nacional profissões canções, jogos, pratos típicos, etc.)
- Presidente da  Cópia
República.  Ditado
 Redacção

Textos didácticos Textos Narrativos Funcionamento da língua


 Os serviços sociais (Literatura infantil e da
(escola, hospital/posto tradição popular)  Expansão da frase: complementos
de 52 - Elementos da narrativa 30 tempos circunstancial de lugar, de tempo, de 30
saúde, posto policial,  Cópia modo e de companhia.
tempos tempos
etc.);  Ditado  Discurso directo e indirecto
 Profissões  Redacção
 Cópia
COMUNIDADE
 Ditado Tema transversal: Datas
 Redacção festivas e comemorativas.
Tema Transversal:
Regras de convivência
comunitária
Funcionamento da
língua:
 Vocabulário
relacionado com o

23
tema comunidade
 Família de palavras;
 Antonímia
Verbo “vir” no presente,
pretérito perfeito do
indicativo e futuro
perifrástico.
Convite: Funcionamento da Língua
 Expressões para - Preposições: durante, por,
criticar perante, sob, sobre, trás)
 Expressões para - Contracção de preposições
elogiar (no, na, nos, nas, pelo, pela,
 Expressões para pelos, pelas)
pedir ajuda

 Ortografia: 18 Textos Poéticos 24 tempos


- O “o” com valor  Cópia
“u” tempos  Ditado
- O “e” com valor de  Redacção
“i” Tema transversal: Os
- Uso da letra símbolos nacionais:
maiúscula bandeira (cores e
significado); o emblema
(significado das
componentes)
Funcionamento da língua
- Sinonímia e antonímia
- Verbos irregulares (ser,
estar, dar, ter, ler)

24
3ª Classe 4ª Classe 5ª Classe
Unidade Conteúdos CH Conteúdos CH Conteúdos CH
Temática Habilidades: Ouvir, falar, Habilidades: Ouvir, falar, ler e Habilidades: Ouvir, falar, ler e
ler e escrever escrever escrever
Textos poéticos Textos Narrativos Textos Narrativos: Histórias
 Elementos da narrativa: - O assunto principal do texto
 Cópia - o narrador - Autor
 Ditado - as personagens - Personagens
- as acções. - Localização da acção no tempo
Tema transversal: Animais  Cópia e no espaço
domésticos e selvagens  Ditado - Moral da história
 Redacção  Cópia
- Os sinais de pontuação (revisão)  Ditado
Funcionamento da língua: - Onomatopeias  Esquema
 Debate
 Verbos fazer e dar no Tema transversal:  Redacção
60 35 55
presente, pretérito perfeito - Os animais (animais domésticos e
tempos
AMBIENTE e futuro tempos selvagens, importância dos animais) Tema transversal: Preservação do tempos
 Nomes: próprios e comuns ambiente

Textos didácticos Funcionamento da língua


 Cópia - Nomes colectivos Funcionamento da língua
 Ditado - Advérbios de lugar (perto, longe,  Artigos definidos e indefinidos
onde, aonde)
Tema transversal: Plantas - Expansão do grupo verbal (GV)  Adjectivos
com advérbios de lugar - Flexão em
Funcionamento da Língua género/número/grau
 Formas de frases:
afirmativa e negativa
Conversa directa Textos Poéticos
 Expressões sobre o estado - Versos
do tempo - Rima
 Cópia 15
Funcionamento da língua:  Ditado tempos
 Verbos estar no presente, Tema transversal:
passado e futuro - As Plantas (importância das
 Artigos indefinidos: plantas)

25
- algum/alguma
- algum/ninguém
- tudo/nada

Banda Desenhada (BD) Textos didácticos


Tema transversal: Formas de
 Redacção conservação e tratamento da água
Funcionamento da língua
- Sinonímia e antonímia
Tema transversal: Prevenção 39 - Família de palavras
de acidentes tempos  Tempos verbais:
- presente
Funcionamento da língua: - pretérito
 Vocabulário relacionado - futuro 15
com o tema Ambiente tempos
 Família de palavras
 Sinonímia
 Antonímia
 Concordância dos
elementos na frase
- Flexão dos nomes em
género
- Flexão dos nomes em
número

26
3ª Classe 4ª Classe 5ª Classe
Unidade Conteúdos CH Conteúdos CH Conteúdos CH
Temática Habilidades: Ouvir, falar, ler e
escrever
Textos Narrativos Textos didácticos  Descrição
- Personagens Tema transversal: Higiene e
- Características físicas das conservação do vestuário Tema transversal: Regras de
personagens higiene corporal
 Cópia Funcionamento da língua
 Ditado • A frase simples Funcionamento da língua
 Reconto - constituintes da frase: Grupo  Adjectivos
CORPO  Redacção Nominal e Grupo Verbal  Preposições (após, sob,
HUMANO  Dramatização perante, contra)
Tema Transversal: Respeito e 57 tempos 18  Contracções (à, às, ao, aos). 33
solidariedade para com indivíduos tempos tempos
com necessidades especiais.

Funcionamento da lingua:
 Vocabulário relacionado com o
tema
 Família de palavras
 Sinonímia
 Antonímia
 Palavras com "m" e "n";
 Verbo “falar” e “comer” no
presente,
passado e futuro;
 Noção de qualidade
[Adjectivos].

27
3ª Classe 4ª Classe 5ª Classe
Conteúdos CH Conteúdos CH Conteúdos CH
Unidade
Habilidades: Ouvir, falar, ler e Habilidades: Ouvir, falar, ler e
Temática
escrever escrever
Textos didácticos Cartazes  Textos didácticos
 Cópia
 Ditado Tema transversal: Cuidados Tema transversal: Prevenção de
 Redacção 22 tempos a ter com os alimentos 18 doenças 40
tempos tempos
SAÚDE E Tema transversal: Formas de Funcionamento da língua  Cópia
HIGIENE Prevenção de doenças  Família de palavras  Ditado
Textos didácticos  Pronomes possessivos  Relato
 Cópia Flexão dos pronomes em  Cartazes
 Ditado género e número.
 Redacção
Funcionamento da Língua
Tema Transversal: Prevenção de
acidentes  Tipos de frases: declarativo e
(Cuidados a ter com produtos exclamativo
tóxicos inflamáveis (ex: petróleo);  Pronomes demonstrativos:
medicamentos e insecticidas; isto, isso, aquilo
objectos estranhos (minas);
objectos cortantes (ex: facas,
lâminas); fogo, água quente;
tomadas e fichas; objectos 35 tempos
pirotécnicos (paixão).

Funcionamento da língua
 Formas de frases: afirmativas e
negativas
 Verbo limpar e lavar no
presente, passado e futuro
 Concordância do adjectivo em
género e número.

28
3ª Classe 4ª Classe 5ª Classe
Unidade Temática Conteúdos Conteúdos CH Conteúdos CH
Habilidades: Ouvir, falar, CH Habilidades: Ouvir, falar, Habilidades: Ouvir, falar, ler e
ler e escrever ler e escrever escrever
Textos didácticos Textos Narrativos Textos Narrativos
 Cópia  Elementos da narrativa: o - Elementos da narrativa (autor,
 Ditado autor; as personagens; o personagem, espaço, tempo,
 Redacção espaço; o tempo; as acções. acção)
MEIOS DE Vocabulário: - Moral da história
TRANSPORTE E - Tipos de transporte  Cópia
VIAS DE (terrestre, marítimo e aéreo)  Ditado
COMUNICAÇÃO Tema transversal:  Cópia  Redacção
Meios de transporte e vias  Ditado
33
de comunicação
tempos  Redacção Tema transversal: Normas de
Tema transversal: 28 segurança rodoviária 70
Importância dos Meios de
Funcionamento da Língua Transporte tempos  Transportes e vias de tempos
- Advérbios de lugar: aqui, Funcionamento da Língua: circulação
ali, lá - Onomatopeias  Elementos da comunicação :
- Família de palavras emissor, receptor,
-Advérbios de tempo mensagem e canal
- Expansão de frases com  Função da comunicação
advérbios de tempo.  Jornal de turma
Cartazes Textos descritivos 12
 Regras de trânsito tempos
 Descrição de trajectos. Tema Transversal: Regrase Funcionamento da língua
 Advérbios de tempo, lugar,
Sinais de Trânsito
Funcionamento da língua modo, negação e dúvida
 Verbo “andar” no: 24 extos didácticos 12  pronomes pessoais em forma
tempos - Os meios de comunicação tempos de complemento directo e
- presente - A importância dos meios de indirecto
comunicação
- pretérito perfeito  Cópia
 Ditado
- futuro Textos de comunicação 31
familiar tempos

29
Carta
Postal
 Cópia
 Ditado
 Redacção
Funcionamento da língua
- Advérbios de modo
- Expansão de frases com
advérbios de tempo.

30
3ª Classe 4ª Classe 5ª Classe
Unidade Conteúdos CH Conteúdos CH Conteúdos CH
Temática Habilidades: Ouvir, falar, ler Habilidades: Ouvir, falar, ler Habilidades: Ouvir, falar, ler e
e escrever e escrever escrever
Instruções : - Mapa da  Texto poético
Província Estrutura:
Poemas - Verso
- Estrutura: verso, estrofe, - Estrofe
A NOSSA rima - Rima 
38 36
PROVÍNCIA  Cópia  Cópia
 Ditado tempos  Redacção tempos
 Redacção
 Expressões para localização
Tema transversal: As de lugares (norte, sul,
Riquezas da Província centro)
Textos narrativos
 Elementos da narrativa: o Tema transversal: Aspectos
autor, as personagens, o históricos, económicos e
espaço, o tempo, as acções. culturais da província
Textos poéticos
Estrutura:
- Verso Funcionamento da língua
- Estrofe
- Rima   Sinonímia
Tema transversal  Pronomes possessivos
- A vida no tempo colonial
Funcionamento da língua
- Advérbios de negação

31
3ª Classe 4ª Classe 5ª Classe
Unidade Conteúdos CH Conteúdos CH Conteúdos CH
Temática Habilidades: Ouvir, falar, ler Habilidades: Ouvir, falar, ler Habilidades: Ouvir, falar, ler e
e escrever e escrever escrever
 Textos narrativos
- Elementos da narrativa
(autor, personagens, espaço,
tempo, acção)
- Moral da história
 Cópia
 Ditado
 Redacção
O NOSSO  Exposição oral ou escrita
PAÍS Tema transversal: as riquezas do
nosso país 48 tempos

Funcionamento da língua
 Pronomes indefinidos: tudo;
todo; algum\a; alguns\as;
alguém; ninguém; nada;
qualquer; cada.
 Análise sintáctica: sujeito,
predicado, complemento
directo, indireto e
circunstancial.
 Poesia de combate

Estrutura:
- Verso
15 tempos
- Estrofe
- Rima 
 Cópia

Total Tempos 515 478 434

32
Programa de Língua Portuguesa

3ª Classe

33
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA

UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO

I. FAMÍLIA 7 112

II. ESCOLA 8 128

III. COMUNIDADE 4 64

IV. AMBIENTE 5 80

V. CORPO HUMANO 2 32

VI. SAÚDE E HIGIENE 2 32

VII. MEIOS DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO 2 32

Sub-total 30 480

CURRÍCULO LOCAL (20%) 8 128

TOTAL 38 608

34
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e PARCIAIS
escrever O aluno:
 Identificar o seu nome, local e data do seu  A minha história  Relata, oralmente e
nascimento; por escrito, a sua
 Indicar o nome da escola onde estuda e a classe;  Membros da família história.
 Identificar os membros da sua família de acordo - As relações de parentesco entre
com o grau de parentesco; os membros da família
 Indicar as actividades de cada membro da sua - Actividades dos membros da
família; família
 Desenhar os membros da sua família; (Revisão do 1º ciclo)
 Modelar os membros da sua família;  Relato de rotinas
 Cantar canções relacionadas com os membros da - Expressões relacionadas com os
família; momentos do dia/tempo:
 Relatar, oralmente, a sua rotina diária, usando - Ex: manhã, tarde, noite, antes,
expressões relacionadas com os diferentes depois, quando e durante
momentos do dia; - Expressões para indicar a ordem:
1º, 2º, 3º...

 Construir frases, usando verbos “ser” e ” estar” no Funcionamento da Língua


presente, pretérito perfeito do indicativo e futuro  Verbo “ser” e “estar “ no presente, 34
I. perifrástico. pretérito perfeito do indicativo e tempos
FAMÍLIA futuro perifrástico.

 Ler histórias sobre amizade e ajuda mútua com  Histórias, fábulas:  Lê e escreve textos
entoação, pausa e ritmo adequados; - Personagens narrativos sobre
 Responde a questionários orais e escritos sobre - Características físicas das regras de convivência
textos; personagens na família 31
 Identificar as personagens da história; - Localização da acção no tempo e tempos
 Indicar o momento e o lugar em que decorre a no espaço
acção narrada num texto;
 Cópia

35
 Escrever cópias e ditados de frases e textos, com  Ditado
uma boa caligrafia, respeitando as regras de  Redacção
acentuação e pontuação;
 Escrever pequenas composições (4 a 6 frases); Tema Transversal: Regras de
 Dar exemplos de manifestação de amizade, ajuda convivência na família (amizade e
mútua entre os membros da sua família. ajuda mútua)

 Formular pedidos de permissão em diferentes  Expressões para formular  Expressa-se com


situações; pedidos de cortesia para formular
permissão: pedidos, .
- Posso sair da mesa?
 Usar expressões para aceitar ou recusar pedidos. - Posso ir brincar?
 Expressões para aceitar ou
recusar pedidos de permissão:
- Sim, podes.
- Não, não podes.

36
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler textos descritivos com entoação, pausa Texto descritivo  Lê e escreve textos
e ritmo adequados;  A casa: descritivos sobre,
 Responder a questionários orais e escritos - Materiais de construção materiais de construção,
sobre textos; - Profissões relacionadas com a profissões e regras de
construção de uma casa conservação da casa,
com boa caligrafia;
 Escrever cópias e ditados de frases e textos,  Cópia
com uma boa caligrafia, respeitando as  Ditado
regras de acentuação e pontuação;  Redacção
 Identificar materiais necessários para a
construção de uma casa, ex: blocos, chapas Tema transversal: Regras de conservação
de zinco, estacas, da casa
capim, pregos, barrotes, tijolos, etc;
I.  Mencionar profissões relacionadas com a 47
FAMÍLIA construção de uma casa (pedreiro, tempos
carpinteiro,pintor, electricista, …);
 Descrever, oralmente e por escrito, a sua
casa;  Expressa-se, oralmente,
 Desenhar e pinta a sua casa; Funcionamento da língua: com correcção, usando
 Modelar a sua casa; - Família de palavras relacionadas família de palavras e a
 Elaborar frases com palavras da mesma com “casa”: casinha, casarão, sinonímia.
família de “casa”; casota
 Usar palavras sinónimas em frases orais e - Sinonímia
escritas;  Sílaba: divisão silábica
 Construir frases empregando palavras
sinónimas;
 Dividir palavras em sílabas.

37
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e PARCIAIS
escrever O aluno:
 Ler histórias sobre regras de conduta na escola Textos Narrativos  Lê e escreve textos
com entoação, pausa e ritmo adequados; - O assunto principal do texto narrativos sobre
 Responder a questionários orais e escritos - Personagens regras de conduta na
sobre textos; escola, com boa
 Indicar o assunto principal de uma história lida;  Cópia caligrafia e
 Identificar as personagens da história;  Ditado respeitando as
 Escrever cópias e ditados de frases e textos,  Redacção regras de acentuação
com uma boa caligrafia e respeitando as regras e pontuação.
de acentuação e pontuação;
 Escrever pequenas composições (4 a 6 frases); Tema transversal: Regras de conduta
 Indicar algumas regras de conduta na escola; na escola: Ajuda mútua/solidariedade/
II. respeito/assiduidade, pontualidade.
ESCOLA  Dar exemplos de manifestação de ajuda mútua 57 tempos
e solidariedade entre os membros da sua
família; Funcionamento da Língua  Expressa-se,
 Antonímia oralmente, com
 Usar palavras da mesma família de escola em  Sinais de pontuação (ponto final correcção, usando a
de interrogação e de antonímia e letras
diferentes situações;
exclamação) maiúsculas.
 Identificar palavras com significados contrários;
 Construir frases aplicando as regras de  Uso da letra maiúscula:
pontuação (ponto, ponto de interrogação e o de - Início das frases
exclamação); - Depois de um ponto
 Usar a letra maiúscula obedecendo regras. - Nos nomes próprios

38
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: PARCIAIS
O aluno:
 Ler relatos em voz alta e com articulação e  Relato de acontecimentos  Lê e escreve relatos
entoação correctas;  Elementos a considerar na produção de sobre datas festivas e
 Interpretar relatos lidos; relatos: comemorativas, com boa
 Relatar, oralmente, factos acontecidos ou - O quê? caligrafia e respeitando
vividos, usando formas verbais no - Quem? as regras de acentuação
pretérito perfeito; - Onde? e pontuação;
 Escrever cópias e ditados de frases e - Quando?
textos, com uma boa caligrafia e  Cópia
respeitando as regras de acentuação e  Ditado
pontuação;  Redacção
II.  Escrever pequenos relatos (4 a 6 frases)  Tema transversal: datas festivas e 32
ESCOLA dedicados à escola ou aos professores; comemorativas tempos

 Construir, oralmente e por escrito, frases Funcionamento da Língua:  Expressa-se, oralmente,


interrogativas.  Frase interrogativa com correcção, usando
Introdutores interrogativos introdutores
 Cantar uma canção relacionada com a - Que...? interrogativos.
escola. - O que...?
- O que é que...?
- Quem...?
- Qual...?
- Como é que...?
 Ler bilhetes com entoação e ritmo Bilhetes  Lê e escreve bilhetes,
adequados;  Assunto principal com boa caligrafia e
 Identificar o assunto principal do bilhete;  Estrutura do bilhete respeitando as regras de
 Identificar a estrutura do bilhete; acentuação e pontuação.
 Escrever cópias e ditados de bilhetes,  Cópia
com uma boa caligrafia e respeitando as  Ditado
II. regras de acentuação e pontuação;  Redacção. 39
ESCOLA  Escrever bilhetes respeitando a sua tempos
estrutura.
Funcionamento da língua:  Expressa-se, oralmente,
 Escrever frases e pequenos textos usando  Vocabulário relacionado com o tema com correcção, usando
vocabulário relacionado com o tema escola tempos verbais e
escola;  Tempos verbais: preposições.
 Construir frases, oralmente e por escrito,  Verbo ir, estudar e escrever no:

39
usando os verbos ” ir”, “estudar” e - presente
“escrever” no presente, pretérito perfeito, - passado (pretérito perfeito)
e futuro do indicativo; - futuro
 Construir frases, oralmente e por escrito, Preposições (para, e, com)
usando as preposições.

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH


TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e PARCIAIS
escrever O aluno:
 Ler o texto do hino nacional com expressividade; Textos poéticos  Lê textos poéticos, com
 Copiar poemas com uma boa caligrafia,  Cópia expressividade.
ortografia correcta e respeitando as regras de  Ditado
acentuação e pontuação; Temas transversais: símbolos
 Cantar o hino nacional; nacionais:
 Identificar o Presidente da República; - Hino Nacional
 Escrever o nome do Presidente da República. - Presidente da República.
 Ler textos didácticos, em voz alta, com Textos didácticos  Lê textos didácticos,
articulação e entoação correctas;  Os serviços sociais (escola, com expressividade.
 Responder a questionários orais e escritos sobre hospital/posto de
textos didácticos; saúde, posto policial, etc.);
 Identificar serviços sociais da sua comunidade;  Profissões
 Identificar profissões relacionadas com os  Cópia 50
III.
COMUNIDADE serviços sociais;  Ditado Tempos
 Copiar textos didácticos com uma boa caligrafia,  Redacção
ortografia correcta e respeitando as regras de Tema Transversal: Regras de
acentuação e pontuação; convivência comunitária
 Empregar, em contextos diversificados, palavras:
- relacionadas com o tema comunidade; Funcionamento da língua:
- da mesma família;  Vocabulário relacionado
- com sentidos contrários com o tema comunidade  Expressa-se, oralmente,
 Usar em frases orais o verbo “vir” no presente,  Família de palavras; com correcção, usando
pretérito perfeito do indicativo e futuro  Antonímia família de palavras,
perifrástico.  Verbo “vir” no presente, antonímia e o verbo
pretérito perfeito do “vir” no presente,
indicativo e futuro passado e futuro.
perifrástico.

40
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler convites, em voz alta, com Convite  Lê e escreve convites,
articulação e entoação correctas; com boa caligrafia e
 Identifica a informação veiculada respeitando as regras de
pelo convite; acentuação e pontuação.
 Redigir convites;
 Ilustra convites.

 Usar expressões para criticar  Expressões para criticar:  Expressa-se com cortesia,
atitudes negativas,elogiar atitudes - Fizeste/comportaste-te mal! em situações de crítica,
positivas e pedir ajuda. - Não devias ter feito isso! elogio e pedido de ajuda. 14
III.  Expressões para elogiar: tempos
COMUNIDADE - Parabéns!
- Fizeste/Comportaste-te bem!

 Expressões para pedir ajuda


- Socorro!
- Ajuda-me.
- Peço ajuda.
 Escrever palavras em que:  Ortografia:  Escreve frases e textos,
-"o" tenha valor de "u" - O “o” com valor “u” obedecendo regras
-"e" tenha valor de "i" - O “e” com valor de “i” ortográficas e de uso da
 Usar letras maiúsculas na elaboração  Uso da letra maiúscula letra maiúscula.
de frases, obedecendo regras.

41
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e PARCIAIS
escrever O aluno:
 Ler, textos poéticos sobre os animais com Textos poéticos  Lê textos poéticos, com
expressividade; expressividade.
 Copiar poemas com uma boa caligrafia,  Cópia
ortografia correcta e respeitando as regras de  Ditado
acentuação e pontuação;
 Recitar poemas; Tema transversal: Animais domésticos
 Identificar os animais da sua comunidade; e selvagens:
 Agrupar os animais de acordo com o meio em
que vivem;
 Relacionar os animais às suas crias (filhotes); Funcionamento da língua:  Expressa-se, oralmente e
 Usar os verbos “fazer” e “dar” no presente,  Verbos fazer e dar no presente, por escrito, com
pretérito perfeito e futuro (perifrástico). pretérito perfeito e futuro correcção, usando os
 Construir frases, com nomes próprios e  Nomes: próprios e comuns verbos “fazer” e “dar” no
IV. presente, passado e 50
AMBIENTE comuns; tempos
 Cantar canção relacionada com os animais futuro, e nomes próprios
e comuns.
domésticos e selvagens.
 Ler textos didácticos, em voz alta, com Textos didácticos  Lê textos didácticos, com
articulação e entoação correctas;  Cópia articulação e entoação
 Interpretar o conteúdo do texto didáctico;  Ditado correctas;
 Copiar textos didácticos com uma boa
caligrafia, ortografia correcta e respeitando as Tema transversal: Plantas
regras de acentuação e pontuação;
 Identificar as plantas da sua comunidade; Funcionamento da Língua
 Relacionar as árvores aos respectivos frutos;  Formas de frases: afirmativa e  Expressa-se, oralmente e
 Construir frases afirmativas e negativas, negativa por escrito, com
oralmente e por escrito. correcção, diferentes
formas de frase.

42
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Usar expressões sobre o estado de Conversa directa
tempo;  Expressões sobre o estado do tempo.  Participa em um diálogo
- Está a chover. sobre o estado de tempo;
- Está quente.
- Está frio.
Funcionamento da língua:
 Usar o verbo” estar “ no presente,  Verbos estar no presente, passado e  Expressa-se, oralmente e
pretérito perfeito do indicativo e futuro futuro por escrito, com
(perifrástico).  Pronomes indefinidos: correcção, usando o
 Construir frases, oralmente e por - algum/alguma verbo “estar” no presente,
escrito, usando pronomes indefinidos. - alguém/ninguém passado e futuro e
- tudo/nada pronomes indefinidos.
 Ler, com expressividade, bandas Banda Desenhada (BD)
IV. desenhadas; 30
AMBIENTE  Ler, para apreciar, bandas desenhadas  Redacção tempos
complementares;
 Interpretar, oralmente e por escrito,
bandas desenhadas; Tema transversal: Prevenção de acidentes
 Lê e elabora bandas
 Ordenar as imagens de uma BD, dando
Funcionamento da língua: desenhadas sobre
uma sequência lógica;
 Vocabulário relacionado com o tema prevenção de acidentes.
 Preencher os balões de uma BD;
 Elaborar uma BD; Ambiente
 Elaborar cartazes sobre prevenção de  Família de palavras
acidentes;  Sinonímia
 Empregar, em contextos  Antonímia
 Expressa-se, oralmente e
diversificados, palavras:  Concordância dos elementos na frase
por escrito, com
- relacionadas com o tema - Flexão dos nomes em género
correcção, usando família
comunidade; - Flexão dos nomes em número
de palavras, sinonímia,
- da mesma família; antonímia e concordância
- com sentidos contrários dos elementos na frase.
- com sentidos semelhantes
 Construir frases observando as regras
de concordância dos
elementos na frase, em género e
número.

43
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e PARCIAIS
escrever O aluno:
 Ler, com expressividade, textos narrativos; Textos Narrativos  Lê e escreve textos
 Interpretar, oralmente e por escrito, textos Personagens narrativos, com boa
narrativos; - Características físicas das caligrafia e respeitando as
 Identificar os elementos da narrativa (autor, personagens regras de acentuação e
personagens, tempo e espaço); pontuação.
 Caracterizar fisicamente personagens;  Cópia
 Recontar histórias;  Ditado
 Escrever, com boa caligrafia, cópias e textos  Reconto
ditados, respeitando as regras de acentuação e  Redacção
pontuação;  Dramatização
 Elaborar uma pequena composição (4 a 6
frases) Tema Transversal: respeito e
 Dramatizar diálogos orais entre personagens; solidariedade para com indivíduos
V.  Ler textos narrativos complementares e outros com necessidades especiais.
32
CORPO do seu interesse; tempos
HUMANO  Identificar, em textos, acções e atitudes que
Funcionamento da lingua:  Expressa-se, oralmente e
demonstram respeito e solidariedade pelos
indivíduos com necessidades especiais;  Vocabulário relacionado com o por escrito, com
tema correcção, usando família
 Empregar, em contextos diversificados,
 Família de palavras de palavras, sinonímia,
palavras:
 Sinonímia antonímia e verbos
- relacionadas com o tema comunidade; “falar” e “comer” no
- da mesma família;  Antonímia
presente, passado e futuro
- com o mesmo sentido  Verbo “falar” e “comer” no
e adjectivos.
- com sentidos contrários presente,
 Usar o verbo “falar” e “comer” no presente, passado e futuro;
pretérito perfeito  Noção de qualidade [Adjectivos].
e futuro, em frases e textos.
 Usar, na descrição, palavras e expressões que
exprimem qualidades.

44
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler textos didácticos, em voz alta, com Textos didácticos  Lê textos didácticos, com
articulação e entoação correctas;  Cópia articulação e entoação
 Interpreta o conteúdo do texto;  Ditado correctas;
 Copiar textos didácticos com uma boa  Redacção
caligrafia, ortografia correcta e
respeitando as regras de acentuação e
pontuação;
 Elaborar pequenas composições (4 a 6  Tema transversal: Formas de
frases); prevenção de doenças
 Mencionar formas de prevenção e  Prevenção de acidentes:
combate às doenças mais comuns ex: (Cuidados a ter com produtos tóxicos
diarreias, malária, conjuntivite, etc. inflamáveis (ex: petróleo); medicamentos
VI.  Mencionar os cuidados a ter com produtos e insecticidas; objectos estranhos (minas);
tóxicos, inflamáveis, medicamentos, objectos cortantes (ex: facas, lâminas); 32
SAÚDE E
insecticidas e objectos estranhos, cortantes fogo, água quente; tomadas e fichas; tempos
HIGIENE
e pirotécnicos. objectos pirotécnicos (paixão)
 Transformar frases afirmativas para
negativas e vice-versa; Funcionamento da língua
 Construir frases com os verbos limpar e  Formas de frases: afirmativas e  Expressa-se, oralmente e
lavar no presente, pretérito perfeito do negativas por escrito, com correcção,
indicativo e no futuro perifrástico;  Verbo limpar e lavar no presente, usando diferentes formas
de frase e os verbos
 Construir frases, flexionando os adjectivos pretérito perfeito do indicativo e futuro
perifrástico “limpar” e “lavar” no
em género e número.
 Concordância do adjectivo em género presente, passado e futuro
e número do indicativo, e adjectivos
flexionados.

45
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler textos didácticos, em voz alta, Textos didácticos  Lê textos didácticos, com
com articulação e entoação  Cópia articulação e entoação
correctas;  Ditado correctas;
 Interpretar o conteúdo de textos  Redacção
didácticos;
 Copiar textos didácticos com uma
boa caligrafia, ortografia correcta,
respeitando as regras de acentuação Tema transversal:
16
e pontuação; Meios de transporte e vias de
tempos
 Elaborar pequenas composições (4 a comunicação
6 frases);
VII.  Agrupar os meios de transporte de
MEIOS DE acordo com a via em que circulam; Funcionamento da Língua  Expressa-se, oralmente e por
TRANSPORTE E  Identificar os meios de transporte e - Advérbios de lugar: aqui, ali, lá escrito, com correcção,
COMUNICAÇÃO vias de comunicação; usando advérbios de lugar.
 Construir frases usando advérbios
de lugar.
 Interpretar o conteúdo de cartazes Cartazes
sobre regras de trânsito;  Regras de trânsito
 Indicar regras básicas de trânsito;  Descrição de trajectos
 Descrever um percurso, indicando  Manifesta conhecimento das
os pontos de referência; Funcionamento da língua regras de transito. 16
 Verbo “andar” no: tempos
 Desenhar o trajecto de um percurso,
indicando os pontos de referência;
 Elaborar frases utilizando o verbo - presente
“andar “ no presente, pretérito - pretérito perfeito
perfeito e futuro perifrástico. - futuro perifrástico

Currículo Nacional: 480 tempos


Currículo Local: 128 tempos
Total: 608 tempos

46
Programa de Língua Portuguesa
4ª Classe

47
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA

UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO

I. FAMÍLIA 7 84

II. ESCOLA 6 72

III. COMUNIDADE 4 48

IV. AMBIENTE 4 48

V. CORPO HUMANO 1 12

VI. SAÚDE E HIGIENE 1 12

VII. MEIOS DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO 4 48

VIII. COMUNICAÇÃO 1 12

IX. A NOSSA PROVÍNCIA 2 24

Sub-total 30 360

CURRÍCULO LOCAL (20%) 8 96

TOTAL 38 456

48
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir e falar PARCIAIS
O aluno:
 Produzir discursos orais com correcção; Conversa directa  Expressa-se com cortesia,
 Dramatizar situações de conversa directa  Princípios de cortesia em ambiente familiar;
em presença, com diferentes finalidades, - ouvir os outros  Usa correctamente as formas
usando os princípios de cortesia; - esperar a sua vez de tratamento no seu
- respeitar o tema discurso oral e escrito;
I.
-acrescentar informação pertinente  Debate sobre as normas de
FAMÍLIA  Elaborar frases, oralmente e por escrito, convivência entre os 3 tempos
usando formas de tratamento adequadas. Tema transversal: Normas de membros de uma família.
convivência entre os membros da
família

Funcionamento da Língua
- Formas de tratamento

49
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler textos descritivos sobre a casa, em voz Textos descritivos Lê e escreve textos
alta, com articulação e entoação correctas; Vocabulário: descritivos.
 Interpretar textos descritivos; - tipos de casa (alvenaria, pau-a-pique,
 Escrever cópias e ditados; madeira e zinco e caniço)
 Descrever, por escrito, a sua casa e outras - materiais de construção de casas
casas; - divisões da casa
 Descrever, oralmente, as regras de higiene de  Cópia
uma casa;  Ditado
 Construir casas típicas, em miniatura.  Redacção

Tema transversal: Normas de higiene da


casa
 Escrever frases (6 a 8), diariamente, sobre o Diário Escreve um diário.
que faz ao longo do dia;  Cópia
23
I. FAMÍLIA  Usar expressões, para indicar a frequência de  Ditado
tempos
acontecimentos, na produção do diário.  Redacção
 Construir frases com nomes comuns;  Expressões relacionadas com a
 Elaborar frases flexionando os nomes frequência dos acontecimentos:
comuns em género e número; sempre, às vezes, todos os
 Construir frases, usando adjectivos. dias/diariamente; todas as semanas

Funcionamento da Língua
Nomes:
- Nomes comuns
- Flexão dos nomes comuns em género e
número
- Adjectivos qualificativos

50
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e PARCIAIS
escrever O aluno:
Lê e escreve textos
 Ler, com expressividade, histórias e fábulas em Textos Narrativos: Histórias e narrativos.
que se valorizam a honestidade, amabilidade e fábulas
simplicidade; - Elementos da narrativa:
 Ler textos narrativos complementares e outros do Autor Analisa os elementos
seu interesse; Personagens – principais e Primários da Narrativa.
 Interpretar, oralmente e por escrito, textos secundárias
narrativos; sobre honestidade, amabilidade e Espaço e Tempo da ocorrência da Reflecte sobre a flexão, em
simplicidade; acção género, dos nomes
 Identificar os elementos da narrativa (autor, - Moral da história terminados em ão.
personagens, espaço e tempo);
 Escrever cópias e textos ditados, com boa  Cópia
caligrafia, respeitando as regras de acentuação e  Ditado Constrói frases usando
pontuação;  Redacção verbos no modo indicativo.
 Escrever histórias (de 4 a 6 frases), com uma boa
caligrafia, sequência lógica, ortografia correcta e Tema transversal: honestidade,
I.FAMÍLIA respeitando as regras de acentuação e pontuação; amabilidade e simplicidade 24 tempos
 Ilustrar histórias.
 Elaborar frases usando palavras sinónimas e
antónimas; Funcionamento da língua
 Construir frases usando nomes próprios; Sinonímia e antonímia
 Flexionar, em género, os nomes terminados em  Nomes
ão; - Nomes próprios
 Construir frases usando nomes terminados em - Flexão em género dos nomes
terminados em ão
ão;
 Identificar o verbo numa frase;  O verbo
- O modo indicativo

51
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e PARCIAIS
escrever O aluno:
 Ler textos normativos, em voz alta, com Textos Normativos Lê textos normativos.
articulação e entoação correctas; Tema Transversal: Direitos da
 Identificar em textos os seus direitos a nível da Criança a nível da família
família. Funcionamento da Língua Reflecte sobre o uso de
 Construir frases usando artigos definidos; • Determinantes determinantes, nomes
 Flexionar os artigos definidos em género e - Artigos definidos (o, a, os, as) abstractos e pronomes
número;  Nomes abstractos pessoais formas de sujeito.
 Construir frases com nomes abstractos;
 Lê mensagens curtas; Mensagens curtas (formais e
 Interpreta mensagens curtas; informais): bilhete postal, recados,
 Escreve mensagens curtas com ortografia SMS
correcta, respeitando as normas de acentuação e
pontuação.  Redacção

 Ler cartas familiares, em voz alta, com Carta familiar Lê e escreve cartas 34
I.FAMÍLIA
articulação e entoação correctas; - Estrutura da carta: familiares. tempos
 Interpretar o conteúdo da carta; . cabeçalho
 Identificar a estrutura da carta; . corpo da carta
 Copiar cartas, com uma boa caligrafia e .desfecho
respeitando a sua estrutura;
 Escrever cartas familiares com uma boa  Cópia
caligrafia, sequência lógica, ortografia correcta  Ditado
e respeitando as regras de acentuação e  Redacção
pontuação;
 Escrever, cópias e textos ditados, com boa Funcionamento da língua
caligrafia, respeitando as regras de acentuação - Pronomes pessoais, formas de sujeito
e pontuação;  Determinantes
 Distinguir artigos definidos dos indefinidos; - Artigos indefinidos (um, uma, uns,
 Construir frases e textos usando pronomes umas)
pessoais e artigos indefinidos.

52
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Construir frases, usando formas apropriadas Formas de tratamento nos Estabelece contacto
para cumprimentar e saudar; cumprimentos e saudações: social com cortesia e
 Dramatizar situações de saudação; Tu e você. respeito.
 Desenhar a sua escola. - Bom dia, senhor (a) professor (a)!
- Como está?
- Olá, João!
- Como estás?
- Bom dia, avô (ó)!
- Como está?
 Interpretar o conteúdo da entrevista; Entrevista  Lê e interpreta uma
 Identificar a estrutura da entrevista;  Organização do texto entrevista;
 Fazer a leitura dialogada de entrevistas, com - Título  Organiza a entrevista;
articulação e entoação correctas; - Tópicos  Desenvolve tópicos de
II.  Elaborar o guião de entrevista para - Introdução uma entrevista; 23
ESCOLA levantamento de dados sobre a história da - Apresentação do entrevistado  Realiza entrevista; tempos
escola; - Apresentação do assunto  Sistematiza e interpreta
 Entrevistar professores e a comunidade para - Perguntas do entrevistador oralmente e por escrito
reconstituição da história da escola; - Respostas do entrevistado os resultados da
 Elaborar um texto sobre a história da escola - Conclusão. entrevista.
com os dados obtidos na entrevista.
 Elaborar frases, oralmente e por escrito, Funcionamento da Língua Reflecte sobre o uso da
usando palavras sinónimas e antónimas - Sinonímia e antonímia interrogativa e do
relacionadas com a escola; - Tipo de frase: interrogativa discurso directo e
 Construir frases interrogativas; - Discurso directo e indirecto indirecto.
 Distinguir frases no discurso directo e
indirecto;
 Construir frases no discurso directo e
indirecto.
 Interpretar avisos de âmbito escolar; Aviso  Lê e interpreta avisos.
 Identificar a estrutura do aviso; - Estrutura do aviso  Escreve avisos;
 Redigir avisos relacionados com a escola; Funcionamento da língua
 Construir, oralmente e por escrito, frases • A frase simples  Reflecte sobre os
simples; - Constituintes da frase: Grupo Nominal e constituintes imediatos
 Identificar, em frases, os grupos nominal e Grupo Verbal da frase.
verbal.

53
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler obras de literatura infantil e textos da Textos Narrativos Lê e escreve textos
tradição popular; Elementos da Narrativa narrativos.
 Ler, com expressividade, narrativas diversas; Autor
 Identificar no texto os elementos da narrativa Personagens – principais e secundárias
(autor, personagens, espaço e tempo); Espaço e Tempo da ocorrência da acção Analisa os elementos
 Interpretar, oralmente e por escrito, textos - Moral da história Primários da Narrativa.
narrativos cuja moral da história valorizam o
respeito mútuo entre colegas e a resolução  Cópia 24
não violenta de conflitos;  Ditado Reflecte sobre a flexão tempos
II.  Recontar histórias lidas ou ouvidas,  Redacção do adjectivo, em
ESCOLA distinguindo introdução, desenvolvimento e número e género, e a
conclusão; Temas transversais: Normas de função sintáctica do
 Escrever textos narrativos da sua autoria, convivência escolar (Respeito mútuo sujeito e predicado.
com boa caligrafia, ortografia correcta e entre colegas; Resolução não violenta
respeitando as regras de acentuação e de conflitos)
pontuação;
 Copiar textos narrativos com boa caligrafia, Funcionamento da Língua
ortografia correcta e respeitando as regras de - Adjectivos: flexão em género e número
acentuação e pontuação. - Função sintáctica dos elementos
 Construir frases usando adjectivos essenciais da frase: sujeito e predicado
flexionados em género e número;
 Identificar a função sintáctica dos
elementos essenciais da frase (sujeito e
predicado).

54
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler instruções várias; Instruções Lê e segue instruções.
 Interpretar, oralmente e por escrito, as  Vocabulário:
instruções lidas; - vai sempre em frente
 Seguir um percurso, obedecendo - vira à esquerda
instruções orais ou escritas; - vira à direita
 Elaborar instruções orais sobre um Expressa-se, com cortesia
percurso; e correcção, para propor,
aceitar, ou recusar, ideias.
 Expressões para dar sugestões: 25
II.  Usar expressões de cortesia para: - Vamos passear? tempos
ESCOLA - Sugerir um passeio, festa, brincadeira, etc.; - Gostarias de estudar comigo?
- Aceitar ou recusar uma sugestão;  Expressões para aceitar ou recusar
- Propor ideias, actividades ou outros sugestões:
aspectos; - Sim, vamos.
 Construir frases, oralmente e por escrito, - Sim, gostaria.
usando o modo verbal imperativo; - Desculpa, agora não posso.
 Elaborar frases, usando preposições e
 Expressões para propor ideias, Reflecte sobre o uso do
pronomes demonstrativos, para indicar a
actividades ou outros aspectos: modo verbal imperativo,
localização espácio-temporal de factos,
- Que tal jogarmos cabra-cega? preposições e pronomes
lugares, seres e objectos.
- Eu tenho outra ideia: jogarmos demonstrativos.
polícia e ladrão!l

Funcionamento da Língua
- Modo verbal imperativo
- Preposições (a, até, com, em, entre,
de, desde, para)
- Pronomes demonstrativos

55
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler obras de literatura infantil e textos da Descrição de espaços e ambientes  Lê e escreve textos
tradição popular; - Instituições públicas da sua descritivos sobre
 Interpretar, oralmente e por escrito, comunidade instituições públicas e
textos narrativos sobre d atas festivas e (Hospital, Esquadra da Polícia, profissões.
comemorativas, lidos e ouvidos; Escola, etc.)
 Escrever, cópias, ditados e textos - Vocabulário sobre profissões
narrativos da sua autoria, com uma boa (enfermeiro, médico, polícia, Expressa-se, oralmente e
caligrafia, ortografia correcta e professor, carpinteiro, pescador, por escrito, com
respeitando as regras de acentuação e etc.) correcção, usando
pontuação; vocabulário relativo aos 48
 Fazer desenhos e postais sobre datas  Cópia serviços e profissões tempos
III. festivas e comemorativas.  Ditado públicas.
COMUNIDADE  Redacção

 Construir frases, usando preposições e Textos Narrativos (Literatura infantil e Lê e escreve, com
contracções. da tradição popular) correcção, textos
Elementos da Narrativa: narrativos.
Autor
Personagens – principais e secundárias Analisa os elementos
Espaço e Tempo da ocorrência da acção Primários da Narrativa.
- Moral da história
Expressa-se, por escrito e
 Cópia com correcção, usando
 Ditado preposições e
 Redacção contracções.

Tema transversal: Datas festivas e


comemorativas.

 Ler poemas, com entoação e ritmo Funcionamento da Língua Reflecte sobre o uso das
adequados; - Preposições: durante, por, perante, sob, preposições e
 Ler textos poéticos complementares e sobre, trás) contracções.
outros do seu interesse; - Contracção de preposições (no, na, nos,
 Interpretar, oralmente e por escrito, nas, pelo, pela, pelos, pelas)
textos poéticos relacionados com os
símbolos nacionais,

56
 Identificar as cores e o significado da
bandeira nacional e o significado das
componentes do emblema;
 Desenhar a Bandeira Nacional e o
Emblema da República de Moçambique;
 Copiar poemas com uma boa caligrafia,
ortografia correcta e respeitando as
regras de acentuação e pontuação;
 Escrever pequenos versos exaltando os
símbolos nacionais;
 Cantar o hino nacional.
 Elaborar frases usando palavras Textos Poéticos
sinónimas e antónimas;
 Construir frases, oralmente e por escrito,  Cópia
usando verbos irregulares.  Ditado
 Redacção

Tema transversal: os símbolos


nacionais: bandeira (cores e
significado); o emblema (significado das
componentes)

Funcionamento da língua Reflecte sobre o sentido


- Sinonímia e antonímia das palavras e uso de
- Verbos irregulares (ser, estar, dar, ter, verbos irregulares
ler)

57
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler com expressividade textos narrativos, Textos Narrativos Lê e escreve textos
com articulação, entoação e ritmo  Elementos da narrativa: narrativos.
adequados; - o narrador: participante e não
 Ler textos narrativos complementares; participante
 Interpretar, oralmente e por escrito, textos - as personagens: principais e
narrativos; secundárias Analisa os elementos do
 Identificar, no texto, os elementos da - as acções. texto narrativo.
narrativa (narrador, personagens e acções);
 Formular opinião sobre a atitude de  Cópia
algumas personagens do texto em estudo;  Ditado
 Escrever cópias e ditados de textos  Redacção Reflecte sobre o uso de
narrativos com uma boa caligrafia, nomes colectivos, advérbios
IV. ortografia correcta e respeitando as regras - Os sinais de pontuação (revisão) de lugar e expansão do grupo 24
AMBIENTE de acentuação e pontuação; - Onomatopeias verbal. tempos
 Escrever pequenos textos, descrevendo
animais que conhece; Tema transversal
 Associar onomatopeias às vozes de animais; - Os animais e sua importância
 Modelar animais domésticos e selvagens; (animais domésticos e selvagens)
 Emitir diferentes vozes de animais.
 Construir frases usando nomes colectivos; Funcionamento da língua
- Nomes colectivos
 Construir frases usando advérbios de lugar;
- Advérbios de lugar (perto, longe,
 Expandir frases, acrescentando ao grupo
onde, aonde)
verbal, advérbios de lugar.
- Expansão do grupo verbal (GV)
com advérbios de lugar

58
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:

 Ler poemas, com entoação e ritmo Textos Poéticos


adequados; - Versos Lê textos poéticos.
 Ler textos poéticos complementares e outros - Rima
do seu interesse;  Cópia
 Interpretar, oralmente e por escrito, textos  Ditado
poéticos, identificando a importância das
plantas; Tema transversal:
 Identificar nos poemas versos e rimas; - As Plantas e sua importância
IV.  Decalcar/estampar/imprimir partes das 24 tempos
AMBIENTE plantas;
 Copiar poemas com uma boa caligrafia,
ortografia correcta e respeitando as regras de
acentuação e pontuação.

 Ler textos didácticos, em voz alta, com Textos didácticos Lê textos didácticos.
articulação e entoação correctas;
 Interpretar o conteúdo do texto; Tema transversal: Formas de Descreve, por palavras suas,
conservação e tratamento da água as formas de conservação e
tratamento da água.
 Elaborar frases orais e escritas usando Funcionamento da língua Reflecte sobre o sentido das
palavras sinónimas e antónimas relacionadas - Sinonímia e antonímia palavras.
com o tema ambiente; - Família de palavras
 Organizar famílias de palavras relacionadas  Tempos verbais: Expressa-se, com correcção,
com o tema; - presente usando famílias de palavras e
 Construir frases e textos, usando os tempos - pretérito perfeito tempos verbais do presente,
verbais no presente, pretérito perfeito e - futuro do indicativo pretérito perfeito e futuro do
futuro do indicativo. indicativo.

Reflecte sobre o uso de


famílias de palavras e
tempos verbais do presente,
pretérito perfeito e futuro do
indicativo.

59
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler textos didácticos, em voz alta, com Textos didácticos Lê textos didácticos.
articulação e entoação correctas;
 Interpretar o conteúdo do texto; Tema transversal: Higiene e conservação Descreve, por palavras
 Escrever cópias e ditados de textos didácticos do vestuário suas, as formas de
com uma boa caligrafia, ortografia correcta e higine e conservação do
respeitando as regras de acentuação e vestuário.
V. pontuação;
CORPO  Usar em frases e textos, vocabulário 12 tempos
relacionado com o vestuário; Reflecte sobre os
HUMANO constituintes imediatos
 Desenhar peças de vestuário;
da frase simples.
 Construir, oralmente e por escrito, frases
simples; Funcionamento da língua
 Identificar em frases os grupos nominal e • A frase simples
verbal. - constituintes da frase: Grupo Nominal e
Grupo Verbal
 Ler cartazes, em voz alta, com articulação e Cartazes Lê textos didácticos.
entoação correctas;
 Interpretar o conteúdo dos cartazes; Tema transversal: Cuidados a ter com os Explica, por palavras
 Desenhar diferentes tipos de alimentos. alimentos suas, os cuidados a ter
com os alimentos.
VI.
 Organizar famílias de palavras relacionadas Funcionamento da língua Reflecte sobre o uso
SAÚDE E 12 tempos
com saúde e higiene;  Família de palavras dos pronomes
HIGIENE
 Construir frases, oralmente e por escrito,  Pronomes possessivos (meu, teu, seu, possessivos e sua flexão
usando os pronomes possessivos; nosso, vosso, seus, dele, minha, tua, sua, em género e número.
 Elaborar frases orais e escritas flexionando nossa, vossa, suas, dela)
os pronomes possessivos em género e  Flexão dos pronomes possessivos, em Expressa-se, com
número. género e número. correcção, usando
pronomes possessivos.

60
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler, com expressividade, textos Textos Narrativos Lê e escreve textos
narrativos, com articulação,  Elementos da narrativa: narrativos.
entoação e ritmo adequados; - o autor
 Ler textos narrativos - o narrador: participante e não
complementares e outros do seu participante;
interesse; - as personagens: principais e Analisa os elementos do
 Interpretar, oralmente e por escrito, secundárias; texto narrativo.
textos narrativos sobre transporte - o espaço;
terrestre, aéreo e marítimo; - o tempo;
 Identificar no texto os elementos da - as acções.
narrativa (autor, personagens, Vocabulário:
espaço, tempo e as acções); - Tipos de transporte (terrestre,
 Escrever cópias, ditados de textos marrítimo e aéreo)
narrativos com uma boa caligrafia,  Cópia 48
ortografia correcta e respeitando as  Ditado
tempos
regras de acentuação e pontuação;  Redacção
VII.  Identificar os meios de transporte da
MEIOS DE sua comunidade; Tema transversal: Importância dos
TRANSPORTE E  Construir meios de transporte em Meios de Transporte
COMUNICAÇÃO miniatura.
 Associar onomatopeias aos meios de Funcionamento da Língua: Reflecte sobre o uso de
transporte; - Onomatopeias onomatopeias, famílias de
 Organizar famílias de palavras - Família de palavras palavras, advérbios de tempo
relacionadas com o tema; -Advérbios de tempo (cedo, tarde, logo, e expansão de frases com
 Construir frases, usando advérbios sempre, quando) advérbios de tempo.
de tempo; - Expansão de frases com advérbios
 Expandir frases, acrescentando de tempo Expressa-se, com correcção,
advérbios de tempo. usando famílias de palavras,
advérbios de tempo.
 Ler textos descritivos, em voz alta, Textos descritivos Lê textos descritivos.
com articulação e entoação Analisa, de forma crítica, o
correctas; comportamento dos usuários
 Interpreta o conteúdo do texto; Tema Transversal: Regras e Sinais de das vias públicas.
 Descrever, por palavras suas, as Trânsito
regras e sinais de trânsito;
 Desenhar alguns sinais de trânsito.

61
OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS
UNIDADE
O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, falar, ler e PARCIAIS CH
TEMÁTICA
escrever O aluno:
 Ler textos didácticos, em voz alta, com extos didácticos Lê e escreve, com correcção,
articulação e entoação correctas;  pequenos textos didácticos.
 Interpretar o conteúdo do texto; - Os meios de comunicação: carta,
 Explicar por palavras suas, a postal, telefones (fixo e móvel),
importância dos meios de comunicação
que conhece; rádio, jornal, televisão, etc.
 Copiar textos didácticos, com uma boa - A importância dos meios de
caligrafia, ortografia correcta e comunicação
respeitando as regras de acentuação e  Cópia
pontuação;  Ditado
 Desenhar e legendar meios de
comunicação;
 Construir objectos que representam os
meios de comunicação.
 Escrever pequenos textos didácticos
VIII. sobre os objectos representativos dos
COMUNICAÇÃO meios de comunicação criados pelos
alunos.
 Ler textos de comunicação familiar Textos de comunicação familiar Lê e escreve textos de 12 tempos
(cartas e postais); Carta comunicação familiar.
 Interpretar cartas e postais, Postal
identificando o emissor, o receptor e  Cópia
o assunto;
 Copiar cartas e postais com uma boa  Ditado
caligrafia, ortografia correcta e  Redacção
respeitando as regras de acentuação e
pontuação; 
 Escrever cartas e postais a familiares
e amigos;
 Fazer postais.
 Construir frases, oralmente e por Funcionamento da língua Reflecte sobre o uso de
escrito, usando os advérbios de - Advérbios de modo advérbios de tempo e
modo; - Expansão de frases com advérbios expansão de frases com
 Expandir frases, acrescentando de tempo advérbios de tempo.
advérbios de tempo. Expressa-se, com correcção,
usando advérbios de tempo.

62
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA Habilidades: Ouvir, falar, ler e PARCIAIS
escrever O aluno:
 Localizar a Província; Localização da Província no Lê com expressividade e
 Construir frases, usando vocabulário relacionado Mapa escreve pequenos poemas.
com a Província; Poemas
 Ler poemas, com entoação e ritmo adequados; - Estrutura:
 Interpretar, oralmente e por escrito, textos poéticos; - Verso Identifica a estrutura de um
 Identificar nos poemas versos, estrofes e rimas; - Estrofe poema.
 Copiar poemas, com uma boa caligrafia, ortografia - Rima
correcta e respeitando as regras de acentuação e  Cópia
pontuação;  Ditado
 Escrever pequenos poemas sobre a sua província (1 a  Redacção
2 estrofes);
 Fazer desenhos sobre as riquezas da sua província. Tema transversal: As
Riquezas da Província
 Ler, com expressividade, textos narrativos; Textos narrativos Lê e escreve textos narrativos. 24
 Ler textos narrativos complementares e outros do seu  Elementos da narrativa: tempos
IX. interesse; - o autor
A NOSSA  Interpretar, oralmente e por escrito, textos narrativos e - as personagens
PROVÍNCIA poéticos, identificando aspectos da vida no tempo - o espaço Analisa os elementos do texto
colonial; - o tempo narrativo.
 Identificar no texto os elementos da narrativa (autor, - as acções.
personagens, espaço, tempo e as acções); Textos poéticos
 Identificar no poema versos, estrofes e rimas; Estrutura:
 Escrever cópias e ditados de textos narrativos e - Verso
poéticos, com uma boa caligrafia, ortografia correcta e - Estrofe
respeitando as regras de acentuação e pontuação. - Rima 
Tema transversal
- A vida no tempo colonial

 Construir frases, usando advérbios de negação. Funcionamento da língua Reflecte sobre o uso dos
- Advérbios de negação advérbios de negação.

Expressa-se, com correcção,


usando advérbios de negação.
Currículo Nacional: 360 tempos
Currículo Local: 96 tempos Total: 456 tempos
63
Programa de Língua Portuguesa

5ª Classe

64
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA

UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO

I. FAMÍLIA 5 50

II. ESCOLA 4 40

III. COMUNIDADE 2 20

IV. AMBIENTE 4 40

V. CORPO HUMANO 2 20

VI. SAÚDE E HIGIENE 3 30

VII. MEIOS DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO 4 40

VIII. A NOSSA PROVÍNCIA 2 20

IX. O NOSSO PAÍS 4 40

Sub-total 30 300

CURRÍCULO LOCAL (20%) 8 80

TOTAL 38 380

65
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: ouvir, falar, ler e escrever PARCIAIS
O aluno:

 Produzir um discurso oral com Conversa directa: telefonema  Expressa-se com


correcção;  Tipo de linguagem: cortesia em ambiente
 Dramatizar situações de conversa - discurso directo familiar.
telefónica, com diferentes finalidades, - formas características da
usando linguagem característica de linguagem oral
discurso oral, os princípios de cortesia - interjeições
e formas de tratamento adequadas;  Princípios de cortesia:
 Indicar os seus direitos e de outros - ouvir os outros;
membros da família; - esperar a sua vez;
 Desenhar os membros da sua família. - respeitar o tema;
20 tempos
I. FAMÍLIA
- acrescentar informação pertinente;
Tema transversal: Direitos e deveres dos
membros da família

 Construir frases, usando palavras Funcionamento da língua  Expressa-se,


sinónimas;  Sinonímia oralmente e por
 Flexionar nomes em género e número.  Flexão dos nomes em género e número escrito, com
(sistematização) correcção, usando a
sinonímia e
flexionando os
nomes .

66
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: ler e escrever PARCIAIS
O aluno:
 Escrever diariamente um texto (8 a 10 Diário  Lê e escreve diários,
frases) sobre o que faz ao longo do dia. Funcionamento da língua com boa caligrafia,
 Usar advérbios de tempo na produção - Advérbios de tempo ortografia correcta e
de diários. - (ontem, hoje, amanhã, quando, respeitando as regras
logo, antes, agora, depois, cedo, de acentuação e
tarde, mais logo) pontuação.

 Ler, com expressividade, histórias Texto narrativo: Histórias  Lê com


sobre regras e valores da família; -Elementos da narrativa (autor, expressividade e
I. FAMÍLIA  Interpretar histórias, oralmente e por personagem, espaço, tempo e acção) escreve textos
escrito; - Moral da história. narrativos sobre
 Identificar os elementos da narrativa e normas de 30
a moral de histórias; Tema transversal: Normas de convivência convivência tempos
 Recontar histórias, oralmente e por familiar familiar, com boa
escrito; caligrafia,
 Escrever uma história (8 a 12 frases), ortografia correcta
com sequência lógica e boa caligrafia; e respeitando as
 Ilustrar histórias; regras de
 Identificar os graus dos nomes; Funcionamento da língua acentuação e
 Produzir frases usando aumentativos e  Graus dos nomes: aumentativo e pontuação.
diminutivo (sistematização)
diminutivos;
 Pontuar adequadamente as frases;  Sinais de pontuação
 Períodos e parágrafos
 Identificar em textos, períodos e
parágrafos;

67
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, Falar e Escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler textos didácticos, em voz alta, com  Textos Didácticos  Lê textos didácticos
articulação e entoação correctas;  Debate sobre a escola e sua
 Interpretar textos didácticos; importância, com
 Participar em debates sobre a Tema transversal: A escola e sua articulação e entoação
importância da escola; importância correctas;
 Desenhar a escola ou alguns espaços da  Defende os seus pontos
escola. de vista em situação de
debate.
 Usar expressões para criticar e dar  Expressões para criticar:  Expressa-se com cortesia
sugestões. - não fizeste bem em situação de crítica e
- não devias ter feito assim sugestão.
 Expressões para dar sugestões:
25
II. ESCOLA - Acho que devias fazer desta
tempos
forma.
- Poderias fazer assim.

 Indicar os constituintes imediatos da Funcionamento da Língua  Reflecte sobre os


frase; Constituintes da frase constituintes da frase.
 Identificar o verbo como predicado da  Grupo nominal e grupo verbal
frase; (sistematização)
 Identificar os complementos directo,  Função sintáctica dos elementos do
indirecto e circunstanciais como grupo verbal (GV): predicado,
elementos do GV. complementos directo e indirecto.

68
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, Falar e PARCIAIS
Escrever O aluno:
 Ler relatos em voz alta e com articulação e Relato de acontecimentos  Lê com articulação e
entoação correctas;  Elementos a considerar na entoação correctas e
 Interpretar relatos lidos e ouvidos; produção de relatos: escreve pequenos relatos,
 Relatar, oralmente, factos ouvidos, vistos ou - O quê/quem? com boa caligrafia,
vividos usando formas verbais no passado; - Onde?
ortografia correcta e
 Escrever cópias e ditados de frases e textos, - Quando?
- Como? respeitando as regras de
com uma boa caligrafia e respeitando as
regras de acentuação e pontuação;  Cópia acentuação e pontuação.
 Escrever relatos (7 a 8 frases) sobre a escola  Ditado
15
II. ESCOLA ou os professores.  Redacção
tempos
 Aplicar os sinais de pontuação em relatos que
produz;
 Distinguir os tempos verbais entre si; Funcionamento da Língua  Expressa-se, oralmente e
 Utilizar os diferentes tempos verbais em  Tempos verbais: por escrito, com correcção,
frases/textos; - presente e futuro do usando diferentes tempos
 Passar frases do presente para o futuro ou indicativo; verbais.
passado e vice-versa. - passado (pretérito perfeito,
imperfeito e mais que
perfeito do indicativo).
 Ler entrevistas sobre manifestações culturais;  Entrevista  Lê entrevistas sobre
 Interpretar entrevistas sobre manifestações  Redacção manifestações culturais, e
culturais; elabora guiões de
 Elaborar guiões de entrevistas sobre Tema transversal: entrevista, com boa
manifestações culturais da sua comunidade; Manifestações culturais da caligrafia, ortografia
 Fazer entrevista para obtenção de informação comunidade (danças, canções,
correcta e respeitando as
sobre as manifestações culturais da sua jogos, pratos típicos, etc.)
comunidade; regras de acentuação e
 Fazer desenhos sobre manifestações culturais pontuação.
III. 20
da sua comunidade.
COMUNIDADE tempos
 Construir frases, usando, gradualmente os Funcionamento da língua  Expressa-se, oralmente e
complementos circunstanciais de lugar, de por escrito, com correcção,
tempo, de modo e de companhia);  Expansão da frase: expandindo frases e
 Identificar marcas do discurso directo e complementos circunstancial usando o discurso directo e
indirecto em textos orais e escritos; de lugar, de tempo, de modo e
indirecto.
 Construir frases no discurso directo e de companhia.
indirecto;  Discurso directo e indirecto  Reflecte sobre o discurso
 Passar frases do discurso directo para o directo e indirecto.
indirecto e vice-versa.

69
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, Falar e Escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler textos narrativos complementares e outros Textos Narrativos: Histórias  Lê com
do seu interesse; - O assunto principal do texto expressividade e
 Interpretar, oralmente e por escrito, textos - Autor escreve textos
narrativos; - Personagens
narrativos sobre
 Identificar os elementos da narrativa (autor, - Localização da acção no tempo e no
preservação do
personagens, tempo e espaço); espaço
ambiente, com boa
 Escrever, com boa caligrafia, cópias e textos - Moral da história
ditados, respeitando as regras de acentuação e  Cópia caligrafia, ortografia
pontuação;  Ditado correcta e
 Ler esquemas do processo de transformação  Esquema respeitando as regras
de matérias primas em produtos acabados;  Debate de acentuação e
 Interpretar esquemas do processo de  Redacção pontuação.
transformação de matérias primas em
produtos acabados; Tema transversal: Preservação do ambiente
 Descrever o processo de produção de
transformação de matérias primas em
produtos acabados;
IV.  Elaborar esquemas do processo de 40
AMBIENTE transformação de matérias primas em tempos
produtos acabados;
 Discutir formas de preservação do ambiente
em que vive;
 Elaborar pequenas composições (4 a 6 frases)
 Elaborar cartazes com dizeres que apelam  Expressa-se,
para atitudes positivas em relação à oralmente e por
preservação do ambiente. escrito, com
 Fazer tecelagem com fibras naturais ou correcção, usando
artificiais; Funcionamento da língua
 Artigos definidos e indefinidos artigos e flexionando
 Usar artigos definidos e indefinidos em textos adjectivos;
e frases que produz; 
 Adjectivos Reflecte sobre
 Distinguir os adjectivos uniformes dos
biformes; - Flexão em género/número/grau adjectivos uniformes
e biformes.
 Usar adjectivos uniformes e biformes em
frases;
 Produzir frases aplicando os graus normais e
comparativo dos adjectivos.

70
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, Falar e Escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler textos descritivos em voz alta, com  Descrição  Lê textos descritivos e
articulação e entoação correctas; elabora cartazes sobre
 Interpretar textos lidos; Tema transversal: Regras de higiene regras de higiene
 Escrever cópias e ditados de textos, com corporal corporal, com boa
uma boa caligrafia e respeitando as regras de caligrafia, ortografia
acentuação e pontuação; correcta e respeitando
 Mencionar as regras de higiene corporal; as regras de
 Elaborar cartazes sobre regras de higiene acentuação e
V. pontuação.
corporal; 20
CORPO
 Enumerar as formas de prevenção de tempos
HUMANO Funcionamento da língua  Expressa-se, oralmente
doenças;
 Adjectivos e por escrito, com
 Usar adjectivos adequados para fazer a  Preposições (após, sob, perante, contra) correcção, usando
descrição física e psicológica das pessoas;  Contracções (à, às, ao, aos). adjectivos, preposições
 Escrever textos/frases, usando preposições; e contracções.
 Identificar contracções e preposições em
textos diversos.

71
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, Falar e Escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler textos didácticos, em voz alta  Textos didácticos  Lê, com articulação e
e com articulação e entoação entoação correctas,
correctas; Tema transversal: Prevenção de doenças textos didácticos sobre
 Interpretar textos lidos; prevenção de doenças;
 Descrever, oralmente, formas de  Cópia  Elabora cartazes sobre
prevenção de doenças;  Ditado prevenção de doenças,
 Escrever cópias e ditados de  Relato com boa caligrafia,
textos, com uma boa caligrafia e  Cartazes ortografia correcta e
respeitando as regras de respeitando as regras de
acentuação e pontuação; acentuação e pontuação.
 Explicar as formas de transmissão
e prevenção do HIV e SIDA;
 Indicar atitudes positivas em
relação às pessoas doentes, em
particular os portadores de HIV e
VI.
SIDA; 30
SAÚDE E
HIGIENE  Relatar factos ou experiências tempos
pessoais ou acontecimentos
relacionados com uma doença de
que tenha padecido e forma de
tratamento;
 Elaborar cartazes sobre formas de  Expressa-se, oralmente e
prevenção de doenças; por escrito, com
correcção, usando
 Distinguir a frase declarativa da diferentes tipos de frases
exclamativa; e pronomes
 Usar frases declarativas e Funcionamento da Língua demonstrativos;
exclamativas em textos;
 Tipos de frases: declarativo e exclamativo  Reflecte sobre tipos de
 Usar pronomes demonstrativos
invariáveis, em frases orais e  Pronomes demonstrativos: isto, isso, aquilo frases.
escritas.

72
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, Falar e PARCIAIS
Escrever O aluno:
 Ler com expressividade textos narrativos sobre  Lê com
os meios de comunicação; Textos Narrativos expressividade e
 Interpretar textos narrativos, oralmente e por - Elementos da narrativa (autor, escreve textos
escrito; personagem, espaço, tempo, narrativos sobre
 Identificar a moral da história; acção) normas de
 Identificar os elementos da narrativa em - Moral da história segurança
histórias;  Cópia rodoviária, com boa
 Recontar histórias, oralmente e por escrito;  Ditado caligrafia,
 Escrever cópias e ditados de textos, com uma  Redacção ortografia correcta
boa caligrafia, respeitando as regras de e respeitando as
acentuação e pontuação; Tema transversal: Normas de regras de
 Escrever uma história (8 a 12 frases), com segurança rodoviária acentuação e
sequência lógica e boa caligrafia; pontuação.
 Ilustrar uma história;  Transportes e vias de circulação
VII.  Apresentar num esquema os elementos da  Elementos da comunicação :
MEIOS DE comunicação; emissor, receptor, mensagem e 40
canal  Reflecte sobre os
TRANSPORTE E  Indicar a função dos meios de comunicação ; tempos
COMUNICAÇÃO  Usar vocabulário relacionado com os meios de  Função da comunicação elementos da
 Jornal de turma comunicação;
comunicação;
 Indicar as normas de segurança nos diferentes
meios de transportes e vias de circulação;
 Identificar os meios de comunicação mais  Expressa-se,
usados na sua comunidade; oralmente e por
 Compor o jornal de turma; Funcionamento da língua
 Advérbios de tempo, lugar, escrito, com
 Desenhar os meios de transporte. correcção, usando
modo, negação e dúvida
 pronomes pessoais em forma de advérbios e
 Produzir frases e textos usando advérbios de pronomes pessoais;
complemento directo e indirecto
tempo, lugar, modo, negação e dúvidas;
 Construir frases, utilizando pronomes pessoais
em forma de complemento indirecto;
 Produzir frases, aplicando os graus normal e
comparativo dos adjectivos.

73
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÙDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, Falar e Escrever PARCIAIS
O aluno:
 Ler poemas, com expressividade,  Texto poético  Lê com
entoação e ritmo adequados; Estrutura: expressividade,
 Interpretar, oralmente e por escrito, - Verso entoação e ritmo
textos poéticos; - Estrofe adequados textos
 Identificar, nos poemas, versos, estrofes - Rima  poéticos e escreve
e rimas;  Cópia poemas com 2 ou
 Copiar poemas com uma boa caligrafia, 3 estrofes.
ortografia correcta e respeitando as  Redacção
regras de acentuação e pontuação.
 Escrever poemas (2 a 3 estrofes) sobre a  Expressões para localização de lugares
sua província. (norte, sul, centro)
VIII.
 Usar expressões adequadas para 20
A NOSSA
localizar no mapa a sua província em Tema transversal: Aspectos históricos, tempos
PROVÍNCIA
relação a outras províncias do país; económicos e culturais da província
 Indicar as riquezas da sua província;
 Expressa-se,
 Usar palavras sinónimas em frases e Funcionamento da língua oralmente e por
textos;  Sinonímia escrito, com
 Pronomes possessivos correcção, usando a
 Distinguir o uso do “teu” e “seu” de
acordo com a pessoa a quem se dirige; sinonímia e
pronomes
 Identificar o uso de “seu” para referir a
possessivos;
segunda pessoa (real) ou a terceira
pessoa (cortesia).

74
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS CONTEÙDOS COMPETÊNCIAS CH
TEMÁTICA O aluno deve se capaz de: Habilidades: Ouvir, Falar e PARCIAIS
Escrever O aluno:
 Ler com expressividade textos narrativos sobre os  Textos narrativos  Lê com
meios de comunicação; - Elementos da narrativa (autor, expressividade e
 Interpretar textos narrativos, oralmente e por escrito; personagens, espaço, tempo, escreve textos
 Identificar a moral da história; acção) narrativos sobre as
 Identificar os elementos da narrativa em histórias; - Moral da história riquezas do país, com
 Distinguir autor de narrador;  Cópia boa caligrafia,
 Recontar histórias, oralmente e por escrito;  Ditado ortografia correcta e
 Escrever cópias e ditados de textos, com uma boa  Redacção respeitando as regras
caligrafia, respeitando as regras de acentuação e de acentuação e
pontuação;  Exposição oral ou escrita pontuação.
 Escrever textos narrativos (8 a 12 frases), com
sequência lógica e boa caligrafia;
 Descrever lugares de interesse turístico, histórico e Tema transversal: as riquezas do
nosso país  Expressa-se, 25
cultural do país;
oralmente e por tempos
IX.  Indicar riquezas naturais do país e sua localização;
escrito, com
O NOSSO correcção, usando
PAÍS  Identificar pronomes indefinidos; Funcionamento da língua
 Produzir frases e textos, usando os pronomes  Pronomes indefinidos: tudo; todo; pronomes
algum\a; alguns\as; alguém; indefinidos;
indefinidos;
ninguém; nada; qualquer; cada.
 Identificar as diferentes funções sintáticas dos 
elementos de uma frase.  Análise sintáctica: sujeito, Reflecte sobre a
predicado, complemento directo, função sintáctica dos
indireto e circunstancial. elementos da frase;

 Poesia de combate  Lê, com entoação e


 Ler poemas, relacionados com a Luta de Libertação ritmo adequados,
Nacional , com entoação e ritmo adequados; Estrutura: textos poéticos;
 Interpretar, oralmente e por escrito, textos poéticos; - Verso  Reflecte sobre a 15
 Identificar nos poemas versos, estrofes e rimas; - Estrofe estrutura de poemas. tempos
 Copiar poemas com uma boa caligrafia, ortografia - Rima 
correcta e respeitando as regras de acentuação e  Cópia
pontuação.
Currículo Nacional: 300 tempos
Currículo Local:80 tempos
Total: 380 tempos

75
Sugestões Metodológicas

O segundo ciclo do Ensino Primário marca o início de uma nova etapa de aprendizagem. Este facto
pressupõe que o aluno tenha atingido as competências do 1º ciclo, isto é, que tenha adquirido uma
competência comunicativa e linguística que lhe permita enfrentar os novos desafios que o esperam
neste ciclo.

Este ciclo compreende três classes, nomeadamente, a 3ª, a 4ª e a 5ª classes e é marcado pela
introdução, na 4ª classe, de duas novas disciplinas que são as Ciências Naturais e as Ciências Sociais,
o que exigirá do aluno um maior domínio das quatro habilidades de língua (ouvir, falar, ler e
escrever).

Tendo em conta os três principais cenários linguísticos, prevalecentes no nosso país, nomeadamente:
i) crianças que falam Português como língua materna; ii) crianças que falam Português como língua
segunda e iii) crianças que não falam Português, propõe-se uma pedagogia que valorize a
experiência/vivência do aluno e um ensino de língua orientado para a comunicação funcional. Assim,
os programas propostos sugerem uma metodologia centrada na actividade do aluno em que o papel do
professor, como facilitador do processo de ensino-aprendizagem, é manter os alunos activos, levando-
os a desenvolver as quatro habilidades de língua, a questionar a realidade e fornecer-lhes estratégias
de aprendizagem.

Os novos programas pretendem ainda promover no professor, um espírito crítico que deverá ser
caracterizado por um questionamento permanente da sua actividade e consequente procura de
estratégias mais adequadas à sua realidade concreta.

Estes programas pretendem desenvolver nos alunos competências, que incorporam habilidades,
conhecimentos e valores de uma forma integrada. Nos programas de Português para o 2º ciclo são
sugeridos temas que, regra geral se mantêm ao longo das três classes, variando apenas no seu grau de
abordagem.

Pretende-se que a partir de uma unidade temática, por exemplo, Família, o professor envolva os
alunos em actividades de ouvir e falar e ler e escrever e faça a abordagem de diferentes conteúdos de
língua portuguesa.

76
Para o desenvolvimento das habilidades de ouvir e falar, as imagens, os diálogos, as histórias, as
dramatizações, os recontos, as canções e os jogos constituem a base fundamental, pois permitem
diversificar e aumentar o vocabulário e a quantidade e qualidade de linguagem, abrindo mais espaço
de uso da língua. E, para o desenvolvimento das habilidades de ler e escrever, a leitura, a cópia, o
ditado e a redacção poderão funcionar como actividades que estimulam a escrita, devendo ser
permanentes nas três classes.

1. Ouvir e falar

As habilidades de ouvir e falar iniciadas nas classes anteriores deverão, neste ciclo, ser orientadas
para o aprofundamento da capacidade de o aluno compreender, interpretar e produzir mensagens
orais.

O sucesso do desenvolvimento destas habilidades dependerá do envolvimento dos alunos em


situações de comunicação contextualizadas baseadas nas unidades temáticas.

1.1 Ouvir

Para o desenvolvimento da habilidade de ouvir, o professor deverá proporcionar aos alunos


momentos de audição de frases, diálogos, canções, textos de natureza diversa (narrativas, descrições,
poemas, relatos, etc.), lidos ou contados pelo professor ou pelos colegas.

Como forma de verificar o desenvolvimento da habilidade de ouvir o aluno deverá ser levado a:

 Identificar o tipo de texto;


 Identificar as personagens numa história;
 Identificar os intervenientes num diálogo;
 Identificar os tipos e formas de frase;
 Extrair o conteúdo principal de uma conversa ou de uma história;
 Recontar oralmente uma história ouvida;
 Reconstruir um texto/história ouvido;
 Resumir oralmente um texto ouvido;
 Transmitir informação ouvida a alguém;

77
 Descobrir objectos, pessoas, profissões a partir de uma descrição oral;
 Desenhar uma rota correspondente a instruções dadas oralmente, indicando os pontos de
referência;
 Converter textos ouvidos em textos escritos

1.2 Falar

A maior parte do tempo da aula dedicado à oralidade deve ser dado ao aluno para falar. Deve-se,
portanto, criar oportunidades para o aluno dialogar, fazer perguntas e responder a perguntas
formuladas tanto pelo professor como pelos seus colegas.
Tarefas realizadas em grupos de dois ou mais alunos, são vistas como vantajosas por se considerar
que os alunos usam mais a língua no grupo de colegas do que quando os professores estão em frente
deles e, por abrirem espaço para se corrigirem uns aos outros.

Para o desenvolvimento da habilidade de falar, o professor deverá propor aos alunos actividades em
que, a partir da observação de imagens e de factos vividos, narrados ou imaginados, o aluno possa:
 Expressar os seus sentimentos, desejos e atitudes;
 Formular pedidos e justificações;
 Fazer perguntas;
 Transmitir informações;
 Dar instruções;
 Responder a perguntas;
 Relatar factos, eventos, processos de produção de um objecto, jogos, experiências pessoais,
etc.;
 Expressar opiniões, concordar ou discordar;
 Recontar histórias ou factos;
 Emitir juízos de valor;
 Falar de um texto lido nas horas vagas (recomendado pelo professor ou escolhido pelo aluno);
 Expressar-se durante a resolução de um problema, exercício, jogos ou construção de um
objecto, etc.

78
 Explicar o conteúdo de um cartaz ou sinal (informação, proibição ou perigo);
 Dramatizar eventos vividos ou contados;
 Contar anedotas, adivinhas, provérbios e outras formas de expressão da tradição oral;
 Explicar o processo de resolução de um problema.

Considera-se que o aluno desenvolveu a habilidade de falar quando este for capaz de produzir
mensagens orais, usando adequadamente os recursos de que a língua dispõe, como, por exemplo, a
palavra, o gesto, a mímica, a entoação, etc.

A dramatização é uma das formas de comunicação e possui uma grande função na aprendizagem da
oralidade. Esta actividade deve ser realizada ao longo de todo o EP1, e com a maior naturalidade
possível.

Entretanto, o professor deve ter o cuidado de corrigir os enunciados dos alunos de forma discreta para
evitar a inibição na sua participação na aula. Por isso, nem sempre deve corrigir logo que o erro
ocorre, mas sim nos intervalos dos enunciados.

2 Ler e escrever

2.1 Ler
A leitura de mensagens escritas é uma habilidade cujo objectivo principal é levar o aluno a
descodificar e interpretar o código escrito. Para uma leitura e interpretação bem sucedida, o aluno
relacionará o seu conhecimento das palavras e significados do texto com o que já sabe sobre a
realidade à sua volta (cultura, hábitos, etc.).

A leitura de textos deve ser feita em tom natural. Os alunos devem aprender a pontuar frases de
acordo com a intencionalidade das mesmas. Num tom natural, devem fazer as declarações, as
interrogações, exclamações, etc.

O programa propõe três formas de leitura com objectivos distintos:

79
i) Leitura obrigatória: cujo objectivo é, no ambiente da sala de aula, ensinar a ler e a interpretar
diferentes tipos de textos propostos no livro do aluno (histórias, cartas, poemas, etc.);
ii) Leitura complementar que, como o termo diz, completa e consolida a leitura obrigatória;
iii) Leitura de lazer: cujo objectivo é criar o gosto pela leitura, onde os alunos são encorajados a ler
textos do seu agrado, dentro e fora de aula. Para valorizar e estimular este tipo de leitura, o
professor criará momentos em que cada aluno tenha oportunidade de falar dos textos lidos.

2.2 Interpretar textos

Para a interpretação de textos propõem-se as seguintes actividades:


 Interpretar imagens e mensagens orais ou escritas;
 Responder a questionários escritos;
 Elaborar perguntas relacionadas com um texto escrito;
 Elaborar perguntas para respostas escritas;
 Preencher exercícios lacunares sobre o texto;
 Recontar oralmente e/ou por escrito um texto lido ou ouvido;
 Caracterizar física e psicológica as personagens de um texto lido;
 Identificar a moral de histórias lidas;
 Reproduzir uma mensagem escrita através do gesto ou mímica;
 Dramatizar uma história ou outro tipo de texto lido.

As actividades de ensino da leitura e interpretação de textos poderão compreender três grandes


momentos: preparação da leitura; leitura e pós-leitura.
a) Preparação da leitura

É o momento de preparação dos alunos para o texto que vão ler. Nesta fase, faz-se uma
contextualização do texto que poderá ser através de uma pequena conversa relacionada com o tema
do texto, um jogo ou diálogo sobre imagens.
b) Leitura

80
Leitura silenciosa: Este é o primeiro contacto do aluno com o texto, e deverá ser gradualmente
controlado em termos de tempo, de tal maneira que os que terminam a leitura, não perturbem a
concentração dos colegas. Deverá também merecer a atenção do professor a posição do aluno em
relação ao livro, a não movimentação dos lábios nem o uso do dedo para seguir a leitura.

Após a leitura silenciosa, o professor faz perguntas de interpretação global do texto. Colocando duas
ou três perguntas globais; o professor tentará testar a apreensão do conteúdo principal do texto. Neste
estágio, o professor não se deve preocupar com algumas palavras “desconhecidas”, salvo casos
excepcionais em que o significado de uma palavra ou expressão esteja a bloquear a compreensão do
conteúdo do texto.

Em seguida o professor faz perguntas de interpretação parcelar do texto. Este conjunto de perguntas
mais amplas pretende testar com maior profundidade a compreensão do conteúdo do texto.
A interpretação parcelar integra perguntas sobre o texto na sua totalidade, descendo até ao pormenor.
Esta actividade poderá incidir sobre parágrafos, períodos e mesmo palavras.

Após a interpretação do texto, os alunos fazem o levantamento de palavras cujo sentido é


desconhecido, sempre dentro do contexto em que aparecem. O professor deverá trazer, no seu plano,
uma previsão das possíveis “palavras difíceis” que os alunos poderão identificar. Nessa lista, também
deverá estar clara a distinção entre as palavras que necessitam apenas de um esclarecimento
(indicação de um sinónimo) e aquelas que deverão ser exercitadas na aula, de modo a passarem a ser
usadas pelos alunos no seu discurso. Para este efeito, aconselham-se exercícios e jogos de vocabulário
como por exemplo: palavras cruzadas, família de palavras, associações de palavras, etc.

Sugere-se que o professor comece a preparar os seus alunos para o uso do dicionário, trazendo-o para
a aula (caso o tenha) ou transcrevendo do dicionário o significado das palavras e respectivos
sinónimos. Em seguida, os alunos são levados a seleccionar o sinónimo que melhor se adapta ao
contexto e a compilar um pequeno dicionário nas últimas páginas do caderno para registar palavras
novas que aprendem na aula ou fora dela.

81
Leitura oral e expressiva: A leitura oral e expressiva deve ser realizada quando o aluno já conhece o
texto, permitindo-lhe fazer uma leitura com entoação, pausa e ritmo adequados. Esta leitura poderá
ser individual ou dialogada.
A leitura oral e expressiva reforça o rigor e a precisão na pronúncia dos sons correspondentes a cada
uma das letras (b, p, t, d, c, g, s, z) ditongos (ei, ou, ai), dígrafos/combinações fonéticas (lh, ch, nh) da
Língua Portuguesa;

Durante a leitura oral e expressiva dos alunos, o professor deve estar atento aos seguintes aspectos:
a) Tom de voz audível;
b) Pronúncia correcta e clara;
c) Marcação correcta da sílaba tónica;
d) Respiração adequada na sequência da leitura;
e) Respeito pelos sinais de pontuação e acentuação;
f) Respeito pela rima (caso se trate de um texto poético);
g) Não se deve pedir ao aluno que leia um texto sem que ele primeiro o tenha compreendido;
h) O professor só deve corrigir o aluno no fim de cada período;
i) O aluno deve repetir a leitura, tendo em conta as correcções feitas pelo professor ou pelos
colegas e.
j) O aluno deve percorrer o texto com os olhos evitando o movimento de cabeça.

c) Pós-leitura

As actividades de pós-leitura complementam e consolidam todo o trabalho realizado até aqui e inclui
exercícios ligados à produção escrita, jogos, dramatizações, debates, entrevistas, canções, desenhos,
modelagem, etc.

Desenvolvimento do gosto pela leitura


Um objectivo fundamental que o professor da Língua Portuguesa deve propor-se a atingir, em relação
ao ensino e aprendizagem da leitura, é despertar nos alunos o gosto de ler. Para o efeito, é necessário
que a leitura se torne uma actividade atraente, agradável e lúdica para o aluno.

82
As sessões de leitura de livros complementares podem ser semanais ou quinzenais; os alunos lêem
alguns textos de diferentes autores ou obras completas. Para o segundo ciclo são propostos as
seguintes obras de leitura obrigatória e complementar.

83
Lista das obras de leitura obrigatória para o 2º ciclo do Ensino Primário

01 Josina Machel Colecção Plural Moçambique. Av. Patrice


Personalidades Editores Lumumba, 765
Moçambicanas
02 Ngungunhane Colecção Plural Moçambique. Av. Patrice
Personalidades Editores Lumumba, 765
Moçambicanas
03 As Férias da Mukiua e Lexis Lexis Av. Patrice Lumumba, 263, R/C,
do Alan Publicações Publicações Flat 2, Maputo
04 Um Menino Brincalhão Joana Xavier Editora Plural
05 Ano do Sol Lourenço do Moçambique Av. Julius Nyerere, nº 46, B.
Rosário Editora Cimento B. Maputo. Moçambique
06 Um passeio pelo Céu Carlos dos Plural Moçambique. Av. Patrice
Santos Editores Lumumba, 765

Lista das obras de leitura complementar para o 2º ciclo do Ensino Primário

01 Actividades e Jogos na Lexis Lexis Av. Patrice Lumumba, 263, R/C,


Escola Publicações Publicações Flat 2, Maputo
02 Vamos proteger a água! Lexis Lexis Av. Patrice Lumumba, 263, R/C,
Publicações Publicações Flat 2, Maputo
03 A Nova Gramática da M. Dulce
Plural Moçambique. Av. Patrice
Abelhinha Amado Editores Lumumba, 765
04 Sabe Tudo 3 Plural EditoresPlural Moçambique. Av. Patrice
Editores Lumumba, 765
05 Gramática da Ana e do Fátima Lima, Porto Editora Rua da Restauração, 365 Porto –
Rui maria da Portugal
Conceição Dinis

2.3 Escrever

A escrita tem por objectivo levar os alunos a redigir textos de natureza diversa, com coerência, boa
caligrafia e respeitando as regras de pontuação e acentuação adequadas.

A actividade de escrita engloba várias fases: preparação, produção e revisão do texto. Ao longo deste
percurso, os alunos deverão ser levados a reflectir sobre o que vão escrever, a escrever sobre um
determinado tema, a exercitar modelos de escrita e a rever o texto escrito.

84
Com estas fases de escrita, espera-se desenvolver uma escrita orientada e outra criativa. Enquanto na
escrita orientada o aluno vai escrever textos com base em temas dados, na escrita criativa, pretende-se
alargar o âmbito da criatividade do aluno, dando-lhe a liberdade de escolha do tema.

À semelhança das outras habilidades, o professor deverá criar espaço para o treino da escrita, pois só
assim ela poderá ser desenvolvida. A escrita deverá ser treinada no cotodiano e não apenas no
momento de avaliação. O trabalho em grupo e o TPC contribuem para o desenvolvimento de atitudes
positivas em relação à escrita.

Para o desenvolvimento da habilidade de escrita, sugerem-se as seguintes actividades:


 Copiar palavras, frases e textos;
 Treinar a caligrafia;
 Realizar exercícios de ortografia;
 Escrever palavras, frases e textos ditados;
 Responder por escrito a um questionário;
 Escrever frases com estruturas linguísticas diversas;
 Redigir textos de natureza diversa (bilhetes, cartas, narrativas, diários, etc.);
 Redigir a continuação de uma frase dada, de modo a formar um texto, obedecendo a uma
sequência lógica;
 Escrever o princípio ou o fim de uma história.
 Recontar por escrito.

Ortografia

A finalidade da aprendizagem da ortografia é a de levar a criança a escrever sem erros. Este é um


desafio a longo prazo. Todo o tempo da escola primária, não é suficiente para se ensinar a escrever
sem erros. São várias as crianças que são capazes de ler razoavelmente continuando contudo, a
cometerem muitos erros ortográficos. Duma maneira geral a má leitura coincide com uma ortografia
deficiente.

85
O aluno precisa ter acesso a boas histórias, lendas, poesias, jornais e outros géneros, que
proporcionam formas correctas de escrita.
As técnicas mais recomendadas para o ensino e a aprendizagem da ortografia são a cópia, o ditado e
completamento de espaços lacunares. Estas técnicas são aplicadas em todos os ciclos do Ensino
Básico, podendo variar no nível de exigência, de acordo com a classe.
a) Cópia
A cópia é uma actividade de escrita que permite aos alunos fixarem as regras ortográficas e as
normas de escrita (pontuação, acentuação, uso das maiúsculas e minúsculas, translineação, etc.),
para além de desenvolver a destreza manual e a concentração necessária para a escrita.
Os textos para a cópia não devem ser longos e devem ser contextualizados em relação ao tema
abordado. O professor poderá orientar os alunos a realizar diariamente actividades de cópia de
parágrafos, versos, provérbios, adivinhas ou palavras. Pelo menos, duas vezes por semana, o
professor pode pedir aos alunos para fazerem cópias em casa.
É importante que o professor lembre os alunos que a actividade que vão realizar exige muita
atenção, que devem escrever com letra bem feita e legível e procurar fazer uma cópia limpa.

A correcção da cópia deve ser feita pelo professor. Entretanto, os próprios alunos, aos pares ou
em grupos, com ajuda do professor, poderão identificar e corrigir os erros da cópia.
Após a correcção, o professor deve levar os alunos a repetir a escrita das palavras que escreveram
com erros.

b) Ditado
O ditado é um exercício através do qual o aluno pratica a escrita e permite ao professor verificar
se os alunos conseguem transcrever os sons para a grafia correspondente. Neste contexto, o
professor poderá orientar os alunos a realizar ditados de frases e pequenos textos ou excertos de
textos.

O ditado, como actividade de ortografia, também pode ser usado como método, como exercício e
como prova.

86
1. O ditado método/tradicional
O ditado é usado como método quando o professor pretende que os alunos adquiram a ortografia das
palavras através do ditado. Nestes casos o ditado não é preparado, não há um estudo ortográfico das
palavras susceptíveis de erro. Os alunos são apenas confrontados com a imagem auditiva das
palavras.

2. O ditado-exercício
O ditado-exercício é uma perfeita correspondência entre as imagens visuais e as imagens auditivas,
considerando que esta actividade é precedida de uma cuidada preparação. Os resultados deste tipo de
ditado, em termos de aprendizagem de ortografia, medem-se pelo nível da sua preparação: quanto
melhor for preparado o ditado, melhores serão os resultados dos alunos.

3. O ditado-prova
O ditado-prova é realizado periodicamente com o objectivo de identificar o nível de correcção
ortográfica e as dificuldades dos alunos.

Preparação do ditado
 Leitura e análise do texto seleccionado.
 Estudo ortográfico das palavras difíceis.
 Leitura cuidada das palavras escolhidas.
 Ditado do texto.

Como se deve ditar um texto?


O professor deve assegurar que todos os alunos estejam atentos e devidamente preparados para o
ditado com o caderno aberto, caneta ou lápis e borracha para escrever. Deve permanecer no mesmo
lugar enquanto dita em voz alta, clara e devagar. O ditado deve ser por pequenas unidades lógicas,
respeitando a pontuação. Só repete, se alguma criança não ouvir bem.

Correcção do ditado

87
A correcção do ditado deve ser feita pelo professor. Entretanto, pode ser realizada pelo próprio aluno
(auto-correcção) apoiando-se no livro, por um colega com quem troca o ditado (correcção mútua) ou
ainda por um grupo de alunos mais capazes. Na correcção, a palavra errada deve ser assinalada e por
cima, escreve-se a palavra correctamente. Em seguida, o aluno escreve em colunas três vezes cada
uma das palavras que errou.

Caligrafia
Os exercícios de caligrafia iniciam na 1ª classe quando os alunos aprendem a escrever as primeiras
letras/palavras/frases e prolongam-se até à 7ª classe, na medida em que se destinam a aperfeiçoar a
escrita. Embora o cuidado com a caligrafia dos alunos seja preocupação constante do professor em
todas as disciplinas, semanalmente, durante as aulas de Português, deve haver tempo dedicado à
caligrafia.
Como desenvolver actividades de caligrafia?
Os exercícios de caligrafia são constituídos por cópias de palavras, frases ou pequenos textos em que
os alunos aprendem a realizar o traço correcto das letras e a respectiva ligação entre elas. Para o
efeito, o professor poderá seguir o seguinte esquema metodológico:
 Registo no quadro das palavras, frases ou textos, em ponto grande, na letra adoptada para a
aprendizagem da leitura e da escrita;
 Leitura e interpretação com o apoio do professor;
 Cópia, no quadro, feita por alguns alunos, de partes indicadas pelo professor em linhas
previamente traçadas;
 Cópia do exercício nos cadernos diários.

Redacção
Os alunos devem ser habituados a produzir textos desde a 1ª classe. Compete ao professor estimular o
aluno e proporcionar ocasiões para que ele escreva.
A observação da estrutura dos textos em estudo bem como da linguagem utilizada é um bom ponto de
partida para a actividade final que é a produção de textos. Para o efeito, o programa apresenta
diferentes tipologias de texto.

A descrição de objectos pode ser usada, com bons resultados, como iniciação para a composição.

88
Como possíveis questões, no caso da descrição de uma boneca, poderiam ser:
- Quem fez ou quem comprou a boneca?
- De que é feita a boneca?
- Que roupa tem a boneca? (vestido, saia e blusa ou calças e blusa)
- De que cor é o vestido da boneca?
- A boneca é bonita?
- A Maria gosta da boneca?

Normas do Processo de Ensino e Aprendizagem da Redacção


- Antes de aprender a redigir, a criança deve aprender a falar;
- A criança só pode falar ou escrever sobre assuntos do seu conhecimento, pelo que a redacção
deve ser previamente preparada;
- A redacção deve ser motivada, para despertar mais interesse na criança;
- No início a redacção deve ser objectiva e, evoluindo gradualmente para assuntos subjectivos.
A imaginação e criatividade da criança têm aqui um papel fundamental. O caminho é, como
sempre, do concreto ao abstracto;
- A redacção também deve aplicar-se, como auxiliar das outras disciplinas, em composições e
resumos, etc.
- Deve aproveitar-se a redacção como meio de educação moral, de aquisição de conhecimentos,
etc.
- Devem variar-se tanto quanto possível, os temas de redacção, tendo em consideração o seu
interesse para as crianças e a sua utilidade prática.

Deve ter-se presente que o desenho é uma forma de expressão muito querida pela criança e que pode
servir de ponto de partida para excelentes descrições ou redacções ou ainda como ilustração e melhor
esclarecimento do que se diz ou se escreve.

3 Funcionamento da Língua

89
O papel da gramática na aprendizagem de línguas, tem sido uma questão que preocupa os
professores. De facto, perguntas do género: “como é que a gramática deverá ser usada na sala de
aula? Ou como levar os alunos a chegar às regras gramaticais à partir do uso da língua?” constituem
desafios na actividade do professor.

É a pensar nestas questões que apresentamos um programa em que os conteúdos relativos ao


funcionamento da língua aparecem ligados a diferentes tipologias de texto e concorrem para o
desenvolvimento das habilidades de ouvir, falar, ler e escrever.
Deste modo, ao planificar as suas aulas, o professor deverá procurar conduzir o aluno à regra
gramatical a partir do uso da língua, isto é, apresentando as estruturas gramaticais em frases ou textos.
Assim, o percurso para se chegar à regra deverá partir de um contexto mais amplo, por exemplo, uma
história ouvida, um texto lido, uma actividade de oralidade, um jogo, um debate ou um problema.

4 Sugestões metodológicas para o ensino-aprendizagem das disciplinas integradas


À semelhança do 1º ciclo, nos programas de língua portuguesa do segundo ciclo foram incorporados
conteúdos de Educação Visual e Ofícios e Educação Musical. De seguida, apresenta-se algumas
sugestões para a abordagem dos conteúdos dessas disciplinas nas diferentes classes.

Educação Visual e Ofícios


4ª classe
Textos narrativos
Tema transversal: Datas comemorativas e festivas
Competência: faz desenho e postais sobre datas comemorativas e festivas
Sugestões metodológicas:
Neste capítulo poder-se-á priorizar as técnicas e materiais que melhor se adequam à região onde a
escola se encontra inserida, isto é, na impossibilidade dos alunos poderem adquirir material
convencional, podem usar material de desperdício como: pedaços de papel, cartolina, cartão, tecido,
sementes para criar postais com efeito decorativo criativo e interessante.
A Bandeira Nacional pode ser feita tanto na técnica de desenho/pintura como também em recorte e
colagem. Cores encontradas em revistas ou tecidos podem ser recortadas e coladas para criar a
Bandeira Nacional.

90
Tema transversal: Animais domésticos e selvagens
Competência: Faz modelagem dos animais domésticos e selvagens
Para além de modelagem, o aluno poderá usar outra técnica como desenho, pintura, recorte e colagem
para a abordagem deste tema. Esta alternativa servirá para colmatar a dificuldade de aquisição de
materiais modeláveis em certas zonas, se for o caso.

Tema transversal: Plantas


Competência: Decalca/estampa plantas
Os alunos poderão identificar no meio envolvente plantas ou partes delas, que queiram estampar num
espaço que pode ser papel, cartolina ou outro suporte, criando composições com bonitos efeitos
decorativos. Caso haja dificuldade na aquisição de tintas ou colas, como alternativa, o aluno com a
ajuda do professor poderá investigar algumas plantas não nocivas, que libertam tintas e colas naturais.

Tema transversal: Meios de transporte


Competência: Constrói meios de transporte em miniatura
Neste tema, o aluno poderá usar a sua preferência e criatividade e optar pelo material que lhe
convier. Carrinhos, aviões, barcos, etc, poderão ser feitos com material de desperdício (latas,
arames...) ou com material modelável (barro, platicina, massas doces ou salgadas...).
Competência: Desenha e legenda meios de comunicação
Os objectos que se propõe aqui representar, podem ser criados pelos alunos ou reproduzidos após a
visualização em livros ou revistas. Por outra, também poderão representar os meios de comunicação
que possuam nas suas casas.

5ª classe
Competência: Desenha a escola ou alguns espaços
Nesta faixa etária, o aluno poderá desenhar a sua escola ou partes dela. A representação poderá ser da
sua escola real ou a escola dos seus sonhos, com bonitos jardins ou campos de jogos que esta não
possui. O professor deve dar essa liberdade de expressão à criança e considerar que todas as
representações são válidas.

Competência: Elabora cartazes sobre regras de higiene corporal e formas de prevenção de doenças.

91
Nesta actividade, os alunos elaborarão cartazes que contenham, para além do texto, imagens de
pessoas, a lavar os dentes, a tomar banho, etc, assim como imagens ilustrativas de formas de
prevenção de doenças. Lembremos que nesta idade o aluno ainda não atingiu o nível de perfeição nos
desenhos, principalmente da figura humana, pelo que o professor deve motivá-las com elogios como
forma de incentivá-las.

Educação Musical
Tal como no primeiro ciclo, o segundo ciclo do Ensino Básico deverá continuar a privilegiar a
iniciação musical, o repertório de canções educativas, jogos e exercícios de expressão, incidindo
sobre o desenvolvimento rítmico, a expressão livre de emoções e a linguagem dos sons (cantar e tocar
os sons, reconhecê-los, localizá-los no espaço) para além das actividades criativas.
Neste nível, deverá continuar-se a trabalhar as qualidades do som, como:
- Timbre (sons produzidos por diferentes instrumentos, pessoas ou animais);
- Altura (som grave, agudo e médio);
- Intensidade (sons fortes e fracos);
- Duração (sons longos e curtos).

O professor deverá vivenciar os andamentos (rápido, normal e lento), os instrumentos musicais, a


banda rítmica, a linguagem do corpo, as canções e danças.
A experiência musical viva e criativa será a base de todas as aprendizagens. Desde modo a criança
deverá ser dada a oportunidade de ouvir com discriminação os sons do ambiente explorando as
possibilidades sonoras dos objectos, acompanhar canções com batimentos corporais ou com
instrumentos de percussão e desenvolver a coordenação motora.
Na educação rítmica, o professor deve privilegiar exercícios rítmicos de coordenação motora, usando
o vasto repertório de canções e danças nacionais. Incentivar a prática rítmica com objectos e
instrumentos de percussão e explora, igualmente, o corpo humano como um instrumento musical.
Na educação auditiva, o professor em conjunto com os alunos deverá explorar o ambiente para
descobrir as diferentes fontes sonoras fazendo com que os seus educandos imitem e reproduzam os
sons de animais, pessoas e objectos etc.

92
Na educação vocal e canto, o professor deverá privilegiar canções de vivência das crianças, como
forma de desenvolver as suas capacidades interpretativas. Para atingir aqueles objectivos, o professor
pode utilizar canções que envolvam temas específicos, como números, datas comemorativas, poesias,
gramática, história, geografia, biologia, etc. Além dessas, pode socorrer-se de canções relacionadas
com habilidades, análise, síntese, discriminação visual e auditiva, coordenação motora, etc.

Como ensinar as canções


É de referir que o ensino de canções exige muita criatividade por parte do professor bem como o uso
de métodos adequados. Antes de começar a ensinar uma canção, o professor deve preparar
psicologicamente os seus alunos, motivando-os para a actividade que irão realizar em seguida. Assim,
aconselha-se que primeiro cante a canção do princípio ao fim, de modo a expô-la completamente aos
seus educandos. Depois deve ensinar o refrão ou coro, por ser a parte mais fácil e mais repetida em
muitas canções.
Depois do refrão ou coro, deverá de seguida ensinar toda música, estrofe por estrofe. Finalmente, ele
deve cantar a canção toda e pedir que os seus alunos façam o mesmo.

Temas da Educação Musical contidos nos Programas da Língua Portuguesa, 4ª e 5ª classes

i. Tema transversal: Normas de convivência entre membros da família (unidade temática:


família)
Na abordagem do tema sobre normas de convivência entre os membros da família, o professor
poderá recorrer a algumas canções que contenham conteúdos relacionados com o tema. Estas
poderão ser das comunidades locais ou outras. É de frisar que em todos temas transversais, o
professor poderá usar canções ou jogos para vivenciar os conteúdos em tratamento.

ii. Temas transversais: animais domésticos e selvagens.


Para além de canções, na abordagem deste tema, o professor poderá recorrer a alguns jogos de
cabra-cega, jogos de imitação das vozes dos diferentes animais ou outras actividades musicais.
Por exemplo, poderá dividir a turma em diferentes grupos, onde cada grupo imita a voz de um
determinado animal. Também, poderá pôr as crianças num círculo onde uma delas fica no meio e
tenta identificar o nome do colega que imita a voz de um determinado animal. Poderá, também,

93
explorar as propriedades de som (altura, duração, intensidade e timbre) através da identificação
dos sons de animais que sons longos e curtos; fortes e fracos; agudos e graves. Por exemplo, a voz
do gato é aguda em relação a voz do cão.

5 Considerações Finais

No final de cada aula, o professor deve procurar avaliar a apreensão dos conteúdos por parte dos
alunos, de modo a informar-se sobre o seu progresso na aprendizagem. Caso se verifiquem muitas
dificuldades de aprendizagem, o professor poderá procurar encontrar novas estratégias de
aprendizagem, de acordo com os contextos reais, antes de passar para novas matérias.

7. Avaliação na Disciplina de Língua Portuguesa no Ensino Primário

A avaliação é um instrumento através do qual se acompanha o desenvolvimento do acto educativo,


com vista a apreciar a adequação dos diversos momentos do processo de ensino-aprendizagem. A
avaliação permite:

 Verificar se o processo docente-educativo ocorre em função das competências previstas no


programa;
 Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nas competências parciais da
língua (ouvir/falar e ler/escrever), melhorando e/ou adequando as estratégias de ensino e
procurando soluções para os problemas identificados;
 Controlar o desempenho do aluno no processo de ensino-aprendizagem, a fim de detectar
“falhas” e encontrar estratégias de recuperação em função das competências, conteúdos,
estratégias, materiais de ensino e da realidade da turma;
 Autoavaliar o desempenho do professor, de forma a detectar “falhas” na mediação do processo
de ensino e encontrar novas estratégias de correcção.

A avaliação deve estar presente em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, isto é, a


avaliação é uma actividade contínua, permanente e sistemática.

94
De uma forma geral, o processo de ensino-aprendizagem recorre a três tipos de avaliação:
Diagnóstica, Formativa e Sumativa.

Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lectivo, semestre,
ciclo, unidade temática, etc.) e tem por objectivo, colher informação sobre o nível inicial de
aprendizagem dos alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma determinada aptidão e
capacidade.

Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que garantam
que todos os alunos desenvolvam as competências previstas no programa e, por outro, delimitar as
capacidades que o aluno possui para que possa enfrentar certo tipo de aprendizagens (conteúdos ou
temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter maiores ou menores resultados.

No caso do ensino do Português, podem ser enumeradas as seguintes vantagens:

 Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno para a
nova matéria, verificando-se o que tiver sido aprendido anteriormente e a consequente
recuperação e consolidação das matérias que constituem pré-requisitos para a nova unidade
temática;

 No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos de
proficiência linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior consolidação
e planificar acções que visam o aproveitamento dos alunos com melhor domínio de língua,
para auxiliar aqueles que demonstram dificuldades e, por isso, requerm uma maior atenção.

Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas especiais, de
modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma.

O resultado da avaliação diagnóstica deve ser comunicado aos alunos, individualmente, embora não
se lhes atribua uma classificação.

Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do processo de ensino-aprendizagem.


Esta tem uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível de realização

95
das competências definidas no programa e incentiva o aluno o aluno a empenhar-se cada vez mais nos
estudos.

A avaliação formativa preocupa-se, igualmente, com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a
sua personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida social
e linguística. Este conhecimento pode permitir a compreensão dos progressos e fracassos, bem como
as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a diferentes tipos de alunos.

Neste tipo de avaliação, os critérios a adoptar incluem uma auscultação e uma ligação directa com os
pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas especiais, é
necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou relações entre o
passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deve preparar tarefas adicionais e
específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é expressa numericamente.

Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma unidade de
ensino, ano lectivo ou curso.

Este tipo de avaliação é aplicado em diversos estágios do processo de ensino-aprendizagem da língua


e ocorre geralmente após actividades relacionadas com a compreensão oral e escrita, por um lado, e
expressão oral e escrita, por outro.

É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, como por
exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos intervenientes,
os elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras.

Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais e semestrais, é feita de acordo com
um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa quantitativamente,
numa escala de zero a vinte valores.

O Programa de Português propõe uma avaliação contínua e sistemática, tendo em vista o


desenvolvimento integrado das quatro habilidades de língua, de acordo com as exigências de cada
ciclo.

A avaliação no ensino-aprendizagem do Português deve incidir nas seguintes habilidades:

a) Ouvir
b) Falar;

96
c) Ler
d) Escrever

A nível das habilidades ouvir e falar, importa verificar se cada aluno individualmente é capaz de:
 Fazer perguntas com: onde, quem, o que, quando,como;
 Formular frases curtas e simples (sujeito, predicado e complemento);
 Usar correctamente formas verbais (tempo presente, passado e futuro perifrástico);
 Usar vocabulário básico.

a) Ler
Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno é capaz
de:
 Ler entre dez a vinte palavras por minuto;
 Ler textos com 5 a 10 linhas;
 Compreender a informação contida em textos de natureza diversa;

b) Escrever
O professor deve procurar saber se cada aluno é capaz de:
 Copiar textos com boa caligrafia e respeitando às regras de pontuação e acentuação;
 Escrever textos ditadas;
 Legendar imagens;
 Escrever pequenos textos (5 a 8 linhas), com sequência lógica e respeitando às regras de
pontuação e acentuação;
 Produzir, por escrito, frases com estruturas linguísticas diversas.

A perspectiva de avaliação proposta deve permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe para
o/a outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de aprendizagem, para que
todos os alunos atinjam as competências parciais de um determinado ciclo, que lhes possibilita a
progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma progressão por ciclos de aprendizagem.

97
Estas condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente formativa, onde o
processo de ensino-aprendizagem está centrado no aluno e permite, por um lado, que se obtenha uma
imagem, o mais fiel possível, do desempenho do aluno em termos de competências parciais descritas
nos currículos e, por outro, servir como mecanismo de retroalimentação do processo de ensino-
aprendizagem.

Assegurada a avaliação formativa, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos
alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os
estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso.

De acordo com o espírito da progressão por ciclos de aprendizagem, só se pode verificar a


permanência de um aluno numa determinada classe e/ou ciclo, depois de o professor, em coordenação
com o Director da Escola e com os pais/encarregados de educação do educando, provar que, de facto,
o aluno não atingiu as competências mínimas exigidas.

O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do
professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino-
aprendizagem se relacionem de forma integrada.

98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bortoni, S. (1992). Educação Bidialetal – O que é? É possível?. In Revista Internacional de Língua


Portuguesa, 7, pp. 54 – 65.

Gomes, A. et all (1991). Manual do Professor de Língua Portuguesa, Vol I, 3º Nível. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian.

Gonçalves, M.P. (2000). Introdução in Panorama do Português Oral de Maputo Vol. IV: Vocabulário
Básico do Português, Contextos e Prática Pedagógica, pp. 7 – 54, Maputo: INDE.

INDE (1996). Síntese dos Principais Problemas e Recomendações do SNE. Não Publicado.

Muchave, A. J. (1999). Propedêutica da Leitura e da Escrita. Monografia para a Obtenção do Grau de


Bacharelato em Ciências da Educação. Maputo: Universidade Pedagógica e Escola Superior de Setúbal.

Ministério da Educação: DNEB. (2000). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico. Maputo.

Ministério da Educação e Cultura. (1979). O Ensino da Língua Portuguesa: Avaliação. Documento


apresentado no I Seminário Nacional sobre o Ensino da Língua Portuguesa. Maputo.

Nunan, D. (1995). Language Teaching Methodology: a textbook for teachers. New York: Phoenix Elt.

Silva, R. M. V. (s/d). O Português São Dois: Variação, mudança, norma e a questão do ensino do
Português no Brasil. In Congresso Internacional Sobre o Português. pp 375 – 401.

99
Programa de Matemática

2º Ciclo

100
1. INTRODUÇAO

A Matemática lúdica é vista como uma estratégia de ensino e de aprendizagem na qual as crianças
podem potenciar e desenvolver as suas competências matemáticas.

Uma das estratégias que demonstra algumas promessas tem sido a utilização de jogos em que os
conceitos matemáticos são apresentados numa perspectiva lúdica e de resolução de problemas. O acto
de brincar é, de facto, uma actividade indispensável para o desenvolvimento humano e o material de
trabalho necessário para desenvolver essa tarefa.

Quanto mais as crianças brincam, mais aprendem, mais exploram e descobrem, desenvolvendo uma
motivação extra para a aprendizagem, motivação essa que permanecerá para toda a vida. Um
currículo adequado às crianças deve considerar a relação entre as crianças e a Matemática que entram
no ensino com uma considerável experiência Matemática, com uma compreensão de conceitos muito
global e com algumas destrezas importantes, nomeadamente a classificação a seriação e a contagem.
A Revisão Pontual dos Programas centrou-se, fundamentalmente, na capitalização, simplificação e
transferência de alguns conteúdos, clarificação das competências a desenvolver bem como das ideias
intuitivas das crianças e a sua linguagem. O reconhecimento do desenvolvimento cognitivo, social e
emocional das crianças deve conduzir a um tipo de experiências matemáticas significativas. Esta
noção de currículo adequado ao desenvolvimento de competências das crianças é fundamental, de
modo a que as crianças conservem o prazer e a curiosidade Matemática.

O presente programa do 2º Ciclo está estruturado em oito (8) Unidades Temáticas: Números Naturais
e Operações; Espaço e Forma; Grandezas e Medidas; Fracções; Números Decimais; Tabelas e
Gráficos; Potenciação; e Percentagem. Os conteúdos têm em vista permitir às crianças desenvolver
o raciocínio, a comunicação e linguagem gráfica, que constituem uma ponte entre o real e as
abstracções matemáticas. As sugestões metodológicas apresentam-se no fim de cada unidade
temática. Porém, estas não devem limitar a iniciativa do professor; servem de base para o professor,
na condução do processo de ensino-aprendizagem da Matemática, de modo a garantir o
desenvolvimento de competências dos alunos.

101
1. Competências Gerais do Ensino Primário
Na Matemática, o aluno desenvolverá competências de contar e calcular, usando as quatro operações
básicas na resolução de problemas, por um lado, e, por outro, desenvolverá as competências de
observar, identificar, agrupar, distinguir, interpretar, analisar, estimar e medir.

1.1 Competências do 2º Ciclo

No final deste Ciclo, o aluno:


a) Conta números até 100 000;

b) Lê e escreve números até 100 000;

c) Calcula, mentalmente e por escrito, operações de adição, subtracção, multiplicação e divisão


até 100 000;

d) Relaciona as figuras planas e sólidos geométricos com objectos da vida real;

e) Resolve diferentes problemas da vida real, que envolvem grandezas, fracções, números
decimais, percentagens e tabelas e gráficos, aplicando as 4 operações básicas até 100 000;

f) Desenvolve o amor à pátria e conhece os símbolos nacionais.

1.2 Carga Horária do 2º Ciclo


A carga horária para o 2º Ciclo é definida em função de escolas com 2 turnos.
O ano lectivo é composto por 38 semanas (Calendário Escolar 2014).
O Plano de Estudos do Ensino Primário revisto contempla o seguinte fundo de tempo lectivo:
 3ªclasse : 38 semanas x 10 tempos semanais = 380 tempos lectivos.

 4ªclasse : 38 semanas x 8 tempos semanais = 304 tempos lectivos.

 5ªclasse : 38 semanas x 8 tempos semanais = 304 tempos lectivos.

Nota: Os 20% do tempo lectivo do Currículo Local estão inclusos nos 380 da 3ª classe e 304 da 4ª e
5ª classess lectivos. Assim, o professor não pode planificar aulas somente sobre o Currículo Local.
Isto é, os conteúdos do Currículo Local deverão ser tratados de forma integrada.

102
Visão Geral dos Conteúdos do 2º Ciclo

3ª CLASSE 4ª CLASSE 5ª CLASSE


UNIDADE
CONTEÚDOS CH CONTEÚDOS CH CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA
 Revisão dos números naturais até  Revisão dos números  Revisão dos números
100 naturais até 1000 naturais até 10 000
 Os números naturais
 Números naturais até 1 000 até 100 000
 Os números naturais
até 10 000  Números ordinais até
 Números ordinais até 30o;
quinquagésimo (50o);
 Números ordinais, até 40o;
 Números romanos até
 Números romanos até vinte (XX).
 Números romanos, até
NÚMEROS cinquenta (L);
trinta (XXX).
NATURAIS E
 Os múltiplos de 1000 e
OPERAÇÕES 260 150 155
10 000 até 100 000.
 Potência

 Adição e subtracção até 1000  Adição e subtracção  Adição e subtracção


até 10 000; até 100 00.
 Multiplicação e divisão de números  Multiplicação e Divisão  Multiplicação e
naturais até 1000 até 10 000;. divisão de números
naturais até 100 000

 Valores aproximados

 Valores médio

103
3ª CLASSE 4ª CLASSE 5ª CLASSE
UNIDADE
CONTEÚDOS CH CONTEÚDOS CH CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA
 Figuras Planas  Semi-recta  Triângulos
 Ângulos  Os quadriláteros
ESPAÇO E  Sólidos geométricos 25 25
 Triângulos
FORMA  Rectas e segmentos de 40
recta
 Círculo e a circunferência.
 Unidades de comprimento  Unidades de medidas de  Medidas de comprimento
perímetro de figuras planas
comprimento: km, m, dm, cm, mm. ( quilómetro, hectómetro, decámetro, metro,
decímetro, centímetro e milímetro);
 Unidades de massa:  Unidades de medidas de
GRANDEZAS - O quilograma (kg) e o capacidade: litro, decilitro,
E MEDIDAS grama (g).  Perímetro de figuras planas
centilitro e mililitro.
 Unidades de massao: t, kg e g; (rectângulo, quadro, triângulo,
 Unidades de capacidade
- O litro(l) e o mililitro O Dinheiro Moçambicano: notas e paralelogramo e losango).
(ml). moedas .

 Perímetro de figuras planas  Medidas de superfície


 O dinheiro (rectângulo, quadrado, triângulo)
40 70  Unidades de superfície (km2, hm2, 55
 Moedas e notas do dam2, m2, dm2, cm2, mm2);
dinheiro moçambicano.  Área do rectângulo
 Medidas de tempo
 Medidas de tempo  Medidas de tempo
- Relógio (horas, minutos, segundos);
Relógio (horas e minutos); - O relógio: horas, minutos e
- Calendário (o dia, a semana e segundos;
- Calendário (o trimestre, o semestre, o ano, a
os meses do ano). década e século, o quinquénio e o milénio,).
- O calendário: o dia, a semana, o mês,
o trimestre, o semestre, o ano, os
meses com 28/29, 30 e 31 dias.

104
3ª CLASSE 4ª CLASSE 5ª CLASSE
UNIDADE
CONTEÚDOS CH CONTEÚDOS CH CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA
 Noção de Fracção 15  Fracções 15
FRACÇÕES  Operações com fracções

Adição e subtracção de fracções com o


mesmo denominador

 Números decimais 25
NÚMEROS
DECIMAIS

 Tabelas e gráficos 20  Tabelas e gráficos 15


- Leitura de tabelas e gráficos de
tempo - Leitura de tabelas e gráficos de barras
TABELAS E
- Construção de tabelas e gráficos de - Construção de gráficos em quadrículas.
GRÁFICOS
tempo
40 24 24
REVISÃO REVISÃO
REVISÃO
380 304 304

NOTA: Limites Numéricos

Programa 1 ciclo/classe 2º ciclo/classe 3º ciclo/classe


1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª
Corrente 50 100 10 000 1 000 000 1 000 000 10 000 000 >1 000 000 000
Revisto 50 100 1 000 10 000 100 000 1 000 000 10 000 000

105
Programa de Matemática

3ª Classe

106
COMPETÊNCIAS
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS PARCIAIS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
• Ler e escrever números  Revisão do 1º ciclo
naturais até 100;  Leitura e escrita de números naturais até 100;
• Decompor números naturais  Conceito de dezena e unidade;
em dezenas e unidades, até  Decomposição de números naturais em dezenas e
100; unidades;
I • Ordenar números naturais  Representação de números naturais até 100, na tabela
NÚMEROS até 100; de posição;
 Resolve problemas que
NATURAIS 
• Comparar os números Ordenação de números naturais até 100;
envolvem números 40
E  Comparação dos números naturais até 100, usando os tempos
naturais até 100, usando os símbolos: <, > e =;
OPERAÇÕES naturais até 100;
símbolos:  Estratégias de cálculo mental de adição, até 100;
(1)
 Procedimento escrito de adição sem transporte, até
• Efectuar mentalmente 100;
operações de adição e  Estratégias de cálculo mental de subtracção, até 100;
subtracção  Procedimento escrito de subtracção sem empréstimo,
• Efectuar por escrito até 100;
operações de adição e  Leitura e escrita dos números ordinais, até vigésimo
subtracção na forma (20º).
horizontal e vertical

107
COMPETÊNCI
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS AS PARCIAIS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:

 Multiplicação de números naturais até 50


 Determinar o múltiplo de um
 Cálculo mental da multiplicação por 2, 3, 4, 5 e 10;
número;
 Números pares e ímpares;
 Contagem de 10 em 10 e de 20 em 20, até 100;
 Dobro, metade e triplo de um número.
 Identificar números pares e
ímpares, até 50;
 Calcular o dobro, a metade e o  Divisão de números naturais até 50 40
 Resolve tempos
triplo de um número, até 50;  Divisão partitiva (por subtracções sucessivas) até 50,
problemas de
com os divisores 2, 3, 4 e 5;
multiplicação e
 Divisão como operação inversa da multiplicação, até
divsão, até 50;
50, com os divisores 2, 3, 4, 5 e 10.

 Ler e escrever os números  Números naturais até 1 000


naturais até 1000;  Leitura e escrita de números naturais, até 1000;
I  Decompor os números naturais  Decomposição de números naturais até 1000, em unidades,
NÚMEROS até 1000, em unidades, dezenas, dezenas, centenas e milhar;
NATURAIS E centenas e milhar;  Representação de números naturais na tabela de posição,
OPERAÇÕES 
 Representar os números até 1000; Resolve
(1)
naturais na tabela de posição,  Ordenação de números naturais, até 1000; problemas que
até 1000;  Comparação dos números naturais até 1000, usando os envolvem
 Comparar os números naturais símbolos: <, > e =; números 60
naturais até tempos
até 1000, usando os símbolos:  Leitura e escrita de números ordinais, até 30 o;
1000;
<, > e =;  Leitura e escrita de números romanos, até vinte (XX).
 Ler e escrever os números
romanos, até XX;

108
Sugestões Metodológicas
Em cada classe, a revisão da classe anterior deverá ser feita na base de exercícios e problemas
apresentados pelo professor, para os alunos resolverem sob a sua orientação. O professor nunca deve
abordar a matéria da revisão como se tratasse de algo novo para os alunos.
No caso de alguns alunos apresentarem dificuldades, o professor poderá recorrer a outros alunos que
não tenham dificuldades na matéria em questão, para explicarem à turma. Só no último caso é que o
professor pode explicar.

OS NÚMEROS NATURAIS ATÉ 1 000


Leitura e escrita de números naturais até 1000

O tratamento dos números naturais até 1000 pode ser realizado através dos múltiplos de 100 até 1000.

100 + 100 = 200  Duzentos 600 + 100 = 700  Setecentos

200 + 100 = 300 Trezentos 700 + 100 = 800  Oitocentos

300 + 100 = 400  Quatrocentos 800 + 100 = 900  Novecentos

400 + 100 = 500  Quinhentos 900 + 100 = 1000  Mil

500 + 100 = 600  Seiscentos

E para a formação dos outros números, adiciona-se às centenas, sucessivamente, as dezenas 10, 20,
30, 40, 50, 60, 70,80, 90 e os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.

Exemplos: 156 = 100 + 50 + 6; 579 = 500 + 70 + 9 e 999 = 900 + 90 + 9.


Os conceitos de unidade, dezena, centena e milhar devem ser do domínio dos alunos, para que eles
possam compreender a formação dos números, e possam ler e escrever correctamente.

Decomposição de números naturais até 1000 e sua representação na tabela de posição

A leitura pausada dos números permite a compreensão da sua composição e decomposição. Por
exemplo:

109
306 lê-se: Trezentos e seis, o que significa 300 + 6
824 lê-se: Oitocentos e vinte e quatro, o que significa 800 + 20+4
O ábaco, poderá ser um dos meios usados pelo professor para mostrar a decomposição dos números
em unidades, dezenas, centenas e milhares e a sua representação na tabela de posição.

Exemplo de como usar o ábaco.


Se tiveres o número 352, como representá-lo no ábaco?
Vejamos:
352= 300 + 50 + 2

Repara que no número 352= 300 + 50 + 2 temos 2 unidades, 5 dezenas e 3 centenas. Daí que,no
ábaco, na coluna das unidades (U) estão 2 argolas, na coluna das dezenas (D) estão 5 argolas e, na
coluna das centenas (C), estão 3 argolas.

Na falta do ábaco , o professor pode improvisá-lo e levar para a sala de aulas várias argolas, cápsulas,
ou sementes, para os alunos representarem diversos números. Ao mesmo tempo que se trabalha com
o ábaco, pode-se preencher a tabela de posição:
Milhares Centenas Dezenas Unidades
3 5 2

Ordenação de números naturais até 1000

Na ordenação dos números, é fundamental que os alunos saibam que:


 Os números estão por ordem crescente, quando estão escritos do menor para o maior.
Exemplo: 100, 200, 300, 400, 500, 600, 700,800, 900, 1000.

 Os números estão por ordem decrescente, quando estão escritos do maior para o menor.
Exemplo: 1000, 900, 800, 700, 600, 500, 400, 300, 200, 100.

Existem várias formas de apresentação de exercícios de ordenação. Por exemplo:

110
 Apresentar alguns números no quadro, de forma desordenada. A tarefa dos alunos é de escrevê-
los por ordem crescente ou decrescente;

 Apresentar uma série incompleta de números para os alunos completarem, etc.

Comparação dos números naturais até 1000, usando os símbolos: <, > e =

Na comparação dos números naturais usando os símbolos, numa primeira fase, o professor deverá
recorrer aos seus próprios braços, para explicar o significado dos sinais de comparação (< e >): ao
dobrar o braço direito, obtém-se o sinal de “maior que...”; e ao dobrar o braço esquerdo, obtém-se o
sinal de “menor que...”

Leitura e escrita de números ordinais


O professor poderá recorrer à disposição em que estão sentados os alunos na sala de aulas, para
classificar o lugar que cada um ocupa. Também poderá fazer referência à classificação dos alunos, de
acordo com os lugares que ocupam no aproveitamento da turma, numa dada disciplina, ou numa
corrida das aulas de Educação Física.
É importante que se mostre a leitura e a escrita de números ordinais

Leitura e escrita de números romanos até vinte (XX)

Para esta aula, sugere-se que o professor tenha um relógio com a numeração romana.

A partir das dificuldades dos alunos na leitura de horas e na identificação de números, o professor
informa aos alunos que o sistema da numeração, que normalmente eles usam, se chama sistema de
numeração árabe; mas que, além deste sistema, existe o sistema da numeração romana, também usado
em relógios.
O importante é que os alunos devem ser capazes de:
 Ler os números romanos até XX;
 Escrever os números romanos até XX;
 Escrever os números romanos na ordem crescente e decrescente até 20;

111
 Ler relógio em numeração romana;
 Relacionar os números romanos e árabes até vinte. Exemplo:

I 1 VI 6 XI 11 XVI 16

II 2 VII 7 XII 12 XVII 17

III 3 VIII 8 XIII 13 XVIII 18

IV 4 IX 9 XIV 14 IX 19
V 5 X 10 XV 15 XX 20

112
COMPETÊNCIAS
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS PARCIAIS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
 Identificar rectas e segmentos de recta  Figuras e sólidos geométricos
paralelos e perpendiculares, em
objectos da vida real;  Posição horizontal e vertical de rectas e
segmentos de recta;
 Construir figuras planas
 Rectas paralelas e perpendiculares;
 Relacionar o círculo e a circunferência  Construção de rectas paralelas e
com objectos do seu meio; Traça rectas paralelas e
perpendiculares; perpendiculares
II  Construir o círculo, com a ajuda de
objectos de bases circulares;  Construção de figuras planas (retângulo,
ESPAÇO
quadrado e triângulo) em quadrículas; 40
E FORMA  Relacionar as figuras e os sólidos Recorta, em papel, figuras tempos
geométricos com os objectos da vida  Círculo e a circunferência; planas
real;  Os sólidos geométricos (cubo, bloco e cilindro);
 Desenhar e pintar objectos da vida  Decomposição e composição de sólidos
real; Modela sólidos geométricos
geométricos (cubo, bloco, cilindro).
 Moldar e modelar os sólidos
geométricos.

113
Sugestões Metodológicas

Rectas e segmentos de recta paralelos e perpendiculares

O professor poderá explicar esta matéria recorrendo a situações concrectas da vida real, tais como,
cordas, estradas, fios eléctricos, linha férrea , etc. Também poderá usar os barrotes do telhado ou aros
das janelas e portas da sala de aulas, para exemplificar o paralelismo e a perpendicularidade.

Sólidos geométricos (cubo, bloco, cilindro)


É importante que o professor leve os alunos a relacionarem os sólidos geométricos com objectos do
seu meio. Por exemplo, a caixa de fósforo assemelha-se a um bloco, a caixa de giz é parecida com o
cubo e o cilindro com a lata de leite, ou de água.
Existem muitos outros produtos que vêm em caixas de papel, pacotes ou latas com formas
semelhantes às de uma caixa, por exemplo: pacote de margarina, caixa de refrescos, pacote de sumo,
uma lata de azeite e outros. Os alunos poderão relacionar estes objectos com os sólidos geométricos.

Figuras geométricas
A partir da decomposição de modelos de sólidos geométricos escolhidos em faces rectangulares,
quadrangulares, triangulares e circulares, os alunos poderão identificar as figuras geométricas.
Exemplos:

114
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Adição e subtracção até 1000
 Identificar as propriedades de  Propriedades comutativa, associativa e elemento
adição; neutro de adição;  Resolve problemas, que
 Estratégias de cálculo mental da adição (sem e envolvem adição e subtracção
 Efectuar o cálculo mental e escrito com transporte), até 1 000; até 1 000;
com adição e subtracção até 1 000.  Estratégias de cálculo mental de subtracção 60
tempos
(sem e com empréstimo), até 1 000;
 Procedimento escrito de adição até 1000 (sem e
com transporte);
 Procedimento escrito de subtracção até 1000
III (sem e com empréstimo).
NÚMEROS  Identificar as propriedades de  Multiplicação e divisão de números naturais até
1000
NATURAIS E adição;
 Multiplicação por 6, 7, 8 e 9;
OPERAÇÕES  Propriedades comutativa e associativa da  Resolve problemas que
(2)  Efectuar o cálculo mental e escrito multiplicação; envolvem adição, subtracção,
com multiplicação e divisão até 1  Expressões numéricas envolvendo três operações multiplicação e divisão de
(adição, subtracção e multiplicação), com e sem
000; parêntesis; números naturais, até 1000.
 Noção de múltiplo; 60
 Resolver expressões numéricas  Os múltiplos de 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9; tempos
que envolvem três operações  Multiplicação por 10 e 100;
(adição, subtracção e  Os múltiplos de 10 e 100 até 1000;
 Procedimento escrito da multiplicação sem
multiplicação).
transporte, cujo multiplicador tem dois algarismos;
 Estratégias do cálculo mental da divisão;
 Divisão por 10 e 100;
 Divisão de múltiplos de 10 e 100 por um dígito.

115
Sugestões Metodológicas

ADIÇÃO E SUBTRACÇÃO
Estratégias de cálculo mental de adição e subtracção
A estratégia de "contar tudo", tanto na adição como na subtracção, já não é colocada em questão
nesta fase. Os números começam a ser tão grandes, que a manipulação de objectos deve ficar de
lado.
Além disso, pensa-se que nesta altura os alunos já possuem vários conhecimentos sobre modos de
pensar e as suas vantagens, o que lhes permitirá optar pela estratégia a usar.
Vejamos um exemplo de adição: 8 + 163 =
Repare que usar a estratégia de contar para a frente, a partir da 1ª parcela neste exercício, seria inútil.
Por isso, o aconselhável, neste exercício, seriam as seguintes estratégias:
 Contar a partir da parcela maior. Portanto, concretizar a parcela menor e contar para a frente,
a partir da parcela maior. Por exemplo: 4 + 168 = 168 + 4

(4 passos, que correspondem à parcela menor)


168 169 170 171 172

Portanto,172 seria o total ou a soma de 4 + 168.


NOTA: A estratégia de contar para a frente a partir da parcela maior é uma estratégia ideal, quando
uma das parcelas é um número menor que 10.
 Identificar o exercício básico (4 + 8) e obter 12; depois adicionar 12 a 160 e obter 172 como
soma de 4 + 168.

Vejamos um exemplo de subtracção: 532 - 7 = ?


Repare que usar a estratégia de contar para a frente a partir do diminuidor ao diminuendo, assim
como contar para atrás do diminuendo ao diminuidor, seria inútil . Por isso, o aconselhável neste
exercício seria:

116
 Identificar o exercício básico (12 - 7) e obter a diferença 5; adicionar 5 a 520 e obter 525,
como a diferença de 532 - 7.
Concretizar o diminuidor 7 e contar para atrás o diminuendo, tantas vezes o diminuidor. Por exemplo:
532 - 7 =

525 526 527 528 529 530 531 532


7 passos, que correspondem ao diminuidor 8.

Procedimento escrito de adição com transporte e subtracção com


empréstimo
O procedimento escrito da adição com transporte:
Como calcular 265 + 637 na forma vertical?

Para calcular 265 + 637 através do procedimento escrito, seguem-se os passos:


1º Passo: Escreve-se unidades debaixo das unidades, dezenas debaixo das dezenas, centenas debaixo das centenas, assim
sucessivamente:
265
+6 3 7

2º Passo: Adicionam-se as unidades: 5 + 7 =12. Escreve-se 2 debaixo das unidades e transporta-se a dezena para a
posição das dezenas.
1
265
+637
2
3º Passo: Adicionam-se as dezenas: 1 + 6 + 3 = 10. Escreve-se 0 debaixo das dezenas e transporta-se a centena para a
posição das centenas.
11
265
+637
02

4º Passo: Adicionam-se as centenas: 1 +2 + 6 = 9. Escreve-se 9 debaixo das centenas.


11
265
+637
902

117
O procedimento escrito da subtracção com empréstimo
Como calcular 524- 149 na forma vertical?
Para calcular 524- 149 através do procedimento escrito, seguem-se os passos:

1º Passo: Escrevem-se unidades debaixo das unidades, dezenas debaixo das dezenas, centenas debaixo
das centenas, assim sucessivamente:
52 4
-14 9

2º Passo: Não é possivel subtrair 9 unidades de 4; assim, pede-se emprestado uma dezena em 2
dezenas, e fica-se com 1 dezena e 14 unidades. Subtraem-se as 9 unidades de 14 e a diferença é 5.
Escreve-se 5 debaixo das unidades.

1 10
52 4
-14 9
5
3º Passo: Não é possivel subtrair 4 dezenas de 1; por isso, pede-se emprestado uma centena em 5
centenas, e fica-se com 4 centenas e 11 dezenas. Subtraem-se 4 dezenas de 11 e a diferença é 7.
Escreve-se 7 debaixo das dezenas.
10
4 1 10
52 4
-14 9
7 5
4º Passo: Subtrai-se 1 centena de 4 centenas, e a diferença é 3. Escreve-se 3 debaixo das centenas.
10
4 10 10
52 4
-14 9
3 7 5

MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO

Estratégias de cálculo mental de multiplicação e divisão até 1 000


Níveis de cálculo
No cálculo com números até 1000, podem identificar‐se três níveis:
 Cálculo por contagem: cálculo apoiado, sempre que necessário, por materiais que permitam
a contagem;

118
 Cálculo estruturado: cálculo feito sem recorrer à contagem, com o apoio de modelos
adequados;
 Cálculo formal: neste nível, os números são usados como objectos mentais para calcular de
modo inteligente e flexível, sem necessidade de recorrer a materiais estruturados.

Estratégias do cálculo mental da multiplicação


Para que o aluno possa efectuar o cálculo mental, é preciso que ele domine os factos básicos.
Portanto, as tabelas de multiplicação. Só depois disso é que ele pode efectuar situações de
multiplicações mais complexas e usar estratégias de cálculo.
 Não sei quanto é 6 x 4, mas sei que 5 x 4 = 20, e de 5 para 6 falta 1, então, adiciono ao 20
uma vez o 4, seguindo o raciocínio: 6 x 4 =5 x 4 + 1 x 4 = 20 + 4 = 24 .

 Não sei quanto é 5 x 3, mas sei que 3 x 3 = 9, e de 3 para 5 faltam 2, então, adiciono ao 9

duas vezes o 3, seguindo o raciocínio: 5 x 3 =3 x 3 + 2 x 3 = 9 + 6 = 15

NOTA: Lembre-se sempre que estes raciocínios são mentais e não escritos.

Propriedades comutativa e associativa da multiplicação


O professor deverá fazer compreender aos alunos a utilidade das propriedades no cálculo. Os alunos
não podem aprender as propriedades de forma mecânica, sem perceberem a sua utilidade.
Para isso, deverá mostrar essa utilidade na base de cálculos.
Exemplo1: 4 x 12 x 10 = ? Fica: 4 x 12 x 10 = 4 x 120 = 480.
Repare que é mais fácil calcular 12 x 10 x 4, do que 4 x 12 x10. Portanto, aplicou-se a propriedade
associativa da multiplicação.
Exemplo2: 4 x 19 x 25 = ? Fica: 4 x 19 x 25 = 4 x 25 x 19 = 100 x 19 = 1900.
Repare que é mais fácil calcular 4 x 25 x 19, do que calcular 4 x 19 x 25. Portanto, aplica-se a
propriedade comutativa da multiplicação.

Expressões numéricas envolvendo três operações (adição, subtracção e multiplicação) com e


sem parentêsis

119
O professor deverá explicar a prioridade da multiplicação em relação à adição e subtracção em
exercícios sem parêntesis, e só depois disto é que pode explicar a prioridade das operações no uso de
parentêsis.

O importante é que os alunos, até ao fim desta aula, saibam que:

 Numa expressão numérica sem parênteses, onde há adições, subtracções e multiplicações, primeiro
resolvem-se todas as multiplicações e, em seguida, efectuam-se as adições e as subtracções pela
ordem em que aparecem.

 Numa expressão numérica com parêntesis, que envolve adições, subtracções e multiplicações,
primeiro resolvem-se as operações dentro de parêntesis e, em seguida, efectuam-se as operações
fora de parêntesis, segundo a ordem de prioridade.

Noção de múltiplo
Os alunos precisam de saber que os múltiplos de um número são determinados através da
multiplicação desse número pela sequência dos números naturais. Exemplo: Os múltiplos de 2 são:
0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, etc

Multiplicação por 10 e 100

Na multiplicação por 10 e 100, os alunos precisam de conhecer as seguintes regras:

 Para multiplicar um número por 10, basta acrescentar um zero à direita desse número.
 Para multiplicar um número por 100, basta acrescentar dois zeros à direita desse
número.

Entretanto, é importante que o alunos resolvam, orientados pelo professor, alguns exercícios que lhes
conduzam a deduzirem estas regras.
Procedimento escrito da multiplicação sem transporte, cujo multiplicador tem dois algarismos.
O professor deverá explicar aos alunos que, quando a mltiplicação é mais dificil calcular
mentalmente, podemos recorrer ao procedimento escrito.
Exemplo1: Vamos resolver 24 x 12 na base do algoritmo.

120
1º Passo: Escrevem-se unidades debaixo das unidades e dezenas debaixo das dezenas, assim
sucessivamente:
24
x 12

2º passo: Multiplica-se o 24 por 2 e obtém-se 48 como produto e escreve-se 8 debaixo das


unidades e 4 debaixo das dezenas:
24
x 12
48
3º passo: Multiplica-se o 24 por 1 e obtém-se 24 como produto. Escreve-se 4 debaixo das dezenas
e 2 debaixo das centenas :

24
x 12
48
24

4º passo: Adicionam-se os produtos parciais 48 e 240 e obtém-se 288.


24
x 12
48
24
288
Conclusão: Na multiplicação, é possível realizar facilmente o cálculo mental, desde que o aluno
domine os exercícios básicos, assim como as propriedades das operações.

Estratégias do cálculo mental da divisão


A divisão tem como pressuposto o domínio da tabuada de multiplicação, pois na resolução da
divisão recorre-se à sua operação inversa, portanto, à multiplicação
Exemplos: 28: 4, pensa no número que multiplicado por 4 é igual a 28. Neste caso, é o 7.
Desta forma, escreve-se:
28 : 4 = 7, porque 7 x 4 = 28
32 : 8 = 4, porque 4 x 8 = 32
21 : 3 = 7, porque 7 x3 = 21
Assim, sucessivamente.
Divisão por 10 e 100

121
Para este tipo de conteúdo, o professor precisa de usar exemplos no quadro e conduzir a aula de
modo que os alunos concluam que:

Para dividir um número por 10 e 100, retira-se no dividendo um ou


dois zeros, conforme a divisão por 10 ou por 100.

Divisão de múltiplos de 10 e 100


Para que os alunos aprendam as regras da divisão de múltiplos de 10 e 100, o professor deverá
explicar usando alguns exercícios no quadro, como por exemplo:
Para calcular:
80 . 4= , basta calcular 8 :4 , e acrescentar um zero no resultado. Portanto, 80 : 4 = 20
250 : 5 , basta calcular 25 : 5 , e acrescentar um zero no resultado. Portanto, 250 : 5 = 50
1600 : 2, basta calcular 16 : 2 , e acrescentar dois zeros no resultado. Portanto, 1600 : 2 = 800

122
COMPETÊNCIAS
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS PARCIAIS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
 Converter as unidades de  Unidades de comprimento
 O metro(m), o decímetro(dm), o centímetro(cm) e o
comprimento;
milímetro (mm)
 Determinar o perímetro de  Unidade Fundamental: O Metro
figuras planas (rectângulo,  Noção de perímetro de figuras planas (rectângulo,  Resolve problemas do seu
quadrado e triângulo) quadrado e triângulo) dia-a-dia que envolvem
IV medidas, massa,
 Unidades de massa:
GRANDEZAS  O quilograma (kg) e o grama (g) capacidade, dinheiro e
E 40
 Desenhar e pintar figuras de tempo. tempos
 Unidades de capacidade
MEDIDAS
diferentes tamanhos;  O litro(l) e o mililitro (ml)
 Ler horas em qualque tipo de
 O dinheiro
relógio
 Moedas e notas do dinheiro moçambicano

 Medidas de tempo
 O relógio (horas e minutos);
 O calendário (o dia, a semana e os meses do ano).
REVISÃO 40
tempos
TOTAL 380

123
Sugestões Metodológicas

Grandezas e Medidas
Para o estudo das grandezas, é necessária existência de material variado na sala de aula
(réguas, cordas, bandas de cartão, recipientes, relógio,calendário, etc.).

Unidades de comprimento
No tratamento das medidas de comprimentos (m, dm, cm e mm), é importante que os
alunos saibam que:
 O metro (m) é a unidade fundamental das medidas de comprimento.

 O decímetro (dm), o centímetro (cm) e o milímetro (mm) são os submúltiplos do


metro.

Além disso, os alunos precisam de saber que usamos os submúltiplos para medir comprimentos
pequenos, como é o caso de medir o comprimento de um caderno, de um lápis, de uma borracha, de
um afiador, etc., casos em que não seria tão fácil usar o metro. Por esta razão, o metro foi dividido em
partes mais pequenas:
- Em 10 partes iguais. Cada uma destas partes chama-se decímetro e, por isso, o metro tem 10
decímetros.
- Em 100 partes iguais. Cada uma destas partes chama-se centímetro e, por isso, o metro tem 100
centímetros.
- Em 1000 partes iguais. Cada uma destas partes chama-se milímetro e, por isso, o metro tem 1000
milímetros.
Aconselha-se o professor a usar o metro articulado, para explicar esta matéria com muita facilidade.

Os alunos devem dominar as seguintes relações:


1m = 10 dm = 100 cm = 1 000mm
Os alunos devem medir diversos objectos.

124
Unidades de Massa
Para esta aula, o professor poderá levar para sala vários objectos para serem pesados,
inclusive a balança e os pesos de 1kg e grama.
Numa primeira fase, os alunos poderão servir-se das suas mãos para comparar os pesos
de diferentes objectos, e só depois disso se pode usar a balança.
No tratamento das unidades de massa também é importante que os alunos saibam que:
- O quilograma (kg) é a unidade fundamental das medidas de massa.
- O grama é um dos seus submúltiplos, que serve para medir quantidades mais
pequenas do que o quilograma.
- 1kg = 1000g
- A balança é o instrumento usado para medir a massa de um corpo.
- Existem vários tipos de balanças, como as usadas nos mercados, nos talhos, nas farmácias, etc.

Unidades de capacidade
Para esta aula, o professor poderá levar para sala de aulas, areia ou água e vários recipientes de
tamanhos diferentes, como é o caso de garrafas, latas, baldes,etc.
O que se pretende é que o professor induza os alunos a verificarem, por transvasamento, quantas
vezes um recipiente de areia ou água cabe no outro e vice-versa. Aquele que puder conter mais areia,
ou líquido, tem maior capacidade.
Também é importante que os alunos saibam que:
- O litro (l) é a unidade fundamental das medidas de capacidade.
- O mililitro (ml) é um dos seus submúltiplos, que serve para medir quantidades mais
pequenas do que o litro.
- 1l = 1000ml.

O dinheiro: Moedas e notas em circulação em Moçambique


O professor deverá fazer os possíveis de levar para esta aula notas e moedas do dinheiro em circulação e as
actividades dos alunos consistirão em:
Identificar moedas e notas;

125
Determinar o valor de uma dada colecção de moedas ou notas;
Simular a troca de moedas em notas e vice-versa;
Simular situações de compra e venda em lojas improvisadas.

Medidas de tempo
 O relógio (horas e minutos)

Com um relógio não electrónico na sala de aulas, o professor explicará as partes que constituem o
relógio, mostrador com números e os dois ponteiros: o comprido de minutos e o curto das horas.
Na falta do relógio, o professor deve construí-lo.
É importante que os alunos saibam que: 1hora = 60 minutos.
Vários exercícios de leitura e marcação das horas devem ser feitos pelos alunos na sala de aulas.
 O calendário (os dias da semana, os meses do ano)
O calendário deve estar presente na aula, assim como os alunos devem construí-lo com a
orientação do professor.
O professor deverá orientar aos alunos a interpretarem o calendário.
Os alunos deverão exercitar a leitura do calendário, identificando datas importantes e seus
significados (feriados nacionais e datas comemorativas e festivas), dias da semana e meses
do ano.

126
Programa de Matemática

4ª Classe

127
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Ler e escrever os números  Revisão dos números naturais até 1000
naturais até 1000;
 Leitura e escrita de números naturais, até 1000;
 Decompor números
 Decomposição de números naturais até 1000, em
naturais até 1000, em unidades, dezenas, centenas e milhar;
unidades, dezenas,
 Representação dos números naturais até 1000, na
centenas e milhar; tabela de posição;
I
 Representar números  Ordenação de números naturais, até 1000;
NÚMEROS  Resolve problemas que
naturais até 1000 na
NATURAIS E  Comparação dos números naturais até 1000,
envolvem números 20
tabela de posição usando os símbolos de comparação (, e =);
OPERAÇÕES naturais até 1000. tempos
 Resolver expressões  Procedimento escrito de adição até 1000 (sem e com
(1)
numéricas envolvendo três transporte);
operações (adição,  Procedimento escrito de subtracção até 1000 (sem e
subtracção e multiplicação), com empréstimo);
com e sem parêntesis;  Expressões numéricas envolvendo três operações
(adição, subtracção e multiplicação), com e sem
parêntesis;
 Procedimento escrito da multiplicação sem
transporte, cujo multiplicador tem dois algarismos.

128
COMPETÊNCIAS
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS PARCIAIS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
 Ler e escrever os números  Os números naturais até 10 000
naturais até 10 000;  Leitura e escrita dos números naturais até
10 000;
 Decompor os números
 Decomposição de números naturais até 10 000,
naturais até 10 000, em
unidades, dezenas, centenas e em unidades, dezenas, centenas, milhares e
dezena de milhar;
dezena de milhar;
I  Representação de números naturais na tabela de
NÚMEROS  Representar os números posição, até 10 000;  Resolve problemas que
naturais na tabela de posição; até
NATURAIS E  Ordenação de números naturais, até 10 000; envolvem números
10 000; 30
OPERAÇÕES  Comparação dos números naturais até 10 000, naturais até 10 000. tempos
(1)  Comparar os números naturais usando os símbolos: <, > e =.
até 10 000, usando os símbolos: <,
> e =;
 Os números ordinais
 Leitura e escrita de números ordinais até
quadragésimo (40o).

 Numeração romana
 Leitura e escrita de números romanos, até trinta
(XXX);
 Relação entre a numeração árabe e a romana,
até trinta.

129
Sugestões Metodológicas

Leitura e escrita, decomposição, representação na tabela de posição, ordenação e comparação


de números naturais até 1000.
Antes do tratamento da nova matéria, é preciso que se faça revisão da matéria da(s) classe(s)
anteriores que serve de pré-requisito para a abordagem da matéria nova.
Desta forma, nas primeiras semanas do ano lectivo, o professor deverá dar tarefas/actividades que
permitam que os alunos consolidem a leitura e escrita, a decomposição, a contagem, a ordenação e a
comparação (usando os sinais: >, < e = ) de números naturais, até 1000.

Na consolidação destas matérias, o professor poderá apresentar aos alunos diferentes tipos de
actividades, por exemplo:
 Identificar determinados números num conjunto de números por ele apresentado. Esta
identificação pode ser feita através de pintura, usando cores;
 Escrever números por algarismo e por extenso e vice-versa;
 Relacionar números a quantidades e vice-versa;
 Decompor números em unidades, dezenas, centenas e milhar;
 Representar números dados na tabela de posição;
 Identificar e ler números representados, na tabela de posição;
 Ordenar números apresentados na forma crescente e decrescente;
 Identificar a ordem em que determinados números estão apresentados;
 Comparar números dados, usando os símbolos de comparação: <, > e =. Na comparação dos
números naturais usando os símbolos, numa primeira fase, o professor deverá recorrer ao uso
de braços: ao dobrar o braço direito, obtém-se o sinal de “maior do que...”; e ao dobrar o
braço esquerdo, obtém-se o sinal de “menor do que...”

No tratamento de números até 10 000 (leitura e escrita , decomposição, representação na tabela de


posição, ordenação e comparação, usando os sinais: >, < e =) , usa-se a mesma metodologia do
tratamento de números até 1 000. A única diferença é que, desta vez, os números vão até dezenas de
milhar. É preciso que os alunos compreendam que, desta vez, o tratamento de números vai até 10 000.

130
Números Ordinais até quarenta (40o).

O tratamento da leitura e escrita de números ordinais até 40o, deve ser antecedida pela consolidação
de números ordinais até 30o.
Os números ordinais devem ser escritos, tanto por algarismo, como por extenso e vice-versa .
Os números dos alunos na lista da turma podem ser traduzidos na forma ordinal. Claro que se deve
respeitar o limite, tendo em conta que a maioria das turmas é numerosa.
No recreio, ou nas aulas de Educação Física, podem ser desenvolvidas diversas actividades
conducentes à aprendizagem dos números ordinais propostos.
Exemplo: Os alunos fazem uma corrida e o professor classifica pela ordem de chegada: Primeiro
(1º), segundo (2º), …..décimo (10º), décimo primeiro (11º)…….vigésimo (20º), ...... vigésimo
nono (29º), trigésimo (30º), trigésimo primeiro(31º), ... ,trigésimo oitavo(38º), trigésimo
nono(39º) e quadragésimo (40º). Na aula, os alunos poderão discutir e identificar a ordem em que
cada aluno chegou à meta.

Ainda no tratamento de números ordinais, os alunos poderão realizar jogos que respeitam a sequência
em que cada participante escolhe o lugar que ocupa, antes de iniciar o jogo. Poderá também orientar
os alunos em exercícios relacionados com a classificação das equipas de jogos na escola/país e outros
lugares.

Números Romanos até trinta(XXX)


O tratamento da leitura e escrita de números romanos até trinta (XXX) , deve ser antecedida pela
consolidação de tratamento de números romanos até vinte (XX).
Vários exercícios deverão ser desenvolvidos pelos alunos, tais como:
 Ler horas em relógios que usam a numeração romana;
 Ler datas históricas escritas em numeração romana;
 Ler números romanos apresentados pelo professor;
 Escrever números romanos solicitados;
 Escrever números romanos dados na ordem crescente e decrescente;
 Estabelecer correspondência entre números romanos e árabes dados.

131
COMPETÊNCIAS
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS PARCIAIS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
 Distinguir a semi-recta do  Semi-recta
segmento de recta;  Noção de semi-recta
 Classificar os ângulos quanto a  Ângulos  Aplica conceitos
amplitude;  Noção de ângulo;
 Identificar ângulos em diferentes matemáticos na
 Elementos do ângulo: lados e vértice.
objectos do seu meio; interpretação e resolução
II  Classificação de ângulos: agudo, recto,
 edir ângulos, usando
ESPAÇO correctamente o transferidor; de situações do ambiente
obtuso, raso e giro ;
E  Classificar os triângulos, quanto que o rodeia. 20
aos lados;  Medição de ângulos; tempos
FORMA  Classificar os triângulos quanto ao  Triângulos
comprimento dos seus lados; - Conceito de triângulo;
 Construir triângulos usando o - Elementos do triângulo: lados, vértices e
papel quadriculado. ângulos;
- Noção da altura de um triângulo;
 Classificação de triângulos: isósceles,
equilátero, escaleno.

132
Sugestões Metodológicas
Espaço e Forma
A partir de diversas actividades e de experiências variadas feitas no âmbito da descoberta do espaço,
os alunos vão acumulando conhecimentos que lhes servirão de suporte a familiarizações posteriores.
Assim, as actividades a propor devem conduzir à observação, comparação e identificaçao de objectos
geométricos a partir de objectos do seu meio.

Noção de semi-recta
O tratamento de semi-recta deve ser antecedido pela consolidação do tratamento de recta e de
segmento de recta.
O professor poderá traçar uma linha no quadro, em que os alunos a identifiquem como uma recta e
marcar dois pontos distintos nela, para identificarem o espaço compreendido entre os dois pontos
como um segmento de recta, e depois disso, mostrar qual é o espaço da recta que compreenderia
uma semi-recta.
Exemplo: Desenhar a seguinte figura e mostrar, por fase, cada conceito: recta, segmento de recta e
semi-recta.

● ● r
A B

 Esta é a recta r, ou recta AB.


 O espaço compreendido entre os dois pontos A e B chama-se segmento de recta.
 A linha que parte do ponto B para a direita chama-se semi-recta.
 A linha que parte do ponto A para a esquerda também se chama semi-recta.

E assim, levar os alunos a concluirem que:


 Uma semi-recta é uma linha que tem ponto de origem ou princípio, mas não tem fim.

No final, o professor deverá levar os alunos a darem exemplos de recta, segmento de recta e semi-
recta, usando exemplos concretos da vida. Por exemplo, cordas, estradas, linhas férreas, fios
eléctricos, etc.

133
Noção de ângulo, sua classificação e medição

O professor poderá ensinar a noção de ângulo, usando exemplos concretos de vida dos alunos, tais
como: os cruzamentos de ruas, estradas, barrotes do tecto da sala de aulas, etc. E mostrar que estes
cruzamentos formam ângulos. E que os ângulos são classificados de acordo com a sua amplitude
(tamanho de abertura).
Os alunos devem ser ensinados a ler e a usar o transferidor na medição de ângulos.
Vários exercícios de medição e classificação de ângulos deverão ser feitos, para a consolidação desta
matéria.

Noção de triângulo e sua classificação quanto aos lados.


A noção de triângulo também deve ser feita na base de uso de objectos da vida dos alunos. O
triângulo que usam na sala de aulas como material didáctico nas construções geométricas, o triângulo
usado como sinal de trânsito nas estradas, etc.
A classificação de triângulo neste nível deve ser apenas em relação aos lados. E para tal, os alunos
devem medir os lados de diferentes triângulos, para posteriormente fazerem a sua classificação.

No final destas aulas, os alunos devem ser capazes de identificar rectas, segmentos de rectas, semi-
rectas, ângulos e triângulos, em diferentes objectos do seu meio.

134
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Aplicar o calculo mental e escrito  Adição e subtracção  Resolve problemas de
III
na adição e subtracção de  Estratégias de cálculo mental de adição e adição e subtracção até 10
NÚMEROS subtracção, até 10 000;
números naturais até 10 000. 000. 50
NATURAIS E
 Procedimento escrito de adição com tempos
OPERAÇÕES transporte e subtracção com empréstimo,
(2) até 10 000.

135
Sugestões Metodológicas
Estratégias de cálculo mental de adição e subtracção

É preciso que o professor compeenda que o cálculo mental é pressuposto para o cálculo escrito. Por
isso, só depois do tratamento deste é que os alunos poderão aprender os algoritmos/ procedimentos
escritos.
A estratégia de "contar tudo", tanto na adição como na subtracção, já não é colocada em questão
nesta fase. Os números começam a ser tão grandes, que a manipulação de objectos deve ficar de lado.
Além disso, pensa-se que nesta altura os alunos já possuem vários conhecimentos sobre modos de
pensar e as suas vantagens, o que vai lhes possibilitar na opção de estratégia a usar.
Vejamos um exemplo de adição: 4 + 827 =
Repare que usar a estratégia de contar para a frente a partir da 1ª parcela neste exercício seria
inútil. Por isso, o aconselhável neste exercício seriam as seguintes estratégias:
 Contar a partir da parcela maior. Portanto, concretizar a parecela menor e contar para a
frente, a partir da parcela maior. Por exemplo: 4 + 827 = 827 + 4

(4 passos, que correspondem à parcela menor)


827 828 829 830 831

Portanto, 831 seria o total ou a soma de 4 + 827.


NOTA: A estratégia de contar para a frente a partir da parcela maior é a estratégia ideal, quando uma
das parcelas é menor que 10.
 Identificar o exercício básico (4 + 7) e adicionar 11 a 820, obtendo 831 como total, ou soma
de 4 + 827.
Vejamos um exemplo de subtracção: 943 - 8 = ?
Repare que usar a estratégia de contar para a frente a partir do diminuidor ao diminuendo, assim
como contar para atrás do diminuendo ao diminuidor seria inútil . Por isso, o aconselhável neste
exercício seria:

136
 Identificar o exercício básico (13 - 8) e resolvê-lo; depois, adicionar a sua diferença 5 ao 930 e
obter 935 como a diferença do 943 – 8.
 Concretizar o diminuidor 8 e contar para atrás o diminuendo, tantas vezes o diminuidor. Por
exemplo: 943 – 8=

935 936 937 938 939 940 941 942 943


8 passos, que correspondem ao diminuidor 8.

Procedimento escrito de adição com transporte e subtracção com


empréstimo
O procedimento escrito da adição com transporte:
Como calcular 3 685 + 1347 na forma vertical?

Para calcular 3 685 + 1347 através do procedimento escrito, seguem-se os seguintes passos:
1º Passo: Escrevem-se unidades debaixo das unidades, dezenas debaixo das dezenas, centenas debaixo
das centenas, milhares debaixo dos milhares, assim sucessivamente:
36 85
+1 3 4 7

2º Passo: Adicionam-se as unidades: 5 + 7 =12. Escreve-se 2 debaixo das unidades e transporta-se a


dezena para a posição das dezenas.
1
36 85
+1 3 4 7
2
3º Passo: Adicionam-se as dezenas: 1 + 8 + 4 = 13. Escreve-se 3 debaixo das dezenas e transporta-se a
centena para a posição das centenas.
1 1
36 85
+1 3 4 7
32

137
4º Passo: Adicionam-se as centenas: 1 + 6 + 3 = 10. Escreve-se zero(0) debaixo das centenas e
transporta-se o milhar para a posição dos milhares.
11 1
36 85
+1 3 4 7
032

5º Passo: Adicionam-se os milhares: 1 + 3 + 1 = 5. Escreve-se 5 debaixo dos milhares.


11 1
36 85
+1 3 4 7
5032

O procedimento escrito da subtracção com empréstimo


Como calcular 8 5 4 2 - 1679 na forma vertical?

Para calcular 8 5 4 2 - 1679 através do procedimento escrito, segue-se os seguintes passos:


1º Passo: Escrevem-se unidades debaixo das unidades, dezenas debaixo das dezenas, centenas
debaixo das centenas, milhares debaixo dos milhares, assim sucessivamente:
8542
-1679

2º Passo: Não é possivel subtrair 9 unidades de 2. Assim, pede-se emprestado uma dezena em 4
dezenas, e fica-se com 3 dezenas e 12 unidades. Subtraem-se as 9 unidades em 12 e a diferença é 3.
Escreve-se 3 debaixo das unidades.
3 10
8542
-1679
3

3º Passo: Não é possivel subtrair 7 dezenas de 3. Pede-se emprestado 1 centena em 5, e fica-se com 4
centenas e 13 dezenas. Agora é possível subtrair 7 dezenas de 13 e a diferença é 6. Escreve-se 6
debaixo das dezenas.

10
4 3 10
8542
-1679

138
63

4º Passo: Não é possível subtrair 6 centenas de 4. Pede-se emprestado 1 milhar em 8, e fica-se com 7
milhares e 14 centenas. Agora é possível subtrair 6 centenas de 14 e a diferença é 8. Escreve-se 8
debaixo das centenas.
. 10 10
7 4 3 10
8542
-1679
863

5º Passo: Subtrai-se 1 milhar de 7 e a diferença é 6. Escreve-se 6 debaixo dos milhares.


10 10
7 4 3 10
8542
-1679
6863

139
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Converter as unidades de  Unidades de medidas de comprimento: km, m,
comprimento, capacidade e  Resolve problemas da vida
dm, cm, mm;
IV massa; prática que envolvem
GRANDEZAS  Unidades de medidas de capacidade: litro, medidas de comprimento,
 Resolver exercícios que capacidade, massa e 30
E decilitro, centilitro e mililitro. tempos
envolvem operações com o dinheiro.
MEDIDAS Metical.  Unidades de massa: t, kg e g;
 O Dinheiro Moçambicano: notas e moedas.

140
Sugestões Metodológicas
MEDIDAS DE COMPRIMENTO
Os alunos deverão resolver situações problemáticas que requerm a medição e a conversão de unidades
para outras. É importante que o professor sublinhe que, na resolução de problemas, as grandezas
devem ser convertidas na mesma unidade.
Nesta classe, o desenvolvimento de habilidades de estimação é imprescendível. Por isso, sugere-se que
o professor leve os alunos a estimarem comprimentos de objectos e distâncias.
A discussão sobre o comprimento da distância de casa de alunos para a escola, fontenária, padaria,
mercado, posto de saúde, etc. deverá ser levada a acabo na sala de aulas, de modo a que os alunos
percebam que alguns comprimentos são muito grandes, daí que existem os múltiplos do metro - e que
nesta classe abordar-se-á apenas o quilómetro (km), que corresponde a 1000 metros.

MEDIDAS DE CAPACIDADE
No tratamento de noções intuitivas de medição de capacidade, os alunos devem comparar recipientes,
segundo a capacidade, verificando depois por transvasamento, quais os recipientes que têm igual
capacidade ou qual dos recipientes em causa tem maior ou menor capacidade. Para tal, o professor
deverá levar para esta aula uma série de objectos, tais como: copos, jarras, latas, garrafas, pedras e
água.
Os alunos deverão realizar várias actividades de transvasamento de líquidos, ou areia, em diferentes
recipientes e comparar.

Medidas de Massa
Analogamente, o processo de trabalho com pesos pode ser idêntico aos anteriores descritos.
Exemplo: O professor poderá orientar os alunos para compararem o peso de pedras e outros objectos,
servindo-se das mãos e da balança. O professor poderá pedir emprestado uma balança e os respectivos
pesos, caso seja necessário, no mercado local, ou construí-lo com material local, por exemplo, com fios
e duas bases de latas cilíndricas, ou ainda outro material.Os alunos precisam de conhecer os nomes dos
diferentes tipos de balança.

141
O Dinheiro – O Metical
O uso do dinheiro é uma prática social. Em princípio, é natural que os alunos se familiarizem com
algumas moedas e notas em circulação. Entretanto, sabe-se que as crianças, desde muito cedo, lidam
com situações reais da vida manuseando moedas e notas do dinheiro moçambicano.
Numa primeira fase, o professor deverá fazer os possíveis de levar o dinheiro verdadeiro em notas e
moedas para a sala de aulas, sem no entanto obrigar os alunos a trazerem o dinheiro das suas casas.
Numa segunda fase, os alunos, sob a orientação do professor, poderão produzir dinheiro em cartolinas,
para usarem nas seguintes actividades:
a) Identificação de moedas e notas;
b) Determinar o valor de uma dada colecção de moedas ou notas;
c) Simulação de troca moedas e notas por outras de maior, ou menor valor;
d) Simulações de situações de compra e venda, em lojas improvisadas.

142
COMPETÊNCIAS
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS PARCIAIS CH
O Aluno deve ser capaz de:
O ALUNO:

 Multiplicação e Divisão
• Resolver exercícios de  Estratégias de cálculo mental da
multiplicação mentalmente e por Multiplicação;

escrito até 10 000;  Propriedades: comutativa, associativa,

• Resolver exercícios de divisão distributiva, elementos neutro e absorvente da


multiplicação; Resolve problemas de
com divisor de um dídito
V multiplicação e divisão até
 Multiplicação por 10, 100 e 1000;
NÚMEROS • Resolver expressões numéricas
 Procedimento escrito da multiplicação com 10 000.
NATURAIS com e ou sem parênteses com as
transporte, cujo multiplicador tem dois 50
E quatro operações elementares tempos
algarismos;
OPERAÇÕES
 Divisão de tipos: 48 : 4 e 45 : 3;
(3)
 Divisão por 10, 100 e 1000;

 Procedimento escrito da divisão com divisor de


um número dígito;

 Expressões numéricas com parênteses e sem


parênteses, com as quatro operações
elementares.

143
Sugestões Metodológicas

Cálculo Mental da Multiplicação


Tal como acontece na adição e subtracção, o cálculo mental é pressuposto para o cálculo escrito.
Não se aconselha que o professor obrigue os alunos a decorar a tabuada. Mas sim, pretende-se que os
alunos desenvolvam um raciocínio lógico. Por isso, são ensinadas estratégias que os levem a desenvolver
o cálculo mental.
Por exemplo:

 Não sei quanto é 3 x 4, mas sei que 2 x 4 = 8, e de 2 para 3 falta 1; então, adiciono ao 8 uma

vez o 4, seguindo o raciocínio: 3 x 4 = 2 x 4 + 1 x 4 = 8 + 4 = 12 .

 Não sei quanto é 7 x 5, mas sei que 5 x 5 = 25, e de 5 para 7 faltam 2; então, adiciono ao 25

duas vezes o 5, seguindo o raciocínio: 7 x 5 = 5 x 5 + 2 x 5= 25 + 10 = 35 .

NOTA: Lembre-se sempre que estes raciocínios são mentais e não escritos.

Aplicação das propriedades da multiplicação no cálculo


Exemplo:
Propriedade comutativa: 12 x 5 x 2 = 5 x 2 x 12
Repara que é mais fácil e rápido calcular 5 x 2 x 12, do que 12 x 5 x 2.

Propriedade associativa: 18 x 5 x 2= 18 x 10
Repara que é mais fácil e rápido calcular 5 x 2 x 18, do que 18 x 5 x 2.

Propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição


3 x 17 = 3 x ( 10 + 7 ) = 3 x 10 + 3 x 7 = 30 + 21 = 51

Propriedade distributiva da multiplicação em relação à subtracção


3 x 17 = 3 x ( 20 - 3 ) = 3 x 20 - 3 x 3 = 60 - 9 = 51

144
Elemento neutro da multiplicação
456 x 1 = 456 Portanto, o produto de qualquer númeo natural com 1 é igual a esse número.

Elemento absorvente da multiplicação


456 x 0 = 0 Portanto, o produto de qualquer número natural com zero(0) é igual a zero(0).

NOTA: As propriedades da multiplicação servem para facilitar o cálculo mental.

Multiplicação por 10, 100 e 1000


Na multiplicação por 10, 100 e 1000, é só aplicar as seguintes regras:

 Para multiplicar um número por 10, basta acrescentar um zero à direita desse número.
 Para multiplicar um número por 100, basta acrescentar dois zeros à direita desse número.
 Para multiplicar um número por 1000, basta acrescentar tres zeros à direita desse número.

Multiplicação por múltiplos de 10, 100 e 1000


É importante que os alunos, numa primeira fase, consolidem o conceito de múltiplo de um número.
O professor deverá dar exercícios aos alunos e orientá-los de modo a concluírem que:

 Para calcular 4 x 70, basta multiplicar 4 x 7 e acrescentar um zero no resultado.


 Para calcular 9 x 200, basta multiplicar 9 x 2 e acrescentar três zeros no resultado.
 Para calcular 6 000 x 30, basta multiplicar 6 x 3 e acrescentar quatro zeros no resultado.

Procedimento Escrito da Multiplicação


Se os alunos ainda não dominarem os exercícios básicos (tabuada da multiplicação), é inútil ensinar-lhes
o procedimento escrito.
Como calcular 2395 x 3 na forma vertical?
Para calcular 2395 x 3 através do procedimento escrito, seguem-se os passos:
1º Passo: Escrevem-se unidades debaixo das unidades, dezenas debaixo das dezenas, centenas debaixo
das centenas, assim sucessivamente:

145
2395
X 3

2º Passo: Multiplica-se 3 por 5 e obtém-se 15. Escreve-se 5 unidades debaixo das unidades, e transporta-
se a dezena para cima das dezenas:

1
2395
X 3
5

3º Passo: Multiplica-se 3 por 9 e obtém-se 27 . Adiciona-se com o transporte e obtém-se 28. Escreve-se 8
debaixo das dezenas, e transporta-se 2 para cima das centenas:

2 1

2 395
X 3
85

4º Passo: Multiplica-se 3 por 3 e obtém-se 9; adiciona-se com o transporte e obtém-se 11. Escreve-se 1
debaixo das centenas e transporta-se 1 milhar para cima de milhares:

1 2 1
239 5
X 3
185

5º Passo: Multiplica-se 3 por 2 e obtém-se 6; adiciona-se com o transporte e obtém-se 7. Escreve-se 7


debaixo de milhares:

1 2 1
239 5
X 3
7185

146
Divisão de tipos: 48 : 4 e 45 : 3

Para resolver o exercício 48: 4, o professor poderá orientar os alunos a fazer a seguinte decomposição:
48 : 4= (40 + 8) : 4 = 40 : 4 + 8 : 4 = 10 + 2 = 12 e mostrar que o mesmo raciocínio já não serve para o
exercício 45: 3, porque a decomposição 45 : 3 = (40 + 5) : 3 = 40 : 3 + 5 : 3 não tem solução, pois 40
não é divisível por 3 e nem 5 é divisível por 3.
Desta forma, iríamos recorrer à seguinte decomposição: 45= 30 + 15, pois tanto o 30 como o 15 é
divisível por 3.
Nos dois casos, foi aplicada a propriedade distributiva da divisão em relação à adição.
É preciso que o professor leve os alunos a perceberem que, a aplicação da propriedade distributiva da
divisão em relação à adição, facilita o cálculo mental.

Divisão por 10, 100 e 1000


Para este tipo de conteúdo, o professor precisa apenas de recordar aos alunos as seguintes regras:

 Um número natural é divisível por 10, quando termina por zero.


 Um número natural é divisível por 100, quando termina por dois ou mais zeros.
 Um número natural é divisível por 1000, quando termina por três ou mais zeros.

Conclusão
Para dividir um número por 10, 100 e 1000, retira-se no dividendo um, dois ou três zeros,
conforme a divisão por 10, por 100 ou por 1000.

Os alunos devem ser levados a resolverem problemas que envolvem a divisão por 10, 100 e 1000.

Divisão de múltiplos de 10, 100 e 1000


Para que os alunos aprendam as regras da divisão de múltiplos de 10, 100 e 1000, o professor deverá
explicar usando alguns exercícios no quadro, como por exemplo:
Para calcular:
50 : 5 , basta calcular 5 : 5 , e acrescentar um zero ao resultado.
1400 : 2, basta calcular 14 : 2 , e acrescentar dois zeros ao resultado.

147
27000 : 3, basta calcular 27 : 3 , e acrescentar os três zeros ao resultado.

Procedimento escrito da divisão com divisor de um número dígito


É importante que os alunos compreendam que, quando dividimos números grandes, fica muito difícil
continuar a fazer o cálculo mental; daí que recorremos ao procedimento escrito.
O professor deverá mostrar no quadro a resolução de dois exemplos da divisão, um com resto e outro
sem resto, assim como a sua verificação através da operação inversa.
A problematização de exercícios é sempre o mais ideal e antes de mais nada, há que consolidar os
elementos de uma divisão.

Exemplo de um problema da divisão


A professora Cacilda tem 84 afiadores para distribuir por igual, nas suas 4 turmas.
Quantos afiadores receberá cada turma?

dividendo divisor

84 4
-8 21 quociente
04
-4 resto
0

Expressões numéricas com e sem parênteses, com as quatro operações básicas


O professor deverá levar os alunos a assimilarem as regras, passo a passo. Primeiro, sem
parêntesis,seguindo a regra de prioridade das operações e depois com parêntesis.

Portanto, os alunos devem saber que:

 Numa expressão numérica sem parênteses, onde há adições, subtracções, multiplicações e divisões,
primeiro resolvem-se todas as multiplicações e divisões pela ordem em que aparecem, da esquerda para a
direita e, em seguida, efectuam-se as adições e as subtracções também pela ordem em que aparecem.

 Numa expressão numérica com parêntesis, que envolve adições, subtracções, multiplicações e divisões,
primeiro resolve-se as operações dentro de parêntesis, e em seguida, efectuam-se as operações fora de
parêntesis, segundo a ordem de prioridade.

148
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Perímetro de figuras planas (rectângulo,
quadrado, triângulo)
 Determinar perímetro de
figuras planas;
 Área do rectângulo  Resolve problemas, do dia-
 Recortar figuras planas e a-dia, relacionados com
VI compara-as por sobreposição;  Medidas de tempo perímetros, áreas e tempo.
- O relógio: horas, minutos e segundos
GRANDEZAS  Determinar área do rectângulo; 40
 O calendário: o dia, a semana, o mês e os
E  Converter minutos , segundos tempos
meses do ano.
MEDIDAS em horas e vice-versa;
 Diferenciar o ano comum do
bissexto;
 Resolve problemas relacionados
com medidas de tempo.

149
Sugestões Metodológicas
Perímetro de figuras planas (rectângulo, quadrado, triângulo)

O professor poderá orientar os alunos a medirem com régua o comprimento de tampo das suas
carteiras, secretária do professor, quadro, sala, etc. e depois devem adicionar as medidas de cada
objecto, para obterem o perímetro.
Para o caso de retângulo, do quadrado e do triângulo equilátero, os alunos devem ser orientados a
deduzirem as respectivas fórmulas específicas:

 O perímetro do rectângulo: P = 2 x (c + l)

 O perímetro do quadrado: P □ = 4 x l

 O perímetro do triângulo equilátero: P ∆ = 3 x l

Área do rectângulo

Numa primeira fase, os alunos deverão determinar a àrea do rectângulo através da contagem de
quadrículas, e mais tarde deverão ser orientados a deduzir a fórmula especifíca do cálculo da
área do rectângulo.

Medidas de tempo
O relógio
O professor poderá levar um relógio convencional para a sala de aulas, ou os alunos poderão construí-
lo sob a orientação do professor.
Os alunos deverão ler ou marcar as horas solicitadas pelo professor, ou pelos colegas.
O calendário
A existência de um calendário na sala de aula é imprescindível. O professor poderá solicitar que os
alunos leiam o calendário, identificando a data, o dia da semana, o mês, a data do seu aniversário e
outras datas históricas, festivas e feriados nacionais.

150
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Explicar o significado da fracção ;  Noção de Fracção  Aplica o conceito de fracção
 Ler e escrever fracções com na resolução de problemas da
numerador 1 e denominador de 1  Leitura e escrita de fracções; vida real
a 10;
 Representar, gráfica e  Comparação de fracções com
VII
simbolicamente, fracções com numerador 1 e denominadores de 1 a 15
FRACÇÕES numerador 1 e denominador de 1 10. tempos
a 10;
 Comparar fracções com
numerador 1 e denominador de 1
a 10, na base de observação de
representações gráficas.

151
Sugestões Metodológicas
Noção de fracção, sua leitura e escrita

Aconselha-se o professor a fazer a abordagem do conceito de fracção na base de observação. Para tal,
o professor deverá levar para esta aula alguns frutos.
1
Por exemplo, divide-se uma laranja em duas partes iguais, para mostrar a fracção : ( um meio), e
2
em seguida explicar o significado do denominador, do numerador e do traço da fracção.
Depois disso, divide-se a laranja em três partes iguais, em quatro partes iguais, etc. e mostra-se a
respectiva escrita, a leitura e explicar o significado de cada uma das fracções.
Os alunos deverão ser dados vários exercícios de leitura, de identificação e de apresentação de
fracções.

Comparação de fracções
A comparação de fracções deve ser feita também na base da observação.
O professor deverá representar, através de desenho ou representação gráfica, 2 ou 3 fracções,
conduzindo os alunos a concluirem que:

Na comparação de fracções com o mesmo numerador, é maior a fracção que tiver menor
denominador.

152
Unidade OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
Temática
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
VIII  Interpretar tabelas e gráficos  Tabelas e gráficos  Representa acontecimentos
TABELAS de tempo;  Leitura de tabelas e gráficos de tempo; através de gráficos de
 Construir tabelas e gráficos de tempo; 20
E tempo.  Construção de tabelas e gráficos de tempo. tempos
GRÁFICOS
REVISÃO 29
tempos
TOTAL 304

Sugestões Metodológicas
Tabelas e gráficos do tempo
No tratamento de tabelas e gráficos de tempo, os alunos deverão ser conduzidos de forma a recordarem-se que esta matéria é
abordada também nas aulas de Ciências Sociais, para representar ou descrever a história de um indivíduo, ou acontecimentos
mais importantes da escola, da aldeia, do distrito, província, etc.
Vários exercícios de leitura e construção de tabelas e gráficos de tempo devem ser feitos pelos alunos. Mas numa primeira fase,
cada aluno poderá apresentar a sua história através de tabelas e gráficos de tempo, destacando os acontecimentos mais
importantes da sua vida.
Deve aproveitar-se esta oportunidade para se falar das personalidades mais importantes, como por exemplo, Samora Machel,
Eduardo Mondlane e outros líderes locais.

153
Programa de Matemática

5ª Classe

154
COMPETÊNCIAS
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Unidade Temática CONTEÚDOS PARCIAIS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
 Revisão dos números naturais até 10 000  Resolve problemas que
 Decompor números naturais até 10  Leitura e escrita dos números naturais até envolvem números naturais
000, em unidades, dezenas, 10 000; até 10 000.
I
centenas, milhares e dezena de  Decomposição de números naturais até 10
NÚMEROS
milhar; 000, em unidades, dezenas, centenas,
NATURAIS
 Representar números naturais na milhares e dezena de milhar; 10
E tempos
tabela de posição, até 10 000;  Representação de números naturais na tabela
OPERAÇÕES
 Resolver exercícios envolvendo as de posição, até 10 000;
(1)
quatro operações elementares com  Or denação de números naturais, até 10 000;
números naturais até 10 000;  Comparação dos números naturais até 10
000, usando os símbolos: <, > e =.

 Ler e escrever os números naturais  Os números naturais até 100 000


até 100 000;  Leitura e escrita dos números naturais, até
 Decompor os números naturais 100 000;
até 100 000;  Decomposição de números naturais até 100  Resolve problemas que
envolvem números naturais
000, em unidades, dezenas, centenas,
até 100 000.
 Representar os números naturais na milhares, dezenas de milhar e centenas de 40
milhar; tempos
tabela de posição até 100 000;
 Representação de números naturais até 100
 Comparar os números naturais até 000, na tabela de posição;
100 000, usando os símbolos: <, > e  Ordenação de números naturais até 100 000;
=.  Comparação dos números naturais até 100
000, usando os símbolos: <, > e =;

155
COMPETÊNCIAS
Unidade OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Temática
CONTEÚDOS PARCIAIS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
 Os números ordinais até quinquagésimo
 Relacionar os números romanos
(50o ).
e árabes até cinquenta (L);
 Numeração romana

 Leitura e escrita de números romanos até


I cinquenta (L);
 Resolve problemas que
NÚMEROS
 Relação entre a numeração árabe e a envolvem os múltiplos de
NATURAIS
romana até cinquenta (L) 1000 e 10 000 até 10
E tempos
 Determinar múltiplos de 1000  Os múltiplos 100 000.
OPERAÇÕES
e 10 000 até 100 000. Os múltiplos de 1000 e 10 000 até 100 000.
(1)
 Potência
 Resolver exercícios que  Noção de Potência;
envolvem potências.
 Potências de base 10;
 Valor de uma potência.

156
Sugestões Metodológicas
Revisão: Leitura e escrita, decomposição, representação na tabela de posição, ordenação e
comparação de números naturais até 10 000.

A matéria sobre a revisão, não deve ser abordada como se tratasse de conteúdos novos.
No caso de alguns alunos apresentarem dificulades, o professor deverá proporcionar a oportunidade
de serem os outros alunos a explicarem as matérias, e só no último caso, é que ele poderá intervir.
É preciso que haja diversificação na aparesentação de tarefas.
Na consolidação destas matérias, o professor poderá apresentar aos alunos diferentes tipos de
actividades, por exemplo:
 Identificar determinados números apresentados;
 Escrever números por algarismo e por extenso e vice-versa;
 Relacionar números com quantidades e vice-versa;
 Decompor números em unidades, dezenas, centenas e milhar;
 Representar números dados na tabela de posição;
 Identificar e ler números representados na tabela de posição;
 Ler números por ordem e por classe;
 Ordenar números, apresentados na forma crescente e decrescente;
 Identificar a ordem em que determinados números estão apresentados;
 Comparar números dados, usando os símbolos de comparação: <, > e =.

Leitura e escrita dos números naturais até 100 000

O tratamento de números naturais até 100 000 (leitura e escrita , decomposição, representação na
tabela de posição, ordenação e comparação, usando os sinais: >, < e =), é feito da mesma forma que o
tratamento de números até 10 000. Por isso, as actividades sugeridas para o tratamento de números
naturais até 10 000 são as mesmas do tratamento de números naturais até 100 000.

157
Números Ordinais até quinquagésimo (50o)

O tratamento da leitura e escrita de números ordinais até 50o, deve ser antecedido pela consolidação
de números ordinais até 40o.
Os números ordinais devem ser escritos, tanto por algarismo, como por extenso e vice-versa .
Os números dos alunos na lista da turma podem ser traduzidos na forma ordinal, claro que se deve
respeitar o limite, tendo em conta que a maioria das turmas é numerosa.
No recreio, ou nas aulas de Educação Física, podem ser desenvolvidas diversas actividades
conducentes à aprendizagem dos números ordinais propostos.
Exemplo: Os alunos fazem uma corrida e o professor classifica pela ordem de chegada: Primeiro (1º),
segundo (2º), …..décimo (10º), décimo primeiro (11º)…….vigésimo (20º), ...... vigésimo nono (29º),
trigésimo(30º), trigésimo primeiro(31º), ... ,trigésimo oitavo(38º), trigésimo nono(39º) e
quadragésimo (40º), quadragésimo primeiro(41º), quadragésimo segundo (42º),... quadragésimo
oitavo (48º), quadragésimo nono (49º) e quinquagésimo(50º). Na aula, os alunos poderão discutir e
identificar a ordem em que cada aluno chegou à meta.

Numeração romana até cinquenta (L)


O tratamento de números romanos até cinquenta (L) deve ser antecedido pela consolidação de
tratamento de números romanos até quarenta (IL).

Vários exercícios deverão ser desenvolvidos pelos alunos, tais como:


 Ler horas em relógios que usam a numeração romana;
 Ler datas históricas escritas em numeração romana;
 Ler números romanos apresentados pelo professor;
 Escrever números romanos solicitados;
 Escrever números romanos dados na ordem crescente e decrescente.

158
Os múltiplos de 10, 100 e 1000 até 100 000
Nas classes anteriores, os alunos aprenderam o conceito de múltiplo, por isso, o importante é apenas
fazer-lhes recordar que os números que se obtêm multiplicando um número pela sequência dos
números naturais, chamam-se múltiplos desse número. Exemplo:
 0, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, ....são múltiplos de 10.
 0, 100, 200, 300, 400, 500,... são múltiplos de 100.
 0, 1000, 2000, 3000, 4000, 5000,... são múltiplos de 1000.
E desta forma, conduzir-lhes a concluir que:
 Zero é múltiplo de todos os números.
 Todo o número é múltiplo de si mesmo.
 O conjunto de múltiplos é infinito.

Noção de Potência
Como ponto de partida, o professor pode apresentar no quadro um produto de factores iguais, e dizer
3
aos alunos que o produto pode ser escrito na forma mais simplificada. Exemplo: 2 x 2 x 2 = 2 e lê-
se: dois elevado a três ou dois ao cubo.
3
Portanto: 2 é uma potência de base 2 e expoente 3. Lê-se: dois elevado a três ou dois ao cubo.
2 é a base, indica o factor que se repete.
3 é o expoente, indica o número de vezes que esse factor é repetido.
Assim, os alunos sob a orientação do professor poderão concluir que:

Potência é um produto de factores iguais.

É importante que os alunos dominem a seguinte leitura de potências:

2
2 __ lê-se: Dois elevado a dois ou dois ao quadrado;
3
2 __ lê-se: Dois elevado a três ou dois ao cubo;
4
2 __ lê-se: dois elevado a quatro ou dois à quarta;

159
5
2 __ lê-se: Dois elevado a cinco ou dois à quinta;
6
2 __ lê-se: Dois elevado a seis ou dois à sexta;
7
2 __ lê-se: dois elevado a sete ou dois à sétima;
8
2 __ lê-se: Dois elevado a oito ou dois à oitava;
9
2 __ lê-se: Dois elevado a nove ou dois à nona;
10
2 __ lê-se: Dois elevado a dez ou dois à décima;
Por diante, lê-se simplesmente dois elevado a 11, 12, 13, etc.

A seguir o professor poderá apresentar algumas potências de base 10, para os alunos determinarem o
valor numérico.
2 3 5
10 = 10 x 10= 100; 10 = 10 x 10 x 10 = 1000; 10 = 10x10x10x10x10 =100000
No fim, devem ser conduzidos a concluir que:

Numa potência de base 10, o expoente indica o número de zeros do valor da potência.

160
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Classificar os triângulos quanto aos  Triângulos
ângulos;
 Construir diferentes triângulos.  Classificação de triângulos quanto aos
ângulos (acutângulo, rectângulo e
obtusângulo);
 Usa o conceito de
II
 Distinguir quadriláteros de não  Os quadriláteros diferentes formas
ESPAÇO quadriláteros;  Noção de paralelogramo; geométricas na resolução 20
de problemas do seu dia-a- tempos
E  Traçar as diagonais de um  Diagonais de um paralelogramo;
paralelogramo; dia
FORMA
 Construir paralelogramos usando  Noção de losângo;
régua e esquadro;
 Relacionar o quadrado com  Diagonais de um losângo;
losango.
 Construção de paralelogramos .

161
Sugestões Metodológicas
Para a classificação dos triângulos quanto aos lados, os alunos devem ser levados a medirem os lados
dos diferentes triângulos, para depois o professor informar-lhes que:
 Um triângulo com 3 lados iguais chama-se equilátero;

 Um triângulo com 2 lados iguais chama-se isósceles;

 Um triângulo com 3 lados desiguais chama-se escaleno.

A classificação de triângulos quanto aos ângulos, deve ser antecedida pela consolidação da medição e
classificação de ângulos. Depois dessa consolidação, os alunos devem ser levados a medirem os
ângulos dos diferentes triângulos, para depois o professor informar-lhes que:

 Um triângulo com 3 ângulos agudos chama-se acutângulo;

 Um triângulo com um ângulo recto chama-se rectângulo;

 Um triângulo com um ângulo obtuso chama-se obtusângulo.

Os quadriláteros

Nesta aula, o professor poderá apresentar aos alunos um cartaz por ele trazido de casa, ou então,
desenhado no quadro com diversas figuras planas (triângulos, círculos, quadriláteros e outros
polígonos com mais de 4 lados) e solicitar aos alunos para identificarem as figuras com 4 lados,
portanto, os quadriláteros.
No conjunto de quadriláteros os alunos deverão identificar características específicas de cada um, e o
professor dar o nome específico.
Assim como, deve os orientar de modo a chegarem às seguintes conclusões:

 Um quadrilátero é uma figura com 4 lados.


 Um paralelogramo é um quadrilátero com lados paralelos 2 a 2.
 Um paralelogramo tem duas diagonais que cortam-se ao meio.

162
 Um rectângulo é um paralelogramo com diagonais iguais.

 Um quadrado é um paralelogramo com diagonais iguais e perpendiculares.

 Um losango é um paralelogramo com diagonais perpendiculares, que se cortam ao meio.

Também devem verificar através da medição de ângulos que a soma dos ângulos internos de um
paralelogramo é igual a 360º;

Por fim, os alunos deverão construir os quadriláteros em quadrículas na base das suas
propriedades.

163
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
Unidade Temática CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
III • Resolver exercícios de  Adição e subtracção até 100 000
 Estrategias de cálculo mental de adição;
NÚMEROS adição e subtração até 100 • Resolve problemas de
NATURAIS  Estrategias de cálculo mental de subtração;
000. adição e subtração até 40
E  Procedimento escrito de adição com transporte; 100 000. tempos
OPERAÇÕES  Procedimento de subtracção com empréstimo.
(2)

164
Sugestões Metodológicas
Estratégias de cálculo mental de adição e subtracção
As estratégias de cálculo mental , assim como os algoritmos de adição e subtracção da 5ª classe são
os mesmos usados na 4ª classe.

Vejamos um exemplo de adição: 6 + 32 347 =


Estratégias de cálculo mental de adição:
 Contar a partir da parcela maior. Portanto, concretizar a parecela menor e contar para frente a
partir da parcela maior. Por exemplo: 6 + 32 347 = 32 347 + 6

(6 passos, que corresponedem a parcela


32347
menor)
32348 32349 32350 32351 32352 32353

Portanto, 6 + 32 347 = 32 353

 Identificar o exercício básico (6 + 7) e adicionar 13 a 32340, obtendo 32353 como total ou


soma de , 6 + 32 347.

Vejamos um exemplo de subtracção: 94 563 - 8 = ?


Estratégias de cálculo mental de subtracção:
 Identificar o exercício básico (13 - 8) e resolvê-lo e adicionar a sua diferença 5 a 94 550 e
obter 94 555 como a diferença de 94 563 – 8.
 Concrectizar o diminuidor 8 e contar para atrás o diminuendo, tantas vezes o diminuidor. Por
exemplo: 943 – 8=

94355 94 356 94 357 94358 94559 94 560 94 561 94 562

8 passos, que correspondem ao diminuidor 8.

165
o procedimento escrito da adição com transporte:
Como calcular 73 685 + 19547 na forma vertical?
Vejamos: Verificação dos resultados:
111 1 10 10 10 10
73685 9 3 2 3 2
+1 9 5 4 7 -19 5 4 7
93232 73 6 8 5

Os alunos devem saber que:


 Na adição, a verificação do resultado é feita através da sua operação inversa, portanto, a
subtracção. Se o resultado da subtracção do total com uma das parcelas, for igual a outra parcela,
então, o resultado da adição está certo.

o procedimento escrito da subtracção com empréstimo


Como calcular 82 543 – 26 579 na forma vertical?
Vejamos: Verificação dos resultados:
10 10 10 10
8 2 5 4 3 2 6 5 7 9
-2 6 5 7 9 + 5 5 9 6 4
5 5 9 6 4 8 2 54 3

Os alunos devem saber que:


 Na subtracção, a verificação do resultado é feita através da sua operação inversa, portanto, a
adição. Se o resultado da adição da diferença com o diminuidor for igual ao aditivo/
diminuendo, então, o resultado da subtracção está certo.

166
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:

 Medidas de massa
 Unidades de medidas de massa: Tonelada
(t), quilograma (kg), grama (g), decigrama
(dg), centigrama (cg), miligrama (mg);
 Unidade fundamental: o quilograma
IV  Converter as unidades de  Conversão das unidades de massa.  Resolver problemas da vida
medida de comprimento e
GRANDEZAS  Medidas de comprimento real que envolvem unidades 30
massa;
E  Unidade principal: O metro (m); de comprimento e de massa.
tempos
 Determinar perímetros de
MEDIDAS  Múltiplos do metro: km, hm e dam;
figuras planas.
 Submúltiplos do metro: dm, cm, e mm;
 Conversão de medidas de comprimento: km,
hm, dam, m, dm, cm e mm.
 Perímetro de figuras planas

 rectângulo, quadro, triângulo, paralelogramo


e losango.

167
Sugestões Metodológicas
Medidas de comprimento

Nesta aula è importante que os alunos saibam que:


 O Metro é a unidade fundamental das medidas de comprimento.

 Além do metro existem os submúltiplos (dm, cm e mm) e os múltiplos (km, hm e dam) do


metro, que servem para medirem comprimentos menores e maiores que o metro
respectivamente.

Os alunos deverão resolver situações problemáticas que requerem a medição e a conversão de


unidades para outras. É importante que o professor sublinhe que, na resolução de problemas as
grandezas dever ser convertidas na mesma unidade.
O desenvolvimento de habilidades de estimação iniciada nas classes anteriores deve persistir também
nesta classe. Por isso, sugere-se que o professor leve os alunos a estimar comprimentos de objectos
e distâncias.
Os alunos devem saber que cada unidade de comprimento é 10 vezes maior que a unidade
imediatamente inferior.
Por isso:

1km = 10 hm = 100dam = 1 000m


1m = 10 dm= 100cm = 1000mm

Perímetro de figuras planas (rectângulo, quadro, triângulo, paralelogramo e losango)


O conceito de perímetro de uma figura plana como soma das medidas dos seus lados já foi aprendido
nas classes anteriores. Por isso, o professor poderá apresentar situações problemáticas para que os
alunos determinem os respectivos perímetros.
Para o caso de retângulo, do quadrado e do triângulo equilátero, os alunos devem usar as respectivas
fórmulas específicas:

168
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Aplicar as propriedades da  Multiplicação e divisão de números naturais até  Resolver problemas da
100 000
multiplicação e da divisão na vida real que envolvem
resolução de exercícios que  Estrategias do cálculo mental de multiplicação multiplicação e divisão de
até 100 000;
envolvem números naturais até números naturais até
100 000;  Propriedades: comutativa, associativa, 100 000
distributiva, elemento neutro e absorvente da
multiplicação;
 Calcular valores aproximados
 Procedimento escrito da multiplicação de
de números até 100 000; números naturais com transporte cujo
multiplicador é de dois e três dígitos até
V  Resolve problemas que
NÚMEROS envolvem o cálculo de valores 100 000;

NATURAIS médios.  Propriedade distributiva da divisão em relação à 50


E adição e à subtracção; tempos
OPERAÇÕES  Procedimento escrito da divisão de números
naturais sem e com resto cujo divisor é de dois
(3)
dígitos;

 Expressões numéricas envolvendo as quatro


operações básicas com e sem parentêsis.

 Valores aproximados

 Arredondamentos a múltiplos de 10, 100 e 1000


até 100 000.

 Valores médios

 Noção de valor médio.

169
Sugestões Metodológicas
Multiplicação e divisão de números naturais até 100 000 e suas propriedades

As estratégias do cálculo mental para o tratamento da multiplicação e divisao até 100 000, são as
mesmas exemplificadas na 4ª classe.

O mais importante é o dominio da tabuada da multiplicação, assim como as suas propriedades, pois
elas servem para facilitar o cálculo,sobretudo o cálculo mental.

O procedimento escrito tanto da multiplicação como da divisao ja foi demonstrado na 4ª classe.

Valores aproximados
Arredondamentos a múltiplos de 10, 100 e 1000 até 100 000
O professor deve recorrer à representação de números na semi-recta graduada no quadro para os
alunos poderem identificar as melhores aproximações. Por exemplo:
Desenha uma semi-recta graduada como a seguir, e pergunta aos alunos qual é o valor aproximado a
múltiplos de 100 de 280.
280
0 100 200 300 400 500

Certamente que eles virão que 280 está mais próximo de 300, do que de 200.
E o professor dirá: 300 é o valor aproximado de 280. Neste caso, diz-se que 280 foi arredondado a
múltiplo de 100.
O mesmo procedimento deve ser usado para arredondamentos a múltiplos de 10 e de 1000.
Para a consolidação deve-se dar aos alunos vários exercícios ou problemas para que eles arrendodem
a múltiplos de 10, 100 e 1000.

Noção de valor médio

170
O conceito de valor médio, apesar de ainda constituir um novo conteudo a ser abordadeo na sala de
aulas, já é conhecido pelos alunos. Pois eles calculam correctamente as m édias do seu
aproveitamento sem dificuldades.
Desta forma, o professor poderá mandar os alunos calcular as suas médias nas diversas disciplinas. É
preciso arredondá-las por defeito ou por excesso. Por exemplo, uma média de 13,5 é arredondado por
excesso a 14, mas uma média de 13,4 é arredondado por defeito a 12.

Expressões numéricas com e sem parêntesis envolvendo as quatro operações


básicas.
A resolução de expressões numéricas já foi vista tanto na 3ª clase como na 4ª classe, por isso, sugere-
se que o professor de forma gradual apresente expressões no quadro, com as 4 operações, primeiro
sem parêntesis e depois com parêntesis.
Na resulução destas expressões devem recordar-se de que:

 Na resolução de expressões numéricas, sem parêntesis envolvendo as quatro operações básicas,


primeiro efectuam-se as multiplicações e as divisões e finalmente, as adições e as subtracções pela
ordem em que aparecem, da esquerda para direita.
Exemplo: 351 + 4 x7 – 9 x 6 : 3 = 351 + 28 – 54: 3= 351 + 28 -18 = 379 – 18 = 361

 Na resolução de expressões numéricas com parêntesis, envolvendo as quatro operações básicas,


resolve-se em primeiro lugar, o que está dentro de parêntesis, em seguida, efectuam-se as multiplicações
e as divisões e finalmente, as adições e as subtracções pela ordem em que aparecem, da esquerda para
direita.
Exemplo: 78 - 40 : (17 + 3) x 6 = 78 – 40 : 20 x 6= 78 – 2 x 6= 78 – 12 = 66

171
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Converter as unidades de  Medidas de superfície  Resolve problemas do seu
superfície, umas às outras;  Unidades de superfície (km2, hm2, dam2, m2, quotidiano que envolvem
2 2 2
dm , cm , mm ); medidas de superfície e de
 Determinar áreas do rectângulo, tempo.
 Área do quadrado (A = l x l);
quadrado e triângulo;

VI  Área do rectângulo (A = c x l);


 Converter as unidades de tempo,
GRANDEZAS
umas às outras;  Área do triângulo (A = b x a/2). 20
E tempos
MEDIDAS  Medidas de tempo
 Relógio (horas, minutos, segundos);

 Calendário (o mês, o trimestre, o semestre, o


ano, a década, o século, o quinquénio e o
milénio)

172
Sugestões Metodológicas
Unidades de área
Os alunos já tem conhecimento de conceito de área desde a 4ª classe, pois aprenderam a calcular a
área de um rectângulo, assim como aprenderam todas as unidades de comprimento .
Agora eles precisam de saber que, quando se trata de unidades de área, elas apresentam o expoente 2.
É preciso apresentar um quadro a sistematizar as unidades de área:

Abreviatura Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2


Quilometro Hectómetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Nome quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
Múltiplos do metro quadrado Unidade Submúltiplos do metro quadrado
fundamental
das
medidas de
área

Apresente exercícios de conversão de unidades de área, e conduz os alunos a concluirem que:


Nas unidades de área, uma mudança da unidade maior para a menor implica multiplicar por 100 e da unidade menor para
a maior implica dividir por 100.
Exemplo: 34 m2 =
34 00 dm2 e 34 m2 = 0, 34 dam2

Os alunos devem saber que:


 1 km2 é a área de um quadrado com 1km de lado.
 1 hm2 é a área de um quadrado com 1hm de lado.
 1dam2 é a área de um quadrado com 1dam de lado.
 1m2 é a área e de um quadrado com 1m de lado.
 1dm2 é a área de um quadrado com 1dm de lado.
 1cm2 é a área de um quadrado com 1cm de lado.
 1mm2 é a área de um quadrado com 1mm de lado.

173
Área do rectângulo e do quadrado

Para o tratamento de áreas, tanto do quadrado como do rectângulo, numa primeira fase, deve-se usar
as quadrículas, para depois comprovar-se os valores obtidos na base da contagem de quadrículas
através do cálculo do produto do comprimento e a largura, deduzindo desta forma as fórmulas
específicas.
Exemplo:
6cm

3cm

Ao contar as quadrículas, os alunos poderão verificar que são no total 18 quadrículas. A seguir
deverão calcular o produto da medida do comprimento e da largura, portanto:
6 cm x 3 cm = 18 cm2.
Desta forma, irão concluir que:

A A área de um rectângulo é igual ao produto da medida do comprimento pela


medida da largura. Escreve-se: A = c x l

O mesmo procedimento deve ser usado para o quadrado. E desta forma, irão concluir que:
A = l x l = l2

Área do triângulo
A área do triângulo deverá ser deduzida a partir da área do rectângulo. Pois no rectângulo quando traçamos a
diagonal, obtivemos 2 triângulos, o que quer dizer que a área do triângulo é metade do rectângulo.
bxh
Portanto: A =
2

174
Medidas de tempo
O relógio
Como teríamos dito nas classes anteriores, no tratamento de medidas de tempo, é imprescendível a
presença de relógio e do calendário na sala de aulas. Caso o professor tenha dificuldades de obtê-los
deverá construí-los.

Durante as primeiras semanas de aula e conveniente que o professor peça aos alunos, um de cada vez,
que façam a leitura das horas indicadas no relógio existente na sala de aula.
O professor modificará os ponteiros, de forma que ressaltam todas as hipóteses que os alunos já
conhecem para exprimir o tempo.
Exemplos:
 São 9 horas no període de manhã ou 21 horas se for período da noite.

 São 10 horas e 5 minutos no període de manhã ou 22 horas e 5 minutos se for período da


noite.

 São 8 horas e 15 minutos ou 8 horas e quarto no período de manhã ou 20 horas e 15 minutos/


20horas e quarto se for período da noite.

 São 11horas e 30 minutos ou 11 horas e meia no período de manhã ou 23 horas e 30 minutos/


23 horas e meia se for període de noite.

Antes de procder à leitura dos segundos, parece-nos importante abordar a noção de duração a partir
de intervalos de tempo muito pequenos.
Exemplo de actividades:
O professor propõe um minuto de silêncio (controla o tempo pelo seu relógio).
Depois, o professor diz a um aluno para abrir a porta da sala ou dar um salto.
A seguir poderá questionar aos alunos, se o tempo levado a abrir a porta ou a dar o salto é igual ao
anterior?
É natural que os alunos digam que o tempo gasto foi bem menor que de um minuto de silêncio!
O professor continua questionar:

175
Será que podemos medir o tempo que o vosso colega levou a abrir a porta, ou a dar o salto, em
minutos?
Surge, então, a necessidade de “arranjar” uma nova unidade de tempo para medir intervalos de tempo
inferiores a um minuto. À nova unidade dá-se o nome de segundo.
Será de toda conveniência, os alunos observarem um relógio que tenha o ponteiro dos segundos.
Durante a observação do relógio, os alunos irão verificar que, enquanto o ponteiro dos segundos
percorre 60 divisões, o ponteiro dos minutos desloca-se apenas de uma divisão, isto é, um minuto.
Então, o professor regista no quadro e os alunos no caderno.
1 minuto = 60 segundos ou 1min = 60s
Nas aulas de Educação Física, há imensas oportunidades para explorar actividades relacionadas com
unidades de tempo.
Por exemplo:
 Fazer uma corrida durante dois minutos;

 Andar ao pé coxinho durante trinta segundos.

O calendário
A existência de calendário na sala de aula é muito importante.
No início da aula, o professor escreve a data no quadro, os alunos registam no caderno e cada dia um
aluno vai ao calendário assinalar o dia respectivo.
O calendário é uma forma convencional de repartir o ano em meses.
Os alunos, nesta altura, já devem saber:
 A ordem cronológica dos meses;

 Os meses com 28/29 (caso do mês de Fevereiro); 30 ( Abril, Junho, Setembro e Novembro)
ou 31 dias (os restantes).

 Quantos dias tem o ano ( destacar o ano comum e o bissexto);

 Que o ano se pode dividir em 4trimestres e 2 semestres.

 Que o trimestre é o espaço de 3 meses.

 O semestre é o espaço de 6 meses.

176
 A década é o espaço de 10 anos.

 O Quinquénio é o espaço de 5 anos.

 O milênio é o espaço de 1000 anos.

 Uma actividade que deve também ter lugar é de os alunos assinalarem no calendário as datas do seu
aniversãrio e históricas.

177
COMPETÊNCIAS
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS PARCIAIS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
 Representar fracções de forma  Fracções
gráfica (ilustracoes) e simbólica;
 Leitura e escrita de fracções;  Resolve problemas que
 Comparar fracções com mesmo envolvem fracções com o
 Comparação de fracções com mesmo
VII denominador; mesmo denominador.
denominador e numeradores diferentes. 15
FRACÇOES  Efectuar exercícios de adição e tempos
 Operações com fracções
subtracção de fracções com o
mesmo denominador.  Adição e subtracção de fracções com o mesmo
denominador.

Sugestões Metodológicas
Leitura e escrita de fracções
O conceito de fracção, já foi abordado na 4ª classe, o professor deverá criar condições de consolidá-lo, fazendo representações
gráficas e simbólicas no quadro para os alunos identificarem as fracções representadas, fazer as respectivas leituras e distinguir os
elementos de cada fracção, assim como explicar o seu significado.
.
Comparação de fracções com mesmo denominador ou mesmo numerador
A comparação de fracções deve ser feita também na base de observação, para que os alunos cheguem a seguinte conclusão:

 Na comparação de fracções com o mesmo denominador, é maior aquela que tiver maior
numerador.

Portanto: se .
 Na comparação de fracções com o mesmo numerador, é maior aquela que tiver menor
denominador.

Portanto: se .
178
Adição e subtracção de fracções com o mesmo denominador
A adição e subtracção de fracções devem ser feita também na base de observação de figuras.

A análise dessas figuras deve ser feita de modo que os alunos concluam que:

 Para adicionar ou subtrair fracções com o mesmo denominador, adicionam-se


ou subtraem-se os numeradores e mantém-se o denominador.

a b ab a b a b
Portanto: + = ou - =
c c c c c c

179
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Números decimais
 Transformar fracções decimais em  Resolve problemas de adição
 Fracções de denominador 10, 100 e 1000;
números decimais e vice-versa, e subtracção que envolvem
 Ler e escrever os números  Transformação da fracção decimal num números decimais.
decimais; número decimal e vice-versa;
 Identificar a parte inteira e a parte
 Leitura e escrita de números decimais;
decimal de um número decimal;
 Comparar números decimais,  Decomposição de números decimais;
VIII
NÚMEROS
usando os símbolos: <, > e =;  Representação de números decimais na 15
 Efectuar exercícios de adição e tabela de posição; tempos
DECIMAIS
subtracção que envolvem números
 Ordenação de números decimais;
decimais.
 Comparação de números decimais usando os
simbolos de comparação ( <, > e =);

 Procedimento escrito de adição de números


decimais;
 Procedimento escrito de subtracção de
números decimais.

180
Sugestões Metodológicas
Sugestões Metodológicas
A descoberta de números decimais pode ser feita propondo aos alunos uma situação que implique a
divisão da unidades em dez partes iguais e a representação escrita e numérica de uma dessas partes (
uma décima ou 0,1).
Assim, os alunos sentem a necessidade de criar “novos” números, alargando o seu universo numérico.
Como introduzir a décima, centésima e milésima
É aconselhável começar por fazer uma revisão progressiva dos números, recordando as regras de
funcionamento do sistema de numerção e o vocabulário: unidade, centena, milhar, dezena de milhar,
décima, centésima e milésima.
 Divisão da unidade em (10, 100 e 1000) partes iguais;

 Representação figurativa;

 Designação de cada uma dessas partes;

 Identificação da nova ordem do sistema de numeração decimal;

 Representação escrita (a vírgula surge da necessidade de assinalar a casa das unidades e de


separar a parte inteira da parte decimal;

 Representação de números decimais na recta numérica;

 Comparação e ordenação de números decimais.

181
COMPETÊNCIAS
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS PARCIAIS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
 Explicar o significado da  PERCENTAGEM
percentagem;  Noção de percentagem;
 Estabelecer relação entre  Relação entre percentagem, fracções decimais e
percentagem, fracção números decimais.
IX
decimal e numero decimal;  Resolve problemas da 15
PERCENTAGENS  Resolver exercícios que vida real que envolvem tempos
envolvem percentagens, percentagens
fracções decimais e números
decimais.

182
Sugestões Metodológicas
Percentagens
O uso de percentagens é outro método de cálculo com proporções. Em vez de se escrever, por
exemplo, 2\3 de 730, muitas vezes se escreve 40% de 730. Actualmente, aplica-se as percentagens
em muitas situações de vida quotidiana tais como:
 Num jornal, onde se pode ler que 17% da população é desempregada;

 Numa publicidade de vendas, anunciando que, aos sábados, o preço está reduzido em 10%.

 Num livro de Geografia, anunciando que 30% da terra é coberta por florestas;

Em algumas situações, regista-se uma má aplicação de percentagens. Se se pretende, por exemplo,


dizer a alguém que 12 dos 32 alunos estão constipados, pode-se, pois, dizer que 3\8 dos alunos ou
seja 3 alunos em 8 alunos estão constipados.
Nos livros, os alunos, muitas vezes lêem esta afirmação exprime o mesmo que se escreveria em
percentagem, isto é, que cerca de 38% dos alunos estão constipados. Se lermos cuidadosamente esta
afirmação , aperceber-nos-emos do problema, uma vez que significa que 38 alunos em 100, nessa
turma, estão constipados. Um paradoxo, na medida em que, no total, a turma tem somente 32 alunos!
Numa situação como esta, pensamos efectivamente, que é preferível a afirmação “ 3 de 8”.

183
Ensino de percentagens
O ensino de percentagens deve acontecer depois do ensino de fracções e dos números decimais. Com
efeito, o trabalho com as percentagens pode basear-se nos conhecimentos já adquiridos sobre as
fracções..
Os alunos deverão saber que:

Uma percentagem pode ser representada por uma fracção de denominador 100.
A percentagem significa uma parte de 100.
O símbolo usado para representar percentagem é: %.

O professor deverá mostrar as relações entre a percentagem, fracção decimal e número decimal.
Exemplos:
25
 25% = = 0,25
100

50
 50% = = 0, 50
100

75
 = 75% = = 0,75
100

184
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA
CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
• Interpretar tabelas e gráficos • Tabelas e gráficos - Resolve problemas que
XI
de barras. envolvem tabelas e gráficos
TABELAS - Leitura de tabelas e gráficos de barras; 15
de barras.
E • Construir tabelas e gráfico de tempos
- Construção de gráficos de barras em
GRÁFICOS barras
quadrículas
REVISÃO 24
tempos
TOTAL 304

185
Sugestões metodológicas

Tabelas e gráficos
A interpretação de tabelas e gráficos é uma actividade muito
importante para as classes mais avançadas. No entanto, é importante que, desde cedo, os
alunos aprendam a interpretar e a construir tabelas e gráficos simples. Já a partir da 3ª classe,
é sempre bom que os exercícios possam ser dados de formas variadas e uma delas é o uso de
tabelas com operações.
Para este ciclo, a construção de gráficos deve ser feita no papel quadriculado.
A interpretação do calendário, de horários e a representação de fracções em diagramas, assim
como da percentagem, são exercícios úteis, através dos quais o professor deveria desenvolver
no aluno o trabalho com tabelas e diagramas.
Neste ciclo, são tratados tabelas e gráficos simples como, por exemplo, os que representam o
decurso dum determindo facto (social ou económico) ou que representam o controle da
temperatura dum doente num hospital durante a semana na mesma hora, etc.

186
Programa de Ciências Naturais

2º Ciclo

187
Introdução

A educação é um pré-requisito para o desenvolvimento do indivíduo e da Nação. A escola tem um


papel fundamental na preparação do Homem para o desenvolvimento efectivo das suas funções, no
esforço de assegurar o desenvolvimento sócio-económico de um país. O sistema de educação deve,
portanto, responder às necessidades individuais e da sociedade.

O ensino de Ciências Naturais tem como objectivo fundamental desenvolver a percepção científica do
mundo natural. A percepção do mundo natural ajuda o Homem a envolver-se em actividades, com
vista à satisfação das suas necessidades.

O ensino de Ciências Naturais está desenhado de forma a permitir que os alunos apliquem os
conhecimentos às experiências da sua vida diária, de modo a prepararem-se para a vida num mundo
em constantes mudanças.

Este programa de Ciências Naturais inclui temas diversos da 1ª à 7ª classe, que foram seleccionados
tendo em conta a sua relevância para o contexto nacional, outros sistemas a nível da SADC e os
objectivos de âmbito, económico, social, intelectual e pessoal, definidos no Plano Curricular do
Ensino Básico (PCEB).

A disciplina de Ciências naturais é introduzida a partir da 4ª classe e abarca conteúdos de 4 grandes


áreas temáticas ( Ambiente, Seres Vivos, Saúde e População). No 1º ciclo, os conteúdos desta
disciplina, estão transversalmente integrados nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática.

A consideração destes factores ditou o aparecimento de algumas diferenças deste programa em


relação ao anterior, no capítulo dos conteúdos e na abordagem metodológica. A nível dos conteúdos,
por exemplo, incluiu-se a electricidade, agricultura, caça e pesca, população e ambiente. No capítulo
metodológico, o destaque vai para a introdução da gestão mais autónoma da aula e de todo o processo
de ensino-aprendizagem pelo professor.

Este programa tenta conjugar os objectivos dos diferentes âmbitos (económico, social, intectual e
pessoal). Deste modo, realça as habilidades práticas que poderão permitir a integração plena da
criança na sua comunidade, uma vez que se está ciente de que, embora o Ensino Primário seja um
nível inicial, é terminal para a maioria das crianças do nosso País.

188
Este programa é constituído por 5 partes:

1. Introdução
2. Objectivos gerais
3. Metodologia geral
4. Avaliação
5. Plano temático

1. Objectivos gerais
Ao concluir o ensino básico, o aluno deve ser capaz de:
 Reconhecer o ambiente natural que o rodeia, através da observação e interpretação;
 Ser cooperativo na procura de soluções para as questões ambientais;
 Partilhar e divulgar a informação;
 Aplicar conhecimentos científicos na interpretação de fenómenos naturais mais comuns do
seu seio,
 Aplicar conhecimentos científicos básicos na gestão dos recursos naturais e do ambiente na
comunidade;
 Aplicar o método científico na resolução de problemas do dia-a-dia;
 Aplicar as regras básicas de higiene pessoal e colectiva;
 Dominar as técnicas básicas de agricultura, gestão e protecção dos recursos comunitários.

2. Metodologia geral

O ensino de Ciências Naturais é útil quando os conhecimentos e habilidades adquiridos são aplicáveis
para o melhoramento das suas condições de vida. As ciências que estudam a natureza, têm o objectivo
de desenvolver a percepção científica do mundo natural. Existe uma semelhança entre a maneira
como um cientista trabalhar e como uma criança aprende sobre a natureza. Ambos possuem, de
antemão, algumas ideias sobre o que se vai estudar. Usando passos que consistem na observação,
testagem experimental de ideias e registo de resultados, as ideias iniciais podem ser mudadas face às
evidências descobertas na realidade.

189
As ideias que as crianças têm são restritas, devido à sua limitada experiência e porque as habilidades
para a testagem são ainda pouco desenvolvidas. Assim, é tarefa do ensino de Ciências Naturais,
alargar a experiência das crianças, ajudá-las a desenvolver as suas habilidades científicas e substituir
as suas ideias intuitivas de aplicação restrita por ideias científicas. Entretanto, a rejeição ou
modificação de conhecimentos e comportamentos prematuros, tem de ser um processo
individualizado, levado a cabo através do raciocínio e actividades independentes dos alunos. Estes
mecanismos permitem o enquadramento de tais conhecimentos, habilidades e comportamentos, em
esquemas e convicções pessoais.

Moçambique tem uma natureza muito rica e diversificada. Esta diversidade é ainda maior se
tomarmos em conta que cada escola e cada aluno são únicos. Isto traz diferenças na forma de usar os
recursos naturais, fazendo com que o professor tenha que adoptar métodos adequados para explorar a
natureza, em cada contexto concreto. Este programa não pode reflectir toda esta gama de variedades.
Contudo, serão abordadas as orientações metodológicas gerais, que constituem a base de
interpretação do processo de ensino-aprendizagem em Ciências Naturais. Eis, a seguir, algumas
dessas orientações metodológicas gerais.

2.1 Construtivismo
" É necessário conhecer o ponto de partida dos alunos".

Os alunos não podem ser vistos como tábuas rasas para preencher com novos conhecimentos, a partir
do processo de ensino. As crianças chegam à escola já com uma grande bagagem de conhecimentos
sobre o seu ambiente. Elas adquirem o conhecimento através das observações inconscientes,
diferentes actividades, jogos e imitação do comportamento dos adultos.

Os alunos podem já ter a sua explicação intuitiva dos fenómenos da natureza. Estas ideias
influenciam a interpretação e percepção da matéria ensinada, podendo ajudar ou dificultar a
interpretação científica dos processos naturais.

É importante que o professor conheça as ideias (pré-conhecimentos) que os alunos trazem consigo da
vida prática, sobre um determinado objecto, facto ou fenómeno, para aproveitá-las na construção da
visão científica do mundo natural.

190
Assim, por vezes, os alunos têm ideias erradas sobre o significado de um fenómeno ou conceito ( por
exemplo, o conceito de" trabalho ", " energia", " som", "causas das doenças", formas da terra", etc.) e
interpretam a informação dada pelo professor, na base das suas ideias iniciais.

Quando não se toma em conta os pré-requisitos dos alunos, cria-se uma situação em que estes têm um
conjunto de conhecimentos sobre a Natureza, com base em experiências práticas e quotidianas, e um
outro mundo de conhecimentos baseados na informação (principalmente teórica) dada na escola, que
co-existem e se confrontam entre si. Por isso, não nos surpreende que, em tais condições, os alunos
não sejam capazes de aplicar os conhecimentos adquiridos na escola para a resolução dos problemas
da vida real.

2.2 Método Científico


Ensinar Ciências Naturais é equipar os alunos com mecanismos que permitam desenvolver
activamente as diferentes faces da sua personalidade na interacção com a Natureza. A principal
ferramenta para este desenvolvimento da personalidade é o método científico. O método científico é
uma forma metódica de conhecer e lidar com a Natureza.

A correcta assimilação de conceitos, factos e fenómenos tem de ser resultado de um processo de


interrogação da Natureza que os alunos devem realizar activamente, com ou sem ajuda do
professor. O primeiro passo no estudo de um fenómeno ou objecto é a observação e a formulação de
perguntas para perceber as propriedades e as características do objecto ou fenómeno.

O professor pode fazer perguntas aos alunos ou estimulá-los a serem eles a formulá-las e procurarem
respostas, independentemente. Assim, começa o processo de investigação do ambiente natural. Os
alunos têm de se habituar a procurar conhecer factos e objectos, fazendo perguntas e procurando
respondê-las de forma sistemática (aprender a aprender).

No processo de resposta a estas perguntas, que envolvem diferentes actividades, os alunos adquirem
conhecimentos, informação e valores, desenvolvem habilidades motoras de análise, tomada de
decisão, experimentação, medição, observação e descrição, categorização e sistematização, de
auto-aprendizagem, entre outras.

191
2.3 Trabalho em grupo

Trabalho em grupo é aquele em que várias crianças fazem o " mesmo" trabalho em conjunto. Para
optimizar o trabalho em grupo, este deve ser composto por 4 a 6 crianças. O trabalho em grupo é mais
adequado para tarefas práticas. Os grupos devem estar dispostos de tal modo que todas as crianças
possam comunicar directamente entre si e, se estiverem a trabalhar sobre um objecto, todas as
crianças o vejam e/ou possam tocar.

A formação de um grupo deve, salvo em casos específicos, obedecer ao factor de mistura de


habilidades, para que durante o processo de interacção as crianças se ajudem mutuamente.

As habilidades do professor para dirigir um trabalho em grupo melhoram consideravelmente no


próprio processo. Por exemplo, com o tempo, o professor aprende a distinguir uma discussão frutuosa
de um caos num grupo. A falta de material é uma realidade em muitas das nossas escolas. Para se
fazer aproveitamento máximo do exíguo material, pode-se organizar, ao mesmo tempo, trabalhos de
grupos diferenciados.

Algumas vantagens do trabalho em grupo

a) Aprendizagem de criança-para-criança

A aprendizagem é um processo de interacção, com o meio e com as pessoas, através do qual o


indivíduo (criança) melhora os conhecimentos e as habilidades. O papel das pessoas na aprendizagem
formal é vital. Uma criança está mais predisposta a aprender quando se sente à vontade com quem
interage:

Uma criança está mais predisposta a aprender quando se sente à vontade com quem interage.
Uma criança está mais predisposta a aprender com outra criança do que com um adulto.

O trabalho em grupo é, portanto, um excelente contexto de aprendizagem para a criança.

b) Sinergia

A união faz a força. Parte-se do princípio que a diversidade de habilidades num grupo permite
complementaridade. O produto do trabalho de um grupo surge, portanto, como produto consensual
das contribuições individuais dos elementos do grupo.

192
Assim, um grupo produz aquilo que cada elemento, individualmente, não poderia produzir.

c) Comunicação e raciocínio

A liberdade de expressão que o grupo tem, ajuda as crianças a treinar e a melhorar as habilidades de
comunicação e de argumentação.

d) Adopção de aspectos de cultura científica


A experiência quotidiana dos alunos, a partir da qual se desenvolvem muitas actividades científicas, é
fortemente influenciada pelos hábitos familiares. As tradições influenciam, tanto o conteúdo como o
processo de ensino. Por exemplo, algumas tradições ensinam as crianças a não questionar ideias
veiculadas por alguém mais adulto. A tradição científica quebra com alguns destes comportamentos.
A mudança gradual de comportamento das crianças é mais acelerada se for feita em simultâneo com
grupos de crianças em interacção. O trabalho em grupo é, pois, um método efectivo para habituar as
crianças aos processos de investigação.
e) Compreensão e tolerância
Durante o trabalho em grupo a criança aprende, com o tempo, a descobrir que a diferença de formas
de pensamento entre as pessoas é uma constante e é normal, o que conduz ao desenvolvimento de
atitudes de tolerância.
d) Cooperação
Uma das características principais das crianças é o egocentrismo. Esta característica representa um
obstáculo sério para a participação em actividades e partilha/troca de ideias. No trabalho em grupo,
uma criança ganha gosto pelo trabalho cooperativo, o que ajuda, consideravelmente, no combate ao
egocentrismo.

3.Ensino-aprendizagem orientado para a prática


O método científico pressupõe o envolvimento do aluno numa actividade prática constante. Isto
advém do facto de o mérito deste método estar no processo e não no resultado. É também
verdade que existem informações e conhecimentos que, na situação escolar, não podem ser
adquiridos através da investigação por parte dos alunos.

Resumo
As ideias básicas a se ter em conta são:

193
 O primeiro passo na percepção da natureza é a observação e exploração de objectos reais.
 Os alunos têm ideias sobre o mundo à sua volta e sobre como e porquê as coisas
acontecem, através da sua própria experiência.
 A adopção de métodos e meios de ensino não deve ser tomada como universal, pois, cada
professor, cada aluno e cada sala de aulas são únicos/específicos.
A tarefa do professor é orientar os alunos para uma forma sistemática/metódica de lidar com o
mundo natural à sua volta, na busca de conhecimentos/habilidades/valores e na satisfação das suas
necessidades. Com o tempo, os alunos vão formando esquemas/mecanismos/instrumentos
individuais que asseguram competência e independência na interacção activa com a Natureza.

4. Sugestões metodológicas
Este programa apresenta sugestões metodológicas para todas as unidades temáticas. Estas sugestões
são apenas pontos de reflexão, estando o professor livre de segui-las ou elaborar outras, que julgar
mais adequadas à realidade, para o desenvolvimento das competências prescritas nos programas de
ensino. A criatividade e a iniciativa no exercício do processo de ensino-aprendizagem são
características que se exigem de um bom professor.

5. Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem


O sistema de avaliação em Ciências Naturais estará direccionado para a verificação da aquisição dos
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores especificados nas competências parciais definidas nos
programas de ensino. Os resultados obtidos a partir desta avaliação deverão também ser usados para
outros fins importantes como:
 Informar ao aluno e aos pais/encarregados de educação sobre os progressos alcançados no
processo de aprendizagem;
 Informar ao professor sobre eventuais problemas de aprendizagem dos alunos;
 Orientar o professor na recuperação de alunos com problemas de aprendizagem;
 Informar o professor sobre os alunos que não estão preparados para progredir para os ciclos
seguintes.
Para alcançar estes objetivos, é preciso que:
 A avaliação seja continua;

194
 A avaliação seja orientada para determinar em que medida as competências, pré-
determinadas, têm sido alcançadas, de modo a assistir o aluno na progressão aos níveis
subsequentes de aprendizagem;
 O professor deve avaliar os alunos, auto-avaliar-se e ajudar os alunos a auto-avaliarem-se.
Para cada unidade temática, em cada fase, é necessário adequar o carácter da avaliação às
necessidades de sua aplicação. Assim:
I. A avaliação inicial tem de ser marcadamente diagnóstica (para saber o que os alunos já
sabem sobre um determinado assunto/tema);
II. Na fase intermédia deverá predominar a avaliação formativa (para ajudar o professor a
monitorar e melhorar o processo de ensino);
III. No fim de cada assunto/unidade temática, pela necessidade de se representar
quantitativamente o desempenho do aluno, a avaliação sumativa assume papel
preponderante.
As fases inicial, intermédia e final de avaliação são relativas a um assunto/unidade temática.

5.1 Formas de avaliação em Ciências Naturais


Em Ciências Naturais, sugerem-se duas formas de avaliação. A avaliação formal, pré-planificada e
periódica, e a informal, permanente e diária.
As duas formas de avaliação incluem, para além do tradicional método de papel e caneta, outras
metodologias com um quadro compreensivo sobre o estágio de desempenho do aluno. Este quadro
poderá ser preenchido a partir de questões orais, observação e trabalhos escritos (testes e outros).
Encorajamos o professor a usar estas e outras metodologias de avaliação diferentes das tradicionais.
Particular atenção deve ser dada à avaliação qualitativa pois, os conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores, dificilmente podem ser quantificados.
A avaliação contínua não deve ser interpretada como acumulação de uma série dos tradicionais
resultados dos testes. Esta avaliação deve ser direccionada para a verificação do nível de
desenvolvimento das habilidades/processos, conhecimentos/atitudes e do crescimento pessoal do
aluno.
O enfoque na avaliação qualitativa não exclui o uso da avaliação quantitativa. A avaliação habitual de
papel e caneta será usada mas, em escala menor.

195
6. Competências do 2º ciclo

Ao terminar o 2º ciclo o aluno deve ser capaz de:


 Manipular um objecto e fazer a leitura de um fenómeno natural de uma forma metódica;
 Apresentar um esquema simples de estudo de qualquer objecto ou fenómeno;
 Apresentar, de forma desinibida, as suas ideias no âmbito do processo de aprendizagem;
 Revelar evidências de domínio de conceitos básicos relacionados com assuntos tais como
água, ambiente, doenças, alimentação, agricultura, caça, pesca e energia;
 Comportar-se, de forma responsável, em relação à higiene do seu corpo e à sua saúde em
geral;
 Demonstrar evidências de domínio de técnicas mais elementares de conservação do ambiente,
da caça, pesca e da agricultura, na sua comunidade.

196
Visão geral dos conteúdos do 2º ciclo da Disciplina de Ciências Naturais
4ª CLASSE 5ª CLASSE

UNIDADE UNIDADE CONTEÚDOS CH


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA TEMÁTICA
 Observação de objectos em diferentes
OBSERVAÇÃO
meios 4 tempos
 Descrição de objectos no seu meio
 Seres vivos (homem, animais e plantas) 4 tempos
SERES VIVOS E
SERES NÃO VIVOS  Seres não vivos (pedra, madeira, água,
ar, etc.)

PLANTAS  Constituição de uma planta (raiz, caule, 5 tempos


folhas, flores e frutos e sementes)
 Funções das partes da planta
ANIMAIS  Constituição de um animal (cabeça, 4 tempos
tronco, membros)
 Funções das diferentes partes de um
animal
 Animais domésticos e selvagens
ANIMAIS DA
MINHA  Importância dos animais 3
COMUNIDADE  Problemas causados pelos animais tempos
 Formas de protecção dos animais
 Introdução à caça 3  Tipos de caça: subsistência, comercial e 6
CAÇA
CAÇA  Os animais de caça tempos desportiva tempos
 Tipos de pesca: artesanal, industrial e
 Instrumentos de caça
desportiva
 Importância da caça  O papel da caça e da pesca no
 Introdução à pesca 3 desenvolvimento do país
PESCA  Os animais de pesca tempos PESCA  Preservação das espécies faunísticas e
 Instrumentos da pesca aquáticas.
 Importância da pesca
 Fontes de água na comunidade (poços, 4  Conservação dos recursos hídricos 7
ÁGUA fontenárias, rios, lagos, rios) tempos CONSERVAÇÃO  Propriedades da água (não tem cheiro, cor e tempos
 Formas de tratamento da água DA ÁGUA sabor)
 Importância da água para o homem e  Estados físicos da água
197
4ª CLASSE 5ª CLASSE

UNIDADE UNIDADE CONTEÚDOS CH


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA TEMÁTICA
animais  Técnicas de tratamento da água (fervura,
filtragem, decantação e processos químicos-
Certeza) e conservação da água
 Calamidades naturais: cheias, secas e ciclones
 Propriedades do solo (cor e 4 tempos  Composição do solo (húmus, sais minerais, 4 tempos
permeabilidade) água, ar)
SOLO  Factores de destruição do solo, erosão SOLO  Factores de destruição do solo, erosão (chuva,
(chuva, vento, queimadas, cultivo) vento, queimadas, cultivo)
 Cuidados a ter com o solo  Formas de preservação do solo

 Uso das latrinas e casas de banho 5  Factores associados ao lixo nas zonas urbanas e 6
HIGIENE E
AMBIENTE  Cuidados a ter com o lixo tempos HIGIENE E rurais tempos
 Doenças associadas ao lixo AMBIENTE  Formas de tratamento do lixo
 O lixo e as doenças
 Tipos de alimentos (origem animal e 5  Alimentação equilibrada (cereais, carnes, 7
ALIMENTAÇÃO
ALIMENTOS vegetal) tempos E NUTRIÇÃO frutas e legumes) tempos
 Importância dos alimentos mais comuns  Função dos alimentos (crescimento, força,
na comunidade protecção)
 Alimentação equilibrada  Conservação dos alimentos
 Qualidade e validade dos alimentos

 Nutrição da mulher grávida 4


NUTRIÇÃO DA
MULHER  Importância da alimentação equilibrada para a tempos
GRÁVIDA mulher grávida
 Órgãos dos sentidos: olhos, nariz, 5 Olho 6
SENTIDOS E ouvidos, língua e pele tempos  Órgãos anexos (pálpebras, sobrancelhas, tempos
ÓRGÃOS DOS  Sentidos: visão (vista), olfacto (cheiro), pestanas)
SENTIDOS audição (ouvido), paladar (sabor ou CUIDADOS  Funções dos órgãos anexos
COM OS
gosto) e tacto (sensação) ORGÃOS DOS  Cuidados a ter com a vista
 Importância dos sentidos e dos órgãos SENTIDOS Ouvido
dos sentidos  Partes externas do ouvido (pavilhão, lóbulo,
tímpano)
 Funções das partes externas do ouvido
 Cuidados a ter com o ouvido
198
4ª CLASSE 5ª CLASSE

UNIDADE UNIDADE CONTEÚDOS CH


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA TEMÁTICA
 Micróbios/microrganismos como  Doenças (cólera, tuberculose, sarampo, 6 tempos
causadores de doenças 4 malária, tétano e SIDA)
SAÚDE  Higiene dos alimentos e do ambiente tempos SAÚDE  Modo de transmissão das doenças mais comuns
 Medidas de prevenção de algumas doenças
 Partes do corpo humano (cabeça, tronco 5
CORPO HUMANO e membros) tempos
 Importância do esqueleto
 Importâncias dos exercícios físicos
 Importância do convívio, lazer e repouso
 Higiene do corpo
AUTO-  Etapas do desenvolvimento do ser 3
DESCOBRIMENTO
humano (infância, adolescência, fase tempos
adulta)
 Luz natural e artificial
LUZ  Fontes de luz (vela, lâmpada, candeeiro, sol, 3
lua, estrelas)
 Importância da luz tempos
 Importância da agricultura 3
 Elementos que influenciam na agricultura tempos
AGRICULTURA  solo
 vento
 chuva
 temperatura
 Interdependência entre os seres vivos 2
CADEIA
ALIMENTAR  Representação de uma cadeia alimentar tempos

 Produção da electricidade(fontes renováveis e 3


ELECTRICIDAD
E não renováveis) tempos
 Importância da electricidade
 Cuidados a ter com a electricidade
61 57
TOTAL AULAS TOTAL AULAS

199
Distribuição Da Carga Horária

UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO


I.
2 4
OBSERVAÇÃO
II. 2 4
SERES VIVOS E SERES NÃO VIVOS
III. PLANTAS 2.5 5
IV. ANIMAIS 2 4
V. 3
1.5
ANIMAIS DA MINHA COMUNIDADE
VI. 1.5 3

CAÇA
VII. 1.5 3

PESCA
VIII. 2 4

ÁGUA
IX. 2 4

SOLO
X. 2.5 5
HIGIENE E AMBIENTE
XI. 2.5 5

ALIMENTOS
XII. 2.5 5

SENTIDOS E ÓRGÃOS DOS SENTIDOS


XIII. 2
4

SAÚDE
XIV. 2.5 5

CORPO HUMANO
XV. AUTO- DESCOBRIMENTO 1.5 3

200
Programa de Ciências Naturais

4ª Classe

201
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
MÉTODO DE  Identificar as principais partes  Observação de objectos em  Descreve características de objectos e
OBSERVAÇÃO dos objectos diferentes meios lugares observados. 4
 Descrever as caraterísticas de  Descrição de objectos no seu tempos
lugares e de objectos meio

Sugestões Metodológicas
Para a realização efectiva destas aulas, aconselha-se que o professor visite primeiro o local de estudo. Esta actividade visa a
preparação da aula com os alunos. O professor deverá conversar com o responsável do local a visitar e fazer o levantamento dos
locais e objectos a observar.
O aluno deve ver, sentir, etc., isto é, usar todos os órgãos dos sentidos, sempre que for possível, para reconhecer o meio que o
rodeio. Por exemplo, levar as crianças a um jardim ou pátio escolar onde poderão observar o tipo de plantas, animais, cursos de
água existentes e outros seres.
Aconselha-se a trabalhar com os alunos de modo a desenvolverem capacidades que os tornem observadores activos e críticos. O
professor leva para a aula exemplares de seres vivos diversificados: animais, plantas e outros objectos que julgar necessários.
Os alunos podem observar e registar os elementos do ambiente natural, descobrir os diferentes seres e a diferença entre as
plantas e os animais.

202
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS O aluno:
CH
TEMÁTICA
SERES  Identificar seres vivos e  Seres vivos (homem, animais e  Distingue seres vivos dos não
VIVOS E seres não vivos plantas) vivos
SERES NÃO  Mencionar 4
as  Seres não vivos (pedra,
VIVOS tempos
características dos seres madeira, água, ar, etc.)
vivos e dos seres não vivos

Sugestões Metodológicas

Os alunos poderão trazer para a sala de aula, exemplares de seres vivos e seres não vivos diversificados. Com base nos
exemplares à disposição, os alunos podem identificar, caracterizar e distinguir os seres vivos dos seres não vivos. Esta aula pode
ocorrer fora da sala, utilizando o meio ao seu redor.
Ser vivo é aquele que tem vida, isto é, nasce, respira, cresce, alimenta-se, reproduz-se e morre. A vida é definida pelas
características atrás mencionadas. Esta aula tem como finalidade diferenciar o que tem vida do que não tem vida.
Umas das actividades recomendadas nesta unidade temática é o desenho, a pintura, a modelagem e a legenda dos objectos
observados.

203
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Indicar as partes de uma planta  Constituição de uma planta (raiz,
 Desenhar uma planta completa caule, folhas, flores, frutos e Relaciona as partes de uma planta com
 Descrever as funções das partes sementes) as suas funções 5
PLANTAS
da planta  Funções das partes da planta tempos
 Reconhecer a importãncia das
plantas para os seres vivos

Sugestões Metodológicas
A técnica de descoberta de pré- conhecimentos é um dos métodos mais aconselháveis para o tratamento destes assuntos. A tarefa
do professor é essencialmente a de ajudar os alunos a sistematizar as informações e conhecimentos. O professor pode trazer um
quadro mural, organizar uma excursão a um jardim botânico ou outro local onde se pode observar vegetação diversificada.
Recomenda-se que os alunos registem as funções das diferentes partes de uma planta que são: absorção dos alimentos pela raiz, a
condução dos alimentos pelo caule, a respiração e transpiração pelas folhas, a formação do fruto e da semente pela flor, a
protecção da semente pelo fruto e a reprodução pela semente.
Nesta unidade temática a turma deve organizar-se para discutir sobre a necessidade do reflorestamento e a preservação das
espécies de plantas. Em casa, os alunos podem preparar um viveiro e trazer para a aula plantas para o estudo das partes que a
constituem e as respectivas funções.
As actividades recomendadas nesta unidade temática são o desenho, a pintura, a modelagem e a legenda dos objectos
observados. O professor pode orientar a colecção e conservação de plantas ou partes de plantas (fazer um herbário).

204
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Distinguir as partes  Constituição de um animal (cabeça,
constituientes de um animal tronco, membros)
 Descrever as principais funções  Funções das diferentes partes de um Relaciona as diferentes partes de um 4
ANIMAIS animal com as suas funções
das partes de um animal animal tempos

Sugestões Metodológicas
Esta aula deve ocorrer em um ambiente favorável (campo de pastagem, Jardim zoológico ou curral de animais) onde os alunos
possam discutir acerca das funções das diferentes partes de um animal como sendo a cabeça, o tronco e os membros. Aconselha-
se a não entrar em detalhes sobre as funções das partes que constituem um animal. Por exemplo, a cabeça é a parte do corpo onde
se localiza a maior parte dos órgãos de sentido, como os olhos, a língua, as orelhas e as narinas. O tronco é uma das partes do
corpo do animal que tem a função de suporte e protecção dos órgãos internos. Os membros são partes do corpo do animal que têm
a função de locomoção (movimento - deslocação de um lugar para o outro).
Nesta unidade temática a turma deve organizar-se para discutir sobre a necessidade da preservação das espécies de animais.

205
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Distinguir os animais domésticos  Animais domésticos e selvagens
dos selvagens  Importância dos animais  Distingue os animais domésticos
 Problemas causados pelos animais dos selvagens bem como a sua
OS ANIMAIS  Descrever os problemas causados  Formas de protecção dos animais importância
3
DA MINHA pelos animais da comunidade
tempos
COMUNIDADE  Mencionar as formas de
aproveitamento racional dos
animais da comunidade

Sugestões Metodológicas
Como fonte de observação, pode-se recorrer a um passeio/excursão a um jardim zoológico, parque, reserva ou a um criador de
animais na comunidade. Nalguns casos, para a observação dos animais selvagens, existem jardins ou parques zoológicos mas,
noutros casos, é aconselhável recorrer a outras fontes de observação tais como filmes, quadros murais, maquetes, entre outras.
Outra actividade para esta unidade seria a pesquisa dos conhecimentos e as formas comunitários de defesa dos animais. Os alunos
podem mencionar o nome do animal ou dos animais e o seu valor económico, cultural, entre outros. Pode-se ainda, visitar um
tanque de piscicultura, caso seja disponível.
O animal doméstico é aquele que é criado (cuidado) pelo homem. Os alunos poderão discutir sobre as formas de protecção dos
animais e as técnicas de prevenção dos danos por estes causados na comunidade.

206
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDOS O aluno:
CH
TEMÁTICA
 Reconhecer os animais de  Introdução à caça
caça  Os animais de caça
3
CAÇA  Mencionar as técnicas e os  Instrumentos de caça  Reconhece a caça como um
tempos
instrumentos usados na caça  Importância da caça meio de subsistência na
 explicar a importância da caça comunidade
 Reconhecer os animais de  Introdução à pesca
pesca  Os animais de pesca
 Mencionar as técnicas e os  Instrumentos da pesca  Reconhece a pesca como um 3
PESCA
instrumentos usados na pesca  Importância da pesca. meio de subsistência na tempos
 Explicar r a importância da comunidade
pesca

Sugestões Metodológicas
Caça ou pesca é o uso de diferentes técnicas para capturar os vivos ou mortos na terra ou na água. Os alunos poderão desenhar os
diferentes animais de caça e pesca. Estes desenhos poderão ser utilizados para ornamentar a sala de aula. Poder-se-á fazer visitas
de estudos ás unidades de processamento de produtos de caça e de pesca. O professor deve levar para a aula conservas, produtos
embalados para incentivar a observação estado dos produtos e a validade dos mesmos os antes de consumir. Os alunos discutem
as técnicas e os instrumentos usados na caça e pesca na comunidade. A turma deve discutir as desvantagens de uso de certas
técnicas nocivas na caça e na pesca.

207
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar as diferentes fontes  Fontes de água na comunidade (poços, Valoriza a água como recurso
de água na comunidade fontenárias, rios, lagos, rios) fundamental para a existência e
 Descrever algumas formas de  Importância da água para o homem e manutenção dos seres vivos.
tratamento da água animais 4
ÁGUA
 Reconhecer a importância da Reconhece a água como um recurso tempos
água para os seres vivos esgotável

Sugestões Metodológicas
Recomenda-se que a turma visite diferentes reservatórios e fontes de água (estação de bombagem e tratamento de água,
albufeiras, lagos, rios, poços, fontenárias, e outras). Caso não seja possível, o professor poderá utilizar fotografias e cartazes, entre
outros recursos.
A água é um líquido indispensável à vida dos seres vivos " sem água não há vida". O professor deve alertar sobre as diferentes
formas de contaminação da água. A água é uma fonte esgotável na natureza.. Discutir com os alunos a importância da poupança
de água (torneiras mal fechadas ou avariadas, tubos furados que inundam as vias públicas e consequentemente, transportam água
contaminada para os utilizadores, recipientes destapados, etc.).
Os alunos devem saber que o dia 22 de Março, é o dia mundial da água.

208
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
SOLO  Distinguir os diferentes tipos  Tipos de solo (arenoso, argiloso e  Reconhece os diferentes tipos de solo
de solos fertil) e as suas propriedades 4
 Mencionar as propriedades do  Propriedades do solo (cor e tempos
solo permeabilidade)

Sugestões Metodológicas
O solo é a parte superficial da terra onde vivem as plantas e os animais.
Esta aula pode ser feita nos arredores da comunidade, para observação do meio natural (diferentes tipos de solo).
O professor poderá recolher amostras de solo na comunidade para a identificação de solos arenosos, argilosos e mistos (férteis).
Os solos arenosos têm maior quantidade de areia e são, geralmente, pobres em nutrientes utilizados pelas plantas.
Os solos argilosos apresentam grãos menores que a areia, retendo água e sais minerais, em quantidade necessárias para o
crescimento das plantas.
Os solos mistos são férteis e apresentam uma grande concentração de matéria orgânica (húmus, rico em nutrientes para as
plantas).
O professor poderá realizar experiências que comprovam a existência de ar e água no solo.
Na impossibilidade de realizar visitas de estudo, pode -se trazer para a aula amostras de solo para análise da cor e permeabilidade.
A cor do solo é determinada pela natureza dos seus constituintes. Na natureza podemos encontrar solo de cor preta, branca,
castanha, entre outras.
A permeabilidade do solo é a capacidade de reter ou deixar passar, facilmente, a água. Os solos apresentam diferentes níveis de
permeabilidade. Por exemplo, os solos que apresentam a cor preta (mistos) são menos permeáveis do que os que apresentam a cor
branca (arenosa).
Os alunos podem realizar experiências sobre a permeabilidade do solo:

209
1. Colocar em diferentes recipientes (garrafas plásticas com furo no fundo) solos de cores diferentes;
2. Deitar a mesma quantidade de água em cada recipiente;
3. Verificar o tempo de retenção da água;
4. Solos de cores diferentes apresentam diferentes níveis de permeabilidade.
Os alunos devem saber que o dia 22 de Abril é o dia mundial da TERRA.

210
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Mencionar os cuidados a ter com  Cuidados a ter com as latrinas e casas  Pratica de forma responsável hábitos
as latrinas e as casas de banho de banho de higiene individual e colectiva que
 Descrever os perigos do lixo  Cuidados a ter com o lixo contribuem para a conservação do
HIGIENE E
para a saúde  Hábitos de higiene individual (lavar as ambiente
5
AMBIENTE  Mencionar os hábitos de higiene mãos, tomar banho, escovar os dentes, tempos
individual e colectiva entre outros) e colectiva (deitar lixo  Reconhece a importância de praticar
nos contentores, enterrar o lixo, tapar de forma correcta a higiene
latrinas individual para a manutenção de um
corpo saudável

Sugestões Metodológicas
Os alunos verificam, antes e depois da aula, se recolheram os restos de papel e depositaram no interior dos recipientes colocados
na sala ou no recinto escolar. A turma, na companhia do professor, pode deslocar-se a uma unidade de reciclagem de lixo (papel,
plástico e vidro). Os alunos participam em jornadas de limpeza da comunidade e discutem as formas de conservação do lixo para
evitar a poluição do meio. Na escola e nos lugares públicos deve-se colocar recipientes para diferentes tipos de lixo (plástico,
papel e vidro). Esta acção tem em vista a reutilização dos objectos. Por exemplo, a reciclagem do papel, reduz a quantidade de
árvores a destruir para o fabrico de novo papel. Por esta razão, a reciclagem tem função económica e ambiental. O mau
tratamento do lixo pode provocar um ambiente desagradável, como o aparecimento de montes de lixo que dificultam a passagem
pelas ruas, mau cheiro e inúmeras doenças provocadas por moscas, baratas e outos insectos.

Em relação aos cuidados de higiene individual o professor deve-se referir da importância de adopção dos hábitos de auto-cuidado
nomeadamente, higiene corporal, bucal, estimular para a prática correta de tomar banho, cortar as unha e cabelos, lavagem de mãos com
água e sabão antes e depois das refeições e de utilização das casas de banho.

211
OBJECTIVOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
ESPECÍFICOS CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno:
O aluno deve ser capaz de:
 Listar os alimentos da sua  Tipos de alimentos (origem animal  Relaciona os tipos de alimentos com a sua
comunidade e vegetal) função no organimo para a manutenção da
 Agrupar os alimentos  Importância dos alimentos mais saúde
consoante ao tipo (fruta, comuns na comunidade
5
ALIMENTOS legumes, leite, farináceos,  Alimentação equilibrada tempos
carnes)
 Explicar a importância dos
alimentos para a
manutenção da vida

Sugestões Metodológicas
Os alunos trazem para a aula frutos existentes na comunidade, podendo ser classificados em comestíveis e não comestíveis. Esta é
também uma oportunidade para se convidar um nutricionista ou um técnico de medicina para explicar a necessidade de se ter uma
alimentação equilibrada. Uma alimentação equilibrada é composta de alimentos variados como carnes, hortícolas, cereais e frutas.
O professor deve incentivar o consumo de frutos exótico/silvestre por exemplo mafpilwa, mapswixa, mavungua, massala, entre
outros. O professor pode ensinar e cantar com a turma, várias canções sobre os alimentos ou alimentação.
O consumo de produtos como o álcool e o tabaco devem ser desencorajados. O teatro e a dramatização poderão ser utilizados
como meios de ensino, para sublinhar os efeitos e as consequências do consumo de produtos nocivos ao homem.

212
OBJECTIVOS
Unidade COMPETÊNCIAS PARCIAIS
ESPECÍFICOS CONTEÚDOS CH
Temática O aluno:
O aluno deve ser capaz de:
 Mencionar os orgãos dos  Órgãos dos sentidos: olhos, nariz,  Distingue os sentidos dos órgãos dos sentidos;
sentidos ouvidos, língua e pele
SENTIDOS  Explicar a importância dos  Sentidos: visão (vista), olfato  Desenvolve atitude de respeito e ajuda em
E ÓRGÃOS orgãos dos sentidos (cheiro), audição (ouvido), paladar relação aos portadores de deficiências
5
DOS  Manifestar atitudes de (sabor ou gosto) e tacto (sensação)
tempos
SENTIDOS respeito para com as pessoas  Importância dos sentidos e dos
portadoras de doenças e órgãos dos sentidos
deficiência nos órgãos dos
sentidos

Sugestões Metodológicas
Esta aula pode ter como material didáctico quadros murais, fotografias e modelos que mostram os órgãos dos sentidos.
Actividades diferentes podem ser preparadas em relação ao olfacto, tacto, audição e visão. Os alunos, aos pares ou em grupo,
podem fazer jogos de identificação de objectos através do som, do cheiro e do tacto, entre outros. Por exemplo, podem identificar
o ferro, através do som por este produzido. Pode-se identificar a laranja, através do cheiro, etc. Os jogos de identificação das
substâncias, através do paladar, devem ser monitorados pelo professor, pois alguns produtos não são próprios para o consumo
humano, isto é, são venenosos. Os sentidos permitem-nos perceber o meio que nos rodeia: se está quente ou frio, cheira bem ou
mal, é doce ou azedo, é rijo ou mole, está calmo ou ruidoso, está longe ou perto. O homem tem cinco órgãos de sentido, porém
caso há em que, por doença ou acidente, pode ter falta ou deficiência em um órgão. Devemos considerar o portador de deficiência
como nosso pai, mãe, ou irmão e devemos ajudar sempre que se julgar necessário.

213
Unidade OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
Temática O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Explicar o que são micróbios  Micróbios/microrganismos como  Menciona algumas doenças causadas
 Mencionar alguns cuidados a ter com causadores de doenças pelos micróbios (microrganismos);
4
SAÚDE o corpo em relação aos micróbios  Higiene dos alimentos e do ambiente  Lava os alimentos antes de consumi-
tempos
 Dar exemplos de algumas doenças los.
causadas por micróbios

Sugestões Metodológicas
Os micróbios são seres vivos muitíssimo pequenos, que não podem ser vistos sem instrumentos que aumentam o tamanho dos
objectos, como a lupa ou o microscópio. A existência de micróbios pode ser demonstrada através da sua acção no meio. Os
alunos podem realizar a seguinte experiência:
1. Colocar uma folha de uma planta em um copo com água e deixam alguns dias;
2. Verificar o estado das folhas (começam a apodrecer) e o cheiro que exalam (mau cheiro, desagradável).
3. No copo com água e folhas, desenvolver-se-á seres vivos muito pequenos chamados micróbios.
No meio do lixo desenvolvem-se muitos micróbios em pouco tempo. Os micróbios são causadores de várias doenças como a
cólera, a gripe, a malária, entre outras. Os micróbios existem em todo o lugar, por isso, devemos lavar os alimentos crus, antes de
comê-los..
Pode-se, por exemplo, através do teatro e da dramatização representar um grupo que cumpre com as regras básicas de higiene
corporal e dos alimentos, contribuindo para uma vida saudável e outro que retrata o incumprimento das regras básicas de higiene
corporal e dos alimentos e, como consequência, contrai doenças diarreicas.

214
Unidade OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
Temática O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Distinguir as funções das diferentes  Partes do corpo humano (cabeça,  Relaciona os hábitos de higiene
partes do corpo humano tronco e membros) corporal e exercícios físicos com a
 Reconhecer a importância dos exercícios  Importância do esqueleto humano promoção da saúde
físicos, convívio, lazer e repouso para a  Importâncias dos exercícios físicos,
CORPO 5
saúde do corpo humano convívio, lazer e repouso
HUMANO tempos
 Desenhar a figura humana  Higiene do corpo (revisão)
 Difundir as regras de higiene do corpo
na família e na comunidade

Sugestões Metodológicas
Os alunos, aos pares ou em grupo, podem discutir sobre a função da cabeça, do tronco e dos membros do homem. Os alunos, com
ajuda do professor, fazem o resumo das funções das diferentes partes do corpo. O professor incentiva a prática de exercícios
físicos, como forma de garantir uma boa saúde. Os alunos discutem sobre a importância da higiene do corpo (higiene individual)
e do meio (higiene colectiva). O exercício físico deve ser sempre relacionado com o desenvolvimento de um corpo saudável.
O professor ensina e canta com os alunos uma canção sobre a higiene do corpo humano.

215
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar as etapas do  Diferencia as etapas de
desenvolvimento do ser humano  Etapas do desenvolvimento do desenvolvimento do ser humano;
AUTO-  Descrever as diferentes etapas do ser humano (infância,  Manifesta atitudes de respeito e
DESCOBRIMENTO 3
desenvolvimento do ser humano adolescência, fase adulta) solidariedade para com mulheres
tempos
 Manifestar atitudes de respeito e grávidas e idosos
solidariedade para com mulheres
grávidas e idosos

Sugestões Metodológicas
O homem é um ser vivo (animado) nasce, desenvolve-se e envelhece. O professor deve orientar uma discussão de como se
comporta na família uma criança, um adolescente, um adulto e um velho. Os alunos devem conversar com os restantes membros
da família, para colher mais informações sobre a relação entre eles. O homem, em cada fase da vida, tem necessidade específicas
que devem ser respeitadas pelos membros da família e pela sociedade em geral.
Esta unidade temática permite-nos abordar questões relacionadas com a equidade de género, identidade cultural e
moçambicanidade. O tratamento dos temas transversais pode materializar-se através de várias técnicas como desenhos, jogos,
canções, palestras, dramatização, entre outras. A turma pode organizar uma peça teatral que sublinha as manifestações do assédio
sexual na escola, na família, na comunidade e as formas de prevenir esses males. Os alunos devem desenvolver técnicas de
comunicação para resistir ao assédio e denunciar os promotores desses males.
Estas actividades devem mostrar a necessidade de respeito e tratamento igual às pessoas do sexo masculino, feminino, novas,
adultas, idosas e portadoras de deficiência. Os alunos, como membros da grande família moçambicana, devem também respeitar
os hábitos culturais das diversas comunidades.

216
Programa de Ciências Naturais

5ª Classe

217
Distribuição Da Carga Horária

UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO


I. 1.5 3
LUZ
II. 3 6
CUIDADOS COM OS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
III. 3 6
HIGIENE E AMBIENTE

IV. 3.5 7
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

V.
CONSERVAÇÃO DA ÁGUA 3.5 7

VI. 2 4
SOLO
VII. 1.5 3
AGRICULTURA
VIII. CAÇA e PESCA 3 6

IX. 1 2
CADEIA ALIMENTAR
X. 1.5 3

ELECTRICIDADE
XI. 3 6
SAÚDE
XII. NUTRIÇÃO DA MULHER GRÁVIDA 2 4

218
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Indicar os tipos de luz  Luz natural e artificial  Relaciona os fontes de luz com
 Mencionar as diferentes  Fontes de luz (vela, lâmpada, candeeiro, a sua importãncia
3
LUZ fontes de luz sol, lua, estrelas)
tempos
 Descrever a importância da  Importância da luz
luz

Sugestões Metodológicas
O professor pode usar a técnica de descoberta com base nos pré- conhecimentos dos alunos. O professor pode discutir o conceito
de natural e artificial. A turma identifica as fontes de luz natural e artificial. O sol é uma fonte de luz natural. As estrelas e a lua
têm luz natural. A vela e a lâmpada acesa emitem luz artificial. A luz tem a função de emitir calor, claridade e aquecimento.
Também é utlizada para a decoração.

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar as principais partes Olho  Relaciona as funções e os
do olho e suas funções  Órgãos anexos (pálpebras, sobrancelhas, cuidados a ter com os órgãos dos
pestanas) sentidos (olho e ouvido);
CUIDADOS  Identificar as principais partes  Funções dos órgãos anexos
COM OS 
do ouvido e suas funções  Cuidados a ter com o olho Desenvolve atitudes de respeito e 6
ÓRGÃOS de ajuda aos portadores de
Ouvido tempos
DOS
 Descrever os cuidados a ter  Partes externas do ouvido externo deficiência da visão e audição.
SENTIDOS
com o olho e com o ouvido (pavilhão, lóbulo, tímpano)
 Funções das partes externas do ouvido
 Cuidados a ter com o ouvido

Sugestões Metodológicas
O professor organiza os alunos dois a dois, para observarem, identificarem, enumerarem as partes externas dos órgãos de sentido
em estudo. Recomenda-se levar para a sala de aula quadros murais, fotografias e modelos que mostrem o olho e o ouvido. Os
alunos devem ser educados para reconhecer que os portadores de deficiência são pessoas normais aos quais nós e o estado temos
o dever de apoiar, sempre que precisarem de ajuda, em todos locais (escola, estrada, campos de jogos, cantinas, entre outros).
219
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar os factores que  Factores associados ao lixo nas  Reconhece os factores que
contribuem para a acumulação do zonas urbanas e rurais contribuem para a acumulacao
lixo nas cidades  Formas de tratamento do lixo do lixo nas comunidades
HIGIENE E  Discutir medidas de  O lixo e as doenças 6
AMBIENTE acondicionamento do lixo tempos
 Dar exemplos de doenças  Difunde medidas de
provocadas pela falta de saneamento do meio
saneamento do meio

Sugestões Metodológicas

A turma pode realizar uma visita de estudo à lixeira municipal ou convidar o vereador municipal para a área de salubridade
urbana, para falar do seu trabalho. A deficiência na recolha e tratamento do lixo doméstico (restos de comida, vegetais, papel,
garrafas, latas, cartões, diversos tipos de embalagens, entre outros ) nas cidades é um dos factores de doenças dos munícipes.

A professor poderá cultivar nos alunos a ideia de depositarem o lixo em recipentes apropriados.

O professor pode organizar a turma para dramatizar e depois debater práticas correctas e incorrectas de tratamento de lixo
doméstico na comunidade.

O lixo depositado em céu aberto atrai ratos, baratas, mosca, mosquitos, formigas, escorpiões, entre outros animais, podendo
transmitir diarreias, parasitoses, amebíase, entre outras doenças. No lixo podem desenvolver-se as larvas do mosquito, vector de
malária.

N.B. Veja as sugestões metodológicas do tema Higiene na 4ª classe.

220
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar os alimentos  Alimentação equilibrada  Reconhece o processo de
apropriados para uma (cereais, carnes, frutas e alimentação como forma de
alimentação equilibrada legumes) obtenção de matérias e energia
 Distinguir as funções dos  Função dos alimentos
ALIMENTAÇÃO para o funcionamento e 7
alimentos (crescimento, força, protecção)
E NUTRIÇÃO crescimento do corpo humano tempos
 Descrever as formas de  Conservação dos alimentos
conservação dos alimentos  Qualidade e validade dos
 Verificar a qualidade e a alimentos  Verifica a qualidade e
validade dos produtos validade dos alimentos

Sugestões Metodológicas
Os alunos podem fazer a listagem dos diferentes alimentos e agrupá-los em cereais, carnes, frutas e legumes. Os alunos podem
fazer um debate sobre as razões do consumo de alimentos variados. O professor pode trazer quadros murais ou alimentos variados
a serem utilizados como material demonstrativo na sala de aula. Uma possibilidade é visitar um mercado de produtos alimentares.
O professor deve explicar que os frutos e vegetais crus devem ser bem lavados antes de consumir. O professor e/ou alunos podem
trazer para a sala de aula produtos enlatados para a verificação da validade.
Na componente identidade cultural e moçambicanidade pode-se usar várias técnicas para sublinhar o respeito pelos hábitos
culturais, no que diz respeito à culinária típica de cada comunidade.
N.B. Veja as sugestões metodológicas da 4ª classe.

221
COMPETÊNCIAS
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS PARCIAIS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
 Explicar as formas de  Conservação dos recursos hídricos  Usa e divulga as técnicas de
conservação dos recursos  Propriedades da água (não tem cheiro, tratamento e conservação da
hídricos na comunidade; cor e sabor) água na comunidade
 Descrever as propriedades da  Estados físicos da água
água  Técnicas de tratamento (fervura,  Reconhece a água como um
CONSERVAÇÃO  Distinguir os estados físicos da decantação, filtração e processos recurso esgotável 7
DA ÁGUA água químicos- Certeza) e conservação da tempos
 Mencionar as técnicas de água
tratamento da água na  Calamidades naturais: cheias, secas e
comunidade ciclones
 Distinguir os tipos de
calamidades naturais

Sugestões Metodológicas
Para esta unidade recomenda-se a organização de visitas de estudo a fontes de água (rios, lagos, mares, poços) ou à estação de
bombagem e tratamento de água, para explicar a importância deste recurso para a comunidade.
A protecção dos recursos hídricos compreende a não poluição pelo lixo doméstico ou industrial (restos de tintas, óleos, água de
refrigeração das máquinas, produtos rejeitados no mercado, entre outros). Os produtos acima mencionados alteram a qualidade
natural da água e colocam em perigo a vida do homem e de outros seres vivos que habitam estes ambientes. Os alunos devem
comparar água não potável e potável.
O professor deve lembrar os alunos para não deitar garrafas partidas, latas ou outros objectos nas águas correntes, estagnadas ou
água das chuvas.
A água é um líquido indispensável à vida. A água deve ser protegida e conservada em locais ou recipientes apropriados para
utilização imediata ou em períodos de escassez.
A procura de combustível lenhoso é cada vez maior nas nossas comunidades, podendo originar o desequilibro ecológico (falta de
oxigénio e escassez de chuvas).

222
A água pode ser tratada com um produto conhecido por Certeza, fervura, decantação e filtração. Os alunos devem discutir sobre a
necessidade de criação de represas de água para os animais beberem e rega das plantas.
A falta de água e a água em excesso, são fenómeno naturais que provocam seca e cheias ou inundações, em muitas comunidades.
As chuvas fortes, geralmente, são acompanhadas de ventos fortes que provocam ciclones.
A dramatização pode ajudar a mostrar como é que os alunos devem proceder antes e depois de desastres naturais (medidas de
prevenção em casos de chuvas e ventos fortes). O professor pode convidar um técnico do INGC ou elemento do Comité de
Gestão de Risco de Desastres da comunidade para dar uma palestra.
Na aula, os alunos podem simular os procedimentos a aplicar na conservação da água e comemorar o dia 22 de Março, como o
dia da água.

223
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Descrever a composição dos  Composição do solo (húmus, sais  Relaciona os tipos de solo com
solos minerais, água, ar) as culturas típicas da
 Mencionar os factores de  Factores de destruição do solo, erosão comunidade. 4
SOLO
destruição do solo (chuva, vento, queimadas, cultivo) tempos
 Explicar as formas de  Formas de preservação do solo
preservação do solo

Sugestões Metodológicas
O solo é a parte superficial da terra onde vivem as plantas e os animais.
Esta aula pode ser feita nos arredores da comunidade, para observação da composição do solo bem como os factores que
contribuem para a sua destruição.
O professor poderá realizar experiências que comprovam a existência de ar e água no solo.
O professor poderá realizar visitas de estudo, onde os alunos poderão contemplar solos em erosão resultantes da acção do vento e
da água e queimadas.
Poderá também explicar que, para as comunidades que vivem em solos poucos férteis, precisam de adicionar fertilizantes
orgânicos ou inorgânicos (húmus, estrume e produtos químicos comercializados nas casas agrárias) para torná-los mais
produtivos.
Os alunos, organizados em grupos, podem produzir fertilizantes orgânicos (adubos) recorrendo à matéria orgânica morta.
Os alunos devem saber que o dia 22 de Abril é o dia mundial da TERRA.

224
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Descrever a importância da  Importância da agricultura  Reconhece a importancia da
agricultura  Elementos que influenciam a agricultura para o Homem
 Identificar os elementos que agricultura:
3
AGRICULTURA influenciam a agricultura  solo
tempos
 vento
 chuva
 temperatura

Sugestões Metodológicas
Os alunos podem visitar uma unidade agrícola mais próxima, para dialogar com o técnico ou proprietário sobre os elementos que
influênciam na agricultura. O professor pode trazer para a sala de aula cartazes, fornecidos pelos serviços distritais, sobre as
actividades económicas que ilustram a influência do solo, vento, chuva e temperatura na agricultura.

225
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Distinguir os tipos de caça e de  Tipos de caça: subsistência,  Reconhece o papel da caça e da
pesca comercial e desportiva pesca para o desenvolvimento da
 Reconhecer o papel da caça e  Tipos de pesca: artesanal, industrial comunidade
da pesca no desenvolvimento e desportiva  Reconhece a necessidade de
CAÇA E 6
do país  O papel da caça e da pesca no preservção das espécies faunísticas
PESCA tempos
 Mencionar as formas de de desenvolvimento do país e aquáticas
preservação das espécies  Preservação das espécies
faunísticas e aquática. faunísticas e aquáticas

Sugestões Metodológicas
Nesta aula o professor poderá mostrar imagens dos diferentes tipos de caca e de pesca para melhor compreensão do conteúdo.
A turma discute as formas de preservação das espécies faunísticas e aquáticas em uso na comunidade. Onde for possível, os
alunos organizam uma visita a um centro pesqueiro, uma reserva ou parque.
A caça e a pesca furtiva de animais em vias de extinção, (rinoceronte, elefante, golfinhos, baleias, dugongos e outros) é punida
pela lei.

226
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Reconhecer a  Interdependência entre os seres Diferencia os elementos de uma
interdependencia entre os vivos cadeia alimentar e a dependência
CADEIA
seres vivos  Representação de uma cadeia existente entre eles 2
ALIMENTAR alimentar tempos
 Construir uma cadeia
alimentar simples

Sugestões Metodológicas
A turma pode mostrar a interdependência existente entre os animais e as plantas para a sua sobrevivência, realizando jogos de
“quem come quem”. Com base nas relações demonstradas, constrói-se cadeias simples.

UNIDADE
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA CONTEÚDOS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar algumas fontes de  Produção de electricidade  Relaciona a electricidade com
produção de electricidade  Importância da electricidade o desenvolvimento da
 Descreve a importância da  Cuidados a ter com a electricidade comunidade; 3
ELECTRICIDADE
electricidade  Usa de forma racional a tempos
 Mencionar os cuidados a ter com electricidade.
a electricidade

Sugestões Metodológicas
A electricidade pode ser produzida a partir de fontes renováveis e não renováveis. O sol e a água são fontes renováveis de
produção de electricidade. A electricidade também pode ser produzida a partir do carvão, lenha ou gás natural, fontes não
renováveis. Os alunos, organizados em grupos ou aos pares, debatem as diferentes formas de uso da electricidade. Ajude os
alunos a despertar um pensamento crítico em relação ao consumo da electricidade. O professor pode ajudar os alunos a
coleccionar aparelhos simples (lanternas e brinquedos) que usam corrente eléctrica.

227
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Mencionar as doenças mais  Doenças: cólera, tuberculose, sarampo,  Cumpre com as regras de higiene
comuns na comunidade; malária, tétano e SIDA : individual e colectiva para a
 Descrever as formas de o Modo de transmissão prevenção de doenças comuns na
6
SAÚDE transmissão e de prevenção de o Medidas de prevenção comunidade.
tempos
doenças mais comuns
 Listar as regras de higiene
individual e colectiva

Sugestões Metodológicas
Relativamente a este tema, os alunos podem fazer o levantamento das doenças mais comuns na comunidade e descrever os sinais
e sintomas. O professor deve fazer referência à importância da higiene individual e colectiva ou do meio (limpeza do corpo e do
meio que nos rodeia, casa, escola, jardim e outros locais públicos).
Os alunos podem dramatizar situações que revelam os cuidados de higiene individual e colectiva, aplicando as regras de
conservação do meio para prevenção de doenças.

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar as vantagens da dieta  Nutrição da mulher grávida  Identifica os alimentos
NUTRIÇÃO
equilibrada para a mulher grávida  Importância da alimentação equilibrada indispensáveis à mulher 4
DA MULHER
 Discutir tabus ligados a para a mulher grávida grávida. tempos
GRÁVIDA
alimentação da mulher grávida

Sugestões Metodológicas
Os alunos podem conversar, na família e na comunidade, sobre as práticas alimentares da mulher grávida e discutirem na sala de
aula. O professor pode organizar uma excursão ou convidar um técnico materno- infantil para falar da importância da consulta
pré-natal e da alimentação equilibrada da mulher grávida.

228
Programa de Ciências Sociais

2º Ciclo

229
Sobre as Ciências Sociais no Ensino Básico

Introdução

A área de Ciências Sociais deverá possibilitar a compreensão da vida do Homem no seu meio, as suas
relações com o seu passado com base na recolha, interpretação, análise e sistematização da
informação diversificada.

O papel das Ciências Sociais, no contexto do Ensino Básico, é iniciar o aluno na compreensão dos
relacionamentos interpessoal, grupal quer ao nível social, cívico, político, económico; permitir o seu
envolvimento na protecção e conservação do meio ambiente; formar um cidadão responsável pela sua
conduta pessoal e pelo apoio ao desenvolvimento da comunidade, país, continente e do mundo;
desenvolver, através duma abordagem sistemática, atitudes/valores, comportamentos, capacidades,
habilidades e conhecimentos que permitirão ao aluno valorizar as relações humanas, observar,
interpretar, analisar, sintetizar e avaliar os fenómenos naturais, económicos, políticos, sócio-culturais,
e cívicos do país, em particular e do mundo em geral; permitir que o aluno adquira conhecimentos
sobre formas de representação dos objectos (planta, maquete, caixa de areia, mapa, etc.); desenvolver
a capacidade de utilizar conceitos adequados ao contexto; aplicar métodos de estudo participativos
que facilitam a comunicação e a interacção dentro e fora da sala de aula.

Assim, as Ciências Sociais contribuem para a formação patriótica e cívica do cidadão, dando-lhe uma
melhor inserção no meio em que vive, permitindo-lhe uma participação activa no desenvolvimento
social e económico do País.

As Ciências Sociais, no Ensino Básico, integram fundamentalmente as disciplinas de História,


Geografia, educação patriótica e Educação Moral e Cívica. A Educação Moral e Cívica e patriótica,
embora apareça mais intrinsecamente ligada às Ciências Sociais, não é exclusiva a esta área, devendo
ser abordada transversalmente noutras áreas disciplinares, na perspectiva de levar o aluno a
desenvolver o saber, o saber fazer, o saber estar e o saber ser.

230
Esta integração concorre para a formação integral do aluno, conjugando o conhecimento do meio
físico e social. Assim, as Ciências Sociais contribuirão para que o aluno reconheça as transformações
económicas, sociais e políticas da sua sociedade e facultarão os conhecimentos para a formação do
cidadão, como entidade singular e a sua relação com os outros na construção da democracia e no
respeito pela tolerância mútua.

Uma vez que o ensino Básico está dividido em três ciclos, a saber: 1º ciclo (1ª, 2ª e 3ª classes); 2º
ciclo (4ª, 5ª e 6ª classes) e 3º ciclo (7ª, 8ª e 9ª classes), importa referir que, no Ensino Primário, a
disciplina de Ciências Sociais, embora não apareçam no plano de estudo como disciplina no 1º ciclo,
os seus conteúdos servem de suporte às disciplinas de Línguas e de Educação Física. Neste nível, são
introduzidos conceitos básicos para a iniciação da disciplina de Ciências Sociais, tais como a família,
a casa, a escola e a comunidade, meio ambiente, bem como noções elementares de tempo e espaço.

No 2º ciclo os conteúdos que eram abordados de forma transversal, no 1º ciclo, nas disciplinas de
Língua Portuguesa e Educação Física têm a sua continuidade neste nível, com um grau de exigência
cada vez maior. A partir da 4ªclasse, as Ciências Sociais são tratadas como uma disciplina, contudo,
mantém-se a transversalidade como princípio básico destas ciências. As noções de tempo e espaço
vão-se alargando, começando com o tempo e o espaço próximo do aluno para o mais distante. Neste
contexto, a aprendizagem parte da província alargando-se para o estudo do País na quinta classe e do
continente africano na 6ª classe.

1. Objectivos e Conteúdos

1.1 Objectivos

1) Fornecer às crianças os primeiros elementos para a compreensão do Mundo e da sociedade


no meio onde vivem e permitir-lhes que se situem no tempo e no espaço, graças à

231
aquisição de um pequeno número de conhecimentos claros e precisos sobre a História e a
Geografia do País e do continente africano;

2) Observar a realidade que lhe rodeia, progredindo gradualmente para realidades longínquas
no tempo e no espaço;

3) Organizar os seus conhecimentos de forma metódica, com base na análise, comparação e


interpretação de diferentes fontes históricas e geográficas, garantindo a aquisição de novos
saberes;

4) Assumir responsabilidades numa sociedade democrática, respeitando as diferenças,


participando activamente na vida nacional e defendendo os valores democráticos.

O estudo da história pessoal, da família e das raízes históricas da localidade e da província, pode
aclarar as modalidades de formação da identidade cultural e da unidade nacional, através das línguas,
artes, crenças e mitos.

A História local serve de ilustração para a História Nacional, devendo os alunos encontrar na história
local as bases para a reconstrução da história nacional.

No plano pedagógico, a História local mais próxima da criança, reconstruída por meio de vestígios
concretos, permite observar o meio e construir o quadro temporal, de modo a aceder à cronologia
geral da nação.

A História local pode, igualmente, dar à criança a oportunidade de descobrir fontes históricas, a partir
de traços concretos, iniciando-se no trabalho histórico e desenvolvendo as capacidades de observação,
análise, interpretação e síntese.
Os grandes períodos da História de Moçambique são priorizados porque contribuem para a
aprendizagem colectiva e para a necessidade de viver em conjunto e, sobretudo, porque ela é
portadora de grandes valores democráticos.

232
2. Estratégias de Ensino-Aprendizagem
O mundo actual é caracterizado por mudanças sócio-económicas e políticas que requerem um
acompanhamento pedagógico que assegure conhecimentos adequados e suficientes para promover a
formação de competências parciais, valorizando-se os conteúdos como saberes culturais básicos e
instrumentais para a inserção activa e criativa na sociedade.

É fundamental que o aluno possa, gradativamente, ler e compreender a sua realidade, posicionar-se,
fazer escolhas e agir criteriosamente; desenvolver estudos que focalizem perguntas básicas cujas
respostas devem ser baseadas em experiências directas e actividades práticas, como por exemplo, o
quê?, onde?, como?, porquê?

O tratamento dos conteúdos deve basear-se numa metodologia de integração. Assim, o professor,
ao abordar os conteúdos, deve privilegiar a leitura da paisagem ou seja a observação, a descrição, a
explicação, a interacção, a analogia e a representação.

O trabalho de observação da paisagem deve partir do mais próximo para o mais distante.
Essa leitura pode ocorrer de forma directa, mediante a observação da paisagem, ou de forma
indirecta, por meio de fotografias, literaturas, vídeos, relatos, etc. Assim, o professor poderá, sempre
que for possível, organizar excursões ou levar para a sala de aulas imagens aéreas, fotografias
comuns, mapas, etc.

Do ponto de vista geográfico, a busca de explicação das diferentes paisagens, como resultado de
combinações próprias que marcam suas singularidades, é fundamental porque permite a obtenção de
soluções para os diferentes problemas que possam existir em cada um deles.

É necessário representar o espaço, pois ele é, simultaneamente, noção e categoria. Sem dúvida, trata-
se de dois aspectos de uma mesma questão, cada um guardando suas especificidades mas, ao mesmo
tempo, com suas contribuições para que os alunos aumentem os seus conhecimentos a respeito do
espaço, como noção e do espaço, como categoria. O professor deve também considerar as ideias que

233
os alunos têm sobre a representação do espaço, ou seja, em todas as aulas deve-se privilegiar a
comparticipação.

Os conteúdos sobre a História da localidade evidenciam, preferencialmente, diferentes Histórias


pertencentes ao local em que o aluno vive, dimensionadas em diferentes tempos. Por isso, os alunos
devem ser orientados a valorizar o ensino ligado à vida quotidiana, (trabalho e entretenimento, cultura
e património público).
A preocupação com o estudo da História local é de garantir que os alunos ampliem a capacidade de
observar o que está à sua volta, para a compreensão de relações existentes no seu próprio tempo e que
reconheçam a presença de outros tempos no seu dia-a-dia. O estudo da História local conduz ao
estudo dos diferentes modos de viver no presente e em outros tempos, no mesmo espaço.

Na recolha de informações que propiciem pesquisas com documentos, depoimentos e relatos de


pessoas, da escola, da família e de outros grupos sociais, deve-se dar preferência às fontes orais e
iconográficas (fontes gravadas em placas) e, a partir delas, desenvolver-se trabalhos escritos.
O trabalho do professor consistirá em iniciar o aluno na leitura das diversas fontes de informação,
para que adquira, pouco a pouco, a autonomia intelectual. O aluno deve ser capaz de identificar as
especificidades das linguagens dos documentos: textos escritos, desenhos, filmes, das suas
simbologias e das formas de construção dessas mensagens.

Os alunos serão orientados para o estudo de episódios importantes e desenvolvimentos do passado de


Moçambique, a partir de acontecimentos locais, desde os tempos antigos até a sua ocupação efectiva
por Portugal. Eles devem ser capazes de desenvolver uma visão cronológica, ligando e cruzando as
diferentes unidades de estudo, é necessário que tenham a oportunidade de investigar a história local e
de aprender acerca do passado, a partir de uma série de fontes de informação.

A competência cultural que os alunos possuem é importante para responder às questões, pois as
causas do sucesso escolar estão também no processo de socialização.
O uso de testemunhas não docentes é uma forma de obter informação viva que aproxima a
aprendizagem ao contexto.

234
As Ciências Sociais contribuem de forma substancial na formação patriótica, moral e cívica do
indivíduo. Pretende-se que se construa de forma colectiva “uma maneira de estar no mundo” que
permita ao indivíduo reconhecer-se e reconhecer o seu mundo, reconciliar-se com ele e sentir a
necessidade de conviver com os outros.

3. A abordagem transversal da educação moral e cívica

Apesar de se apresentar neste programa a proposta de tratamento de conteúdos de formação cívica e


patriótica, é de realçar que estes não devem ser limitados à área de Ciências Sociais. Estes
pressupostos deverão guiar a abordagem transversal noutras áreas.

O tratamento dos valores e princípios mencionados a seguir deve ter em conta os âmbitos Eu/ Tu,
Família, Bairro/ Aldeia/Localidade, Distrito, País/ Mundo.

Neste sentido, a abordagem transversal de valores deve partir de uma discussão virada para o sentido
ético da convivência humana, suas relações com várias dimensões da vida social, tais como, o
ambiente, a cultura, a sexualidade e a saúde.

Constituem objectivos fundamentais do nosso País: construir uma sociedade livre, justa e solidária;
garantir o desenvolvimento nacional; lutar contra a pobreza e a marginalização; reduzir as
desigualdades sociais e regionais; promover o bem-estar de todos, sem preconceito de origem, raça,
crenças, sexo, idade ou quaisquer outras formas de discriminação. Neste contexto, a família, a escola
e a comunidade devem ser envolvidas na construção de uma convivência harmoniosa, com base nos
seguintes valores:
1) Vida Sã (saúde/higiene, desenvolvimento físico e intelectual, auto-conhecimento e auto-
estima);
2) Solidariedade (apoio material, emocional, partilha, confiança, respeito mútuo e
responsabilidade);
3) Cooperação/ Co-responsabilidade (colaboração, responsabilidade e compromisso);
4) Tolerância (conhecimento dos outros, conhecimento das normas, respeito pela
diversidade, resolução não violenta de conflitos).

235
Estes valores assentam sobre os seguintes princípios fundamentais a desenvolver:

a) Dignidade da pessoa humana - implica o respeito pelos direitos humanos, repúdio à


descriminação de qualquer tipo, acesso às condições de vida digna, respeito mútuo nas
relações interpessoais, públicas e privadas.
b) Igualdade de direitos - refere-se à necessidade de garantir a todos a mesma dignidade
e possibilidade de exercício de cidadania. Há que considerar o princípio de equidade,
isto é, que existem diferenças (étnicas, culturais, regionais, de género, etárias,
religiosas, etc.) e desigualdades (socio-económicas) que necessitam ser levadas em
conta para que a igualdade seja efectivamente alcançada.
c) Participação - como princípio democrático, traz a noção de cidadania activa, isto é, de
complementaridade entre a representação política tradicional e a participação popular
no espaço público, compreendendo que não se trata de uma sociedade homogénea,
mas sim marcada por diferenças de classes, etnias, religiões, etc.
d) Co-responsabilidade pela vida social - implica partilhar com os poderes públicos e
diferentes grupos sociais, organizados ou não, a responsabilidade pelos destinos da
vida colectiva.
e) Urgência social, atendendo que existem questões graves que se apresentam como
obstáculos para a concretização da plenitude da cidadania, afrontando a dignidade das
pessoas e deteriorando a sua qualidade de vida, como por exemplo as inundações.
f) Abrangência espacial - os temas devem ser de alcance da comunidade, dando ao
aluno a possibilidade de aproveitar as experiências já desenvolvidas, no que se refere à
educação moral, cívica e patriótica, o que favorece a participação social, permitindo ao
aluno posicionar-se diante das questões que interferem na vida colectiva, superar a
indiferença e intervir de forma responsável.

4. Sobre a avaliação
Avaliação e objectivos: Para quê a avaliação em Ciências Sociais?
A avaliação tem por função, por um lado, permitir que se obtenha uma imagem tanto quanto fiável do
desempenho do aluno em termos das competências parciais descritas nos currícula e, por outro, servir
como mecanismo de retroalimentação no processo de ensino-aprendizagem.

236
Pretende-se que esta avaliação cumpra os seguintes objectivos:

a) Relativamente ao aluno
• Consciencializá-lo sobre os pontos fortes e fracos do seu desempenho e as respectivas
razões;
• Estimular o gosto e o interesse pelo estudo, de modo a superar as dificuldades encontradas
no processo de ensino-aprendizagem;
• Desenvolver nos alunos uma atitude crítica e participativa em relação ao processo de
ensino-aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das próprias potencialidades.

b) Relativamente ao professor
• Identificar o nível de desempenho dos alunos, os principais problemas e os factores
associados;
• Identificar as áreas de fácil ou de difícil compreensão por parte dos alunos;
• Identificar a validade dos métodos, meios e materiais didácticos utilizados e adequá-los,
utilizando a informação recolhida sobre o desempenho dos alunos;
• Verificar se os alunos relacionam o trabalho prático com a teoria que aprendem;
• Verificar o estágio de desenvolvimento da aprendizagem de determinados conceitos e
conteúdos;
• Informar, regularmente, os pais sobre o progresso (quantitativo e qualitativo) dos seus
educandos.

c) Relativamente aos pais


• Acompanhar a evolução do seu educando;
• Identificar as áreas de aprendizagem em que o seu educando revela maiores dificuldades,
de modo a ajudá-lo a superá-las;
• Sugerir, em conjunto com o professor e o director da escola, formas e actividades
apropriadas para a melhoria do desempenho do seu educando e da escola no geral.

d) Relativamente à escola

237
• Controlar os conhecimentos e competências adquiridas pelos alunos;
• Informar aos pais e alunos sobre o progresso destes e, caso necessário, optar-se por aulas
de remediação ou recuperação;
• Situar os resultados dos alunos num dado momento, em relação aos seus colegas de turma
e de classe.

5. Competências do 2º Ciclo da disciplina de Ciências Sociais


Ao concluir o 2º ciclo de aprendizagem, o aluno deve ser capaz de:
• Demonstrar um conjunto de padrões de conduta, que o tornem membro activo e exemplar na
sua comunidade e um cidadão responsável na sociedade;
• Manifestar valores e atitudes positivas para a sociedade em que vive;
• Participar activamente em grupos ou instituições da comunidade local com fins sociais;
• Apreciar a sua cultura, incluíndo a língua, tradições e padrões de comportamento;
• Conhecer o meio em que vive, isto é, conhecer as leis da natureza, da sua comunidade e do
país;
• Apresentar um sentido de crescente autonomia e auto-estima;
• Respeitar os direitos e deveres do cidadão;
• Respeitar os Órgãos de Soberania e Símbolos da Pátria Moçambicana;
• Prevenir doenças tais como a malária, cólera, SIDA e outras de transmissão sexual (Tema
Transversal);
• Combater a droga e outros vícios nocivos, fumo, alcoolismo (Tema Transversal);
• Demonstrar amor e respeito pela natureza;
• Reconstruir a sua história, da sua aldeia, bairro, cidade e a história da Luta de Libertação
Nacional.

238
Visão geral dos conteúdos do 2º ciclo da Disciplina de Ciências Sociais
4ª CLASSE 5ª CLASSE
UNIDADE CONTEÚDOS CONTEÚDOS Carga
Carga
TEMÁTICA
Horária Horária
 Tipos de família:
 nuclear
 alargada

FAMÍLIA  A árvore genealógica da família 9 tempos


 A história da minha família
 Tempo dos meus pais e o meu tempo
 Direitos e deveres da família (direitos da
criança)

 Usos e costumes
 Alimentos (preparação, confecção,
utensílios usados)
 Vestuário e adornos
 Jogos e passatempos (para homens e
mulheres, raparigas e rapazes)
 Dança/música (instrumentos, máscaras)
 Teatro
COMUNIDADE 12 tempos
 Actividades da comunidade:
agricultura, metalurgia, caça, olaria, pesca

 Línguas que se falam na


comunidade

 Lugares históricos: edifícios, monumentos,


museus, móveis.

239
 História e literatura oral
(lendas, contos, provérbios)
 A história da minha escola

 Localização geográfica da escola


ESCOLA
 Regulamento interno da escola 7 tempos

 Resolução não violenta de conflitos

 Gráfico do tempo da história da escola


 Localização geográfica da  A População da Província: 12
Província  Factores da distribuição da tempos
população
 Divisão administrativa da Província
 Características físico-geográficas de  Movimentos da população:
Moçambique:  Tipos de movimentos
- Relevo  Causas e consequências dos
- Clima movimentos (terras férteis, o
- Rios e lagos trabalho migratório, guerras e
PROVÍNCIA - Flora e fauna 12 tempos outras)

 Conservação e preservação do ambiente  Actividades económicas:


 agricultura
 Transportes e vias de comunicação  pesca
 caça
 Segurança na estrada  artesanato
 indústria
 Sinais de trânsito  comércio
 serviços…
 Localização geográfica de 12
AMBIENTE Moçambique tempos
240
 Características físico-geográficas
de Moçambique:
- Relevo
- Clima
- Rios e lagos
- Flora e fauna

 A penetração dos portugueses em


Moçambique
 Relações estabelecidas com os
povos
 Delimitação das fronteiras
 A resistência dos povos à
ocupação portuguesa nos séc.
XVIII/XIX

 Preservação do Ambiente:
fontes; solos de produção
agrícola e extracção mineira.

6
 A luta do povo moçambicano tempos
contra a dominação colonial:
A LUTA DE
- Surgimento de movimentos
LIBERTAÇÃO
nacionalistas
NACIONAL
- Fundação da FRELIMO
- Luta de Libertação Nacional
- Independência de Moçambique

MOÇAMBIQUE  Divisão administrativa de 6


INDEPENDENT Moçambique tempos
E
 Símbolos nacionais
241
 Órgãos de Soberania:
 Presidente da República
 Assembleia da República

Visão dos conteúdos da 6ª classe


Unidade Temática Conteúdos Carga Horária
 Globo terrestre 18
I- Coordenadas Geográficas  Leitura de mapas
◦ Localização de objectos geográficos no mapa
◦ Tipo de mapas e seus conteúdos
 Escala de mapas, plantas e de diversas representações
 A Legenda do mapa
II- O Povo de Moçambique Há  Formas de vida do povo de Moçambique há muito, muito tempo: 20
Muito, Muito Tempo Séc.XIII – XV Política, Económica e aspectos Sociais
 Formação dos reinos e impérios antigos: Manyikeni,
Mwenemutapa, Maravi
 Localização dos reinos e impérios antigos
 Representação gráfica do período, correspondente a cada um dos
reinos e impérios antigos
 Actividades económicas de cada um dos reinos e impérios antigos
 Causas do declínio dos reinos e impérios de Manyikeni,
Mwenemutapa e Maravi
III-O Continente Africano  Localização geográfica 24
 Litoral e o seu traçado
 Características físico-geográficas gerais: (relevo, clima, fauna,
flora, principais rios e lagos)
 As principais regiões do Continente Africano
 População
 África, o berço da humanidade
 O Egipto Antigo
 O Vale do Rio Nilo
 A religião
242
IV-África Austral 19
 Localização da África Austral.
 Características físico-geográficas gerais, (relevo, clima, fauna,
flora, principais rios e lagos)

 Povoamento: primeiros habitantes e a chegada dos Bantu

 Reinos: Zimbabwe e Império de Mutapa

 População
- Actividades e seu impacto no ambiente

 Organização política e administrativa


 A religião e sua importância
V-África Oriental  Localização geográfica 15
 Características físico-geográficas gerais: (relevo, clima, fauna,
flora, rios e lagos)
 A população
 Surgimento das Cidades-estad
 Noção de Cidade-estado
 Organização política e administrativa
 religião na África Oriental
 Causas da decadência das Cidades-estado
VI-África Central  Localização geográfica 15
 Características físico-geográficas gerais. (clima, relevo fauna,
flora, rios, lagos)
 População
 Reino do Congo
 Localização da África Ocidental e do Norte 19
VII-África Ocidental e do Norte  Características físico-geográficas gerais (relevo, clima, fauna,
flora, principais rios e lagos)
 População
 Reinos: Ghana, Mali e Songhai.
 As cidades e as actividades económica

243
Programa de Ciências Sociais

4ª Classe

244
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Distinguir os tipos de  Tipos de família:  Distingue os membros da sua família
família  nuclear nuclear e alargada;
 alargada  Desenha a árvore genealógica da sua
 A árvore genealógica da família família;
 Reconstruir a história 9
FAMÍLIA  A história da minha família  Representa a história da sua família num
da sua família tempos
 Tempo dos meus pais e o meu gráfico de tempo;
 Explicar os seus tempo  Enuncia os direitos e deveres dos membros
direitos e deveres  Direitos e deveres da família da família.
(direitos da criança)

245
Sugestões Metodológicas

No conteúdo tipos de família, o professor poderá usar chuva de ideias e elaboração conjunta. E, em
seguida orientar os alunos para desenharem a árvore genealógica da sua família.

Através de visitas de estudo, o professor poderá organizar os alunos em grupos para entrevistarem
personalidades locais, como por exemplo, líderes comunitários e outros elementos influentes, sobre
elementos que constituem a nossa herança cultural e que devem ser conservados e transmitidos a
novas gerações, e registam por escrito.
É importante que o professor explique ao aluno que o traje, bem como as técnicas de produção
artística vão variando ao longo do tempo.
Os alunos recolhem informações, junto às suas famílias, sobre a história da família de cada um, para
elaboração de um gráfico de tempo.

Explorando o conhecimento dos alunos, poderá organizar debates em que os alunos dão exemplos de
direitos e deveres. O professor poderá direccionar os alunos para verificar até que ponto os direitos e
deveres são aplicados ou violados.

246
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Explicar os usos e  Usos e costumes  Valoriza usos e costumes da
costumes da sua  Alimentos (preparação, confecção, comunidade;
comunidade utensílios usados)
 Vestuário e adornos  Participa em actividades culturais
 Jogos e passatempos (para homens e da comunidade;
mulheres, raparigas e rapazes)
 Dança/música (instrumentos,  Desenvolve a cultura de trabalho;
máscaras)
 Identificar as  Teatro  Identifica actividades, línguas e
lugares históricos da comunidade; 12
COMUNIDADE actividades
tempos
desenvolvidas na sua  Actividades da comunidade:
comunidade agricultura, metalurgia, caça, olaria,  Preserva o património histórico e
pesca. sócio-cultural;
 Mencionar os lugares
 Línguas que se falam na comunidade
históricos existentes na
 Lugares históricos: edifícios,
sua comunidade monumentos, museus, móveis.  Reconta oralmente ou por escrito,
 Contar historias,  História e literatura oral (lendas, histórias, lendas e provérbios da
lendas e provérbios da contos, provérbios) sua comunidade.
sua comunidade

247
Sugestões Metodológicas

Neste tema, os alunos podem fazer jogos para realçar o cumprimento das regras de vida conjunta, os
direitos e os deveres de cada um, para permitir uma convivência sã e pacífica entre os membros da
comunidade escolar. O professor poderá pedir aos alunos para dramatizarem situações que
demonstrem valorização de bens pessoais e de bens comuns, por exemplo: material didáctico,
conservação da escola, uso adequado de casas de banho ou latrinas, etc.
O professor poderá destacar a importância das actividades económicas como forma de garantia de
sobrevivência do homem, estabelecendo uma relação de troca de produtos com outras comunidades.
Os alunos poderão fazer um levantamento das actividades económicas predominantes na Província,
ou poderão ainda explicar a importância dos lugares históricos para a preservação da história da
família e da comunidade.
O professor poderá orientar os alunos a fazerem, como TPC, um levantamento das línguas mais
faladas na sua província e a realizar um resumo no caderno.
Com a ajuda do professor, os alunos poderão visitar diferentes lugares históricos e culturais tais
como: museus, praças, fortalezas e outros. Organizam as informações recolhidas, apresentam
oralmente ou por escrito através de desenhos, pinturas, modelagens, jornais de paredes, cartazes,
folhetos e/ou bandas desenhadas.

248
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Reconstruir a história  A história da minha escola  Conta a história da sua escola;
da escola através da  Localização geográfica da  Localiza a sua escola no mapa da Província;
ESCOLA
pesquisa escola  Cumpre o regulamento interno da escola;
 Regulamento interno da escola  Respeita a opinião dos outros; 7
 Resolução não violenta de  Aplica formas pacíficas de resolução de tempos
 Cumprir as regras e conflitos conflitos;
normas da escola  Gráfico do tempo da história da  Representa em gráfico do tempo, datas
escola relacionadas com a história da sua
 Interpretar o gráfico do escola
tempo com datas de .
acontecimentos
relevantes sobre a
história da sua escola

249
Sugestões Metodológicas

A escola é um lugar propício para se falar do comportamento moral e cívico, no que diz respeito a atitude
para com os pais, colegas e outras pessoas da comunidade, bem como o comportamento em lugares
públicos (em cerimónias, cinema, escola, mercado, machimbombos) e respeito pelos mais velhos,
senhoras, portadores de deficiência, etc.).
O professor poderá orientar os alunos a recolherem informações sobre a escola, consultando manuscritos
antigos, mapas, materiais impressos, representando interesses históricos, bibliográficos e documentais, ou
fazendo perguntas a antigos funcionários, alunos ou professores sobre a história da escola. A partir dos
dados recolhidos, os alunos poderão elaborar uma ficha.
Os alunos podem organizar a informação e apresentar, oralmente ou por escrito (desenhos,
pinturas, modelagens, colagens, montagens, jornais de parede, cartazes, folhetos, banda
desenhada).
O aluno constrói um gráfico de tempo com datas de acontecimentos relevantes sobre a história da sua
escola.

250
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Localizar  Localização geográfica da  Localiza a sua província no mapa de
geograficamente a sua  Província Moçambique
província e os distritos
 Divisão administrativa da  Localiza a escola no seu distrito/ Província
Província
 Descreve as características físico-
 Identificar as  Características físico- geográficas da sua província
características físico- geográficas de Moçambique:
geográficas da província  Relevo  Descreve a importância dos rios e lagos,
 Clima flora e fauna; 12
PROVÍNCIA
 Conservar e preservar o  Rios e lagos tempos
 Flora e fauna  Explica os cuidados necessários para a
ambiente
conservação e preservação do meio;
 Explicar as normas de
 Conservação e preservação do
segurança na estrada ambiente  Identifica os principais transportes e vias de
 Identificar os sinais de comunicação da sua província
trânsito  Transportes e vias de
comunicação  Cumpre com as regras de trânsito
- Segurança na estrada
- Sinais de trânsito

251
Sugestões Metodológicas

Os alunos exercitam em grupo a localização geográfica e a divisão administrativa da sua Província,


utilizando o mapa.
Os alunos identificam no mapa, as formas de relevo da sua Província e elaboram gráficos Termo-
pluviómetros.
O professor poderá realizar uma visita de estudo com os alunos a um rio, lago ou mar e orientá-los para a
elaboração de uma composição sobre a importância dos rios, lagos e mares.
Com ajuda do mapa da Província, identificam os distritos mais povoados e menos povoados e as
respectivas causas.
O professor manda fazer uma redacção sobre o clima, rios, flora e fauna da sua Província. Com ajuda do
escantilhão faz o mapa da sua Província e localiza os rios, lagos e mares. Identifica o clima.

No que diz respeito ao trabalho como dever cívico, com base na chuva de ideias e elaboração conjunta, o
professor poderá levar os alunos a compreenderem que valor tem o trabalho para a vida das pessoas.
Através de um trabalho escrito, poderão mostrar a importância das profissões e qual delas gostariam de
abraçar no futuro.

Divisão Administrativa
Distritos, Localidades, e Municípios
Em relação à responsabilidade que se deve ter com o Distrito, Localidade, e Município, o professor
organizar uma visita de estudo ao município para os alunos conhecerem a postura camarária e depois
poderão fazer um teatro em que se sublinha a conservação e preservação do bem comum.

O meio Ambiente da Província


O professor deverá pedir aos alunos para fazerem trabalho em grupo destacando a necessidade de
depositarmos o lixo em locais apropriados, por exemplo nos contentores, em aterros sanitários, ou
queimar, para evitar a poluição do meio.
Por meio do debate, chuva de ideias e redacção, os alunos são levados a identificarem a utilidade da água
para a vida das pessoas, dos animais e das plantas, bem como compreenderem a necessidade de evitar a
contaminação da mesma.

252
No que se refere as plantas, pede a cada aluno para produzir um viveiro em casa e trazer a escola para
simularem um plantio de modo a trazer o conceito de reflorestamento para evitar o deslizamento de terra
e a erosão dos solos.

Em relação aos animais, o professor organiza uma visita de estudo por exemplo: a criadores de aves de
pequena espécie, gado caprino, ovino, bovino, parques, jardins zoológicos, reservas e cotadas para
posteriormente fazerem uma composição destacando os cuidados a ter com os animais, bem como a
preservação das espécies em via de extinção.
Na pesca, o professor poderá levar os alunos a visitarem lugares onde se exerce a piscicultura.

Transportes e Vias de Comunicação da Província

No que tange à segurança na estrada, o professor poderá organizar uma palestra a ser orientada por um
polícia trânsito e depois, organiza uma dramatização sobre a observância das regras de trânsito com vista
ao respeito pelos automobilistas, peões, bem como a utilização da bengala branca pelas pessoas com
deficiência visual.
O professor poderá ajudar o aluno a identificar os principais tipos de transporte e vias de comunicação
em geral.
Depois o professor orientará um trabalho de grupo onde pedirá a identificação dos tipos de transporte e
vias de comunicação existentes na província.
Em relação as vias de comunicação o professor poderá se apoiar-se aos mapas de transporte e
comunicações.
Com a ajuda do escantilhão o professor poderá orientar para um TPC sobre a identificação das vias de
comunicação da província ou do País.

253
Programa de Ciências Sociais

5ª Classe

254
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Descrever os factores da  A População da Província:  Menciona os factores da distribuição da
distribuição da população;  Factores da distribuição da população;
População
 Distingue as zonas mais povoadas das
 Movimentos da população: menos povoadas;
 Tipos de movimentos
 Descrever as causas e  Causas e consequências dos
consequências dos movimentos (terras férteis, o  Explica as causas e as consequências
movimentos da população trabalho migratório, guerras e dos movimentos migratórios;
outras) 12
PROVÍNCIA
 Distingue as diferentes actividades tempos

 Descrever as principais  Actividades económicas: económicas.


actividades económicas da  agricultura
 pesca
sua província
 caça
 artesanato
 indústria
 comércio
 serviços…

255
Sugestões Metodológicas

Factores da distribuição da população


Com a ajuda do mapa da província, os alunos identificam os distritos mais povoados e os menos
povoados e mencionam as respectivas causas ou factores que condicionam essa distribuição.
O professor marca um TPC sobre a relação do clima, existência dos rios e lagos com a distribuição da
população na província e no País.

Movimentos da população
Em grupos, os alunos podem realizar um trabalho sobre as consequências dos movimentos migratórios
para o lugar de saída e o lugar de chegada das populações.

Actividades económicas
No que concerne às actividades económicas, os alunos podem fazer um levantamento das predominantes
na província e no distrito.
O aluno pode realizar trabalho em grupo sobre o intercâmbio das actividades realizados no campo e na
cidade.

256
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:

 Identificar as formas de Conservação e preservação do Ambiente:  Explica como se protege o 4


AMBIENTE conservação e preservação fontes; solos de produção agrícola e extracção ambiente. tempos
do Ambiente mineira

257
Sugestões Metodológicas

O meio Ambiente da Província


O professor deverá pedir aos alunos para fazerem trabalhos em grupo destacando a necessidade de
depositarmos o lixo em locais apropriados, por exemplo, nos contentores, em aterros sanitários ou
queimar, para evitar a poluição do meio.
Por meio do debate ou de chuva de ideias, os alunos são levados a identificarem a utilidade da água para
a vida das pessoas, dos animais e das plantas, com vista a compreenderem a necessidade de se evitar a
contaminação da água.
No que se refere às plantas, o professor poderá pedir a cada aluno para produzir um viveiro em casa e
trazer para a escola, para simularem um plantio, de modo a trazer o conceito de reflorestamento, que é
uma das formas de se evitar o deslizamento de terra e a erosão dos solos.

Em relação aos animais, o professor poderá organizar uma visita de estudo, por exemplo: a criadores de
aves de pequena espécie, gado caprino, ovino, bovino, parques, jardins zoológicos, etc. e, posteriormente,
fazerem uma composição destacando os cuidados a ter com os animais, bem como a necessidade de
preservação das espécies em via de extinção.
Relativamente à pesca, o professor poderá levar os alunos a visitarem lugares onde se exerce a
piscicultura.

258
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:

 Localizar  Localização geográfica de  Localiza Moçambique no mapa;


geograficamente Moçambique
Moçambique;  Identifica as principais
 Características físico-geográficas características físico-geográficas de
de Moçambique: Moçambique ;
 Identificar as principais - Relevo
características fisico- - Clima  Identifica o período da chegada dos
geográficas; - Rios e lagos portugueses em Moçambique;
MOÇAMBIQUE - Flora e fauna
 12
NO PERÍODO  Explicar as causas da Menciona as causas da penetração
tempos
COLONIAL penetração dos  A penetração dos portugueses em dos portugueses em Moçambique ;
Moçambique
portugueses em - Relações estabelecidas com  Descreve algumas formas de
Moçambique; os povos; resistência no Norte, Centro e Sul
- Delimitação das fronteiras. de Moçambique.
 Relatar alguns episódios
da ocupação e da  A resistência dos povos à
resistência no Norte, ocupação portuguesa no séc.
Centro e Sul de XVIII/XIX
Moçambique

259
Sugestões Metodológicas

Com a ajuda de um mapa de Moçambique ou Atlas, os alunos podem exercitar em grupo a localização
geográfica e a divisão administrativa do País. Como TPC os alunos podem desenhar um mapa de
Moçambique e indicarem os limites.

Com a ajuda do professor, os alunos identificam as formas do relevo de Moçambique e mencionam as


principais características.

O professor poderá levar os alunos a realizarem uma visita de estudo a um rio ou um lago existente nas
proximidades da escola e elaborarem uma composição sobre a importância dos rios e lagos.

No que concerne à fauna e flora, o aluno pode apresentar uma composição sobre a sua importância e
formas de protecção.

Clima
Com a ajuda do professor os alunos indicam os factores e elementos do clima e elaboram gráficos
termopluviométrico de Moçambique. Mencionam as características do clima da província.
Factores da distribuição do Clima
O professor com a ajuda dos alunos, observando o comportamento de alguns elementos do clima como: a
temperatura, pluviosidade (chuva), nebulosidade (nuvens), ventos e os factores do clima tais como:
disposição do relevo de Moçambique (montanhas, planície, planaltos e depressões) e latitude, explica a
influência dos factores no clima. O professor deve-se apoiar no mapa de climas de Moçambique.

260
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 A luta do povo moçambicano
 Caracteriza o colonialismo contra a dominação colonial:  Caracteriza o colonialismo e
português  Surgimento de movimentos as suas dimensões;
nacionalistas
 Descrever o sistema de dominação  Fundação da FRELIMO  Menciona as formas de luta do
A LUTA DE e de opressão colonial em  Luta de Libertação Nacional povo moçambicano contra o 6
LIBERTAÇÃO Moçambique  Independência de Moçambique colonialismo português; tempos
NACIONAL  Explica a importância da
 Explicar o processo da luta do Independência Nacional.
povo moçambicano pela
independência

261
Sugestões Metodológicas

O professor poderá explicar aos alunos as etapas da luta armada que culminaram com a assinatura dos
acordos de Lusaka.
A participação da mulher na Luta de Libertação foi muito importante, na medida em que ela participou
activamente em várias actividades. Partindo do exemplo da participação da mulher na luta armada,
através de chuva de ideias e elaboração conjunta, o professor levará os alunos a discutirem sobre as
vantagens e desvantagens da educação da rapariga e dos rapazes, aproveitando o momento para sublinhar
a importância da igualdade de tratamento destes pelos professores e pela comunidade.

262
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:

 Conhecer a divisão  Divisão administrativa de  Localiza no mapa as províncias de


administrativa do Moçambique Moçambique e as respectivas
país; capitais;
 Símbolos nacionais
 Respeita os Símbolos e Órgãos de 6
 Identificar os  Órgãos de Soberania: Soberania da República de Tempos
MOÇAMBIQUE símbolos nacionais; - Presidente da República; Moçambique;
INDEPENDENTE - Assembleia da República;
 Descrever as funções  Reconhece os Órgãos de Soberania.
dos Órgãos de
Soberania

263
Sugestões Metodológicas

Moçambique independente

Os alunos fazem uma pesquisa sobre os órgãos de soberania do país e depois explicam a função de cada
um deles.

O professor poderá apoiar-se no mapa de Moçambique para localizar as onze (11) Províncias, chamando
atenção para o facto da cidade de Maputo ser a capital do País e ter o estatuto de Província.

O professor poderá marcar um TPC para os alunos indicarem as capitais províncias e a capital do distrito
em que vive.

264
Bibliografia

MEC, Direcção Nacional do Ensino Primário (DNEP). (1996). Programa do Ensino Primário do
1º Grau. Maputo.

Educational Broadcasting Division. Teacher´s Notes Social Studies Standard Seven. Gaborone,
Botswana.

INDE (Agosto de 1999). Avaliação das Capacidades dos alunos da 2ª e 3ª classes na Cidade de
Maputo e províncias de Maputo, Zambézia e Cabo Delgado. PASE- Moçambique/Finlândia.

INDE. (Abril de 1987). Sistema Nacional da Educação - Linhas Gerais de Avaliação.

INDE. (1997). Texto de Apoio sobre Avaliação. PASE-Moçambique/Finlândia.

INDE. (1995). Ciências Naturais 4ª classe. Maputo.

INDE. (1985). Livro do Professor 4ª classe Volume 1. Maputo.

INDE. (1985). Livro do Professor 4ª classe. Volume 2. Maputo.

INDE. (1985). Livro do Professor 4ª classe. Volume 3. Maputo.

INDE. (1985). Livro do Professor 4ª classe. Volume 4. Maputo.

INDE. (1985). Livro do Professor 5ª classe. Volume 1. Maputo.

INDE. (1987). História de áfrica – 6ª classe. Editor Escolar. Maputo

Malawi Institute of Education. (1995). Social Studies Pupil´s Book for Standard 5. Malawi.

Malawi Institute of Education. (1995). Social Studies Teacher´s Guide for Standard 5. Malawi.

Ministry of Basic Education and Culture (MBEC). (January, 1996). Pilot Curriculum Guide for
Formal Basic Education. Namibia.

Ministry of Basic Education and Culture (MBEC). (1999). Continuous Assessment Manual -
Parts 1 and 2: English Second Language. Namibia.

Ministry of Basic Education and Culture (MBEC). (1998). National Language Syllabus. Namibia.

Ministry of Basic Education and Culture (MBEC). (1995). Primary Phase Social Studies,
Namibia.

265
Ministry of Education. (1991). Social Studies Grade 5 Pupil´s Book. Swaziland.

Ministry of Education. Social Studies Syllabus for Primary School. Harare, Zimbabwe.

Ministry of Education. Social Studies Syllabus for Primary School. Harare, Zimbabwe.

Ribeiro, L. C. (1994). Avaliação da Aprendizagem. Texto Editora, Lisboa.

266
Programa de Educação Física

2º Ciclo

267
Introdução
A Educação Física é um processo que visa integrar influências culturais e naturais, utilizando
actividades físicas, objectivar a aprendizagem e desenvolver hábitos motores. Visa também promover
a educação efectiva para a saúde e reconhecer as práticas corporais ao desenvolvimento de valores,
para a conquista de um estilo de vida activo.

Neste sentido, é de extrema importância que o professor tome em consideração os conhecimentos


teóricos relacionados com a saúde e higiene do meio, o corpo humano, as formas de postura corporal
nas suas aulas, por forma a incrementar uma maior prática de actividade física.

O programa apresenta conteúdos que contribuem para a organização, o desenvolvimento integral do


aluno e a elevação das capaciadades e habilidades motoras e a criação de hábitos de vida saudáveis.

A abordagem em espiral visa fortalecer o desenvolvimento de competências parciais desta disciplina,


na classe e no ciclo.

No capítulo dos jogos e danças tradicionais deve se ter em conta que cada região tem aspectos que
são importantes para a vida da comunidade, pelo que o seu tratamento deve permitir o seu respeito de
modo a não criar contradicões entre a escola e a comunidade.

É um programa flexivel, permitindo ao professor planificar as suas aulas de acordo com as condições
que a escola apresenta, de modo a contribuir para a formação integral do aluno.

268
Visão Geral dos Conteúdos do 2º Ciclo da Disciplina de Educação Física

3ª CLASSE 4ª CLASSE 5ª CLASSE


UNIDADE CH CH
CONTEÚDOS CH CONTEÚDOS CONTEÚDOS
TEMÁTICA
 Formaturas básicas Exercícios de organização e  Formaturas básicas (fileiras,
controlo colunas, bloco, xadrez, circulos)
 Exercícios de orientação - Formaturas básicas
 Mudanças de formaturas (inversão
espacial - Mudanças de formaturas
de marcha, junção e separação de
 Exercícios de 24 - Alinhamentos colunas ou fileiras, deslocamentos
coordenação motora tempos - Conversões em diagonal, zig-zag, serpentina)
 Jogos de lançamentos - Deslocamentos
e recepção 7  Alinhamentos 10
GINÁSTICA - Inversões da marcha, junção e tempos tempos
DE BASE separação de colunas/fileiras. Conversões em movimento

 Jogos e danças da região


 Jogos educativos e  Jogos tradicionais
tradicionais  Exercícios aos pares usando
12
diferentes partes do corpo para 6  Danças tradicionais 6
DANÇAS tempos tempos tempos
puxar e empurrar.
E JOGOS
 Dança e jogos cantados
TRADICIO-
NAIS  Jogos de perseguição

 Corridas em grupos ao  Corrida de velocidade (estafetas)  Corridas de velocidade com partida


sinal do professor  Corrida de resistência a um rítmo alta de 60 a 80 metros
moderado.  Corridas de resistência em grupos
do mesmo sexo durante 7 minutos
 Salto livre 28 12
ATLETISMO  Salto a obstáculos tempos tempos

 Lançamentos
24
tempos
 Estafetas
 Corridas de resistência a  Aplica as técnicas de salto
um ritmo moderado
 Saltos depois de marcha  Realiza lançamentos
ou corrida
269
 Salto a obstáculos em
diferentes sentidos
 Arremessos em diferentes 28
posições básicas (sentado, tempos
de pé, ajoelhado)
JOGOS PRE- Passe e recepção 14
DESPORTIV
OS DE tempos
ANDEBOL
EXERCÍCIOS  Exercícios de coordenação motora 10
DE (exercícios para braços, pernas e tempos
DESENVOLV tronco)
IMENTO  Exercícios sem aparelhos
FÍSICO
GERAL

JOGOS PRÉ- jogos de passes, recepção e remates em 6


DESPORTIV andebol de forma simples tempos
OS passes e recepção em futebol

270
~

Programa de Educação Física

3ª Classe

271
OBJECTIVOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
ESPECÍFICOS CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno:
O aluno deve ser capaz de:
 Formar fileiras e  Formaturas básicas  Orienta-se no espaço em
colunas;  Exercícios de orientação diferentes direcções (direita,
 Realizar conversões de espacial esquerda, para frente e para
8
formaturas  Conversões e giros trás)
tempos
 Formação de figuras como  Forma xadrez, circulo e bloco
GINÁSTICA DE triangulo, rectangulo. mantendo o alinhamento.
BASE  Realizar acções  Exercícios de coordenação  Identifica a voz de comando e
8
correspondents às motora executa a orientação ou
tempos
vozes de comando conversão respectiva.
 Realizar jogos  Jogos de lançamentos e  Cumpre as regras dos jogos
8
educativos com a bola. recepção de lançamentos e recepção da
tempos
bola
Dançar e cantar canções da  Realiza jogos tradicionais e
região;  Jogos educativos e recreativos.
 Realizar jogos tradicionais  Pratica jogos criados pelos
DANÇA E 12
tradicionais da região colegas
JOGOS tempos
 Dança e jogos cantados  Executa o movimento da
TRADICIONAIS
dança tradicional da sua
região
 Realizar jogos de  Corridas em grupos ao sinal  Realiza corridas de
corridas em grupos do professor velocidade 8
tempos
 Efectuar competições  Estafetas de troca de posição  Realiza competições de
por equipas estafetas simples. 8
ATLETISMO tempos

 Realizar jogos de saltos  Saltos depois de uma marcha  Salta e cai sobre um espaço
por equipas; ou corrida definido
 Realizar saltos variados 8
no lugar e depois de  Salto a obstáculos em Tempos
uma corrida de diferentes sentidos
impulsão

272
 Lançar diferentes  Arremessos de objectos em
8
objectos com ambas diferentes posições básicas  Lança objectos para
mãos separadamente. (sentado, de pé, ajoelhado) diferentes direcções tempos

273
Sugestões Metodológicas

A terceira classe é a primeira classe do segundo ciclo, mas o cumprimento das suas exigências deve
estar relacionado com o primeiro ciclo do ensino primário.

A ginástica de base tem algumas particularidades em termos de exercícios propostos e o seu nível
de exigência é maior. Deve-se prestar maior atenção na aplicação dos exercícios de organização e
controlo, nas primeiras aulas de tal maneira que assemelhem aos do primeiro ciclo, como forma de
consolidação dos conhecimentos aprendidos anteriormente. À medida que as aulas se forem
sucedendo, vai-se aumentando o grau de exigência com o acréscimo de mais exercícios propostos
no programa.

Para isso, o professor deve consultar o programa do primeiro ciclo e, sempre que possível, tratar de
manter as rotinas organizativas de modo a facilitar a organização da turma.

Para os jogos (rítmicos e tradicionais) e danças tradicionais, sugere-se que o aluno pratique e
descreva o tipo da dança ou jogo. Aconselha-se maior atenção para se garantir a participação de
todos os alunos na aula.

Para o atletismo, sugere-se a inclusão de jogos na aplicação das técnicas aprendidas nesta
modalidade, por forma a permitir maior aperfeiçoamento e prática das mesmas e reduzir a
monotonia.

Na realização dos saltos e lançamentos aconselha-se que os mesmos sejam feitos de forma
individual para evitar lesões.

Para as corridas em grupos, sugere-se que o professor controle o ritmo da corrida de modo a que
todos participem e que o grupo seja de 5 a 7 elementos, podendo ser de forma competitiva.

Alguns jogos rítmicos devem ser acompanhados pelo canto e movimento corporal (dança).

Nos exercícios de orientação, o professor pode usar diferentes tipos de instrumentos. Na indicação
do início e do fim do exercício, sugere-se o uso de instrumentos de diferentes sons por exemplo a
palmada, o apito, o toque de latas vazias, o batuque e outros.

No uso de diferentes sonoridades de instrumentos, o professor estará a levar os alunos a vivenciar a


proveniência dos sons, ou seja, “som no espaço” (lado direito, esquerdo, a trás, a frente, em cima ou
em baixo).

274
Sugere-se a realização de jogos e danças tradicionais nas comemorações das datas festivas e
feriados nacionais.

Antes do início da aula, o professor deve verificar as condições do espaço onde esta vai decorrer,
retirar os objectos cortantes ou contundentes para evitar lesões. Deve verificar também as
condições higiénicas dos alunos.

Na aula de Educação Física, deve-se integrar outras áreas de currículo, permitindo que acções
interdisciplinares favoreçam o processo de educação em busca de todos os seus benefícios nos
domínios cognitivo, afectivo e psicomotor.

Para o professor, a planificação assume um papel importante, porque lhe permite antever as aulas e
adequá-las às condições reais do grupo e da escola.

Para estas idades, o professor actua como exemplo em todos os aspectos.

Dada a fraca compreensão dos alunos e a idade dos alunos, deve-se evitar explicações. A
explicação e a demonstração devem predominar conjuntamente para manter a alegria dos alunos ao
executar diferentes exercícios.

O professor nunca deve utilizar o exercício físico como punição ou castigo aos alunos durante a
aula ou fora dela.

A execução dos exercícios só devem começar quando todos os alunos o tiverem entendido.

O material improvisado (bola de trapo, paus para bastões, vasilhames e outros) é recomendado
como trabalho para casa. Este material, depois de usado na escola, deve ser guardado para futuras
ocasiões.

O rigor no cumprimento de tempo deve ser em função do nível de habilidades dos alunos.

No capítulo dos jogos e danças tradicionais, deve-se ter em consideração que em cada região
existem aspectos que são de importância vital para a própria comunidade, pelo que o seu tratamento
não deve entrar em contradições com os usos e custumes das mesmas.

As aulas devem sempre ter as 3 partes:

- parte inicial: organização da turma, comunicação dos objectivos e aquecimento,

- parte principal: resolução de problemas do ensino e aprendizagem e

275
- parte final: resumo/retorno a calma/análise da aula.

O professor deve motivar as crianças portadoras de deficiências a praticar actividades físicas e


desportivas que o seu estado lhes permite.

Para as aulas de Educação Física, sempre que possível, os alunos devem trazer o calção.

276
Programa de Educação Física

4ª Classe

277
OBJECTIVOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
ESPECÍFICOS CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno:
O aluno deve ser capaz de:
 Efectuar exercícios  Formaturas básicas
GINÁSTICA DE de organização e controlo;  Mudanças de formaturas  Executa formatura em
BASE  Formar foguras  Alinhamentos xadrez, bloco e dois circulos;
geométricas  Conversões  Executa as mudanças de
7
 Efectuar conversões  Deslocamentos formatura e formação de
tempos
de formaturas  Inversões da marcha, junção e figuras.
 Realizar exercícios separação de colunas/fileiras.
de desenvolvimento físico
geral
 Realizar danças em  Jogos e danças da região  Pratica jogos e danças
DANÇAS E JOGOS grupos;  Exercícios aos pares usando tradicionais da região
6
TRADICIONAIS  Realizar jogos diferentes partes do corpo para  Executa exercícios de
tempos
tradicionais. puxar e empurrar. desenvolvimento físico geral
 Jogos de perseguição
 Efcetuar jogos de  Corrida de velocidade  Executa corridas de
corridas, saltos e (estafetas) velocidade percorrendo 80
lançamentos;  Corrida de resistência a um metros
 Cumprir com as regras rítmo moderado.  Corre a um ritmo moderado
28
ATLETISMO dos jogos.  Salto livre durante 5 minutos.
tempos
 Salto a obstáculos  Pratica saltos
 Realiza jogos de lançamento
 Lançamentos
e recepção de diferentes
objectos com as duas mãos
 Efectuar jogos de passes  Passe e recepção  Realiza jogos de passe e
JOGOS PRE-
e recepção em da bola recepção da bola. 14
DESPORTIVOS DE
 Assume atitudes de respeito e tempos
ANDEBOL
solidariedade no jogo

278
Sugestões Metodológicas

Nesta classe aconselha-se maior atenção no tratamento do atletismo por ser a unidade temática que
inclui algumas alterações significativas, por exemplo o tempo destinado a corridas não é o mesmo
com a terceira classe.

Esta classe tem a particularidade de incluir jogos pré-desportivos, como iniciação a prática de
desportos colectivos. A introdução dos jogos desportivos deve ser de forma de gradual. Sugere-se
a maior atenção na execução dos elementos técnicos propostos em forma de jogos, para que os
alunos se familiarizem com os mesmos.

As conversões na ginástica de base são feitas em deslocamento. Para facilitar a sua aprendizagem,
o professor pode organizar os alunos em grupos de 10 elementos.

Os jogos e danças da região devem ser sugeridos pelos alunos.

Sugere-se a realização de jogos e danças tradicionais nas comemorações dos feriados nacionais,
datas festivas e outras manifestações culturais.

Os saltos e lançamentos devem ser feitos de forma individual para se evitar lesões.

Antes do início da aula, o professor deve verificar as condições do espaço onde esta vai decorrer,
retirando os objectos cortantes ou contundentes para evitar lesões. Deve verificar também as
condições higiénicas dos alunos, o aceio pessoal de uma forma geral para a prevenção de doenças
como a (tinha, sarna, cárie dentária entre outras).

Para as aulas de Educação Física, sempre que possível, os alunos devem trazer um calção.

279
Programa de Educação Física

5ª Classe

280
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Efectuar exercícios de  Formaturas básicas (fileiras,  Executa mudança de
coordenação motora (exercícios colunas, bloco, xadrez, formatura obedecendo as
para braços, pernas e tronco; círculos) vozes de comando;
10
 Realizar as formaturas  Mudanças de formaturas
básicas e deslocamentos (inversão de marcha, junção e  Executa exercícios tempos
GINÁSTICA DE segmentares ;
BASE separação de colunas ou
 Praticar exercícios
fileiras, deslocamentos em
criados pelos seus colegas..
diagonal, zig-zag, serpentina)
 Alinhamentos
DANÇAS E  Efectuar danças da região;  Jogos tradicionais  Pratica jogos tradicionais
JOGOS  Exercícios de e cantados; 6
TRADICIONAIS desenvolvimento físico geral  Danças tradicionais  Respeita a sua cultura e a tempos
dos outros.
 Corridas de velocidade com
 Correr em grupos a um ritimo partida alta de 60 a 80 metros  Executa corrida de 6
determinado; velocidade com partida tempos
alta até 80 metros;

ATLETISMO  Efectuar corridas continuas  Corridas de resistência em  Executa corrida de


durante 3 minutos. grupos do mesmo sexo durante resistência a um ritmo 6
7 minutos moderado durante 7 tempos
minutos.

281
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Fazer saltos a obstáculos;  Saltos no lugar
 Fazer saltos e corridas.  Saltos depois de corrida de  Aplica as técnicas de salto. 6
balanço tempos
ATLETISMO
 Fazer combinações de 
Lançamento de diferentes  Realiza lançamentos.
corridas e lançamentos; materiais
 Lançamento de materiais 6
depois de uma corrida de tempos
balanço
 Realizar jogos de passes e  Jogos de passes e recepção  Realiza jogos de passes,
recepção;  Jogos de remates em andebol recepção e remates em
6
 Efectuar passes a um na forma simples andebol de forma simples.
tempos
JOGOS PRÉ- elemento da turma.
DESPORTIVOS
 Fazer a condução da bola  Jogos da condução da bola  Aplica de forma simples o
com o pé  Passes e recepção da bola passe e recepção em 6
futebol. tempos

282
Sugestões Metodológicas

Para esta classe, para além da inclusão de mais um jogo pré-desportivo, há maior
exigência em termos de aperfeiçoamento dos elementos técnicos aprendidos. Atendendo
que é a última classe do ciclo, faz-se uma consolidação dos conteúdos tratados em classes
anteriores.

A ginástica de base consolida todas as formas organizativas, as conversões e os


deslocamentos aprendidos nos dois primeiros ciclos do ensino primário.

A realização das técnicas dos lançamentos e saltos no atletismo, devem ser cada vez mais
próxima da técnica correcta e devem ser feitas de forma individual para se evitar lesões.

As corridas devem obedecer o tempo proposto no programa, e são feitas por grupos.

As aulas desta unidade temática podem ser intercaladas com outras unidades para
permitir uma maior participação dos alunos.

Os exercícios de desenvolvimento físico geral devem ser breves, e incluir todos os


segmentos corporais ou grupos musculares.

Sugere-se a realização de jogos e danças tradicionais nas comemorações dos feriados


nacionais

Antes do início da aula, o professor deve verificar as condições do espaço onde esta vai
decorrer retirando os objectos cortantes ou contundentes para evitar lesões. Deve verificar
também as condições higiénicas dos alunos.

Para as aulas de Educação Física, sempre que possível, os alunos devem trazer um calção.

Na prática das danças é importante que o professor aproveite os conhecimentos que os


alunos trazem consigo. Deverá ainda aproveitar artistas e dançarinos locais para
ensinarem novas canções e danças tradicionais.

283

Você também pode gostar