Diabetes 1

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Parceria ControlLab

Questionário - Proficiência Clínica


Habilitada ANVISA/REBLAS
Provedor Alternativo CAP Área: Bioquímica
Certificada ISO 9001
Rodada: Out/2007

Tema DISTÚRBIOS DO METABOLISMO GLICÊMICO E O DIAGNÓSTICO DO DIABETE MELITO

Elaborador Dr. Leonardo de Souza Vasconcellos, Patologista Clínico, Sócio da SBPC/ML, Mestre em
Medicina, Doutorando pela Faculdade de Medicina da UFMG e Representante Científico do
Departamento de Patologia Clínica da Associação Médica de Minas Gerais.

Texto Introdutório O diabete melito é uma das principais doenças de saúde


publica mundial, atingindo mais de 11 milhões de
pessoas apenas no Brasil. Deste total, estima-se que
mais da metade dos indivíduos diabéticos desconheça o
diagnóstico. As alterações do metabolismo glicêmico,
caso não sejam bem controladas, podem levar, ao longo
dos anos, a comprometimento micro e macrovascular
importante, com conseqüências sérias a diversos órgãos
e tecidos, como a perda da visão, a disfunção renal,
doenças cardiovasculares e o pé diabético. Estágios
intermediários das alterações glicêmicas devem ser
diagnosticados o mais precocemente possível, a fim de
evitar futuras complicações e quem sabe, a evolução
para o diabete.

Questão 1 A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), em conformidade com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a
Associação Americana de Diabetes (ADA), recomenda a presença de pelo menos um dos seguintes critérios
laboratoriais listados abaixo para o diagnóstico de diabete melito, exceto:
1. Glicemia de jejum ≥ 126mg/dL (7,0mmol/L), em mais de uma oportunidade;
2. Teste oral de tolerância após 75g de glicose anidra ≥ 200mg/dL (11,1mmol/L), em mais de uma
oportunidade;
3. Glicemia casual ≥ 200mg/dL (11,1mmol/L), associada à clinica;
4. Glicohemoglobina > 7,0%.
Questão 2 A evolução para o diabete melito (DM) ocorre ao longo de um período variável, passando por estágios
laboratoriais intermediários que recebem as denominações de glicemia de jejum alterada (GJA ou Impaired
Fasting Glucose - IFG) e tolerância à glicose diminuída (TGD ou Impaired Glucose Tolerance - IGT). Com base
nessa classificação, assinale a alternativa incorreta:
1. A ADA e a SBD aboliram a adoção do termo pré-diabetes para os pacientes portadores de GJA e
TGD;
2. GJA está relacionada com evidências precoces de disfunção de célula beta;
3. TGD se relaciona com quadro de resistência insulínica e constitui fator de risco para doença
cardiovascular;
4. Qualquer desses estágios pode progredir para o estado diabético ou reverter para a normalidade.
Questão 3 Com base no esquema ao lado, identifique os níveis
glicêmicos (mg/dL) de 1 a 4 e os estágios clínicos
representados pelos números 5 e 6, de acordo com os
critérios da SBD e da ADA. Assinale a alternativa
correta.

1. 1(110), 2(100), 3(126), 4(140), 5(GJA),


6(TGD);
2. 1(200), 2(140), 3(100), 4(110), 5(TGD),
6(GJA);
3. 1(126), 2(100), 3(140), 4(200), 5(GJA),
6(TGD);
4. 1(126), 2(100), 3(100), 4(200), 5(TGD),
6(GJA).

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Questão 4 Entende-se por diabete gestacional (DG) a intolerância aos carboidratos, em variados graus de intensidade,
diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez, e que pode ou não persistir após o parto.
Com base nos grupos de fatores de risco listados abaixo para desenvolvimento de DG, assinale a alternativa
correta:
1- Relacionados à gestante: idade superior a 25 anos, baixa estatura (≤ 1,51cm) e obesidade.
2- Relacionados à gestação atual: crescimento fetal excessivo, poliidrâmnio, hipertensão e pré-eclâmpsia.
3- Relacionados aos antecedentes obstétricos: morte fetal ou neonatal, macrossomia fetal e diabete gestacional.
1. Todos estão corretos;
2. Apenas um está incorreto;
3. Dois estão incorretos;
4. Todos estão incorretos.

Questão 5 Por questões de simplicidade, baixo custo e validade, a


SBD preconiza a glicemia de jejum como o teste de
rastreamento inicial de diabete gestacional. Por outro
lado, o teste oral de tolerância à glicose (TOTG) 1 hora
após sobrecarga de 50g de glicose anidra também pode
ser prescrito, segundo a ADA. Os pontos de corte
dessas glicemias para o rastreamento positivo, são
respectivamente:
1. 85mg/dL e 110mg/dL;
2. 85mg/dL e 140mg/dL;
3. 99mg/dL e 140mg/dL;
4. 110mg/dL e 200mg/dL
a a
Questão 6 O diagnóstico de DG, avaliado preferencialmente entre a 24 e a 28 semana de gestação, pode variar de
acordo com as diferentes normas propostas pela SBD e pela ADA. Com base nos critérios apresentados abaixo,
assinale a opção correta:
1- A SBD se baseia na glicemia de jejum (≥110 mg/dL) e no TOTG 2h após 75g glicose anidra (≥140mg/dL). A
presença de pelo menos um valor alterado indica DG.
2- A ADA fundamenta-se na curva de tolerância à glicose 3h após 100g glicose anidra. A presença de dois ou
mais valores acima dos pontos de corte confirma DG, considerando: 95 mg/dL (jejum), 180 mg/dL (1h), 155
mg/dL (2h) e 140 mg/dL (3h).

1. Ambos os critérios estão corretos;


2. Apenas o critério 1 está correto;
3. Apenas o critério 2 está correto;
4. Ambos os critérios estão incorretos.
Questão 7 A monitorização dos níveis glicêmicos de pacientes portadores de diabete melito pode ser conduzida por vários
testes laboratoriais. Dentre os exames apresentados abaixo, identifique o padrão ouro:
1. Glicemia de jejum;
2. Glicemia pós-pandial;
3. Hemoglobina glicada (HbA1c);
4. Teste oral de tolerância à glicose.

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Questão 8 Marque a opção correspondente com base nas


afirmações abaixo, assinalando C caso a citação seja
CORRETA ou I caso a declaração seja INCORRETA.
( ) Os critérios laboratoriais para diagnóstico de DM
são os mesmos para adultos e crianças.
( ) Excesso de peso, sedentarismo, hipertensão e
dislipidemia são importantes fatores de risco para DM.
( ) TOTG está bem indicado para indivíduos com
glicemia de jejum entre 110mg/dL e 125mg/dL.
( ) Glicemias capilares obtidas por glicosímetros
digitais após as refeições são semelhantes às glicemias
venosas por flebotomia.
1. C, C, C, I;
2. I, C, I, I;
3. C, I, I, C;
4. I, C, C, C.
Questão 9 A determinação da glicemia pós-prandial é um teste útil
no monitoramento de pacientes com distúrbios do
metabolismo glicêmico. Com base neste exame,
assinale a alternativa incorreta:
1. É um teste que reflete bem a primeira fase de
secreção da insulina;
2. Não é preconizado para diagnóstico de DM
por não ser um método padronizado;
3. Apresenta menor correlação com os valores
de hemoglobina glicada e com doença
cardiovascular, se comparado à glicemia de
jejum;
4. Embora não exista um valor de referência para
a glicemia pós-prandial, o ideal é que esteja
inferior a 140mg/dL (mas aceita-se valores até
180mg/dL).

Questão 10 Ainda com relação à glicemia pós-prandial, dentre os fatores pré-analíticos listados abaixo, assinale a alternativa
incorreta:
1. A marcação do tempo, habitualmente de 2h, deve ser iniciada imediatamente após o início da refeição,
e não após o seu término;
2. Durante o exame o paciente não deve fumar e nem fazer uso de bebidas alcoólicas;
3. A administração de insulina ou de hipoglicemiantes orais por pacientes diabéticos, entre a refeição e o
horário da coleta sanguínea, deve ser evitada;
4. A determinação da glicemia de jejum e da glicemia pós-prandial não precisam ser, obrigatoriamente,
no mesmo dia.

Questão 11 O Índice HOMA (Homeostasis Model Assessment),


descrito inicialmente por David Matheus, em 1985, é
uma ferramenta útil para estimar a resistência insulínica
e a capacidade funcional das células beta do pâncreas.
Sua determinação, por cálculo matemático, leva em
consideração a dosagem laboratorial de qual(is)
exame(s):
1. Apenas da insulinemia de jejum;
2. Apenas da glicemia de jejum;
3. Das insulinemias de jejum e 2h após estímulo
de glicose;
4. Da glicemia e da insulinemia de jejum.

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Questão 12 A glicemia de jejum é um exame laboratorial bem padronizado e bastante útil para o diagnóstico dos distúrbios
da homeostase glicêmica. Entretanto, se não for bem conduzida, pode apresentar resultados insatisfatórios ao
clínico, ao paciente e prejuízos ao laboratório. Dentre os fatores pré-analíticos listados abaixo para a glicemia de
jejum, assinale a alternativa incorreta:
1. Jejum de 8h, no mínimo, e de 14 horas, no máximo, se associado à dosagem de lípides;
2. A determinação da glicemia deve ser conduzida preferencialmente no soro;
3. Leucocitose e hemólise importantes reduzem a glicose sérica;
4. Temperatura elevada, por febre ou armazenamento inadequado da amostra, reduz os níveis
glicêmicos.
Questão 13 Alimentação habitual e ausência de atividades físicas anormais ou de doenças agudas graves nos três dias que
antecedem o teste são alguns cuidados que os pacientes deveriam tomar antes da realização da glicemia.
Quanto aos fatores pré-analíticos para a realização do teste oral de tolerância à glicose, assinale a opção
incorreta:
1. A ingestão de glicose anidra (geralmente 75g) dissolvida em 250-300mL de água deve ser feita em, no
máximo, cinco minutos;
2. Valor muito elevado da primeira glicemia (de jejum - tempo zero) contra-indica a continuação da curva
glicêmica;
3. Recomenda-se a suspensão do teste na presença de sintomas vasovagais tipo tonteira, sudorese e
lipotímia;
4. É aconselhado que o paciente permaneça em repouso e dentro das dependências do laboratório
durante todo o período da coleta.
Questão 14 Para uma criança de 20kg, qual a dose de dextrose que
deve ser ofertada para a realização do teste oral de
tolerância à glicose?

1. 20g;
2. 35g;
3. 50g;
4. 75g.

Questão 15 A hipoglicemia é a complicação aguda mais freqüente no tratamento dos diabéticos. Embora ainda controverso
na literatura, o diagnóstico de hipoglicemia se baseia na Tríade de Whipple: níveis baixos de glicemia
associados aos sintomas simpaticomiméticos ou neuroglicopênicos, que se revertem após a administração de
glicose. Do ponto de vista clínico-laboratorial, o valor de corte habitualmente adotado para hipoglicemia em
adulto a ser notificado, por exigir atenção médica especial, é:
1. 30 mg/dL;
2. 40 mg/dL;
3. 50 mg/dL;
4. 60 mg/dL.
Referências
Bibliográficas: 1. American Diabetes Association - Diagnosis and classification of Diabetes Mellitus. Diabetes Care,
Vol 30, Sup 1, Jan 2007.
a
2. Andriolo A, Carrazza FR. Diagnóstico Laboratorial em Pediatria. 2 edição, 2007.
th
3. Henry JB. Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 21 edition, 2007.
th
4. Jacobs DS, DeMott WR, Oxley DK. Laboratory test handbook. 5 edition, 2001.
5. Sociedade Brasileira de Diabetes - Atualização Brasileira sobre diabetes. Rio de Janeiro:
Diagraphic, 142p – 2006.

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