Workshop de Exames-35
Workshop de Exames-35
Workshop de Exames-35
• Compete ao nutricionista inteira responsabilidade sobre as justificativas técnicas para tais solicitações bem como
sobre a leitura e interpretação dos resultados que estes exames oferecem.
Considerando que a solicitação de exames
laboratoriais necessários ao acompanhamento
dietoterápico é importante para os nutricionistas
avaliarem a evolução nutricional do paciente,
bem como para prescreverem ou elaborarem o
plano alimentar adequadamente;
.
Assim, o CFN decidiu por tramitação na Câmara
dos Deputados do Projeto de Lei nº 7.267/2002,
de 06/11/2019, que altera a Lei nº 9.656, de 3 de
junho de 1998, que dispõe sobre os planos e
seguros privados de assistência à saúde, para
incluir, na cobertura de atendimento ambulatorial,
os exames complementares solicitados por
nutricionistas, quando necessários ao
acompanhamento dietoterápico.
A nutrição vem evoluindo a cada ano,
já tivemos muitas atualizações e
liberações. O Brasil é um dos países que
mais dá valor ao nutricionista
Acompanhamento de
Avaliação individualizada
estratégias nutricionais
Solicitação individualizada
depende de alguns fatores:
1- GLICEMIA DE JEJUM
2. HEMOGRAMA
3. TSH, ANTI-TPO e ANTI-TG,
4. GLICO-HEMOGLOBINA (A1c), INSULINA – (HOMA-IR)
- Data
5. PEPTÍDEO C,
6. T3 TOTAL e l i vre
7. T4 TOTAL E LIVRE
- Nome do paciente
8. Col esterol total e frações , TRIGLICERIDES
9. VITAMINA D (25-OH-VD), VITAMINA B12,
10. FERRITINA E FERRO SERICO
- Material
- Lista de exames
- Nome, assinatura/rubrica
- Carimbo
- Inscrição no CRN
- Contato
Sangue, urina, fezes,
genético (pertinente à
nutrição)
É um exame de solicitação livre, mas
não faz muito sentido para a nutrição
https://www.fleurygenomica.com.b
r
Ultrassom, radiografia,
colonoscopia,
endoscopia
Ultrassom, radiografia,
colonoscopia,
endoscopia
Valor de referência
Normalmente estipulado por
diretrizes, com base nos dados de
indivíduos, mas normalmente não
existe um ajuste perante:
- Idade
- Gênero
- Etnia
- Sedentários, desportistas ou
atletas
- Alimentação
Valor de referência
Será que o seu
paciente se encaixa
aqui?
Vários tipos e
marcas de kits,
cada laboratório
pode usar um
Nas lives de aquecimento
falamos mais sobre cálculo de
tercil e quartil, assim como valor
de RCV
I II III IV
I II III
Quanto maior o valor da
insulina (IV quartil)
maior chance de
desenvolvimento de
síndrome metabólica e
diabetes mellitus 2.
Quartil
I II III IV
3 8,5 14 19,5 25 mU/L
25-3 = 22
22/4 = 5,5
Será que essa
redução é
expressiva na
avaliação da
saúde do
Glicemia 127 112 mg/dl
paciente?
LDL 164 110 mg/dl
Diferença:
LDL 164 110 mg/dl
164 – 110 = 54
RCV95% = 25,7%
164 100%
54 x
Diferença (redução) alcançou o RCV x = 32,9%
Então iremos aprender:
• Alergias e intolerâncias
• Alergias e intolerâncias
Glicemia
Glicemia
em TOTG HbA1c
ao acaso
jejum
(mg/DL) (mg/DL) (mg/DL) (%)
PRÉ
DIABETES Entre 100 e 126 Entre 140 e 200 - Entre 5,7 e 6,5
NÃO
DIABETES Até 100 Até 140 - Até 5,7
Glicemia
em No pré-DM ou
jejum Ou seja, exame
(mg/DL) diagnóstico recente
é uma foto do
de DM, a remissão é
DIABETES Acima de 126 momento. A
mais possível.
anamnese
PRÉ continua
DIABETES Entre 100 e 126
Na ausência de fundamental.
NÃO sintomas de
DIABETES Até 100
hiperglicemia, é Atenção para o
necessário confirmar paciente que faz
Jejum de 8h o diagnóstico pela dieta 1 dia antes
repetição de testes do exame
Glicemia
DIABETES
Acima de 6,5 Reduz HbA1c:
- Anemia hemolítica: lise das
hemácias
PRÉ Entre 5,7 e 6,5
DIABETES
Aumenta HbA1c:
NÃO
- Anemia ferropriva: reduz
Até 5,7
DIABETES hemoglobina
(MCPHERSON; PINCUS, 2012; WILLIAMSON; SNYDER, 2016; SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019)
Hemoglobina glicada (HbA1c)
DIAGNÓSTICO
Utilização
HbA1c
(%) Monitoramento da adesão e controle a longo
prazo no tratamento de DM
DIABETES
Acima de 6,5
NÃO
Previsão de desenvolvimento e progressão de
Até 5,7
DIABETES
complicações microvasculares diabéticas
Sem jejum
(MCPHERSON; PINCUS, 2012; WILLIAMSON; SNYDER, 2016; SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019)
Teste oral de tolerância à glicose
DIAGNÓSTICO
Tolerância à glicose é diferente de resistência à insulina:
TOTG
- resistência: redução na captação da glicose: periférica
(mg/DL)
(músculo e adiposo) e/ ou central (hepática)
PRÉ
redução na captação de glicose por RI
Entre 140 e 200
DIABETES
-
Peptídeo C
Derivado da clivagem da pró-insulina, indica a
produção de insulina. Maior meia-vida que a insulina.
Utilização
Verificar a produção de insulina.
Interessante especialmente para quem faz uso de insulina
exógena, para verificar apenas a produção endógena. Para quem
não usa insulina exógena, a avaliação de insulina de jejum já pode
ser suficiente.
Interessante para avaliar hipoglicemia não diabética
Algumas possibilidades de
valores de insulina
Obesidade e RI:
Valores acima de
15µU/mL
HOMA-IR
Homeostasis model assessment of insulin resistance
Homa - IR
Resistência à insulina > 2,7
Risco elevado 2-15 – 2,7
Limítrofe 2,14 – 1,4
Ideal < 1,4
Q4: HOMA-IR acima
de
3,07
Partículas mais
aterogênicas.
- Dificilmente terá
valor de LDL
abaixo de 50 sem
medicação
Com muito TG na VLDL (TG > de 150 mg/dl), a VLDL doa TG para LDL e HDL
COL
TG
HDL maior: pode ser disfuncional nesse caso.
CETP HDL Inclusive a lipase pode agir nessa HDL, para utilizar o
VLDL
TG e assim, essa lipase também reduz a apoA,
tornando-a aterogênica
COL CETP TG
ApoA1: ApoB:
Demonstra o Demonstra Sua concentração
número de o número Apoproteína B indica o número de
partículas de de
APO B: partículas mais
HDL partículas
Mulher: 56 a 162mg/dL aterogênicas
de não-HDL
Homem: 51 a 171mg/dL
(colesterol não-HDl)
É uma avaliação mais
aprofundada do risco
cardiovascular
Triglicérides
- Mulher sedentária
- Objetivo da paciente: emagrecimento e sintomas da menopausa
IMC:
- Peso: 79,0 kg IMC: 29,37 kg/m2 Explicar a
sobrepeso avaliação da
- Estatura: 1,64 cm
composição
Circunferências: corporal.
RCQ: 1,05 – risco Definir os
- Cintura: 110 cm
alto DCV objetivos.
- Quadril: 105 cm
Caso clínico 1
• Alterações lipídicas e glicêmicas
Reavaliação da avaliação da
composição corporal
Reavaliação da anamnese
- O que melhorou?
- O que foi fácil?
- O que foi difícil?
- O que pode ser
melhorado?
https://www.bmj.com/content/368/bmj.m149
Ansiedade:
- Griffonia simplicifolia: 50
mg, 2x/ dia
- Crocus sativus (açafrão):
90 mg, 2x/ dia
Então iremos aprender:
• Alergias e intolerâncias
ALERGIAS INTOLERÂNCIAS
ALERGIAS INTOLERÂNCIAS
LACTASE
Leite e derivados sem
lactose continuam
contendo as
proteínas do leite!!
Intolerância a lactose
É a intolerância alimentar mais comum no mundo sendo definida como
uma má digestão e absorção da lactose causando sintomas,
principalmente por uma deficiência da enzima lactase no intestino
LACTASE
GALACTOSE
LACTOSE LACTOSE
Jejuno
LACTASE
Íleo
GLICOSE Lactose não digerida
Bactérias
Bactérias fermentam
Cólon
Fermentação
Gases intestinais,
distensão intestinal,
AGCC CO2 dor, diarreia
CH4 H2
Fatores Intrínsecos
Em decorrência de metabólitos
tóxicos como acetaldeído
Gut. 2019 Nov;68(11):2080-2091.
Diagnóstico
O diagnóstico de intolerância a lactose pode ser feito através de
vários testes que devem ser associados a sintomatologia clínica
Teste genético
SEMPRE AVALIAR
O CONTEXTO CLÍNICO!
Diagnostics (Basel). 2020 Jun 17;10(6):412.
Digestão
Ingestão de incompleta
lactose Hidrólise e Fermentação
(25 ou 50g) absorção bacteriana e
formação de H2
Galactose
Glicose
CO2/H2
H2
A intolerância à
Digestão
incompleta ??? lactose é
determinada por
um aumento ≤ de
1,1 mmol/L da
Não invasivo Baixa sensibilidade glicose plasmática
Baixo custo (alterações glicêmicas) dentro de 3 horas
Para ambos
Gene LCT genótipos
22018 G>A
13910 C>T
(rs182549)
(rs4988235)
Liberação de
mediadores
inflamatórios
Sintomas
Gastroenterology. 2015 May;148(6):1120-31.e4. ; Food Res Int. 2020 Dec;138(Pt B):109780.
Sintomas
Os sintomas variam muito de pessoa pra pessoa, mesmo em casos de
reação ao mesmo alimento, podendo ser:
Gastrointestinais
Dor abdominal
Inchaço e distensão abdominal
Indigestão
Eructação
Náusea
Vômito
Constipação
Diarreia
Hemorragia gastrointestinal
Prurido oral e faríngeo
J Allergy Clin Immunol. 2018 Jan;141(1):41-58. ; Food Res Int. 2020 Dec;138(Pt B):109780.
Sintomas
Os sintomas variam muito de pessoa pra pessoa, mesmo em casos de
reação ao mesmo alimento, podendo ser:
Pele e
membranas Urticária
mucosas Angioedema (inchaço de tecidos mais
profundos)
Eczema (dermatite atópica)
Dermatite de contato
Eritema (inflamação cutânea)
Prurido (comichão)
Vermelhidão (eritema)
Síndrome da alergia oral
J Allergy Clin Immunol. 2018 Jan;141(1):41-58. ; Food Res Int. 2020 Dec;138(Pt B):109780.
Sintomas
Os sintomas variam muito de pessoa pra pessoa, mesmo em casos de
reação ao mesmo alimento, podendo ser:
Respiratórios
Rinite
Rinorreia (nariz congestionado)
Asma
Broncoespasmo
Tosse
Edema da laringe (estreitamento da
garganta devido ao inchaço dos tecidos)
Estreitamento das vias aéreas
Rouquidão
J Allergy Clin Immunol. 2018 Jan;141(1):41-58. ; Food Res Int. 2020 Dec;138(Pt B):109780.
Sintomas
Os sintomas variam muito de pessoa pra pessoa, mesmo em casos de
reação ao mesmo alimento, podendo ser:
J Allergy Clin Immunol. 2018 Jan;141(1):41-58. ; Food Res Int. 2020 Dec;138(Pt B):109780.
Sintomas
Os sintomas variam muito de pessoa pra pessoa, mesmo em casos de
reação ao mesmo alimento, podendo ser:
Sistêmicos
Anafilaxia
Hipotensão
Disritmias
J Allergy Clin Immunol. 2018 Jan;141(1):41-58. ; Food Res Int. 2020 Dec;138(Pt B):109780.
Sintomas
Os sintomas variam muito de pessoa pra pessoa, mesmo em casos de
reação ao mesmo alimento, podendo ser:
Sistema Enxaqueca
nervoso Outras cefaleias
Apatia
Hiperatividade
Falta de concentração
Síndrome da tensão-fadiga
Fibromialgia
Irritabilidade
Sensação de frio
Vertigem
J Allergy Clin Immunol. 2018 Jan;141(1):41-58. ; Food Res Int. 2020 Dec;138(Pt B):109780.
Alergia alimentar imunomediada
IgE mista e
IgE - mediada não IgE Não IgE
mediada
mediada
O mecanismo imunológico por trás ainda não está bem elucidado, mas
sabe que envolve células T, macrófagos, eosinófilos e neutrófilos
Cozzolino, S. M., & Cominetti, C. (2020). Bases bioquímicas e fisiologicas da nutrição.; Mahan, Raymond. Krause Alimentos, Nutrição e Dietoterapia, 2018.
Cozzolino, S. M., & Cominetti, C. (2020). Bases bioquímicas e fisiologicas da nutrição.; Mahan, Raymond. Krause Alimentos, Nutrição e Dietoterapia, 2018.
Reações mistas
São respostas que envolvem a combinação de reações
mediadas por IgE associados à participação de
linfócitos T e de citocinas pró-inflamatórias
IgE Específico, f78 - caseína, soro IgE Específico, f37 - mexilhão azul, soro
IgE Específico, f92 - banana, soro IgE Específico, f18 - castanha do Pará, soro
IgE Específico, f259 - uva, soro
IgE Específico, f17 - avelã, soro
IgE Específico, f58 - lula do Pacífico, soro
IgE Específico, f210 - abacaxi, soro
IgE Específico, f84 - kiwi, soro
IgE Específico, f40 - atum, soro IgE Específico, f20 - amêndoa, soro
IgE alimentos
IgE Específico, f5 - centeio, soro
IgE Específico, f87 - melão, soro
Diagnóstico
Existem testes sendo aplicados até mesmo em consultório, que não
apresentam comprovação científica de sua eficácia e não devem ser
utilizados como parâmetro para diagnóstico de alergia alimentar
que se liga ao
receptor CXCR3
promove a produção
de zonulina
Zonulina se associada à um
receptor de membrana (EGFR)
dependente de PAR2
promove um
afrouxamento das
tight junctions
são apresentadas as
células CD4 →
produção de anticorpos
Produção de citocinas
inflamatórias:
TNF-a, IL (15, 17, 21, 23)
Lembrando que o
diagnóstico
deve ser realizado pelo
médico!
• Alergias e intolerâncias
40 anos
Toma whey
Caso clínico 2
• Alergias e intolerâncias
Caso clínico 2
• Alergias e intolerâncias
Caso clínico 2
• Alergias e intolerâncias
Caso clínico 2
• Alergias e intolerâncias
Caso clínico 2
• Alergias e intolerâncias
Busca redução do desconforto intestinal e hipertrofia muscular.
Quais possibilidades?
- Exclusão do whey?
- Low FODMAP?
- SIBO?
- SII?
- Encaminhar para o gastro caso não
tenha melhorias
Caso clínico 3
R.N., 35 anos, sexo feminino, contadora, casada e sem
filhos.
À XXX
1)
- Coenzima Q10............................................................................................ 100 mg
Receptor
para LDL
apoB-100
VLDL
Prejudica a
formação
da VLDL Núcleo
Colesterol
Fígado
Tratamento com
lerotiroxina, mas a tireóide
também deve ser tratada
com nutrição
Enzimas dependentes de selênio
- Deiodinase (DIO1 e DIO2)
T4 T3
Limite tolerável:
- DRIs: 45 mg/dia
Metabolismo da tireoide
Ferro quelado
Cozzolino, S. M., & Cominetti, C. (2020); Nutr Rev. 2018 Jun 1;76(6):418-431.
05/10/2021
À XXX
1)
- Ferro quelado............................................................................................ 30mg
VDR
200 genes
Região promotora Região codificadora gene ↓ citocinas pró-inflamatórias
(IL-2, IL-5, IL-17 e TNF-α) na
tireoidite de Hashimoto
Hashimoto: ↓[25 (OH) D]
quando comparado aos controles
Limite tolerável (UL)
DRIs: 4mil UI
- D2 (ergocalciferol)
- D3 (colecalciferol)
À XXX
1)
- Colecalciferol............................................................................................ 2000 UI
16,1
20,6
Vitamina D:
- Influencia na redução de
testosterona
- Aumento na SHBG?
Alguns trabalhos
mostram que sim, já
outros não mostram
efeito
5,8
4,07
15
110
• Redução da insulina,
glicemia de jejum e
HOMA-IR
• Dose, por volta de de
1,5g/dia
• 84 mulheres com SOP
• 500mg (3x/dia) canela
• 8 semanas
• Redução de
Metformina
Forma de prescrição
- S-Adenosil-cobalamina
- Metilcobalamina
Esteatose/ NASH
Elevação crônica de Descartar outras
ALT/ AST doenças hepáticas
- Síndrome metabólica
- RI Sim
- DM2 Reeducação alimentar/
- Obesidade especialmente exercício, emagrecimento
ICM>35 kg/kg² - Ressonância magnética: sem
exatidão se a gordura for <33%
Não - Ultrassonografia: é o exame
mais utilizado para detectar
esteatose
- Níveis baixos de
Quando os testes não- ALT/ AST elevado durante
albumina e plaqueta
invasivos 6 meses
- Hepatomegalia
não são concluintes
Biópsia hepática?
250 mg de DHA/dia
em crianças
REDUZ A ESTEATOSE
HEPÁTICA
MELHORA NOS NÍVEIS DAS
ENZIMAS HEPÁTICAS
PODE REDUZIR A
INFLAMAÇÃO Consenso da Sociedade
Brasileira de Hepatologia DOSE:
É recomendado o uso de vitamina 800 UI/DIA
E para pacientes com diagnóstico (a curto prazo)
de NASH na histologia
Vadarlis et al (2020)
Hashimoto x zero lactose
Má digestão da frutose (48.9%) intolerância à lactose (42.2%)