Pilar Esbelto
Pilar Esbelto
Pilar Esbelto
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Porto Alegre
junho 2011
WALDSON TAKEO WATANABE
Porto Alegre
junho 2011
WALDSON TAKEO WATANABE
Este Trabalho de Diplomação foi julgado adequado como pré-requisito para a obtenção do
título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo Professor Orientador e
pela Coordenadora da disciplina Trabalho de Diplomação Engenharia Civil II (ENG01040) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
BANCA EXAMINADORA
Agradeço, primeiramente, ao Prof. Américo Campos Filho, orientador deste trabalho, pela
disposição e ajuda sempre que solicitado e por todo o conhecimento transmitido durante o
período de Graduação.
Agradeço, também, à Profa. Carin Maria Schmitt, pelo auxílio, críticas construtivas e
constante acompanhamento nestes dois semestres de elaboração do trabalho.
Agradeço aos meus pais, Sueji Watanabe e Rosa Sato Watanabe, ao Aloir, Rosana e Eduardo,
que me acolheram como “filho e irmão”, e a todos os meus familiares que contribuíram de
alguma forma, pelo apoio, pelo incentivo e por todas as oportunidades que me foram
oferecidas.
Agradeço à minha namorada, Daniela, pelo carinho, compreensão, paciência e pelo constante
incentivo.
Agradeço à Vantec Estruturas, em especial aos engenheiros Carlos Roberto Moura de Morais
e Edemir Caetano Simonato, pela oportunidade de crescimento profissional e pessoal
oferecida.
Agradeço a todos que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho.
Se nos sentarmos agora,
podemos ser atropelados mais tarde.
Franklin D. Roosevelt
RESUMO
EI = rigidez à flexão;
le = comprimento de flambagem;
λ = índice de esbeltez;
φ = coeficiente de fluência;
l = comprimento da barra;
b = curvatura;
∂MRx
= derivada parcial do momento fletor resistente na direção x em relação à linha neutra;
∂α
∂MRx
= derivada parcial do momento fletor resistente na direção x em relação à curvatura;
∂b
∂MRx
= derivada parcial do momento fletor resistente na direção x em relação à deformação
∂c
do centróide da seção;
∂MRy
= derivada parcial do momento fletor resistente na direção y em relação à linha neutra;
∂α
∂MRy
= derivada parcial do momento fletor resistente na direção y em relação à curvatura;
∂b
∂MRy
= derivada parcial do momento fletor resistente na direção y em relação à deformação
∂c
do centróide da seção;
∂NR
= derivada parcial do esforço normal resistente em relação à linha neutra;
∂α
∂NR
= derivada parcial do esforço normal resistente em relação à curvatura;
∂b
∂NR
= derivada parcial do esforço normal resistente em relação à deformação do centróide
∂c
da seção;
k1 e k2 = rigidez adimensional;
As = área de aço;
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 15
2 MÉTODO DE PESQUISA ......................................................................................... 17
2.1 QUESTÃO DE PESQUISA ....................................................................................... 17
2.2 OBJETIVOS DO TRABALHO ................................................................................. 17
2.2.1 Objetivo Principal ................................................................................................. 17
2.2.2 Objetivos Secundários ........................................................................................... 18
2.3 PRESSUPOSTO ......................................................................................................... 18
2.4 DELIMITAÇÃO ........................................................................................................ 18
2.5 LIMITAÇÕES ............................................................................................................ 18
2.6 DELINEAMENTO .................................................................................................... 19
3 ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE INSTABILIDADE ............................................. 21
3.1 INSTABILIDADE NA COMPRESSÃO AXIAL QUANTO À FLAMBAGEM ..... 21
3.2 INSTABILIDADE NA FLEXÃO COMPOSTA ....................................................... 23
4 MÉTODO EXATO ..................................................................................................... 25
4.1 PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DA SEÇÃO TRANSVERSAL ...................... 25
4.2 RECOMENDAÇÕES DA NBR 6118/2003 SOBRE PILARES ............................... 29
4.3 CONSIDERAÇÃO DOS EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM ................................. 30
4.4 CONSIDERAÇÃO DA FLUÊNCIA ......................................................................... 31
4.5 MÉTODO DO EQUILÍBRIO .................................................................................... 33
4.5.1 Determinação das curvaturas .............................................................................. 35
4.5.1.1 Cálculo dos esforços resistentes ........................................................................... 40
4.5.1.2 Determinação das coordenadas das extremidades dos segmentos definidos
pelas regiões 0, I e II .................................................................................................... 44
4.5.1.3 Determinação dos elementos da matriz de derivadas parciais ............................. 46
4.5.2 Determinação dos deslocamentos ........................................................................ 50
4.6 INSTABILIDADE NA FLEXO-COMPRESSÃO OBLÍQUA .................................. 54
4.6.1 Deformação do eixo da barra ............................................................................... 55
4.6.2 Curvaturas para seção transversal qualquer ..................................................... 56
4.6.3 Verificação do estado limite de instabilidade de um pilar pelo método do
equilíbrio ..................................................................................................................... 59
5 O SOFTWARE ............................................................................................................ 60
5.1 DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA .............................................................. 60
5.2 ENTRADA DE DADOS ............................................................................................ 61
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 66
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 70
15
1 INTRODUÇÃO
Os projetos estruturais têm como objetivo atender à sua função primária sem entrar em
colapso e, também, sem deformar ou vibrar excessivamente, atendendo às normas técnicas
vigentes. O custo da estrutura representa uma das parcelas mais importantes, senão a mais
importante de uma obra. Logo, o engenheiro estrutural precisa de uma boa base de
conhecimento e experiência para projetar estruturas seguras e economicamente viáveis.
As solicitações que as seções transversais dos pilares de concreto armado estão normalmente
submetidas são duas: esforço normal de compressão e momento fletor. De acordo como elas
são aplicadas, podem ser compressão centrada, flexo-compressão normal e flexo-compressão
oblíqua. A flexo-compressão oblíqua ocorre quando o plano de ação do momento fletor não
contém um eixo de simetria da seção transversal da peça ou quando ela não possui eixo de
simetria. Nesta situação, a linha neutra não é conhecida a priori, sendo necessário efetuar
processos iterativos para determinação da sua inclinação e profundidade.
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Verificação da estabilidade de pilares esbeltos de concreto armado submetidos à flexo-compressão oblíqua pelo
método exato: proposta de programa computacional.
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2 MÉTODO DE PESQUISA
Neste capítulo, apresenta-se o método de pesquisa do trabalho. Para tanto, foi dividido nas
seguintes partes: questão de pesquisa, objetivos principal e secundários, pressuposto,
delimitação, limitações e delineamento.
A questão de pesquisa deste trabalho é: qual seria um algoritmo adequado para verificação da
estabilidade de pilares esbeltos de concreto armado submetidos à flexo-compressão oblíqua
pelo método exato, visando a elaboração de um programa computacional?
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Verificação da estabilidade de pilares esbeltos de concreto armado submetidos à flexo-compressão oblíqua pelo
método exato: proposta de programa computacional.
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2.3 PRESSUPOSTO
Como pressuposto básico da pesquisa, foi considerado válido como um método exato, o
método do equilíbrio.
2.4 DELIMITAÇÃO
2.5 LIMITAÇÕES
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2.6 DELINEAMENTO
a) pesquisa bibliográfica;
d) desenvolvimento do software;
e) validação do software;
f) considerações finais.
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Em pilares de concreto armado, a instabilidade é um estado limite último que ocorre nas peças
submetidas à flexo-compressão como consequência de um carregamento que cessa sua
capacidade portante antes que a estrutura atinja a ruína por ruptura convencional do concreto
ou por deformação plástica excessiva da armadura. Em outros materiais como, por exemplo, o
celulóide e o acrílico, a barra pode resistir a cargas superiores à carga de flambagem, devido
ao fato de que o estado limite de flambagem não é um estado limite último (FUSCO, 1981, p.
155).
Quando agem carregamentos crescentes em barras retas comprimidas axialmente, pode ser
atingido um estado limite a partir do qual a forma reta de equilíbrio deixa de ser estável. A
carga crítica Fcrit, ou carga de flambagem, é a carga correspondente a esse estado limite. O
mesmo autor explica que no diagrama que relaciona a carga F aplicada com o máximo
deslocamento transversal a da barra, pode existir um ponto de bifurcação do equilíbrio o
qual caracteriza o fenômeno de instabilidade das barras comprimidas axialmente, como
mostra a figura 2.
A carga crítica de flambagem, para diferentes condições de contorno, pode ser determinada
pela fórmula 1 (FUSCO, 1981, p. 156):
π 2 EI
Fcrit = (fórmula 1)
l e2
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Onde:
Fcrit = carga crítica de Euler ou carga de flambagem;
EI = rigidez à flexão;
l e = comprimento equivalente de flambagem.
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De acordo com Fusco (1981, p. 161-162), determinando a flecha de uma barra esbelta em
regime elástico submetida à flexão composta, chega-se aos resultados mostrados na figura 5.
Portanto, sempre haverá uma configuração de equilíbrio estável enquanto o material
permanecer no regime elástico, não existindo problema de instabilidade na flexão composta.
No caso em que o material tem um comportamento não-linear, as formas de equilíbrio vão ser
dadas pela figura 6.
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4 MÉTODO EXATO
A seção de concreto é definida por uma poligonal fechada. As coordenadas dos vértices são
definidas em função de um sistema global ( X , Y ) e numeradas no sentido anti-horário. No
caso de existirem aberturas no interior da seção, os vértices são numerados no sentido horário
como apresentado na figura 7 (CAMPOS FILHO, 2000, p. 3).
Um segundo sistema de eixos ( x , y ), dito local, torna-se necessário devido aos esforços
atuantes serem definidos no baricentro na seção de concreto, por conveniência. Portanto,
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deve-se fazer uma translação do sistema de eixos global para o sistema de eixos local
conforme apresentado a seguir (CAMPOS FILHO, 2000, p. 4-5).
n
A = ∫ dA = ∑ G00 (fórmula 2)
A i =1
n
S X = ∫ YdA = ∑ G01 (fórmula 3)
A i =1
n
S Y = ∫ XdA = ∑ G10 (fórmula 4)
A i =1
n
I X = ∫ Y 2 dA = ∑ G02 (fórmula 5)
A i =1
n
I Y = ∫ YX 2 dA = ∑ G20 (fórmula 6)
A i =1
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n
I XY = ∫ XYdA = ∑ G11 (fórmula 7)
A i =1
No qual, n é o número de segmentos da poligonal fechada que descreve a seção e G00 , G01 ,
G10 , G02 , G20 e G11 são os polinômios de integração derivados da aplicação do Teorema de
Green no plano, onde essas integrações são efetuadas transformando-se as integrais de
superfície que definem as tensões do concreto, em integrais de linha ao longo de um contorno
que delimita a região. A seguir, nas fórmulas 8 a 13, são apresentados os polinômios
necessários para os cálculos (CAMPOS FILHO, 2000, p. 37):
∆ξ (fórmula 8)
G00 = ξ i + ∆η
2
∆η η ∆η
G01 = ξ i η i + + ∆ξ i + ∆η
3
(fórmula 9)
2 2
∆ξ 2 ∆η
G10 = ξ i (ξ i + ∆ξ ) + (fórmula 10)
3 2
∆η 2 η i 2∆η ∆η 2
G02 = ξ i η i (η i + ∆η ) + + ∆ξ η i + + ∆η (fórmula 11)
3 2 3 4
∆ξ 3 3∆ξ ∆η
G20 = + ξ i ∆ξ 2 + ξ i + ξ i (fórmula 12)
4 2 3
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∆η 2∆η 2 η ∆η ∆η
G11 = ξ i ξ i η i + + ∆ξ η i + + ∆ξ i + (fórmula 13)
2 3 3 4 2
SY
XG = (fórmula 14)
A
SX
YG = (fórmula 15)
A
É feita, então, a translação das coordenadas do sistema de eixos global para o sistema de eixos
local através das fórmulas 16 e 17:
x = X − XG (fórmula 16)
y = Y − YG (fórmula 17)
Os momentos de inércia em relação aos eixos x e y são obtidos pelas fórmulas 18 e 19:
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I y = IY − A. X G2 (fórmula 19)
O tipo de verificação a ser feita em pilares depende do índice de esbeltez, sendo ele calculado
pelas fórmulas 21 e 22 indicadas na NBR 6118 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003, p. 95):
le (fórmula 21)
λ=
i
Ic
i=
Ac (fórmula 22)
Onde:
l e = comprimento de flambagem;
λ = índice de esbeltez;
i = raio de giração da seção de concreto;
I c = momento principal central de inércia mínimo da seção transversal do pilar;
Ac = área.
As exigências da NBR 6118 para a verificação da segurança de pilares esbeltos podem ser
resumidas no quadro 1 (FUSCO, 1981, p. 252). De acordo com elas, o processo de cálculo
utilizando o método exato é obrigatório para índice de esbeltez λ ≥ 140 , podendo ser usado,
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30
entretanto, para qualquer pilar com λ ≤ 200 . Este método, também, é o único permitido para
fazer a verificação quando a armadura ou a seção transversal não são simétricas ou quando a
seção é variável ao longo do pilar. A consideração da fluência e das deformações também é
obrigatória sendo descritas nos itens 4.3 e 4.4 a seguir.
Conforme Fusco (1981, p. 251), para fazer a verificação da estabilidade de pilares esbeltos é
muito importante levar em consideração, além dos esforços iniciais devidos às cargas
aplicadas à estrutura e dos esforços devidos às excentricidades acidentais, os efeitos de
segunda ordem que aparecem com as deformações da própria estrutura. A não consideração
da posição deformada pode causar diferenças consideráveis nos cálculos.
σc
εc = (fórmula 23)
Ec
ε cc = φ ε c (fórmula 24)
σc
ε c ,total = ε c + ε cc = (1 + φ )ε c = (1 + φ ) (fórmula 25)
Ec
Onde:
σ c = tensão de compressão no concreto;
E c = módulo de elasticidade longitudinal do concreto;
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32
φ ef = α * β * φ (t ∞ , t 0 ) (fórmula 26)
Onde:
α * = fração do esforço normal que produz a fluência;
β * = fração do momento fletor de primeira ordem que produz fluência;
φ (t ∞ , t 0 ) = é o coeficiente de fluência real do problema.
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O método geral “Consiste na análise não-linear de segunda ordem efetuada com discretização
adequada da barra, consideração da relação momento-curvatura real em cada seção, e
consideração da não-linearidade geométrica de maneira não aproximada.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003, p. 96). Nesta única frase citada, resumem-
se os vários processos necessários para verificação da estabilidade de pilares esbeltos de
concreto armado pelo método do exato.
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34
As flechas calculadas y1, y2, ... , yn-1, yn constituem-se numa sequência que, quando
convergente, comprova a estabilidade da configuração de equilíbrio.
Portanto, para a aplicação do método do equilíbrio, precisa-se, em cada uma das etapas
(CAMPOS FILHO, 2005, p. 6):
A seguir, nos itens 4.5.1 e 4.5.2, são descritos os procedimentos para determinação das
curvaturas e dos deslocamentos.
Para determinação das curvaturas utiliza-se, além do sistema de eixos cartesianos ( x , y ) com
origem no baricentro da seção transversal, um sistema de eixos auxiliar ( ξ , η ), também com
origem no centro de gravidade da seção, no qual o eixo ξ é paralelo a linha neutra, formando
um ângulo α com o eixo x , e η é perpendicular a este e aponta no sentido da fibra mais
comprimida da seção, como mostra a figura 11.
A determinação das curvaturas das seções é obtida a partir do momento fletor e do esforço
normal atuante. Campos Filho (2005, p. 9) afirma que é necessário obter, na análise da
estabilidade de estruturas de concreto, a configuração deformada de uma seção, para uma
determinada combinação de esforços que a solicitam abaixo do seu limite de resistência. O
mesmo autor apresenta um procedimento geral para a determinação desta configuração
deformada para uma seção de concreto armado, definida por uma poligonal fechada, como
também mostra a figura 11.
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a) são conhecidos:
- coordenadas dos vértices da poligonal fechada, coordenadas das barras e suas
respectivas percentagens em relação à área total de armadura;
- as características dos materiais (aço e concreto);
- a área total de armadura As;
No caso da flexo-compressão oblíqua, que faz parte deste trabalho, deve-se resolver um
sistema de três equações não-lineares com três incógnitas, como mostra a fórmula 27
(CAMPOS FILHO, 2005, p. 11):
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37
f (α , b, c) = MRx(α , b, c) − MAx = 0
g (α , b, c) = MRy(α , b, c) − MAy = 0 (fórmula 27)
h(α , b, c) = NR(α , b, c) − NA = 0
Onde:
MRx, MRy, NR = são os esforços resistentes, funções dos parâmetros α, b e c;
MAx, MAy, NA = são os esforços atuantes;
α = inclinação da linha neutra;
b = curvatura da seção;
c = deformação do centróide da seção.
Onde:
[K ({u}i )] = matriz que contém as derivadas parciais dos esforços resistentes em relação aos
parâmetros de ajuste;
{u}i = vetor com os parâmetros α, b e c a serem ajustados;
{∆u}i = vetor incremental de {u} ; i
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38
Sendo assim, a fórmula 29, pode ser escrita por extenso como mostra a fórmula 30 (CAMPOS
FILHO, 2005, p. 11):
Onde:
∂MRx
= derivada parcial do momento fletor resistente na direção x em relação à linha neutra;
∂α
∂MRx
= derivada parcial do momento fletor resistente na direção x em relação à curvatura;
∂b
∂MRx
= derivada parcial do momento fletor resistente na direção x em relação à deformação
∂c
do centróide da seção;
∂MRy
= derivada parcial do momento fletor resistente na direção y em relação à linha neutra;
∂α
∂MRy
= derivada parcial do momento fletor resistente na direção y em relação à curvatura;
∂b
∂MRy
= derivada parcial do momento fletor resistente na direção y em relação à deformação
∂c
do centróide da seção;
∂NR
= derivada parcial do esforço normal resistente em relação à linha neutra;
∂α
∂NR
= derivada parcial do esforço normal resistente em relação à curvatura;
∂b
∂NR
= derivada parcial do esforço normal resistente em relação à deformação do centróide
∂c
da seção;
∆α = incremento da linha neutra;
∆b = incremento da curvatura;
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e) caso a fórmula 32 seja satisfeita, segue-se para o item (i), caso contrário segue-
se para (f);
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1
∆Mx 2 + ∆My 2 + ∆N 2 2
2
≤ tolerância (fórmula 32)
MAx + MAy + NA
2 2
α α ∆α
{u}i + 1 = b = b + ∆b
(fórmula 34)
c
i +1 c i ∆c
A determinação dos esforços resistentes MRx , MRy e NR é feita pela integração das tensões
sobre a seção para uma dada condição de deformação e área de armadura. São obtidos,
inicialmente, com o auxílio do sistema de eixos ( ξ , η ) e, após, para o sistema ( x , y )
conforme as fórmulas 35 e 36. O esforço normal resistente, NR , é o mesmo para qualquer um
dos sistemas de coordenadas. O procedimento para determinação é proposto a seguir
(CAMPOS FILHO, 2000, p. 12-13):
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Onde:
MRξ = momento resistente na direção ξ do sistema de eixos ( ξ , η );
MRη = momento resistente na direção η do sistema de eixos ( ξ , η );
α = inclinação da linha neutra.
Os esforços resistentes do concreto são calculados separadamente para a região I, onde a área
de concreto AC1 está submetida a tensões variando parabolicamente, e para a região II, onde a
Figura 12: regiões para integração do concreto (CAMPOS FILHO, 2000, p. 13)
n1
MRξ 1 = 0,85 f cd ∑ (D 0 G 01 + D1 G 02 + D 2 G 03 ) (fórmula 37)
i =1
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42
n1
MRη1 = −0,85 f cd ∑ (D0 G10 + D1G11 + D2 G12 ) (fórmula 38)
i =1
n1
NR1 = 0,85 f cd ∑ (D0G00 + D1G01 + D2G02 ) (fórmula 39)
i =1
n2
MRξ 2 = −0,85 f cd ∑ G01 (fórmula 40)
i =1
n2
MRη 2 = 0,85 f cd ∑ G10 (fórmula 41)
i =1
n1
NR2 = −0,85 f cd ∑ G00 (fórmula 42)
i =1
reta que compõem a poligonal fechada que descreve as regiões I e II. D0 , D1 e D2 são os
parâmetros auxiliares para cálculo dos esforços resistentes que dependem da curvatura e
deformação do centróide. G00 , G01 , G02 , G03 , G10 , G11 e G12 são os polinômios de integração
já citados anteriormente. A seguir são apresentadas as fórmulas.
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43
3∆η ∆η
3
3∆η 2 η ∆η 3
G03 = ξ i η i ∆η 2 + η i + η i + + ∆ξ η i + η i i + ∆η + ∆η (fórmula 46)
2 4 4 2 5
∆η 2 4∆η ∆η 2 η ∆η ∆η 2 ∆η
G12 = ξ i ξ i η i (η i + ∆η ) + + ∆ξ η i η i + + + ∆ξ 2 η i i + + (fórmula 47)
3 3 2 3 2 5 2
∆ξ = ξ i +1 − ξ i (fórmula 48)
∆η = η i +1 − η i (fórmula 49)
m
MRξ = ∑ ρ j . As .σ (ε j ).η j (fórmula 50)
j =1
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44
m
MRη = −∑ ρ j . As .σ (ε j ).ξ j (fórmula 51)
j =1
m
NR = ∑ ρ j . As .σ .(ε j ) (fórmula 52)
j =1
4.5.1.2 Determinação das coordenadas das extremidades dos segmentos definidos pelas
regiões 0, I e II
Para o cálculo das coordenadas das extremidades dos segmentos definidos pelas regiões 0, I e
II deve-se proceder da maneira descrita a seguir, conforme apresentado por Campos Filho
(2000, p. 14-15).
Existem duas situações possíveis para um segmento da poligonal fechada, que define uma
seção. Ele pode estar inteiramente dentro de uma das regiões 0, I ou II ou atravessar mais de
uma delas. É necessário, para este último caso, subdividir o segmento para efetuar as
integrações necessárias. Isto pode ser feito automaticamente através do procedimento descrito
a seguir (CAMPOS FILHO, 2000, p. 14-15).
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45
ε (ξ ,η ) = bη + c (fórmula 55)
Se dois vértices apresentarem a mesma deformação, não há contribuição para o cálculo dos
esforços resistentes. No entanto, se dois vértices apresentarem deformações diferentes, ou
seja, ordenadas de valores distintos, pode haver ou não transição entre as regiões (CAMPOS
FILHO, 2000, p. 15).
Logo, para saber se há transições entre as regiões 0, I e II, deve-se calcular as ordenadas
correspondentes a essas transições pelas fórmulas 56 e 57 (CAMPOS FILHO, 2000, p. 15):
c
η 01 = − (fórmula 56)
b
− 0,002 − c
η12 = (fórmula 57)
b
ξ i +1 − ξ i
ξ 01 = ξ i + (η 01 − η i ) (fórmula 58)
η i +1 − η i
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Verificação da estabilidade de pilares esbeltos de concreto armado submetidos à flexo-compressão oblíqua pelo
método exato: proposta de programa computacional.
46
ξ i +1 − ξ i
ξ 12 = ξ i + (η 12 − η i ) (fórmula 59)
η i +1 − η i
Dessa forma, as coordenadas das extremidades dos segmentos são definidas pelas
coordenadas dos vértices i e i+1 da poligonal da seção e pelas coordenadas dos pontos de
transição entre as regiões 0 e I e/ou as regiões I e II. Não havendo transição, o segmento da
poligonal está inteiramente contido em uma das regiões e as coordenadas para integração são
as coordenadas dos vértices i e i+1 (CAMPOS FILHO, 2000, p. 15).
As derivadas parciais dos esforços resistentes em relação à inclinação da linha neutra α são
calculadas pelas fórmulas 60 a 62 (CAMPOS FILHO, 2000 p. 29):
∂MRx
= − MRy (fórmula 60)
∂α
∂MRy
= MRx (fórmula 61)
∂α
∂NR
=0 (fórmula 62)
∂α
∂MRξ n
∂b
= 0,85 f cd ∑ (k1G
i =1
02 + k 2G03 ) (fórmula 63)
∂MRη n
∂b
= −0,85 f cd ∑ (k1G
i =1
11 + k 2G12 ) (fórmula 64)
∂NR n
∂b
= 0,85 f cd ∑ (k1G
i =1
01 + k 2G02 ) (fórmula 65)
Já para a seção de aço, as derivadas parciais dos esforços resistentes em relação à curvatura
da seção b são calculadas pelas fórmulas 68 a 70 (CAMPOS FILHO, 2000 p. 27):
∂MRξ m
= ∑ ρ i . As .ET (ε i ).ηi
2
(fórmula 68)
∂b i =1
∂MRη m
= −∑ ρ i . As. ET (ε i ).ξi η' i (fórmula 69)
∂b i =1
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método exato: proposta de programa computacional.
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∂NR m
= ∑ ρ i . As. ET (ε i ).ηi (fórmula 70)
∂b i =1
Onde:
ρ i = porcentagem relativa à i-ésima barra de armadura;
As = área de aço;
ε i = deformação do aço relativa à i-ésima etapa;
η i = coeficiente de conformação relativa à i-ésima etapa.
E s para ε s < ε yd
E T (ε s ) = (fórmula 71)
0 para ε s ≥ ε yd
f yd
ε yd = (fórmula 72)
Es
Ainda, o módulo de elasticidade do aço, E s , pode ser definido como sendo 210 GPa
de cálculo do aço dado pela fórmula 73, onde γ s é o coeficiente de minoração da resistência
(CAMPOS FILHO, 2000, p. 11):
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49
f yk
f yd = (fórmula 73)
γs
∂MRξ n
∂c
= 0,85 f cd ∑ (k1G
i =1
01 + k 2G02 ) (fórmula 76)
∂MRη n
∂c
= −0,85 f cd ∑ (k1G
i =1
10 + k 2G11 ) (fórmula 77)
∂NR n
∂c
= 0,85 f cd ∑ (k1G
i =1
00 + k 2G01 ) (fórmula 78)
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Verificação da estabilidade de pilares esbeltos de concreto armado submetidos à flexo-compressão oblíqua pelo
método exato: proposta de programa computacional.
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∂MRξ m
= ∑ ρ i . As.ET (ε i ).η i (fórmula 79)
∂c i =1
∂MRη m
= −∑ ρ i . As.ET (ε i ). ξ i (fórmula 80)
∂c i =1
∂NR m
= ∑ ρ i . As.ET (ε i ) (fórmula 81)
∂c i =1
1
HOFFMANN, J. R. Pilares esbeltos de concreto armados: método exato. Porto Alegre: Curso de Pós-
Graduação em Engenharia Civil, UFRGS, 1980. Caderno Técnico n.18.
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FILHO, 2005, p. 7-9). Para sua determinação, é necessário integrar as curvaturas das diversas
seções ao longo do eixo do pilar.
d2y 1
2
=− (fórmula 84)
dx r
1 M
= (fórmula 85)
r EI
d 2M
= −p (fórmula 86)
dx
dM
=V (fórmula 87)
dx
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método exato: proposta de programa computacional.
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Logo, para essas condições de apoio tem-se que para uma barra real y A = y B = 0 , θ A ≠ 0 e
θ B ≠ 0 e para o sistema equivalente de Mohr M A = M B = 0 , V A ≠ 0 e VB ≠ 0 .
Dessa forma, pelo processo deve-se dividir a barra em n partes iguais, com um comprimento
∆x , conforme a fórmula 88 (CAMPOS FILHOS, 2005, p. 8):
l
∆x = (fórmula 88)
n
Onde:
∆x = comprimento das n partes divididas da barra;
l = comprimento da barra;
n = número de partes divididas da barra de comprimento ∆x.
Os pesos wk são determinados supondo-se que as curvaturas tenham uma variação parabólica
ao longo do seu comprimento. Eles são forças fictícias, aplicadas nos pontos k, equivalentes
ao carregamento p (x) das curvaturas, sendo calculados pela fórmula 89 (CAMPOS FILHOS,
2005, p. 8):
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k∆x 1
wk = ∫ dx (fórmula 89)
( k −1) ∆x
r
∆x 1 1 1
w0 = 3,5 + 3,0 − 0,5 (fórmula 90)
12 r 0 r 1 r 2
∆x 1 1 1
wk = + 10,0 + (fórmula 91)
12 r k −1 r k r k +1
∆x 1 1 1
wn = 3,5 + 3,0 − 0,5 (fórmula 92)
12 r n r n−1 r n −22
Um resumo do roteiro do método do equilíbrio, usando a Analogia de Mohr, pode ser feito da
seguinte maneira (CAMPOS FILHOS, 2005, p. 9):
e) determinar os pesos wk ;
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método exato: proposta de programa computacional.
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h) caso a condição anterior seja verdadeira, seguir para o passo (j), senão ir para o
passo (i);
j) fim do processo.
2
n 2
∑ ∆yk
i −n0 ≤ tolerância (fórmula 93)
2
∑i =0
yk
Finalmente, depois de diversos processos de iteração para cálculo das diferentes inclinações
das linhas neutras, das curvaturas e das deformações do centróide das diversas seções
analisadas, verificando se nenhum estado limite foi excedido, o processo de iteração chega ao
fim. No caso de convergência, a configuração deformada do pilar obtida é de equilíbrio
estável.
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O esforço normal e o momento fletor são solicitações que agem nas seções transversais dos
pilares de concreto armado. Segundo Araújo (2003, p. 51), a flexo-compressão oblíqua ocorre
quando uma solicitação composta por um esforço normal age fora dos eixos de simetria da
seção transversal da peça, ou quando o arranjo das armaduras não é simétrico em relação a
estes eixos, ou, ainda, quando a própria seção transversal não possui partes simétricas.
A figura 14 mostra uma barra submetida a um carregamento que produz flexão composta
oblíqua em suas seções transversais. Em consequência do carregamento aplicado, a barra
sofre deformações. Para pilares esbeltos, os deslocamentos transversais criam excentricidades
e2 de segunda ordem obrigatórias para o estudo da peça (FUSCO, 1981, p. 200).
Como o plano de flexão é variável de seção para seção, o eixo deformado do pilar é definido
por uma curva reversa devido à própria deformação da barra. O eixo deformado da barra seria
uma curva plana somente se a linha neutra de todas as seções tivesse sempre a mesma direção,
o que não é possível quando o plano de flexão varia de seção para seção (CAMPOS FILHO,
2005, p. 15).
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método exato: proposta de programa computacional.
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1 ε2 −ε4
= (fórmula 94)
rα hα
Onde:
hα = é a maior dimensão da seção medida perpendicularmente à própria linha neutra;
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1 ε 2 − ε1 ε 3 − ε 4
= = (fórmula 95)
rx hx hx
1 ε 2 − ε 3 ε1 − ε 4
= = (fórmula 96)
ry hy hy
1 ε2 −ε4
= (fórmula 97)
rα hα
Onde:
1 / r x = curvatura na direção x;
1 / r y = curvatura na direção y;
Sendo:
hy hx hα
+ = (fórmula 99)
ry rx rα
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método exato: proposta de programa computacional.
58
Por outro lado, hα pode ser escrito pela fórmula 100 (FUSCO, 1981, p. 202):
Dessa forma, adequando as fórmulas 99 e 100, chega-se na fórmula 101 (FUSCO, 1981, p.
202):
hy hx hx senα + h y cos α
+ = (fórmula 101)
ry rx rα
1 senα 1 cos α
hx − + hy − =0 (fórmula 102)
r
rx rα y rα
Para que a fórmula 99 seja satisfeita, para quaisquer valores de hx e h y , as fórmulas 103 e 104
1 1
= senα (fórmula 103)
rx rα
1 1
= cos α (fórmula 104)
ry rα
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5 O SOFTWARE
da seção são calculadas separadamente para regiões, I e II, de concreto e para a armadura. A
integração das curvaturas ao longo do eixo do pilar é feita separadamente para as direções x e
y, através da Analogia de Mohr, obtendo-se no final os deslocamentos.
Após serem preenchidos todos os dados dos materiais e escolhido o tipo de seção transversal,
ao clicar em <Dados da seção>, o programa abre uma nova janela de interface com o usuário
para entrada de dados mais específicos do pilar a ser verificado, como mostra a figura 17.
Inicialmente, deve-se escolher entre seção transversal constante ou variável ao longo da altura
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método exato: proposta de programa computacional.
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Após, inicia-se o processo de preenchimento de dados das diversas seções que serão
discretizadas. Para cada seção, deve-se indicar, primeiramente, o número de vértices da
poligonal fechada e o número de barras de armadura. Posteriormente, as coordenadas ( x , y )
dos vértices da poligonal devem ser inseridas no sentido anti-horário, bem como as
coordenadas ( x , y ) das barras de armadura e suas respectivas áreas de aço. Os esforços
atuantes na seção NA , MAx , MAy , Hx , Hy , qx e qy também devem ser preenchidos,
sendo que o esforço normal será positivo quando for de tração e os momentos fletores serão
positivos quando tiverem o mesmo sentido dos eixos ( x , y ). As unidades referentes a esses
esforços devem ser em kN como unidade de força e centímetros como unidade de
comprimento. Depois de inseridos os dados de entrada da seção Nº 1 deve-se preencher os
dados da seção Nº 2 e assim sucessivamente até a última seção.
Deve-se, portanto, clicar em <Verificar> para iniciar todo o processo iterativo de verificação
da estabilidade de pilares de concreto armado submetidos à flexo-compressão oblíqua. Caso
houver ruptura de alguma seção aparecerá a mensagem da figura 19:
Não havendo ruptura, significa que o processo iterativo chegou ao fim, ou seja, a série de
deslocamentos convergiu para uma situação de equilíbrio – pilar estável. Em seguida
aparecerá a mensagem da figura 20 e poderá ser visualizado os resultados da verificação.
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Então, clicando em <Resultados>, a janela da figura 21 será aberta. Nela são apresentados os
dados de saída da verificação da estabilidade de pilares de concreto armado utilizando o
método do equilíbrio. Os resultados são mostrados separadamente para a direção x e y . O
número de iterações realizadas para obter os valores apresentados é exibido logo no início. A
primeira coluna representa o número de discretizações realizadas no pilar. Nas colunas
seguintes, z representa a altura relativa à discretização, u (z ) é o deslocamento lateral na
direção x , N (z ) é o esforço normal, Vx (z ) é o cortante, Mx (z ) o momento fletor, alfa (z ) a
inclinação da linha neutra e bx (z ) a curvatura.
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Foi criado, também, uma função auxiliar para visualização de todos os dados de entrada como
mostra a figura 22:
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi constatado que em alguns casos o processo iterativo não converge. Isso ocorre porque os
valores arbitrados inicialmente para a inclinação da linha neutra, curvatura e deformação do
centróide não está próximo da solução real. Quando os esforços resistentes e/ou as derivadas
parciais em relação aos parâmetros α , b e c , são nulos, a matriz contendo as derivadas
parciais torna-se não-inversível, ou seja, o processo de cálculo é interrompido.
Resolvendo um exemplo utilizando o programa desenvolvido neste trabalho para um pilar bi-
rotulado com classe de resistência do concreto C25, categoria do aço CA-50, e geometria e
carregamentos apresentados na figura 23, obtêm-se os resultados das figuras 24 e 25.
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método exato: proposta de programa computacional.
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Os resultados através dessa verificação estão de acordo com o esperado. A inclinação da linha
neutra é igual a 45 graus em todas as seções, a qual é esperada devido ao carregamento ser
simétrico, e o deslocamento nas extremidades do pilar serem nulos.
Portanto, de uma maneira geral, a partir dos resultados obtidos pelo programa, conclui-se que
sua utilização para fins acadêmicos é válida, pois ele faz todos os processos iterativos
descritos ao longo deste trabalho de diplomação. Ressalta-se que o software ainda pode ser
mais sofisticado, abrangendo pilares com seções circulares e fazendo ajustes finos para
fornecer maior precisão nos resultados.
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REFERÊNCIAS
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