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PERÍCIA CONTÁBIL
MÓDULO II
AUTO APRESENTAÇÃO
CLEINILTON ALVES MEDEIROS
(85) 98892-3923 (Oi)
[email protected]
20/09/2018
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
• Bibliografia:
• ZANNA, Remo Dalla. Prática de Perícia Contábil, 5ª ed. São Paulo:
IOB/Folhamatic, 2016;
• HOOG, Wilson Alberto Zappa. Prova Pericial Contábil – Teoria e
Prática, 12ª ed. Curitiba: Juruá, 2015.
• MÜLLER, Aderbal Nicolas; TIMI, Sônia Regina Ribas; HEIMOSKI, Vanya
Trevisan Marcon. Perícia Contábil, 1ª ed. São Paulo: Saraiva.
• BACELLAR, Roberto Portugal. Mediação e Arbitragem, 2ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2016 (Coleção Saberes do Direito: 53).
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
• Bibliografia:
• MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo
Curso de Processo Civil – Vol 3: Tutela dos Direitos Mediante Procedimentos
Diferenciados, 2ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016.
• BRASIL, Lei 13.105, de 16/03/2015 (DOU 17/03/2015) – Código de Processo
Civil;
• CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, Resolução 2015/NBCTP01, de
27/02/2015 (DOU 19/03/2015)
• CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, Resolução 2015/NBCPP01, de
27/02/2015 (DOU 19/03/2015)
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CONCEITOS
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O QUE É A VERDADE
O QUE É A VERDADE
• A verdade dos fatos exerce grande importância no
julgamento da ações humanas. Quando uma verdade deixa
dúvidas, é imprescindível verificar sua veracidade, que
podem ou não incriminar um indivíduo.
• Uma verdade pode ser demonstrada sem ser reconhecida
como verdadeira, por não ser muito clara. Diz-se que é um
postulado, pois precisa ainda de comprovações para se
chegar a real verdade.
• Para a corrente filosófica conhecida como relativismo a
verdade é relativa, ou seja, não existe uma verdade
absoluta que se aplique no plano geral. Assim, a verdade
pode se aplicar para algumas pessoas e para outras não,
pois depende da perspectiva e contexto de cada um.
(https://www.significados.com.br/verdade/)
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CONCEITOS: PERÍCIA
Segundo o glossário do Instituto Brasileiro de Engenharia de
Avaliações e Perícias de Engenharia da Paraíba (IBAPE/PB), é a
atividade concernente a exame realizado por profissional
especialista, legalmente habilitado, destinada a verificar ou
esclarecer determinado fato, apurar as causas motivadoras do
mesmo, ou o estado, a alegação de direitos, ou a estimação da
coisa que é objeto de litígio ou processo.
O PROFISSIONAL
PERITO
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PRECEITOS FUNDAMENTAIS
São meios que devem ser observados para execução da
perícia:
Compromisso com a justiça;
Metodologia científica;
Objetividade;
Concisão;
Exatidão;
Clareza; 15
PRECEITOS FUNDAMENTAIS
Premissas:
a) abstenção;
b) independência;
c) autonomia técnica e livre convencimento;
d) fé pública;
e) verdade da prova pericial a luz da teoria da pura
contabilidade;
f) transparência;
g) sigilo. 16
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PRINCÍPIOS LEGAIS E
DEONTOLÓGICOS
Deontologia é uma corrente que faz parte da filosofia
moral contemporânea, que significa ciência do dever e
da obrigação.
Princípio da impessoalidade;
Princípio da moralidade;
Princípio da dignidade da pessoa humana;
Princípio da eficiência.
17
Responsabilidade:
Moral: subjetiva, de cunho pessoal. Uma forma de
autocensura, autocrítica. Tem a honra de iluminar o juiz.
Social: tem a função de ser provedor do equilíbrio da
justiça ao colaborar com a decisão justa do magistrado.
Ética: positivada. Fixa a forma de condução dos trabalhos e
conduta profissional do perito.
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O PERITO CONTADOR
ASSISTENTE
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PERITO CONTADOR
ASSISTENTE
Perito-assistente é o contratado e indicado pela parte em
perícias contábeis. (n.05 - NBC PP 01);
A indicação ou a contratação de perito-assistente ocorre
quando a parte ou a contratante desejar ser assistida por
contador, ou comprovar algo que dependa de
conhecimento técnico-científico, razão pela qual o
profissional só deve aceitar o encargo se reconhecer estar
capacitado com conhecimento suficiente, discernimento,
com irrestrita independência e liberdade científica para a
realização do trabalho. (n.08 - NBC PP 01); 21
PERITO CONTADOR
ASSISTENTE
Quando indicado pela parte e não aceitando o encargo, o
perito-assistente deve comunicar a ela sua recusa,
devidamente justificada por escrito, com cópia ao juízo.
(n.12 - NBC PP 01);
O perito-assistente deve declarar-se suspeito quando,
após contratado, verificar a ocorrência de situações que
venham suscitar suspeição em função da sua
imparcialidade ou independência e, dessa maneira,
comprometer o resultado do seu trabalho (n.14 - NBC PP
01); 22
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PERITO CONTADOR
ASSISTENTE
NO NCPC:
Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da
perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.
§1º. Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias
contados da intimação do despacho de nomeação do
perito:
I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o
caso;
II - indicar assistente técnico;
III - apresentar quesitos. 23
PERITO CONTADOR
ASSISTENTE
NO NCPC:
PERITO CONTADOR
ASSISTENTE
Art. 473. (...)
§3º - Para o desempenho de sua função, o perito e os
assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios
necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações,
solicitando documentos que estejam em poder da parte, de
terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o
laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias
ou outros elementos necessários ao esclarecimento do
objeto da perícia.
25
PERITO CONTADOR
ASSISTENTE
Art. 475. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de
uma área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear
mais de um perito, e a parte, indicar mais de um assistente
técnico.
Art. 477. (...).
§ 1º - As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-
se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15
(quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma
das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo
parecer. 26
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PERITO CONTADOR
ASSISTENTE
Art. 477. (...)
§ 2º - O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze)
dias, esclarecer ponto:
II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da
parte.
§ 3º - Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte
requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente
técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento,
formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.
§ 4º - O perito ou o assistente técnico será intimado por meio
eletrônico, com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência da
audiência. 27
PERITO CONTADOR
ASSISTENTE
O perito do juízo, no desempenho de suas funções, deve
propugnar pela imparcialidade, dispensando igualdade de
tratamento às partes e, especialmente, aos peritos-
assistentes. Não se considera parcialidade, entre outros,
os seguintes:
(a)atender às partes ou assistentes técnicos, desde que se
assegure igualdade de oportunidades; ou
(b)fazer uso de trabalho técnico-científico anteriormente
publicado pelo perito do juízo. (n.22 – NBC PP 01) 28
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PERITO CONTADOR
ASSISTENTE
A transparência e o respeito recíprocos entre o perito do
juízo e o perito-assistente pressupõem tratamento
impessoal, restringindo os trabalhos, exclusivamente, ao
conteúdo técnico-científico. (n.27 – NBC PP 01);
A realização de diligências, durante a elaboração do laudo
pericial, para busca de provas, quando necessária, deve
ser comunicada às partes para ciência de seus
assistentes. (n.31 – NBC PP 01);
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PERITO DO JUÍZO
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DEVERES DO PERITO
DEVERES DO PERITO
Deve conhecer as responsabilidades sociais, éticas,
profissionais e legais às quais está sujeito no momento em
que aceita o encargo para a execução de perícias contábeis
judiciais e extrajudiciais, inclusive arbitral (n.18, NBCPP01);
Sempre que possível e não houver prejuízo aos seus
compromissos profissionais e as suas finanças pessoais,
em colaboração com o Poder Judiciário, aceitar o encargo
confiado ou escusar-se do encargo, no prazo legal,
apresentando suas razões (n.21, NBCPP01);
32
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DEVERES DO PERITO
Propugnar pela imparcialidade, dispensando igualdade de
tratamento às partes e, especialmente, aos peritos-assistentes
(n.22, NBCPP01);
Cumprir os prazos fixados pelo juiz em perícia judicial e nos
termos contratados em perícia extrajudicial, inclusive arbitral
(n.26, a, NBCPP01);
Assumir a responsabilidade pessoal por todas as informações
prestadas, quesitos respondidos, procedimentos adotados,
diligências realizadas, valores apurados e conclusões
apresentadas no laudo pericial contábil e no parecer técnico-
contábil (n.26, b, NBCPP01); 33
DEVERES DO PERITO
Prestar os esclarecimentos determinados pela autoridade
competente, respeitados os prazos legais ou contratuais
(n.26, c, NBCPP01);
Propugnar pela celeridade processual, valendo-se dos
meios que garantam eficiência, segurança, publicidade dos
atos periciais, economicidade, o contraditório e a ampla
defesa; (n.26, d, NBCPP01);
Ser prudente, no limite dos aspectos técnico-científicos, e
atento às consequências advindas dos seus atos; (n.26, e,
NBCPP01); 34
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DEVERES DO PERITO
DEVERES DO PERITO
A realização de diligências, durante a elaboração do laudo
pericial, para busca de provas, quando necessária, deve ser
comunicada às partes para ciência de seus assistentes (n.31,
NBCPP01);
O perito pode valer-se de especialistas de outras áreas para
a realização do trabalho, quando parte da matéria-objeto da
perícia assim o requeira. Se o perito utilizar informações de
especialista, inclusive se anexar documento emitido por
especialista, o perito é responsável por todas as informações
contidas em seu laudo ou parecer (n.32, NBCPP01);
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RELACIONAMENTO
MAGISTRADO x PERITO
Procurar um momento em que o Juiz possa atendê-lo;
Não esquecer o cartão de visitas e o curriculum;
De preferência, acompanhado de uma pessoa que o Juiz já
conheça;
Estar em sintonia com as necessidades do Magistrado;
Não forçar uma amizade pessoal, espere uma abertura do Juiz;
Entender que sempre haverá uma hierarquia entre o Perito e o
Magistrado.
RELACIONAMENTO
CLIENTE x PERITO
Geralmente se dá por apresentação de alguém que os
conhece;
Pode ocorrer por publicidade;
Procure SEMPRE formular propostas ou contratos por escrito;
Neste caso se estabelece um relacionamento comercial, não
havendo relação de hierarquia.
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TIPOS E
ESPÉCIES DE
PERÍCIA
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TIPOS DE PERÍCIA
Como nos ensina Alberto (1996, p.53-54) existe 4 tipos de
perícia, segundo o ambiente que acontecem:
Perícia Judicial: Ocorre na esfera do Poder Judiciário,
seguindo as determinações do juiz, o NCPC e as NBC’s;
Perícia Arbitral: acontece no âmbito do juízo arbitral.
É semelhante a Perícia Judicial e segue as mesmas
determinações, sendo alterado somente a figura do juiz
pelo árbitro. “É a instância decisória criada pelas partes.”
41
TIPOS DE PERÍCIA
Perícia Semijudicial: acontece dentro do aparato
institucional do Estado, porém fora do Poder Judiciário.
É a espécie de perícia feita, por exemplo, nos TC’s, CPI’s.
Segue as determinações de uma autoridade segundo o
nível de poder da República, o NCPC e as NBC;
Perícia Extrajudicial: acontece FORA do âmbito do
Poder Judiciário. Por definição, alguns autores
consideram a Perícia Arbitral e Semijudicial como
Extrajudicial.
42
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ESPÉCIES DE PERÍCIAS
As perícias mais comuns são:
Apuração de haveres (herança);
Dissolução e resolução societária;
Prestação de contas;
Alimentos;
Indébito tributário;
Previdenciário (apuração de aposentadorias e pensões);
Fundo de comércio; 43
ESPÉCIES DE PERÍCIAS
Causas trabalhistas;
Avaliação de empresas e bens;
Anatocismo;
Contratos bancários, cheque especial, etc;
Falência e Recuperação Judicial;
Cartões de Crédito;
Rescisão de contrato de representação comercial;
Anulação de débito; 44
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ESPÉCIES DE PERÍCIAS
Desapropriação;
Direitos autorais;
Improbidade administrativa
Enriquecimento ilícito.
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OBJETO DA PERÍCIA
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OBJETO DA PERÍCIA
OBJETO DA PERÍCIA
CONTÁBIL
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OBJETO DA PERÍCIA
CONTÁBIL
Logo, a perícia contábil tem por objeto:
a escrituração contábil;
os documentos que lhe dão suporte;
as demonstrações contábeis e financeiras dela resultante;
os cálculos trabalhistas e financeiros;
a apuração de haveres e seus balanços (Balanço: Especial
e de Determinação);
cálculos e relatórios contábeis. 50
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ERROS E FRAUDES
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PERÍCIA CONTÁBIL
O que periciar na contabilidade?
Legislação: Federal, estadual e municipal;
Documentos;
Normas Brasileiras de Contabilidade;
SPED;
Formalidades extrínsecas: termos, registro na JC,
numeração das folhas e livros, encadernação;
Formalidades intrínsecas: linguagem, registros
individualizados e claros, ordem cronológica, vícios. 52
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20/09/2018
QUALIDADE DA
DOCUMENTÃÇÃO
Os documentos para constituir prova hábil deve:
Ser regular, isto é, conter os requisitos exigidos;
Ser autênticos quanto a sua origem;
Ser pertinentes aos objetivos da empresa;
Estar harmonizada com os registros;
Estar legível;
Em caso de cópias, estas devem estar legalizadas
(autenticadas). 55
QUALIDADE DA
DOCUMENTÃÇÃO
Documentos idôneos e válidos:
Na aquisição de materiais/serviços: Nota fiscal,
faturas, cupom fiscal, RPA (no caso de RPA, este deve
ser o formulário padronizado, com os campos
obrigatórios preenchidos – Nome, RG, CPF, PIS, CPBS,
Serviço executado – além de fazer todas as retenções
previstas em lei – INSS, IRRF e ISS);
No pagamento de pessoal: folha de pagamento e
recibos (hollerith’s ou depósitos), recibos de férias,
TRCT, recibo de pró-labore; 56
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QUALIDADE DA
DOCUMENTÃÇÃO
Documentos idôneos e válidos:
No pagamento de taxas, impostos e demais tributos:
guias de recolhimento padronizadas: DARF, DAE, DAM,
etc, com as referidas quitações bancárias;*
No pagamento de encargos sociais: guias de
recolhimento padronizada: GPS, FGTS, GRRF, GRCSU,
etc; com as referidas quitações bancárias;*
Quitação de dívidas comerciais: recibos fornecidos
pelos credores; boletos bancários com as quitações;
duplicatas com quitação e identificando o recebedor;
TED’s, DOC’s, transferências entre contas. 57
QUALIDADE DA
DOCUMENTÃÇÃO
Documentos idôneos e válidos:
Quitação de dívidas trabalhistas: termo de acordo
judicial, sentenças, depósitos judiciais, pagamento das
custas, INSS, etc.
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PROVA PERICIAL
DA PROVA PERICIAL
PROVA PERICIAL: Meio de prova previsto na legislação,
que utiliza conhecimento técnico-científico, para dirimir
dúvidas relativas a um processo.
Poderá solicitada pelas partes e deferida ou não pelo juiz.
Poderá ser solicitada pelo juiz.
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DA PROVA PERICIAL
464. (...).
§ 1º O juiz indeferirá a perícia quando:
I - a prova do fato não depender de conhecimento especial
de técnico;
II - for desnecessária em vista de outras provas
produzidas;
III - a verificação for impraticável.
62
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DA PROVA PERICIAL
Art. 464.(...) – Prova técnica simplificada
§ 2º De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá,
em substituição à perícia, determinar a produção de prova
técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de
menor complexidade.
§ 3º A prova técnica simplificada consistirá apenas na
inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto
controvertido da causa que demande especial conhecimento
científico ou técnico.
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ÔNUS DA PROVA
Segundo Ornelas (2000, p.27):
“Quem busca a proteção da justiça depara-se com a
necessidade de produzir suas provas. Quem oferecer as
provas mais convincentes fatalmente obterá sucesso.”
DISPENSA DA PROVA
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AUSÊNCIA DE PROVAS
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PERÍCIA CONJUNTA
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito,
indicando-o mediante requerimento, desde que:
I - sejam plenamente capazes;
II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§ 1º - As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os
respectivos assistentes técnicos para acompanhar a realização
da perícia, que se realizará em data e local previamente
anunciados.
§ 2º - O perito e os assistentes técnicos devem entregar,
respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz.
§ 3º - A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que
seria realizada por perito nomeado pelo juiz. 70
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PROVA PERICIAL
NA MEDIAÇÃO E
ARBITRAGEM
PERÍCIA NA MEDIAÇÃO E
ARBITRAGEM
CONCEITOS:
Mediação: um método de condução de conflitos, aplicado por
um terceiro neutro e especialmente treinado, cujo objetivo é
restabelecer a comunicação produtiva e colaborativa entre as
pessoas que se encontram em um impasse, ajudando-as a
chegar a um acordo (Nazareth, 1998.)
Arbitragem: processo voluntário em que as pessoas em
conflito delegam poderes a uma terceira pessoa, de preferência
especialista na matéria, imparcial e neutra, para decidir por elas
o litígio. (Moore, 1998.) 72
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PERÍCIA NA MEDIAÇÃO E
ARBITRAGEM
CONCEITOS:
Juízo Arbitral: Entidade encarregada do litígio que se
contrapõe ao juízo estatal (Hoog, 2015, p.487).
Sentença Arbitral: documento legal derivado do
trabalho do árbitro, com caráter executivo. Obriga as
partes e seus sucessores os mesmos efeitos de uma
sentença judicial (ver Art. 31, Lei 9.307/1996).
73
PERÍCIA NA MEDIAÇÃO E
ARBITRAGEM
CONCEITOS:
Termo Final de Mediação: documento legal
derivado do trabalho do mediador, onde as partes se
comprometem a seguir ou não. Caso as partes acatem,
torna-se título executivo extrajudicial (ver Art. 20, Lei
13.140/2015).
74
20/09/2018
PERÍCIA NA MEDIAÇÃO E
ARBITRAGEM
Produção de Prova Pericial na Arbitragem
Deve ocorrer durante as alegações iniciais;
Caso não apresente prova pericial, o árbitro poderá:
1. aplicar por analogia o Art. 400 do NCPC, isto é, a não
apresentação da prova entende-se como preclusão
do direito; ou
2. poderá determinar a apresentação de provas, a pedido
das partes ou ex officio (Art. 22 da Lei 9.307/1996).
75
PERÍCIA NA MEDIAÇÃO E
ARBITRAGEM
Produção de Prova Pericial na Arbitragem
As provas solicitadas pelo árbitro deverão ser
entregues no prazo estipulado, caso não seja atendido,
este levará em consideração em sua sentença;
No caso de prova testemunhal, o árbitro poderá
requerer autoridade judiciária a condução da
testemunha.
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PLANEJAMENTO E
EXECUÇÃO DA PERÍCIA
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79
82
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83
90
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MODELO DE PLANEJAMENTO
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EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Diligências
Termo de diligência é o instrumento por meio do qual o perito
solicita documentos, coisas, dados e informações necessárias
à elaboração do laudo pericial contábil e do parecer técnico-
contábil. (NBC TP 01 – n. 41)
EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Diligências
EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Diligências
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EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Diligências
O termo de diligência deve conter os seguintes itens:
a)identificação do diligenciado;
b)identificação das partes ou dos interessados e, em se
tratando de perícia judicial ou arbitral, o número do
processo ou procedimento, o tipo e o juízo em que tramita;
c) identificação do perito com indicação do número do
registro profissional no Conselho Regional de
Contabilidade;
d)indicação de que está sendo elaborado nos termos desta
Norma;
99
EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Diligências
e) indicação detalhada dos documentos, coisas, dados e
informações, consignando as datas e/ou períodos
abrangidos, podendo identificar o quesito a que se refere;
f) indicação do prazo e do local para a exibição dos
documentos, coisas, dados e informações necessários à
elaboração do laudo pericial contábil ou parecer técnico-
contábil, devendo o prazo ser compatível com aquele
concedido pelo juízo, contratante ou convencionado pelas
partes, considerada a quantidade de documentos, as
informações necessárias, a estrutura organizacional do
diligenciado e o local de guarda dos documentos; 100
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EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Diligências
EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Diligências
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EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Papéis de Trabalho
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EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Papéis de Trabalho
104
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EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Papéis de Trabalho
EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Papéis de Trabalho
O perito deve manter registro dos locais e datas das
diligências, nome das pessoas que o atender, livros e
documentos ou coisas vistoriadas, examinadas ou
arrecadadas, dados e particularidades de interesse da
perícia, rubricando a documentação examinada, quando
julgar necessário e possível, juntando o elemento de
prova original, cópia ou certidão. (NBC TP 01 – n. 13)
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EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Papéis de Trabalho
EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Papéis de Trabalho
Com base na NBC TP 01, o Perito Judicial deve
cuidar não só das provas documentais e contábeis
que serão anexas aos autos, mas também das que
podem ser requeridas no futuro.
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20/09/2018
EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Papéis de Trabalho
EXECUÇÃO DO TRABALHO:
Papéis de Trabalho
Então, são considerados papéis de trabalho:
a) Registros, cópias de cartas, requerimentos as
partes e protocolos;
b) Requerimentos à justiça;
c) Requerimentos à órgãos públicos;
d) Controles e anotações criadas pelo perito;
e) Planilhas, cálculos, simulações e rascunhos.
110
20/09/2018
PERÍCIA
111
PERÍCIA
112
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PERÍCIA
PERÍCIA:
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES
Perícias Judiciais:
Ciente da nomeação o perito se dirige a vara, ou
acessa o processo através do CD ou de um logins e
senha (dentro do prazo fixado) para conhecer os
autos;
Lê, estuda e avalia no próprio balcão de atendimento
(em pé), se processo físico;
Se necessário, faz-se Carga rápida do processo para
copiar algumas folhas do processo.
114
20/09/2018
PERÍCIA:
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES
Se o processo for muito extenso e for necessários
algumas horas para avalia-lo, o profissional deve solicitar
Carga do processo e levá-lo para seu escritório.
Depois de analisado o processo, o perito deverá
devolver o processo a vara, e, se concordar, apresentar
sua proposta de honorários. Ou declinar,
fundamentando a não aceitação do encargo.
115
PERÍCIA:
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES
Perícias Extrajudiciais; Semijudiciais e Arbitrais:
O profissional é convidado a apresentar a proposta de
serviços;
Em reunião com os interessados toma conhecimento do
assunto e circunstâncias;
Depois de tomado ciência, procederá a um
levantamento para conhecer a extensão e profundidade
do assunto;
Então apresentará sua proposta de honorários, e, após
aceito, elaborará um contrato; 116
20/09/2018
PERÍCIA:
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES
PERÍCIA:
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES
Cuidado com o Art. 477 do CPC:
Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no
prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias
antes da audiência de instrução e julgamento.
§ 1o As partes serão intimadas para, querendo,
manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no
prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o
assistente técnico de cada uma das partes, em igual
prazo, apresentar seu respectivo parecer.
118
20/09/2018
PERÍCIA:
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES
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PERÍCIA:
QUESITOS
Como ensina Sá (2000):
120
20/09/2018
PERÍCIA:
QUESITOS
O que são quesitos?
“São perguntas formuladas nos autos com a
intenção de, pelas respostas a elas fornecidas pelo
‘expert’, as dúvidas, as controvérsias e as contas
possam ser esclarecidas, se possível, de forma
cabal ou taxativa.” (Zanna, 2016, p.248)
121
PERÍCIA:
QUESITOS
Cuidados:
Quando elaborado pelas partes os quesitos tendem
a serem elaborados para vencer a contenda e não
esclarecer as dúvidas;
Dependendo o conjunto de quesitos do autor pode
anular o conjunto de quesitos do réu (ou vice-versa),
resultando numa prova inócua, não sendo uma boa
prova técnica.
122
20/09/2018
PERÍCIA:
QUESITOS SUPLEMENTARES
123
PERÍCIA:
QUESITOS SUPLEMENTARES
PERÍCIA:
QUESITOS – Categorias e tipos
CATEGORIAS OU CLASSES TIPOS
a) Pertinentes
1) Quanto ao OBJETO
b) Impertinentes
a) Relevantes
2) Quanto à RELEVÂNCIA
b) Irrelevantes
a) Deferidos
3) Quanto à LEGALIDADE
b) Indeferidos
a) Claros
4) Quanto à INTENÇÃO do perquirente
b) Dúbios
125
PERÍCIA:
QUESITOS – Categorias e tipos
CATEGORIAS OU CLASSES TIPOS
a) Técnicos (Técnico-Contábil)
5) Quanto ao CONTEÚDO
b) Jurídico
a) Formulados pelas partes
6) Quanto à ORIGEM b) Formulado pelo magistrado e/ou
pelo MP
126
20/09/2018
PERÍCIA:
AUSÊNCIA DE QUESITOS
No caso de ausência de quesitos o perito oferecerá
respostas aos assuntos controvertidos, formulando
ele mesmo autoquesitos que irão ajudar a
esclarecer o tema objeto da ação.
Neste caso o próprio perito delimitará o campo da
investigação pericial, circunscrevendo aos pontos
que necessitam ser aclarados.
Tem que estar seguro do que está sendo pleiteado
na ação. 127
PERÍCIA:
ATP’S E OS QUESITOS
128
20/09/2018
PERÍCIA:
TIPOS DE PERGUNTAS
Segundo Vicente Martins (“A ARTE DE PERGUNTAR,
UVA, Sobral), existe 4 tipos de perguntas:
i. Pergunta de Investigação: tem o objetivo de
pesquisar algo da realidade já apresentada;
ii. Pergunta de Informação: tem como objetivo
solicitar dados para a formação de um juízo de valor;
129
PERÍCIA:
TIPOS DE PERGUNTAS
130
20/09/2018
PERÍCIA:
ELABORAÇÃO DE QUESITOS
131
PERÍCIA:
ELABORAÇÃO DE QUESITOS
PERÍCIA:
EXEMPLOS DE QUESITOS
PERÍCIA:
EXEMPLOS DE QUESITOS
Quais as diferenças entre as taxas de juros cobrados
pelo Réu e o INPC?
HONORÁRIOS
135
HONORÁRIOS
136
20/09/2018
HONORÁRIOS
(NBC PP 01, n. 34)
HONORÁRIOS
(NBC PP 01, n. 34)
HONORÁRIOS
(NBC PP 01, n. 34)
139
HONORÁRIOS
140
20/09/2018
HONORÁRIOS
141
HONORÁRIOS
HONORÁRIOS
HONORÁRIOS
HONORÁRIOS
145
HONORÁRIOS
146
20/09/2018
HONORÁRIOS
147
LAUDO PERICIAL E
PARECER TÉCNICO
148
20/09/2018
LAUDO PERICIAL E
PARECER TÉCNICO
O que é o PARECER TÉCNICO?
149
LAUDO PERICIAL E
PARECER TÉCNICO
O Decreto-Lei n.º 9.295/46, na alínea “c” do Art. 25,
determina que o laudo pericial contábil e o parecer técnico-
contábil somente sejam elaborados por contador ou
pessoa jurídica, se a lei assim permitir, que estejam
devidamente registrados e habilitados em Conselho
Regional de Contabilidade. A habilitação é comprovada
mediante Certidão de Regularidade Profissional emitida
pelos Conselhos Regionais de Contabilidade.
(NBC TP 01, n. 47)
150
20/09/2018
LAUDO PERICIAL E
PARECER TÉCNICO
O laudo pericial contábil e o parecer técnico-contábil são
documentos escritos, nos quais os peritos devem registrar,
de forma abrangente, o conteúdo da perícia e particularizar
os aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e
as buscas de elementos de prova necessários para a
conclusão do seu trabalho.
(NBC TP 01, n. 48)
151
LAUDO PERICIAL E
PARECER TÉCNICO
152
20/09/2018
ESTRUTURA DO
LAUDO PERICIAL
O laudo pericial deve contemplar:
Índice;
Síntese do objeto da perícia ou “breve histórico deste
processo segundo o escopo da perícia.”;
Os estudos e as observações que o perito realizou;
Metodologia e critérios de trabalho;
Diligências realizadas;
Eventuais quesitos do magistrado e do MP;
Quesitos das partes e respectivas respostas;
Conclusões;
Encerramento com a respectiva assinatura. 153
LAUDO PERICIAL
Transcrição e respostas aos quesitos:
Segue a seguinte ordem:
a) Quesitos do Juiz;
b) Quesitos do MP;
c) Quesitos das partes na ordem em que foram
acostados nos autos.
São transcritos “ipsis litteris” como apresentados nos
autos, isto é, com os erros de grafia ou concordância,
caso os tenham;
As respostas devem ser circunstanciadas, não sendo
aceitas respostas com apenas “SIM” ou “NÃO”; 154
20/09/2018
LAUDO PERICIAL
Não havendo quesitos, a perícia será orientada pelo
objeto da matéria;
Neste caso é necessário a juntada de anexos e
apêndices, todos identificados e enumerados, sendo sua
existência informada no corpo do laudo;
A preparação e redação do laudo é de
RESPONSABILIDADE do perito-contador;
Deverá ser datado e todas as suas vias rubricadas;
Caso tenha utilizado outro profissional, convém que o
laudo seja assinado também por este e informado sua
categoria profissional. 155
LAUDO PERICIAL
Tanto o laudo quanto o parecer técnico, devem ser
encaminhado através de petição protocolada (tanto
judicia como extrajudicial);
O laudo para ser considerado útil deve aclarar as
divergências suscitadas nos autos;
Em resumo, o laudo deve ser:
a) Objetivo;
b) Imparcial;
c) Não está contaminado por ideias e opiniões pessoais;
d) Revelar fatos;
e) Conter opiniões e conclusões técnicas. 156
20/09/2018
LAUDO PERICIAL:
REQUISITOS EXTRÍNSECOS
1) Formalismo do Laudo Pericial Contábil:
a) Apresentá-lo nos autos mediante petição requerendo
sua juntada;
b) Estar escrito em vernáculo pátrio;
c) Conter o visto ou rubrica em todas as vias, sendo a
última assinada;
d) Ter as páginas numeradas sequencialmente;
e) Numerar ou identificar todos os anexos e apêndices
que compuserem o laudo (estes também devem estar
rubricados e/ou assinados). 157
LAUDO PERICIAL
REQUISITOS EXTRÍNSECOS
2) Estética:
a) Utilizar, preferencialmente, papel timbrado, identificado
o perito ou escritório na parte superior, e o telefone e
endereço no rodapé da página;
b) Margem superior: 1,5 cm; inferior: 1,5 cm; esquerda:
3,0 cm; e direita: 1,5 cm;
c) A numeração das folhas deve ser feito no rodapé e
alinhado no centro ou direita;
d) Nunca colocar a numeração das folhas na parte
superior a direita, pois neste local é onde se coloca a
numeração das folhas do processo; 158
20/09/2018
LAUDO PERICIAL
REQUISITOS EXTRÍNSECOS
e) Utilizar, preferencialmente, papel A4;
f) Fontes: Times New Roman (14), Arial (14), Verdana
(14) ou Calibri (16);
g) Se necessitar usar expressões latinas escrevê-las em
Itálico;
h) Se necessitar utilizar expressões estrangeiras use
aspas “ ”. Ex: Teste de “Impairment”.
i) Por fim, não há estética que resista a erros ortográficos
e gramaticais. Ex: As partes compareceu...
159
LAUDO PERICIAL
REQUISITOS INTRÍNSECOS
Por requisitos intrínsecos, entendem-se as qualidades
internas exigidas para funcionar como peça probatória.
160
20/09/2018
LAUDO PERICIAL
REQUISITOS INTRÍNSECOS
Em resumo o laudo pericial deve conter as seguintes
qualidades:
i. Ser completo e bem estruturado;
ii. Ser claro e funcional, ou seja, separar os assuntos por
capítulos que devem ser apresentados em ordem
didática;
iii. Oferecer respostas completas aos quesitos;
iv. Estar delimitado ao objeto da perícia, ou seja, cuidar
apenas dos pontos de interesse para o conhecimento
da verdade relacionada ao caso;
v. Fundamentado em provas ORIGINAIS, ou cópias
válidas (que se possa autenticar). 161
LAUDO PERICIAL
USO DA LINGUAGEM CONTÁBIL
Opinião de um magistrado (Zanna, 2016, p.298):
LAUDO PERICIAL
USO DA LINGUAGEM CONTÁBIL
Para se fazer compreender o perito deve:
a) Entender que o laudo se destina, via de regra, a pessoas
leigas em matéria contábil;
b) Evitar o “tecnicismo” e se necessário utilizar, explicar o
que este termo significa e como é utilizado;
c) Evitar que as informações fiquem subentendidas, sendo
precisos, claros e diretos;
d) Evitar expressões como: “talvez”, “pode ser”, “creio que”,
“penso que”, “acho que”, etc;
e) O uso de verbos no modo condicional: “seria”, “teria”, etc.
163
LAUDO PERICIAL
USO DA LINGUAGEM CONTÁBIL
Estilo: entende-se por estilo à forma de escrever. Deve
utilizar um estilo que não destoe com o ambiente jurídico.
Para uma boa redação o perito deve observar:
a) a frase ou sentença deve ser o mais simples possível;
b) os períodos devem ser curtos;
c) devem ser evitadas orações cheias de conceitos e
informações;
d) deve ser evitada linguagem rebuscada para não tornar
a leitura enfadonha (chata mesmo);
e) usar termos técnicos quando forem absolutamente
necessários; 164
20/09/2018
LAUDO PERICIAL
USO DA LINGUAGEM CONTÁBIL
165
LAUDO PERICIAL
PARECER TÉCNICO
Pontos a serem observados (Fonseca, 2000, p.41):
i. A finalidade do parecer técnico contábil é dar opinião
fundamentada sobre o laudo;
ii. Sua preparação é exclusiva do perito-contador
assistente;
iii. Se houver concordância com o laudo pericial, será
expressa no parecer;
iv. Não havendo concordância com algum item do laudo,
este deverá ser transcrito na íntegra, no qual o perito-
contador assistente emite sua opinião fundamentada 167
PARECER TÉCNICO
v. Os anexos deverão ser numerados, identificados e
mencionados, se houver necessidade de incorporá-los
ao parecer;
vi. Será datado, rubricado e assinado, identificando a
habilitação profissional;
vii. Encaminhado por petição protocolada, quando judicial
e arbitral, e, se extrajudicial, por qualquer outro meio
comprobatório.
168
20/09/2018
PARECER TÉCNICO
Tipos de Parecer Técnico (Zanna, 2016, p.320):
i. Parecer Técnico Divergente – Quando as opiniões
são totalmente discordantes do laudo oficial;
ii. Parecer Técnico Parcialmente Divergente – Nos
casos nos quais o profissional discorda apenas de
alguns pontos do laudo oficial;
iii. Parecer Técnico Convergente – Quando o perito
contador assistente se manifesta positivamente e
confirma tudo o que consta no laudo oficial.
169
PARECER TÉCNICO
Estrutura do Parecer Técnico (Zanna, 2016, p.320):
Identificação da vara, do processo, das partes e do
profissional;
Citação do escopo do trabalho. Neste ponto o PCA relatará
em que momentos o perito oficial desviou-se do objeto, o que
não examinou, as falhas cometidas, etc;
Resumo do laudo oficial. Neste momento o PCA fará um
resumo dos pontos que considera relevantes e apresentará
suas críticas a cada um deles, de forma ordenada e
fundamentada. Também fará comparações com o que
considera correto, nunca esquecendo de fundamentar. 170
20/09/2018
PARECER TÉCNICO
Comentários técnicos ao laudo oficial. Também neste
ponto apresentará os pontos divergentes ou concordantes,
fazendo comparações pontuais;
Respostas aos quesitos. Apresentará suas respostas aos
quesitos na mesma ordem do laudo oficial;
Considerações finais. Aqui apresentará as conclusões de
seu trabalho;
Encerramento;
Anexos e apêndices.
171
ESCLARECIMENTO
Esclarecimentos são informações prestadas pelo perito aos
pedidos de esclarecimento sobre laudo e parecer, determinados
pelas autoridades competentes, por motivos de obscuridade,
incompletudes, contradições ou omissões. Os esclarecimentos
podem ser prestados de duas maneiras:
a) de forma escrita: os pedidos de esclarecimentos deferidos e
apresentados ao perito, no prazo legal, devem ser prestados
por escrito;
b) de forma oral: os pedidos de esclarecimentos deferidos e
apresentados, no prazo legal, ao perito para serem
prestados em audiência podem ser de forma oral ou escrita.
(NBC TP 01, n. 68) 172
20/09/2018
ESCLARECIMENTO
173
ESCLARECIMENTO
Após a juntada do Laudo Pericial ao processo, o juiz
dará ciências as partes;
ESCLARECIMENTO
Atitudes do Autor e do Réu:
ESCLARECIMENTO
Quando se apresenta um Parecer Técnico
Divergente ou Parcialmente Divergente:
ESCLARECIMENTO
Laudo de Esclarecimento: Procedimentos:
I. A intimação é feita da mesma forma da nomeação;
II. Neste Laudo o perito responde às críticas constantes
nos Pareceres Técnicos ou feitas pelos procuradores
das partes;
III. No Laudo de Esclarecimento devem ser apresentados
os quesitos elucidativos, tendo o cuidado de não
confundir com quesitos suplementares.
IV. Pode ser solicitado pelo ATP, Juiz ou MP.
177
ESCLARECIMENTO
Em resumo, os esclarecimentos podem ser solicitados:
a. Para desfazer incertezas ou obscuridades;
b. Para justificar cálculos, citações e termos utilizados no
texto do Laudo;
c. Para fundamentar as conclusões apresentadas;
d. Para complementar as respostas (desde que não
venham a ampliar o campo da perícia);
e. Para elucidar o significados de documentos juntados
com o Laudo ou já constantes nos autos do processo;
f. Para corrigir o texto ou os cálculos apresentados. 178
20/09/2018
ESCLARECIMENTO
179
QUESITOS ELUCIDATIVOS
X
QUESITOS SUPLEMENTARES
LAUDO COMPLEMENTAR
Como o próprio nome diz, serve para complementar
a prova pericial precedentemente oferecida que,
segundo as críticas formuladas, estaria incompleta
e insuficiente;
Isto ocorre quando o Pedido de Esclarecimento é
tão amplo e abrangente que novos exames em
livros e documentos devem ser feitos,
principalmente se estes documentos e livros
deveriam haver sido periciados desde o começo
dos trabalhos. 181
LAUDO COMPLEMENTAR
Segundo Alberto (1996, p.140), são 3 as situações que
podem ensejar a elaboração de Laudo Complementar:
LAUDO COMPLEMENTAR
183
LAUDO COMPLEMENTAR
184
20/09/2018
IMPUGNAÇÃO E REJEIÇÃO DO
LAUDO
Para requerer a impugnação do Laudo é necessário:
a) Procedimentos ilegais e antiéticos do profissional (Ex:
iniciar os trabalhos antes de ser formalmente autorizado
e/ou sem a presença das partes; aceitar sem ter
capacidade técnica; etc);
b) Dilatar ou reduzir o objeto da perícia;
c) Não responder os quesitos de forma clara;
d) Não juntar cálculos probatórios das cifras apresentadas;
185
IMPUGNAÇÃO E REJEIÇÃO DO
LAUDO
e) Não apresentar documentos probantes que comprovem
suas respostas aos quesitos apresentados;
f) Apresentar vícios de elaboração tais como: violar a
privacidade ou direitos de terceiros; usar de
procedimentos tidos como irregulares, suspeitos,
antiéticos, como acessar locais, livros, documentos,
programas de computador, etc, sem autorização ou a
presença da parte.
186
20/09/2018
187
PRAZOS
Escusa por impedimento ou suspeição: 15 dias a partir da
intimação e/ou conhecimento do fato (Arts. 146 e 157, §1º,
CPC);
Prejuízo causado a parte por dolo ou culpa. Prazo sem
poder atuar como perito: de 2 a 5 ANOS (Art. 158, CPC);
Arguir impedimento, indicar assistente técnicos e apresentar
quesitos: 15 dias (Art. 465, § 1º, CPC);
Aceitação e elaboração de proposta de honorários,
apresentação de currículo e contatos profissionais: 5 dias
(Art. 465, §2º, CPC);
188
20/09/2018
PRAZOS
Manifestação acerca dos honorários: 5 dias (Art. 465, § 3º,
CPC);
Informar diligências e exames aos ATP’s: mínimo 5 dias
antes do procedimento (Arts. 466, §2º, CPC);
Restituição de valores em virtude de substituição de perito:
15 dias (Art. 467, §2º, CPC);
Entrega do Laudo Pericial: Determinado pelo juiz, mas não
inferior a 20 dias da data da audiência(Art. 477, CPC);
189
PRAZOS
Manifestação acerca do Laudo Pericial e/ou apresentação de
Parecer Técnico pelos ATP’s: 15 dias (Art. 477, §1º, CPC);
Esclarecimento por escrito da perícia em caso de
divergência ou dúvida: as partes, juiz ou MP, ou sobre
parecer divergente: 15 dias (Art. 477, § 2º, CPC);
Esclarecimento em audiência do Perito ou ATP: serão
intimados no prazo mínimo de 10 dias antes da audiência –
pode ser feita por e-mail (Art. 477, §4º, CPC);
190
20/09/2018
APLICAÇÃO DA PERÍCIA EM
AÇÕES QUE ENVOLVEM
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
191
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Tipos de perícia mais solicitadas na Administração
Pública:
Improbidade Administrativa;
Licitações e Contratos.
192
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Improbidade Administrativa – Aplicação (Art.1º, da Lei 8.429/1992):
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Agente público – Definição (Art.2º, da Lei 8.429/1992):
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Agente não público – Implicações (Art.3º, da Lei 8.429/1992):
195
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Dano ao patrimônio público (Art.5º, da Lei 8.429/1992):
196
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Enriquecimento ilícito (Art.6º, da Lei 8.429/1992):
No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público
ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao
seu patrimônio.
197
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Enriquecimento ilícito (Art.7º, da Lei 8.429/1992):
Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio
público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a
autoridade administrativa responsável pelo inquérito
representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade
dos bens do indiciado.
A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo
recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento
do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do
enriquecimento ilícito. 198
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
199
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Improbidade Administrativa – Enriquecimento Ilícito (Art.9º, da Lei
8.429/1992):
Constitui ato de improbidade administrativa importando
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem
patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,
mandato, função, emprego ou atividade nas entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
200
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou
qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de
comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse,
direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou
omissão decorrente das atribuições do agente público;
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a
aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação
de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor
de mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a
alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de
serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;
201
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos
ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de
qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o
trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por
essas entidades;
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta,
para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de
narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita,
ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta,
para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou
qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou
característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades
202
mencionadas no art. 1º desta lei;
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo,
emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja
desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou
assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse
suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente
das atribuições do agente público, durante a atividade;
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou
aplicação de verba pública de qualquer natureza;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou
indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que
esteja obrigado; 203
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas
ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas
no art. 1° desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes
do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.
204
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Improbidade Administrativa – Erário Público (Art.10, da Lei
8.429/1992):
Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão
ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que
enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
205
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao
patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei;
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada
utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie;
206
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens,
rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades
legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem
integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º
da LIA, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço
inferior ao de mercado;
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou
serviço por preço superior ao de mercado;
207
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais
e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância
das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo
para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou
dispensá-los indevidamente; (Redação dada pela Lei nº 13.019, de
2014)
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em
lei ou regulamento;
208
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem
como no que diz respeito à conservação do patrimônio público;
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça
ilicitamente;
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos,
máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de
propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas
no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público,
empregados ou terceiros contratados por essas entidades. 209
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a
prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem
observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107,
de 2005)
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e
prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades
previstas na lei.(Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação,
ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas,
verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a
entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
210
espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada
utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela
administração pública a entidade privada mediante celebração de
parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades
privadas sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das
prestações de contas de parcerias firmadas pela administração pública
com entidades privadas; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 211
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração
pública com entidades privadas sem a estrita observância das
normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação
irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração
pública com entidades privadas sem a estrita observância das
normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação
irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)
212
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Improbidade Administrativa – ISS (Art.10-A, da Lei 8.429/1992):
Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou
omissão para conceder, aplicar ou manter benefício
financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e
o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de
julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
2016) – Efeitos a partir de 30/12/2017.
213
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Improbidade Administrativa – Princípios de Administração Pública
(Art.11, da Lei 8.429/1992):
Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra
os princípios da administração pública qualquer ação ou
omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e
notadamente:
214
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou
diverso daquele previsto, na regra de competência;
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão
das atribuições e que deva permanecer em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oficiais;
V - frustrar a licitude de concurso público;
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PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de
terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida
política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria,
bem ou serviço.
VIII - descumprir as normas relativas à celebração,
fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela
administração pública com entidades privadas. (Redação
dada pela Lei nº 13.019, de 2014)
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PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de
acessibilidade previstos na legislação. (Incluído pela Lei nº
13.146, de 2015)
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PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Penas (Art.12, da Lei 8.429/1992):
Independentemente das sanções penais, civis e
administrativas previstas na legislação específica, está o
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade do
fato:(Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).
218
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral
do dano, quando houver, perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos,
pagamento de multa civil de até três vezes o valor do
acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder
Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio
de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo
de dez anos;
219
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano,
perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito
anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do
dano e proibição de contratar com o Poder Público ou
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta
ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco
anos; 220
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PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se
houver, perda da função pública, suspensão dos direitos
políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de
até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo
agente e proibição de contratar com o Poder Público ou
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta
ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três
anos.
221
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8
(oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do
benefício financeiro ou tributário concedido. (Incluído pela Lei
Complementar nº 157, de 2016)
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o
juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim
como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
222
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PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Ação Civil Pública:
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
A princípio existem 3 modalidades de improbidade
administrativa:
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20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Função do Perito em Ação Civil Pública de Improbidade
Administrativa – Art 42 da LRF:
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
A ordem cronológica dos pagamentos realizados pelo
ente público;
Se o déficit for preexistente e era da gestão anterior,
é necessário verificar se estava registrado
devidamente na contabilidade;
Nesta perícia, o escopo deve ser considerados
somente os Restos a Pagar processados, logo não
se incluem os empenhos não processados;
Identificar os erros materiais e essenciais em relação
aos restos a pagar no exercício social;
227
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Se preciso, verificar in loco os documentos contábeis
do ente público para constatar se tais documentos
são verossímeis;
A produção de prova são dos litigantes e devem ser
apresentados para formação do juízo de valor do
perito e do juiz.
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20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Restos a Pagar:
Art. 19. Somente poderão ser inscritas em “Restos a Pagar” as
despesas efetivamente realizadas.
§ 1º Considera-se efetivamente realizada a despesa em que o bem
tenha sido entregue ou o serviço tenha sido executado.
§ 2º Os saldos de dotações referentes às despesas não realizadas
deverão ser anulados.
§ 3º Havendo interesse da Administração, as despesas
mencionadas no parágrafo anterior poderão ser reempenhadas, até
o montante dos saldos anulados, à conta do orçamento do
exercício seguinte, observada a mesma classificação orçamentária.
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PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Restos a Pagar:
230
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PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Outros aspectos:
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Outros aspectos:
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Outros aspectos:
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PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Função do Perito em Ação Civil Pública de Improbidade
Administrativa – Art 11 da Lei 8.429/1992:
São apontados 3 elementos que caracterizam a improbidade:
a) Enriquecimento ilícito do agente público, através de uma
evolução patrimonial sem origem lícita.
b) O exercício da função pública.
c) Relação de causalidade entre o enriquecimento do
funcionário público e o exercício da função pública.
234
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Função do Perito em Ação Civil Pública de Improbidade
Administrativa – Art 11 da Lei 8.429/1992:
A análise do perito deverá comprovar e fundamentar:
a) Se o patrimônio do funcionário público adquiriu bens
incompatível ou desproporcional a sua renda.
b) Se este desequilíbrio entre renda/bens pode, ou não, estar
ligado à corrupção ativa ou passiva.
c) Se houve desvio de bens e/ou rendas públicas.
d) Se está havendo confusão entre os bens do servidor e do ente
público. 235
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
e) Se está ocorrendo o abuso de direito, com desvio de
finalidade.
f) Se está ocorrendo manipulação dolosa em concorrências e
licitações.
g) Se a denúncia de improbidade é caluniosa, com o intuito de
difamar o servidor público.
h) Deverá verificar se as verbas recebidas/desviadas, estão em
contas no exterior ou em nome de terceiros (“laranjas”).
236
20/09/2018
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
O juiz poderá decretar a indisponibilidade dos bens do indiciado,
diante da presença do fumus boni juris e do periculum in
mora, para assegurar o eventual ressarcimento ao erário
público.
237
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Licitações: o que periciar?
PERÍCIA NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Licitações: o que periciar?
239
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO /
RESOLUÇÃO DE SOCIEDADE
20/09/2018
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
DISSOLUÇÃO: Ato de dissolver a sociedade empresarial,
que tem como consequência final a liquidação da sociedade,
fato que põe termo ao patrimônio.
(Hoog, 2015, p.535)
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
COMO SE DÁ A RESOLUÇÃO:
a) Pela vontade do sócio/acionista (dissidência) - Lei
6.404/76, arts. 130, 221, 230, 256, 264 e 270;
b) Pelo decesso, isto é, morte do sócio (1.028, CC);
c) Pela falência (art. 1.030, CC);
d) Pela liquidação/execução das quotas (art. 1.026, CC);
e) Pela expulsão ou exclusão do sócio (1.030 e 1085 CC):
i. Atos graves
ii. Por justa causa;
iii. Por incapacidade superveniente. 242
20/09/2018
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
A liquidação da resolução das quotas dos sócio serão
apurados em um Balanço de Determinação obedecendo o
previsto no Art. 1.031 do CC/2002:
Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor
da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo
disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à
data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado.
§ 1o O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais sócios
suprirem o valor da quota.
§ 2o A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da
liquidação, salvo acordo, ou estipulação contratual em contrário. (Lei nº 13.105/2015)
243
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
A liquidação das quotas prevista no art. 1.032 (CC/2002) não
exime o sócios ou seus herdeiros da responsabilidade pelas
obrigações sociais anteriores, inclusive a eventual quebra da
personalidade jurídica prevista no art. 50, CC/2002:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado
pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz
decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe
couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas
relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos
administradores ou sócios da pessoa jurídica. 244
20/09/2018
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
Art. 1.032. A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a
seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais
anteriores, até dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem
nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo,
enquanto não se requerer a averbação.
245
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
Ação de Apuração de Haveres:
246
20/09/2018
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
Na perícia em ação de Apuração de Haveres, de se ter
como escopo, no mínimo:
i. A data-base para apuração de haveres;
ii. Contrato social (Estatuto) e todos os aditivos (Atas);
iii. Os pró-labores e os lucros distribuídos;
iv. O fundo de comércio empresarial;
v. Eventuais saldos em contratos de mútuo;
vi. Valor real dos ativos (valor justo dos bens);
vii. Valor dos estoques;
viii.Transações de eventos subsequentes a data de apuração
dos haveres; 247
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
ix. Fatores ambientais;
x. Contingências trabalhistas atuais e passadas;
xi. Contratos de leasing operacionais e/ou financeiros;
xii. Contingências fiscais;
xiii.Contingências comerciais;
xiv.Provisões para garantias de produtos a clientes;
xv. Indenizações a clientes/consumidores;
xvi.Confirmação dos saldos de contas;
xvii.Escrita contábil como ponto de partida, devendo se for o
caso efetuas os ajustes necessários;
248
20/09/2018
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
xviii.Última DC aprovada pelo sócio retirante;
xix.Os livros comerciais/fiscais;
xx. Capacidade de desembolso da empresa;
xxi.Atas de liberação da distribuição de lucros;
xxii.Critérios de avaliação do ativo;
xxiii.Critérios de avaliação do passivo
249
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
O que considerar na Apuração de Haveres:
i. Fundo de Comércio ou goodwill;
ii. Fluxo de Caixa (prognósticos);
iii. Volume de vendas;
iv. Capacidade de realização do AC e do ANC;
v. Margem de lucros;
vi. Capacidade produtiva do Ativo Imobilizado;
vii. Mercado da empresa;
viii.Conceito do produto/serviço;
ix. Estado da escrita contábil; 250
20/09/2018
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
x. Comportamento do passado da empresa, quanto à
liquidez e rentabilidade;
xi. Motivo que levou a demanda;
xii. Se os livros estão revestidos das formalidades legais;
xiii.Se existe nos bens e direitos que compõe o ANC alguma
hipoteca ou estão em garantia a terceiros
251
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
BALANÇO AJUSTADO, BALANÇO ESPECIAL,
BALANÇO DE DETERMINAÇÃO
É um relatório circunscrito, que revela a real situação
estática, a posição ou nível da situação financeira e
econômica da instituição empresarial, podendo ser
determinada pela justiça, devendo ser elaborado por
profissional contábil com notória capacidade tecnológica e
científica, parametrizado pelos procedimentos processuais
específicos da prova com o propósito específico de
resolução da sociedade em relação a um ou mais sócios.252
20/09/2018
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
BALANÇO AJUSTADO, BALANÇO ESPECIAL,
BALANÇO DE DETERMINAÇÃO
Deverá exprimir, com fidedignidade e clareza a situação
real da empresa, atendidas as peculiaridades da
parametrização dos pontos controvertidos e demais
determinações que o condutor jurídico considerar
pertinentes.
253
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
NOTAS EXPLICATIVAS AO BALANÇO ESPECIAL
Os seguintes aspectos, devem ser observados quando da
elaboração das Notas Explicativas:
i. Contemplar fatores de integridade, autenticidade,
precisão, sinceridade e relevância;
ii. Os textos devem ser simples, objetivos, claros e
concisos;
iii. Os assuntos devem estar ordenados, obedecendo à
ordem observada na DF’s 254
20/09/2018
PERÍCIA EM DISSOLUÇÃO/RESOLUÇÃO
DE SOCIEDADE
NOTAS EXPLICATIVAS AO BALANÇO ESPECIAL
iv. Os dados devem permitir subsídios científicos e
tecnológicos para convencimento do Juízo;
v. As diretrizes contábeis adotadas devem ser
informadas de forma explícita;
vi. Informar a participação, discussão e colaboração dos
PCA’s;
vii. As declarações do contador responsável pela escrita;
viii.As referências a leis, decretos, regulamentos, NBC’s e
outros atos normativos devem estar fundamentados .
255
JUROS
257
JUROS
COMPENSATÓRIOS
Os juros são ditos compensatórios quando
devidos como remuneração pela utilização de
capital pertencente a outrem, a exemplo daqueles
pagos nas operações de mútuo (ex. empréstimo
de dinheiro).
Também são chamados de Juros Remuneratórios
ou Juros-Fruto.
258
20/09/2018
JUROS
COMPENSATÓRIOS
De acordo com Washington de Barros Monteiro,
em “Curso de direito civil, v. 4”, os juros
representam a renda de determinado capital; e
na visão de Silvio Rodrigues, em “Direito civil, v.
2”, juro é o preço do uso do capital.
259
JUROS MORATÓRIOS
260
20/09/2018
JUROS MORATÓRIOS
O Art. 389 do Código Civil assim dispõe:
“Não cumprida a obrigação, responde o
devedor por perdas e danos, mais juros e
atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de
advogado”.
261
JUROS MORATÓRIOS
JUROS MORATÓRIOS
JUROS MORATÓRIOS
Vale ressaltar que os juros moratórios estão
implícitos na Inicial, portanto, ainda que não tenha
sido formulado pedido expresso na petição inicial
prevendo tais juros, estes são incluídos na conta de
liquidação, conforme pacificado pela Súmula nº 254
do STF:
“Incluem-se os juros moratórios na liquidação,
embora omisso o pedido inicial ou a condenação.”
264
20/09/2018
JUROS MORATÓRIOS
O não pagamento de verbas trabalhistas também
gera juros moratórios, conf art. 883 da CLT:
“Não pagando o executado, nem garantindo a
execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos
quantos bastem ao pagamento da importância da
condenação, acrescida de custas e juros de mora,
sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da
data em que for ajuizada a reclamação inicial.”
265
CONTAGEM DE JUROS
- Ações Cíveis – Regra Geral: a partir da citação,
excluindo-se o mês de início e incluindo-se o mês da
conta.
- Ação Dano Material: a partir do fato danoso;
- Ação Dano Moral: observar o que diz a Sentença,
pois dependendo do tipo de ação poderá ser a
partir do fato danoso ou a partir da data do
arbitramento;
- Ação Trabalhista: a partir do ajuizamento;
266
20/09/2018
CONTAGEM DE JUROS
- Ações Condenatórias em Geral-JF: A partir da
citação;
- Ações Previdenciárias: A partir da citação;
- Repetição de Indébito Tributário: A partir do
mês seguinte ao recolhimento indevido até o
mês anterior à repetição, e 1% no mês da
repetição.
267
CONTAGEM DE JUROS
JUROS EM AÇÃO DE
DESAPROPRIAÇÃO
- Ações de Desapropriação: Deve ser observado
os seguintes pontos PARA OS JUROS DE
MORA:
a) incidem sobre a diferença apurada entre o
valor do bem e 80% do valor ofertado pelo
expropriante, sendo:
269
JUROS EM AÇÃO DE
DESAPROPRIAÇÃO
a.1) a partir do trânsito em julgado (até
26/09/1999);
a.2) a partir de 01/01 do exercício seguinte
àquele que deveria ser efetuado o
pagamento.
270
20/09/2018
JUROS EM AÇÃO DE
DESAPROPRIAÇÃO
- Ações de Desapropriação: Também devem ser
computados os juros remuneratórios que
serão contados a partir da data da imissão de
posse, excluindo-se o mês de início e
incluindo-se o mês da conta.
271
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
ATUALIZAÇÃO
MONETÁRIA
- Ações Condenatórias em Geral-JF: A partir da
competência;
- Ações Previdenciárias: A partir da
competência;
- Repetição de Indébito Tributário: A partir do
mês seguinte ao recolhimento indevido até o
mês anterior à repetição até Jan/1996.
Despois somente SELIC.
273
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
- Honorários Advocatícios: A partir da Sentença ou
Acórdão.
- Ações de Desapropriação: A partir do Laudo
Pericial.
- Ação de Improbidade Administrativa: A partir da
sentença, se a condenação for arbitrada. Caso se
consiga mensurar o valor do dano e a data, a
Correção incidirá a partir do fato danoso. 274