Resumo de Teoria Geral Do Processo

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Resumo Teoria Geral do Processo

Bibliografia = TGP Ada Pellegrini / TGP contemporneo Umberto Dalla

Introduo ao Estudo do Processo Civil

Noes Gerais Trade Ao / Jurisdio / Processo

Pedro empresta a quantia de 10.000,00 (dez mil reais) reais a Maria, e combina de passar na
Universidade dia 18/02/2014 para receber a quantia.

Entre Pedro e Maria existe uma relao jurdica onde uniu duas partes e dois direitos encontrando abrigo
no ordenamento jurdico. Existe uma relao Creditcia, onde Pedro o credor e Maria a devedora.

A obrigao de Maria pagar os 10.000,00 (dez mil reais) que deve.

No dia atrasado do cumprimento da obrigao ela no pagou.

No momento que ela negou a pagar o emprstimo, surgiu um conflito de interesses.

Pedro tem a pretenso de receber o dinheiro.

Maria est oferecendo resistncia pretenso de Pedro = Pretenso Resistida

Houve ento um conflito de interesses qualificado pela pretenso de uma parte e resistncia de
outra = Lide = Litgio = contenda

Irresignado Pedro me procura no escritrio, conta toda a histria e pergunta, como o Sr. Pode me ajudar?

R: A soluo para Pedro ser promover uma ao. Agora ele o autor da ao e Maria a r.

Estado (juiz / jurisdio)

Exercer sua atividade


Provocando
jurisdicional por meio de um...

Pedro Promove Ao Processo

Conflito de interesse

Pedro /---------------------------------------------------------\ Maria


(credor) Relao Jurdica (devedora)

Para que o Estado exera a atividade jurisdicional preciso que algum o provoque por meio do direito
de ao, uma vez que o estado provocado, ele exercer a atividade jurisdicional por meio do
processo.

Direito uma cincia social que regula a vida em sociedade.

Direito Pblico = aquele que guarda relao com o Estado

Exemplos:

Direito Constitucional = Regula o prprio Estado

Direito Administrativo
Direito Penal = Somente o Estado tem o Ius Puniend

Direito Tributrio = o Estado que tem o direito de cobrar tributos.

Direito Processual = Regula a funo do Estado.

Direito Privado:

Direito civil e Direito Empresarial

Direito trabalhista um ramo do direito misto, pois guarda aspectos tanto do direito pblico quanto do
privado.

Conceito de Direito Processual Civil o ramo do direito pblico que tem por objetivo regular a funo
jurisdicional do Estado.

Funo Jurisdicional o poder do Estado de dizer e aplicar o direito ao caso concreto. Trata-se de
monoplio do Estado.

DenominaoDireito Processual CivilAntes era chamado Direito Judicirio, mas era vago, restrito,
pois dava-se a entender que era s o judicirio, mas o objeto de estudo mais amplo. Futuramente ser
chamado de Direito Jurisdicional.

Caractersticas Autonomia e instrumentabilidade

AutonomiaNossa disciplina autnoma, tem regras prpria no Cdigo de Processo Civil, ou


seja, uma compilao das normas processuais. Desde que a disciplina tenha normas prprias, se
torna ramo do Direito Autonomo, pois tem como caracterstica a autonomia.
Instrumentalidade / Efetividade / OperalidadeA preocupao do processualista hoje que as
normas do direito processual sejam instrumentais, que tragam efetividade ao direito material e
tambm a operalidade, sejam efetivas, sejam teis e sirvam de instrumentos de acesso justia.

Fontes do direito Processual


Fonte formal (primria) Lei / CPC / CF

ATENO

Smula Vinculante Foi criada pela emenda constitucional n45 em 2004 e regulamentada em 2006
pela lei 11.417. Esta smula editada somente pelo STF. Uma vez que o tema tratado como Smula
Vinculante, vincula, obriga os tribunais inferiores e os rgos administrativos a decidirem de acordo com a
smula vinculante.

Obs.: Smula vinculante no lei, pois para ser lei, tem que ser editada pelo pode legislativo e tem que
obedecer ao processo legislativo. Smula vinculante tem fora de lei, pois ela vincula, ela obriga. Por
possuir efeito de lei, a Doutrina Majoritria entende que por possuir fora de Lei, a Smula Vinculante
uma fonte formal.

Fonte material (secundria / subsidiria) Princpios gerais do direito / Costumes / Jurisprudncia /


AnalogiaSe aplica de fora subsidiria.

Ex: Cheque uma ordem de pagamento vista, mas devido ao costume da sociedade em utiliza-lo como
cheque prazo, o STJ sumulou a favor do cheque a prazo, ou seja, se o comerciante depositar o cheque
antes da data pr-estabelecida, ter que indenizar o consumidor, pois houve uma quebra na relao de
confiana, na transparncia que deve existir na relao de consumo. O STJ fez uma jurisprudncia a
partir de um costume, de uma fonte material do direito. STJ Smula n 370 Caracteriza dano moral a
apresentao antecipada de cheque pr-datado.
Fenmeno da IntegraoOcorre quando o juiz aplica as fontes materiais para solucionar o caso
concreto diante de lacuna na lei ( artigo 126 CPC).

Art. 126 - O juiz no se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No
julgamento da lide caber-lhe- aplicar as normas legais; no as havendo, recorrer analogia, aos
costumes e aos princpios gerais de direito.

1 parteO juiz no pode deixar de julgar alegando lacunas na lei.

2 parteNo julgamento do litgio deve aplicar a fonte formal (normas legais).

3 parteNo havendo as normas legais, deve recorrer fonte material (analogia, costume, princpios
gerais do direito).

Mtodos de Interpretao da Norma Processual:


1. Mtodo literal ou gramaticalaplica-se o que est de fato inscrito no dispositivo.

EX: Art. 513 - Da sentena caber apelao (arts. 267 e 269). Professora

Como o prprio nome j diz, leva em considerao o significado literal das palavras que formam a norma.
O intrprete utiliza-se, to somente, de sua sintaxe. Em virtude de sua precariedade, consiste em
pressuposto interpretativo mais que um mtodo propriamente dito. Humberto Dalla Bernadina de Pinho.

2. Mtodo lgico sistemticoO dispositivo contempla a regra geral e as excees.

EX: Art. 155 - Os atos processuais so pblicos./ Correm, todavia, em segredo de justia os processos:

Regra Geral Excees

I - em que o exigir o interesse pblico;Quando prevalece o interesse pblico.

II - que dizem respeito a casamento, filiao, separao dos cnjuges, converso desta em divrcio,
alimentos e guarda de menores. As aes que tramitam frente ao juzo de famlia (para preservar a
intimidade das partes).

Se cair um caso concreto, temos que observar se a situao est na regra ou na exceo. Professora

A norma interpretada em conformidade com as demais regras do ordenamento jurdico, que devem
compor um sistema lgico e coerente. O intrprete jamais pode se esquecer de que a norma objeto da
atividade interpretativa no algo isolado do restante do ordenamento jurdico, devendo ser interpretada
de acordo com o sistema, evitando-se paradoxos. Um dos aspectos mais importantes desse mtodo
reside na relao entre a Constituio e as leis infraconstitucionais. A coerncia do sistema estabelece-se
a partir da Constituio. Isso significa que a interpretao da lei infraconstitucional est condicionada pela
interpretao da Constituio. Assim, adquire especial importncia para a atividade hermenutica o
reconhecimento do fenmeno de constitucionalizao do direito infraconstitucional. Humberto Dalla
Bernadina de Pinho.

3. Mtodo HistricoCompara-se a Lei nova com a Lei antiga.

Obs.: O direito surgiu dos fatos sociais, logo, temos que analisar a histria para compreender melhor o
caso. Professora

A norma interpretada em consonncia com os seus antecedentes histricos, resgatando as causas que
a determinaram. Humberto Dalla Bernadina de Pinho.
4. Mtodo ComparadoBusca na Lei estrangeira e procura adequ-la ao ordenamento jurdico
ptrio. Ao buscar mtodos do exterior, temos que verificar se possvel adequ-la ao ordenamento
jurdico ptrio, caso contrrio, essa lei estrangeira padece de vcio.

Ex: Art. 1.102-A do CPC- A ao monitria compete a quem pretender, com base em prova escrita sem
eficcia de ttulo executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungvel ou de
determinado bem mvel.

O que ao monitria?

A ao monitria introduzida ao Cdigo de Processo Civil, por fora da Lei n. 9.079, de 14-07-95, criando
um procedimento intermedirio, que na realidade e a princpio tm caractersticas sumrias, viabiliza a
antecipao dos efeitos da execuo, eis que permite que algum com base em prova escrita, sem
eficcia de ttulo executivo, obtenha de plano, um mandado de pagamento ou de entrega da coisa objeto
do pedido, sem ter que aguardar uma sentena que reconheceria seu direito.

Origem da Ao Monitria:

O primeiro modelo de ao monitria que o Brasil teve em seu ordenamento jurdico, foi o advindo da
ao decendiria, herdada do direito portugus, assemelhando-se aos monitrios documentais e tendo
por finalidade prestaes de dar dinheiro ou coisa certa, desde que demonstrada a obrigao por prova
escrita. Professora

Baseia-se na comparao com os ordenamentos estrangeiros, buscando no direito comparado subsdios


interpretao da norma. Tais mtodos, de forma isolada, so insuficientes para permitir a completa e
adequada exegese da norma, sendo necessria, portanto, a sua utilizao em conjunto. Conforme o
resultado alcanado, a atividade interpretativa pode ser classificada em:

a) declarativa: atribuindo norma o significado de sua expresso literal;

b) restritiva: limitando a aplicao da lei a um mbito mais estrito, quando o legislador disse mais do que
pretendia;

c) extensiva: conferindo-se uma interpretao mais ampla que a obtida pelo seu teor literal, hiptese em
que o legislador expressou menos do que pretendia;

d) ab-rogante: quando conclui pela inaplicabilidade da norma, em razo de incompatibilidade absoluta


com outra regra ou princpio geral do ordenamento. Humberto Dalla Bernadina de Pinho.

5. Mtodo Teleolgico O Juiz busca o fim social da norma para obter justia, ou seja, se preocupa
com a finalidade da norma. Professora

Objetiva buscar o fim social da norma, a mens legis, conforme determina o art. 5, LICC. Diante de duas
interpretaes possveis, o intrprete deve optar por aquela que melhor atenda s necessidades da
sociedade. Humberto Dalla Bernadina de Pinho.

Lei Processual no Espao


A eficcia espacial das normas processuais determinada pelo princpio da territorialidade, conforme
expressam os arts. 1 e 1.211, 1 parte, CPC.

Art. 1 A jurisdio civil, contenciosa e voluntria, exercida pelos juzes, em todo o territrio nacional,
conforme as disposies que este Cdigo estabelece.

Art. 1.211 - Este Cdigo reger o processo civil em todo o territrio brasileiro. Ao entrar em vigor, suas
disposies aplicar-se-o desde logo aos processos pendentes.
O princpio, com fundamento na soberania nacional, determina que a lei processual ptria aplicada em
todo o territrio brasileiro (no sendo proibida a aplicao da lei
processual brasileira fora dos limites nacionais), ficando excluda a possibilidade de
aplicao de normas processuais estrangeiras diretamente pelo juiz nacional.

No tocante eficcia temporal, aplica-se o art. 1.211, 2 parte, CPC, segundo o qual a lei processual tem
aplicao imediata (princpio da imediatidade), alcanando os atos a serem realizados e sendo vedada
a atribuio de efeito retroativo.

Art. 1.211 - Este Cdigo reger o processo civil em todo o territrio brasileiro. Ao entrar em vigor, suas
disposies aplicar-se-o desde logo aos processos pendentes.

Obs.: podemos citar a audincia de instruo e julgamento; imagine que o Juiz inicia o ato, colhe os
esclarecimentos do perito, facultando indagaes aos assistentes tcnicos (art. 452, I, CPC). Em razo do
adiantado da hora, suspende o ato e designa a continuao para a semana seguinte, oportunidade em
que ouvir as testemunhas arroladas pelas partes (art. 452, II). Nesse meio tempo, surge nova lei,
alterando a ordem e a mecnica dos atos na audincia. Uma vez que o ato complexo se iniciou sob a
vigncia da primeira lei, deve ser finalizado dessa forma, pois caso contrrio haveria a combinao de
leis, o que, inexoravelmente, levaria aplicao involuntria de uma terceira, no prevista pelo legislador,
bem como surpreenderia as partes e seus advogados que no haviam se preparado para aquela
situao.

Se confunde tambm com o princpio tempus regit actum = tempo rege o ato, no sentido de que os
atos jurdicos se regem pela lei da poca em que ocorreram.

Competncia para Legislar sobre matria processual

Devido ao sistema federativo por ns adotado, compete privativamente Unio legislar sobre matria
processual, conforme determina o art. 22, I, da CF. No ocorre, pois, como nos EUA, em que as leis
processuais divergem de um Estado para outro. No obstante, as normas procedimentais estaduais
brasileiras podem variar de Estado para Estado, uma vez que o art. 24, XI, da CF, outorgou competncia
concorrente Unio, aos Estados-membros e ao Distrito Federal, para legislar sobre procedimentos em
matria processual que, segundo Vicente Greco Filho, seriam os procedimentos de apoio ao processo, e
no o procedimento judicial.

Ex: A assembleia legislativa do Rio de Janeiro elaborou um projeto de lei alterando o prazo de recurso de
apelao para 10 dias no intuito de atender os princpios da celeridade e efetividade. Este projeto de lei
constitucional?

R: inconstitucional, pois o artigo 22, I da CF. diz que a competncia de legislar sobre matria processual
privativa da Unio.

Princpios constitucionais do processo civil

Princpio da Isonomia ou igualdade entre as partesCorolrio do princpio do devido processo legal e


pilar da democracia, foi consagrado pelo constituinte de 1988, no art. 5, caput, ao assegurar a todos a
igualdade perante a lei. Os litigantes devem estar em combate com as mesmas armas, de modo a que
possam lutar em p de igualdade.

Princpio do acesso Justia Art. 5, XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio
leso ou ameaa a direito;

Princpio da Inafastabilidade do controle jurisdicional (poder judicirio) Com sede constitucional


no art. 5, XXXV, o referido princpio impede que o legislador restrinja o acesso ordem jurdica ou ao
ordenamento justo, bem como impe ao juiz o dever de prestar a jurisdio, isto , garantir a tutela
efetiva, a quem detenha uma posio jurdica de vantagem. Corolrio do princpio do acesso justia.
Princpio do Juiz natural ou da vedao dos tribunais de exceo (artigo 5, XXXVII e LIII CF).
Com previso constitucional no art. 5, XXXVII e LIII, da Lei Maior, o princpio processual do juiz natural
h de ser analisado sob duas vertentes: em relao ao rgo jurisdicional que julgar e sua
imparcialidade.
Assim, quanto ao rgo julgador, subsiste a garantia de julgamento pelo juiz natural, isto , pelo juiz
competente segundo a Constituio, com o intuito de que sejam evitados os odiosos tribunais de
exceo. Dessa forma, a competncia para o julgamento deve ser predeterminada. Demais disso, o rgo
julgador, representando o Estado na conduo e julgamento da causa deve agir imparcialmente e com
impessoalidade; isto , o juiz no pode ter interesse na causa a ser apreciada, sob pena de ser afastado
por impedimento ou suspeio (consoante os arts. 134 e 135, CPC, respectivamente).

Princpio do Devido processo legal (artigo 5, LIV CF) Sem dvida um dos mais importantes
princpios processuais foi introduzido em nosso ordenamento de forma expressa pela Constituio de
1988, em seu art. 5, LIV, segundo o qual ningum ser privado da liberdade ou dos seus bens sem o
devido processo legal.

Artigo 5, LIV da CF - ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

Princpio do Contraditrio e ampla defesa (art. 5, LV, CF/88) Previsto no art. 5, LV, CF/88, o
referido princpio to importante no direito processual a ponto de renomados doutrinadores como Elio
Fazzalari e Cndido Rangel Dinamarco afirmarem que sem contraditrio, no h processo.
Esse princpio impe que, ao longo do procedimento, seja observado verdadeiro dilogo, com
participao das partes, que a garantia no apenas de ter cincia de todos os atos processuais, mas de
ser ouvido, possibilitando a influncia na deciso. Desse modo, permite que as partes, assim como
eventuais interessados, participem ativamente da formao do convencimento do juiz, influindo, por
conseguinte, no resultado do processo.

Ampla defesaDefesa tcnica e autodefesa.

Defesa tcnicaAdvogado / Defensor Pblico


Autodefesa A prpria parte fazendo a sua defesa, ou seja, na fase de interrogatrio no processo
penal.

Princpio da Publicidade dos atos processuais (art. 5, LX, e 93, IX, CF/88) Inserto nos art. 5, LX, e
93, IX, CF/88, constitui projeo do direito constitucional informao e suporte para a efetividade do
contraditrio, garantindo o controle da sociedade sobre a atividade jurisdicional desenvolvida.
Significa que, em regra, o processo deve ser pblico e, apenas excepcionalmente, sigiloso quando
houver expressa previso legal, notadamente, quando a defesa da intimidade ou do interesse pblico o
exigirem.

Art. 155 - Os atos processuais so pblicos. Correm, todavia, em segredo de justia os processos:
I - em que o exigir o interesse pblico;
II - que dizem respeito a casamento, filiao, separao dos cnjuges, converso desta em divrcio,
alimentos e guarda de menores.

Obs.: A defensoria pblica tem prazo em dobro para os atos processuais, pois eles no tem como dar
conta de toda demanda O STF decidiu a favor.

Princpio da celeridade e durao razovel do processo (art. 5 LXXVIII da CF) LXXVIII - a todos,
no mbito judicial e administrativo, so assegurados a razovel durao do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitao.

O andamento do processo deve ser em tempo razovel e efetivo.

Acesso a Justia
Celeridade Efetividade
Princpio da fundamentao ou motivao das decises judiciais (art. 93, IX) IX - todos os
julgamentos dos rgos do Poder Judicirio sero pblicos, e fundamentadas todas as decises, sob
pena de nulidade, podendo a lei limitar a presena, em determinados atos, s prprias partes e a seus
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservao do direito intimidade do interessado
no sigilo no prejudique o interesse pblico informao;
(Redao dada pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

As decises judiciais precisam ser fundamentadas para responder as perguntas da deciso tomada. A
ausncia de fundamentao torna a deciso NULA.

Aula 04

Conjunto de rgos: Estrutura hierrquica do maior para o menor

Supremo Tribunal Federal (STF) Alta corte de justia do pas, guardio da CF.

Conselho Nacional de Justia (CNJ) rgo fiscalizador Fiscaliza atravs da corregedoria

Superior Tribunal de Justia (STJ) o guardio da uniformidade da interpretao das leis federais.
Desempenha esta tarefa ao julgar as causas, decididas pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
Tribunais dos estados, do Distrito Federal e dos territrios, que contrariem lei federal ou dem a lei federal
interpretao divergente da que lhe haja atribudo outro Tribunal.

Justia Federal So rgos da Justia Federal os Tribunais Regionais Federais (TRF) e os juzes
federais. A Justia Federal julga, dentre outras, as causas em que for parte a Unio.
Justia do Trabalho Os rgos da Justia do Trabalho so o Tribunal Superior do Trabalho (TST),
os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os juzes do Trabalho. Compete-lhe julgar as causas
oriundas das relaes de trabalho.
Justia Eleitoral So rgos da Justia Eleitoral o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os Tribunais
Regionais Eleitorais (TRE), os Juzes Eleitorais e as Juntas Eleitorais. Compete-lhe julgar as causas
relativas legislao eleitoral.
Justia Militar A Justia Militar compe-se do Superior Tribunal Militar (STM) e dos Tribunais e juzes
militares, com competncia para julgar os crimes militares definidos em lei.
Justia Estadual A Constituio Federal determina que os estados organizem a sua Justia Estadual,
observando os princpios constitucionais federais. Como regra geral, a Justia Estadual compe-se de
duas instncias, o Tribunal de Justia (TJ) e os Juzes Estaduais.

Classificao dos rgos do Poder Judicirio quanto matria e quanto ao nmero de julgadores.

Especial S os temas relacionados ao Direito Eleitoral, Trabalhista e Militar atravs dos


respectivos rgos TST e TRT- trabalho, TSE e TRE eleitoral, STM e TJM militar.
Quanto a Matria:
Pode ser Federal ou Estadual que no cuide dos temas excepcionais. Exemplo civil,
Comum tributrio e os demais ramos.

rgo colegiado
Mais de um julgador aqui temos um Acrdo.
Quanto ao nmero de julgadores:

rgo singular Um julgador, o juiz um rgo aqui temos sentena.


Aula 05 Jurisdio
O autor exerce o direito de ao provocando o Estado Juiz para exercer a funo Jurisdicional. O Juiz
exerce a funo por meio do processo.

Ao + Jurisdio + Processo = Trilogia

A funo jurisdicional exercida pelo Poder Judicirio (art. 2 CF) Art. 2 So Poderes da Unio,
independentes e harmnicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judicirio.

ConceitoTrata-se do poder do Estado de dizer e aplicar o direito ao caso concreto. Trata-se de um


monoplio do Estado.

Objetivo Alcanar a paz social colocando um fim nos conflitos.

Caractersticas:

Inrcia O Estado Juiz s age se for devidamente provocado e esta provocao se d por meio
do exerccio do direito de Ao.

Art. 2 - Nenhum juiz prestar a tutela jurisdicional seno quando a parte ou o interessado a
requerer, nos casos e forma legais.

Art. 262 - O processo civil comea por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.

Obs.: O artigo 262 parte B do CPC tambm fala do princpio do impulso oficial, ou seja, este princpio
estabelece que embora o processo tenha incio somente aps a iniciativa da parte, seu desenvolvimento
ocorrer por impulso oficial, ou seja, do juiz.

Obs.: Existe no Princpio da Inrcia estabelecido no artigo 989 do CPC, que a possibilidade de abertura
do inventrio de ofcio pelo juiz.

Art. 989 - O juiz determinar, de ofcio, que se inicie o inventrio, se nenhuma das pessoas
mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal.

Substitutividade O Estado Juiz substitui a vontade das partes. O que no podemos fazer
sozinho, o Juiz assume e determina.

Indeclinabilidade O Juiz no pode recusar o exame de um caso concreto. O Estado Juiz no


pode de recusar a examinar o caso concreto.

Art. 126 - O juiz no se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No
julgamento da lide caber-lhe- aplicar as normas legais; no as havendo, recorrer analogia, aos
costumes e aos princpios gerais de direito.

Definitividade Quando no existem mais recursos, se torna definitiva.

Obrigatoriedade A deciso tem que ser cumprida.


Princpios da jurisdio
Princpio da Indelegabilidade O Estado Juiz no pode delegar suas funes.

Ex: Delegar a funo para um estagirio, secretrio.

Obs.: Se for para outro Juiz, no se trata de delegar, pois os dois esto investidos da mesma autoridade.

Princpio da Investidura Somente o magistrado poder exercer a funo jurisdicional, estando


portanto investido (resoluo 75 CNJ) Ocorre quando toma posse.

Princpio do Acesso a Justia tambm chamado de Inafastabilidade do poder judicirio


(Art. 5, XXXV)
XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;

Princpio do duplo grau de jurisdio o princpio que garante a reviso das decises
judiciais por meio do recurso.

Princpio da aderncia ao territrio Trata-se de princpio relacionado competncia. O Juiz


vai exercer somente em sua competncia nos limites determinados.

Classificao

Quanto matria Cuida da matria Civil e todos os outros ramos do direito.


Obs.: Direito do Trabalho tem forma especial. Penal Cuida somente da matria penal.

Quanto ao grau

Superior 1 grau de jurisdio


Duplo grau de jurisdio
Inferior 2 grau de jurisdio

Quanto natureza da deciso

De DireitoO Juiz se preocupa em aplicar to somente a lei ao caso concreto.

De equidadeO juiz se preocupa com a funo social da norma (Mtodo teleolgico de interpretao).

Quanto a presena ou no da Lide.

Jurisdio contenciosa Jurisdio voluntria


H Lide No h lide
Partes (autor e ru) Interessados
Processo Procedimento

A Jurisdio contenciosa quando h lide entre as partes (autor e ru), logo, para resolver o problema
existe o processo.

Na Jurisdio voluntria no h lide, ou seja, os interessados buscam o mesmo direito, como por exemplo
o divrcio. Esse problema se resolve atravs do procedimento.

Processo o conjunto de atos que se desenvolvem para compor a lide.


Os efeitos da responsabilidade penal na esfera cvel

Elementos da responsabilidade civil:

Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.
Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.
Art. 187. Tambm comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo, excede manifestamente
os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f ou pelos bons costumes.

Ao ou omisso
Agente causador
Dano
Nexo de causalidade
Culpa do agente
(Exceto na responsabilidade objetiva teoria do risco)

Art. 935. A responsabilidade civil independente da criminal, no se podendo questionar mais sobre a
existncia do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questes se acharem decididas no
juzo criminal.

Ex: Sentena penal condenatria transitada em julgado serve para a indenizao do valor na esfera Civil
Ttulo executivo judicial (Art. 475 CPC)

Art. 475. Est sujeita ao duplo grau de jurisdio, no produzindo efeito seno depois de confirmada
pelo tribunal, a sentena:

O Juzo Civil s determina o valor.

Obs.: Alguns dispositivos do CPP permitem que o juiz criminal fixe o valor da indenizao na esfera civil
na prpria sentena criminal com o intuito de atender os princpios da celeridade e efetividade. Discute-se
na doutrina acerca da constitucionalidade do dispositivo Alexandre Cmara diz que inconstitucional.

Equivalentes Jurisdicionais. Distino entre jurisdio e competncia

1. Princpio de acesso justia Inafastabilidade do poder judicirio (Art. 5, XXXV)


XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;

Celeridade e efetividadeO andamento do processo deve ser em tempo razovel e efetivo.

Acesso a Justia
Celeridade Efetividade

CNJ um rgo que foi criado pela Emenda constitucional 45:

FunoFiscaliza os tribunais para ver se o atendimento efetivo e clere. (Quem compe o CNJ so os
membros do Poder Judicirio, logo, no existe controle externo).

2. Meios facilitadores de acesso justia.

Juizados Especiais:
Juizados estaduais (9.099/1995)
Federais (10.259/2001)
Fazendrios (12.153/2009)
Gratuidade de Justia.
Prioridade na tramitao de processos de idoso.
Defensoria pblicaQuem dela necessita (hipossuficiente).
CDC (8.078/1990).

3. Meios alternativos de acesso justiaOs meios alternativos tem por objetivo composio dos
conflitos de forma a evitar a propositura de demandas judiciais.
Estes meios foram privilegiados com o projeto de lei do novo CPC.
Os mais importantes so:

Arbitragem (campo patrimonial)Prevista na lei 9.307/1996, onde as partes elegem um rbitro


para decidir um conflito. Essa deciso vale como ttulo executivo judicial (475 N do CPC) e,
portanto, no precisa ser homologado pelo poder judicirio.

Art. 475-N. So ttulos executivos judiciais:


IV a sentena arbitral;

Obs.: Se na celebrao do contrato as partes inclurem uma Clusula Arbitral ou Compromissria, no


momento do conflito eles elegero um rbitro para compor a lide.
Se uma das partes no convocar o rbitro e for direto para o judicirio, a parte opositora pode mencionar
a clusula arbitral e consequentemente cancelar o processo.

A arbitragem ofende o princpio do acesso justia?


R: No, pois a arbitragem uma opo, portanto voluntria pelos envolvidos.

Obs.: Se existir uma clusula arbitral no contrato de adeso, essa clausula NULA, pois s uma das
partes teve ingerncia essa clusula.

Mediao (Pr-processual)Meio alternativo em que figura um mediador, ou seja, o terceiro


equidistante as causas e razes das partes buscando uma composio para o conflito.

Conciliao (Pode ser feito a qualquer tempo, antes ou durante) muito comum e faz parte do
procedimento sumarssimo dos juizados especiais, a chamada Audincia de conciliao, que
presidida pelo conciliador que tem como funo alcanar o acordo entre as partes.

Obs.: S o Juiz tem poder decisrio.

Aula 8Tutela Jurisdicional

Tutela JurisdicionalSempre que estivermos diante de leso ou ameaa de direito possvel provocar
atravs do exerccio do direito de ao o Estado Juiz para que este ento atravs do processo exera a
Tutela Jurisdicional, ou seja, diga e aplique o direito ao caso concreto.

Espcies de tutela jurisdicional (A doutrina que diz):

1. Tutela de UrgnciaUm provimento que o Juiz tem que entregar com uma certa urgncia para
no perder a utilidade.

Ex: Uma pessoa com grave doena que precisa urgentemente de uma cirurgia.

Espcies de tutela de Urgncia:

Antecipao dos efeitos da tutela(273 CPC)A antecipao visa como o prprio nome j diz,
antecipar o provimento que somente seria concedido ao final do processo com a sentena.
preciso apontar os seguintes requisitos:

a) Prova Inequvoca (caput)


b) Verossimilhana nas alegaes (caput)
c) Reversibilidade da medida ( 2)

Art. 273 - O juiz poder, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido
inicial, desde que, existindo prova inequvoca, se convena da verossimilhana da alegao e: (Alterado pela L-008.952-1994)

2 - No se conceder a antecipao da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado.

Reversibilidadereverter a situaoCirurgia (no tem como reverter).

Processo Cautelar (796 CPC)Tem como objetivo proteger o processo.


Art. 796 - O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e deste sempre
dependente.

Requisitos do processo cautelar:

a) Fumus boni iuris ('fumaa do bom direito'): Isso significa que h indcios de que quem est
pedindo a liminar tem direito ao que est pedindo. O nome estranho desse elemento vem do ditado
popular de que onde h fumaa, h fogo. Em outras palavras, o magistrado no est julgando se
a pessoas tem direito (isso ele s vai fazer na sentena de mrito, quando decidir o processo), mas
se ela parece ter o direito que alega.

b) Periculum in mora ('perigo na demora'): Isso significa que se o magistrado no conceder a


liminar imediatamente, mais tarde ser muito tarde, ou seja, o direito da pessoa j ter sido
danificado de forma irreparvel.

Sesso de medidas cautelares: 813 / 822 / 826 / 839 / 846 do CPC

2. Tutela InibitriaVisa inibir / coibir a prtica do ato ou a sua omisso (art. 461, 4 CPC).
Nesta situao o juiz impe as astreintes ou multa diria.

Art. 461 - Na ao que tenha por objeto o cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer, o juiz conceder a tutela
especfica da obrigao ou, se procedente o pedido, determinar providncias que assegurem o resultado prtico equivalente
ao do adimplemento. (Alterado pela L-008.952-1994)

4 - O juiz poder, na hiptese do pargrafo anterior ou na sentena, impor multa diria ao ru, independentemente de
pedido do autor, se for suficiente ou compatvel com a obrigao, fixando-lhe prazo razovel para o cumprimento do preceito.
(Acrscentado pela L-008.952-1994)

Ex: O juiz impe uma tutela inibitria para coibir a pessoa de ligar o Som alto aps as 22:00 hs.

3. Tutela de remoo do ilcito So as medidas mais graves determinadas pelo juiz para
assegurar o resultado prtico equivalente.

Art. 461 - Na ao que tenha por objeto o cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer, o juiz conceder a tutela
especfica da obrigao ou, se procedente o pedido, determinar providncias que assegurem o resultado prtico equivalente
ao do adimplemento. (Alterado pela L-008.952-1994)

5 - Para a efetivao da tutela especfica ou a obteno do resultado prtico equivalente, poder o juiz, de ofcio ou a
requerimento, determinar as medidas necessrias, tais como a imposio de multa por tempo de atraso, busca e apreenso,
remoo de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessrio com requisio de
fora policial. (Alterado pela L-010.444-2002)

Ex: Sem o autor pedir, o juiz pode determinar o fechamento de uma boate at que o ru cumpra a
determinao do isolamento acstico.
4. Tutela RessarcitriaOcorre quando buscamos o ressarcimento de prejuzos sofridos.
Ex: Indenizao por perdas e danos e lucros cessantes.

5. Tutela de evidncia a que ocorre na hiptese prevista no artigo 285-A do CPC.


Art. 285-A. Quando a matria controvertida for unicamente de direito e no juzo j houver sido proferida sentena de
total improcedncia em outros casos idnticos, poder ser dispensada a citao e proferida sentena, reproduzindo-se
o teor da anteriormente prolatada. (Acrescentado pela L-011.277-2006)

Est demonstrado, evidenciado que improcedente.

Aula 10Ao
DefinioAo o direito subjetivo da parte de provocar o Estado Juiz para que este exera a
atividade jurisdicional. Todos tem o direito de ao assegurado em virtude do princpio do acesso justia
previsto no artigo 5, XXXV do CF.

XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;

Teorias acerca da natureza jurdica da ao:

O que natureza jurdica a posio que o instituto ocupa dentro do ordenamento jurdico.

Ao longo da evoluo do Direito Processual, muitas teorias foram desenvolvidas para que chegssemos a
concluso que a ao tem natureza jurdica de direito subjetivo.

1. Teoria Civilista tambm chamado de teoria imanentista, defendida por SAVINI. No existiam
normas processuais a poca, mas somente normas de direito material.
2. Teoria ConcretaEsta teoria inaugurou a fase cientfica de evoluo do Direito Processual,
consagrando a autonomia da matria, ou seja, o direito processual civil passa a contar com normas
prprias reunidas em um cdigo.
3. Teoria da ao como direito potestativoPara esta teoria a Ao tinha natureza Jurdica de direito
potestativo.
4. Teoria da Ao como direito abstratoPara esta teoria a Ao quando promovida pelo autor
dirigida contra o Estado e no contra o ru. Hoje observamos que a Ao dirigida contra o ru e o
Estado to somente provocado para exercer a atividade jurisdicional (dizer e aplicar o direito ao
caso concreto).
5. Teoria Ecltica(art. 267, VI do CPC) a teoria adotada atualmente na doutrina brasileira. Para
exercermos o direito de Ao necessrio o fiel cumprimento das chamadas condies de Ao
(Legitimidade ad causam, Interesse de agir e possibilidade jurdica do pedido). Caso essas
condies no sejam preenchidas o juiz vai extinguir o processo sem resoluo de mrito na forma
do artigo 267 do CPC.
6. Teoria da AsseroPara essa teoria ao reconhecer a ausncia das condies da Ao o juiz
deveria extinguir o processo com resoluo de mrito na forma do artigo 269 do CPC evitando
assim a propositura de uma nova ao. Essa teoria no encontra previso no direito brasileiro.
Caractersticas da Ao:
Abstrata o mesmo que subjetivo.
AutonomaIndepende da existncia de direito material.

Ex.: Art. 4 - O interesse do autor pode limitar-se declarao:


O autor solicita que o Juiz declare que o ru devedor, ou seja, a ao no de cobrana, s de reconhecimento.

Natureza JurdicaDireito Subjetivo.

Condies da Ao:

a) Legitimidade ad Causam
b) Interesse de agir
c) Possibilidade Jurdica do pedido

Elementos da Ao:

a) Partes
b) Objeto
c) Causa de pedir

Aula 11 Elementos da ao. Concurso e cumulao de aes


Legitimidade ad causamPertence ao titular do direito material em questo.

Interesse de agir o interesse na obteno de uma deciso judicial favorvel. No se confunde com o interesse meramente
econmico. (O interessado pode ajuizar uma ao para que o juiz declare o demandado como devedor, ou seja, uma ao de
declarao, no de cobrana sem interesse econmico).

Possibilidade jurdica no pedidoO pedido deve ser fsico e materialmente possvel tambm no pode ser vetado por lei.

Exemplo: Pedido de alimentos

O autor a criana, a me o representante legal (Ao de representao de pedidos de alimentos).

Obs.: As condies da Ao devem ser observadas conjuntamente. A falta de uma ou mais geram um fenmeno da carncia
de Ao que leva a extino do processo sem resoluo de mrito conforme artigo 267, VI do CPC.

As condies da Ao constituem matria de ordem pblica e portanto podem ser reconhecidas de ofcio a qualquer tempo ou
grau de jurisdio.

Elementos da ao:

PartesAutor e Ru
ObjetoPedido
Causa de pedirMotivo

Aula 12 (continuao)
Concurso de Aes Ocorre quando diante de um fato a parte pode propor duas ou mais aes. Ao
de indenizao por danos morais / Ao de indenizao por danos materiais (dois pedidos).

Ex: Ao de investigao de paternidade cumulada com alimentos.


Cumulao de Aes Tambm chamada de cumulao de pedidos. Ocorre quando unimos em uma
nica Ao dois ou mais pedidos. Para que isto ocorra necessrio:

a) Identidade quanto s partes.


b) Procedimentos compatveis entre si.
c) Mesmo juzo competente.

Ex: No possvel unir em nica Ao como por exemplo, Ao de dissoluo de sociedade e dissoluo
de matrimnio.

Espcies de Cumulao de Aes:

Cumulao SimplesOcorre quando os pedidos no guardam relao de dependncia entre si.

Ex: Dano material e Dano moral No guardam dependncia, ou seja, pode ganhar o dano material e
perder o dano moral.

Cumulao SucessivaOcorre quando os pedidos so dependentes entre si.

Ex: Investigao de paternidade e alimentos Para conseguir o alimento necessita de comprovao da


paternidade.

Ex: Investigao de paternidade e reserva do quinho hereditrio.

Cumulao Eventual ou Facultativa Caracteriza-se pela presena de pedidos alternativos. A


parte dever fazer o pedido obedecendo ordem de preferencia.

Ex: Abatimento no preo ou Troca do produto ou devoluo do dinheiroA ordem decidida pelo
autor do pedido.

Aula 13Processo
Conceito o conjunto de atos processuais que se desenvolvem regularmente para compor a lide.

Espcies de processo:

Processo de Conhecimento (cognitio no latim) tambm chamada de processo de cognio.


Ocorre nas situaes onde o juiz precisa conhecer a causa, os envolvidos e o pedido formulado
para que ento possa decidir (Livro 1 do CPC) art. 1 ao 565.

Processo de ExecuoOcorre quando estamos diante de um ttulo executivo que pode ser
Judicial (475-N do CPC) ou extra judicial (585 CPC). Quando estamos diante em regra de um ttulo
judicial a execuo se d por meio de cumprimento de sentena, ou seja, como mera fase do
processo de conhecimento. Quando estamos diante de um ttulo extrajudicial, a execuo se d de
forma autnoma (ao de execuo).

Ex.: Processo no se confunde com procedimento. O procedimento a forma, a maneira como os atos
processuais se desenvolvem.

Aula 14 Pressupostos processuais


Conceito: So os requisitos necessrios para que o processo exista e seja considerado valido. E que vale as condies da
ao, s que destinadas ao processo.

Todos temos o direito de Ao:

Artigo 5 XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou


ameaa a direito;

Acesso Justia

Ao

Condies da Ao

Art. 267 Extingue-se o processo, sem resoluo de mrito:

VI - quando no concorrer qualquer das condies da ao, como a possibilidade jurdica, a


legitimidade das partes e o interesse processual;

Legitimidade ad causam Vale dizer que a legitimidade ad causum, divide-se em legitimidade


ativa - do autor, "aquele que deduz em juzo uma pretenso" e legitimidade passiva - do ru,
"aquele em face de quem aquela pretenso deduzida. A legitimidade pode ser:

Exclusiva quando a lei atribui legitimidade um nico sujeito, que em regra ao prprio titular do direito.

Concorrente quando a lei atribui legitimidade a mais de um sujeito, tambm chamada de co-
legitimao ou legitimao disjuntiva.

Ordinria quando a lei atribui legitimidade ao titular da relao jurdica discutida, ou seja, a parte
corresponde com o legitimado, que defender em nome prprio direito prprio.

Extraordinria conforme previsto no art 6, CPC,26 quando se defende em nome prprio interesse
alheio. Um bom exemplo a ao de investigao de paternidade proposta pelo MP em favor do menor,
na forma da Lei n. 8.560/92. Nesse caso, o titular do direito material o menor, que deseja saber quem
o seu pai. Entretanto, muitas vezes, quem deduz essa pretenso em juzo o MP, na condio de
legitimado extraordinrio.

Interesse de agir O interesse de agir verificado pela reunio de duas premissas: a utilidade e
a necessidade do processo. A utilidade est em se demonstrar que o processo pode propiciar
benefcios; a necessidade do processo se constata quando o proveito de que se precisa s
possvel alcanar por meio do Judicirio.

Possibilidade jurdica do pedido a aptido de um pedido, em tese, ser acolhido. Se, em tese,
o pedido possvel, est preenchida esta primeira condio da ao.

Previsibilidade pelo direito objetivo da pretenso manifestada pelo autor, ou seja, a admissibilidade, em
abstrato, do provimento demandado.

Deve ser aferida em dois aspectos:

1. positivo: pode-se pedir tudo aquilo que esteja expressamente previsto em lei.
2. negativo: s se pode pleitear o que no seja vedado por lei. O silncio da lei interpretado em
favor da parte. Essa a posio do direito brasileiro.

Um exemplo clssico de impossibilidade jurdica do pedido existiu, entre ns, at 1977. Tratava-se
do pedido de divrcio, que, ento, era vedado pelo ordenamento jurdico. Com a aprovao da Lei
do Divrcio (Lei n. 6.515/77) deixou de existir a vedao antes existente.

Pressupostos processuais Os pressupostos processuais so de existncia ou de validade.


Conceito: So os requisitos mnimos necessrios para o estabelecimento de uma relao jurdica processual
vlida e regular (art. 267, IV, CPC).

So requisitos para a existncia do processo:

rgo Jurisdicional o rgo estatal investido de jurisdio juzo de direito ou tribunal;

Existncia Partes (autor e ru)

Demanda (algum tem que promover a ao)

Validade so requisitos que tornam o processo vivel e que, ausentes, no permitem a efetivao de
eventual sentena de mrito, muito embora o processo tenha existido:

Competncia (juzo adequado para examinar cada matria)

Validade Capacidade das partes (Absolutamente) e (Relativamente)

Demanda regular Representado (art. 3 CC) Assistido (art. 4 CC)

Obs.: Os requisitos de ordem formal devem ser cumpridos, pois dependendo do tipo de ao, a
inicial no segue...

Ex: APELAO. PETIO INICIAL DE MANDADO DE SEGURANA INDEFERIDA. AUSNCIA DE DIREITO


LQUIDO E CERTO. Para caber em mandado de segurana o pedido formulado deve ser lquido e
certo. E, direito lquido e certo aquele que no precisa ser aclarado com o exame de provas em
dilaes; que , de si mesmo, concludente e inconcusso (cf. J.CRETELLA JNIOR, cf. Comentrio
Lei do Mand.de Segurana, 7.Edio Forense 1995/p.65).

Outro Exemplo:

Ajuzo uma ao de divrcio na vara criminal, logo, o processo extinto sem resoluo de mrito
por falta de validade (incompetncia para julgar).

Obs.: Todos os pressupostos devem ser observados. A falta de qualquer pressuposto pode levar a
extino do processo sem resoluo de mrito nos termos do artigo 267, IV do CPC. No entanto,
para evitar a extino em nome do Princpio do aproveitamento dos atos processuais pode o
magistrado determinar a correo da questo sanando portanto o vcio.

Aula 15Procedimentos

O procedimento a forma, a maneira como os atos processuais se desenvolvem.

A escolha do procedimento no feita de forma livre pelo autor, deve obedecer ao disposto em lei.
Obs.: Para saber qual procedimento devemos adotar, usamos o critrio de excluso de baixo para
cima, ou seja, primeiro verificamos se um Procedimento Especial ( 1 Jurisdio Voluntria / 2
Jurisdio contenciosa).

Se no for Procedimento Especial, passamos ento para o Procedimento Comum (3 sumrio / 4


Ordinrio).

EX:

Ordem de eliminao Procedimentos Classificao


Ultima opo Ordinrio (Maior complexidade)
Procedimento
Terceiro Sumrio (Valor / Matria) Comum

Segundo Jurisdio Contenciosa (h lide)


Procedimento
Primeiro Jurisdio Voluntria (no h lide) Especial

Hipteses de procedimentos:

Procedimento Comum

Ordinrio (Se no for nenhum dos procedimentos anteriores, adotaremos esse) aquele
reservado as questes de maior complexidade, pois permite maior dilao probatria.

Sumrio (terceiro a ser verificado)Previsto no artigo 275 do CPC , marcado pela brevidade
nos procedimentos, pela impossibilidade da interveno de terceiros, salvo a assistncia e pela
impossibilidade do uso da reconveno que foi substituda pelo pedido contraposto (ateno aos
artigos 278 e 280 do CPC).

Existem casos que tem menor complexidade probatria, sem grandes dificuldades.

Critrios: Art. 275 - Observar-se- o procedimento sumrio:

Valor I - nas causas cujo valor no exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salrio mnimo;

Matria II - nas causas, qualquer que seja o valor:

a) de arrendamento rural e de parceria agrcola;


b) de cobrana ao condmino de quaisquer quantias devidas ao condomnio;
c) de ressarcimento por danos em prdio urbano ou rstico;
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veculo de via terrestre;
e) de cobrana de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veculo ressalvados os casos
de processo de execuo;
f) de cobrana de honorrios dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislao especial;
g) que versem sobre revogao de doao;
h) nos demais casos previstos em lei.
Procedimento Especial

Jurisdio Contenciosa (segundo a ser verificado)So indicados entre os artigos 890 a 1.102
do CPC e regulam situaes que em razo de sua especificidade merecem um procedimento
prprio.
Ex: Tem lide Em suma, a Jurisdio contenciosa "tem por objetivo a composio e soluo de um
litgio." (BORGES, p. 211).

Ao de consignao de pagamento (890 CPC)A referida ao decorre da manifestao de vontade do


devedor de pagar ao credor em juzo, extinguir uma obrigao e, consequentemente, a mora accipiendi
que dela decorra.

Jurisdio Voluntria(primeiro a ser verificado) caracterizada pela ausncia de lide e est


previsto a partir do art. 1.103 do CPC.

Art. 1.103 - Quando este Cdigo no estabelecer procedimento especial, regem a jurisdio voluntria
as disposies constantes deste Captulo.
Ex: divrcio consensual.

Correo dos Casos Concretos.

Aula 01
1 Questo.

Csar promove uma execuo em face de Joaquim, objetivando receber uma nota promissria. Ao
despachar a inicial, o juiz determinou que o oficial de justia cumprisse o mandado de penhora e
avaliao. Ato contnuo, foi penhorado o nico imvel do devedor, que se constitui na residncia
de sua famlia. No entanto, aps ter sido realizada esta penhora, foi editada a Lei n 8.009/90,
estabelecendo que o imvel residencial passou a ser impenhorvel. Indaga-se: a penhora realizada
sobre este bem antes da criao da Lei n 8.009/90 pode permanecer ou a nova lei, de natureza
processual, aplica-se imediatamente?

R: A nova lei de natureza processual aplicada imediatamente atingindo o processo em curso, conforme
estabelece o artigo 1.211 do CPC. Registra-se que a penhora um ato de constrio (imposio) judicial
de natureza processual.

Obs.: A penhora no se exaure no momento, s no ato do leilo.

2 Questo. Assinale a alternativa correta, que diga respeito natureza das leis processuais:

a) normas privadas, dispositivas e autnomas;

b) normas pblicas, dispositivas e instrumentais;

c) normas privadas, instrumentais e autnomas;

d) normas pblicas, cogentes (obrigatrias) e instrumentais (d efetividade). Correta

Aula 02
1 Questo. Artur promoveu ao de conhecimento em face de Gabriel para postular a condenao
do ru a pagar o valor de R$ 50.000,00 (cinqenta mil reais) em razo de descumprimento de
contrato e a ttulo de multa compensatria. Citado o ru oferece contestao, no prazo legal, e
alega em preliminar a ilegitimidade da parte ru, em conta que com o autor nunca celebrou
contrato de qualquer natureza.

Indaga-se:

a) O juiz ao determinar a manifestao do autor, em rplica, sobre a preliminar arguida pelo ru em


sua pea de resistncia, aplicou qual princpio de direito processual.

R: O princpio do contraditrio, seu pressuposto que a verdade s pode ser evidenciada pelas teses
contrapostas das partes.

2 Questo.

Assinale a alternativa correta em relao s normas cogentes do processo civil;

a) elas so de natureza pblica e, de regra, no podem ser afastadas pela vontade particular, se
essencialmente voltadas para o interesse pblico; Correta

b) so de interesse pblico, mas podem ser alteradas somente pela vontade do autor da ao;

c) so de interesse pblico ou particular, mas podem ser desconsideradas pelo juiz ao aplic-las em um
caso concreto;

d) so genuinamente de interesse particular, pelo que podem ser desconsideradas pela vontade das
partes.

Aula 03
1 Questo.

Slvio promove ao de conhecimento em face de Francisco postular do ru indenizao por dano


material no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Citado, o ru oferece contestao e
alega a incapacidade do autor, por ser relativamente incapaz, bem como, no mrito que j ocorreu
a prescrio, considerando que o prazo previsto na lei civil para cobrana do crdito j esgotou
quando da propositura da ao. O juiz, ao examinar os autos constata que o autor j adquiriu a
maioridade e, ento, acolhe a defesa do ru, reconhecendo a prescrio, proferindo sentena de
improcedncia do pedido. Indaga-se:

Foi correta a deciso do juiz, diante da forma como se deve interpretar a lei processual?
Justifique.

R: Sim, considerando que a prescrio pode ser reconhecida de ofcio pelo Juiz e tambm a parte
alcanou a maior idade.

2 Questo. Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito a aplicao da lei no espao:
a) a jurisdio civil, contenciosa e voluntria (no contenciosa), exercida pelos juzes em todo o territrio
nacional, conforme determina o CPC;

b) em todos os processos que correm no territrio nacional devem-se respeitar as normas do CPC;

c) a norma do art. 1 do CPC vlida mesmo que o direito material a ser aplicado seja oriundo do
estrangeiro;

d) os processos que correm fora do territrio nacional tem eficcia no Brasil. Explicao: Porque
a deciso estrangeira precisa ser homologada.

Aula 04
Questo n 1.

Gustavo ajuza demanda em face da Unio cujo pedido tem contedo econmico equivalente a 40
(quarenta) salrios mnimos. A ao foi distribuda perante a 1 Vara Federal do Rio de Janeiro
cujo magistrado, de ofcio, proferiu deciso interlocutria declinando da sua competncia em prol
de um dos Juizados Especiais Federais localizados na mesma cidade. Vale dizer que esta deciso
foi objeto de recurso, ocasio em que o impugnante objetou que amplamente admitida, tanto na
doutrina quanto na jurisprudncia, a possibilidade conferida ao demandante de optar entre o juzo
comum ou o juizado especial. Indaga-se:

a) Assiste razo a Gustavo?

R: No, considerando que aes de competncia da Justia Federal de at 60 salrios mnimos devem
ser propostos junto aos juizados especiais federais (artigo 3, 3 da Lei 10.259/01)

B) Eventual conflito de competncia entre Vara Cvel Federal e Juizado Especial Federal,
localizados na mesma cidade, deve ser decidido por qual Tribunal? Justifique as respostas.

R: Tribunal Regional Federal conforme entendimento atual do STJ.

Questo n 2.

Acerca da Lei dos Juizados Especiais Cveis (JEC), Lei n. 9.099/1995, assinale a opo correta:

a) Segundo os princpios da simplicidade e da informalidade que regem o julgamento nos juizados


especiais, qualquer que seja o valor da causa, a parte vencida, ainda que no possua capacidade
postulatria, pode recorrer da deciso monocrtica e requerer a sua reviso pela turma recursal; A
parte no pode recorrer

b) O pedido do autor e a resposta do ru podem ser feitos por escrito ou oralmente; as provas orais
produzidas em audincia, entretanto, devem ser necessariamente reduzidas a termo escrito, pois nessas
demandas no se exige a obedincia ao princpio da identidade fsica do juiz; No obrigatrio a
presena do Juiz

c) Como regra, deve ser decretada a revelia do ru que no comparea audincia de instruo e
julgamento, ainda que comparea o seu advogado ou que seja apresentada defesa escrita, pois a
presuno de veracidade dos fatos alegados no pedido inicial decorre da ausncia do demandado
sesso de conciliao ou audincia de instruo; Correta

d) No sistema recursal dos juizados especiais, contra as decises interlocutrias cabvel o agravo na
forma retida, que impede a interrupo da marcha do processo, atendendo aos princpios da celeridade e
concentrao dos atos processuais, com a finalidade de assegurar a rpida soluo do litgio. No cabe
recursos das decises interlocutrias S pedido de reconsiderao, pois no est na lei como recurso.
SUCEDANIO RECURSAL

Aula 05
Questo n 1.

Fbio instaura processo em face de Carlos, perante um rgo integrante da Justia Estadual,
requerendo a desconstituio de uma obrigao representada em um ttulo de crdito. O
demandante, na prpria petio inicial, postula ao magistrado a antecipao dos efeitos da tutela
para que o seu credor seja impedido de executar em juzo esta dvida enquanto perdurar a
presente demanda. Este pleito se afigura possvel? Justifique a resposta.

R: No e possvel o pleito retratado no caso porque uma deciso dessa natureza violaria o princpio da
inafastabilidade do controle jurisdicional art. 5 xxxv da CF alm do mais o art. 585 1 do CPC dispe
expressamente que o ajuizamento de uma ao visando anular o ttulo no impede a execuo.

Questo n 2.

De acordo com o princpio da correlao, correto afirmar:

a) o juiz decidir a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questes, no
suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte;

b) no justo que a Fazenda Pblica tenha prazo em dobro para recorrer e em qudruplo para contestar;

c) a Fazenda Pblica tem direito ao devido processo legal;

d) o juiz pode ter iniciativa probatria desde que a mesma seja correlacionada aos fundamentos de
defesa constantes na contestao. CORRETA

Aula 06
1 Questo.

O Ministrio Pblico Federal ofereceu denncia em face de Alan Cunha, em virtude do mesmo ter
supostamente praticado o crime previsto no art. 171, pargrafo 3 do CP, j que vinha recebendo
benefcio previdencirio manifestamente indevido. O processo criminal tramitou perante uma das
Varas Federais Criminais da Seo Judicirio do Rio de Janeiro, culminando pela prolao de uma
sentena penal condenatria. Neste mesmo ato decisrio, o magistrado determinou que o
denunciado deve ressarcir o INSS (autarquia federal) da importncia de R$ 122.820,00, que seria o
montante indevidamente recebido em virtude da sua conduta criminosa. Indaga-se: pode o
magistrado, lotado em juzo especializado em matria criminal, efetuar a liquidao dos prejuzos
cveis sofridos? Justifique a resposta.

R: Sim, a lei 11.719/08 modifica o art.383, IV, do CPP, em sua nova redao imps ao magistrado o dever
de fixar o valor mnimo da reparao dos danos causados pela infrao, para permitir que o juiz ao
proferir a sentena penal condenatria fixe um valor mnimo para a indenizao dos prejuzos causados
pelo crime praticado.

2 Questo.

Assinale a alternativa correta em relao autonomia ou independncia da responsabilidade civil


e criminal:

a) a responsabilidade civil independente da criminal, no se podendo questionar mais sobre a


existncia do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questes se acharem decididas
no juzo criminal;

b) se tiver sido proferida sentena absolutria no juzo criminal, por qualquer que seja o seu fundamento,
no se afigura possvel o ajuizamento de qualquer ao civil objetivando a reparao do dano;

c) a sentena penal condenatria no ttulo executivo hbil a permitir a instaurao de uma execuo
perante o juzo de competncia cvel;

d) a responsabilidade civil independente da criminal e por este motivo possvel questionar sobre a
existncia do fato, ou sobre quem seja o seu autor, ainda que estas questes j tenham sido decididas no
juzo criminal.

Aula 07
1a Questo.

Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litgio oriundo da compra e venda de bem
mvel. O magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um
compromisso arbitral sobre o referido negcio jurdico. Assim, considerando a obrigatoriedade da
arbitragem, o juiz imediatamente prolata sentena, extinguindo o processo sem resoluo de
mrito (art. 267, VII do CPC).

Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta.

R: SIM. O Art. 475N do CPC declara que a sentena arbitral um ttulo executivo.

2 Questo.

Carlos realiza negcio jurdico com Gustavo, pagando uma determinada soma em dinheiro por um
videogame. Ocorre que o aparelho eletrnico, uma vez ligado, apresentou uma srie de problemas.
Como Carlos no estava mais conseguindo realizar contato com Gustavo, o mesmo se dirigiu
diretamente a sua residncia e, ato contnuo, levou consigo um aparelho de televiso de valor
compatvel com o que pagou para ressarcimento do seu prejuzo. Esta postura adotada por Carlos
configura:

a) Autotutela;

b) Autocomposio;

c) Mediao;

d) Arbitragem.
Aula 08
Antes da correo, vale saber o significado da expresso REVELIA.

O que Revelia:
Revelia um termo jurdico que expressa o estado ou qualidade de revel, ou seja, algum que no comparece em
julgamento (ou comparece e no apresenta defesa), aps citao. Em sentido figurado, revelia tambm pode ser um
sinnimo de rebeldia.

1 Questo.

O Ministrio Pblico instaura um processo coletivo em face do Municpio do Rio de Janeiro, em


que se discute um direito indisponvel (por exemplo, ofensa ao meio ambiente perpetrada pela
Fazenda Pblica). O demandado, aps ter sido regularmente citado, no apresenta qualquer
resposta. O magistrado, por este motivo, decreta a revelia do demandado e em seguida sentencia
realizando um julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 330, inciso II do CPC, que
considerado como uma tutela de evidncia. Indaga-se: a Fazenda Pblica pode realmente ser
considerada revel? Esta revelia uma vez verificada autoriza o julgamento antecipado da lide?
Justifique as respostas.

R: No caso concreto, no devemos considerar a revelia da Fazenda, uma vez que esse ente possui
privilgio. Ademais a questo versa sobre direito indisponvel, portanto no se aplicam os efeitos da
revelia conforme artigo 320, II do CPC. Sendo assim, no est autorizado a tutela de evidncia
respaldada no julgamento antecipado da lide.

Art. 330 - O juiz conhecer diretamente do pedido, proferindo sentena: (Alterado pela L-005.925-1973)

II - quando ocorrer a revelia (Art. 319).

2 Questo.

Guilherme prope uma demanda em face de Rodolfo. Ocorre que o magistrado ao analisar a
petio inicial percebe que a questo trazida nos autos exclusivamente de direito, tambm j
tendo sido anteriormente proferidas pelo mesmo juzo vrias outras sentenas de total
improcedncia em casos semelhantes. Por este motivo, o mesmo profere sentena liminar,
julgando improcedente o pedido antes mesmo de determinar a citao do demandado. Assinale a
alternativa correta:

a) O juiz se equivocou, pois no poderia sentenciar com resoluo do mrito sem antes determinar a
citao do demandado;

b) O juiz acertou, pois se trata de uma hiptese de tutela de evidncia, o que motiva resoluo
liminar do mrito do processo; Tutela de evidncia 285-A do CPC

c) O juiz acertou em parte, pois somente poderia ter resolvido o mrito liminar se fosse hiptese de
procedncia do pedido;

d) Todas as alternativas esto equivocadas.


Aula 9
1 Questo.

Carlos Alberto promove demanda em face de uma empresa jornalstica, requerendo a concesso
de liminar para que a mesma publique uma retratao de notcia divulgada na semana anterior que
lhe envolvia. O magistrado determinou a citao do ru para, somente aps, analisar o
requerimento de antecipao dos efeitos da tutela. Em resposta, a empresa aduziu que no seria
possvel a concesso da liminar, dado ao carter da irreversibilidade dos seus efeitos. Indaga-se:
como o magistrado dever decidir? Justifique a resposta.

R: No presente caso se observarmos os requisitos do artigo 273 do CPC, possvel determinar um


cabimento dos efeitos da tutela para exigir uma retratao, pois o juiz deveria considerar o dano
irreparvel causado ao ru.

2 Questo.

Csar, no curso de processo cautelar, pleiteia a concesso de medida liminar contrria a Unio,
que foi indeferida pelo juiz, ao argumento de que existe vedao no art. 1 da Lei n 8.437/92. De
acordo com o narrado, assinale a alternativa correta:

a) a lei acima mencionada, ao proibir ou limitar a concesso de medidas de urgncia em face da Fazenda
Pblica, viola o princpio da inafastabilidade, alm de permitir que o Poder Legislativo possa se imiscuir na
atividade jurisdicional;

b) a lei sobredita inconstitucional, pois ao restringir a concesso de liminares apenas contra a Fazenda
Pblica viola o princpio da isonomia;

c) para o STF, o dispositivo em comento, ao proibir ou limitar a concesso de medidas de urgncia


em face do Poder Pblico, perfeitamente constitucional pois pautado em situaes razoveis e
tambm em virtude de se tratar de uma deciso provisria;

d) a lei em epgrafe flagrantemente inconstitucional, devendo ser realizado sempre, em qualquer grau
de jurisdio, o mecanismo de controle previsto nos arts. 480/482 do CPC.

Obs.: Fazenda pblica= Unio, Estados, DF, Territrios, Municpios, Autarquias e Fundao Autrquicas.

Aula 10
1 Questo.

Em demanda promovida por Marcos em face de Associao dos Idosos Brasileiros, o juiz profere
o despacho saneador afastando a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela parte
demandada.

Indaga-se:

a) Se no curso do procedimento forem produzidas provas que demonstrem a ilegitimidade da


parte, poder o juiz proferir sentena definitiva de improcedncia do pedido? Fundamente com a
abordagem da Teoria Ecltica do Direito de Ao e da Teoria da Assero;

R: Com base na Teoria Ecltica vigente no Brasil, de acordo com o artigo 267, VI do CPC, o juiz deveria
extinguir o processo sem resoluo de mrito.
Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resoluo de mrito:

VI - quando no concorrer qualquer das condies da ao, como a possibilidade jurdica, a legitimidade
das partes e o interesse processual;

No entanto, para a teoria da assero, diante da ausncia das condies da ao o juiz poderia julgar
improcedente o pedido extinguindo o processo com resoluo de mrito na forma do artigo 269 CPC.

Art. 269 - Haver resoluo de mrito:

I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;

II - quando o ru reconhecer a procedncia do pedido;

III - quando as partes transigirem;

IV - quando o juiz pronunciar a decadncia ou a prescrio;

V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ao.

Antes de resolver a questo B, temos que saber o significado da expresso Precluso.

Precluso Prescrio

Prescrio um instituto do Direito Civil.

Precluso Trata-se de um instituto do Direito Processual.

a perda da possibilidade de praticar um ato processual.

Pode ser:
A. TemporalQuando perdemos o prazo para praticar o ato.
B. LgicaQuando pretendo praticar um ato absolutamente incompatvel com o que acabo de
praticar.
ConsumativaQuando praticamos um ato diz-se que ele se consuma.

b) A deciso do juiz que desacolhe a preliminar de ilegitimidade passiva levantada pelo


demandado sofre os efeitos da precluso se a parte supostamente prejudicada no impugn-la no
tempo e modo devidos? Justifique.

R: No, pois as condies da ao configuram matria de ordem pblica e portanto podem ser
reconhecidas a qualquer tempo ou grau de jurisdio.

2 Questo.

Fabrcio promove uma demanda objetivando a cobrana de valores em face de Flvio. O ru, ao
ser citado, apresenta contestao e suscita, em preliminar, a falta de interesse de agir do autor, eis
que, at a presente data, a dvida questionada ainda no tinha vencido. Ocorre que, to logo foi
apresentada a pea de defesa, os autos seguiram conclusos ao magistrado, tendo neste nterim
ocorrido o vencimento do dbito. Indaga-se: como o magistrado dever proceder?

a) dever julgar o pedido improcedente, pois as condies da ao devem ser analisadas no momento da
propositura da demanda;

b) dever designar uma audincia preliminar, para tentar viabilizar uma composio amigvel entre as
partes;
c) dever permitir a continuidade do processo, uma vez que o vencimento da dvida no curso do processo
tornaria a via eleita realmente adequada para o acolhimento da pretenso deduzida;

d) dever reconhecer a ausncia de uma das condies da ao e extinguir o processo sem


resoluo do mrito. 267,VI

Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resoluo de mrito:

VI - quando no concorrer qualquer das condies da ao, como a possibilidade jurdica, a legitimidade
das partes e o interesse processual;

Possibilidade jurdica Materialmente possvelNo possvel fazer uma cobrana antes da data do
vencimento.

Aula 11
Para resolver o caso concreto, temos que saber o que significa a palavra Litispendncia.

Litispendncia Ocorre quando esto em curso Aes idnticas. Uma ao idntica outra quando
forem comuns os elementos da Ao, ou seja, as mesmas partes, o mesmo objeto e a mesma causa de
pedir. Em caso de Litispendncia, uma das Aes deve ser extinta sem resoluo de mrito na forma do
artigo 267, V do CPC.

Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resoluo de mrito:

V - quando o juiz acolher a alegao de perempo, litispendncia ou de coisa julgada;

1 Questo.

Luciano impetra mandado de segurana apontando como autoridade coatora o gerente regional de
arrecadao da Receita Federal, que presenta a Unio. Como teve negada a liminar pretendida pelo
magistrado, o seu advogado resolve instaurar um novo processo de conhecimento, mas em rito
ordinrio, envolvendo as mesmas partes, pedido e causa de pedir. H litispendncia neste caso,
mesmo tratando-se de processos que observam procedimento distinto? Justifique a resposta.

R: No, no caso concreto no h no que se falar em Litispendncia, pois o objeto do Mandado de


Segurana no idntico ao pretendido na Ao de conhecimento.

2 Questo.

Assinale a alternativa correta, que diga respeito a litispendncia:

a) trata-se de matria que pode ser conhecida de ofcio pelo juiz; Correta.

b) trata-se de matria que somente pode ser conhecida pelo magistrado aps ter sido ventilada
diretamente pela prpria parte interessada;

c) trata-se de matria que o juiz somente poder pronunciar aps ter intimado previamente as partes e o
Ministrio Pblico para que se manifestassem a respeito;

d) Nenhuma das alternativas correta.

Aula 12
1 Questo.
Paulo promove ao de conhecimento em face de Valdo. Postula na petio inicial o
reconhecimento da paternidade e, ainda, pleito de condenao do ru a pagar alimentos, em conta
que deles est necessitado, por ser menor impbere em idade escolar e por ser portador de
deficincia fsica que exige utilizao de aparelho mecnico para se movimentar, o que exige
gastos constantes de manuteno, sem contar a necessidade de ser suprido para sustento
prprio.
Indaga-se:
a) O caso manifesta um concurso de aes ou uma cumulao de aes ou de pedidos?
Justifique.

R: Cumulao de Aes, pois o autor promoveu uma nica ao para solicitar o reconhecimento de
paternidade e os alimentos. Para existir cumulao de Aes preciso existir o Concurso de Aes.

b) Tratando-se de cumulao de pedidos, qual seria a sua espcie? Justifique.

R: Sucessiva, pois os pedidos so dependentes entre si.

2 Questo.
Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito perempo:

a) condio negativa para o legtimo exerccio da ao;

A perempo ocorre diante da extino do processo sem resoluo de mrito por trs vezes.
No ser portanto possvel ajuizar a quarta ao em virtude da perempo.

b) se apresenta quando o autor d causa a trs extines do processo por abandon-los por mais de 30
dias;

c) o titular do direito jamais poder alcanar a satisfao do crdito em relao ao ru;

d) basta abandonar o processo por duas vezes, por mais de 30 dias.

Aula 13
1 Questo.

Gustavo promove demanda em face de Fabiano, perante o juzo da 1 Vara Cvel, tendo sido
proferida sentena que lhe foi favorvel, com a condenao do demandado a lhe pagar a quantia
de R$ 100.000,00. No foram interpostos recursos e a sentena transitou em julgado. Ocorre que o
devedor no honrou o pagamento fixado na sentena.

Indaga-se:

a) Qual medida Gustavo dever adotar? Justifique.

R: Cumprimento de sentena, conforme artigo 475-J do CPC

Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou j fixada em liquidao, no o
efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenao ser acrescido de multa no percentual de dez
por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-
mandado de penhora e avaliao.
b) Haver necessidade de instaurao de um novo processo? Justifique.

R: No, nos mesmos autos.

c) O que processo sincrtico? Justifique.

R: Ocorre quando no processo de conhecimento temos duas fases sendo delas a execuo.

FGV afirma-se ser processo sincrtico aquele que une as funes cognitiva (conhecimento) e
executiva, para declarar e satisfazer o direito em um processo apenas, contribuindo para a economia,
celeridade e instrumentalidade processuais, tendncias do direito moderno para atender a efetividade
alcanando, finalmente, o verdadeiro sentido do acesso justia.

CONHECIMENTO
ETAPA/FASE DO
TIT. JUDICIAL CUMPRIMENTO DE
PROCESSO DE
(ART.475-N) SENTENA (ART. 475 -J)
CONHECIMENTO
PROCESSO EXECUO
TIT. EXTRAJUDICIAL EXECUO AUTNOMA
(ART.585) (AO DE EXECUO)
CAUTELAR
PROCEDIMENTO

2 Questo.

Indique a alternativa correta sobre o processo de busca e apreenso, previsto no Decreto Lei n
911/69:

a) de conhecimento; Correta S nesse caso deixa de ser cautelar e passa a ser de


conhecimento, pois trata-se de Alienao fiduciria em garantia.

b) de execuo;

c) cautelar;

d) sui generis.

Aula 14

1 Questo.
Humberto promoveu ao de conhecimento em face de Jurandir. No curso do processo, o
advogado do demandante renuncia o seu mandato e o autor, intimado para regularizar a
capacidade postulatria no constituir outro procurador judicial.
Indaga-se:
Qual ser a consequncia processual? A resposta seria a mesma caso esta situao envolvesse o
demandado? Justifique as respostas.

R: O autor diante da renncia do seu advogado deve constituir novo mandatrio sob pena de extino do
processo sem resoluo de mrito (art. 265, 2). Se o caso concreto se referisse ao ru o juiz decretaria
a revelia.
Revelia: Revelia um termo jurdico que expressa o estado ou qualidade de revel, ou seja, algum que
no comparece em julgamento (ou comparece e no apresenta defesa), aps citao. Em sentido
figurado, revelia tambm pode ser um sinnimo de rebeldia.

2 Questo.
A incompetncia do Juzo usualmente considerada como pressuposto processual de validade do
processo. No entanto, como o magistrado deve proceder quando reconhece a incompetncia
absoluta. Indique a alternativa correta:
a) deve extinguir o processo pela ausncia de pressuposto processual, na forma do art. 267, inciso IV,
CPC;
b) deve declinar da incompetncia absoluta em prol do rgo jurisdicional competente; Art. 113
CPC.

Art. 113 - A incompetncia absoluta deve ser declarada de ofcio e pode ser alegada, em qualquer tempo
e grau de jurisdio, independentemente de exceo.

c) deve intimar a parte contrria para informar se renuncia a prerrogativa de tramitao do processo de
acordo com as normas constitucionais e processuais;

d) nenhuma das alternativas a correta.

Aula 15
1 Questo.

Geisa promove demanda com o objetivo de obter a revogao da doao de um bem avaliado em
R$ 500.000,00, valor este que, por sinal, foi atribudo a causa. A petio inicial foi distribuda
perante um dos juzos integrantes da Justia Estadual do Rio de Janeiro, observando o
procedimento ordinrio. S que, ao analisar a petio inicial, o magistrado determina que a autora
promova a sua emenda, de modo a adequ-la ao procedimento correto.

Indaga-se:

Foi correta a postura do magistrado? Justifique.

R: Sim, pois a questo deve obedecer ao procedimento sumrio previsto no artigo 275, II, G do CPC.

Procedimento Comum sumrio (matria) :

Art. 275 - Observar-se- o procedimento sumrio:

II - nas causas, qualquer que seja o valor:

g) que versem sobre revogao de doao;

2 Questo.

Rodrigo, com 61 anos de idade, prope demanda perante uma das Varas Cveis da Comarca da
Capital. Na petio inicial o demandante narra e comprova a sua idade, requerendo a concesso
de prioridade de tramitao do processo por este motivo. Como o magistrado deve se posicionar a
respeito? Indique a alternativa correta:

a) deve indeferir, pois tal benefcio somente possvel aos maiores de 70 anos;
b) deve deferir, j que a prioridade dada aos maiores de 60 anos; Estatuto do idosoA prioridade
dada as pessoas com m ais de 60 anos.

c) dever indeferir, pois tal situao violaria o princpio da isonomia;

d) somente dever aceitar se tiver sido impetrado um mandado de segurana.

Aula 16
1 Questo.

Bruno promove uma demanda de cobrana em face de Flvio para reclamar o cumprimento de
prestao que afirma estar vencida. O magistrado considera presentes as condies da ao e os
pressupostos processuais, e determina a citao do ru. Citado, o ru apresenta sua resposta, sob
a modalidade de contestao, e argui, em sede preliminar, a falta de interesse de agir de Bruno por
se tratar, at a presente data, de dvida no vencida, conforme os documentos acostados inicial
pelo prprio autor. Aps a abertura de prazo para o autor se manifestar sobre a preliminar arguida,
este permaneceu inerte, e os autos foram ento conclusos ao magistrado. Considerando que
quando da propositura da demanda a dvida ainda no se encontrava vencida, mas entre o
oferecimento da contestao e a data da concluso ela venceu, como dever proceder o
magistrado? Resposta fundamentada, em especial quanto presena ou ausncia das condies
para o regular exerccio do direito de ao.

R: O processo dever ser extinto sem resoluo de mrito por ausncia das condies da Ao nos
termos do artigo 267, VI do CPC. Aplica-se a teoria ecltica da ao.

2 Questo. 38 Concurso OAB-RJ.

Acerca de suspenso e extino do processo, assinale a opo correta.

A) Se o autor renunciar ao direito sobre o qual se funda a ao, haver a extino do processo, sem
resoluo do mrito.

B) Falecendo o advogado do ru, o juiz marcar o prazo de 20 dias para que seja constitudo novo
mandatrio. Se, transcorrido esse prazo, o ru no tiver constitudo novo advogado, o processo
prosseguir sua revelia. 265 CPC.

C) O juiz no poder conferir ao autor a possibilidade de emendar a petio inicial quando esta no
contiver o pedido, devendo, nesse caso, extinguir o processo, sem resoluo do mrito.

D) A ausncia de interesse processual acarreta a extino do processo, sem resoluo do mrito.


Entretanto, caso no indefira liminarmente a inicial por falta de interesse processual, o juiz, em face da
precluso, no poder, posteriormente, extinguir o processo.

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