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Inferência Estatística I

Cálculo das Probabilidades

José Clelto
[email protected]

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 1 / 85


Conteúdo
1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
12 Referências
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Introdução

Conteúdo
1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
12 Referências
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Introdução

Introdução

A teoria da probabilidade se aplica ao estudo de fenômenos ou


experimentos cujos resultados ocorrem de forma não determinística,
ou seja, estão associados a incertezas.

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Caracterização de um experimento Aleatório

Conteúdo
1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
12 Referências
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Caracterização de um experimento Aleatório

Caracterização de um experimento Aleatório

Experimentos ou Fenômenos Aleatórios


São aqueles que mesmo repetidos várias vezes sob condições
semelhantes apresentam resultados imprevisíveis.

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Caracterização de um experimento Aleatório

Exemplos

(a) lançamento de uma moeda honesta


(b) lançamento de um dado
(c) lançamento de duas moedas
(d) retirada de uma carta de um baralho completo de 52 cartas
(e) determinação da vida útil de um componente eletrônico

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Espaço amostral e evento

Conteúdo
1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
12 Referências
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Espaço amostral e evento

Espaço amostral e evento

Espaço Amostral
Denotado por Ω, o espaço amostral é o conjunto dos resultados
possíveis de um experimento.

Ω = {ω1 , ω2 , . . . , ωn , . . .}

Os elementos denotados por ω são os pontos amostrais. Exemplos:


(a) Ω = {c, r }
(b) Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
(c) Ω = {(c, r ), (c, c), (r , c), (r , r )}
(d) Ω = {AO , . . . , KO , AP , . . . , KP , AE , . . . , KE , AC , . . . , KC }
(e) Ω = {t ∈ R|t ≥ 0}

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Espaço amostral e evento

Evento
Qualquer subconjunto do espaço de resultados chama-se evento.

Um evento aleatório pode ser um único ponto amostral, ou uma


reunião deles como:
Exemplos: Lançam-se dois dados:
A. saída de faces iguais
B. saída de faces cuja soma seja igual a 10
C. saída de faces cuja soma seja menos que 2
D. saída de faces cuja soma seja menos que 15

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Espaço amostral e evento

Os eventos são:
A = {(1, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4), (5, 5), (6, 6)}
B = {(4, 6), (5, 5), (6, 4)}
C = {∅} evento impossível
D = {Ω} evento certo

Classe dos Eventos Aleatórios


É o conjunto formado de todos os eventos (subconjuntos) do espaço
amostral.
Por exemplo, considere Ω = {e1 , e2 , e3 , e4 }

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Espaço amostral e evento

A classe dos eventos aleatórios é dada por,




 ∅

{e1 }, {e2 }, {e3 }, {e4 }



F(Ω) = {e1 , e2 }, {e1 , e3 }, {e1 , e4 }, {e2 , e3 }, {e2 , e4 }, {e3 , e4 }

{e1 , e2 , e3 }, {e1 , e2 , e4 }, {e1 , e3 , e4 }, {e2 , e3 , e4 }




{e1 , e2 , e3 , e4 }

Assim, para determinarmos o número de elementos (eventos) de


F(Ω), observamos que ∅ corresponde a 40


{e1 }, . . . , {e4 } corresponde a 41




{e1 , e2 }, . . . , {e3 , e4 } corresponde a 42




{e1 , e2 , e3 }, . . . , {e2 , e3 , e4 } corresponde a 43




{e1 , e2 , e3 , e4 } corresponde a 44


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Espaço amostral e evento

Portanto, n(F) = 40 + 41 + 42 + 43 + 44 = 16.


    

Em geral, se o número de pontos amostrais de espaço amostral finito


é n, então o número de eventos de F é 2n , pois
       
n n n n
n(F) = + + + ··· + = 2n .
0 1 2 n

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Espaço amostral e evento

Operações com Eventos

Evento reunião A ∪ B: reúne os elementos de ambos os


conjuntos. Pelo menos um dos eventos ocorre

Figura 1: Diagrama de Venn: evento reunião

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Espaço amostral e evento

Interseção A ∩ B: formado somente pelos elementos que estão


em A e B. Se A ∩ B = ∅, A e B são ditos mutuamente exclusivos
(ou eventos disjuntos).

Figura 2: Diagrama de Venn: lado esquerdo A ∩ B. lado direito: eventos


mutuamentes exclusivos

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Espaço amostral e evento

(c) Evento complementar A = Ω − A : formado pelos elementos que


não estão em A.

Figura 3: Diagrama de Venn: evento complementar

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Espaço amostral e evento

Propriedades das Operações

Sejam A, B e C eventos de Ω.
Idempotentes
A∩A=A
A∪A=A
Comutativas
A∪B =B∪A
A∩B =B∩A
Associativas
A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C
A ∪ (B ∪ C) = (A ∪ B) ∪ C

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Espaço amostral e evento

Propriedades das Operações (cont.)

Distributivas
A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C)
A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
Absorções
A ∪ (A ∩ B) = A
A ∩ (A ∪ B) = A
Identidades
A∩Ω=A
A∪Ω=Ω
A∩∅=∅
A∪∅=A

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Espaço amostral e evento

Propriedades das Operações (cont.)

Complementares
Ω=∅
∅=Ω
A∩A=∅
A∪A=Ω
A=A
Leis de Morgan
A∩B =A∪B
A∪B =A∩B

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Espaço amostral e evento

Exemplo

Lançam-se duas moedas. Sejam os eventos


A : Saída de faces iguais
B : Saída de cara na 1a moeda
Determinar:
A ∪ B, A ∩ B, A, B, A ∪ B, A ∩ B, A ∩ B, A ∪ B, B − A, A − B, A ∪ B e B ∩ A.

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Espaço amostral e evento

Partição do Espaço Amostral


Formam uma partição de Ω, A1 , A2 , . . . , An se
(a) Ai 6= ∅, i = 1, . . . n
(b) Ai ∩ Aj = ∅ ∀ i 6= j, e
Sn
(c) se Ai = Ω
i=1

Figura 4: Partição do espaço amostral

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Definição de probabilidade

Conteúdo
1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
12 Referências
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Definição de probabilidade

Probabilidade de um evento

Definição
Probabilidade é uma função P que associa a cada evento de F um
número real em [0, 1], e satisfaz:
(i) P(Ω) = 1
(ii) P(A ∪ B) = P(A) + P(B), se A e B forem mutuamente exclusivos.
 n  n
S P
(iii) P Ai = P(Ai ), se A1 , A2 , . . . , An forem, dois a dois,
i=1 i=1
eventos mutuamente exclusivos.
Assim, pela definição, 0 ≤ P(A) ≤ 1, ∀ A, A ⊂ Ω.

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Principais teoremas

Conteúdo
1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
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Principais teoremas

Principais teoremas

Teorema 1. Se os eventos A1 , A2 , . . . , An formam uma partição do


espaço amostral, então
X n
P(Ai ) = 1.
i=1

Demonstração: Pela definição de partição, os eventos A1 , A2 , . . . , An


são mutuamente exclusivos e
n n
!
[ [
Ai = Ω → P Ai = P(Ω)
i=1 i=1
Pn
usando I e II da definição, i=1 P(Ai ) =1

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Principais teoremas

Teorema 2. Se ∅ é o conjunto impossível, então P(∅) = 0.

Demonstração: ∅ ∩ Ω = ∅ e ∅ ∪ Ω = Ω,

P(∅ ∪ Ω) = P(Ω)

P(∅) + P(Ω) = P(Ω)


P(∅) = 0

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Principais teoremas

Teorema 3. Para todo evento A ⊂ Ω, P(A) + P(A) = 1. Então


P(A) = 1 − P(A).

Demonstração: Como A ∩ A = ∅ e A ∪ A = Ω temos que,

P(A) + P(A) = P(Ω)

P(A) + P(A) = 1
P(A) = 1 − P(A)

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Principais teoremas

Teorema 4. P(A ∩ B) = P(B) − P(A ∩ B).

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Principais teoremas

Teorema 5. (Teorema da Soma.) Sejam A ⊂ Ω e B ⊂ Ω. Então,

P(A ∪ B) = P(A) + P(B) − P(A ∩ B).

Demonstração: escreve-se A ∪ B e A como reuniões de eventos


mutuamente exclusivos.

A ∪ B = (A − B) ∪· B
A = (A − B) ∪· (A ∩ B)
Usando (ii) da definição de prob., temos:

P(A ∪ B) = P(A − B) + P(B) (1)

e
P(A) = P(A − B) + P(A ∩ B). (2)
De (2), P(A − B) = P(A) − P(A ∩ B). Substituindo-se em (1), temos

P(A ∪ B) = P(A) + P(B) − P(A ∩ B)


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Principais teoremas

Teorema 6. Dado Ω e os eventos A1 , A2 , . . . , An , então


n n n n
!
[ X X X
P Ai = P(Ai ) − P(Ai ∩ Aj ) + P(Ai ∩ Aj ∩ Ak ) − . . . +
i=1 i=1 i6=j i6=j6=k

(−1)n−1 P(A1 ∩ . . . ∩ An ).

Demonstração: Por indução infinita.

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Principais teoremas

Teorema 7. Para A ⊂ Ω e B ⊂ Ω, temos que

P(A ∪ B) ≤ P(A) + P(B).

Demonstração:

P(A ∪ B) = P(A) + P(B) − P(A ∩ B).

Como P(A ∩ B) ≥ 0, logo

P(A ∪ B) ≤ P(A) + P(B)

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Principais teoremas

Teorema 8. Se A ⊂ B, então P(A) ≤ P(B).

Demonstração:
Pode-se escrever B = A ∪· (A ∩ B).
Ora, A e (A ∩ B) são mutuamente exclusivos.
Logo, P(B) = P(A) + P(A ∩ B).

P(A ∩ B) = P(B) − P(A)

P(B) − P(A) ≥ 0
Portanto, P(A) ≤ P(B)

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Espaços amostrais finitos equiprováveis

Conteúdo
1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
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Espaços amostrais finitos equiprováveis

Eventos Equiprováveis

Considere Ω = {e1 , e2 , . . . , en } associado a um experimento aleatório.


Se P(ei ) = pi , i = 1, 2, . . . , n. Temos
n
X n
X
P(ei ) = pi = 1.
i=1 i=1

Definição. Os eventos ei , i = 1, 2, . . . , n são equiprováveis quando


P(e1 ) = P(e2 ) = · · · = P(en ) = p, ou seja, todos tem a mesma
probabilidade de ocorrer.

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 34 / 85


Espaços amostrais finitos equiprováveis

Eventos Equiprováveis (cont.)

Logo, se os n pontos amostrais (eventos) são equiprováveis, a


probabilidade de cada um dos pontos amostrais é 1/n. Considere um
evento A ⊂ Ω. Suponhamos que A tenha k pontos amostrais

A = {e1 , e2 , . . . , ek }, 1 ≤ k ≤ n

Portanto,
k k
X X 1
P(A) = P(ei ) = p = kp = k
n
i=1 i=1

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 35 / 85


Espaços amostrais finitos equiprováveis

Exercícios

Dados Ω = {1, 2, 3}, A = {1}, B = {3} e C = {2}.


P(A) = 1/3, P(B) = 1/3. Ache
(a) P(C)
(b) P(A ∪ B)
(c) P(A)
(d) P(A ∩ B)
(e) P(A ∪ B)
(f) P(B ∪ C)

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 36 / 85


Espaços amostrais finitos equiprováveis

Exercício

Lança-se um dado honesto e escreve-se o número obtido na face que


saiu para cima. A palavra “honesto” dá informação sobre os pesos
que associamos a cada elemento de Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Sejam A : o
evento de obter par e B : o evento de obter número menor ou igual a
3. Calcule P(A) e P(B) e P(A ∪ B).

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 37 / 85


Probabilidade Condicional

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1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
12 Referências
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Probabilidade Condicional

Probabilidade Condicional

Definição. Sejam A ⊂ Ω e B ⊂ Ω. Definimos probabilidade condicional


de A, dado que B ocorre por,

P(A ∩ B)
P(A|B) = , P(B) > 0.
P(B)

Caso P(B) = 0, teremos que P(A|B) = P(A).

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 39 / 85


Probabilidade Condicional

Exemplo

Dois dados são lançados. Consideremos os eventos

A = {(x , x )|x + x = }

e
B = {(x , x )|x > x },
em que x é o resultado do dado 1 e x é o resultado do dado 2.
Encontre as seguintes probabilidades: P(A), P(B), P(A|B) e P(B|A).

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 40 / 85


Probabilidade Condicional

Exemplo (cont.) Resposta:

Ω= {(1,1) (1,2) (1,3) (1,4) (1,5) (1,6)


(2,1) (2,2) (2,3) (2,4) (2,5) (2,6)
(3,1) (3,2) (3,3) (3,4) (3,5) (3,6)
(4,1) (4,2) (4,3) (4,4) (4,5) (4,6)
(5,1) (5,2) (5,3) (5,4) (5,5) (5,6)
(6,1) (6,2) (6,3) (6,4) (6,5) (6,6)}
A = {(4, 6), (5, 5), (6, 4)};
B = {(2, 1), (3, 1), (3, 2), (4, 1), (4, 2), (4, 3), (5, 1), (5, 2),
(5, 3), (5, 4), (6, 1), (6, 2), (6, 3), (6, 4), (6, 5)}
A ∩ B = {(6, 4)}

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Probabilidade Condicional

P(A) = 3/36 = 1/12


P(B) = 15/36 = 5/12
P(A ∩ B) = 1/36
P(A∩B) 1/36
P(A|B) = P(B) = 15/36 = 1/15
P(A∩B) 1/36
P(B|A) = P(A) = 3/36 = 1/3.

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 42 / 85


Probabilidade Condicional

Exemplo

Sendo P(A) = 1/3, P(B) = 3/4 e P(A ∪ B) = 11/12, obtenha P(A|B).

P(A∩B)
Temos que, P(A|B) = P(B)
Resolvendo
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) − P(A ∩ B)
11/12 = 1/3 + 3/4 − P(A ∩ B)

P(A ∩ B) = −11/12 + 1/3 + 3/4 = 2/12 = 1/6


1/6
Assim, P(A|B) = 3/4 = 2/9.

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 43 / 85


Probabilidade Condicional

Exercício

Consideremos 250 alunos que cursam o 1o período de uma faculdade.


Destes alunos, 100 são homens (H) e 150 são mulheres (M); 110
cursam Física (F) e 140 cursam Química (Q).

Sexo | Disciplina F Q Total


H 40 60 100
M 70 80 150
Total 110 140 250

Um aluno é sorteado ao acaso. Qual a probabilidade de que esteja


cursando Química, dado que é mulher?

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 44 / 85


Probabilidade Condicional

P(Q|M) =? probabilidade de que o aluno curse Química,


condicionado ao fato de ser mulher.
P(M ∩ Q) = 80/250; P(M) = 150/250.
Temos:
80/250
P(Q|M) = = 80/150.
150/250

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Probabilidade Condicional

Exercício

Dados do censo Demográfico de 91, publicado pelo IBGE, relativos


aos habitantes de Sergipe, na faixa etária entre 20 a 24 anos com
relação às variáveis Sexo e Leitura

Sexo Lê (L) Não Lê (L) Total


M 39.577 8.672 48.249
F 46.304 7.297 53.601
Total 85.881 15969 101.850

Um jovem é sorteado ao acaso em Sergipe: calcule


(a) P(L) (b) P(M) (c) P(M)
(d) P(M ∩ L) (e) P(M ∪ L) (f) P(L|M)

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 46 / 85


Probabilidade Condicional

(a) P(L) = 85.881/101.850 = 0, 843


(b) P(M) = 48.245/101.850 = 0, 473
(c) P(M) = 1 − P(M) = 1 − 0, 473 = 0, 527
(d) P(M ∩ L) = 39.577/101.850 = 0, 388
(e) Temos:
P(M ∪ L) = P(M) + P(L) − P(M ∩ L)
= 0, 473 + 0, 843 − 0, 388 = 0, 928
(f) Temos:
P(L|M) = P(L∩M)
P(M)
= 39.577/101.850
48.249/101.850
= 39.577/48.249 = 0, 820

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Probabilidade Condicional

Teorema do Produto. Sejam A ⊂ Ω e B ⊂ Ω. Então


P(A ∩ B) = P(A)P(B|A) ou P(A ∩ B) = P(B)P(A|B).

Exemplo: Duas bolas são retiradas de uma urna que contém 2 bolas
brancas, 3 pretas e 4 verdes. Qual a probabilidade de que ambas:
(a) Sejam verdes?
(b) Sejam da mesma cor?

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Probabilidade Condicional

Exemplo (cont.)

Resposta:
(a) P(1a V ∩ 2a V ) = P(1a V )P(2a V |1a V ) = 49 . 38 = 16 .
P(mesma cor) = P(1a B ∩ 2a B) + P(1a P ∩ 2a P) + P(1a V ∩ 2a V )
(b)
= 29 . 81 + 39 . 28 + 49 . 38 = 20 5
72 = 18 .

Genericamente,
 n

T
P Ai = P(A1 )P(A2 |A1 )P(A3 |A1 ∩ A2 ) . . . P(An |A1 ∩ . . . ∩ An−1 )
i=1

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 49 / 85


Eventos Independentes

Conteúdo
1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
12 Referências
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Eventos Independentes

Eventos Independentes

"A ocorrência de um evento não interfere na ocorrência do outro


evento"
Definição. Sejam A ⊂ Ω e B ⊂ Ω. Se A e B são independentes então,

P(A ∩ B) = P(A)P(B).

Consequentemente,

P(A|B) = P(A) e P(B|A) = P(B).

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Eventos Independentes

Exemplo

Lançam-se 3 moedas. Verificar se são independentes os eventos


A = saída de cara na 1a moeda
B = saída de coroa na 2a e 3a moeda
Ω = {(ccc), (ccr ), (crc), (crr ), (rcc), (rcr ), (rrc), (rrr )}
A = {(ccc), (ccr ), (crc), (crr )}
B = {(crr ), (rrr )}
P(A) = 4/8 = 1/2, P(B) = 2/8 = 1/4
P(A)P(B) = (1/2).(1/4) = 1/8.
Como A ∩ B = {(crr )} então P(A ∩ B) = 1/8.
Portanto, A e B são eventos independentes.

1/8 = P(A ∩ B) = P(A)P(B) = 1/8.

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Eventos Independentes

Os eventos A, B e C são independentes se as condições forem


satisfeitas:
1 P(A ∩ B ∩ C) = P(A)P(B)P(C)
2 P(A ∩ B) = P(A)P(B)
3 P(A ∩ C) = P(A)P(C)
4 P(B ∩ C) = P(B)P(C)

Definição. Caso geral, Se os eventos A1 , A2 , . . . , An são


independentes, então:
n n
!
\ Y
P Ai = P(Ai ) = P(A1 )P(A2 ) . . . P(An )
i=1 i=1

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Eventos Independentes

Exercício

A probabilidade de que um homem esteja vivo daqui a 30 anos é 2/5;


a de sua mulher é de 2/3. Determinar a probabilidade de que daqui a
30 anos:
(a) ambos estejam vivos;
(b) somente o homem esteja vivo;
(c) somente a mulher esteja viva;
(d) nenhum esteja vivo;
(e) pelo menos um esteja vivo.

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 54 / 85


Eventos Independentes

cont. ex.

Denote os eventos por:


H : o homem estará vivo daqui a 30 anos;
M : a mulher estará viva daqui a 30 anos
P(H) = 25 ; P(H) = 35 ; P(M) = 23 ; P(M) = 31
2 2 4
(a) P(H ∩ M) = P(H)P(M) = 5 3 = 15
2 1 2
(b) P(H ∩ M) = P(H)P(M) = 5 3 = 15
3 2 6
(c) P(H ∩ M) = P(H)P(M) = 5 3 = 15
3 1 3
(d) P(H ∩ M) = P(H)P(M) = 5 3 = 15
2 2 4 12 4
(e) P(H ∪ M) = P(H) + P(M) − P(H ∩ M) = 5 + 3 − 15 = 15 = 5
ou, seja X : pelo menos um vivo,
P(X ) = 1 − P(X ) = 1 − 15 = 54 .

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Eventos Independentes

Exercício

Mostre que, se A e B são independentes então A e B também o são.

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Eventos Independentes

Exercício

As probabilidades de 3 jogadores A, B e C, marcarem um gol quando


cobram um pênalti são 2/3, 4/5 e 7/10, respectivamente. Se cada um
cobrar uma única vez, qual a probabilidade de que pelo menos um
marque um gol?
Resposta: P(A) = 23 ; P(B) = 45 ; P(C) = 10
7

P(A ∪ B ∪ C) = 1 − P(A ∪ B ∪ C)
= 1 − P(A ∩ B ∩ C)
= 1 − P(A)P(B)P(C) (por ind.)
= 1 − 31 15 10
3 1
= 1 − 50 = 49
50 .

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 57 / 85


Teorema da Probabilidade Total

Conteúdo
1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
12 Referências
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Teorema da Probabilidade Total

Teorema da Probabilidade Total

Teorema. Sejam A1 , A2 , . . . , An eventos que formam uma partição de


Ω. Seja B um evento desse espaço. Então
n
X
P(B) = P(Ai )P(B|Ai )
i=1

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Teorema da Probabilidade Total

Exemplo
Uma urna contém 3 bolas brancas e 2 amarelas. Uma segunda urna
contém 4 bolas brancas e 2 amarelas; Escolhe-se, ao acaso, uma
urna e dela retira-se, também ao acaso, uma bola. Qual a
probabilidade de que seja branca?
Resposta:
U1 : seleciona a urna 1
U2 : seleciona a urna 2
B : a bola selecionada é branca
B = (B ∩ U1 ) ∪ (B ∩ U2 )
P(B) = P(B ∩ U1 ) + P(B ∩ U2 )
= P(U1 )P(B|U1 ) + P(U2 )P(B|U2 )
1 3 1 2
= . + .
2 5 2 3
3 1 9 + 10 19
= + = = .
10 3 30 30
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Teorema da Probabilidade Total

Diagrama de árvore

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 61 / 85


Teorema de Bayes

Conteúdo
1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
12 Referências
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Teorema de Bayes

Teorema de Bayes

Sejam A1 , A2 , . . . , An eventos que formam uma partição de Ω. Seja B


um evento desse espaço. Sejam conhecidos P(Ai ) e P(B|Ai ),
i = 1, 2, . . . , n. Então

P(Aj )P(B|Aj )
P(Aj |B) = n
, j = 1, 2, . . . , n.
P
P(Ai )P(B|Ai )
i=1

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Teorema de Bayes

Exemplo
Do exemplo anterior, suponha agora que ao selecionar uma bola, a
bola é branca. Qual é a probabilidade de que esta bola tenha vindo da
primeira urna?
Resposta:

P(U1 ∩ B) P(U1 ∩ B)
P(U1 |B) = =
P(B) P(U1 ∩ B) + P(U2 ∩ B)
P(U1 )P(B|U1 )
=
P(U1 )P(B|U1 ) + P(U2 )P(B|U2 )
1 3 3
2.5 10
= 1 3 1 2
= 3 1
2.5 + 2 · 3 10 + 3
3/10
= = 0, 19
19/30

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Teorema de Bayes

Exemplo

Uma urna A contém 3 fichas vermelhas e 2 azuis, e a urna B contém 2


vermelhas e 8 azuis. Joga-se uma moeda “honesta”. Se a moeda der
cara, extrai-se uma ficha da urna A; se der coroa, extrai-se uma ficha
da urna B. Uma ficha vermelha é extraída. Qual a probabilidade de ter
saído cara no lançamento?
Resposta: P(C|V ) =?
P(C) = 12 ; P(V |C) = 35 ; P(r ) = 12 ; P(V |r ) = 10
2

Como P(V ) = P(C ∩ V ) + P(r ∩ V ), temos:

13 1 2 3 1 4
P(V ) = P(C)P(V |C) + P(r )P(V |r ) = + = + = .
2 5 2 10 10 10 10
Portanto,
P(V ∩ C) 3/10 3
P(C|V ) = = = .
P(V ) 4/10 4

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Teorema de Bayes

Diagrama de Árvore

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Teorema de Bayes

Exercício

A caixa A tem 9 cartas numeradas de 1 a 9. A caixa B tem 5 cartas


numeradas de 1 a 5. Uma caixa é escolhida ao acaso e uma carta é
retirada. Se o número é par, qual a probabilidade de que a carta
sorteada tenha vindo de A?

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 67 / 85


Teorema de Bayes

Resposta:

A : seleciona a caixa A
B : seleciona a caixa B
Par : a carta selecionada é par.

P(A) = 12 ; P(Par |A) = 49 ; P(B) = 12 ; P(Par |B) = 2


5
14
P(A ∩ Par ) = P(A)P(Par |A) = 29 = 2/9

P(Par ) = P(A ∩ Par ) + P(B ∩ Par )


= P(A)P(Par |A) + P(B)P(Par |B)
= 12 94 + 12 25 = 45
19

P(A∩Par ) 2/9 10
P(A|Par ) = P(Par ) = 19/45 = 19 .

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Teorema de Bayes

Exercício

Em um certo colégio, 4% dos homens e 1% das mulheres têm mais de


1,75 de altura. 60% dos estudantes são mulheres. Um estudante é
escolhido ao acaso e tem mais de 1,75m. Qual a probabilidade de que
seja homem?

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 69 / 85


Teorema de Bayes

Exercício

Dividi meu e-mail em três categorias: A1 = Spam, A2 = baixa


prioridade, A3 = alta prioridade. Encontrei que P(A1 ) = 0, 7,
P(A2 ) = 0, 2, P(A3 ) = 0, 1. Seja B o evento “o e-mail contém a palavra
grátis”. Das observações temos P(B|A1 ) = 0, 9, P(B|A2 ) = 0, 01,
P(B|A3 ) = 0, 01. Recebi um e-mail com a palavra grátis. Qual a
probabilidade que seja spam?

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 70 / 85


Técnicas de Contagem

Conteúdo
1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
12 Referências
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Técnicas de Contagem

Técnicas de Contagem

Regra da Multiplicação
Se uma operação pode ser realizada de n1 maneiras, e se para cada
uma dessas maneiras uma segunda operação pode ser realizada de
n2 maneiras, então as duas operações podem ser realizadas em
conjunto de n1 n2 maneiras.

Exemplo: Quantos pontos amostrais existem no espaço amostral


quando um par de dados é jogado uma vez?

6 × 6 = 36

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 72 / 85


Técnicas de Contagem

Regra da Multiplicação Generalizada


Se uma operação pode ser realizada de n1 maneiras, e se para cada
uma delas uma segunda operação pode ser realizada de n2 maneiras,
e se para cada uma das duas primeiras, uma terceira operação pode
ser realizada de n3 maneiras, e assim por diante, então a sequência
de k operações pode ser realizada de n1 n2 . . . nk maneiras.

Exemplo: Sam vai montar um computador sozinho. Ele tem a opção


de pedir chips de duas marcas diferentes, o disco rígido de quatro, a
memória de três e o grupo de acessórios de cinco lojas diferentes, de
quantas maneiras diferentes Sam pode pedir os equipamentos?

2 × 4 × 3 × 5 = 120 maneiras

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 73 / 85


Técnicas de Contagem

Permutação
É uma disposição de todo ou parte de um conjunto de objetos. O
número de permutações de n objetos é n! De modo geral,

P = n! = n(n − 1)(n − 2) . . . (1)

Exemplo: Considere as três letras a, b e c. Quais as permutações


possíveis?
P = 3! = 3 × 2 × 1 = 6.
Exemplo: Considere o número de permutações possíveis retirando
duas letras por vez, das quatro:

ab, ac, ad, ba, bc, bd, ca, cb, cd, da, db, dc

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 74 / 85


Técnicas de Contagem

Temos um par, sendo n1 = 4 escolhas para a primeira e n2 = 3


escolhas para a segunda, em um total de

n1 n2 = 4 × 3 = 12

De modo geral, n objetos distintos, retirados r de uma vez podem ser


dispostos em
n(n − 1)(n − 2) . . . (n − r + 1)
maneiras.
Teorema
O número de permutações de n objetos distintos retirados r de uma
vez é
n!
An,r = .
(n − r )!

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 75 / 85


Técnicas de Contagem

Exemplo:

(1) 15 carros entram em uma corrida. Supondo que todos tenham a


mesma chance de ganhar, de quantas maneiras diferentes poderiam
ser compostos o 1o , 2o e 3o . lugar?
Resposta:
n = 15
r =3

15! 15 × 14 × 13 × 12!
A15,3 = = = 2730.
(15 − 3)! 12!
(2) quantas dessas 3-uplas terias o carro número 15 em 1o lugar?

14! 14 × 13 × 12!
A14,2 = = = 182.
(14 − 2)! 12!

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 76 / 85


Técnicas de Contagem

Permutação
O número de maneiras de dividir um conjunto de n objetos em r
células, com n1 elementos na primeira célula e n2 elementos na
segunda, e assim por diante, é
 
n n n!
(PR)n1 ,n2 ,...,nr = =
n1 , n2 , . . . , nr n1 !n2 ! . . . nr !
em que n1 + n2 + . . . + nr = n

Exemplo: De quantas maneiras sete estudantes da graduação podem


ser designados para um dormitório triplo e dois duplos em um hotel
durante uma conferência?
 
7 7! 7 × 6 × 5 × 4 × 3! 7×6×5×4
= = = = 210
3, 2, 2 3!2!2! 3!2!2! (2 × 1)(2 × 1)

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Técnicas de Contagem

Combinação
Teorema: O número de combinações de n objetos distintos retirados r
por vez é  
n n!
Cn,r = =
r r !(n − r )!

Exemplo: Um componente pode ser colocado em oito localizações


diferentes em uma placa de circuito impresso. Se cinco componentes
idênticos forem colocados na placa, quantos projetos diferentes serão
possíveis?
 
n 8! 8! 8×7×6
Cn,r = = = = = 56
r 5!(8 − 5)! 5!3! 3×2×1

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Técnicas de Contagem

Exemplo: Em um congresso científico existem 15 administradores e


12 economistas. Qual a probabilidade de se formar uma comissão
com 5 membros, na qual figurem 3 administradores 2 economistas.
Resposta:
A: comissão de 3 administradores e 2 economistas
27

n = 5 : comissões
k = 15
 12
3 . 2 : comissões com 3 administradores e 2 economistas

15
 12
3 . 2
P(A) = 27
 .
5

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Técnicas de Contagem

Exemplo:

Calcular a probabilidade de se obter exatamente 3 caras e 2 coroas


em 5 lances de uma moeda.
Resposta:
A: saída de 3 caras e 2 coroas
n = 25= 32 : número de quíntuplas
k = 53 = 10 : número de quíntuplas com 3 caras e 2 coroas

10 5
P(A) = = .
32 16

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Técnicas de Contagem

Exercício

(1) Uma urna contém as letras A, A, A, R, R, S. Retira-se letra por


letra. Qual a probabilidade de sair a palavra araras?
Resposta:
A : Saída da palavra araras
6!
n = (PR)63,2,1 = 3!2!1! = 60
k =1

P(A) = 1/60.

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 81 / 85


Técnicas de Contagem

Exercício

(2) Uma urna contém 5 bolas brancas, 4 vermelhas e 3 azuis.


Extraem-se simultaneamete 3 bolas. Qual a probabilidade de que
(a) nenhuma seja vermelha
(b) exatamente uma seja vermelha
(c) todas sejam da mesma cor.

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 82 / 85


Técnicas de Contagem

Exercício

(3) A e B jogam 120 partidas de xadrez, das quais A ganha 60, B


ganha 40 e 20 terminam empatadas. A e B concordam em jogar 3
partidas. Determinar a probabilidade de
(a) A ganhar todas as três;
(b) Duas partidas terminarem empatadas;
(c) A e B ganharem alternadamente.

José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 83 / 85


Referências

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1 Introdução
2 Caracterização de um experimento Aleatório
3 Espaço amostral e evento
4 Definição de probabilidade
5 Principais teoremas
6 Espaços amostrais finitos equiprováveis
7 Probabilidade Condicional
8 Eventos Independentes
9 Teorema da Probabilidade Total
10 Teorema de Bayes
11 Técnicas de Contagem
12 Referências
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Referências

Referências

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José Clelto II. Cálculo das Probabilidades Semestre: 2019/2 85 / 85

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