PROBABILIDADE

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 2

PROBABILIDADE 1°) Evento A: No lançamento de um dado, obter um

um fenômeno aleatório, os experimentos número ímpar.


correspondentes, repetidos nas mesmas condições, não A = {1; 3; 5}
necessariamente produzem os mesmos resultados. n(A) = 3
Apesar de não sabermos com exatidão qual resultado 2°) Evento B: No lançamento simultâneo de dois dados
será obtido, geralmente somos capazes de descrever o distinguíveis, obter soma das faces igual a 7.
conjunto de todos os resultados possíveis para esses B = {(1, 6), (6, 1), (2, 5), (5, 2), (3, 4), (4, 3)}
experimentos. A seguir, dizemos que um desses n(B) = 6
possíveis resultados possui uma determinada “chance”
de ocorrer. Essa “chance” é denominada probabilidade EVENTO COMPLEMENTAR
de ocorrência de um evento. Como exemplo, temos o Sejam E um espaço amostral finito e não vazio e A um
experimento “lançar uma moeda e observar a face evento de E. Chama-se de evento complementar do
superior”. A probabilidade de obtermos “cara” na face evento A aquele formado pelos resultados que não fazem
superior é igual a 1/2, ou seja, 50%. parte do evento A (indicamos por A).
EXPERIMENTO ALEATÓRIO Como exemplo, sendo A = {1; 3; 5} o evento “sair um
número ímpar no lançamento de um dado”, temos:
É todo experimento que depende exclusivamente do A= {2; 4; 6}
acaso. Chamamos de acaso aos múltiplos fatores que
ESPAÇO AMOSTRAL EQUIPROVÁVEL
atuam no fenômeno e cuja consideração nos cálculos é
inviável dada a impossibilidade de controlarmos as suas Chamamos de espaço amostral equiprovável aquele
causas. cujos resultados possuem a mesma chance de
ocorrerem. Em termos de frequências relativas, supomos
Exemplos que, ao aumentarmos indefinidamente o número de
experimentos, os diferentes resultados tendem a
1°) Lançar um dado e observar o número obtido na face
aparecer na mesma frequência.
superior.
2°) Sortear uma das bolas numeradas de uma urna. PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE UM EVENTO
3°) Retirar duas cartas de um baralho e observar os seus Consideremos um experimento aleatório com espaço
naipes. amostral equiprovável E, com n(E) elementos. Seja A um
ESPAÇO AMOSTRAL determinado evento de E com n(A) elementos. A
probabilidade de ocorrência do evento A é dada por:
É o conjunto de todos os resultados possíveis de um
experimento aleatório, que será indicado por E.
Denotamos por n(E) o número de elementos do espaço
amostral.
Exemplos Propriedades
1°) Experimento: lançar uma moeda e observar a face
superior.
E = {cara, coroa} e n(E) = 2
2°) Experimento: lançar simultaneamente duas moedas e
observar as faces superiores obtidas.
Indicamos cara por C e coroa por K.
Assim, temos E = {(C,C), (C,K), (K,C),(K,K)} e n(E)
ADIÇÃO DE PROBABILIDADES
3°) Experimento: lançar simultaneamente dois dados e Sendo A e B dois eventos de um espaço amostral E,
observar as faces superiores obtidas.
conforme o esquema a seguir:

4º) Experimento: sortear uma comissão de 3 alunos entre


10 alunos de uma turma. Sabemos que o número de elementos da união de dois
Descrever tal espaço amostral é trabalhoso. Portanto, conjuntos A e B é dado por:
vamos determinar apenas n(E). Temos que o total de n(A ∪ B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)
comissões de 3 alunos é dado por:
Dividindo os dois membros por n(E), temos:

EVENTO
Chama-se evento a qualquer subconjunto do espaço
OBSERVAÇÃO
amostral.
Exemplos
Se A ∩ B = ∅, dizemos que A e B são mutuamente
exclusivos.
Dividindo o numerador e o denominador da fração por
Assim, P(A ∩ B) = 0. n(E), temos:
Logo, para eventos mutuamente exclusivos, temos:

PROBABILIDADE CONDICIONAL
Considere a seguinte situação:
Uma urna contém 50 bolinhas numeradas de 1 a 50. TEOREMA DA MULTIPLICAÇÃO DE PROBABILIDADES
Uma pessoa sorteia uma bola e, ao invés de divulgar de
Uma importante consequência da definição de
imediato o resultado, ela declara: “O número sorteado é
múltiplo de 6”. probabilidade condicional é vista a seguir:
Com base nesses dados, pergunta-se: Qual é a
probabilidade de o número sorteado ser um número
maior do que 30?
Observe que a probabilidade de o número ser maior do Do mesmo modo, temos:
que 30 está condicionada ao fato de já sabermos de
antemão que o número sorteado é múltiplo de 6.
Portanto, tal informação altera o espaço amostral que
normalmente seria considerado. Ou seja:
Assim, temos:
i) Números múltiplos de 6 entre
1 e 50 = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48}.
ii) Observe que, no conjunto anterior, os números 36,
42 e 48 são maiores do que 30.
Portanto, a probabilidade pedida é igual a 38 . OBSERVAÇÃO
O problema anterior poderia também ser resolvido de Se os eventos A e B são independentes, temos:
outra forma. Consideremos os seguintes eventos:
i) A: Sortear um número múltiplo de 6.
A = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48} LEI BINOMIAL DA PROBABILIDADE
n(A) = 8 Consideremos uma sequência de ensaios nos quais a
ii) B: Sortear um número maior do que 30. probabilidade de ocorrência de determinado resultado
B = {31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, não dependa dos resultados obtidos em ensaios
43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50} anteriores e tampouco interfira nos próximos resultados.
Esses ensaios são chamados Ensaios de Bernoulli.
n(B) = 20
Como exemplo, imaginemos o seguinte experimento: “Lançar um
iii) Como devemos considerar a ocorrência do evento dado e observar a face superior obtida”. Ao repetirmos esse ensaio
B, uma vez que o evento A já ocorreu, estamos 5 vezes, qual é a probabilidade de obtermos o número 3
interessados nos elementos de B que pertencem exatamente duas vezes?
também a A, ou seja, A ∩ B. Resolução:
A ∩ B = {36, 42, 48} A probabilidade de se obter o número 3 em um lançamento é igual a
1/6 . Obviamente, a probabilidade de não se obter o número 3 nesse
n(A ∩ B) = 3 lançamento é igual a 1 – 1/6 = 5/6 . Como a ordem de obtenção do
número 3 na sequência de ensaios não é importante, devemos
Observe que o conjunto A é o espaço amostral reduzido inicialmente escolher 2 dos 5 ensaios efetuados. Isso pode ser feito de
a ser considerado e que a probabilidade pedida é C5, 2 modos distintos.
equivalente a: Denotemos por P(A) a probabilidade de se obter o número 3
exatamente duas vezes.
Assim, temos:

Generalizando esse conceito, consideremos os eventos A


e B de um espaço amostral E, conforme o diagrama a
seguir:
De maneira geral, se desejamos calcular a probabilidade
P de obtermos exatamente k resultados favoráveis em n
ensaios, temos que:

Denotamos por P(B/A) a probabilidade condicional de B


em relação a A, ou seja, a probabilidade de ocorrer B
Em que Pf é a probabilidade de obtermos o resultado
dado que A já ocorreu.
favorável em um ensaio.
Assim, temos:

Você também pode gostar