Aula 04
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𝑷𝒏 = 𝑷𝒛 = 𝑷𝒙 (𝟒. 𝟓)
Onde:
G – Força de gravidade sobre a partícula elementar;
𝐹𝑅 – Resultante das forças de contacto na partícula elementar.
Então:
𝑃1 −𝑃2
= ℎ2 − ℎ1 (4.8)
𝛾
𝑷𝟏 𝑷𝟐
+ 𝒉𝟏 = + 𝒉𝟐 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕. (𝟒. 𝟗)
𝜸 𝜸
Pressão barométrica:
𝑃𝑏 = 0,750 ∗ 9,81 ∗ 13,6 ∗ 103 = 99960 𝑁/𝑚2
Recipiente cheio de água:
𝑃𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 = 𝛾𝐻2𝑂 ∗ ℎ = 1000 ∗ 9,81 ∗ 4 = 39240 𝑁/𝑚2
𝑃𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 = 𝑃𝑏 + 𝑃𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 = 99960 + 39240 = 139200 𝑁/𝑚2
𝑃𝐴 + 𝛾1 ℎ1 − 𝛾2 ℎ2 + 𝛾3 ℎ3 − 𝛾4 ℎ4 = 𝑃𝐵
Toma-se:
+∆𝑃 – para baixo
−∆𝑃 – para cima
Eng. Jacinto E. Laquene 14
4.5 – Princípios de Manometria
4.5.4 – Micromanómetros
Sempre detectamos a presença de forças na superfície dos corpos que estão submersos nos fluídos.
A determinação destas forças é importante no projecto de tanques para armazenamento de fluídos,
navios, barragens e de outras estruturas hidráulicas.
Nós também sabemos que o fluído exerce uma força perpendicular nas
superfícies submersas quando está em repouso (porque as tensões de
cisalhamento não estão presentes) e que a pressão varia linearmente com
a profundidade se o fluído se comportar como incompressível.
Observando a Figura
𝑃
= 𝑦 ∗ sin 𝛼 ↔ 𝑃 = 𝛾 ∗ 𝑦 ∗ sin 𝛼 (4.15)
𝛾
A resultante das forças de pressão sobre uma superfície plana submersa é igual ao produto do peso
específico do líquido, γ, pela profundidade do centro de gravidade, ℎ𝐺 , em relação ao plano
piezométrico, e pela área da superfície, A.
Esta equação demonstra que o módulo da força resultante é igual a pressão no centróide multiplicada
pela área total da superfície submersa.
Apesar da nossa intuição sugerir que a linha de ação da força resultante deveria passar através do
centróide da área este não é o caso. A coordenada 𝑌𝑅 da força resultante pode ser determinada pela
soma dos momentos em torno do eixo x, ou seja, o momento da força resultante precisa ser igual aos
momentos das forças devidas a pressão: Eng. Jacinto E. Laquene 20
4.6.1 – Impulsão Hidrostática Sobre Superfícies Planas
(Determinação do Centro de Pressão)
sin 𝛼 𝑦 2 𝑑𝐴 (4.19)
Sabemos do slide anterior que:
𝐹𝑅 = 𝛾 ∗ sin 𝛼 𝑦𝑑𝐴 (4.20)
Assim:
𝛾∗sin(𝛼) 𝑦 2 𝑑𝐴 𝑦 2 𝑑𝐴
𝑦𝐶𝑃 = = (4.21)
𝛾∗sin(𝛼) 𝑦𝑑𝐴 𝑦𝑑𝐴
𝑦 2 𝑑𝐴 𝐼𝑜
𝑦𝐶𝑃 = = (4.22)
𝑦𝑑𝐴 𝑦𝐶𝐺 𝐴
“ A distância do centro de pressões ao eixo intersecção da superfície imersa com a superfície livre
do fluído é obtida dividindo-se o momento de inércia da área A, em relação ao mesmo eixo, pelo
Onde 𝐼𝑂−𝑋 é o momento de segunda ordem em relação ao eixo que passa no centróide e é
paralelo ao eixo x, 𝐼𝐶𝐺 é o momento de inércia calculado em relação a um eixo que passa pelo
centróide da superfície de área A. Logo a equação (4.22) passa a ser:
𝐼𝑜 𝐼𝐶𝐺
𝑦𝐶𝑃 = = 𝑦𝐶𝐺 + (4.24)
𝑦𝐶𝐺 𝐴 𝑦𝐶𝐺 𝐴
Sequência de Cálculo
Parte 1:
1. Determinar 𝐴𝑓𝑖𝑔.𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎 ;
Parte 3:
2. Determinar 𝑦𝐺 ↔ ℎ𝐺 ;
7. Localização dos pontos de aplicação das
3. Determinar 𝐹𝑅 .
forças;
Parte 2:
8. Equação dos momentos.
4. Determinar 𝐼𝐺𝐺 ;
5. Determinar 𝑦𝐺𝐶 ;
6. Determinar 𝑦𝑐 . Eng. Jacinto E. Laquene 24
4.6.1 – Impulsão Hidrostática Sobre Superfícies Planas
(Determinação do Centro de Pressão)
𝑰𝑮𝑮
𝒚𝑪 = 𝒚𝑮 + (𝟒. 𝟐𝟖)
𝑨 ∗ 𝒚𝑮 Eng. Jacinto E. Laquene 27
4.6.2 – Impulsão Hidrostática Sobre Superfícies Reversas
Método de Decomposição
Entretanto, também precisamos de resultados relativos à superfícies que não são planas (tais como as
superfícies das barragens, tubulações e tanques).
É possível determinar a força resultante em qualquer superfície por integração, como foi feito no caso
das superfícies planas, mas este procedimento é trabalhoso e não é possível formular equações
simples e gerais.
Assim, como uma abordagem alternativa, nós consideraremos o equilíbrio de um volume de fluído
delimitado pela superfície reversa considerada e pelas projecções vertical e horizontal
Eng. Jacinto E. Laquene 28
4.6.2 – Impulsão Hidrostática Sobre Superfícies Reversas
Método de Decomposição
Para que o sistema de forças esteja equilibrado, o módulo do componente Fx precisa ser:
𝐹𝑅 𝑥 = 𝛾 ∗ ℎ𝐺 ∗ 𝐴𝑥 (4.29)
Como três forças actuam na massa de fluído (Fx, Fz e a força que o tanque exerce sobre o fluído), estas
precisam formar um sistema de forças concorrentes.
Isto é uma decorrência do seguinte princípio da estática “ quando um corpo é mantido em equilíbrio
por três forças não paralelas, estas precisam ser concorrentes (suas linhas de acção se interceptam num
ponto) e coplanares. Assim o módulo da força resultante e obtido pela equação:
𝐹𝑅 𝑥 = 𝛾 ∗ ℎ𝐺 ∗ 𝐴𝑥 (4.32)
𝑰𝑮 𝑮
𝐹𝑅 𝑧 = 𝛾 ∗ 𝑉𝐴𝐵𝐶𝐷𝐴 = 𝛾 ∗ 𝑉𝐶𝑃 (4.34) 𝒚𝑪 = 𝒚𝑮 + (𝟒. 𝟑𝟓)
𝑨∗𝒚𝒈
Considerando:
𝐹𝑅 1 - resultante das forças de pressão na superfície superior “1”;
𝐹𝑅 2 - resultante das forças de pressão na superfície inferior “2”.
A força resultante gerada pelo fluído e que actua nos corpos é denominada empuxo.
Esta força líquida vertical, com sentido para cima, é o resultado do gradiente de pressão (a pressão
aumenta com a profundidade) e ela pode ser determinada através de um procedimento similar ao
Admitimos, nesta derivação, que o fluído apresenta peso específico constante. Se o corpo
está imerso num fluído que apresenta variações de peso específico, tal como num fluído
estratificado em camadas, o módulo da força de empuxo continua igual ao peso do fluído
deslocado. Entretanto, o ponto de aplicação da força não coincide com o centróide do volume
deslocado mas sim com o centro de gravidade do volume
Eng. Jacinto E. Laquene deslocado. 38
4.7 – Princípio de Flutuação / Arquímedes
Equilíbrio de Corpos Totalmente Submersos
Um corpo está numa posição de equilíbrio estável se, quando perturbado, retoma a posição de
equilíbrio original. De modo inverso, o corpo está numa posição de equilíbrio instável se ele se move
para uma nova posição de equilíbrio após ser perturbado (mesmo que a perturbação seja bastante
pequena).
As considerações sobre o equilíbrio são importantes na análise dos corpos submersos e flutuantes
porque os centros de empuxo e de gravidade necessariamente não são coincidentes. Assim, uma
pequena rotação pode resultar num momentoEng.de restituição
Jacinto E. Laquene ou de emborcamento. 39
4.7 – Princípio de Flutuação / Arquímedes
Equilíbrio de Corpos Totalmente Submersos
Considere:
Sabendo que temos os seguintes centros:
Plano de Flutuação N-N;
G – centro de gravidade do barco
Eixo de Flutuação E-E;
C – centro de impulsão (centro de gravidade do
Altura Metacêntrica:
líquido deslocado)
Distância GM.
M – Metacentro = ponto de intersacção de E-E
com a direcção de FA.
Note que o centro de impulsão situa-se em C` (i.e., no centróide do volume do líquido deslocado).
𝑥𝑉𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 = 𝐴𝑂𝐷𝑦𝐵𝐴
𝑥𝑑𝑉 + 𝐸𝑂𝐷𝐸
𝑥𝑑𝑉 − 𝐴𝑂𝐵𝐴
𝑥𝑑𝑉 = 0 + 𝐸𝑂𝐷𝐸
𝑥 𝐿𝑑𝐴 − 𝐴𝑂𝐵𝐴
𝑥 𝐿𝑑𝐴 (4.43)
= 𝐸𝑂𝐷𝐸
𝑥𝐿(𝑥 tan 𝛼 𝑑𝑥) − 𝐴𝑂𝐵𝐴
[−𝑥𝐿 𝑥 tan 𝛼 𝑑𝑥 ] = tan 𝛼 𝐴𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝑑𝑎 𝐴𝑔𝑢𝑎
𝑥 2 𝑑𝐴𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝑑𝑎 𝐴𝑔𝑢𝑎
= 𝐼00 tan 𝛼
Substituindo 𝑥 por CC´:
𝐼00 tan 𝛼
𝐶𝐶´ = = 𝐶𝑀 tan 𝛼 (4.44)
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
Um bloco de madeira de 1 ft de largura, 1 ft de altura e 2 ft de comprimento pesa 75 lbf. Será que este
bloco poderá flutuar com os seus lados na mesma posição vertical?
𝐹𝑦 = 0 = −𝑊 + 𝐹𝐴 = −75 + 62,4 ∗ 2 ∗ ℎ = 0 , h = 0,6 ft
Altura metacêntrica:
13
𝐼00 2∗12
𝐺𝑀 = − 𝐶𝐺 = − 0,5 − 0,3 = −0,061 𝑓𝑡 → bloco instável nesta posição.
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚 0,6∗2∗1
Virando de posição:
23
𝐼00 1∗12
𝐺𝑀 = − 𝐶𝐺 = − 0,5 − 0,3 = 0,36 𝑓𝑡 → bloco estável nesta posição
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚 0,6∗2∗1
Tem-se que:
• O ângulo é o mesmo para todas as partículas, logo, a superfície livre é plana;
• Os planos de igual pressão são paralelos à superfície livre.
𝑎
𝑡𝑎𝑛𝑔 𝛼 = (4.46)
𝑔
𝑎 𝑎
→: 𝐹𝑅 𝑥 − 𝑊 ∗ = 0 ↔ 𝐹𝑅 𝑥 = 𝑊 ∗ (4.47)
𝑔 𝑔
↑: 𝐹𝑅 𝑧 − 𝑊 = 0 ↔ 𝐹𝑅 𝑧 = 𝑊 (4.48)
Donde:
𝑭𝑹 𝒙 𝒂
= = 𝒕𝒂𝒏𝒈 𝜶 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 (𝟒. 𝟒𝟗)
𝑭𝑹 𝒛 𝒈
Eng. Jacinto E. Laquene 46
4.8 – Equilíbrio de Fluídos em Corpos Rígidos em Movimento
Corpos rígidos em Movimento de Translação
Uma das linhas de pressão será a superfície livre. A taxa de aumento de pressão na direção g-a é
maior que o aumento normal na hidrostática e é dado por:
𝑑𝑃
= 𝜌𝐺 (4.50)
𝑑𝑠
Onde:
𝐺 = 𝑎𝑥2 + 𝑔 + 𝑎𝑧 2 1/2 (4.51)
↑: 𝐹𝑅 𝑧 − 𝑊 = 0 ↔ 𝐹𝑅 𝑧 = 𝑊 (4.54)
Donde:
𝑭𝑹 𝒙 𝝎𝟐
= 𝒕𝒂𝒏𝒈 𝜶 = 𝒙 ≠ 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 (4.55)
𝑭𝑹 𝒛 𝒈
𝝎𝟐 𝒙𝟐
𝒚= + 𝑪 (Solução geral) (4.56)
𝟐𝒈
Solução particular:
No ponto (x,x)=(0,0)
C=0
𝝎𝟐 𝒙𝟐
𝒚= (4.57)
𝟐𝒈 Eng. Jacinto E. Laquene 49
4.8 – Equilíbrio de Fluídos em Corpos Rígidos em Movimento
Corpos rígidos em Movimento de Rotação
𝜕𝑃 1 𝜕𝑃 𝜕𝑃
Assim temos: 𝛻𝑃 = 𝑑𝑟 + 𝑑𝜃 + 𝑑𝑧 (4.58)
𝜕𝑟 𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝑧
Assim:
𝝏𝑷 𝝏𝑷 𝝏𝑷
= 𝟐
𝝆𝒓𝝎 ; = 𝟎; = −𝜸 (4.60)
𝝏𝒓 𝝏𝜽 𝝏𝒛
𝜕𝑃 𝜕𝑃
𝑑𝑃 = 𝑑𝑟 + 𝑑𝑧 = 𝜌𝜔2 𝑟𝑑𝑟 − 𝛾𝑑𝑧 (4.61)
𝜕𝑟 𝜕𝑧
Ao longo de uma superfície com pressão constante, tal como a superfície livre, dP = 0. Se aplicarmos
a equação 4.61 nesta superfície e utilizarmos 𝛾 = 𝜌𝑔, temos: