O Letramento Na Contemporaneidade
O Letramento Na Contemporaneidade
O Letramento Na Contemporaneidade
O LETRAMENTO NA
CONTEMPORANEIDADE
Belo Horizonte
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 04
1 O LETRAMENTO E AS TIC ................................................................................. 05
1.1 As TIC e as transformações na Escola .............................................................. 05
1.2 Letramento: epistemologia e conceitos .............................................................. 07
1.3 Um Novo Letramento ......................................................................................... 11
1.4 O Letramento Digital .......................................................................................... 14
2 LER E ESCREVER NA CULTURA DIGITAL sob a égide de RAMAL ............... 17
2.1 A cibercultura ...................................................................................................... 21
2.2 O hipertexto como subversão da escola linear .................................................. 22
3 OS GÊNEROS DIGITAIS E OS DESAFIOS DE ALFABETIZAR LETRANDO .... 27
3.1 Letramento digital: possibilidades para um ensino crítico .................................. 29
3.2 Os gêneros digitais no processo de letramento das crianças em fase
de alfabetização ............................................................................................. 31
3.2.1 Escrevendo os endereços eletrônicos ........................................................ 33
3.2.2 Trocando cartões digitais ............................................................................ 34
3.3 Tudo isso é positivo, mas... ................................................................................ 38
4 ARTIGO: SOFTWARE PARA AUXÍLIO À PRÉ-ALFABETIZAÇÃO INFANTIL
BASEADO EM RECONHECIMENTO INTELIGENTE DE CARACTERES
MANUSCRITOS .................................................................................................. 41
4.1 Introdução .......................................................................................................... 41
4.2 Softwares Educacionais ..................................................................................... 42
4.3 Redes Neurais Artificiais Aplicadas no Reconhecimento de Caracteres ........... 43
4.3.1 Multi Layer Perceptron ................................................................................ 43
4.3.2 Algoritmo Backpropagation ......................................................................... 44
4.3.3 Reconhecimento de Caracteres .................................................................. 44
4.4 Metodologia de Desenvolvimento do Software .................................................. 45
4.4.1 Pré-processamento ..................................................................................... 47
4.2 Características da RNA proposta ....................................................................... 48
4.5 Resultados Experimentais .................................................................................. 48
4.6 Conclusão ........................................................................................................... 50
5 A MESA EDUCACIONAL ALFABETO ................................................................ 52
5.1 Aprender a ler e escrever participando .............................................................. 54
5.1.1 Na prática .................................................................................................... 55
REFERÊNCIAS UTILIZADAS E CONSULTADAS ................................................. 59
ANEXOS .................................................................................................................. 65
AVALIAÇÃO ............................................................................................................ 71
GABARITO................................................................................................................74
Não faz muito tempo que ainda permanecia entre nós a ideia de que
alfabetizar seria ensinar a decodificação das letras. Partindo dos pressupostos da
teoria de Letramento essa ideia é completamente sem sentido. A leitura não é um
mero mecanismo de decodificação, um meio de estudar, de chegar aos
conhecimentos, mas é um processo de inter-relação, de leitura e compreensão do
mundo.
Um olhar sobre a produção de Xavier (2002) bem como de outros autores que
versam sobre o tema sustenta a ideia de que as novas tecnologias, principalmente o
mundo do computador tem-se revelado uma grande possibilidade de avanço ao
mundo da leitura e de acesso à cultura em geral.
Isto porque, com o advento dessas tecnologias, foi vista, nas tecnologias
digitais de informação e comunicação, uma grande oportunidade de melhorias no
meio educacional. Mas, para isso, vemos alguns obstáculos, como a cultura
tradicional das escolas, e, sobretudo, a falta de orçamento e de interesse por parte
do governo e até de alguns de nós mesmos, professores. Contudo, é necessário
mudarmos tais valores, senão o âmbito educacional ficará a desejar. Assim, as TIC
precisam ser vistas como um sistema de ajuda para nós, professores, para que
possam melhor realizar nossos trabalhos e, até mesmo, com um pouco menos de
sofrimento.
Ainda segundo Soares (2004), em meados dos anos de 1980 ―se dá,
simultaneamente, a invenção do letramento no Brasil, do illettrisme, na França, da
literacia, em Portugal, para nomear fenômenos distintos daquele denominado
alfabetização‖.
Já Tfouni (1988, p. 16), em obra que foi uma das primeiras a não só utilizar,
mas também a definir o termo letramento, conceitua-o em confronto com
alfabetização, conceito que reafirma em obra posterior: ―Enquanto a alfabetização
ocupa-se da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o
letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito
por uma sociedade‖ (TFOUNI, 1995, p. 20). A autora reafirma essa diferença entre
alfabetização e letramento insistindo no caráter individual daquela e social deste:
Tfouni (1995), também revela que a alfabetização, às vezes, está sendo mal
entendida; ela se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo.
Enquanto o letramento ―focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um
sistema escrito por uma sociedade‖ (Tfouni, 1995, p. 12), e, segundo Soares (2003),
é o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas e exerce
habitualmente práticas sociais de leitura e escrita.
Mortatti (2004) explica que o fato de uma pessoa ser alfabetizada não garante
que ela seja letrada, viver numa sociedade letrada não faz dela uma pessoa letrada
ou que todos tenham oportunidades iguais na cultura escrita.
Pode-se concluir que não é só este novo espaço de escrita que é a tela que
gera um novo letramento, para isso também contribuem os mecanismos de
produção, reprodução e difusão da escrita e da leitura.
Segundo Barton (1998 apud Xavier, 2007) como existem vários tipos de
letramento, o letramento digital seria um tipo e não um novo letramento imposto à
sociedade moderna pelas novas tecnologias. Para ele, os tipos de letramento
mudam porque são situados na história e acompanham a mudança de cada
contexto tecnológico, social, político, econômico ou cultural numa sociedade. O
letramento, também, pode ser transformado pelas instituições sociais, que estão em
constante relação de luta pelo poder e acabam por influenciar, a comunidade, a
aprender o tipo de letramento que lhe é dado como oficial e que, portanto, deve ser
assimilado.
1Artigo Científico escrito por Andrea Cecília Ramal. Publicado no ano de 2000. Ler e escrever na
cultura digital. Porto Alegre: Revista Pátio, ano 4, no. 14, agosto-outubro 2000, p. 21-24.
Visões similares ainda existem hoje, embora menos explícitas, por exemplo,
em alguns povos da África, nos quais vêm sendo estabelecidos alfabetos para
Mas não é preciso ir tão longe: no Brasil conhecemos uma realidade análoga,
quando na educação das crianças são impostas as normas da língua ―culta‖,
desprezando os saberes que elas trazem do próprio meio cultural – fenômeno que
tem repercussões mais graves nos alunos provenientes do interior, ou de classes
sociais injustiçadas. Estas crianças ingressam num mundo todo feito contra elas, ao
qual, naturalmente, têm dificuldades para se adaptar.
2.1 A cibercultura
O que é um hipertexto2? Como o próprio nome diz, é algo que está numa
posição superior à do texto, que vai além do texto. Dentro do hipertexto existem
vários links, que permitem tecer o caminho para outras janelas, conectando algumas
expressões com novos textos, fazendo com que estes se distanciem da linearidade
da página e se pareçam mais com uma rede. Na Internet, cada site é um hipertexto
– clicando em certas palavras vamos para novos trechos, e vamos construindo, nós
mesmos, uma espécie de texto. Na definição de Jay Bolter (1991): ―as partes de
um hipertexto podem ser agrupadas e reagrupadas pelo leitor‖.
Cada uma das páginas da rede é construída por vários autores: designers,
projetistas gráficos, programadores, autores do conteúdo do texto. Cada percurso
textual é tecido de maneira original e única pelo leitor cibernético. Não existe,
portanto, um único autor: seria mais adequado falar de um sujeito coletivo, uma
reunião e interação de consciências que produzem conhecimento e navegam juntas.
2Uma pesquisa sobre a história do hipertexto pode ser realizada no Virtual Museum of
Computing. (http://www.nma.gov.au/vlmp/computing.html).
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O hipertexto é subversivo na relação entre autor e leitor. O cursor do mouse
está permanentemente presente no texto do monitor, como um sinal concreto de
que, no momento em que desejarmos, poderemos invadi-lo, reescrever seus
caminhos, optar por outras vias. Subverte-se, por inerência, a noção de autoria.
Para Gramsci (1981, p.160), ―o núcleo sadio do senso comum poderia ser
chamado de bom senso, merecendo ser desenvolvido e transformado em algo
unitário e coerente‖. No meu entender, a escola, mesmo sendo um aparelho
ideológico do estado (ALTHUSSER, 1985), pode ser relevante nessa transformação,
se a ela forem dadas as condições para tanto. Na busca pelo ―novo intelectual‖,
que quebrará a hegemonia dos grupos fechados a escola surge como uma
esperança de ser ela mesma ―o espaço-tempo de tecer‖ a construção do bom
senso (ARAÚJO; DIEB, 2007, p.16). Para isso, a escola deve se revestir de uma
pedagogia renovada, entendendo que não basta apenas ao indivíduo saber ler
pequenos textos para garantir o exercício da cidadania, é preciso que ele vá além,
pois a sociedade letrada a que pertence elabora e exige usos sofisticados de
conhecimentos relativos à escrita e à leitura. Deste modo, conhecer o código relativo
às modalidades escrita e oral da língua caracteriza a alfabetização, mas aplicar com
desenvoltura tal conhecimento às mais variadas situações sociais caracteriza o
letramento e é por esta segunda parte que os grupos letrados se organizam,
inclusive em práticas letradas digitais. Neste sentido, como alerta Xavier (2005, p.
142), tais práticas só passarão a ser realidade em nossas nas escolas, se a política
de educação do governo atual estimular e financiar a construção de telecentros
públicos, equiparar as escolas (...) com laboratórios de computação, capacitar em
Por isso, uma das primeiras atividades realizadas foi investir no conhecimento
e na exploração dos periféricos que são acoplados ao computador. Um dos
periféricos mais importantes nesse processo foi o teclado porque as crianças, ao
manipulá-lo, perceberam que nele estão as letras do alfabeto, além de outros
signos. A materialização no teclado (ajudou-as) a representar o conjunto finito de
letras com as quais se trabalha e, além disso, (ajudou-as) a estabelecer relações
tipográficas. De fato, enquanto no teclado as letras estão representadas em caixa
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alta, na tela aparecem em minúscula (...) e isto (colaborou) na construção de um
sistema de correspondências entre maiúsculas e minúsculas (TEBEROSKY;
COLOMER, 2003, p. 31).
O domínio do mouse pelas crianças foi outro desafio vencido, pois tal como
Teberosky & Colomer (2003, p.31), ―o que temos conseguido comprovar é que
quando os adultos estimulam o uso do computador, as crianças menores aprendem
rapidamente‖. O uso do mouse passou a ser importante para aperfeiçoar a
coordenação motora das crianças, exercício bem mais rico do que aqueles em que
elas são obrigadas cobrir linhas pontilhadas que simulam um caminho em curvas
que levaria o desenho de um ratinho ao pedaço de queijo, por exemplo. Como
sugere Coscarelli (2005, p.34), alguns sites infantis e a troca de cartões digitais
foram importantes para que as crianças se exercitassem no domínio motor de outro
ratinho bem mais interessante. Assim, elas aprendiam também ―a noção de link e
os recursos que sinalizam esse mecanismo, como a transformação do cursor em
uma mãozinha‖, dando-lhes a experiência da sensação táctil que os links provocam
nos hiperleitores. Na medida em que avançava a experiência, vários gêneros digitais
iam sendo apresentados às crianças para despertar nelas a necessidade da escrita.
Assim o e-mail pessoal, o cartão digital, os chats e o endereço eletrônico foram
alguns dos gêneros que mais provocaram a percepção nas crianças de que a escrita
é uma prática necessária em nossa sociedade letrada.
Tia, eu já li tudo o que escrevi, mas não encontro o erro? Por que não
entra o site da Mônica? <CR5>> (grifos meus).
Tia, por que não está entrando? Está tudo certo, já li! <CR4>> (grifos
meus).
Pronto, tia, eu já escrevi o site do rotimeio. Agora é só apertar o enter?
<CR7>> (grifos meus)
Ah, escrevi tudo de novo! Agora entrou! <CR5>> (grifos meus).
Fonte: Ribeiro; Araújo, 2007, p.174.
Os grifos feitos acima nas ―falas‖ das crianças apontam para a atividade de
leitura daquilo que elas mesmas haviam produzido. Enquanto expressões como li,
erro, escrevi mostram a apropriação do código escrito pelas crianças, outras como
não entra, site, rotimeio, enter realçam que elas começavam a compreender a
função social da escrita no gênero endereço eletrônico, que é a de permitir o acesso
aos sites. Pelo uso das últimas expressões, é possível destacar o fato de que as
crianças percebem que naquele espaço de escrita existem ―informações
léxiconeológicas, abertas no campo da Internet‖ (GALLI, 2004, p. 121) as quais
precisam ser conhecidas por elas. As atividades com os endereços eletrônicos
despertaram os sujeitos para outros gêneros, como e-mails e cartões digitais. É
sobre os últimos que comento na sequência.
6 Foi feito um acordo com os pais no sentido de que eles deveriam manter a cultura de escrever e
enviar e-mails e cartões para seus filhos que estavam na escola aprendendo a usar a escrita em
tais gêneros.
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Nenhum cartão é feito sem que o remetente se submeta a um processo de
escolhas através das quais ele gera a sua mensagem. Assim, a criança, imersa
entre muitos cliques de mouse e digitações de caracteres, assume o seu papel de
sujeito nessa nova experiência de escrita, experimentando o uso da língua a partir
de uma situação de enunciação digital. Além de operar com o mouse e com o
teclado, pondo o cursor no formulário certo antes de escrever o que lhe é solicitado,
o pequeno escritor precisava equacionar as várias semioses que, inscritas na tela
digital, conspiravam em favor do sentido que ele pretendia construir. A próxima
figura destaca o conjunto de habilidades e competências do meio virtual que as
crianças tiveram de desenvolver.
As falas das crianças são fortes indicativos de que elas não somente
internalizaram o processo de leitura e escrita, mas também adquiriram o hábito de
fazer uma releitura de suas produções escritas, essa se estendendo até a
observação crítica da escrita de seus parentes e amigos. Além disso, as crianças
não só se mostraram proficientes em relação ao conhecimento do código escrito,
como também entenderam que a escrita tem uma função social e, por isso, obedece
a regras que representam as convenções sociais do uso. Neste caso, temos
crianças em franco processo não só de alfabetização, mas também de letramento
digital.
Finalmente, para além de dizer que não é necessário, defendo que é preciso
pensar sobre o fato de as câmaras de vereadores, assembleias legislativas,
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gabinetes de parlamentares ou de executivos serem muito bem equipados, com ar-
condicionado, com computadores de última geração conectados à Internet, com
cadeiras confortáveis. Se esses ambientes forem comparados às condições infra
estruturais em que trabalham professores e alunos deste país será percebido um
imenso hiato entre as duas realidades.
7 http://www.br-ie.org/pub/index.php/sbie/article/view/394/380
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criação de sistemas inteligentes e as Redes Neurais Artificiais (RNA‘s), as quais são
exploradas nesse trabalho, é uma delas.
Isso porque muitos analistas não têm prestado atenção para esta
característica (OLIVEIRA, 2004). Para o sucesso dos programas educacionais faz-se
necessário também, submetê-los à aprovação dos professores e outros profissionais
da educação que devem ser envolvidos nos projetos, do inicio ao fim, avaliando e
auxiliando na modelagem do sistema. A falta dessa interação é um problema muito
freqüente no desenvolvimento de softwares dessa natureza (FERNANDES, 2004).
As RNA‘s têm sido bastante utilizadas atualmente nas mais diversas áreas e
aplicações possíveis como matemática, estatística, física, computação, engenharia,
entre outras, sendo geralmente empregadas em reconhecimento de padrões,
percepção, controle motor, jogos, etc. Atualmente, existem vários modelos de
RNA‘s, cada um deles mais adequado para um determinado tipo de problema. Neste
trabalho, enfocaremos um modelo supervisionado bastante conhecido como Multi
Layer Perceptron (MLP) que é treinado com um algoritmo de retro-propagação de
erro denominado Backpropagation.
Dado que o software para ser utilizado requer treinamento, coletamos 780
amostras de caracteres de trinta crianças distintas. O conjunto de treinamento foi
composto por 650 letras e o conjunto de testes constituído pelas 130 restantes.
Tanto no treinamento quanto na seção de testes, utilizamos quantidades iguais de
cada letra do alfabeto.
4.4.1 Pré-processamento
Figura 3.1 - Imagem do caractere em seu formato original (200 x 200 pixels).
Figura 3.2 – Imagem do caractere sem as partes inutilizadas da área de captura (122 x 122 pixels).
4.6 Conclusão
Foi dentro desse conceito que foi criada a Mesa Educacional Alfabeto. Com
ela, os alunos se familiarizaram com a linguagem escrita, encaixando blocos
coloridos em um grande painel eletrônico. À medida que são encaixadas, as letras
são reconhecidas por um software especial e aparecem na tela do computador.
Dessa forma, as crianças participam de atividades interativas,aprendendo a
reconhecer o alfabeto, construir palavras,encontrar significados descobrir acentos e
interpretar textos. As mesas podem ser utilizadas por grupos de até seis estudantes,
que participam da aula de maneira colaborativa. Elas são indicadas para alunos da
educação infantil à 4a série do Ensino fundamental, para a Educação especial e
para a alfabetização de jovens e adultos.
Conteúdo
O software
Composição
• Módulo eletrônico;
Aplicabilidade
• EI - Educação Infantil;
• EE - Educação Especial;
Além disso, a Mesa Educacional Alfabeto também pode ser usada no ensino
de jovens e adultos e de alunos com necessidades especiais — os blocos têm
legendas em braile e o software apresenta recursos sonoros para os deficientes
visuais e legendas e animações na Língua Brasileira de Sinais (Libras) para os
deficientes auditivos.
5.1.1 Na prática
Muitas prefeituras vem adotando a mesa alfabeto, como mais uma ferramenta
pedagógica, na luta pela melhoria da educação no Brasil.
A MESA
ALFABETO
CONSOLE DE
PLÁSTICO
BLOCOS: quadrados e
sextavados para
encaixe. Saco vermelho
cubos letras maiúsculos
e saco amarelo cubos
letras minúsculas e
maiúsculas.
8 No site: http://www.educacidade.com.br/sorocaba/MesaAlfabeto/default.php
BLOCOS:
retangulares. Saco
vermelho cubos
letras maiúsculos e
saco amarelo cubos
letras minúsculas e
maiúsculas.
CONEXÃO: cabo
serial (com
adaptador ou não)
FONTE: Cabo de
energia ligado no
estabilizador
BOLTER, David Jay. Writing Space: The Computer, Hypertext, and the History of
Writing. New Jersey: Lawrence Earlbaum, 1991.
BOLTER, J. D. Writing space: the computer, hypertext, and the history of writing.
HILLSDALE, N. J.: L. Earlbaum, 1991.
ESTRELA, M.T. (org) Viver e construir a profissão docente. Porto: Porto Editora,
1997
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 3 ed. São Paulo: Edições Loyola, 1996.
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ONG, W.J. Orality and literacy: the technologizing of the word. London: Methuen,
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______. Ler e escrever na cultura digital. Porto Alegre: Revista Pátio, ano 4, no.
14, agosto-outubro 2000, p. 21-24.
RIBEIRO, Márcia Maria. Gêneros digitais na escola: uma experiência com crianças
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RIBEIRO, Márcia Maria; ARAÚJO, Júlio César. ―Pronto, tia, eu já escrevi o site do
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ARAÚJO, Júlio César (Org.) Internet e ensino: novos gêneros, outros desafios. Rio
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SCHÖN, D. The reflective Practitioner. How professionals think in action. N.Y Basic
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―Projeto de Pesquisa: O projeto de leitura na sala de aula‖. Revista Inovação em
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SOARES, M. Letramento: como definir, como avaliar, como medir. In: SOARES, M.
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ZAVAM, Aurea. E-zine: uma instância da voz dos e-xcluídos. In: ARAÚJO, Júlio
César (Org.) Internet e ensino: novos gêneros, outros desafios. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2007, pp.93-112.
No site http://blog.aprendebrasil.com.br/turma2d/category/artigos/, é
possível visualizar a utilização de uma mesa alfabeto e, analisar algumas formas
de utilização, realizadas pela instituição.
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Artigos
Depois de colocadas as nossas fotos e ilustrações, o livrinho digital feito na Mesa Alfabeto ficou
assim:
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Artigos
Nosso livrinho digital foi feito na Mesa Alfabeto. Primeiro digitamos os textos no configurador:
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Artigos
Com os flipcharts da Lousa interativa, socializamos nossas adivinhas e treinamos a leitura em voz
alta para depois gravar o livrinho digital.
Era bem legal, pois para as respostas aparecerem tínhamos que passar a borracha na lousa!
12 / 5 / 2011
A lousa mostra como por exemplo o professor pode aplicar exercícios de geometria utilizando
compasso e transferidor digitais. A mesa alfabeto utiliza tecnologia em 3D que permitem às
crianças brincar.
A educadora Betina Von Staa explica que estudantes da rede pública já podem se servir da
tecnologia em vários municípios do país. ―As tecnologias podem ser aplicadas na educação
infantil, ensino fundamental, médio e nas universidades, explica.
Fonte: G1
Via: www.guiame.com.br