Pi Olhos
Pi Olhos
Pi Olhos
Piolhos – Introdução
1. Phthiraptera: (Greek, phthir = piolho
aptera = sem asa)
2. Ordem com 3500 espécies, somente 30
tem importância econômica.
3. Piolhos são insetos adaptados para
Haematopinus tuberculatus
realizar todo seu ciclo biológico em aves
e mamíferos.
Família
4. Há piolhos altamente especializados
que parasitam áreas específicas do
corpo do hospedeiro.
5. Geralmente só abandonam seus
hospedeiros para se fixar em outros
hospedeiros.
Piolhos – Morfologia
1. Insetos pequenos, ápteros, medindo de
0,3 a 11 mm de comprimento.
2. Corpo achatado dorsoventralmente,
pernas robustas e garras adaptadas para Haematopinus suis
se fixar fortemente nos pêlos ou penas.
3. Coloração: amarelo esbranquiçado a
castanho.
4. Após a alimentação escuros, quase
pretos (quando se alimenta de sangue)
Piolhos – Biologia
1. Fêmea: deposita de 50 a 100 ovos, geralmente em
pencas que ficam firmemente aderidos nas penas ou
pêlos do hospedeiro.
2. Fêmeas geralmente são maiores que os machos e estão
em maior número.
3. Todo o ciclo ocorre no hospedeiro.
4. Ovo 1 a 2 semanas Ninfa eclode (muito
semelhante ao adulto, menor e mais clara).
5. Insetos hemimetábolos.
6. Ciclo biológico: 4 a 6 semanas.
7. Alimentam-se de descamações do tecido epitelial,
partes das penas, secreções sebáceas e sangue.
8. Transmissão: geralmente por contágio direto.
Piolhos – Importância Veterinária
1. Infestação por piolhos: pediculose.
2. Ação sobre o hospedeiro:
1. Relacionada ao grau de infestação.
2. Irritação (garras tarsais), intenso prurido, animal pode se coçar até
sangrar
3. Alopecia, escoriação e auto-mutilação.
4. Estresse, redução do peso e queda na produção.
5. Espécies hematófagas alta infestação anemia.
Ordem Phthiraptera
Sub-ordem
Gênero
Menacanthus spp Menopon spp Heterodoxus spp Gyropus spp Gliricola spp
Menacanthus e Menopon
Amblycera
1. Ectoparasitos de aves, marsupiais,
carnívoros e roedores.
2. Medem de 2 a 3 mm de comprimento.
3. Cabeça grande, livre, horizontal.
4. Olhos pequenos ou ausentes.
5. Mandíbulas paralelas à superfície ventral
da cabeça e cortam no sentido horizontal.
6. Antenas escondidas na fosseta antenal.
7. Antenas clavadas com 4 a 5 segmentos,
geralmente só último segmento é visível.
8. Um par de palpos maxilares com dois a
quatro segmentos.
9. Abdômen: 9 segmentos
Amblycera
1. Alimentam-se de partículas presentes na superfície da pele.
2. Algumas espécies ocasionalmente são hematófagas: cortam a base
das penas novas ou áreas mais finas da pele com a mandíbula
hemorragia localizada ingerem o sangue que sai dos vasos.
3. Geralmente andam na pele dos hospedeiros.
4. Adaptados para se mover em superfície lisa.
5. Não se fixam firmemente na pele ou penas.
Piolhos- Classificação
Sub-ordem Ischnocera
Família Philopteridae
Gênero
Família Trichodectidae
Gênero
Haematopinus asini
Anoplura Linognathus setosus - fêmea
1. Fêmea: dois pares de gonopódios
laterais, abdômen termina
abruptamente.
Sub-ordem Anoplura
Família
Família
Linognathidae
Haematopinidae Polyplacidae
(cães e
(ungulados) (roedores)
ruminantes)
Gênero
Família
Menoponidae
(Parasita Boopidae Gyropidae
de aves)
Gênero
Menacanthus spp Menopon spp Heterodoxus spp Gyropus spp Gliricola spp
Menacanthus stramineus
• Importância:
1. Piolho do corpo das aves.
2. Espécie de maior importância na avicultura, principalmente em
criação de poedeiras comerciais.
3. Poedeiras debicagem favorece o parasitismo, ave não
consegue retirar os piolhos.
4. Geralmente espécie-específico.
Menacanthus stramineus
Menacanthus stramineus
• Morfologia:
1. Adultos 3 a 4 mm de comprimento.
2. Coloração amarelo pálida.
3. Numerosas cerdas na superfície do
mesotórax e metatórax.
4. Na superfície dorsal dos segmentos
abdominais há duas fileiras de cerdas Fêmea Macho
dirigidas para trás.
Menacanthus stramineus
• Biologia:
1. Parasita extremamente ativo
2. Todo o ciclo biológico ocorre no hospedeiro, dura de 2 a 3 semanas.
3. Ovos colados na bases das penas principalmente na região do ventre.
4. Ovos eclodem em 4 a 7 dias passando por 3 estadios ninfais.
5. Alimentam-se das barbas e bárbulas das penas.
6. Perfura a base das penas e pode-se alimentar do sangue que flui.
7. Comumente encontrados sobre a pele, em regiões com poucas penas,
como região ventral.
8. infestações observados no peito, embaixo das asas, cabeça e
outras regiões do corpo (cloaca).
9. Transmissão do ectoparasita ocorre pelo contato direto entre as aves.
Menacanthus stramineus
Ovos
Ovos
Menacanthus stramineus
• Danos ao hospedeiro:
1. Severa irritação.
2. Pele fica inflamada com crostas escamosas.
3. Pode causar anemia.
4. infestação Perda de peso, atraso no desenvolvimento e até
mortalidade das aves mais jovens.
5. infestação fissuras e micro hemorragias na região da cloaca.
Menopon gallinae
• Morfologia:
1. Denominado de “ piolho da haste”
2. Espécie pequena (2 mm de
comprimento) de coloração amarelo-
pálida.
3. Palpos pequenos e antenas com 4
segmentos localizadas em sulcos na
cabeça
4. Abdômen com cobertura de cerdas
esparsas pequenas ou de tamanho
médio
Menopon gallinae
Menopon gallinae
• Biologia:
1. Presente nas hastes das penas do peito ou das coxas
2. Ovos em pencas na base da pena ninfas eclodem 3 estádios
adulto.
3. Movem-se rapidamente
4. Na presença de luz abandonam as penas e caminham sobre a
pele do hospedeiro
Menopon gallinae
• Danos ao hospedeiro:
1. infestações penas bastante danificadas
2. Acomete criação de galinhas, principalmente poedeiras comerciais
3. Também parasita perus, patos e galinhas de angola.
Amblycera
Sub-ordem Amblycera
Família
Menoponidae
Boopidae Gyropidae
Gênero
Menacanthus spp Menopon spp Heterodoxus spp Gyropus spp Gliricola spp
Heterodoxus spiniger
• Morfologia
1. Piolho grande de
coloração amarelada
2. Adultos medem 2,5 mm
de comprimento
3. Facilmente distinguidos
de outros piolhos que
infestam os mamíferos
por possuir duas garras
no tarso. Os demais
apresentam somente
uma.
Heterodoxus spiniger
• Danos ao hospedeiro:
1. Parasita de cães.
2. infestações dermatite, pruridos.
3. Hospedeiro intermediário do Dipylidium caninum (cestóide) e de
Dipetalomena reconditum (nematóide).
Heterodoxus spiniger
Heterodoxus spiniger
Cão ovos do cestóide ingeridos pelo Heterodoxus spiniger
cisticerco se desenvolve na hemocele cão ingere o piolho contendo o
cisticerco Dypilidium caninum adulto.
Ischinocera
Sub-ordem Ischnocera
Família
Philopteridae Trichodectidae
Ischinocera
Sub-ordem
Ischnocera
Família
Philopteridae
Espécie
Goniodes - fêmea
Goniodes dissimilis e Goniodes gigas
• Biologia:
1. G. gigas:
1. cosmopolita, mais comum em áreas tropicais.
2. Ovos aderem-se às penas.
2. G. dissimilis:
1. Fêmea menor que o macho.
2. Mais abundante em regiões de clima temperado.
3. Não é muito comum no Brasil.
• Ambos causam poucos danos ao hospedeiro
Goniocotes gallinae
• Parasita galinhas, denominado de piolho da
penugem.
• Morfologia:
1. Menor malófago de aves (1 a 1,5 mm de
comprimento).
2. Cabeça quase circular, apresenta duas
longas cerdas na margem posterior.
3. Antenas com 5 segmentos.
• Biologia:
1. Ovos depositados na base das penas no
dorso da ave, próximo à pele.
• Danos ao hospedeiro: pouca importância
Goniocotes - fêmea
Ischinocera
Sub-ordem Ischnocera
Família
Philopteridae Trichodectidae
Ischinocera
Sub-ordem Ischnocera
Família Trichodectidae
Gênero
D. bovis
D. equi
D. caprae
Damalinia ovis
Acomete ovinos, a fêmea deposita cerca de 30
ovos na lã próxima à pele.
Damalinia ovis
Damalinia ovis
Damalinia ovis - lesão
www.dpi.nsw.gov.au
www.dpi.nsw.gov.au
Damalinia bovis Damalinia bovis
Damalinia equi
Damalinia caprae
Acomete cabras. Induz intenso prurido, inquietação, diminuição do
apetite, alopecia, pêlos eriçados, crostas e descamação.
Damalinia caprae
Felicola subrostratus
• Ectoparasita do gato doméstico Felicola subrostratus
• Morfologia:
1. Cabeça característica,
triangular e projetada
anteriormente, para frente.
2. Região ventral da cabeça: há
um sulco mediano longitudinal
que se adapta ao redor do
pêlo do hospedeiro.
3. Antenas: 3 segmentos.
4. Pernas pequenas e terminam Macho Fêmea
numa garra única
5. Abdômen liso, com poucas
cerdas e 3 pares de
espiráculos.
Felicola subrostratus
• Biologia: ciclo biológico dura de 30 a 40 dias
• Pouca importância
• Animais idosos e com baixa imunidade são os mais acometidos.
• Animas de pêlos longos são os mais severamente parasitados.
www.k-state.edu
Felicola subrostratus
Trichodectes canis
• Ectoparasita do cão doméstico.
Trichodectes canis - vista dorsal
• Morfologia:
1. Piolho pequeno (1,90 mm
comprimento).
2. Cabeça sub-quadrangular,
mais larga do que longa.
3. Antenas com 3 segmentos
cilíndricos (primeiro segmento
mais grosso e o terceiro mais
longo).
4. Antenas implantadas em Macho Fêmea
pequenas fossas.
5. Tarsos com uma única garra.
6. Abdômen oval com margens
onduladas, fileiras de cerdas
longas
Trichodectes canis
• Espécie muito ativa.
• Parasita cabeça, pescoço e cauda dos
cães, fica presa à base do pêlo.
• Efeitos sobre o hospedeiro: irritação
intensa com descamação da pele,
muito pruriginosa.
Solenopotes
Haematopinus spp LInognathus spp
capillatus
Polyplax spp Gênero
H. eurysternus L. setosus
H.quadripertusus L. stenopsis
H. tuberculatus L. africanus
Haematopinus
1. Há 20 espécies deste gênero, dos quais 5 tem
importância veterinária.
2. Um dos piolhos de maior importância para
mamíferos domésticos.
3. Piolhos grandes (4 a 6 mm de comprimento).
4. Cabeça em forma de losango, apresentando
atrás das antenas um processo angular
proeminente.
5. Antenas com 5 artículos, olhos ausentes.
6. Placa esternal preta e bem desenvolvida.
7. Pernas de mesmo tamanho, terminando numa
única garra forte, oposta à um esporão tibial.
8. Abdômen mais largo que o tórax. Ao longo do
lado de cada segmento abdominal há uma placa
esclerotizada, a placa paratergal.
Haematopinus
1. (B): Haematopinus asini (equinos)
2. (C): Haematopinus suis (suínos)
3. (D): Haematopinus quadripertusus
(bovinos)
4. (E): Haematopinus eurysternus
(bovinos)
5. (F): Haematopinus tuberculatus
(búfalo asiático, eventualmente
bovinos).
6. (G): placa genital de macho de H.
eurysternus
7. (H): placa genital de macho de H.
quadripertusus
Haematopinus suis
1. Um dos mais importantes
ectoparasitas de suínos.
2. Distribuição cosmopolita.
3. É o maior anoplura que infesta
animais domésticos (5 a 6 mm de
comprimento).
Haematopinus suis
1. Infestação áreas de pele mais macia: dobras do pescoço,
próximo às mandíbulas e nos ombros.
2. Pode ocorrer também nas partes superiores das patas e ao redor da
cauda
3. Comumente observados dentro da orelha, especialmente em
épocas frias do ano.
4. infestações irritação, desconforto, animais se esfregam
ocorrendo escoriações na pele e perda de pêlo. Há queda na
produção.
5. Há formação de crostas na pele e inflamação.
6. Sobrevive até 3 dias fora do hospedeiro.
7. Longevidade dos adultos: 35 dias.
8. Pode transmitir agentes patogênicos como vírus.
Haematopinus asini
1. Parasita eqüinos
2. Espécie cosmopolita.
3. Morfologia: cabeça longa e robusta.
4. Mais abundante em regiões de clima
temperado.
5. Cavalos: cabeça, pescoço, dorso e superfície
interna das patas.
6. Infestações leves assintomáticas .
Haematopinus asini
1. infestações animais inquietos, cansados, pode ocorrer anemia,
esfrega-se fortemente, perdendo pêlo e dilacerando a pele.
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Haematopinus eurysternus
1. Muito comum em bovinos: topo da
cabeça e ao redor dos olhos.
2. Menor espécie do gênero (2,88 x
2,33 mm).
3. Distribuição cosmopolita, mais
comum em locais de climas frios.
4. infestações Presentes em
todo corpo do animal.
5. infestações animais perdem
Haematopinus eurysternus
peso, anemia, podem abortar.
6. Pele com aparência oleosa Macho
Fêmea
(provavelmente devido às excretas
do piolho).
7. Podem ocorrer infestações mistas
(mais de uma espécie de piolho).
Haematopinus quadripertusus
1. Distribuição tropical ou sub-tropical.
2. Parasita bovinos, preferencialmente
zebuínos.
Haematopinus quadripertusus
3. Encontrado ao longo dos pêlos, cauda
e também ao redor do períneo e vulva.
4. Maior que H. eurysternus (4,27 a 4,75
mm de comprimento) e cabeça mais
alongada.
Haematopinus quadripertusus
Haematopinus quadripertusus
Solenopotes
Haematopinus spp LInognathus spp
capillatus
Polyplax spp Gênero
H. eurysternus L. vitulli
H.quadripertusus L.stosus
H. tuberculatus L. stenopsis
Linognathus spp
1. Não apresentam olhos ou pontos oculares.
2. Segundo e terceiro pares de pernas maiores que o primeiro,
terminando numa forte garra.
3. Placa esternal ausente ou fracamente desenvolvida.
Linognathus vitulli
Linognathus vitulli
lesões em pele
Linognathus vitulli
Linognathus setosus
• Comum em cães,
principalmente em raças de
orelhas grandes. Causa
anemia severa.
Linognathus setosus
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Linognathus setosus
Fêmea Macho
Anoplura
Anoplura Sub-ordem
Solenopotes
Haematopinus spp LInognathus spp
capillatus
Polyplax spp Gênero
H. eurysternus L. vitulli
H.quadripertusus L.stosus
H. tuberculatus L. stenopsis
Polyplax spp
1. Parasita roedores
2. Piolhos com antenas proeminentes., com
5 segmentos.
3. Mancha ocular e olhos ausentes.
4. Pernas anteriores pequenas e
posteriores grandes com uma grande
garra tarsal e esporão tibial.
5. Duas espécies são importantes:
6. Polyplax serrata: parasita camundongo.
7. Polyplax spinulosa: parasita a ratazana e
o rato e roedores silvestres.
Polyplax spinulosa
Controle dos Piolhos
1. Explorações intensivas favorecem a transmissão (contato direto).
2. Confinamento em exposições, feiras início a um surto ou
parasitismo.
3. Introdução de animais novos quarentena, vistoria, se necessário
tratamento com inseticida.
4. Quando há infestação : tratamento em intervalos (ovos são mais
resistentes).