Alteração Leucocitparia Interpretação

Fazer download em pdf
Fazer download em pdf
Você está na página 1de 27
Resultados |Login Esqueceu a senha? (http:/wmw.santelaboratorio.com.br/fale-conosco) O SANTE (HTTP://WWW.SANTELABORATORIO.COM.BR/CONHECA- 0-SANTE]) EXAMES (HTTP://WWW.SANTELABORATORIO.COM.BR/EXAMES} BLOG (HTTP://WWW.SANTELABORATORIO.COM.BR/BLOG} CONTATO (HTTP://WWW.SANTELABORATORIO.COM.BR/FALE- CONOSCO) REQUISICAO ONLINE (HTTP://WWW.SANTELABORATORIO.COM.BR/REQUISICAO-ONLINE} INTERPRETACAO DAS ALTERAGOES LEUCOCITARIAS NO HEMOGRAMA COMPLETO EM CAES (buscar 03.06.2011 1. Introducao CATEGORIAS Ahematologia é o estudo dos elementos celulares do sangue e dos fatores de bicas coagulacao associados © pode ser estendida para incluir a citologia de Liquidos (HTTPsWWW.SANTELAB nao sanguineos (KERR, 2003). Ohemograma é constituide pelas informagdes quantitativas Inimero total de células, contagem diferencial, indices hematimétricos) e qualitativas {morfologia do estregaco sanguineo). Uma interpretacao adequada depende de ambos (REBAR, 2003). 0 exame é realizado com 0 sangue periférico colhido com anticoagulante, com o objetivo de obterem-se informacées a cerca do que est se passando no organismo do animal no momento da cotheita, composto de duas partes: o Eritrograma e 0 Leucograma [LOPES & CUNHA, 20021 As amostras de sangue devem ser analisdas tao logo seja possivel sua coleta, pois ocorrem alteracdes morfolégicas nos leucécitos dentro de horas. Caso antecipemos o retardo na andlise da amostra de sangue, deveremos confeccionar esfregacos fixados ao ar, ao ser coletada a amostra, 0 sangue restante (nao 0s esfregacos] deve ser refrigerado, e permitird leucometria aceitavel por até vinte e quatro horas (LATIMER & MEYER, 1992) Compreendem-se no eritrograma o nimero total de hemacias, a concentracao de hemoglobina, volume globular e proteinas plasmaticas [LOPES &CUNHA, 2002], Compreende-se no leucograma a contagem total de leucécitos contagem diferencial de leucécitos (KERR, 2003] 0 leucograma raramente é patognoménico em determinada moléstia, entretanto as informagies obtidas podem ser tteis na elaboracdo de diagnéstico diferencial, na avaliagao da gravidade da doenca eo fornecimento do prognéstico (LATIMER & MEYER, 1992] Os exames de laboratério na clinica veterindria so mais utilizados como auxitio diagndstico subsidiario. Pode fornecer muitas informagées iiteis, mas, como todo exame diagnéstico, a avaliacao inteligente dos resultados é vital (KERR, 2003) Na retroalimentacao celular o nimero ¢ a morfologia dos leucécitos sanguineos permanecem relativamente constantes. Na enfermidade, entretanto, tanto o nlimero quanto a morfologia dos leucécitos podem alterar dramaticamente [LATIMER & MEYER, 1992) Este trabalho tem por objetivo, apresentar as principais alteracdes quantitativas leucocitérias no hemograma completo de ces, relacionando-as com as principais enfermidades encontradas na clinica médica. As alteragdes morfolégicas devem ser trabalhadas, porém, nao fazem parte do objetivo do trabalho 2. Série Branca EXAMES (HTTP-//WWW.SANTELAB INFORMATIVOS, (HTTP-//WWW.SANTELAB LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (HTTP-//WWW.SANTELAB VISCERAL-CANINA/] TAGS ALIMENTACAO PARA CACHORRO (HTTP://WWW.SANTELA PARA-CACHORRO/] ANIMAIS DOMESTICOS (HTTP:/WWW.SANTELA DOMESTICOS/} BACTERIAS (HTTP://WWW.SANTELA CACHORRO (HTTP:/WWW.SANTELA CACHORRO DOENTE (HTTP:/WWW.SANTELA DOENTE/) CACHORROS (HTTP://WWW.SANTELA CACHORROS OBESOS (HTTP:/WWW.SANTELA OBESOS/] CACHORRO TERAPIA (HTTP:/WWW.SANTELA TERAPIA/ CAHORRO (HTTP:/WWW.SANTELA CARRAPATOS (HTTP:/WWW.SANTELA CLONE CACHORROS (HTTP:/WWW.SANTELA CACHORROS/] CUIDADO CoM CACHORROS (HTTP:/AWWW.SANTELA COM-CACHORROS/] 0 conhecimento da pradugaio, distribuicao e fisiopatologia leucocitéria so essenciais para a interpretacao do significado do leucograma [LATIMER & MEYER, 1992). Os leucécitos, as células brancas do sangue, sdo bem menos numerosos que 0s eritrécitos circulantes. Eles realizam suas fungées, predominantemente, nos tecidos (DUKES, 1996]. 0 nimero circutante, portanto, reflete o equilibrio entre o fornecimento e a demanda, variando entre as espécies (KERR, 2003} Apesar da discreta variacao com a idade, a contagem total de leucécitos mantém-se dentro da faixa de normalidade. Nos ces jovens, os valores crescem de acordo com o aumento da atividade, isto é, durante o dia [BUSH, 2004) Na medula éssea, sob estimulos apropriados, uma célula pluripotencial origina células progenitoras confinadas que produzem os varios granulécitos. Esta célula com potencial de producao de neutréfilos e monécitos é conhecida, como Unidade Formadora de Colénia Granulocitica - Monocitica (UFC - GM] pois em seu estagio inicial é bipotencial. Em sequida, sob estimulo apropriado, a UFC - GM diferencia-se em células unipotenciais, UFC - Ge UFG -M. Simitarmente hd também a existéncia de progenitores celulares distintos para eosinéfilos [UFC - Eos) e basétilos [UFC - Bas] [LOPES &CUNHA, 2002} A contagem diferencial de leucdcitos pode ser apresentada em nimeros relativos {porcentagens] ou absolutos [ntimero por microlitro]. A interpretacao do leucograma deve sempre se basear mais nos némeros absolutos de leucécitos do que nas porcentagens, particularmente se a contagem de leucécitos estiver muito alta ou muito baixa (NELSON & COUTO, 0000) Os valores normais de leucécitos totais e dos leucécitos diferenciados esto explicitos na tabela 1 2, Tabela 1 - Valores Normais de Referéncia de Leucécitos Totais. Leucécitos Totais pil 6.000 a 17.000 Fonte: Adaptado por Bush, (2004); Santos (19991 Tabela 2 - Valores Normais de Referéncia dos Leucécitos. Valor Leucécitos % absoluto [x 10°/L) CUIDADO COM GATOS (HTTP://WWW.SANTELA COM-GATOS/) CUIDADOS ANIMAIS (HTTP:/WWW.SANTELA ANIMAIS/) CUIDADOS COM CACHORRO (HTTP:/WWW.SANTELA COM-CACHORRO/) CUIDADOS COM GATOS (HTTP:/WWW.SANTELA COM-GATOS/) CURIOSIDADE MUNDO ANIMAL (HTTP:/WWW.SANTELA MUNDO-ANIMAL/) CURSOS (HTTP:/AWWW.SANTELA cA (HTTP-//WWW.SANTELA CAO DIABETICO (HTTP:/WWW.SANTELA DIABETICO/] DIA DO VETERINARIO (HTTP:/WWW.SANTELA DO-VETERINARIO/] DICAS PETS (HTTP:/WWW.SANTELA PETS/) DOENCAS (HTTP-//WWW.SANTELA ESTRESSE EM CACHORRO (HTTP:/WWW.SANTELA EM-CACHORRO/] EXAME DE URINA (HTTP-//WWW.SANTELA DE-URINA/} FRIO (HTTP:/WWW.SANTELA FRUTOSAMINA (HTTP:/WWW.SANTELA GATOS (HTTP://WWW.SANTELA Oa 3602 0.033 NeutréfilosBastonetesSegmentados 3 Oe 8 7 15 Eosinéfilos 2a10 0.11.35 Baséfil asofilos: Raros Raros Linfécitos 12a 1a48 Monécitos: 30 0,182 1,35 3ai0 Fonte: Adaptado Bush, (2004). Os granulécitos ¢ os monécitos desenvolver-se exclusivamente na medula éssea, j6 0s linfécitos desenvolvem-se principalmente nos linfonodos ¢ no baco, Os estagios de desenvolvimento estao ilustrados na figura 1 KERR, 2003) 2.1 Fungio Segundo Latimer & Meyer [1992], os leucécitos participam na defesa do hospedeiro contra os patégenos e na vigilancia e remogo dos antigenos nao- préprios. Sao formados em parte, na medula éssea [os granulécitos, monécitos e alguns linfécitosl e, no tecido linfdide. Apés sua formacéo, sao transportados pelo sangue para diferentes partes do corpo onde serdo utilizados [cap 33, pag 389] Neutréfilos maduros esto presentes no organismo em trés compartimentos. Compartimento circulante, compartimento marginal [incluindo os neutréfilos seqiiestrados dos leitos capilares inativos], e 0 compartimento da medula éssea [KERR, 2003) 2.2 Classificacao dos Leucécitos Sao classificados como polimorfonucleares e mononucleares. Os leucécitos polimorfonucleares tém niicleo condensado e segmentado, so também chamados de granulécitos porque contém grande numero de granulos citoplasmaticos, os lisossomas, que contém enzimas hidroliticas, agentes antibacterianos e outros compostos. Trés tipos de granulécitos [neutréfilos, eosinéfilos e baséfilos] sao identificados pelas caracteristicas de coloragio de seus grnulos [LOPES & CUNHA, 20021 GATOS DIABETICOS (HTTP://WWW.SANTELA DIABETICOS/] GRIPE (HTTP:/AWWW.SANTELA GRIPE CACHORROS (HTTP-//WWW.SANTELA CACHORROS/] GRIPE GATOS (HTTP:/WWW.SANTELA GATOS/] INGESTAO DE AGUA (HTTP://WWW.SANTELA DE-AGUA/) LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (HTTP://WWW.SANTELA VISCERAL-CANINA/) MEDICINA VETERINARIA (HTTP-//WWW.SANTELA VETERINARIA/] OBESIDADE CANINA (HTTP:/WWW.SANTELA CANINA) PALESTRAS (HTTP-//WWW.SANTELA PETS (HTTP:/MWWW.SANTELA SUPERALIMENTAGAO (HTTP:/WWW.SANTELA TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR (HTTP://WWW.SANTELA MULTIDISCIPLINAR(/|] UNIVERSIDADE (HTTP:/WWW.SANTELA URINA ACIDA (HTTP://WWW.SANTELA ACIDA/) VACINACAO (HTTP:/WWW.SANTELA VETERINARIA (HTTP:/WWW.SANTELA viRUS (HTTP:/WWW.SANTELA Os leucécitos mononucleares, também conhecidos come agranulécitos, no sangue sao classificados como linfécitos e monécitos. Estas células nao sao destituidas de grdnulos, mas certamente tém menor nimero de granulos 08 que os granulécitos (LOPES & CUNHA, 2002) citoplasmat) 2.2.1 Neutréfilos A funcao primaria dos neutréfilos é a fagocitose e a morte de microorganismos (LOPES & CUNHA, 2002) Convencionalmente os neutréfilos sao divididos em: 7 Neutréfilos adultos [maduros, segmentados), que normalmente compreendem a vasta maioria e, freqlentemente, todos [BUSH, 2004]. 0 aparecimento de uma reentrancia no niicleo € suficiente para classificar a célula como adulta, mas o niicleo continua a se tornar mais e mais lobulado com o envelhecimento da célula e nticleos altamente lobulados so caracteristicos de células muito maduras (KERR, 2003] 2 Neutréfilos bastonetes (imaturos, nao segmentados), normalmen presentes em pequena quantidade (BUSH, 2004) Esses representam uma das principais linhas de defesa do hospedeiro contra 08 patégenos invasores, especialmente bactérias (LATIMER, 1992) ‘A média de vida dos granulécitos, ¢ de aproximadamente nove dias. Quando entram na corrente sanguinea, tém aproximadamente seis dias de vida, e permanecem na circulagao de seis a vinte horas. Estao constantemente deixando a corrente circulatéria por diapedese e indo para os tecidos, onde vivem por dois a trés dias. Eles também abandonam o leito vascular por via gastrintestinal, urinaria, trato reprodutivo e outras areas (DUKES, 1996] Os neutréfilos so completamente diferenciados e incapazes de dividir-se. So particularmente atraidos até os focos de infeccao, chegando rapidamente nessas éreas (RINGLER, 1997]. Quando hé uma sibita demanda de neutréfilos, ocorre a mobilizacao do compartimento da medula éssea, que pode cortigir a neutropenia em algumas horas, enquanto necessidades em longo prazo estimulam maior diferenciagao das células precursoras em neutréfilos. Estas células levam de quatro a seis dias para maturar e nao hd come acelerar 0 proceso (KERR, 2003} Mediadores celulares ou moleculares da inflamacao produzem substancias quimiotaticas que estimutam a liberacdo de neutréfilos da medula éssea promovem a marginalizacao e adesao destes ao endotélio vascular, nas locais ARQUIVO Malo 2018 (HTTP:/WWW.SANTELAB ABRIL 2018 (HTTP://WWW.SANTELAB MARCO 2018 (HTTP://WWW.SANTELAB FEVEREIRO 2018 (HTTP://WWW.SANTELAB JANEIRO 2018 (HTTP://WWW.SANTELAB DEZEMBRO 2017 (HTTP://WWW.SANTELAB NOVEMBRO 2017 (HTTP://WWW.SANTELAB OUTUBRO 2017 (HTTP://WWW.SANTELAB SETEMBRO 2017 (HTTP:/WWW.SANTELAB AGOSTO 2017 (HTTP://WWW.SANTELAB JULHO 2017 (HTTP://WWW.SANTELAB JUNHO 2017 (HTTP://WWW.SANTELAB Malo 2017 (HTTP://WWW.SANTELAB ABRIL 2017 (HTTP:/WWW.SANTELAB JANEIRO 2017 (HTTP://WWW.SANTELAB SETEMBRO 2016 (HTTP://WWW.SANTELAB ‘AGOSTO 2016 (HTTP://WWW.SANTELAB JULHO 2016 (HTTP://WWW.SANTELAB JUNHO 2016 (HTTP://WWW.SANTELAB ABRIL 2016 (HTTP://WWW.SANTELAB JANEIRO 2016 (HTTP://WWW.SANTELAB adjacentes ao sitio da inflama¢do. Os neutréfilos deixam a corren circulatéria e adentram os tecidos por transmigracao entre as células endoteliais (REBAR et al, 2003) 2.2.2 Linfécitos Os linfécitos ocupam 0 segundo lugar em numero de leucécitos no sangue de ces sadios. (Sao essenciais na defesa do hospedeiro, sendo componentes fundamentais do sistema imune}. Sao singulares, porque recirculam e preserva a capacidade mitética, permitindo o recrutamento de linfécitos pelos tecidos (LATIMER, 1992]. De acordo com ABBAS [0000], 0s linfécitos sao constituidos por subpopulagdes bem distintas quanto s suas fungdes, ainda que todos parecam morfologicamente semethantes. Uma classe constitui os linfécitos 8, que so as Unicas células capazes de produzir anticorpos. A segunda classe principal é formada pelos linfécitos T, suas principais fungdes sdo regular as respostas, imunes aos antigenos protéicos e servir como células efetoras para a eliminacao dos microorganismos intracelulares. A sobrevivéncia dos linfécitos B é muito curta, em média de trés a quatro dias com alguns vivendo apenas poucas horas, outros que migram para os tecidos linféides periféricos, podem viver de uma semana a um més. Os linfécitos T podem viver de um a trés anos nos tecidos e recirculam varias vezes, Nao se podem diferenciar os dois tipos de linfécitos em um esfregaco de sangue Procedimentos especiais de coloracao ajudam a identificar tais células (DUKES, 1996; KERR, 2003}. Existe uma terceira populacao de linfécitos que ndo expressam receptores de antigenos em suas membranas, as células exterminadoras naturais (Natural Killer], so derivadas da medula éssea e séo funcionalmente distintas das células Te B pela sua habilidade de lisar certas linhagens de células tumorais sem prévia sensibilizacao. Do ponto vista morfolégico estas células séo linfécitos grandes granulares [LOPES &CUNHA, 2002) 2.2.3 Eosinéfilos Os eosinéfilos constituem normalmente 2% de todos os leucécitos, so freqiientemente produzidos em grandes quantidades nas pessoas com infecgdes parasitarias, migrando para os tecidos infectados pelos parasitas, liberando substancias que eliminam muitos deles [cap.33} JUNHO 2015 (HTTP-//WWW.SANTELAB MARGO 2015, (HTTP-//WWW.SANTELAB FEVEREIRO 2015 (HTTP-//WWW.SANTELAB JANEIRO 2015 (HTTP-//WWW.SANTELAB OUTUBRO 2014 (HTTP-//WWW.SANTELAB SETEMBRO 2014 (HTTP-/WWW.SANTELAB JULHO 2014 (HTTP-//WWW.SANTELAB MARGO 2014 (HTTP-/WWW.SANTELAB FEVEREIRO 2014 (HTTP-/WWW.SANTELAB JANEIRO 2014 (HTTP-//WWW.SANTELAB DEZEMBRO 2013 (HTTP-//WWW.SANTELAB NOVEMBRO 2013 (HTTP:/WWW.SANTELAB OUTUBRO 2013 (HTTP:/WWW.SANTELAB SETEMBRO 2013 (HTTP://WWW.SANTELAB AGOSTO 2013, (HTTP://WWW.SANTELAB JULHO 2013 (HTTP://WWW.SANTELAB JUNHO 2013 (HTTP://WWW.SANTELAB Malo 2013 (HTTP-//WWW.SANTELAB ABRIL 2013 (HTTP-//WWW.SANTELAB MARGO 2013, (HTTP://WWW.SANTELAB FEVEREIRO 2013 (HTTP://WWW.SANTELAB JANEIRO 2013, (HTTP-//WWW.SANTELAB DEZEMBRO 2012 (HTTP-/WWW.SANTELAB 0 maior sitio de producdo de eosinéfilos é a medulas éssea, embora também ocorra em menor grau em outros tecidos como o bag, timo ¢ linfonodos cervicais [LOPES & CUNHA, 2002). 0 niimero de eosinétilos é apenas uma pequena fracao do niimero total do organismo. 0 compartimento de estoque da medula éssea é cerca de trezentas vezes 0 niimero circulante e, em relacdo a quantidade em tecidos, cerca de cem a trezentas vezes, principal mente na pele, trato intestinal e pulmées (KERR, 2003]. Em geral sao produzidos em torno de dois a seis dias e adentram no sangue periférico aproximadamente dois dias apés. Sua meia-vida intravascular é de menos de uma hora nos ces, em seguida entram no tecido e normalmente nao retornam para a circulagdo sanguinea. Possuem participagao na regulacao alérgica e resposta aguda inflamatéria [LOPES & CUNHA, 20021 Atualmente acredita-se que 0s eosinéfilos sejam responsaveis por uma significativa lesao tecidual e, portanto, desempenham importante papel na ampliagio da resposta inflamatéria, particularmente em reacdes de hipersensibilidade. Os efeitos deletérios estao amplamente relacionados aos efeitos téxicos, a capacidade de produzir produtos pré-inflamatérios, producao de radicais livres de oxigénio. Ao serem atraidos até o foco inflamatério, os eosinéfilos congregam-se na area e aumentam a intensidade da reacao inflamatéria (RINGLER, 1997]. 2.2.4 Monécitos Desempenham um importante papel na defesa contra microorganismos intracelulares (fungos, virus e certas bactérias) e no processamento de antigenos para apresentacao aos linfécitos. Sao importantes também na inflamagao porque contém ou secretam diversas substancias biologicamente ativas ¢ sao responsdveis pela remogao e processamento das células senescentes e debris, e pela filtracdo de bactérias e toxinas do sangue portal (MEYER et al, 1995) Segundo DUKES (1996), os monécitos entram na circulacdo e permanecem circulantes apenas vinte quatro horas ou menos. Apés esse tempo entram nos tecidos onde se tornam macréfagos. Como macréfagos eles podem viver por muitos meses ou podem morrer precocemente como resultado de um combate & infecsao. Os monécitos sanguineos podem ser visualizados como membros adolescentes do sistema de monécitos-macréfagos, que proporciona grupamento de reposicao para os diversos macréfagos teciduais fixos e de vida livre [LATIMER, 1992). 2.2.5 Baséfilos NOVEMBRO 2012 (HTTP-//WWW.SANTELAB OUTUBRO 2012 (HTTP-//WWW.SANTELAB SETEMBRO 2012 (HTTP-//WWW.SANTELAB AGOSTO 2012 (HTTP-//WWW.SANTELAB JULHO 2012 (HTTP-//WWW.SANTELAB JUNHO 2012 (HTTP-//WWW.SANTELAB Malo 2012 (HTTP-/WWW.SANTELAB ABRIL 2012 (HTTP-/WWW.SANTELAB MARGO 2012 (HTTP-//WWW.SANTELAB FEVEREIRO 2012 (HTTP-//WWW.SANTELAB JANEIRO 2012 (HTTP-//WWW.SANTELAB DEZEMBRO 2011 (HTTP:/WWW.SANTELAB NOVEMBRO 2011 (HTTP:/WWW.SANTELAB OUTUBRO 2011 (HTTP://WWW.SANTELAB SETEMBRO 2011 (HTTP:/WWW.SANTELAB AGOSTO 2011 (HTTP://WWW.SANTELAB JULHO 2011 (HTTP://WWW.SANTELAB JUNHO 2011 (HTTP-//WWW.SANTELAB Os baséfilos no sangue séo semethantes aos grandes mastécitos situados nas proximidades da maioria dos capilares do corpo. Os mastécitos e baséfilos liberam heparina no sangue, uma substncia que impede a coagulagao sanguinea assim como acelera a remocao de particulas de gordura do sangue apés uma refeicdo gordurosa [cap 33) Sao 08 leucécitos menos numerosos no sangue de cdes sadios. Também nao so fregilentemente observados nos esfregacos sanguineos de ces, representando menos de 2% da leucometria diferencial quando presentes (LATIMER, 1992] 3. Alteragdes leucocitérias 3.1 Leucocitose: E 0 termo usado quando a contagem de leucécitos exceder 0 limite superior do normal para a espécie (NELSON & COUTO, 0000). ~ Fisiolégica: Leucocitose fisiolégica esté relacionada a um aumento do ntimero de neutréfilos maduros (neutrofiia fisiolégical e, em menor grau, linfécitos maduros (linfocitose fisiolégical. A neutrofilia é induzida pela epinefrina que é tempordria, durando algumas horas. A causa de linfo especulada como sendo resultado de uma alteragao na cinética de recircul ¢o, retornando ao normal em algumas horas. Ansiedade e esforco fisico, que podem ocorrer no momento da contencao, sao responsaveis pela liberagao de epinefrina e aumento do fluxo sanguineo. Nenhumn neutréfilo imaturo surge no sangue por efeito da epinefrina [MEYER et al, 1995] 2 Reativa: Ocorre em resposta s doencas (neutrofilia infecciosal. Certas doencas podem induzir uma resposta especifica, mas usualmente um padrao geral de resposta dos leucécitos é evidente, indiferente da doenca. Uma resposta induzida por corticosterdide ou por adrenalina pode ocorrer simultaneamente com uma leucocitose reativa, A leucocitose é considerada reativa quando se tem desvio & esquerda, hiperfibrinogenemia, auséncia de linfopenia ou eosinopenia (LOPES & CUNHA, 2002) 3~ Proliferativa: Resulta de uma alteracdo neoplasica da célula pluripotencial. As formas mais comuns de leucemias sao: linfociticas, mielégenas, mielomonocitica e monocitica. As leucemias eosinofilicas e basofilicas sao raras. E importante observar que muitas vezes o cdncer das células sanguineas nao manifesta uma leucocitose, a contagem de leucécitos pode estar normal ou mesmo diminuida e a populacdo de células na medula éssea pode estar alterada com pequena ou nenhuma evidéncia no sangue periférico (LOPES & CUNHA, 2002). Um relato de caso de uma neutropenia, por infecc3o crénica, esté relatada no Algumas causas de leucocitose estao listadas abaixo Tabela 3- Algumas Causas de Leucocitose, Causas de Leucocitose Infeccdo Efeito de Esterdides Desordens Mieloproliferativas Necrose Tecidual e Severalnflamacao Gestacdo e paric¢ao nascadelas Desordens Linfoproliferativasllinfossarcoma e leucemia) Administraao de Medicamentos 3.2 Leucopenia: Autores Lopes & Cunha, (2002); Latimer & Meyer, (1992); Bush, (2004) Lopes & Cunha, (2002); Latimer & Meyer, (1992); Bush, (2004) Bush, (2004); Lopes & Cunha (2002). Bush, (2004); Lopes & Cunha (2002); Latimer & Meyer, (1992) Bush, (2004); Lopes & Cunha (2002). Bush, (2004); Lopes & Cunha (2002) Latimer & Meyer, (1992] A leucopenia ou agranulocitose é quando a medula éssea para a producao de glébulos brancos, deixando 0 corpo desprotegido contra as bactérias e outros agentes que podem invadir os tecidos (cap 33 pag 403) Tabela 4 ~Causas de Leucopenia serio citadas abaixo: Causas de Leucopenia Autores. Lopes & Cunha, (2002); Bush, Doencas Virais (2004); Latimer & Meyer, (1992) Infeccao Be nfecsao Bacteriana Lopes & Cunha, (2002); Bush, (2004). Macica Lopes & Cunha, (2002); Bush, Anafilaxia (2004), Drogas Toxicas e Lopes & Cunha, (2002); Bush, Substancias Quimicas (2004); Neoplasia de Medula Lopes & Cunha, (2002); Bush, Ossea (2004); Toxemia Endégena Lopes & Cunha, (2002); Bush, (uremia) (2004); 3.3 AlteragBes dos Neutrafilos: Os neutréfilos representam uma das primeiras linhas de detesa do hospedeiro contra os patégenos invasores, especialmente bactérias (LATIMER & MEYER, 1992) 3.3.1 Neutrofilia: Aneutrofilia é definida como o aumento absoluto do ntimero de neutréfilos ¢ constitui 2 causa mais comum de leucocitose em ces [NELSON & COUTO, 000) 1 ~ Fisiolégica: A liberacao de adrenalina como resultado de estresse, medo ou exercicio muscular esforcado causa desmarginacao dos leucécitos, produzindo elevacio répida dos neutréfilos e dos linfécitos, Dentro de 20 minutos, as contagens celulares retornam ao normal. 0 efeito é mais comum ¢ maior nos gatos do que nos cies (RASKIN, 1998]. Também é conhecida como pseudo-neutrofilia jé que o compartimento de neutréfilos circulantes totais, na verdade, mantém-se inalterado [KERR, 2003] 2. Associada a corticosterdide: A liberacao endégena de cortisol pelo cértex adrenal ou a administracao exégena de corticosteréide ou ACTH, pode causar neutrofilia (LATIMER & MEYER, 1992). 3 Inflamatéria: Assim que a inflamagao ou infeccdo esteja estabelecida, ocorreré neutrofilia continuada se a velocidade de liberaco dos neutréfilos pela medula éssea vier a exceder a velocidade de emigracdo dos neutréfilos para o tecido [LATIMER & MEYER, 1992) 4.~ Granulocitose mascarada: Refere-se a infeccdes brandas nas quais, embora os niimeros de neutréfilos circulantes estejam aumentados, 0 tamanho do compartimento marginal est maior do que o normal. A vantagem 4 que mais neutréfilos estao disponiveis para entrar nos tecidos na resposta inflamatéria inicial (KERR, 2003), 5 -Neoplasica: Pode ser dificil diferenciar a leucemia mieléide/ granulocitica de uma neutrofilia marcante - as vezes, as células so todas normais ¢ maduras ou 0 quadro pode ser semethante a um desvio & esquerda marcante. Se ha suspeita de leucemia, uma bidpsia de medula éssea é essencial. Causas de Neutrofilia esto citadas abaixo: Tabela § - Causas de Neutrofilia, Causas de Neutrofilia Autores Fisiolégica [medo / Nelson & Couto, (0000); Kerr, excitagao/ (2003); Bush, (2004); Latimer & esforsoextremo / Meyer, (1992); Lopes & Cunha, corticosterdidel. (2002); Rebar, (2003). Reativa [Infeccao estabelecida localou sistémica / doencas imuno-mediadas/ tumores]. Nelson & Couto, (0000); Kerr, (2003); Bush, (2004); Latimer & Meyer, (1992); Lopes & Cunha, (2002); Rebar, (2003). Granulocitose K (2003). Mascarada ‘err, (2003) Kerr, (2003); Latimer & Meyer, Moléstia Neoplasica (1992); Bush, (2004) 3.3.2 Neutropenia E definida como a diminuigao absoluta do nimero de neutréfilos circulantes (NELSON & COUTO, 0000), 1 = Infecciosa: 0 consumo de neutréfilos durante uma inflamacdo sistémica severa freqilentemente produz neutropenia com aumento das formas imaturas. Uma reducao da granulopoiese pode se associar a virus. A neutropenia sem desvio & esquerda acentuado pode indicar consumo superagudo sem tempo adequado para uma resposta de medula éssea. A auséncia de um desvio & esquerda sugere a reducdo absoluta dos precursores neutrofilicos ou a hipoplasia mieldide da medula éssea (RASKIN, 1998) 2 Imunomediada: Resulta em sobrevivéncia reduzida, mas nao tem sido bem documentada. Nao ha desvio esquerda eo reservatério de estoque da medula éssea parece normal ao exame direto, Sao necessarios testes para determinar anticorpos anti-neutréfilos para confirmar esse diagnéstico (MEYER et al, 1995; BUSH, 2004). 3.- Ingestao de toxinas: Ocorre o aumento do movimento de neutréfilos para o compartimento marginal. Freqtientemente encontra-se neutropenia em casos de intoxicagao alimentar em ces. A toxina geralmente é proveniente de esporo de bactérias ou fungos (KERR, 2003} Algumas neutropenias estdo citadas abaixo: Tabela 6 - Causas de Neutropenia. Causas de Neutropenia Autores Infeccao Bacteriana Macica e Latimer & Meyer, (1992); ou Crénica (septicemia, Bush, (2004) endotoxemia]. Infeccao Virale Cunha (2002); Kerr, (2003); ; Protozoaria Meyer et al, (1995). Doencas auto-imunes Bush, (2004); Kerr, (2003) Bush, (2004); Meyer et al, Choque anafilatico (1998), Bush, (2004); Latimer & Meyer, (1992];Lopes & Cunha (2002). Drogas Téxicas e Substdncias Quimicas Hematopoiese Ciclica (Dos ColliesCinzentos - congénita] Administracdo deMedicamentos (ciclofosfamida} Bush, (2004); Latimer & Meyer, (1992]; Lopes & Cunha (2002); Nelson & Couto, (0000). Bush, (2004); Nelson & Couto, (0000); Latimer & Meyer, (1992) Neoplasias e ou Necrose de MedulaOssea 3.4 Alteraces dos linfécitos: 3.4.1 Linfopenia Linfopenia é definida como a diminuigao absoluta na contagem de linfécitos. 1 - Efeitos de esterdides: Constitui uma das anormalidades hematolégicas mais comuns em caes doentes ov hospitalizados, nos quais se atribuem os efeitos dos corticosterdides endégenos, exemplo de leucograma de estresse (NELSON &COUTO, 0000), 2. Esta linfopenia produzida por corticosterdide é transitéria, & medida que @ contagem celular retorna ao normal dentro de um a trés dias. Também pode ser relacionada redistribuic&o dos linfécitos a outros tecidos. A linfopenia {reqiientemente acompanha o estresse de muitas doengas agudas (PAGE, 1998) 3.4.2 Linfocitose Significa o aumento do ntimero de linfécitos circulantes, 1-Com a excegao de quadros neoplésicos, um achado clinico de linfocitose & incomum e nao ha interpretacao especifica. A linfocitose geralmente nao é uma caracteristica de infecgies virais, esta é uma impressdo errénea adquirida na tentativa de interpretar os valores relativos ao invés de trabalhar com valores absolutos (KERR, 2003] 3,5 Alteracées dos eosinéfilos 3.5.1 Eosinofilia A cosinofilia é um aumento no nimero de eosinéfilos circulantes (BUSH, 2204). Ha uma variaco diurna no numero de eosindfilos e contagens mais altas podem ser separadas em amostras colhidas & noite (KERR, 2003] 1 ~ Reagées Alérgicas/ de hipersensibilidade: Causa mais comum de eosinofilia vista na clinica de pequenos animais. Alergia a pulgas & extremamente comum, seguida provavelmente das alergias alimentares (KERR, 2003} 2— Parasitismo: A eosinofilia ocorre devido @ uma sensibilidade a uma proteina estranha do parasita, que pode ser parte de um fenémeno imunolégico, Portanto é provavel observarmos eosinofilia quando os parasitas estdo migrando através dos tecidos, mas ela nao é esperada quando eles, esto, por exemplo, em vida livre no intestino. Nem todos os animais, parasitados ir3o demonstrar eosinofilia (KERR, 2003) 3- Lesio Tecidual: 0 dano dos tecidos que contém grandes nimeros de mastécitos [principalmente pele, pulmées, trato gastrintestinal e dterol resulta na liberaco de histamina do mastécito e em outros fatores, atraindo mais eosinéfilos que o usual na drea afetada (BUSH, 2004), Portanto, a eosinofilia nao é diagnéstico de uma Unica doenga, mas é vista em varias, R, 2003). situagdes em que ocorre degranulacao crénica de mastécitos [I 4 Neoplasias: A eosinofilia ¢ observada mais freqlientemente em casos de neoplasia dos mastécitos e linfossarcoma [LATIMER & MEYER, 19921 Predisposicao racial: Algumas racas grandes, especialmente Pastor Alemao, mostram evidéncias de eosinofilia. Este achado é to comum que ha uma tendéncia de consider8-ta caracteristica racial normal. Entretanto, a incidéncia relativamente grande de enterite eosinofilica, miosite eosinofilica e panostefte nesta raca sugere predisposigao racial aos distirbios hipereosinofilicos, e 0 achado da eosinofilia em individuos aparentemente normais podem denotar doenca subclinica [BUSH, 2004; KERR, 2003) 6~Estro: Algumas cadelas desenvolvem eosinofilia apenas durante o estro, aparentemente como uma resposta liberacao de histamina pelos mastécitos na parede uterina sob a influéncia de estrégenos (BUSH, 2004; KERR, 2003) 7 ~ Gestacao/ parto recente: A placenta canina contém grande quantidade de eosinéfilos e, as vezes, observa-se easinofiliana circulagao associada com a presenca de placentas in utero (KERR, 2003} Algumas causas de eosinofilia esti listadas na tabela abaixo: Tabela 7 - Causas de eosinofilia Causas de Eosinofilia Autores Hipersensibilidade e/ ou lesdesinflamatérias (granulomas, piometra, miosite, infiltrados pulmonares, atopias,dermatites) Latimer & Meyer, (1992); Bush, (2004); ; Lopes & Cunha (2002); Kerr, (2003); ; Meyer et al, [1995]; Rebar, (2003) Latimer & Meyer, (1992); Parasitismo (nematédeos, Bush, (2004); ; Lopes & trematédeos, insetos, Cunha (2002); Kerr, (2003); ; protozoarios). Meyer et al, (1995); Rebar, (2003) Latimer & Meyer, (1992); Neoplasias (carcinoma, Bush, (2004); ; Lopes & mastocitoma, linfossarcoma, Cunha (2002); Kerr, (2003); ; hipoadrenacorticismo). Meyer et al, (1995); Rebar, (2003) Bush, (2004); Kerr, {2003}; Predisposicao Racial Lopes & Cunha (2002) Bush, (2004); Kerr, {2003}; Estro em cadelas Lopes & Cunha (2002) 3.5.2 Eosinopenia: Eosinopenia define a diminuicao absoluta nos niimeros de eosinéfilos circulantes [NELSON & COUTO, 000). 1 ~latrogénica: Os pacientes em tratamento com corticosterdides irdo naturalmente, apresentar uma eosinopenia. Ao solicitar um hemograma, & importante informar que o animal esta recebendo este tipo de tratamento, para que o laboratério saiba como interpretar os resultados (KERR, 2003] 2 Estresse agudo: A liberacdo de adrenalina [epinefrina] por medo e excitacao (por exemplo, estresse emocional decorrente de contencao ou Viagem] ou atividade muscular violenta (incluindo convulsées) causa, primeiramente, leve eosinofilia, seguida de um pico moderado de eosinopenia depois de aproximadamente quatro horas [BUSH, 2004) 3- Estresse Crénico: Isto provoca a liberacao de glicocorticéide endégenos, principalmente cortisol, que causa eosinopenia com neutrofilia,linfopenia e monocitose. Glicocorticéides causam eosinopenia por virios mecanismos Neutralizando a histamina nos tecidos, 0 que provoca liberacao de eosindfilos da medula dssea; Aumentando fagocitose de eosinéfilos pelos macréfagos: Estimutando migraso de eosinéfilos em intestino delgado e tecido linféide: Reduzindo a producao de eosinéfilos da medula éssea (BUSH, 2004] 4~Sindrome de Cushing {hiperadrenocorticismol: A eosinopenia [mais neutrofilia, linfopenia e monocitose] segue a producao excessiva e a liberacao de cortisol por neoplasia adrenal (BUSH, 2004] 5 - Infeccdo e Inflamacao Agudas: A opiniao atual sobre estes casos é que hd a probabilidade de um outro mecanismo responsavel pela eosinopenia - um mecanismo que seja independente da liberacdo de adrenalina e glicocorticéides por estresse (BUSH, 2004) Em muitos laboratérios, o limite inferior para os valores absolutos de eosinéfilos é zero ou um nimero muito pequeno. Dessa forma, a eosinopenia & detectada mais eficientemente em hemogramas seriados (REBAR et al, 2003). Algumas causas de eosinopenia esto citadas na tabela abaixo: Tabela 8 - Causas de eosinopenia Causas de Eosinopenia Autores. Estresse agudo Bush, (2004); Kerr, (2003) {adrenalina) Estresse crénico Nelson & Couto, (0000); Bush, (glicocorticdides (2004); Kerr, (2003); Lopes & endégenos Cunha (2002). Meyer et al, (1995); Lopes & Cunha (2002); Bush, (2004); Kerr, (2003); Latimer & Meyer, [1992]. Sindrome de Cushing (hiperadrenocorticismo} Latimer & Meyer, [1992]; Bush, (2004); ; Lopes & Cunha (2002); Kerr, (2003) Inflamacées/ Infecgbes agudas 3.6 Alteracdes dos Monécitos 3.6.1 Monocitose Significa o aumento de monécitos circulantes. Os mecanismos responsaveis por este controle nao estdo bem esclarecidos, mas, esté tradicionalmente associada com a doenca crénica, particularmente a doengas inflamatérias crénicas. Uma monocitose transitéria também pode ser vista poucos dias antes do inicio do quadro inflamatério agudo [KERR, 2003), 1 - Efeitos de esterdides (hiperadrenocorticismo; Administracao de esterdides; Estresse grave]. A monocitose esteroidal acorre em cdo e, 8s vezes, em gato, Ela aparece porque os monécitos saem do compartimento marginal [e no cao, provavelmente, também do compartimento da medula 6ssea] para a circulacao. A monocitose por administracao de uma simples dose de esterdide ou episédio nico de estresse, aparece dentro de poucas, horas e dura menos de um dia [BUSH, 2004 2 Infecces/ inflamagdes agudas e crénicas: Os nimeros de monécitos aumentam sempre que a fagocitose ¢ requerida [nos tecidos se transformam ‘em macréfagos) e a monocitose freqiientemente acompanha ou segue a neutrofilia, embora o aumento no niimero de monécitos nao seja to répido ou pronunciado como o dos neutréfilos. 3 — Distirbios imunomediados: 0 dano elevado aos tecidos e érgaos pelas des imunes leva a uma necessidade aumentada de fagocitose consegilentemente, a monocitese (por exemplo, é marcante na anemia hemolitica auto-imune] (BUSH, 2004) 4-~ Idade Avancada: Em ces idosos hd uma tendéncia para o desenvolvimento de monocitose absoluta, linfopenia e eosinopenia, Nao esta claro se isso tem relagao com estresse (BUSH, 20041, 5 ~ Neoplasia: As leucemias monocitica ou mielomonocitica s80 caracterizadas por monocitose e ntimeros pronunciados de precursores da medula éssea, Algumas causas de monacitose estao listadas na tabela abaixo Tabela 9 - Causas de Monocitose. Causas de Monocitose Efeitos de esterdides estresse grave, hiperadrenocorticismo, administracao de esterdides Infeccdes/Inflamacdes agudas e crénicas Autores Bush, (2004); Kerr, (2003); Lopes & Cunha (2002); Nelson & Couto, (0000); Meyer et al, (1995), Bush, (2004); Kerr, (2003); Lopes & Cunha (2002); Meyer et al, (1995); Nelson & Couto, (0000) Latimer & Meyer, (19921; Distrbios imunomediados Bush, (2004); ; Lopes & Cunha (2002); Kerr, (2003) Lopes & Cunha (2002); Bush, Idade Avangada (2008) Meyer et al, (1995); Lopes & Mélestias Neoplasicas Cunha (2002); Bush, (2004); Nelson & Couto, (0000) 3.6.2 Monocitopenia: Os valores normais dos monécitos so tdo baixos que é dificil reconhecer monocitopenia (BUSH, 2004]. Esta possibilidade nao é tao importante na interpretagao dos resultados de hemogramas (KERR, 2003} 3.7 Alteracdes dos Baséfilos: 3.7.1 Basofilia: A basofilia em cdo significa, essencialmente, a presenca de qualquer baséfito, © que é uma ocorréncia rara [BUSH, 2004] 1 - Disturbios alérgicos: Quando aparece, com freqiiéncia acompanha eosinofilia, incluindo aqueles que afetam o pulmao ou a pele e, também, tratos gastrintestinal e reprodutivo [BUSH, 2004). 2 Caes Basenji jovens: Com cerca de dois meses de idade, pequeno nimero de baséfilos é comum, embora geralmente aos quatro meses de sejam raros (BUSH, 2004) 3- Leucemia basofilica: Ocorre muito raramente e caracteriza alta proporcao de estagios de desenvolvimento dos baséfilos (BUSH, 2004) Algumas causas de basofilia esto listadas na tabela abaixo: Tabela 10 - Causas de Basofilia, Causas de Basofilia Autores Bush, (2004); Kerr, (2003); Lopes & Quadros alérgicos Cunha (2002); Rebar, (2003); Latimer & Meyer, (1992). Caes Basenji jovens Bush, (2004). Neoplasias (leucemia _Latimer & Meyer, {1992}; Bush, basofilica, neoplasia (2004); Meyer et al, (1995); Rebar, mastocitaria, etc. (2003); Nelson & Couto, (0000) Administracao de medicamentos Latimer & Meyer, (1992). {heparina, penicilina] Rebar, (2003); Bush, (2004); Nelson Hipertipoproteinemia geo (0000) 3.7.2 Basopenia: E normal nao encontrarmos baséfilos no estregaco sanguineo. Por isso, hipdteses sobre basopenia nao tém validade em casos clinicos [KERR, 2003). Glicocorticéides endégenos ou exégenos [administracol podem causar uma diminuigao no numero de baséfilos circulantes [REBAR et al, 2003}. Bibliografia RINGLER, D.J. Inflama¢ao e reparo. In: JONES, T.C.; HUNT, R.D.; KING, N.W. Patologia veterindria. 6, ed, Sao Paulo: Editora, 1997. p. 119-149. RASKIN, R.E, Hemdcias, Leucécitos e Plaquetas. In: BICHARD, S.J.; SHERDING. Clinica de Pequenos Animais. 1. ed. Sao Paulo: Roca, 1998. p. 165- 184. LATIMER, K.S.; MEYER. D.J. Os leucécitos na Satide e na Moléstia, In: ETTINGER, S.J. Tratado de medicina Interna Veterinéria. 3. ed. Séo Paulo: Manole, 1992. v. 4, p. 2616-2664. LOPES, S.1.A.; CUNHA, C.M.S, Patologia Clinica Veterinaria. 2002. 125f. Tipo de trabalho ~ Centro de Ciéncias Rurais, Universidade Federal de Santa Maria MEYER, D.J.; COLES, E.H., RICH, L.J. Medicina de Laboratorio Veteriné ‘.ed, Sao Paulo: Roca, 1998. p. 23-36. BUSH, B.M, Interpretagao de Resultados Laboratori Pequenos Animals. 1. ed. Sao Paulo: Roca, 2004. p. 100-148. para Clinicos de KERR, M.G. Exames Laboratoriais em Medicina Veterinria. 2. ed. Sao Paulo: Roca, 2003. p. 61-80. DUKES, H.H. Fisiologia dos Animais Domésticos. 11, ed. Rio de Janeiro Guanabara, 1996. p. 19-43. RABER, AH, et al, Hematolo, 2003. p. 81-129. para Ces e Gatos. 1. ed. Sa0 Paulo: Roca, NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Fundamentos de Medicina Interna de Pequenos Animais, SANTOS, L.C. Laborati 92. Ambiental. 1. ed. Parana: Edunioeste, 1999, p, 59- W (15 Gostei!) LEIA TAMBEM CAQ-GUIA: COMO SURGIU ESSA IDEIA E COMO FUNCIONA 0 PROJETO (HTTP://WWW.SANTELABORATORIO.COM.BR/CAO- GUIA-SURGIU-IDEIA-FUNCIONA-PROJETO/} AIMPORTANCIA DO PASSEIO PARA OS CACHORROS (HTTP://WWW.SANTELABORATORIO.COM.BR/IMPORTANCIA- PASSEIO-CACHORROS/) DIABETES: MEU CACHORRO PODE DESENVOLVER? (HTTPy/WWW.SANTELABORATORIO.COM.BR/DIABETES- CACHORRO-DESENVOLVER/) COMPARE E COMPROVE; SEU CLIENTE MERECE 0 MELHOR! (HTTP://WWW.SANTELABORATORIO.COM.BR/COMPARE- COMPROVE-CLIENTE-MERECE-MELHOR/) 0 LABORATORIO DE ANALISE CLINICA VETERINARIO DEVE TER COMO RESPONSAVEL TECNICO UM MEDICO VETERINARIO? (HTTP/WWW.SANTELABORATORIO.COM.BR/LABORATORIO- ANALISE-CLINICA-VETERINARIO-RESPONSAVEL-TECNICO- MEDICO-VETERINARIO/) COMENTARIOS 10 COMENTARIOS EM “INTERPRETACAO DAS ALTERACOES, LEUCOCITARIAS NO HEMOGRAMA COMPLETO EM CAES” 13,05.2015 as 17:40 {http:/Awww.santelaboratorio.com.br/interpretacao-das-alteracoes- \eucocitarias-no-hemograma-completo-em-caes/#tcomment-57) Jociel Duarte disse: adorei muito bom, bem detalhado RESPONDER VINTERPRETACAO- DAS- ALTERACOES- LEUCOCITARIAS- NO-HEMOGRAMA- COMPLETO-EM- CAES/? REPLYTOCOM=57#RESPOND) 14,05.2015 as 10:55 {http://vww.santelaboratorio.com.br/interpretacao-das- alteracoes-leucocitarlas-no-hemograma-completo-em- caes/#comment-58) Santé Laboratério disse: Obrigado Jociel, qualquer divida estamos aqui RESPONDER VINTERPRETACAO- DAS- ALTERACOES- LEUCOCITARIAS- No- HEMOGRAMA- COMPLETO-EM- CAES/? REPLYTOCOM=58#RESPOND] 18.05.2015 &s 20:01 {httpy/www.santelaboratorlo.com.br/Interpretacao-das-alteracoes- leucocitarias-no-hemograma-completo-em-caes/#comment-61) marcos teixeira da silva disse: Gostei muito. Ser muito util. Excelente trabalho Muito Grato RESPONDER (INTERPRETACAO- DAS- ALTERACOES- LEUCOCITARIAS- NO-HEMOGRAMA- COMPLETO-EM- CAES/? REPLYTOCOM=61#RESPOND) 18.05.2015 as 20:06 {http://www.santelaboratorio.com.br/interpretacao-das-alteracoes- leucocitarias-no-hemograma-completo-em-caes/#comment-62) marcos teixeira da silva disse: Infelizmente nao consigo enviar meu comentario Grato RESPONDER (INTERPRETACAO- DAS- ALTERACOES- LEUCOCITARIAS- NO-HEMOGRAMA- COMPLETO-EM- CAES/? REPLYTOCOM=62#RESPOND) 06.08.2015 as 10:42 {http:/Awww.santelaboratorio.com.br/interpretacao-das-alteracoes- \eucocitarias-no-hemograma-completo-em-caes/#tcomment-75) Beatriz disse: Parabéns! Adorei o texto para uma consulta répida RESPONDER VINTERPRETACAO- DAS- ALTERACOES- LEUCOCITARIAS- NO-HEMOGRAMA- COMPLETO-EM- CAES/? REPLYTOCOM=75#RESPOND) 25.11.2015 as 12:28 {httpy/www,santelaboratorio.com.br/interpretacao-das-alteracoes- leucocitarias-no-hemograma-completo-em-caes/#comment-90) Elisete da Silva Corréa disse: Eusinofilos 2120 segmentados 17808 Linfocitos 848 mondlitos 424 Leucometria 21200 Eritrograma normal 0 que significa esse resultado? Alergia alimentar parasitas ou neoplasia? Cachorro com rabo baixo tem 50 dias Amuado com aparente dor Vet nao esta achando causa Fazendo dieta caseira e dei vermifugo Mas nada de melhoras RESPONDER V/INTERPRETACAO- DAS- ALTERACOES- LEUCOCITARIAS- NO-HEMOGRAMA- COMPLETO-EM- CAES/? REPLYTOCOM=90#RESPOND) 25.11,2015 as 15:23 {http://mww.santelaboratorio.com.br/interpretacao-das- alteracoes-leucocitarias-no-hemograma-completo-em- caes/Hcomment-92) Santé Laboratério disse Ola Elisete, infelizmente,apenas com os resultados do leucograma, nao temos como fazer uma avaliacao do estado de saiide de seu animalzinho. Os exames laboratoriais sao de extrema importancia e sao ferramentas para que 0 clinico veterinario possa agregar e verificar diagnéstico e prognéstico do paciente. Além disso,para diagnésticos como parasitemia, neoplasia e alergias alimentares, dispomos de exames especificos ou complementares que iro auxiliar ainda mais 0 Médico Veterinario Algumas perguntas que possivelmente 0 MV deve ter feito para auxilid-lo na anamnese do paciente: Foram realizados exames de funcao hepatica? E de fungao renal? Animal com vermifugo em dia? E vacinas? \dade/Raga/Sexo? Sugerimos que vocé procure o clinico e verifique com ele quais as sugestées para exames complementares, Assim ele estaré apto a the ajudar. O laboratério de analises clinicas é uma grande ferramenta de apoio mas a clinica é soberana. Grande abrago. RESPONDER VINTERPRETACAO- DAS- ALTERACOES- LEUCOCITARIAS- No- HEMOGRAMA- COMPLETO-EM- CAES/? REPLYTOCOM=92#RESPOND] 29.06.2016 as 18:33, (httpu/www.santelaboratorio.com.br/interpretacao-das~ alteracoes-leucocitarlas-no-hemograma-completo-em- caes/#comment-106) Elisete da Silva Corréa disse: fiz funcdo renal e hepatica ultrassom e rx e tudo normal vermifugou inclusive para giardia diagnosticou como alergia alimentar estou dando racic hipoalergenica mas agora tem aparecido petequias na pele plaquetas baixas? tomou th 21 dias doxaciclina dificil nao saber o que ele tem RESPONDER VINTERPRETACAO- DAS- ALTERACOES- LEUCOCITARIAS- No- HEMOGRAMA- COMPLETO-EM- CAES/? REPLYTOCOM=106#RESPOND] 03,12,2015 as 18:37 {httpy/www.santelaboratorio.com.br/interpretacao-das-alteracoes- Leucocttarlas-no-hemograma-completo-em-caes/#comment-96) Hellem Toledo Barcelos [Atualizacao] disse: Duvidas, cadela de 2 meses, 24, 600 leucécitos, leucocitose, neutropenia relativa, linfocitose relativa, Ela é super animada, cheia de energia, no entendo este resultado, toma promun dog, duprafer, doxitec, mas nao tomou ainda as vacinas, a veterinaria quer que ela melhore de uma infeccao. E parvovirose? Desde ja agradeco a atencao. Hellem RESPONDER UINTERPRETACAO- DAS- ALTERACOES- LEUCOCITARIAS- NO-HEMOGRAMA- COMPLETO-EM- CAES/? REPLYTOCOM=96#RESPOND) 13.01.2018 as 09:40 {httpy/www.santelaboratorio.com.br/interpretacao-das-alteracoes- leucocitarias-no-hemograma-completo-em-caes/#comment-189] Leticia Piccoli disse: Parabéns pelo artigo, muito didatico e esclarecedor. Obrigada RESPONDER (INTERPRETACAO- DAS- ALTERACOES- LEUCOCITARIAS- NO-HEMOGRAMA- COMPLETO-EM- CAES/? REPLYTOCOM=189#RESPOND) DEIXE UM COMENTARIO * Campos Obrigatérios, Seu endereco de e-mail nao serd publicado. NOME * E-MAIL * RUURrs71TLjO * Copy This Password * * Type Or Paste Password Here * COMENTARIO ENVIAR COMENTARIO A SAIS N° 08 - Sociedade Hipica de Brasilia - Brasilia/DF - CEP:70.610-000 | (61) 3345.8333 - 3346.8333 - 99221.8856 DESENVOLVIDO POR

Você também pode gostar