Artro 1N

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Filo Arthropoda (Barnes, 1977)

Subfilo Trilobita
Fósseis, todos extintos

Subfilo Chelicerata

Classe Merostomata - límulos - carangueijo


Classe Arachnida - escorpiões, aranhas, carrapatos
Ordem Acari
Classe Pynogonida - aranhas marinhas
Subfilo Mandibulata
Classe Crustacea - camarão, lagosta, pitu
Classe Insecta - moscas, pulgas, borboletas
Ordem Hemiptera
Ordem Diptera
Ordem Anoplura
Ordem Siphonaptera
Classe Chilopoda - centopéia
Classe Diplopoda - milipés
Classe Symphyla - sínfilos de terra vegetal
Classe Pauropoda - paurópodos de húmus

Subfilo Pentastomida - artrópodes vermiformes


Classe Insecta
• todos os Arthropoda que apresentam o corpo
dividido em cabeça, tórax e abdomen

• três pares de
patas

• podem ou não
apresentar asas
Características gerais

• Artropodes são animais invertebrados com esqueleto


externo e apêndices articulados
• O filo Arthopoda é o mais bem sucedido e abundante
do reino animal (cerca de 875.000 sps).
• Cerca de 80% das espécies do planeta.
• Características comuns organizadas em um plano
corporal básico
Morfologia Externa
Cabeça
• olhos - maioria possue um par de
olhos compostos e dois ou três
olhos simples ou ocelos;

• antenas - são duas e apresentam


formas e tamanhos variáveis;

• peças bucais - são muito


variáveis em tamanho e forma;
função sugadora ou mastigadora;
Morfologia Externa
Tórax
• formado por 3 metâmeros ou segmentos - protórax, mesotórax
e matatórax;

Abdome
• formado por 8 a 10 anéis;
Morfologia Externa

Asas - formadas por várias nervuras de


sustentação e células
Características gerais
• Exoesqueleto protege partes
moles internas

• Exo e endocutícula são


formadas pelo epitélio

• Componente fundamental é a
quitina, um polímero da
N-acetilglicosamina
Características gerais

• o exoesqueleto deve ser


mudado quando ocorre o
crescimento.
Ciclo Biológico

Ametabolia

Formas jovens são


semelhantes aos adultos.
Thysanura - traças
Ciclo Biológico

Hemimetabolia

Insetos passam pelas


formas de ovo, ninfa e
adulto, mas as ninfas
diferem dos adultos pelo
ambiente e alimentação.
Odonata - libélulas
Ciclo Biológico

Holometabolia ou
Metamorfose
completa

Insetos passam
pelas fases de ovo,
larva, pupa e adulto.
Diptera - moscas e
mosquitos;
Siphonaptera -
pulgas
Artrópodes de importância médica

Classe Insecta - moscas, pulgas, borboletas


Ordem Diptera
Ordem Hemiptera
Ordem Anoplura
Ordem Siphonaptera
Artrópodes de importância médica

• Diptera
• (di = dois; ptera = asas)
• ocupam diferentes
hábitats
• são vetores de vírus,
protozoários e
helmintos
Muscidae: as moscas
Muscidae: as moscas

• motucas ou mutucas:
algumas espécies são
hospedeiras
intermediárias da filária
Loa Loa
• mosca doméstica: vetor
mecânico de bactérias e
vírus
• moscas do berne e
varejeiras
Ordem: Diptera
Familia: Muscidae
Mosca berneira: Dermatobia hominis

Doença: miíase (Berne)

infestação de
vertebrados vivos
por larvas de
dípteros que se
alimentam de tecidos
ou líquidos corpóreos
Dermatobia hominis inseto forético

• Dermatobia hominis é encontrado em várias áreas úmidas da Américas central e sul;


• A fêmea coloca os ovos na parte abdominal de outros insetos (foréticos) que se alimentam de
sangue ou secreções (moscas ou pernilongos);
• Durante o pouso no hospedeiro, os ovos eclodem e a larva de Dermatobia penetra a pele sã
(biontófaga) e evolui, dentro da lesão, até a larva 2. estádio;
• Após 6-12 semanas, a larva três emerge do hospedeiro e cai no solo onde se transforma em
pupa.
• O local de infecção fica
suscetível a entrada de
oportunistas: bactérias
• A infecção normalmente
é benigna (inflamação
localizada)
(larva biontófaga)
Após abandono do hospedeiro  pupa no solo

Emergência da mosca adulta após 4-11 semanas que vive


poucos dias, copula e realiza postura (5-12 d)
Moscas varejeiras:

Cochliomyia hominivorax (biontófaga) - oviposição somente em seres vivos

Cochliomyia macellaria (necrobiontófaga) – oviposição em tecidos necrosados

Doença: miíase (Bicheira)


Patogenia
• Larvas secretam enzimas proteolíticas
• Ferimento aumenta de tamanho
• Decomposição de material no ferimento

Atrai moscas

Miíases secundárias Miíases por necrobiontófagas


(Cochliomyia macellaria)
Tratamento:

• Limpar ferimento (com anestesia local)

• Remoção individual dos vermes (CAVE: fluido corporal tóxico!)

• Aconselhavel: Aplicação de um antibiótico de largo espectro

Controle:

• Zoonose: Tratamento também dos animais!

• Manipulações em gado (castração/descornas) no inverno

• Tratamento do gado com Ivermectina/Doramectina para diminuir a


densidade populacional das moscas
Miíases - ação terapêutica
– tratamento pode ser vantajoso no caso de
resistência a antibióticos

– utilização larvas necrobiontófagas

– úlceras crônicas: pé diabético, estase


venosa (forma de terapia milenar)

Lucilia sericata, L. ilustris


Phornia regina
• Remoção de tecidos necróticos
– secreção de proteases
– ingestão do tecido liquefeito

• Atividade antimicrobiana
– S. aureus, Streptococcus sp.

• Cicatrização
– movimento (?)
– alantoína, uréia, bicarbonato de amônia

1 semana 1 ano
Artrópodes de importância médica
• Siphonaptera, as pulgas

• hematófagos na fase adulta

• vetores de:
– peste bubônica (Yersinia pestis)
– tifo murino (Rickettsia mooseri)
• hospedeiros intermediários de:

– Dypilidium caninum, Hymenolepis
diminuta e H. nana

• reações alérgicas, urticária


Ordem Siphonaptera: Tunga penetrans
– pulga da areia

– “bicho do pé” ou “bicho do


porco”, hospedeiro usual é
o porco (mas ataca gatos,
cachorros e seres humanos)

As lesões passam a ser porta de entrada de micróbios


como Clostridium tetani (tétano), C. perfringens
(gangrena gasosa), Paracoccidioides braziliensis
(blastomicose)
Tunga penetrans

• A fêmea, após fecundação


penetra a pele e começa a
sugar sangue
• os ovos se desenvolvem em
2 dias e são expelidos, o
parasita morre
Terapia: Remoção do parasita
Prevenção: Aplicação de inseticidas
Classificação dos Parasitas do
Homem segundo seu
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses cuja transmissão decorre de promiscuidade, contato
entre pessoas e seus objetos de uso pessoal

Sarcoptes scabei Pediculus humanus Phthirus pubis


(sarna) (piolho) (chato)
Artrópodes de importância médica

 Anoplura (anopl=desarmado; ura=


rabo)
 Pediculus capitis e humanus
 Pthirus pubis
 parasitos cosmopolitas exclusivamente
humanos
 Presentes em todas as áreas do mundo
 E em todas as classes sócio-econômicas
 HEMIMETÁBOLOS
 todos os estágios desenvolvem no
corpo do hospedeiro e se alimentam de
sangue
Ordem Anoplura: Pediculus capitis, P.
humanus e Pthirus pubis
 Doenças: Pediculose e Ftirose
 Ectoparasitos cosmopolitas exclusivamente
de humanos
 Em todas as classes sócio-econômicas
 Hemimetábolos (ovo, ninfa, adulto)
 Todos os estádios hematófagos
Piolhos: habitats

• Pediculus capitis : cabeça

• P. humanus: na roupa, em áreas protegidas do corpo

• Pthirus pubis : predominantemente na área pubiana.

• Os ovos são depositados em fios de cabelo (onde eles


são detectados mediante luz UV) ou de roupas

• Ciclo evolutivo: após 10 dias, a larva eclode do ovo e


começa sugar sangue, estádio ninfa, após 14 dias ficam
maduros
Pediculose
Piolhos

• Pediculus capitis
• mais comuns em crianças
• Deposita os seus ovos
(lêndeas) nos cabelos
Piolhos

• O piolho do corpo (Pediculus humanus)


coloca os ovos nas fibras da roupa
– contato com a pele

• fica agarrado às fibras da roupa,


inclusive quando suga

• Vetor do tifo exantemático


– Rickettsia prowazekii
Piolhos
• o piolho do corpo é muito sensível a
mudanças de temperatura e umidade

• abandona seu hospedeiro quando ele


está com febre ou quando morre

• tratamento e controle:
– troca e lavagem de roupas; se não for
possível (desabrigados, sem-teto), uso de
inseticidas
Patogenia da Pediculose/Ftiríase
• Prurido, entrada de oportunistas (bacterias)
• Phtirus pubis pode ser considerada uma DST
(transmissão rara através de roupa)
• P. humanus é um importante transmissor de Tifo
exantemático (Rickettsia prowazekii), o artrópode
abandona o hospedeiro que está com febre)
Tratamento:

P. capitis : Lavar cabeça com “shampoo” que contem


1% permethrina, uso repetido garante 100% sucesso

Usar pente especial para remover as lêndeas do cabelo!

P. humanus e Pthirus pubis : Lavar roupa contaminada


a 50°C por 30 min, ou deixar em lugar seco fechado por
2 semanas
“Chatos” Pediculose Pubiana

 Pthirus pubis, o piolho


do púbis ou chato
 pêlos pubianos ou do
períneo
 também nos pêlos
axilares e do resto do
corpo
Tratamento : algumas
aplicações de inseticidas
nas regiões pubianas
Filo Artropoda
Classe Arachnida
Subclasse Acari
ácaros: as alergias
• os ácaros da poeira são de
vida livre
• vivem na poeira doméstica
• especialmente em locais
quentes e úmidos
• carregam alergenos em seus
corpos, secreções e dejetos

• em algumas pessoas, provocam alergias respiratórias ou


dermatológicas
• higiene pessoal e ambiental, desumidificação, limpeza de
filtros de ar...
Dermatophagoides pteronyssinus e Blomia tropicalis
Subordem: Astigmata (Sarcoptiformes)
Sarcoptes scabiei
Escabiose ou Sarna

dorsal ventral

• Cosmopolita, democrático
• 300 milhões de casos
• parasita de seres humanos e outros mamíferos
(existem variedades com diferentes preferências: S.
scabiei canis, S. scabiei cuniculi, S. scabiei ovis etc.)
• Não possuem traquéias, respiram pelo tegumento
• Macho (0,2 mm) e fêmea (0,4 mm)
• Infecção ocorre por contato pessoa-pessoa ou objetos
contaminados (roupa, pentes etc.)
• Os ácaros migram na epiderme, depositam ovos, dos
quais eclodem larvas (depois 3-4 dias), que se
desenvolvem para ninfas que ficam adultos (4 dias).
• Fêmea: 3-4 ovos/dia (durante até 50 d), ciclo total: 20 d
• Sítio preferencial de infecção: interdigital, nas pernas
Patologia
• A atividade migratória e a deposição de antígenos
causa o influxo de células T mononucleares e reações
alérgicas (hipersensitividade do tipo IV)

• Prurido, causa ferimentos secundários na pele e


infecções bacterianas são frequentes

• Em aidéticos ou imunossuprimidos, ocorre dermatite


generalizada com grandes areas de pele
comprometidas, altissimo número de ácaros presentes
e o indivíduo é forte transmissor de Scabies
Diagnóstico:

• Clínico: Anamnese, pruridos noturnos, localização e


aspecto das crostas
• Parasitológico: Fita gomada sobre crostas ou raspado
profundo lâmina microscópio

Tratamento (repetido!):

- Creme com permethrina 5%


ou
- Lindan 1%
(pessoas imunocomprometidos plus 1 dose Ivermectina)
- Tratamento da roupa contaminada: Lavar e secar
por 10 min a 50°C, ou estocagem em recipientes
fechados por 5 dias
Aspectos epidemiológicos

• Infestação do homem por variedades Sarcoptes


scabiei de animais:
• auto-limitante, fugaz
• Hipótese - origem das variedades:
• Homem: hospedeiro primário
• Adaptações a outras espécies de hospedeiros
• Intercruzamento de cepas de animais e do homem

evita especiação variabilidade genética leva


a ampliação do espectro
de hospedeiros (40 ssp de
17 famílias e 7 ordens)
Ácaros de vida livre como causador de doença
• Vivem em poeira domiciliar, grãos armazenados,
alimentos processados

• Família Phyroglyphidae: - Dermatophagoides pteronyssinus


- Dermatophagoides farinae
- Pyroglyphus africanus
- Dermatophagoides deanei
- Euroglyphus maynei
• Família Glycyphagidae: - Blomia tropicalis
• Família Chortoglyfidae: - Chortoglyphus arcuatus
• Família Saproglyphidae: - Suidasia pontifica

• Pessoas suscetíveis (número crescente): alergias


respiratórias
• Alérgeno é o próprio ácaro e/ou seus produtos:
dejetos, secreções, fezes que ficam em suspensão
em poeira
percevejos
• Cimex lectularius (clima temperado)
• Cimex hemipterus (tropical)
• vivem no domicílio humano
• hábitos noturnos
• não são vetores de doenças humanas
• mas provocam grande desconforto,
perda de sono
• e reações alérgicas generalizadas
• erradicação e controle: limpeza e
aplicação de inseticidas

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