EREsp 1539725 - Honorários em Agravo Interno
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EREsp 1539725 - Honorários em Agravo Interno
Documento: 1595425 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2017 Página 2 de 89
Superior Tribunal de Justiça
AgInt nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.539.725 - DF
(2015/0150082-1)
RELATÓRIO
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AgInt nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.539.725 - DF
(2015/0150082-1)
VOTO
Afirma ainda que "a falta de pagamento dos direitos autorais devidos ao ECAD se
assemelha ao descumprimento de obrigação contratual, e não a um ilícito clássico.
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De tal modo, incide no caso dos autos o artigo 205 do Código Civil" (e-STJ fl. 602).
Pede a reforma do acórdão embargado, para que seja fixado o prazo prescricional de
10 (dez) anos para a cobrança de direitos autorais nos termos do art. 205 do CC/2002
(e-STJ fl. 1.017).
É o relatório.
Decido.
A TERCEIRA TURMA, no acórdão embargado, aplicou o prazo trienal de prescrição,
deliberando que (e-STJ fls. 997/999):
"De fato, este Superior Tribunal firmou o entendimento de que, em se
tratando de violação extracontratual de direitos do autor, aplica-se o disposto
no art. 206, § 3o, V, do Código Civil de 2002, segundo o qual prescreve em 3
(três) anos a pretensão de reparação civil, observadas as regras de
transição previstas no art. 2.028 do mesmo diploma legal. (...)
Na hipótese dos autos, tendo em vista a ausência de liame contratual entre
as partes, deve ser aplicado o prazo prescricional elencado no art. 206, § 3o,
V, do Código Civil."
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O paradigma (REsp n. 1.211.949/MG), no entanto, enfrentou questão relativa
ao prazo prescricional para execução de multa cominatória, por descumprimento de decisão
judicial que proibia o réu de executar obra musical (e-STJ fl. 1.027).
Constata-se assim a diferença fático-processual entre os julgados
confrontados.
Vale registrar que as exigências relativas à demonstração da divergência
jurisprudencial não foram modificadas pelo CPC/2015, assim dispondo o seu art. 1.043, §
4º:
Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que:
(...)
§ 4º O recorrente provará a divergência com certidão, cópia ou citação de repositório
oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi
publicado o acórdão divergente, ou com a reprodução de julgado disponível na rede
mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e mencionará as
circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA SEÇÃO
AgInt nos
Número Registro: 2015/0150082-1 PROCESSO ELETRÔNICO EREsp 1.539.725 /
DF
Relator
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro RAUL ARAÚJO
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MAURÍCIO VIEIRA BRACKS
Secretária
Bela. ANA ELISA DE ALMEIDA KIRJNER
AUTUAÇÃO
EMBARGANTE : ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD
ADVOGADO : VIVIANE BECKER AMARAL NUNES E OUTRO(S) - DF011437
ADVOGADA : KARINA HELENA CALLAI E OUTRO(S) - DF011620
ADVOGADA : ROSÂNGELA MARIA OLIVEIRA LOIOLA E OUTRO(S) - DF026550
EMBARGADO : DISTRITO FEDERAL
PROCURADORES : MARCIA GUASTI ALMEIDA - DF012523
DINA OLIVEIRA DE CASTRO ALVES E OUTRO(S) - DF017343
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Coisas - Propriedade - Propriedade Intelectual / Industrial - Direito Autoral
AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD
ADVOGADO : VIVIANE BECKER AMARAL NUNES E OUTRO(S) - DF011437
ADVOGADA : KARINA HELENA CALLAI E OUTRO(S) - DF011620
ADVOGADA : ROSÂNGELA MARIA OLIVEIRA LOIOLA E OUTRO(S) - DF026550
AGRAVADO : DISTRITO FEDERAL
PROCURADORES : MARCIA GUASTI ALMEIDA - DF012523
DINA OLIVEIRA DE CASTRO ALVES E OUTRO(S) - DF017343
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Após o voto do Sr. Ministro Relator negando provimento ao agravo interno, pediu VISTA
antecipadamente o Sr. Ministro Marco Aurélio Bellizze.
Aguardam os Srs. Ministros Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi, Moura Ribeiro,
Nancy Andrighi, Luis Felipe Salomão, Paulo de Tarso Sanseverino e Maria Isabel Gallotti.
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AgInt nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.539.725 - DF
(2015/0150082-1)
VOTO-VISTA
Pedi vista dos autos não para debater o conteúdo da decisão ora
agravada que indeferiu liminarmente os embargos de divergência, por ausência de
comprovação de similitude fática entre os acórdãos embargado e paradigmas. Ao
contrário, em relação a tal ponto, concordo integralmente com o voto proferido pelo
eminente Ministro Relator, que negou provimento ao agravo interno.
[...]
Para melhor elucidar o debate transcrevo os dispositivos legais
pertinentes ao arbitramento de honorários advocatícios recursais
previstos no Código de Processo Civil de 2015, in verbis :
Documento: 1595425 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2017 Página 1 8 de 89
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aquelas trazidas nos citados parágrafos do art. 1.046 e nos arts. 1.047
e 1.054. Entretanto, as novas disposições atinentes aos honorários da
sucumbência não se subsumem a nenhuma dessas exceções.
Em razão disso, deve ser aferida qual a regra que disciplina a
vigência da lei no tempo a ser aplicada às alterações promovidas pelo
novo Código em relação aos honorários advocatícios sucumbenciais.
É consagrada nesta Corte a orientação jurisprudencial, alicerçada
nos ensinamentos de Chiovenda (cf. EREsp 1.113.175/DF, Corte
Especial, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 24/5/2012 e publicado no
DJe de 7/8/2012), de que as normas que tratam a respeito de
honorários advocatícios de sucumbência têm natureza híbrida, de
direito material e processual, pois, além de irradiarem efeitos dentro do
processo, onde podem ser arbitrados, criam, fora dele, uma relação
jurídica, de direito material, entre a parte sucumbente e o patrono da
parte vencedora da demanda, que terá direito de caráter alimentar
sobre tal verba – a natureza alimentar da verba honorária já era
reconhecida pela jurisprudência do STJ e do STF e, agora, encontrou
previsão expressa no novel Código de Processo Civil (art. 85, § 14).
Justamente em razão do caráter material-processual deste tipo de
norma, é que a jurisprudência do STJ, em várias oportunidades, tem
afastado a possibilidade de aplicação imediata aos processos em curso
das alterações ou inovações legislativas que contenham regras
relativas a honorários sucumbenciais.
Essa orientação norteou a Corte Especial na interpretação de qual a
regra de direito intertemporal seria aplicável à inovação trazida pelo art.
1º-D, acrescentado pela MP 2.180-35/2001 à Lei 9.494/1997, o qual
afastou o cabimento de honorários advocatícios pela Fazenda Pública
nas execuções não embargadas. Nos debates realizados naquele
órgão julgador, concluiu-se que a referida alteração legislativa não
poderia ser aplicada imediatamente, vedando, com isso, sua incidência
nas execuções já iniciadas. Entendeu-se que "as normas processuais
instrumentais materiais, enquanto integram o estatuto legal do
processo, são as vigentes ao tempo de seu início, não alcançando a lei
nova subseqüente" (voto vogal proferido pelo Ministro Hamilton
Carvalhido no EREsp 440.046/RS).
Portanto, o marco temporal de aplicação da alteração promovida
pela MP 2.180-35 nos honorários advocatícios sucumbenciais foi a data
de início do feito executivo. Assim, somente às execuções iniciadas
depois da entrada em vigor do normativo poderiam ser aplicadas as
inovações do art. 1º-D da Lei 9.494/1997. O fundamento principal para
a fixação deste marco temporal, além do já mencionado caráter
processual e material da norma, foi o fato de que a inovação legislativa
atribuía privilégio à Fazenda Pública, ao isentá-la da condenação a
honorários advocatícios em execuções por título judicial não
embargadas, com a supressão de direito da outra parte litigante.
A título de exemplo, cito:
Documento: 1595425 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2017 Página 2 1 de 89
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estabelecido foi a data de ajuizamento da ação, de maneira que
somente se a ação fosse proposta em data posterior à entrada em vigor
da aludida medida provisória é que a isenção da verba honorária
prevista poderia nela incidir.
A propósito, cito acórdão julgado pelo rito do antigo art. 543-C do
CPC de 1973:
FGTS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 29-C DA LEI
8.036/90. MEDIDA PROVISÓRIA 2.164-40/01. RECURSO
ESPECIAL IMPROVIDO.
1. O art. 29-C da Lei 8.036/90, introduzido pela Medida
Provisória 2.164-40/2001 (dispensando a condenação em
honorários em demandas sobre FGTS), é norma especial em
relação aos arts. 20 e 21 do CPC e somente se aplica às ações
ajuizadas após a sua vigência, que se deu em 27.07.2001.
Precedentes da 1ª Seção e das Turmas.
2. Recurso especial improvido. Acórdão sujeito ao regime do art.
543-C do CPC e da Resolução STJ 08/08.
(REsp 1.111.157/PB, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/04/2009, DJe 04/05/2009)
No mesmo sentido:
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trata de sanção processual - , sua fixação se faz segundo a
lei do momento em que, inclusive em grau de recurso, está
ela sendo julgada, e não pela lei do tempo em que prolatada a
decisão recorrida.
Esse princípio de direito intertemporal se aplica tanto às
instâncias ordinárias (a súmula 509 se limita a estas, pois as
decisões que lhe serviram de base se adstringiram a examinar a
questão da aplicação imediata do novo princípio sobre
sucumbência nas instâncias ordinárias), quanto ao recurso
extraordinário, quando este, por ter sido conhecido, dá
margem a que se julgue a causa, e, portanto, se aplique a lei
que esteja em vigor na época desse julgamento. É curial que o
princípio de direito intertemporal seja o mesmo - o da aplicação
imediata, no caso, da lei nova - quer se trate de recurso na
instância ordinária, quer se trate de recurso na instância
extraordinária no qual, por se ter ultrapassado o obstáculo do
conhecimento, se esteja julgando a causa.
Por essas razões, não me parece que se possa afastar o
exame da incidência da Lei 6.745/79 ao presente caso, sob a
alegação de que quando da decisão recorrida a mesma
interpretação do recurso extraordinário ainda essa lei não existia.
(sem grifo no original)
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1973, avaliando sua proporcionalidade e razoabilidade.
Conclui-se, pois, que, na aplicação do direito intertemporal, as
novas regras relativas a honorários advocatícios de sucumbência,
advindas da edição do CPC de 2015, devem ser aplicadas
imediatamente em qualquer grau de jurisdição, sempre que houver
julgamento da causa já na vigência do novo Código.
Seguindo essa mesma orientação, entendo que, quanto aos
honorários recursais, também deve haver incidência imediata, ao
processo em curso, da norma do art. 85, § 11, do CPC, observada a
data em que o ato processual de recorrer tem seu nascedouro, ou
seja, com a publicação da decisão recorrida, nos termos do
Enunciado 7 do Plenário do STJ. Assim, sempre que o julgador,
analisando recurso que inaugurou o grau recursal, confirmar a
sucumbência anterior (não conhecendo ou negando provimento ao
recurso) poderá majorar os honorários advocatícios a fim de remunerar
o advogado do vencedor na fase recursal.
Documento: 1595425 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2017 Página 3 7 de 89
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Cipriano de. Honorários advocatícios e sucumbência recursal. In:
COÊLHO, Marcus Vinícius Furtado; CAMARGO, Luiz Henrique Volpe
(coord.). Honorários advocatícios Salvador: JusPodivm, 2015. vol. 2.
Coleção Grandes Temas do Novo CPC; JORGE, Flávio Cheim. Os
honorários advocatícios e o recurso de apelação: um enfoque especial
nos honorários recursais. In: COÊLHO, Marcus Vinícius Furtado;
CAMARGO, Luiz Henrique Volpe (coord.). Honorários advocatícios.
Salvador: JusPodivm, 2015. vol. 2. Coleção Grandes Temas do Novo
CPC).
Há, por outro lado, quem defenda que deve existir coincidência entre
o vencido na causa e o vencido no recurso, tanto que o dispositivo legal
utiliza as expressões "fixados anteriormente" e "cômputo geral da
fixação de honorários recursais devidos ao advogado do vencedor"
(LOPES, Bruno Carrilho. Os honorários recursais no Novo Código de
Processo Civil. In: COÊLHO, Marcus Vinícius Furtado; CAMARGO, Luiz
Henrique Volpe (coord.). Honorários advocatícios Salvador: JusPodivm,
2015. vol. 2. Coleção Grandes Temas do Novo CPC).
A despeito da existência de diversas correntes doutrinárias acerca do
tema, entendo que deve prevalecer a compreensão majoritária de
que os honorários advocatícios recursais aplicam-se aos casos de
não conhecimento integral ou de não provimento do recurso, na
linha da fundamentação acima desenvolvida.
Documento: 1595425 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2017 Página 4 5 de 89
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sistema processual, até hoje a função/essência/razão de ser do
agravo interno/regimental permanece a mesma - levar o
reexame de controvérsia decidida por deliberação singular
do relator ao colegiado do tribunal -, sem caráter de recurso
independente/autônomo, visto não promover a abertura de
nova instância recursal.
Não há um "acréscimo de sucumbência no grau
recursal" ante a interposição do recurso de agravo interno
ou, ainda, dos embargos de declaração, porquanto gravitam
esses reclamos no mesmo nível recursal daqueles que
promovem a abertura da instância, no caso a extraordinária.
Por esta razão a majoração da verba honorária ante o
simples manejo de recurso aclaratório ou agravo interno, data
vênia não se afigura adequada, tampouco reflete a jurisprudência
assente nesta Corte Superior acerca da impossibilidade de
aplicação da multa prevista no então artigo 557, § 2º do CPC
revogado quando a parte, com vistas a alcançar o
pronunciamento colegiado, interpunha o competente agravo
interno/regimental para esgotar a instância recursal.
Não se nega que o próprio Supremo Tribunal Federal e
diversos julgados desta Corte Superior tenham passado a aplicar
o artigo 85, § 11, do NCPC, aumentando a verba honorária
recursal para os recursos de agravo interno interpostos contra
deliberação prolatada após a entrada em vigor do novo diploma
processual civil, porém assim têm aplicado como forma de punir a
parte por atitudes processuais eventualmente procrastinatórias
passíveis de sanção processual própria, as quais não se
confundem com os honorários de sucumbência, tampouco com a
verba honorária sucumbencial recursal.
Desta forma, nos termos do entendimento da Escola Nacional de
Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de
Figueiredo Teixeira - ENFAM, decorrente do seminário "O Poder
Judiciário e o Novo CPC", realizado no período de 26 a 28 de
agosto de 2015, no bojo do qual fora editado o enunciado 16,
"Não é possível majorar os honorários na hipótese de interposição
de recurso no mesmo grau de jurisdição (art. 85, § 11, do CPC de
2015) ", não se aplica a majoração prevista no referido regramento
aos embargos de declaração e agravos internos.
Documento: 1595425 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2017 Página 4 9 de 89
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limites previstos nos §§ 2º e 3º do Código de Processo Civil de
2015, para cada fase do processo (conhecimento ou cumprimento
de sentença ou execução).
Tal conclusão decorre da determinação contida expressamente na
parte final do § 11 do art. 85 do CPC de 2015, segundo a qual é
"vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos
ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites
estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase de conhecimento".
Tal previsão pode ser examinada sob duas perspectivas. A primeira,
no sentido de ser um critério para o cálculo dos honorários advocatícios
recursais, quando já verificado estarem preenchidos todos os requisitos
necessários à sua incidência. E a segunda, que agora nos interessa, no
sentido de ser um requisito para autorizar o arbitramento de honorários
advocatícios recursais, ou seja, se alcançado o patamar de 20%
referido no § 2º do art. 85 ou os limites tarifados, insertos no § 3º para
os feitos em que seja parte a Fazenda Pública, não poderá o tribunal
destinatário do recurso majorar a verba honorária no grau recursal,
mesmo que a parte não tenha seu pleito acolhido e o causídico labore
na defesa do recorrido.
Com efeito, se na instância a quo os referidos limites já tevirem sido
alcançados na fixação da verba sucumbencial, não será possível a
aplicação do disposto no § 11 do art. 85 do CPC de 2015 na instância
ad quem .
Esta orientação já vem sendo adotada nos julgados proferidos pelo
Pretório Excelso:
Art. 73
[...]
§ 6º Quando o acórdão proferido pelo tribunal não admitir ou
negar, por unanimidade, provimento a recurso interposto
contra sentença ou acórdão, a instância recursal, de ofício ou a
requerimento da parte, fixará nova verba honorária advocatícia,
observando-se o disposto no § 2º e o limite total de vinte e cinco
por cento.
[...]
§ 8º Em caso de provimento de recurso extraordinário ou
especial, o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de
Justiça afastará a incidência dos honorários de sucumbência
recursal.
§ 9º O disposto no § 6º não se aplica quando a questão jurídica
discutida no recurso for objeto de divergência jurisprudencial.
Art. 87
[...]
§ 7º. A instância recursal, de ofício ou a requerimento, fixará
nova verba advocatícia, observando-se o disposto nos §§ 2º e
3º e o limite total de vinte e cinco por cento para a fase de
conhecimento.
Documento: 1595425 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2017 Página 5 5 de 89
Superior Tribunal de Justiça
Com isso, aduz Rinaldo Mouzalas de Souza e Silva que a fixação
de honorários advocatícios na fase recursal adquiriu um viés mais
voltado à remuneração do trabalho do advogado que labora na
instância recursal, seja ele do vencedor ou do vencido, pois foi
suprimido o requisito de não acolhimento do recurso, cabendo os
honorários independentemente da solução dada pela decisão que
julgasse o recurso.
Transcrevo suas interessantes ponderações:
Numa leitura do art. 73 do Projeto do Novo Código de
Processo Civil (com a redação apresentada antes do
relatório-geral do senador Valter Pereira), pensava-se que o novel
legislador buscaria também esclarecer este ponto (possibilidade
ou não de realinhamento da remuneração honorária na instância
recursal), obscuro no CPC de 1973, eliminando definitivamente
esta injusta interpretação do texto legal. Além disso, possibilitaria
um "plus" no percentual da sucumbência. Infelizmente, não foi
bem assim que se passou, quando da redação originária do
projeto (apresentada pela comissão de juristas do anteprojeto,
presidida pelo Ministro Luiz Fux, do Superior Tribunal de Justiça),
conforme se verá a seguir.
[...]
O intuito reformador do projeto original não foi exatamente
esclarecer a aludida obscuridade contida no art. 20 do atual CPC
(evidenciando a possibilidade de realinhar os honorários
advocatícios de sucumbência, quando interposto recurso, de
modo a proporcionar uma justa remuneração ao advogado
patrocinador dos interesses da parte vencedora) e de aumentar o
limite máximo da sucumbência, conquanto, em última análise,
tenha assim contribuído.
Na verdade, o Projeto do NCPC, em sua redação
originária, tinha como principal intuito, quando possibilitou o
realinhamento de honorários advocatícios de sucumbência
recursal com ampliação do percentual máximo, proporcionar
uma tramitação processual mais célere, ao ponto de
desencorajar a interposição de recurso pela parte vencida.
Isso fortaleceria a força normativa das sentenças proferidas
pelos órgãos jurisdicionais de primeira instância, legitimando
sua atividade.
[...]
Contudo, seguindo adiante pelo art. 73 do projeto
originário do NCPC, forçava-se a adotar entendimento
diverso (no sentido de que os honorários advocatícios de
sucumbência recursal foram previstos com a "ratio" primeira
de possibilitar aceleração do trâmite processual - pouco se
importando com a justa remuneração dos advogados).
[...]
A razão única do projeto original era inibir interposição
de recursos (acelerando o trâmite processual e fortalecendo
as decisões de primeira instância), e não esclarecer dúvidas
que subsistiam quando da aplicação do art. 20 do atual CPC (no
sentido de se autorizar o realinhamento dos honorários
sucumbenciais fixados em primeiro pronunciamento jurisdicional),
ao mesmo caminhar que possibilitava alargamento do percentual
Documento: 1595425 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2017 Página 5 6 de 89
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máximo de fixação. É que, se o seu intuito tivesse sido este,
autorizaria a fixação de honorários mesmo em caso de
provimento recursal. Não foi o que fez o projeto antes do
relatório-geral do senador Valter Pereira. De fato, os aludidos
honorários somente poderiam ser fixados em caso de
manutenção da sentença proferida pelo juízo de origem,
amparada em precedentes que sigam linha uniforme. Em casos
de provimento recursal, ou mesmo nas hipóteses em que
houvesse divergência jurisprudencial, não estaria autorizada a
condenação ao pagamento de honorários de sucumbência
recursal. Inclusive, assim esclarece um dos integrantes da
comissão responsável pela elaboração do projeto, em artigo
veiculado na rede mundial de computadores:
[...]
Portanto, o intuito reformador primevo, ao prever
explicitamente a verba honorária recursal, não era proporcionar
"justa remuneração" aos advogados em reconhecimento aos
trabalhos desenvolvidos depois de sua fixação na "sentença"
(com a possibilidade de aumentar o percentual máximo). Sua
preocupação, sim, estava açodada pela celeridade processual
(que, não se pode esquecer, deve se equalizar com a garantia da
duração razoável do processo), o que, mesmo sem a intenção
expressa, acabava por privilegiar as decisões proferidas pelos
órgãos jurisdicionais de primeira instância.
[...]
Depois de apresentado o relatório-geral do projeto do
Novo Código de Processo Civil pelo senador Valter Pereira, a
finalidade da "justa remuneração" (proporcionada pela
explícita previsão dos honorários advocatícios de
sucumbência recursal, inclusive com a possibilidade de
aumento do limite máximo) restou homenageada. Os §§ 8º e
9° do art. 73 da redação originária do projeto foram eliminados
pelo relatório-geral. Noutras palavras: com a exclusão dos
aludidos parágrafos que compunham o art. 73, ficou assentado
que, interposto recurso, são devidos honorários na instância
recursal.
Tal conclusão é ratificada pela modificação do § 6º do art. 73
do projeto original. Depois do relatório-geral, o projeto deu nova
redação àquele dispositivo, que passou a ser alocado no § 7° do
art. 87 do projeto. Então, o que antes só autorizava a fixação
de honorários em caso de desprovimento do recurso, agora,
busca-se fixá-los em qualquer hipótese em que seja utilizada
a via recursal. Ou seja, antes o intuito do projeto originário
era evitar a interposição de recursos procrastinatórios, já que
os honorários advocatícios em sede recursal somente eram
devidos em caso de manutenção da sentença recorrida, que
estivesse fundada em precedentes unívocos. Com o
relatório-geral, os honorários recursais são devidos, ainda
que a sentença seja modificada. O campo de visão, logo, não
é voltado apenas à celeridade, mas também à justa
remuneração do advogado defendente dos interesses da
parte vencedora.
(O Projeto do Novo Código de Processo Civil: Estudos em
Documento: 1595425 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2017 Página 5 7 de 89
Superior Tribunal de Justiça
Homenagem ao Professor José de Albuquerque Rocha (coord.
Fredie Didier Jr., José Henrique Moura Araújo e Rodrigo Klippel).
Editora JusPodivm, Salvador: 2011, pp. 330-335, sem grifos no
original)
Art. 85
§ 10º O tribunal, de ofício, fixará honorários advocatícios a
favor do advogado do vencedor do recurso, observando as
seguintes regras:
I - os honorários serão fixados no julgamento monocrático ou
colegiado de todos os recursos contra decisão na qual já houver a
fixação da verba honorária, salvo no agravo interno, no agravo de
admissão, nos embargos de declaração e nos embargos de
divergência;
II - no caso de inadmissão ou improvimento total do recurso,
os honorários arbitrados pelo tribunal serão somados aos
estabelecidos anteriormente;
III - no caso de provimento total do recurso, o tribunal inverterá
a condenação inicial e fixará os honorários recursais;
III - no caso de provimento parcial, o tribunal, depois de fixar a
verba pela sucumbência recursal, realizará a distribuição dos
honorários entre os advogados de forma proporcional à vitória de
cada uma das partes por eles representadas;
V - nos processos em que a Fazenda Pública:
a) não for parte, a fixação dos honorários recursais será de três a
cinco pontos percentuais em cada tribunal, observado o § 2º
deste artigo;
b) for parte, independente do valor da causa, a fixação dos
honorários recursais será de um a três pontos percentuais em
cada tribunal, observado o disposto nos §§ 2º, 4º e 6º deste
artigo.
Caso concreto:
Todavia, tendo em vista que, no caso dos autos, não houve a fixação dos
honorários recursais no momento oportuno, o que deveria ser realizado de ofício,
acompanho as considerações acrescidas pelo Min. Luis Felipe Salomão, no sentido de
reconhecer a necessidade de fixação dos honorários advocatícios excepcionalmente
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no presente agravo interno.
É como voto.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA SEÇÃO
AgInt nos
Número Registro: 2015/0150082-1 PROCESSO ELETRÔNICO EREsp 1.539.725 /
DF
Relator
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro RAUL ARAÚJO
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. PEDRO HENRIQUE TÁVORA NIESS
Secretária
Bela. ANA ELISA DE ALMEIDA KIRJNER
AUTUAÇÃO
EMBARGANTE : ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD
ADVOGADO : VIVIANE BECKER AMARAL NUNES E OUTRO(S) - DF011437
ADVOGADA : KARINA HELENA CALLAI E OUTRO(S) - DF011620
ADVOGADA : ROSÂNGELA MARIA OLIVEIRA LOIOLA E OUTRO(S) - DF026550
EMBARGADO : DISTRITO FEDERAL
PROCURADORES : MARCIA GUASTI ALMEIDA - DF012523
DINA OLIVEIRA DE CASTRO ALVES E OUTRO(S) - DF017343
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Coisas - Propriedade - Propriedade Intelectual / Industrial - Direito Autoral
AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD
ADVOGADO : VIVIANE BECKER AMARAL NUNES E OUTRO(S) - DF011437
ADVOGADA : KARINA HELENA CALLAI E OUTRO(S) - DF011620
ADVOGADA : ROSÂNGELA MARIA OLIVEIRA LOIOLA E OUTRO(S) - DF026550
AGRAVADO : DISTRITO FEDERAL
PROCURADORES : MARCIA GUASTI ALMEIDA - DF012523
DINA OLIVEIRA DE CASTRO ALVES E OUTRO(S) - DF017343
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo o julgamento, após o voto-vista antecipado do Sr. Ministro Marco Aurélio
Bellizze acompanhando o Sr. Ministro Relator mas abrindo parcial divergência quanto aos
honorários recursais, pediu VISTA antecipadamente o Sr. Ministro Luis Felipe Salomão.
Aguardam os Srs. Ministros Marco Buzzi, Moura Ribeiro, Nancy Andrighi, Paulo de
Tarso Sanseverino e Maria Isabel Gallotti.
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Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva.
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AgInt nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.539.725 - DF
(2015/0150082-1)
VOTO-VISTA
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Art. 73. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do
vencedor, salvo se houver perda do objeto, hipótese em que serão imputados
à parte que lhe tiver dado causa.
§ 1º A verba honorária de que trata o caput será devida também no
cumprimento de sentença, na execução embargada ou não e nos recursos
interpostos, cumulativamente.
[...]
§ 6º Quando o acórdão proferido pelo tribunal não admitir ou negar, por
unanimidade, provimento a recurso interposto contra sentença ou
acórdão, a instância recursal, de ofício ou a requerimento da parte,
fixará nova verba honorária advocatícia, observando-se o disposto no §
2º e o limite total de vinte e cinco por cento.
[...]
§ 8º Em caso de provimento de recurso extraordinário ou especial, o
Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça afastará a
incidência dos honorários de sucumbência recursal.
§ 9º O disposto no § 6º não se aplica quando a questão jurídica
discutida no recurso for objeto de divergência jurisprudencial.
No mesmo sentido:
A previsão da possibilidade de fixação de novos honorários
advocatícios, na fase recursal, tem a clara intenção de desestimular a
interposição de recursos pelo vencido, cônscio de que a verba
honorária pode ser elevada. Por julgar o recurso, entendemos que a
expressão engloba tanto o não conhecimento como o improvimento do
recurso, monocraticamente ou por órgão colegiado. Em decorrência da
nova norma processual, e para que de fato a possibilidade de fixação de
novos honorários atemorize o vencido, pensamos que haverá uma
tendência à fixação de honorários no patamar mínimo, pelo magistrado que
atua no 1° grau de jurisdição, deixando margem para que o tribunal eleve
consideravelmente os honorários por ocasião do julgamento do recurso.
(MONTENEGRO FILHO, Misael. Novo código de processo civil comentado.
São Paulo: Atlas, 2016, p. 97)
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interlocutória, não merecendo sobre esta a majoração de honorários,
justamente por não existirem honorários na própria decisão, levando assim, a
inaplicabilidade desta condenação.
Já no agravo interno, a sua função é impugnar a decisão monocrática,
demonstrando a sua inviabilidade para aquela situação, com o intuito de
conseguir o julgamento do recurso principal anterior. Não há, nesta
forma recursal, a reanálise de toda a demanda, somente a visualização
isolada sobre a decisão monocrática, almejando com o provimento,
possibilitar o julgamento do recurso anterior - a apelação, por exemplo - que
este sim rediscutiria a demanda inteira, possibilitando a majoração em
honorários.
[...]
Os recursos que possibilitam a majoração de honorários advocatícios
são aqueles que revisitam, com seu mérito recursal, a sentença ou o
acórdão que a substitui, no caso: a apelação, recurso ordinário, recurso
especial, recurso extraordinário e embargos de divergência.
(LEMOS, Vinicius Silva. A criação dos honorários recursais: será que
pensaram em tudo? Revista Brasileira de Direito Processual. Ano 25, n. 97,
2017, Belo Horizonte, p. 229-230)
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fundamentação anterior.
4.3. Ao preconizar a "majoração" dos honorários, a novel norma processual
vincula tal providência à fixação dessa verba em primeiro grau, haja vista que não há
como majorar verba inexistente, quer por omissão do órgão julgador, quer por
decorrência da própria natureza da decisão, que não a admite.
Isso, por si só, limita o âmbito da norma às hipóteses previstas nos arts. 485
e 487 do CPC (extinção do processo sem e com resolução do mérito, respectivamente) e
à decisão interlocutória que tenha esse mesmo conteúdo, tal qual ocorre com a hipótese
definida no art. 356 do CPC (julgamento antecipado parcial do mérito), ou na do agravo
de instrumento intentado contra a decisão proferida com base no art. 129, parágrafo
único, do CPC (rejeição da denunciação da lide e a consequente condenação do
denunciante ao pagamento de honorários em favor do denunciado, com o
prosseguimento da ação principal).
Segundo esclarece Fredie Didier Jr.:
Não há honorários recursais em qualquer recurso, mas só naqueles em
que for admissível condenação em honorários de sucumbência na
primeira instância.
Assim, não cabe, por exemplo, sucumbência recursal em agravo de
instrumento interposto contra decisão que versa sobre tutela provisória, mas
cabe em agravo de instrumento interposto contra decisão que versa sobre o
mérito da causa. A sucumbência recursal consiste, como já visto, em
majoração de honorários já fixados. (Curso de direito processual civil: o
processo civil nos tribunais, recursos, ações de competência originária de
tribunal e querela nullitatis, incidentes de competência originária de tribunal.
v. 3. Salvador: Ed. JusPodivm, 2016, p. 157)
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AgInt nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.539.725 - DF
(2015/0150082-1)
VOTO
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AgInt nos EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 1.539.725 - DF
(2015/0150082-1)
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA SEÇÃO
AgInt nos
Número Registro: 2015/0150082-1 PROCESSO ELETRÔNICO EREsp 1.539.725 /
DF
Relator
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro RAUL ARAÚJO
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MAURÍCIO VIEIRA BRACKS
Secretária
Bela. ANA ELISA DE ALMEIDA KIRJNER
AUTUAÇÃO
EMBARGANTE : ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD
ADVOGADO : VIVIANE BECKER AMARAL NUNES E OUTRO(S) - DF011437
ADVOGADA : KARINA HELENA CALLAI E OUTRO(S) - DF011620
ADVOGADA : ROSÂNGELA MARIA OLIVEIRA LOIOLA E OUTRO(S) - DF026550
EMBARGADO : DISTRITO FEDERAL
PROCURADORES : MARCIA GUASTI ALMEIDA - DF012523
DINA OLIVEIRA DE CASTRO ALVES E OUTRO(S) - DF017343
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Coisas - Propriedade - Propriedade Intelectual / Industrial - Direito Autoral
AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD
ADVOGADO : VIVIANE BECKER AMARAL NUNES E OUTRO(S) - DF011437
ADVOGADA : KARINA HELENA CALLAI E OUTRO(S) - DF011620
ADVOGADA : ROSÂNGELA MARIA OLIVEIRA LOIOLA E OUTRO(S) - DF026550
AGRAVADO : DISTRITO FEDERAL
PROCURADORES : MARCIA GUASTI ALMEIDA - DF012523
DINA OLIVEIRA DE CASTRO ALVES E OUTRO(S) - DF017343
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
Prosseguindo o julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro Luis Felipe Salomão
acompanhando o Sr. Ministro Relator com acréscimo de fundamentação, e a adesão aos acréscimos
pelo Sr. Ministro Relator e pelo Sr. Ministro Marco Aurélio Bellizze, a Seção, por unanimidade,
negou provimento ao agravo interno e majorou em 20% o valor dos honorários fixados em segundo
grau em favor do ora agravado, divergindo, apenas quanto à fundamentação, a Sra. Ministra Maria
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Isabel Gallotti.
Os Srs. Ministros Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi, Marco Aurélio Bellizze,
Moura Ribeiro, Nancy Andrighi, Luis Felipe Salomão (voto-vista), Paulo de Tarso Sanseverino e
Maria Isabel Gallotti votaram com o Sr. Ministro Relator.
Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Raul Araújo.
Documento: 1595425 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 19/10/2017 Página 8 9 de 89