Docsi HFC PDF
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1 INTRODUÇÃO 2
2 ARQUITECTURA HFC 2
3 NORMAS DOCSIS 6
3.1 Arquitectura de referência 6
3.2 Estrutura das normas 7
3.3 Plano de frequências 8
3.4 Estrutura de protocolos 8
4 PROTOCOLOS NA INTERFACE CMTS-NSI 8
4.1 IP sobre ATM 9
4.2 IP sobre IEEE 802.3 9
4.3 IP sobre Ethernet 10
5 PROTOCOLOS NA INTERFACE CMCI 10
6 INTERFACE DE RETORNO VIA LINHA TELEFÓNICA 12
7 PROTOCOLOS NA REDE DE CABO 13
8 CAMADA FÍSICA 15
8.1 Canal Descendente 15
8.1.1 Subcamada PMD 15
8.1.2 Subcamada TC 16
8.2 Canal Ascendente 16
9 CAMADA MAC 18
9.1 Mini-slots e canais lógicos ascendentes 19
9.2 Trama MAC 19
9.3 Atribuição de banda no canal ascendente 24
9.4 Suporte de qualidade de serviço 26
9.4.1 Serviço UGS 26
9.4.2 Serviço UGS-AD 27
9.4.3 Serviço rtPS 28
9.4.4 Serviço nrtPS 29
9.4.5 Serviço BE 29
9.4.6 Serviço CIR 29
9.5 Especificações da interface de gestão e operação 29
10 PRIVACIDADE (BPI+) 30
11 EURO DOCSIS 31
REFERÊNCIAS 32
ACRÓNIMOS 33
1 Introdução
As redes por cabo apareceram com o objectivo de efectuarem a distribuição de sinal analógico de televisão,
pelo que na sua fase inicial a estrutura destas redes era unidireccional. As redes por cabo são eficazes na
distribuição de canais de TV e são baseadas numa topologia em “árvore” (tree-and-branch), com os clientes
dispostos em bus ao longo dos ramos (Figura 1).
A infra-estrutura da rede de televisão por cabo tradicional é constituída por três segmentos ou partes:
• primária (trunk portion),
• secundária (feeder portion)
• ligação ao cliente (drop).
Através dos segmentos primário e secundário os sinais são transportados até um ponto na vizinhança dos
potenciais clientes. O objectivo principal é cobrir as distâncias envolvidas, preservando em simultâneo a
qualidade do sinal de modo económico. A sub-rede primária representa, em média, cerca de 10% da infra-
estrutura física da rede, enquanto que a sub-rede secundária representa cerca de 40%. O cabo flexível que vai
até casa do cliente, o drop, representa cerca de 50% dos cabos instalados [1].
2 Arquitectura HFC
Os cabos de fibra óptica, os transmissores e receptores ópticos são dispositivos caros. Por isso, a
disponibilização de fibra óptica até casa do cliente não é uma solução economicamente viável, apesar de
tecnicamente possível. Assim, a sua aplicação prática requer que cada um destes componentes sirva centenas
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de clientes, de modo a haver partilha dos custos, que se traduz numa solução de compromisso: utilização mista
de cabos de fibra óptica (nos troços mais longos da rede) e cabos coaxiais nas zonas de distribuição. A este tipo
de redes dá-se a designação genérica de “Redes Híbridas Fibra – Cabo coaxial (Hybrid Fiber Coax,HFC), tal
como se mostra na Figura 2.
Antenas Internet
Parabólicas
HeadEnd
Cabo de
Fibra Óptica
Cabo Coaxial
(Feeder/Drop)
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Outro avanço tecnológico com forte impacto nas redes de televisão por cabo é a tecnologia de compressão
digital de vídeo. O progresso tecnológico nesta área é constante, é já possível obter imagens de resolução
satisfatória com taxas de transmissão de 3 a 6 Mbit/s usando MPEG2. Aproveitando o facto do canal de
transmissão no sentido descendente, (sentido rede-utilizador) ter baixo ruído, é possível num único canal
analógico de televisão (7 MHz) transportar 7 a 14 programas digitais.
As técnicas de compressão digital de vídeo mais utilizadas em redes HFC baseiam-se na norma MPEG2,
embora haja actualmente tecnologias de codificação mais eficientes, como o MPEG4 ou H.264. A compressão
digital de vídeo é considerada como um dos elementos que potenciará a introdução de serviços de vídeo
interactivo em redes de televisão por cabo. Nos EUA e Europa, vários operadores de televisão por cabo
oferecem já um serviço comercial usando a norma MPEG-2.
Atendendo à proliferação de programas de entretenimento e à introdução de serviços interactivos, que
requerem a transmissão de forma individualizada para cada cliente, deixará de ser praticável difundir a
totalidade dos programas e serviços disponíveis por todos os segmentos da rede. Existem três opções que
permitem aumentar o leque de programas e a oferta de serviços por cliente:
- aumento do débito: recurso à fibra óptica e a elementos activos com características técnicas superiores;
- segmentação da rede/reutilização do espectro: usando arquitecturas HFC e equipamento de comutação
adequado é possível adicionar ao pacote básico de canais, programas específicos apenas para os
utilizadores de determinada célula; consequência também da segmentação é a reutilização do espectro,
ou seja, utilizar os mesmos canais, em células distintas, mas com conteúdos diferentes;
- compressão digital de vídeo: utilização de normas de compressão mais eficientes.
Parte importante das redes de televisão por cabo diz respeito à capacidade de oferta de serviços actuais ou
futuros, sendo condição fulcral que os sistemas implementados (ou a implementar) sejam evolutivos em relação
aos serviços suportados. Dado que o parque mundial de aparelhos de televisão e vídeo-gravadores é analógico,
que as normas de transmissão digital ainda não estão consolidadas e a crescente liberalização do sector das
telecomunicações, verifica-se a existência de vários cenários para ocupação do espectro do cabo. Um possível
cenário, actualmente utilizado, é ilustrado na Figura 3.
- sentido ascendente (5-40 MHz): retorno digital de entretenimento e comunicações;
- sentido descendente (52-450 MHz): difusão analógica/digital de entretenimento;
- sentido descendente (500-750 MHz): digital, comunicações e entretenimento de banda estreita.
Upstream Downstream
Downstream (digital)
(digital)
(analógico)
1 2 n 1 2 3 m
... ...
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Figura 4 - Interligação de redes heterogéneas por fibra óptica
O master headend é a fonte primária dos serviços oferecidos ao utilizador, recebendo e processando sinais
externos, ou gerando-os, servindo também de interface da rede de acesso a outras redes externas (e.g. a rede
telefónica ou a Internet). De referir ainda que nesta arquitectura de rede, de modo a permitir maior flexibilidade
e segmentação, existe a possibilidade de a cada centro de distribuição ser permitido injectar programação
específica, tais como canais locais e inserção de publicidade.
Esta tendência tem também justificação no custo de serviços interactivos digitais (actuais ou previstos, tais
como vídeo a pedido, acesso a bases de dados, jogos interactivos, etc.), os quais requerem equipamento na
cabeça de rede bastante oneroso, que permita o armazenamento (servidores de dados e de vídeo), a compressão
digital (vídeo), comutação de canais (comutadores ATM) ou a inserção de publicidade com tecnologia digital.
Deste modo, seria possível a partilha de tais custos elevados por um número significativamente maior de
utilizadores.
Ponto fulcral da evolução das redes HFC é a interoperabilidade entre as várias plataformas físicas de
distribuição e seus elementos constituintes (comutação, transmissão e equipamento terminal) para suporte dos
futuros serviços interactivos digitais. Actualmente existe uma diversidade de redes de CATV e modems (para
voz e dados) de diferentes fabricantes, com especificações próprias e que funcionam em determinadas redes de
CATV, o que impede a sua portabilidade. Assim, torna-se necessário desenvolver um conjunto de normas que
garantam a interoperabilidade de equipamento de diferentes fabricantes, permitindo por outro lado obter
economias de escala, com a consequente redução do seu custo. Neste sentido, vários esforços foram
desenvolvidos, em especial no mercado norte-americano, de que se salienta o IEEE 802.14 Working Group e o
Multimedia Cable Network Systems Partners (MCNS).
O IEEE 802.14 foi responsável pela especificação da camada física e da camada de acesso ao meio para o
transporte de dados sobre redes de televisão por cabo. A arquitectura de referência preliminar adoptada
especifica uma infra-estrutura física de fibra óptica e cabo coaxial com um raio de 80 km a partir da cabeça de
rede [3].
A organização MCNS inclui a maioria dos operadores de televisão por cabo da América do Norte (80% dos
utilizadores nos EUA, 70% do mercado canadiano e 20% do mexicano), bem como o seu laboratório de
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pesquisa, o Cable Television Laboratories (CableLabs), que tem como principais objectivos: i) desenvolver
especificações técnicas de interfaces para proporcionar uma variedade de serviços de dados sobre redes HFC
que sejam compatíveis com equipamento terminal e sistemas de cabo; ii) permitir independência de fabricantes,
mas que ao mesmo tempo sejam adoptadas por estes, de modo a garantir a necessária interoperabilidade.
3 Normas DOCSIS
Como vimos atrás, as redes de HFC foram originalmente desenhadas para difusão de televisão analógica e
rádio. A partir de meados dos anos 90, o desenvolvimento de tecnologia digital com baixo custo e o crescente
interesse por serviços digitais interactivos veio trazer algumas experiências que deram origem a alguns
protocolos proprietários, com os inerentes problemas associados a soluções fechadas, nomeadamente a
ausência de interoperabilidade.
Em 1994 o IEEE 802.14 formou um grupo para desenvolver um standard internacional para Modem de Cabo
(Cable Modem). Em Dezembro de 1995 foi publicado um documento onde foram definidas as metas a atingir.
Em Janeiro de 1996, um grupo de operadores de cabo associados no Multimedia Cable Network System
Partners (MCNS) publicou uma versão preliminar de especificações em Março de 1997, chamado Data Over
Cable Service Interface Specifications (DOCSIS 1.0) [2] para a comunidade de fabricantes. No início de 1998 o
CableLabs começou um programa de certificação formal com o intuito de permitir que produtos produzidos por
diferentes fabricantes fossem compatíveis. Em Março de 1998 o ITU aceitou o DOCSIS como standard do
Modem de Cabo, o ITU-T J.112.
Em Abril de 1999 o CableLabs publicou as especificações da segunda geração do Standard, o DOCSIS 1.1, que
veio adicionar alguns melhoramentos ao original, tais como uma QoS melhorada e capacidade de fragmentação
de pacotes baseada no hardware, para suportar telefone baseado em IP e outros serviços de ritmo constante,
isto é, garante débito e tempos de latência compatíveis com a necessária qualidade de voz, ou outras aplicações
multimédia de tempo real através de rede HFC e do Modem de Cabo.
À medida que o uso generalizado das redes de cabo aumentava, o débito disponível ficava cada mais
desajustada das necessidades reais, pois embora tenham sido feitos melhoramentos, o débito disponível
continuava a ser pouco, especialmente no canal ascendente. Para resolver este problema foi desenvolvida uma
nova versão do protocolo, o DOCSIS 2.0 [7], o qual vem melhorar a eficiência da utilização da largura de
banda de transmissão a nível físico, através da utilização de novos métodos de modulação, atingindo até três
vezes maior banda por canal ascendente. Este novo protocolo vem manter a compatibilidade com os formatos
anteriores. Na tabela 1 apresentam-se os principais parâmetros das três versões de DOCCSIS.
Tabela 1 – Parâmetros das diferentes versões DOCSIS
Máxima largura de Eficiência espectral/ Máximo Débito de Dados
banda por canal modulação por canal (Mbit/s)
DOCSIS 1.0 3,2 MHz 1,6 bps/Hz (QPSK) 5,12
DOCSIS 1.1 3,2 MHz 3,2 bps/Hz (16 QAM) 10,24
DOCSIS 2.0 6,4 MHz 4,8 bps/Hz (64 QAM ou 30,72
128 QAM/TCM)
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- Uma diferença de distâncias óptico/eléctrica máxima de 160Km entre o CMTS e o CM mais próximo
e CMTS e o CM mais distante, sendo que esta distância é normalmente limitada a 24 Km.
- Cada fibra pode servir entre 500 a 2000 utilizadores, dependendo para tal do débito médio
disponibilizado a cada um.
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3.3 Plano de frequências
O plano de espectro de frequências para a transmissão de dados e televisão no cabo é constituído por dois
grupos, ascendente (sentido Terminal - Headend) e descendente (sentido Headend - Terminal), sendo este
último constituído por sinal de TV analógica, sinal de dados e vídeo digital.
A gama de frequências para a transmissão ascendente situa-se entre os 5MHz e os 25 a 65MHz, dependendo da
implementação. Para a transmissão descendente é usada a gama de frequência tem como valor mínimo 47MHz,
indo até 862 MHz, sendo que a partir dos 136 MHz é para o envio de dados e vídeo digital para serviços de
televisão interactiva e outros. A ocupação de banda de canais analógicos de televisão, e no caso europeu, varia
entre 7 e 8 MHz por canal, sendo que para dados este valor é de 8 MHz. Nos EUA a ocupação de espectro por
parte dos canais de TV analógica é de 6 MHz.
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Várias combinações de camadas físicas e de dados foram definidas para transportar tráfego IP nesta interface,
tendo como pressuposto a existência do protocolo IP na camada de rede, isto é, todas as camadas de dados e
físicas devem suportar e ser transparentes aos datagramas IP de acordo com os standards especificados:
- ATM sobre STS-3c (STM1)
- ATM sobre DS3 (E3)
- FDDI
- 802.3 sobre 10BASE-T e 100BASE-T
- Ethernet sobre 10BASE-T e 100BASE-T
Veremos em seguida como foram definidas algumas destas interfaces.
AAL5
ATM
ATM
802.1D Bridging
802.3 MAC
802.3 802.3u
Física
10Base-T 100Base-T
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4.3 IP sobre Ethernet
Características básicas:
- O IP deverá ser utilizado na camada de rede de acordo com IETF RFC 894.
- A resolução de endereços deverá cumprir com IETF RFC 826.
- A interface da camada de ligação de dados deverá estar de acordo com DIX Ethernet Versão 2.0.
- Deverão ser utilizados 48 bits de endereço.
- As interfaces para a camada física 10BASE-T deverão estar em conformidade com ISSO/IEC 8802-3
1995, e a 100BASE-T de acordo com IEEE 802.3u 1995.
Camada
IP
RFC 894
Rede
802.1D Bridging
Ligação
DIX Ethernet de dados
802.3 802.3u
Física
10Base-T 100Base-T
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Camada
IP
(exemplo)
Rede
802.1D Bridging
802.3 10Base-T
Física
USB Protocol
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Figura 13 - Pilha de protocolos em HFC, caso de CPE com USB
O CM USB tem de ter dois endereços MAC de 48-bits. Os primeiros 48 bits de endereço da camada MAC
devem ser associados com o redireccionamento das tramas para o Host CPE através da 802.3/DIX Filter, onde
o Terminal (CPE) interpreta este endereço MAC como se se tratasse de uma carta Ethernet. O segundo
endereço MAC de 48-bits deve ser associado com o CM sendo um Host IP/LLC para funções de Gestão do CM.
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TRAC-NSI TELCO Remote CM-TRI
Access Concentrator PSTN
(TRAC)
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Verifica-se na figura anterior que a camada de Rede usa como já se disse o protocolo IP, actualmente o IPv4 e
deverá fazer a migração para o IPv6.
A camada Data Link Layer é dividida em três subcamadas:
- Subcamada LLC (Logical Link Control). Responsável pela resolução de endereços.
- Subcamada “Link-Security”. Responsável por implementar segurança adicional.
- Subcamada MAC. Responsável pelo acesso ao meio no canal ascendente e pela recepção das
tramas no sentido descendente.
A camada física compreende duas subcamadas:
- Subcamada Transmission Convergence (TC), só existe no sentido descendente.
- Subcamada Physical Media Dependent (PMD).
O transporte de dados no CMTS pode ser efectuado na camada 2 através de Transparent Bridging ou na
camada 3 através de routing ou IP switching como mostra na figura abaixo. No CM a transferência de dados é
efectuada na camada de ligação de dados por transparent bridging.
CMTS CM (Cable Modem)
IP IP
802.2/DIX 802.2/DIX Transparent 802.2/DIX
Forwarding
LLC LLC Bridging LLC
Data Link
Link Link
Layer
Security Security 802.32/DIX
Cable Cable MAC
MAC MAC
DS Up. DS Up.
TC Cable TC 802.3
Physical Cable
Cable PMD Cable PMD 10Base-T
Layer
PMD PMD
Down Up. Down Up.
. . CPE
CMTS-NSI Rede de Cabo
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- Tramas para destinos de endereços desconhecidos devem ser enviadas da interface Ethernet para a
interface de cabo.
- Tramas broadcast devem ser enviadas para a rede de cabo.
- Tramas multicast devem ser reencaminhadas para a rede de cabo de acordo com regras de filtragem
estabelecidas pelo operador de cabo.
- Tramas com endereços de origem diferentes dos estabelecidos pelo operador ou aprendidos pelo CM
como pertencentes ao utilizador, não devem ser reencaminhados.
- Se um CM para um utilizador singular aprender o endereço MAC do utilizador, este não poderá
reencaminhar tramas de uma segunda fonte.
Quando activado, o CM vai adquirir o endereço MAC do utilizador, quer por meio de provisioning ou por meio
de aprendizagem. Será adquirido um número de endereços equivalente ao número suportados pelo serviço, para
uma ou mais máquinas. O número de endereços terá que ser superior a 1. Para a alteração dos endereços deverá
ser feito um reset ao CM, devendo o valor do mesmo ser guardado num endereço de memória não volátil.
8 Camada Física
Existem diferenças no espectro a utilizar nos diversos pontos do mundo, como tal foram incluídas duas opções
para a camada física. Nos EUA os canais descendentes são de 6 MHz e a transmissão Ascendente é na banda
de 5 aos 42 MHz. Na Europa é baseada num canal descendente de 8 MHz e a transmissão Ascendente é dos 5
aos 65 MHz.
O sistema deverá ser capaz de operar com pacotes de 1500 octetos, com uma taxa de pacotes perdidos inferior a
um por cento, e ser capaz de pelo menos transmitir 100 pacotes por segundo.
O nível de potência do sinal no sentido Descendente CMTS 64QAM com canais de 6-MHz é apontado
preferencialmente entre –10 dBc a –6 dBc relativo ao nível da portadora de vídeo analógico. O nível de
potência do sinal do CM para o ascendente é variável em função da distância a que se encontra o CM do CMTS,
mas será o mais baixo possível, mas de modo a garantir a necessária margem acima do nível de ruído e das
interferências.
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8.1.2 Subcamada TC
A subcamada Downstream Transmission Convergence (TC), que existe apenas para o sentido Descendente,
fornece serviços adicionais como por exemplo vídeo digital, através de pacotes MPEG de 188-bytes. Estes
pacotes MPEG consistem em 4 octetos de ‘MPEG header’ 1 octeto de ‘Pointer-field’ (não existente em todos
os pacotes) e 184 octetos de dados (payload).
MPEG Header Pointer field Trama MAC Trama MAC Octetos_stuff Trama MAC
(PUSI=1) (=0) #1 #2 (0 ou mais) #3
4 octetos 1 octeto
Figura 18 - Formato de Pacote MPEG com várias tramas MAC
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transmissão. Tratando-se de um canal de comunicação partilhado, os dados a transmitir são cifrados, mantendo
assim a segurança do serviço. Após adicionar um preâmbulo no início do pacote, agrupam-se conjuntos de bits
nos símbolos a modular e faz-se uma igualização do sinal e filtragem de modo a melhorar o espectro do sinal a
transmitir.
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O canal ascendente tem que suportar encriptação de dados, devido ao facto de o canal ser partilhado, havendo
por isso a possibilidade de haver escutas não desejadas no canal. O diagrama de blocos do encriptador é
representado na figura 22.
9 Camada MAC
As principais funcionalidades da camada MAC no protocolo DOCSIS 2.0 são:
- Atribuição de débito, controlado pelo CMTS,
- Um stream de mini-slots na banda ascendente,
- Gestão eficiente de débito por controlo do tamanho das tramas da camada MAC,
- Fornecimento de extensões para futuro suporte de ATM e outras PDU's
- Suporte de Qualidade de Serviço onde se inclui:
- Suporte para garantia de débito e de latência
- Classificação de pacotes
- Estabelecimento dinâmico de serviços.
- Fornecimento de extensões para segurança a nível da camada de rede
- Suporte para uma grande variedade de larguras de banda fornecidas
- Aceder a débito sob controlo do CMTS.
O CMTS tem de aceder a todos os canais em ambos os sentidos, descendente e ascendente. Os CM's acedem a
um canal lógico de ascendente e um canal descendente de cada vez. Para além disso, o CMTS tem que policiar
as comunicações e descartar todos os pacotes MAC cujo endereço de origem não seja um endereço unicast. O
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canal ascendente pode ter combinações DOCSIS 1.x e 2.0, podendo um mesmo canal transportar os dois
protocolos.
Um dos principais conceitos do funcionamento do protocolo MAC é o fluxo de serviço. Cada um destes fluxos
de serviço terá um ID que identifica uma ligação unidireccional entre o CM e o CMTS. Para o sentido
ascendente, um fluxo de serviço pode ter um ou mais serviços associados, cada um com o seu respectivo ID
(SID, Service ID), sendo por este meio que o CMTS fornece um determinado débito no sentido ascendente,
com uma determinada qualidade de serviço. Cada CM pode ter um ou mais ID de fluxo de serviço (SFID,
Service Flow ID), negociados ou no início do estabelecimento da ligação do CM ou no decorrer do
funcionamento. Normalmente são estabelecidos dois SFID, um para o canal ascendente e outro para o canal
descendente de pacotes IP. Para além deste funcionamento, outros SFID podem ser pedidos, como por exemplo
para serviços de banca constantes, como seja o VoIP. O ID do fluxo de serviço tem 32 bits, e um ID de serviço
tem 14 bits
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PMD Overhead
(Upstream)
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- EHDR_ON – Quando a um, indica que o campo opcional EHDR está presente.
Neste caso o campo MAC_PARM indica o tamanho deste campo.
- MAC_PARM – A utilização deste campo depende do campo FC, sendo por ordem de prioridade:
- Quando EHDR_ON está a um indica o tamanho do campo opcional EHDR,
- Quando existirem tramas concatenadas, este é usado como contador para manter a ordem,
- Para pedidos é usado para indicar o número de mini-slots requisitados.
- LEN (SID) – Tamanho da trama MAC. Este valor é obtido pela soma do campo de dados (PDU) e pelo
campo EHDR caso este exista. No caso especial de se tratar de um cabeçalho MAC de pedido, o campo LEN
indica o ID do serviço, uma vez que neste caso não existe campo de dados (PDU) na trama. Este parâmetro é
muito sensível a erros, pois na eventualidade de um erro aqui, a camada MAC irá ler mais ou menos bits que
deveria ler, perdendo o sincronismo das tramas.
- EHRD – Campo opcional.
- HCS – Detecção de erros do cabeçalho. Composto por código CRC definido em ITU-T X.25.
A camada MAC pode transportar vários tipos de PDU de camadas superiores. Entre elas temos tramas Ethernet,
ATM e outras não especificadas para uso futuro. Na especificação do DOCSIS 2.0, apenas a trama Ethernet é
permitida, embora todas as outras se encontrem especificadas.
A camada MAC tem que suportar uma PDU de tamanho variável com o formato Ethernet/IEEE 802.3. Este
tem que estar contido numa única trama pelo que haverá apenas um cabeçalho MAC.
Os valores do cabeçalho MAC estão apresentados Figura 26, com atenção para o campo FC TYPE cujo valor é
00. Os parâmetros da PDU são os normais de uma trama IEEE 802.3:
- DA – Endereço de destino com 48 bits,
- SA – Endereço da fonte com 48 bits,
- Type/Len – Identificador do tipo de trama ou informação sobre o tamanho dos dados [ISO8802-3]
- User Data – Dados do utilizador com um tamanho variável, atingindo um valor máximo de 1500 bytes.
- CRC – Detecção e correcção de erros do campo de dados, de acordo com a Ethernet/ISO8802-3.
As tramas de temporização são utilizadas para ajuste do tempo entre o CMTS e todos os CM's. No canal
descendente este cabeçalho MAC é usado para transportar o tempo de referência para toda a rede, para que
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todos os CM's se sincronizem com o CMTS. No canal ascendente, este cabeçalho é usado como parte de
mensagens de ajuste de potência e tempo. O formato do cabeçalho MAC pode ser observado na Figura 27.
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Figura 30 – Formato de cabeçalho MAC para tramas de fragmentação
O campo Fragment Cntl contém os bits FL (First/Last) que indicam o tipo de fragmento, nomeadamente se é o
fragmento inicial (FL=10), se é um fragmento do meio (FL=00) ou o fragmento final (FL=01), o que permite
reconstituir o pacote original no receptor, tal como indicado na seguinte tabela:
Para além dos dois bits FL, o campo Fragment Cntl contém 4 bits de número de sequência (SSSS), os quais são
incrementados por cada fragmento de trama que é enviado, ciclicamente, o que permite detectar erros na
recepção. Os dois primeiros bits (XX) deste campo são reservados para uso futuro.
O uso de tramas MAC com concatenação é útil para quando se transmitem vários pequenos pacotes, enviando
apenas um cabeçalho de camada física, diminuindo assim o overhead. Para tal a trama MAC terá de ser toda
ela enviada ao mesmo tempo pelo meio físico. O formato do cabeçalho deste tipo de tramas pode ser observado
na Figura 31.
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Figura 32 – Formato do campo EHDR do cabeçalho MAC
Este campo tem várias utilizações, entre elas o Piggyback. O Piggyback serve para fazer pedidos de mini-slots
para futuras tramas. Isto aumenta a eficiência do uso do canal, reduzindo o número de tramas enviadas apenas
para pedir débito.
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serviço, e o número de mini-slots pretendido. Na Figura 34 exemplifica-se o mecanismo de atribuição de banda
ascendente.
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9.4 Suporte de qualidade de serviço
DOCSIS 2.0 fornece diversos serviços no sentido ascendente baseados em ‘Service Flows’ e em listas de
parâmetros de QoS associados a cada serviço. Cada serviço é ajustado a um tipo específico de fluxo de dados.
DOCSIS compreende os seguintes serviços básicos:
- Unsolicited Grant Service (UGS) - para suportar serviços de tempo real que gerem pacotes de comprimento
fixo como por exemplo voz sobre IP;
- Unsolicited Grant Service with Activity Detection (UGS-AD) - para suportar fluxos UGS que se podem
tornar inactivos durante períodos substanciais como voz sobre IP com supressão de silêncio;
- Real-Time Polling Service (rtPS) - para suportar serviços de tempo real que gerem pacotes de dados de
comprimento variável como por exemplo vídeo MPEG;
- Non-Real-Time Polling Service (nrtPS) - para suportar serviços que não sejam de tempo real que requeiram
dados de tamanho variável como por exemplo FTP de grande débito;
- Best Effort (BE) service - para suportar um serviço eficiente de tráfego.
Os parâmetros de QoS, modos de acesso e aplicações para utilização destes serviços são mostrados na tabela
seguinte.
Tabela 4 – Serviços QoS definidos em DOCSIS
Serviço Parâmetros QoS Modos de Acesso Aplicações
UGS Unsolicited grant size Isochronous access VoIP
Nominal grant interval
Tolerated grant jitter
UGS-AD Unsolicited grant size Isochronous access VoIP com supressão de
Nominal grant interval Periodic request polling silêncio
Tolerated grant jitter
Nominal polling interval
Tolerated polling jitter
RtPS Nominal polling interval Periodic request polling Videoconferência, vídeo on
Tolerated polling jitter Piggybacking reservation demand
NrtPS Nominal polling interval Periodic request polling FTP de elevado débito
Minimum reserved traffic rate Piggybacking reservation
Maximum sustained traffic rate Immediate access
Traffic priority
BE Minimum reserved traffic rate Normal reservation telnet, FTP, WWW
Maximum sustained traffic rate Piggybacking reservation
Immediate access
CIR A ser definido pelos fabricantes A ser definido pelos fabricantes Depende da definição do
serviço
O serviço Unsolicited Grant (UGS) é usado para tráfego de ritmo constante (CBR). Para este serviço o
Headend deve proporcionar grants de comprimento fixo em intervalos periódicos. Se o fluxo estiver inactivo o
débito correspondente pode ser desperdiçado. O serviço diz-se “não solicitado” porque o débito é prédefinido,
sem necessidade de enviar pedidos. O exemplo típico de aplicação de UGS é em Voz sobre IP (VoIP).
Parâmetros de configuração do serviço:
-Nominal Grant Interval
-Unsolicited Grant Size
-Tolerated Grant Jitter
-Grants per Interval
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O Nominal Grant Interval é escolhido de modo a igualar o intervalo entre pacotes. Por exemplo, no caso de
VoIP com intervalo entre pacotes de 20 ms, o Nominal Grant Interval será de 20 ms. O tamanho do grant
(Unsolicited Grant Size) é escolhido de acordo com o tamanho dos pacotes da aplicação.
O serviço Unsolicited grant service with activity detection (UGS-AD) é usado para tráfego de ritmo constante
(CBR) com possibilidade de suspensão de actividade, como é o caso de VoIP com Voice Activity Detection
(VAD) ou supressão de silêncio. VAD é uma técnica em que o Codec pára de transmitir pacotes quando o nível
de amplitude do sinal da voz desce abaixo de um determinado limiar. A vantagem do VAD é a redução de
débito requerida para uma conversação, estimando-se que numa conversação típica cada um dos participantes
está 60% do tempo em silêncio.
Para o serviço UGS-AD o Headend utiliza um algoritmo de detecção de actividade para examinar o estado do
fluxo. Quando um fluxo muda do estado activo para o estado inactivo, o Headend volta a proporcionar pedidos
de polling periódicos.
Parâmetros de configuração do serviço (adicionais ao UGS):
- Nominal Polling Interval
- Tolerated Poll Jitter
Quando não há actividade o CMTS envia Unicast polled requests ao CM. Quando há actividade o CMTS envia
Unsolicited Grants ao CM. O CM indica em cada pacote o número de Grants que precisa no intervalo, de modo
a manter o CMTS constantemente actualizado sobre as suas necessidades.
Ascendente Transmissão Pedidos Transmissão Pedidos Transmissão Pedidos Transmissão Pedidos Transmissão
(CM) de com de com de com/sem de com/sem de
CM contenção CM contenção CM contenção CM contenção CM
Mapa i Mapa i+1 Mapa i+2
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Quando o CM está a receber Unsolicited Grants e detecta inactividade em todos os fluxos, envia um pacote
indicando zero grants e pára a transmissão. O CMTS comuta para o modo Real Time polling. Quando é
detectada actividade de novo, o CM envia um pedido num poll a pedir a retoma dos Unsolicited Grants. O CM
retoma o envio dos Unsolicited Grants.
Na figura seguinte apresenta-se um exemplo do mecanismo de VAD
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9.4.4 Serviço nrtPS
O serviço Non-real-time polling (nrtPS) é definido para suportar serviços de não tempo real que geram pacotes
de tamanho variável, como é o caso de transferência de ficheiros. Tal como os fluxos rtPS, os fluxos nrtPS são
polled através de request polling periódicos. No nrtPS os fluxos recebem poucas oportunidades de poll quando
a carga da rede é elevada.
9.4.5 Serviço BE
O service Best effort (BE) é usado para os serviços menos prioritários que não têm requisitos específicos nem
garantia de qualidade de serviço. Para o serviço BE, uma estação deve usar o modo normal de reserva ou o
modo de acesso imediato para obter débito ascendente.
O serviço Committed Information Rate (CIR) pode ser definido pelos fabricantes de diferentes modos. Pode por
exemplo ser configurado como um serviço nrtPS com um ritmo mínimo reservado.
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10 Privacidade (BPI+)
A especificação Baseline Privacy Plus (BPI+) permite a privacidade de dados sobre a rede de cabo. Esta
privacidade é conseguida através da encriptação de dados entre o CM e o CMTS. Além disso permite ainda
uma forte protecção contra furto de serviço aos operadores de cabo. O BPI+ implementa um protocolo de
processamento de “chave” de autenticação entre cliente e servidor, no qual o CMTS controla a distribuição de
chaves aos CM clientes. As especificações BPI tinham um fraco serviço de protecção pois o protocolo de
gestão da chave não autenticava os CM’s. A especificação BPI+ reforçou este serviço de protecção adicionando
certificados digitais.
A Baseline Privacy + é constituída por dois protocolos:
- Um protocolo de encapsulamento para encriptação de pacotes de dados através da rede que define :
- O formato das tramas para transportar dados encriptados na camada MAC
- Uma série de algoritmos de autenticação e de encriptação de dados suportados
- As regras para aplicar esses algoritmos às tramas de pacotes de dados MAC.
- Um protocolo de manuseamento de Chaves, que permite uma distribuição segura de chaves entre o CMTS e
o CM. Através deste protocolo faz-se o condicionamento ao acesso aos serviços da rede pois só assim é que o
CMTS e o CM se conseguem sincronizar.
A encriptação utiliza dois tipos específicos de tramas DOCSIS MAC:
- Tramas MAC com PDU’s de dados em pacotes de comprimento variável
- Tramas MAC fragmentadas
A figura seguinte mostra tramas MAC com PDU’s de Dados em Pacotes de Comprimento Variável
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no elemento Upstream Baseline Privacy EH é acrescentado 1 byte, que serve de campo de controlo de
fragmentação. A figura seguinte mostra uma trama MAC com uma ‘Payload’ encriptada e fragmentada.
FC Type=11 e FC PARM=00011 identifica um trama MAC coma trama a ser fragmentado, que vemos assim
com um comprimento fixo de 6 bytes de EH.
11 Euro DOCSIS
A aplicação das recomendações DOCSIS na Europa requereu algumas modificações, nomeadamente no nível
físico, tal como referido anteriormente. Na Figura 42 apresenta-se o diagrama de protocolos do DOCSIS para a
Europa.
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Referências
[1] W. Ciciora, “Cable Television in the United States” - An Overview, 1995.
[2] Cable Modem Termination System–Network Side Interface Specification”, SP-CMTS-NSII01, July
1996.
[3] IEEE 802.14/a Draft 3, Rev.3, “Cable-TV access method and physical layer specification”, October
1998.
[4] DOCSIS 1.1, “Cable Modem to Customer Premise Equipment Interface Specification”, SP-CMCI-I09,
July 2003.
[5] DOCSIS, “Cable Modem Telephony Return Interface Specification”, SP-CMTRI, August 1997.
[6] DOCSIS, Cable Modem Termination System–Network Side Interface Specification, SP-CMTS-NSI,
July 1996.
[7] DOCSIS 2.0, “Radio Frequency Interface Specification”, CM-SP-RFIv2.0-I07, December 2004.
[8] DOCSIS 1.1, “Baseline Privacy Plus Interface Specification”, SP-BPI+-I11, April 2004.
[9] DOCSIS 2.0, Operations Support System Interface Specification”, CM-SP-OSSIv2.0, December 2004.
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Acrónimos
ABR Available Bit Rate
AAL ATM Adaptation Layer
AM-VBS Amplitude Modulation - Vestigial Side Band
ANSI American National Standards Institute
ATM Asynchronous Transfer Mode
BE Best Effort
BPI Baseline Privacy
BPI+ Baseline Privacy Plus
CATV Community Antenna Television / Cable Television
CBC Cipher Bock Caining
CBR Constant Bit Rate
CIR Committed Information Rate
CM Cable Modem
CMCI Cable Modem to CPE Interface
CMTS Cable Modem Termination System
CPE Customer Premise Equipment
CRC Cyclic Redundancy Check
CRE Collision Resolution Engine
CS Convergence Sublayer
DA Destination Address
DAS-REQ Dinamic Service Adition Request
DBE Data Backoff End
DBS Data Backoff Start
DES Data Encryption Standard
DOCSIS Data Over Cable Service Interface Specifications
DIX DEC/INTEL/XEROX
DVB Digital Video Broadcast
DVB-C DVB Cable
DVB-S DVB Satellite
DVB-T DVB Terrestrial
ETSI European Telecommunications Standards Institute
FC Frame Control
FDDI Fiber Distributed Data Interface
FDMA Frequency Division Multiple Access
FEC Forward Error Correction
FTP File Transfer Protocol
HFC Hybrid Fiber Coax
IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers
IETF Internet Engineering Task Force
IP Internet Protocol
ITU-T International Telecommunication Union - Telecommunication Sector
QoS Quality of Service
LID Local IDentification
LLC Logical Link Control
LQ Local Queue
MAC Media Access Control
MCNS Multimedia Cable Network System Partners
MIB Management Information Base
MPEG Moving Picture Experts Group
nrtPS non-real-time Polling Service
NSI Network Side Interface
NTSC National Television System Committee
OAM&P Operations, Administration, Maintenance and Provision
OSI Open System Interconnection
OSSI Operations Support System Interface
PAL Phase Alternating Line
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PDU Protocol Data Unit
PHY Physical
PHS Payload Header Supression
PID Program ID
PMD Physical Media Dependent
PPP Point-to-Point Protocol
PSTN Public Switched Telephone Network
QAM Quadrature Amplitude Modulation
QPSK Quadrature Phase-Shift Keying
RF Radio Frequency
RFI Radio Frequency Interface
RQ Resolution Queue
SAP Service Access Point
SNMP Simple Network Management Protocol
rtPS real-time Polling Service
SA Source Address
SE Secure Element
SID Service IDentification
SLA Service Level Agreement
TC Transmission Convergence
TCP Transmission Control Protocol
TDMA Time Division Multiple Access
TRAC Telephone Remote Access Concentrator
TRTS Telephone Return Termination System
TS Transport Stream
UDP User Datagram Protocol
UFS Unsolicited Grant Service
UGS-AD UGS with activity detection
UNI User-Network Interface
USB Universal Serial Bus
VAD Voice Activity Detection
VoIP Voice over IP
VBR Variable Bit Rate
WWW World Wide Web
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