Constituição de 1988 e Direitos Sociais

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 21

cadernos

ideias

DIREITOS
CONSTITUICAO FEDERAL E

SOCIAIS:
avancos e recuos da cidadania

Maria da Glória Gohn

ano 11  nº 203  2014  ISSN 1679-0316


Os Cadernos IHU ideias apresentam artigos produzidos pelos
convidados-palestrantes dos eventos promovidos pelo IHU. A
diversidade dos temas, abrangendo as mais diferentes áreas
do conhecimento, é um dado a ser destacado nesta publica-
ção, além de seu caráter científico e de agradável leitura.
ano 11 • nº 203 • 2014 • ISSN 1679-0316

Constituição Federal e
Direitos Sociais
avanços e recuos da cidadania

Maria da Glória Gohn


Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS

Reitor
Marcelo Fernandes de Aquino, SJ

Vice-reitor
José Ivo Follmann, SJ

Instituto Humanitas Unisinos

Diretor
Inácio Neutzling, SJ

Gerente administrativo
Jacinto Aloisio Schneider

Cadernos IHU ideias


Ano 11 – Nº 203 – 2014
ISSN: 1679-0316

Editor
Prof. Dr. Inácio Neutzling – Unisinos

Conselho editorial
Prof. Dr. Celso Cândido de Azambuja – Unisinos
Prof. Dr. César Sanson – UFRN
Profa. Dra. Cleusa Maria Andreatta – Unisinos
Prof. MS Gilberto Antônio Faggion – Unisinos
Prof. MS Lucas Henrique da Luz – Unisinos
Profa. MS Marcia Rosane Junges – Unisinos
Profa. Dra. Marilene Maia – Unisinos
Dra. Susana Rocca – Unisinos

Conselho científico
Prof. Dr. Adriano Naves de Brito – Unisinos – Doutor em Filosofia
Profa. Dra. Angélica Massuquetti – Unisinos – Doutora em Desenvolvimento,
Agricultura e Sociedade
Prof. Dr. Antônio Flávio Pierucci (=) – USP – Livre-docente em Sociologia
Profa. Dra. Berenice Corsetti – Unisinos – Doutora em Educação
Prof. Dr. Gentil Corazza – UFRGS – Doutor em Economia
Profa. Dra. Stela Nazareth Meneghel – UERGS – Doutora em Medicina
Profa. Dra. Suzana Kilpp – Unisinos – Doutora em Comunicação

Responsável técnico
Caio Fernando Flores Coelho

Revisão
Carla Bigliardi

Editoração
Rafael Tarcísio Forneck

Impressão
Impressos Portão

Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS


Instituto Humanitas Unisinos – IHU
Av. Unisinos, 950, 93022-000 São Leopoldo RS Brasil
Tel.: 51.3590 8213 – Fax: 51.3590 8467
www.ihu.unisinos.br
CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DIREITOS SOCIAIS:
AVANÇOS E RECUOS DA CIDADANIA

Maria da Glória Gohn

Resumo

A Constituição brasileira de 1988, ao completar 25 anos,


oferece-nos um momento bastante oportuno para se fazer um
balanço e para avaliar esse período, e isto requer um olhar não
apenas para o texto concluído e seu desenrolar posterior, mas
também para o processo que lhe deu origem. Nesta apresenta-
ção, focalizarei pontos que incidem diretamente nessas conquis-
tas, destacando alguns mecanismos de participação popular
que foram criados a partir da Constituição de 88 – responsáveis
em grande parte pelos mecanismos de controle social construí-
dos no país a partir de 1988.
Palavras-chave: Constituição Federal de 1988, direitos so-
ciais, democracia.

Abstract

By the 25th anniversary of the Brazilian Constitution of


1988, it comes opportune time to take an avaluation of this pe-
riod of our recent history, this requires not only analize its com-
plete text and its later developments, but also the process which
originated it. In this presentation, I will focus on terms that directly
affect these achievements: highlighting some mechanisms of po-
pular participation that were created from the 88 constitution –
largely responsible for social control mechanisms that were built
in the country since 1988.
Keywords: Federal Constitution of 1988, social rights,
democracy.
4  •  Maria da Glória Gohn
CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DIREITOS SOCIAIS:
AVANÇOS E RECUOS DA CIDADANIA1

Maria da Glória Gohn


UNICAMP/FMU/CNPq

Inicio agradecendo o convite para participar deste evento e


desta mesa sobre um tema que é um marco referencial na vida
do país. É também um marco importante para minhas pesqui-
sas, porque a Constituição de 1988 sintetiza, de certa forma,
toda uma década, ou décadas, de redes movimentalistas que
vieram a se consolidar numa série de conquistas que foram es-
critas em leis e geraram uma nova institucionalidade no país.
Como ponto de partida, compartilho da avaliação de alguns
analistas que julgam a Constituição Brasileira de 1988 uma das
mais avançadas do mundo devido à parte que cuida dos direitos
e garantias individuais, bem como dos direitos sociais, enfoque
a ser tratado nesta sessão. Sei também que ela foi muito abran-
gente, abriu inúmeras frentes, deixou lacunas e foi posterior-
mente sendo “emendada”. Em 2008, por ocasião da comemora-
ção dos 20 anos de sua promulgação, ela tinha tido 62 emendas
e havia outras 1.600 propostas de alterações no Congresso. A
imprensa noticiou, naquele ano, a digitalização e publicação pe-
lo Senado dos 71,7 mil formulários que chegaram ao Congresso
na época da Constituinte. Em 2013, o número de emendas che-
ga a quase 80, sendo que 48% dos artigos foram alterados, e
70% dos acréscimos ou remodelações, após 25 anos de sua
existência, são dispositivos que tratam de políticas públicas so-
ciais. Mas os princípios fundamentais sofreram poucas altera-
ções. Há consenso entre os analistas de que a conquista maior
na Carta de 88 foi a consagração das liberdades democráticas:
de opinião, de manifestação e de organização. Não teríamos ti-
do o povo nas ruas, em junho de 2013, sem a nova Carta. Ela
também deu garantias individuais com relação à criminalização
do racismo, à abolição e banimento da pena de morte, ao livre
exercício religioso, ao repúdio à tortura e a tratamentos desu-
manos e degradantes. Estes princípios levaram à criação de
medidas judiciárias e leis posteriores, tais como o SUS (Siste-
ma Único de Saúde), o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador),
a punição sobre o racismo, o direito das minorias (2007), a Lei
da Imprensa (2009), a Lei da Anistia (2010), as cotas raciais, a
Ficha Limpa (2012), a Lei Maria da Penha (2012) a Lei de Aces-

1 Este texto é resultado da palestra “Constituição Federal, os Direitos Sociais e


a Cidadania” proferida no dia 19 de novembro de 2013, no evento Constituição
25 anos: República, Democracia e Cidadania.
Cadernos IHU ideias  •  5

so à Informação (2012), o reconhecimento da união homoafetiva


(2011), etc. Portanto, não restam dúvidas – a Constituição de
1988 restaurou a democracia e a ampliou.
Entretanto, deve-se observar que grande parte das deman-
das da sociedade não tinha se concretizado em 2008, nem cinco
anos depois, em outubro de 2013, nos 25 anos da nova Carta.
Dentre estas demandas, citam-se: reforma agrária, combate à
corrupção, saúde, educação de qualidade, questão salarial dos
políticos, etc. (vide Folha de São Paulo “Sugestões à Constitui-
ção se mantêm atuais após 20 anos”, 7/10/2008, p. A4). Entre-
tanto, no aniversário dos 25 anos, quando ela completou um
quarto de século, a colocação das demandas se alterou: elas
estão nas ruas, nas manifestações de junho de 2013, no que diz
respeito aos serviços sociais que o Estado deve prestar à popu-
lação, especialmente a mobilidade urbana por meio dos trans-
portes, educação pública de qualidade “padrão FIFA” e saúde
pública sem subfinanciamento.
A Constituição brasileira de 1988, ao completar 25 anos,
oferece-nos um momento bastante oportuno para se fazer um
balanço, para avaliar esse período, e isto requer um olhar não
apenas para o texto concluído e seu desenrolar posterior, mas
também para o processo que lhe deu origem. Processo mais
amplo, que extrapola o período constituinte e que atravessa a
sociedade civil e política, capta a luta da sociedade civil em bus-
ca da democratização, ou redemocratização, da sociedade polí-
tica. Ao avaliar esta luta, podemos dizer: não foi uma década
perdida, como muitos denominam os anos 1980. Foi uma déca-
da de conquistas democráticas de direitos.
Nesta apresentação, focalizarei pontos que incidem direta-
mente nessas conquistas, destacando alguns mecanismos de
participação popular que foram criados a partir da Constituição
de 88 – responsáveis em grande parte pelos mecanismos de
controle social que foram construídos no país a partir de 1988.
Vou priorizar o olhar sobre o cenário atual, lançando compara-
ções com os últimos 25 anos. Consideramos que estes 25 anos
são a moldura, o “frame” do cenário, da conjuntura propriamente
dita. Olhar o passado é importante à medida que retiramos li-
ções para compreender o presente e podemos delinear tendên-
cias para o futuro.

A questão da institucionalização

No Brasil a temática da institucionalização não é nova – no


período do associativismo movimentalista de base do final da
década de 1970 e nos anos 1980 já se pautava esta questão.
Mas a tônica era manter a organização fora de estruturas gover-
namentais, porque estas eram controladas pelo estado militar ou
por políticas herdeiras da fase clientelística do regime populista
6  •  Maria da Glória Gohn
que existiu até 1964. A não institucionalização era uma forma de
“estar de costas para o Estado”, mais como ato defensivo do que
fundamentos ideológicos ou filosóficos do comunitarismo/basis-
mo ou algo parecido. Até porque se demandavam outras formas
de atuação do Estado para democratizá-lo; demandava-se a
participação popular nas estruturas estatais, o que foi parcial-
mente obtido por meio de alguns canais inscritos na Carta Mag-
na de 1988.
O tema da institucionalização na atualidade tem outra face.
Podemos dividi-lo em dois momentos: o primeiro, nos anos
1990, resulta de uma trajetória de luta para implementar as con-
quistas institucionais, destacando os conselhos gestores e ou-
tros espaços institucionais, como o OP – Orçamento Participati-
vo. O segundo, a partir do ano 2000, aprofundou as formas de
gestão deliberativas, criou inúmeras inovações no campo da
participação popular democrática, como a participação por via
eletrônica, e redesenhou o formato de construção de várias po-
líticas sociais com a generalização do uso de conferências (um
ciclo que culmina com propostas para dar suporte, por exemplo,
a um novo plano decenal, ou a criação de um órgão que cuide
de tema ainda não contemplado em sua especificidade, como a
alimentação). Pontuaremos a seguir as principais características
dos dois momentos.
Os conselhos foram inscritos na Constituição de 1988 na
qualidade de instrumentos de expressão, representação e parti-
cipação da população. Estas estruturas inserem-se, portanto, na
esfera pública e, por força de lei, integram-se com os órgãos
públicos vinculados ao Poder Executivo, voltados para políticas
públicas específicas, responsáveis pela assessoria e pelo su-
porte ao funcionamento das áreas em que atuam.
Os conselhos gestores inauguram novidades no campo da
política por serem diferentes dos conselhos predominantes até
1988, os conselhos comunitários, populares ou dos fóruns civis
não governamentais, porque estes eram compostos exclusiva-
mente de representantes da sociedade civil, cujo poder residia
na força da mobilização e da pressão e não possuíam assento
institucional junto ao Poder Público. Os conselhos gestores são
diferentes também dos conselhos de “notáveis” que já existiam
nas esferas públicas no passado, compostos exclusivamente
por especialistas, atuando em áreas temáticas, a exemplo do
Conselho de Educação, entre outros.
Os conselhos gestores, no início, foram aclamados como
novos instrumentos de expressão, representação e participação
porque, em tese, são dotados de potencial de transformação po-
lítica. Se efetivamente representativos, avalia-se que eles po-
dem imprimir um novo formato às políticas sociais, pois se rela-
cionam ao processo de formação das políticas e de tomada de
decisões. Com os conselhos, gerou-se uma nova institucionali-
Cadernos IHU ideias  •  7

dade pública, porque eles criaram uma nova esfera social-públi-


ca ou pública não estatal. Trata-se de um novo padrão de rela-
ções entre Estado e sociedade, viabilizando a participação de
segmentos sociais na formulação de políticas sociais e possibili-
tando à população o acesso aos espaços em que se tomam as
decisões políticas, tendo a possibilidade de exercer controle so-
cial sobre o Estado. Com o passar do tempo, inúmeras avalia-
ções já foram feitas sobre os conselhos, e as otimistas expecta-
tivas iniciais não se confirmaram. Em um grande número de
casos, eles se tornaram órgãos burocratizados, com participa-
ção de cidadãos já incluídos socialmente por escolaridade e ou-
tros, presos a redes neoclientelistas. A almejada participação
popular ainda não teria sido conquistada. Portanto, está na hora
de repensar os conselhos para que atinjam seus objetivos.
A legislação em vigor no Brasil preconiza, desde 1996, que,
para o recebimento de recursos destinados às áreas sociais, os
municípios devem criar seus conselhos. Isso explica por que a
maioria dos conselhos municipais surgiu após esta data. Nos
municípios, as áreas básicas dos conselhos gestores, entre ou-
tros, são educação, assistência social, saúde, habitação, crian-
ças e adolescentes, idosos. Na esfera municipal, eles devem ter
caráter deliberativo, mas muitos se reduzem ao papel consulti-
vo. Quando isso ocorre, a participação é restrita, há um esvazia-
mento da responsabilidade pública, um apelo à moral conserva-
dora, tradicional, remetendo as ações ao campo das políticas
sociais compensatórias, do burocratismo e até mesmo do velho
clientelismo. Os direitos se transformam em benefícios concedi-
dos. A inovação advém, na maioria das vezes, das novas práti-
cas geradas pela sociedade civil. De fato são inúmeras as novas
práticas sociais expressas em novos formatos institucionais da
participação, tais como as redes, os fóruns e as parcerias. Os
fóruns são frutos das redes tecidas nos anos 1970/80 e possibi-
litaram aos grupos organizados olharem para além da dimensão
do local. Eles têm abrangência nacional e são fontes de referên-
cias e comparações para os próprios participantes. As novas
práticas constituem um novo tecido social, denso e diversificado,
que tencionam as velhas formas de fazer política e criam novas
possibilidades concretas para o futuro, em termos de alternati-
vas democráticas.

O segundo momento na institucionalização das políticas


públicas

A primeira década de 2000 é o segundo momento na confi-


guração atual da questão da institucionalização. Progressiva-
mente, a nova conjuntura econômica configurou uma nova cor-
relação de forças nas políticas do governo e seus projetos
político-culturais para a sociedade. O novo século trouxe inova-
8  •  Maria da Glória Gohn
ções no campo do associativismo brasileiro, como ações coleti-
vas impulsionadas por mobilizações que são articuladas a partir
de políticas públicas, ou parcerias entre a comunidade “organi-
zada”, ONGs, fundações, etc. e setores do poder público.
Na atualidade, não se trata apenas de construir ou imple-
mentar os canais institucionais, trata-se da gestão dos mesmos.
Várias inovações democráticas foram implementadas para reali-
zar as mediações necessárias entre o cidadão e o governo, in-
corporando o uso das novas tecnologias. Muitas delas foram
acopladas a estruturas já existentes, a exemplo da implantação
das consultas, votações e manifestações on-line. Registre-se
ainda a constituição de novos movimentos sociais, criados a
partir da conjuntura atual, articulados com ONGs, voltados para
questões relativas à democratização do Estado ou das políticas
públicas, a exemplo do Movimento de Combate à Corrupção
Eleitoral – MCCE no Brasil.
Projetos sociais passam a ter centralidade na forma de or-
ganização da população por diferentes agentes mediadores, da
sociedade civil ou política. Novos tempos, novas identidades
são criadas ou impulsionadas. O campo do social passou a ser
dominado por comunidades organizadas em projetos sociais
com crianças, jovens, adolescentes, mulheres, cooperativas de
todos os tipos de produtos e serviços, todos atuando segundo a
lógica do desenvolvimento sustentável, nos marcos de uma nova
economia social que tem como suposto a criação de “capital so-
cial” para a solução dos problemas socioeconômicos. Deve-se
acrescentar neste cenário as inúmeras ações e redes cidadãs
que se apresentam como movimentos sociais de fiscalização e
controle das políticas públicas, atuando em Fóruns, conselhos,
câmaras, consórcios, em escala local, regional e nacional. Os
novos ativistas destas redes conectam-se via internet, e usual-
mente seus compromissos principais são com as ONGs ou enti-
dades que os suportam. Redes de voluntariado também exis-
tem, principalmente no campo da assistência e da prestação de
serviços aos mais pobres.
As formas institucionalizadas, do tipo conselho ou câmara
de representação atuando junto a órgãos públicos, aumentaram
significativamente em número e temáticas. No campo da alimen-
tação, por exemplo, foi criado o CONSEA – Conselho Nacional de
Segurança Alimentar. Este Conselho, juntamente com o Conse-
lho do Idoso e o das Crianças e Adolescentes, tem exercido vi-
gilância na questão do repasse dos recursos orçamentários de
seus órgãos, conforme determina a Constituição. Nos estados
da Federação, criaram-se Defensorias Públicas, previstas na
Constituição de 1988 para atender, jurídica e processualmente,
a parcela da população sem condições de contratar um advoga-
do, garantindo-lhes o acesso à justiça. Ouvidorias públicas fo-
ram criadas junto aos principais órgãos públicos, nas várias es-
Cadernos IHU ideias  •  9

feras da administração pública, assim como empresas privadas


também adotaram este canal de mediação entre o cliente/usuá-
rio e a empresa propriamente dita.
Em suma, na atualidade temos avanços democráticos que
contam com o suporte governamental por meio de políticas pú-
blicas, mas os resultados são contraditórios. De um lado as de-
mandas sociais são postas como direitos (ainda que limitados),
abrindo espaço à participação cidadã por meio de ações cidadãs
e novos direitos assegurados por novas políticas públicas. De
outro, poderá haver perdas, principalmente, de autonomia dos
movimentos e o estabelecimento de estruturas de controle so-
cial, de cima para baixo, nas políticas governamentais para os
movimentos sociais.

A participação popular a partir da Constituição de 1988

A Carta de 1988 introduziu inovação já nos seus Princípios


Fundamentais ao dizer que “todo poder emana do povo”. Ela
introduziu o referendum, o plebiscito e a iniciativa popular. O re-
ferendo e o plebiscito foram usados só duas vezes em 25 anos
– em 1993, quando a população manteve o presidencialismo
como sistema de governo, e em 2005 um referendo rejeitou a
proibição de comercialização de armas de fogo, prevista no Es-
tatuto do Desarmamento. Ocorreram alguns plebiscitos locais
sobre a criação de estados e municípios. Em julho, houve uma
proposta da Presidente Dilma para um plebiscito como resposta
às manifestações de junho, o que foi logo descartado pelos par-
tidos no Congresso Nacional em razão do surgimento abrupto
da ideia. O Artigo 14 prevê projetos de lei de iniciativa popular.
Mas há várias dificuldades e empecilhos para que esta participa-
ção ocorra de fato. Um projeto, para ser acolhido, tem de contar
com pelo menos 1% do eleitorado, o que significa 1,4 milhão de
pessoas em 2013. Há propostas em discussão para diminuir pa-
ra 0,5% do eleitorado, assim como a necessidade de mecanis-
mos eficazes para a validação das assinaturas. Em síntese, em
25 anos, somente quatro projetos foram aprovados, destacan-
do-se um no campo da habitação popular e a Lei da Ficha Lim-
pa, resultado de iniciativa popular.
Existem 112 “leis faltantes” – são leis mencionadas no texto
constitucional que não foram criadas até agora. Mas a Constitui-
ção tem sido o esteio no caso de conflitos de terras, especial-
mente em áreas de povos indígenas ou originários (quilombolas,
por exemplo), assim como nas questões carcerárias e de liber-
dade de imprensa. Ressalve-se, entretanto, que lemos costu-
meiramente nos jornais sobre os “ajustes” necessários no pacto
social onde se observa que eles incidirão nos setores de menor
renda/salário, seguro desemprego, abono salarial, etc. O argu-
mento é que se gasta muito para ter uma redução pequena da
10  •  Maria da Glória Gohn
desigualdade de renda. Será mesmo? Faltam ainda inúmeras
modificações para desburocratizar a máquina pública e seus
processos. Os municípios têm sérias limitações para realizar
inovações em suas gestões – uso de mídias on-line, por exem-
plo, que emperram porque a Constituição enfraqueceu o local e
fortaleceu o poder central.
Para concluir, uma breve nota sobre as manifestações de
junho. O Brasil foi às ruas usando as redes sociais como instru-
mento de mobilização. Clamou contra a má qualidade dos servi-
ços públicos (especialmente educação, saúde, segurança e mo-
bilidade urbana), clamou por cidadania de fato, “padrão FIFA”. A
liberdade de expressão emergiu como regra do regime demo-
crático. Este direito, garantido em cláusula pétrea da Constitui-
ção (significa que não pode ser alterada por emendas), acabou
por se transformar em um dos valores principais a ser defendido,
pois os atos de violência nas ruas, depois de junho de 2013,
colocaram em risco tal direito.

Conclusões e desafios

Um balanço das conquistas obtidas com a Constituição de


1988 nos leva a olhar e a comparar o proposto, o inscrito, o im-
plementado com a prática atual. Por isto este texto fez um res-
gate do processo de construção da cidadania no Brasil nos últi-
mos 30 anos. Deteve-se na atualidade, concluindo que formas
novas de cidadania refletem um novo momento e um modelo na
trajetória do associativismo brasileiro. Destacamos neste asso-
ciativismo o papel dos movimentos sociais.
Observa-se que alguns movimentos voltaram a ter visibili-
dade e centralidade, como atores que pressionam por proces-
sos de mudança social. Eles também se transformaram bastan-
te, realizaram deslocamentos em suas identidades e
incorporaram outras dimensões do pensar e agir social. Altera-
ram seus projetos políticos. Mas como são muitos e heterogêne-
os, parte deles fragmentou-se, perdeu ou redefiniu sua identida-
de, ideias e pontos de vista centrais, alterando o projeto e a
cultura política existente. Outros se redefiniram segundo as mu-
danças de outros atores sociais em cena. Outros ainda aprovei-
taram brechas e se conectaram com as possibilidades dadas
pela globalização, econômica (geradora de resistências e pro-
testos) e cultural (geradora de novas sociabilidades, novas inte-
rações e aprendizagens baseadas na pedagogia do exemplo –
aprender pela observação – nos grandes eventos transnacionais,
ou por meio da conexão na rede internet). Os exemplos princi-
pais destes últimos são o movimento antiglobalização, também
chamado de altermundialistas ou alterglobalização, ou ainda
transnacionais (Porta & Tarrow, 2004). Registre-se, entretanto, a
heterogeneidade das formas de movimentos sociais.
Cadernos IHU ideias  •  11

Nossas análises destacam o caráter educativo das ações


coletivas, organizadas sob a forma de movimentos sociais, a
ampliação deste cenário associativo para além da sociedade ci-
vil – adentrando em novas esferas públicas, a exemplo dos con-
selhos e conferências nacionais – e o surgimento de novos for-
matos deste associativismo, que trabalha agora essencialmente
em rede. O Estado transformou suas relações com a sociedade
civil organizada, impulsionando políticas públicas participativas
– muitas delas coordenadas ou com a participação de antigas
lideranças oriundas de movimentos sociais. A busca da institu-
cionalização de práticas, antes autônomas, tornou-se uma cons-
tante. Novo marco regulatório oficial possibilitou a criação de
inúmeras inovações no campo da gestão democrática, e o leque
de entidades e associações atuando no campo da educação,
especialmente na educação não formal, cresceu bastante.
Disso tudo resulta um cenário contraditório no qual convi-
vem entidades que buscam a mera integração dos excluídos por
meio da participação comunitária em políticas sociais exclusiva-
mente compensatórias; com entidades, redes e fóruns sociais
que buscam a transformação social por meio da mudança do
modelo de desenvolvimento que impera no país, inspirados num
novo modelo civilizatório onde a cidadania, a ética, a justiça e a
igualdade social sejam imperativos, prioritários e inegociáveis.
Há muitos desafios a serem enfrentados. Como meta geral,
precisamos alterar a cultura política de nossa sociedade (civil e
política) ainda fortemente marcada pelo clientelismo, o fisiologis-
mo e por diversas formas de corrupção; reestruturar a cultura
administrativa de nossos órgãos públicos ainda estruturados so-
bre os pilares da burocracia e do corporativismo; contribuir para
o fortalecimento de uma cultura cidadã que respeite os direitos e
deveres dos indivíduos e coletividades, pois a cidadania predo-
minante se restringe ao voto e é ainda marcada pelas heranças
coloniais da subserviência e do conformismo.
Em resumo: o compromisso ético e a opção pelo desenvol-
vimento de propostas que tenham por base a participação social
por meio do protagonismo da sociedade civil exige uma clara
vontade política das forças democráticas organizadas para a
construção de uma nova sociedade de fato. É preciso que se
respeitem os direitos de cidadania e se aumente progressiva-
mente o nível de participação democrática da população nos
espaços públicos, consolidados em instituições que dão forma
aos direitos humanos e ao exercício da participação cidadã, pre-
sentes nos conselhos, plenárias, fóruns e outras possíveis insti-
tuições a serem inventadas. Tudo isto compõe o universo da
temática: movimentos sociais e cidadania. Concluímos lembran-
do um alerta de Rancière, quando critica as formas de participa-
ção não emancipadoras, formas criadas apenas para estabele-
cer consensos e controles, dizendo que, nestes casos, a
12  •  Maria da Glória Gohn
participação política é confundida com o consenso, e a política
deixa de ser “a reivindicação da parte dos que não têm parte, a
uma intervenção de expedientes” (Rancière, 1995).

Bibliografia

BAUMAN, Zygmunt. Community. Cambridge: Polity, 2001.


BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Di-
cionário de Política. 2a ed. Brasília: UnB, 1986.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra,
1999.
______. Observatório Global. Barcelona, Ed. LAIEE, 2008.
______. Redes de Indignação e de esperança: Movimentos sociais na
era global. Rio de Janeiro, Zahar, 2013.
DAGNINO, Evelina; OLVERA, Alberto; PANFICHI, Aldo (Orgs). A disputa
pela construção democrática na América Latina. São Paulo/Campinas:
Paz e Terra/Unicamp, 2006.
DUSSEL, Enrique. A ética da libertação na idade da exclusão, Petrópo-
lis, Vozes, 2002.
FRASER, Nancy. Recognition without Ethics. In Theory, Culture and So-
ciety, n.18, 2001.
LASCOUMES, P. & LE GALÈS, P. Sociologia da ação pública. Maceió:
EDUFAL, 2012.
GOHN, Maria da Glória. O Protagonismo da sociedade civil: movimentos
sociais, ONGS e redes solidárias. 2ª Ed. São Paulo: Cortez, 2008.
______. Movimentos e lutas sociais na História do Brasil. 7a ed. São
Paulo: Loyola. 2012.
______. Movimentos sociais e educação. 8a ed. São Paulo: Cortez,
2012.
______. Novas teorias dos movimentos sociais. 4ª Ed. São Paulo: Loyo-
la, 2012.
_______. Movimentos sociais e redes de mobilizações civis no Brasil
contemporâneo. 7ª ed. Petrópolis, Vozes, 2013.
______. Teorias dos movimentos sociais. Paradigmas clássicos e con-
temporâneos. 10ª Ed. São Paulo. Ed. Loyola, 2012.
HESSEL, Stéphane. Indignai-vos! Lisboa, Ed Objectiva, 2011.
HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento. A gramática moral dos con-
flitos sociais. São Paulo: Editora 34, 2003.
MELUCCI, Alberto. Challeging codes. Cambridge, Cambridge Press,
1996.
OBSERVATORIO SOCIAL DE AMÉRICA LATINA. Movimientos sociales
y gobiernos en la región Andina. Resistencias y alternativas en lo político
y lo social. Revista OSAL, Buenos Aires, CLACSO, n.19, 2006a.
______. Movimientos sociales: nuevas realidades, nuevos desafíos. Re-
vista OSAL, Buenos Aires, CLACSO, n.21, 2007.
PORTA, Donatela dela. TARROW, Sidney (ed.). Transnational Protest
and Global Activism: people, passions and power. Roman and Littlefield,
2004.
Cadernos IHU ideias  •  13

QUIJANO, Aníbal. El laberinto de América Latina: ¿hay otras salidas?


Revista OSAL, Buenos Aires, CLACSO, v.5, n.13, 2004.
RANCIÈRE, Jacques. Políticas da escrita. São Paulo, Ed. 34. 1995.
RIBEIRO, Tânia Guimarães. O Conceito de Desenvolvimento Participa-
tivo nas Ações do Estado – uma proposta para a Amazônia. Tese de
Doutorado. Rio de Janeiro, UFRJ /IFCS/PPGSA, 2010.
ROMANO, J.; ANDRADE, M. de P.; ANTUNES, M. (orgs.) Olhar crítico
sobre participação e cidadania. São Paulo: Expressão Popular, Action
Aid Brasil, 2007. (Coleção Olhar Crítico, v.1)
SANTOS, Boaventura de S.(Org). A gramática do tempo. Para uma nova
cultura política. São Paulo: Cortez, 2006.
TOURAINE, Alain. ¿Podremos vivir juntos? Buenos Aires: Fondo de Cul-
tura Económica, 1997.
______. Un nouveau paradigme. Paris: Fayard, 2005.
______. O mundo das mulheres. Petrópolis: Vozes, 2007a.
______. Penser autrement. Paris: Fayard, 2007b.
CADERNOS IHU IDEIAS
N. 01 A teoria da justiça de John Rawls – Dr. José Nedel
N. 02 O feminismo ou os feminismos: Uma leitura das produções teóricas – Dra. Edla Eggert
O Serviço Social junto ao Fórum de Mulheres em São Leopoldo – MS Clair Ribeiro Ziebell e
Acadêmicas Anemarie Kirsch Deutrich e Magali Beatriz Strauss
N. 03 O programa Linha Direta: a sociedade segundo a TV Globo – Jornalista Sonia Montaño
N. 04 Ernani M. Fiori – Uma Filosofia da Educação Popular – Prof. Dr. Luiz Gilberto Kronbauer
N. 05 O ruído de guerra e o silêncio de Deus – Dr. Manfred Zeuch
N. 06 BRASIL: Entre a Identidade Vazia e a Construção do Novo – Prof. Dr. Renato Janine Ribeiro
N. 07 Mundos televisivos e sentidos identiários na TV – Profa. Dra. Suzana Kilpp
N. 08 Simões Lopes Neto e a Invenção do Gaúcho – Profa. Dra. Márcia Lopes Duarte
N. 09 Oligopólios midiáticos: a televisão contemporânea e as barreiras à entrada – Prof. Dr. Valério
Cruz Brittos
N. 10 Futebol, mídia e sociedade no Brasil: reflexões a partir de um jogo – Prof. Dr. Édison Luis
Gastaldo
N. 11 Os 100 anos de Theodor Adorno e a Filosofia depois de Auschwitz – Profa. Dra. Márcia Tiburi
N. 12 A domesticação do exótico – Profa. Dra. Paula Caleffi
N. 13 Pomeranas parceiras no caminho da roça: um jeito de fazer Igreja, Teologia e Educação Popular
– Profa. Dra. Edla Eggert
N. 14 Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros: a prática política no RS – Prof. Dr. Gunter Axt
N. 15 Medicina social: um instrumento para denúncia – Profa. Dra. Stela Nazareth Meneghel
N. 16 Mudanças de significado da tatuagem contemporânea – Profa. Dra. Débora Krischke Leitão
N. 17 As sete mulheres e as negras sem rosto: ficção, história e trivialidade – Prof. Dr. Mário Maestri
N. 18 Um itinenário do pensamento de Edgar Morin – Profa. Dra. Maria da Conceição de Almeida
N. 19 Os donos do Poder, de Raymundo Faoro – Profa. Dra. Helga Iracema Ladgraf Piccolo
N. 20 Sobre técnica e humanismo – Prof. Dr. Oswaldo Giacóia Junior
N. 21 Construindo novos caminhos para a intervenção societária – Profa. Dra. Lucilda Selli
N. 22 Física Quântica: da sua pré-história à discussão sobre o seu conteúdo essencial – Prof. Dr. Paulo
Henrique Dionísio
N. 23 Atualidade da filosofia moral de Kant, desde a perspectiva de sua crítica a um solipsismo prático
– Prof. Dr. Valério Rohden
N. 24 Imagens da exclusão no cinema nacional – Profa. Dra. Miriam Rossini
N. 25 A estética discursiva da tevê e a (des)configuração da informação – Profa. Dra. Nísia Martins do
Rosário
N. 26 O discurso sobre o voluntariado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS – MS Rosa
Maria Serra Bavaresco
N. 27 O modo de objetivação jornalística – Profa. Dra. Beatriz Alcaraz Marocco
N. 28 A cidade afetada pela cultura digital – Prof. Dr. Paulo Edison Belo Reyes
N. 29 Prevalência de violência de gênero perpetrada por companheiro: Estudo em um serviço de aten-
ção primária à saúde – Porto Alegre, RS – Prof. MS José Fernando Dresch Kronbauer
N. 30 Getúlio, romance ou biografia? – Prof. Dr. Juremir Machado da Silva
N. 31 A crise e o êxodo da sociedade salarial – Prof. Dr. André Gorz
N. 32 À meia luz: a emergência de uma Teologia Gay – Seus dilemas e possibilidades – Prof. Dr. André
Sidnei Musskopf
N. 33 O vampirismo no mundo contemporâneo: algumas considerações – Prof. MS Marcelo Pizarro
Noronha
N. 34 O mundo do trabalho em mutação: As reconfigurações e seus impactos – Prof. Dr. Marco Aurélio
Santana
N. 35 Adam Smith: filósofo e economista – Profa. Dra. Ana Maria Bianchi e Antonio Tiago Loureiro
Araújo dos Santos
N. 36 Igreja Universal do Reino de Deus no contexto do emergente mercado religioso brasileiro: uma
análise antropológica – Prof. Dr. Airton Luiz Jungblut
N. 37 As concepções teórico-analíticas e as proposições de política econômica de Keynes – Prof. Dr.
Fernando Ferrari Filho
N. 38 Rosa Egipcíaca: Uma Santa Africana no Brasil Colonial – Prof. Dr. Luiz Mott
N. 39 Malthus e Ricardo: duas visões de economia política e de capitalismo – Prof. Dr. Gentil Corazza
N. 40 Corpo e Agenda na Revista Feminina – MS Adriana Braga
N. 41 A (anti)filosofia de Karl Marx – Profa. Dra. Leda Maria Paulani
N. 42 Veblen e o Comportamento Humano: uma avaliação após um século de “A Teoria da Classe
Ociosa” – Prof. Dr. Leonardo Monteiro Monasterio
N. 43 Futebol, Mídia e Sociabilidade. Uma experiência etnográfica – Édison Luis Gastaldo, Rodrigo
Marques Leistner, Ronei Teodoro da Silva e Samuel McGinity
N. 44 Genealogia da religião. Ensaio de leitura sistêmica de Marcel Gauchet. Aplicação à situação atual
do mundo – Prof. Dr. Gérard Donnadieu
N. 45 A realidade quântica como base da visão de Teilhard de Chardin e uma nova concepção da
evolução biológica – Prof. Dr. Lothar Schäfer
N. 46 “Esta terra tem dono”. Disputas de representação sobre o passado missioneiro no Rio Grande do
Sul: a figura de Sepé Tiaraju – Profa. Dra. Ceres Karam Brum
N. 47 O desenvolvimento econômico na visão de Joseph Schumpeter – Prof. Dr. Achyles Barcelos da Costa
N. 48 Religião e elo social. O caso do cristianismo – Prof. Dr. Gérard Donnadieu
N. 49 Copérnico e Kepler: como a terra saiu do centro do universo – Prof. Dr. Geraldo Monteiro Sigaud
N. 50 Modernidade e pós-modernidade – luzes e sombras – Prof. Dr. Evilázio Teixeira
N. 51 Violências: O olhar da saúde coletiva – Élida Azevedo Hennington e Stela Nazareth Meneghel
N. 52 Ética e emoções morais – Prof. Dr. Thomas KesselringJuízos ou emoções: de quem é a primazia
na moral? – Prof. Dr. Adriano Naves de Brito
N. 53 Computação Quântica. Desafios para o Século XXI – Prof. Dr. Fernando Haas
N. 54 Atividade da sociedade civil relativa ao desarmamento na Europa e no Brasil – Profa. Dra. An Vranckx
N. 55 Terra habitável: o grande desafio para a humanidade – Prof. Dr. Gilberto Dupas
N. 56 O decrescimento como condição de uma sociedade convivial – Prof. Dr. Serge Latouche
N. 57 A natureza da natureza: auto-organização e caos – Prof. Dr. Günter Küppers
N. 58 Sociedade sustentável e desenvolvimento sustentável: limites e possibilidades – Dra. Hazel
Henderson
N. 59 Globalização – mas como? – Profa. Dra. Karen Gloy
N. 60 A emergência da nova subjetividade operária: a sociabilidade invertida – MS Cesar Sanson
N. 61 Incidente em Antares e a Trajetória de Ficção de Erico Veríssimo – Profa. Dra. Regina Zilberman
N. 62 Três episódios de descoberta científica: da caricatura empirista a uma outra história – Prof. Dr.
Fernando Lang da Silveira e Prof. Dr. Luiz O. Q. Peduzzi
N. 63 Negações e Silenciamentos no discurso acerca da Juventude – Cátia Andressa da Silva
N. 64 Getúlio e a Gira: a Umbanda em tempos de Estado Novo – Prof. Dr. Artur Cesar Isaia
N. 65 Darcy Ribeiro e o O povo brasileiro: uma alegoria humanista tropical – Profa. Dra. Léa Freitas Perez
N. 66 Adoecer: Morrer ou Viver? Reflexões sobre a cura e a não cura nas reduções jesuítico-guaranis
(1609-1675) – Profa. Dra. Eliane Cristina Deckmann Fleck
N. 67 Em busca da terceira margem: O olhar de Nelson Pereira dos Santos na obra de Guimarães
Rosa – Prof. Dr. João Guilherme Barone
N. 68 Contingência nas ciências físicas – Prof. Dr. Fernando Haas
N. 69 A cosmologia de Newton – Prof. Dr. Ney Lemke
N. 70 Física Moderna e o paradoxo de Zenon – Prof. Dr. Fernando Haas
N. 71 O passado e o presente em Os Inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade – Profa. Dra. Miriam
de Souza Rossini
N. 72 Da religião e de juventude: modulações e articulações – Profa. Dra. Léa Freitas Perez
N. 73 Tradição e ruptura na obra de Guimarães Rosa – Prof. Dr. Eduardo F. Coutinho
N. 74 Raça, nação e classe na historiografia de Moysés Vellinho – Prof. Dr. Mário Maestri
N. 75 A Geologia Arqueológica na Unisinos – Prof. MS Carlos Henrique Nowatzki
N. 76 Campesinato negro no período pós-abolição: repensando Coronelismo, enxada e voto – Profa.
Dra. Ana Maria Lugão Rios
N. 77 Progresso: como mito ou ideologia – Prof. Dr. Gilberto Dupas
N. 78 Michael Aglietta: da Teoria da Regulação à Violência da Moeda – Prof. Dr. Octavio A. C. Conceição
N. 79 Dante de Laytano e o negro no Rio Grande Do Sul – Prof. Dr. Moacyr Flores
N. 80 Do pré-urbano ao urbano: A cidade missioneira colonial e seu território – Prof. Dr. Arno Alvarez Kern
N. 81 Entre Canções e versos: alguns caminhos para a leitura e a produção de poemas na sala de
aula – Profa. Dra. Gláucia de Souza
N. 82 Trabalhadores e política nos anos 1950: a ideia de “sindicalismo populista” em questão – Prof. Dr.
Marco Aurélio Santana
N. 83 Dimensões normativas da Bioética – Prof. Dr. Alfredo Culleton e Prof. Dr. Vicente de Paulo Barretto
N. 84 A Ciência como instrumento de leitura para explicar as transformações da natureza – Prof. Dr.
Attico Chassot
N. 85 Demanda por empresas responsáveis e Ética Concorrencial: desafios e uma proposta para a
gestão da ação organizada do varejo – Profa. Dra. Patrícia Almeida Ashley
N. 86 Autonomia na pós-modernidade: um delírio? – Prof. Dr. Mario Fleig
N. 87 Gauchismo, tradição e Tradicionalismo – Profa. Dra. Maria Eunice Maciel
N. 88 A ética e a crise da modernidade: uma leitura a partir da obra de Henrique C. de Lima Vaz – Prof.
Dr. Marcelo Perine
N. 89 Limites, possibilidades e contradições da formação humana na Universidade – Prof. Dr. Laurício
Neumann
N. 90 Os índios e a História Colonial: lendo Cristina Pompa e Regina Almeida – Profa. Dra. Maria
Cristina Bohn Martins
N. 91 Subjetividade moderna: possibilidades e limites para o cristianismo – Prof. Dr. Franklin Leopoldo
e Silva
N. 92 Saberes populares produzidos numa escola de comunidade de catadores: um estudo na pers-
pectiva da Etnomatemática – Daiane Martins Bocasanta
N. 93 A religião na sociedade dos indivíduos: transformações no campo religioso brasileiro – Prof. Dr.
Carlos Alberto Steil
N. 94 Movimento sindical: desafios e perspectivas para os próximos anos – MS Cesar Sanson
N. 95 De volta para o futuro: os precursores da nanotecnociência – Prof. Dr. Peter A. Schulz
N. 96 Vianna Moog como intérprete do Brasil – MS Enildo de Moura Carvalho
N. 97 A paixão de Jacobina: uma leitura cinematográfica – Profa. Dra. Marinês Andrea Kunz
N. 98 Resiliência: um novo paradigma que desafia as religiões – MS Susana María Rocca Larrosa
N. 99 Sociabilidades contemporâneas: os jovens na lan house – Dra. Vanessa Andrade Pereira
N. 100 Autonomia do sujeito moral em Kant – Prof. Dr. Valerio Rohden
N. 101 As principais contribuições de Milton Friedman à Teoria Monetária: parte 1 – Prof. Dr. Roberto
Camps Moraes
N. 102 Uma leitura das inovações bio(nano)tecnológicas a partir da sociologia da ciência – MS Adriano
Premebida
N. 103 ECODI – A criação de espaços de convivência digital virtual no contexto dos processos de ensino
e aprendizagem em metaverso – Profa. Dra. Eliane Schlemmer
N. 104 As principais contribuições de Milton Friedman à Teoria Monetária: parte 2 – Prof. Dr. Roberto
Camps Moraes
N. 105 Futebol e identidade feminina: um estudo etnográfico sobre o núcleo de mulheres gremistas –
Prof. MS Marcelo Pizarro Noronha
N. 106 Justificação e prescrição produzidas pelas Ciências Humanas: Igualdade e Liberdade nos discur-
sos educacionais contemporâneos – Profa. Dra. Paula Corrêa Henning
N. 107 Da civilização do segredo à civilização da exibição: a família na vitrine – Profa. Dra. Maria Isabel
Barros Bellini
N. 108 Trabalho associado e ecologia: vislumbrando um ethos solidário, terno e democrático? – Prof. Dr.
Telmo Adams
N. 109 Transumanismo e nanotecnologia molecular – Prof. Dr. Celso Candido de Azambuja
N. 110 Formação e trabalho em narrativas – Prof. Dr. Leandro R. Pinheiro
N. 111 Autonomia e submissão: o sentido histórico da administração – Yeda Crusius no Rio Grande do
Sul – Prof. Dr. Mário Maestri
N. 112 A comunicação paulina e as práticas publicitárias: São Paulo e o contexto da publicidade e pro-
paganda – Denis Gerson Simões
N. 113 Isto não é uma janela: Flusser, Surrealismo e o jogo contra – Esp. Yentl Delanhesi
N. 114 SBT: jogo, televisão e imaginário de azar brasileiro – MS Sonia Montaño
N. 115 Educação cooperativa solidária: perspectivas e limites – Prof. MS Carlos Daniel Baioto
N. 116 Humanizar o humano – Roberto Carlos Fávero
N. 117 Quando o mito se torna verdade e a ciência, religião – Róber Freitas Bachinski
N. 118 Colonizando e descolonizando mentes – Marcelo Dascal
N. 119 A espiritualidade como fator de proteção na adolescência – Luciana F. Marques e Débora D.
Dell’Aglio
N. 120 A dimensão coletiva da liderança – Patrícia Martins Fagundes Cabral e Nedio Seminotti
N. 121 Nanotecnologia: alguns aspectos éticos e teológicos – Eduardo R. Cruz
N. 122 Direito das minorias e Direito à diferenciação – José Rogério Lopes
N. 123 Os direitos humanos e as nanotecnologias: em busca de marcos regulatórios – Wilson Engelmann
N. 124 Desejo e violência – Rosane de Abreu e Silva
N. 125 As nanotecnologias no ensino – Solange Binotto Fagan
N. 126 Câmara Cascudo: um historiador católico – Bruna Rafaela de Lima
N. 127 O que o câncer faz com as pessoas? Reflexos na literatura universal: Leo Tolstoi – Thomas Mann
– Alexander Soljenítsin – Philip Roth – Karl-Josef Kuschel
N. 128 Dignidade da pessoa humana e o direito fundamental à identidade genética – Ingo Wolfgang
Sarlet e Selma Rodrigues Petterle
N. 129 Aplicações de caos e complexidade em ciências da vida – Ivan Amaral Guerrini
N. 130 Nanotecnologia e meio ambiente para uma sociedade sustentável – Paulo Roberto Martins
N. 131 A philía como critério de inteligibilidade da mediação comunitária – Rosa Maria Zaia Borges Abrão
N. 132 Linguagem, singularidade e atividade de trabalho – Marlene Teixeira e Éderson de Oliveira Cabral
N. 133 A busca pela segurança jurídica na jurisdição e no processo sob a ótica da teoria dos sistemas
sociais de Nicklass Luhmann – Leonardo Grison
N. 134 Motores Biomoleculares – Ney Lemke e Luciano Hennemann
N. 135 As redes e a construção de espaços sociais na digitalização – Ana Maria Oliveira Rosa
N. 136 De Marx a Durkheim: Algumas apropriações teóricas para o estudo das religiões afro-brasileiras
– Rodrigo Marques Leistner
N. 137 Redes sociais e enfrentamento do sofrimento psíquico: sobre como as pessoas reconstroem
suas vidas – Breno Augusto Souto Maior Fontes
N. 138 As sociedades indígenas e a economia do dom: O caso dos guaranis – Maria Cristina Bohn
Martins
N. 139 Nanotecnologia e a criação de novos espaços e novas identidades – Marise Borba da Silva
N. 140 Platão e os Guarani – Beatriz Helena Domingues
N. 141 Direitos humanos na mídia brasileira – Diego Airoso da Motta
N. 142 Jornalismo Infantil: Apropriações e Aprendizagens de Crianças na Recepção da Revista Recreio
– Greyce Vargas
N. 143 Derrida e o pensamento da desconstrução: o redimensionamento do sujeito – Paulo Cesar
Duque-Estrada
N. 144 Inclusão e Biopolítica – Maura Corcini Lopes, Kamila Lockmann, Morgana Domênica Hattge e
Viviane Klaus
N. 145 Os povos indígenas e a política de saúde mental no Brasil: composição simétrica de saberes para
a construção do presente – Bianca Sordi Stock
N. 146 Reflexões estruturais sobre o mecanismo de REDD – Camila Moreno
N. 147 O animal como próximo: por uma antropologia dos movimentos de defesa dos direitos animais –
Caetano Sordi
N. 148 Avaliação econômica de impactos ambientais: o caso do aterro sanitário em Canoas-RS – Fer-
nanda Schutz
N. 149 Cidadania, autonomia e renda básica – Josué Pereira da Silva
N. 150 Imagética e formações religiosas contemporâneas: entre a performance e a ética – José Rogério
Lopes
N. 151 As reformas político-econômicas pombalinas para a Amazônia: e a expulsão dos jesuítas do
Grão-Pará e Maranhão – Luiz Fernando Medeiros Rodrigues
N. 152 Entre a Revolução Mexicana e o Movimento de Chiapas: a tese da hegemonia burguesa no
México ou “por que voltar ao México 100 anos depois” – Claudia Wasserman
N. 153 Globalização e o pensamento econômico franciscano: Orientação do pensamento econômico
franciscano e Caritas in Veritate – Stefano Zamagni
N. 154 Ponto de cultura teko arandu: uma experiência de inclusão digital indígena na aldeia kaiowá e
guarani Te’ýikue no município de Caarapó-MS – Neimar Machado de Sousa, Antonio Brand e
José Francisco Sarmento
N. 155 Civilizar a economia: o amor e o lucro após a crise econômica – Stefano Zamagni
N. 156 Intermitências no cotidiano: a clínica como resistência inventiva – Mário Francis Petry Londero e
Simone Mainieri Paulon
N. 157 Democracia, liberdade positiva, desenvolvimento – Stefano Zamagni
N. 158 “Passemos para a outra margem”: da homofobia ao respeito à diversidade – Omar Lucas Perrout
Fortes de Sales
N. 159 A ética católica e o espírito do capitalismo – Stefano Zamagni
N. 160 O Slow Food e novos princípios para o mercado – Eriberto Nascente Silveira
N. 161 O pensamento ético de Henri Bergson: sobre As duas fontes da moral e da religião – André
Brayner de Farias
N. 162 O modus operandi das políticas econômicas keynesianas – Fernando Ferrari Filho e Fábio Hen-
rique Bittes Terra
N. 163 Cultura popular tradicional: novas mediações e legitimações culturais de mestres populares pau-
listas – André Luiz da Silva
N. 164 Será o decrescimento a boa nova de Ivan Illich? – Serge Latouche
N. 165 Agostos! A “Crise da Legalidade”: vista da janela do Consulado dos Estados Unidos em Porto
Alegre – Carla Simone Rodeghero
N. 166 Convivialidade e decrescimento – Serge Latouche
N. 167 O impacto da plantação extensiva de eucalipto nas culturas tradicionais: Estudo de caso de São
Luis do Paraitinga – Marcelo Henrique Santos Toledo
N. 168 O decrescimento e o sagrado – Serge Latouche
N. 169 A busca de um ethos planetário – Leonardo Boff
N. 170 O salto mortal de Louk Hulsman e a desinstitucionalização do ser: um convite ao abolicionismo –
Marco Antonio de Abreu Scapini
N. 171 Sub specie aeternitatis – O uso do conceito de tempo como estratégia pedagógica de religação
dos saberes – Gerson Egas Severo
N. 172 Theodor Adorno e a frieza burguesa em tempos de tecnologias digitais – Bruno Pucci
N. 173 Técnicas de si nos textos de Michel Foucault: A influência do poder pastoral – João Roberto Barros II
N. 174 Da mônada ao social: A intersubjetividade segundo Levinas – Marcelo Fabri
N. 175 Um caminho de educação para a paz segundo Hobbes – Lucas Mateus Dalsotto e Everaldo Cescon
N. 176 Da magnitude e ambivalência à necessária humanização da tecnociência segundo Hans Jonas –
Jelson Roberto de Oliveira
N. 177 Um caminho de educação para a paz segundo Locke – Odair Camati e Paulo César Nodari
N. 178 Crime e sociedade estamental no Brasil: De como la ley es como la serpiente; solo pica a los
descalzos – Lenio Luiz Streck
N. 179 Um caminho de educação para a paz segundo Rousseau – Mateus Boldori e Paulo César Nodari
N. 180 Limites e desafios para os direitos humanos no Brasil: entre o reconhecimento e a concretização
– Afonso Maria das Chagas
N. 181 Apátridas e refugiados: direitos humanos a partir da ética da alteridade – Gustavo Oliveira de
Lima Pereira
N. 182 Censo 2010 e religiões:reflexões a partir do novo mapa religioso brasileiro – José Rogério Lopes
N. 183 A Europa e a ideia de uma economia civil – Stefano Zamagni
N. 184 Para um discurso jurídico-penal libertário: a pena como dispositivo político (ou o direito penal
como “discurso-limite”) – Augusto Jobim do Amaral
N. 185 A identidade e a missão de uma universidade católica na atualidade – Stefano Zamagni
N. 186 A hospitalidade frente ao processo de reassentamento solidário aos refugiados – Joseane Mariéle
Schuck Pinto
N. 187 Os arranjos colaborativos e complementares de ensino, pesquisa e extensão na educação supe-
rior brasileira e sua contribuição para um projeto de sociedade sustentável no Brasil – Marcelo F.
de Aquino
N. 188 Os riscos e as loucuras dos discursos da razão no campo da prevenção – Luis David Castiel
N. 189 Produções tecnológicas e biomédicas e seus efeitos produtivos e prescritivos nas práticas sociais
e de gênero – Marlene Tamanini
N. 190 Ciência e justiça: Considerações em torno da apropriação da tecnologia de DNA pelo direito –
Claudia Fonseca
N. 191 #VEMpraRUA: Outono brasileiro? Leituras – Bruno Lima Rocha, Carlos Gadea, Giovanni Alves,
Giuseppe Cocco, Luiz Werneck Vianna e Rudá Ricci
N. 192 A ciência em ação de Bruno Latour – Leticia de Luna Freire
N. 193 Laboratórios e Extrações: quando um problema técnico se torna uma 0questão sociotécnica –
Rodrigo Ciconet Dornelles
N. 194 A pessoa na era da biopolítica: autonomia, corpo e subjetividade – Heloisa Helena Barboza
N. 195 Felicidade e Economia: uma retrospectiva histórica – Pedro Henrique de Morais Campetti e Tiago
Wickstrom Alves
N. 196 A colaboração de Jesuítas, Leigos e Leigas nas Universidades confiadas à Companhia de Jesus:
o diálogo entre humanismo evangélico e humanismo tecnocientífico – Adolfo Nicolás
N. 197 Brasil: verso e reverso constitucional – Fábio Konder Comparato
N. 198 Sem-religião no Brasil: Dois estranhos sob o guarda-chuva – Jorge Claudio Ribeiro
N. 199 Uma ideia de educação segundo Kant: uma possível contribuição para o século XXI – Felipe
Bragagnolo e Paulo César Nodari
N. 200 Aspectos do direito de resistir e a luta socialpor moradia urbana: a experiência da ocupação
Raízes da Praia – Natalia Martinuzzi Castilho
N. 201 Desafios éticos, filosóficos e políticos da biologia sintética – Jordi Maiso
N. 202 Fim da Política, do Estado e da cidadania? – Roberto Romano
Maria da Glória Marcondes Gohn possui gra-
duação em Sociologia pela Fundação Escola de
Sociologia e Política de São Paulo (1970), mes-
trado em Sociologia pela Universidade de São
Paulo (1979), doutorado em Ciência Política pela
Universidade de São Paulo (1983) e Pós-Doutora-
do pela New School University, Nova York (1997).
Bolsista I do Conselho Nacional de Desenvolvi-
mento Científico e Tecnológico (CNPq), foi bolsista
da Fundação Rockfeller em Bellagio, Itália (2000),
e da UNESCO em Santiago do Chile (1989). Professora titular da Facul-
dade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Professora visitante da Universidade de Madri (2010) e da Universidade
de Córdoba/Argentina (2010). É Vice-Presidente do Comitê Social Mo-
vements and Social Classes da Associação Internacional de Sociologia
(ISA). Parecerista ad hoc da avaliação de periódicos SciELO, parecerista
do CNPq, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(FAPESP) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES). Membro do Corresponding Editors – International
Journal of Urban and Regional Research. Membro de comitê acadêmico
do CNPq, área Sociologia (2007-2010), e membro do Comitê do Pro-
grama Editorial do CNPq (2011-). Em 2010 teve sua autobiografia sele-
cionada e incluída no DESSA – Dictionary of Eminents Social Sciences
Scientists, da Fundação Mattei Dogan, Paris. Tem experiência na área
de Sociologia, Educação e Políticas Sociais, atuando principalmente nos
seguintes temas: movimentos sociais, participação social, educação não
formal, associativismo e cidadania.

Algumas obras da autora


GOHN, Maria da Glória. O Protagonismo da sociedade civil: movimentos
sociais, ONGS e redes solidárias. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2008.
______. Movimentos e lutas sociais na História do Brasil. 7. ed. São
Paulo: Loyola. 2012.
______. Movimentos sociais e educação. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2012.
______. Novas teorias dos movimentos sociais. 4. Ed. São Paulo: Loyo-
la, 2012.
______. Movimentos sociais e redes de mobilizações civis no Brasil con-
temporâneo. 7. ed. Petrópolis, Vozes, 2013.
______. Teorias dos movimentos sociais. Paradigmas clássicos e con-
temporâneos. 10. Ed. São Paulo. Ed. Loyola, 2012.

Você também pode gostar