Ciências Humanas e Sociais v. 3, Março 2016 PDF
Ciências Humanas e Sociais v. 3, Março 2016 PDF
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Grupo tiradentes
Luiz Alberto de Castro Falleiros
Mozart Neves Ramos
Richard Doern
Conselho de Administração
Geraldo Calazans
Coordenador de Extensão
Arleide Barreto
Diretora de Graduação
Jucimara Roesler
Diretora de Educação a Distância
Igor Bento
Finalização
Aline Otaviano
Revisão de inglês
Incluir Bibliografias
Semestral
ISSN 1980-1785
Conselho CONSULTIVO
Dra. Clara Angélica Gonçalves Dias Me. Ana Claudia de Ataide Almeida Mota
Universidade Federal de Sergipe UNIT/USP
Dr. Elmer Nascimento Matos Me. Carmen Lúcia Neves do Amaral Costa
Universidade Federal de Sergipe Universidade Tiradentes
EDITORIAL................................................................................................................................................11
O terceiro tema apresenta uma problemática que há muito tem preocupado o uni-
verso da saúde, dos profissionais que nela atuam e, sobretudo, as pessoas que se veem
envolvidas com a síndrome anencéfala. Descobrir uma malformação congênita como
a anencefalia e lidar com esse evento é algo desafiador e preocupante, porquanto per-
manente. Assim, esse estudo investiga o modo de enfrentamento oficial no Estado de
Sergipe no que diz respeito ao acompanhamento das gestantes de anencéfalos em sua
condição fetal e com programas de acompanhamentos posteriores ao seu nascimento.
O nono artigo aborda a questão dos direitos humanos, destacando o direito à saú-
de como um dos direitos mais fundamentais de todos os seres humanos e como dever
do estado de garanti-lo. A passividade e a aceitação pura e simples da fatalidade das do-
enças e da morte evitáveis é algo que não condiz com a dignidade humana. Despertar
essa consciência é tarefa que cabe a todos os cidadãos e especialmente aos que tem
acesso ao estudo e à pesquisa.
A inserção da mulher no universo das profissões tecnológicas é uma realidade que vem
avançando enormemente na atualidade. O presente artigo investiga o programa Mulheres Mil
e a maneira como ele se vincula ao PRONATEC. Trata-se de uma abordagem atual e de rele-
vância inconteste especialmente no momento desafiador em que vive a sociedade brasileira.
Geografia
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
The modernization of agriculture has expanded around the world, on a global scale,
although large areas of the world still practice a rudimentary traditional agriculture.
The modernization has led to the subordination of the country to the city and the
increasing dependence on agricultural activities to machinery, pesticides, new tech-
nologies, fertilizers, selected seeds produced by industries, forming true emerging ag-
ribusiness and agro-industry and also the complex industries . Today, researchers talk
about transgenics, biotechnology, organic agriculture, sustainable agriculture, There-
fore, the present work consists in a study on agriculture under the capitalist mode of
production on a geographical approach. Prepared by a literature search of members
of research group: State, Capital and Urban Development (UNIT).
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
No Leste Europeu, o fortalecimento dos senhores feudais deu origem a uma es-
pécie de segunda servidão. Os senhores feudais passaram a utilizar as relações feudais
para produzir mercadorias que enviavam para outras regiões da Europa; as terras de
domínios dos senhoriais foram dando origem às grandes propriedades agrícolas do
Leste Europeu (OLIVEIRA, 1987, p. 25-26).
Para burguesia, este Estado com poder centralizado era de fundamental impor-
tância, pois além de possibilitar a padronização monetária, a formação de exércitos
nacionais e a criação de leis a favor de seus interesses, representaria um importante
empreendimento econômico, especialmente na conquista militar de outros merca-
dos – no processo de expansão do comércio e no domínio das colônias. Já para os
soberanos, era importante estar ao lado da burguesia, pois esta representava a inicia-
tiva privada para o comércio, que ampliado, proporcionaria uma maior arrecadação
de impostos e o consequente fortalecimento do poder real.
Europa e Ásia. O uso da pólvora foi de grande importância para a submissão dos po-
vos que se viram integrados e submissos à nova ordem econômica europeia.
Vários eram os interesses das metrópoles europeias sobre suas colônias, por
exemplo: no caso asiático, centrou-se no comércio da seda e especiarias; no caso
africano, baseou-se, principalmente, no comércio de escravos; já no caso americano,
voltou-se para os metais preciosos e os produtos agrícolas tropicais como algodão e açú-
car, das colônias europeias implantadas no continente. As metrópoles europeias passa-
ram a produzir, também, em suas colônias da América, África, e Ásia. Nas novas posses-
sões, foram criadas grandes propriedades para a monocultura de produtos tropicais.
A Inglaterra foi o berço da atividade industrial e isso pode ser explicado por al-
guns fatores ou acontecimentos: a) acúmulo de capitais proveniente do mercantilis-
mo e do colonialismo (séculos XVI ao XVIII); b) o Estado sob o controle da burguesia
desde a Revolução Gloriosa (1688), que implantou a primeira monarquia parlamentar;
c) possuidora de reservas de carvão mineral e minério de ferro; d) matérias-primas
provenientes de suas colônias; d) excesso de mão de obra causado pelo êxodo rural
(ALMEIDA; RIGOLIN, 2002, p. 136).
Assim, afirma Oliveira (1987, p. 52), a agricultura foi subordinada nas duas pontas
do processo produtivo: na do consumo produtivo, isto é, pelos altos preços que teve
que pagar pelos produtos industrializados (máquinas e insumos produzidos pelas in-
dústrias) que praticamente obrigava a comprar para poder desenvolver suas ativida-
des agrícolas e aumentar a produção, e na circulação, onde é obrigada a vender a sua
produção por preços baixos ao comerciante intermediário e a indústria.
As paisagens agrárias cada vez mais são transformadas pelo processo de meca-
nização e a utilização de insumos. A expulsão do homem do campo com sua migra-
ção para a cidade; a subordinação da agricultura à indústria e a formação de paisa-
gens homogênea, como os “cinturões” do café, cana-de-açúcar, trigo, milho, algodão
e soja, é uma realidade que se dispersa pelo mundo e veio para ficar.
O trabalho agrícola tem mudado, sendo substituído pelas máquinas que permi-
tem maior produtividade e redução dos custos de produção. Todavia, a penetração de
todas essas inovações no campo, não tem o mesmo significado em todos os lugares,
pois há diferenças entre os países subdesenvolvidos e os desenvolvidos. As exigências
sobre o agricultor para a compra de insumos (máquinas, fertilizantes, sementes, agro-
tóxicos etc.) partem da própria, que difundem seus produtos por meio dos serviços de
extensão rural e dos meios de comunicação de massa.
3 MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia. São
Paulo: Ática, 2002.
DINIS, José Alexandre Felizola. Geografia da agricultura. São Paulo: Difel, 1986.
1. Graduado em Geografia pela Universidade Tiradentes (2014.2); Grupo de Pesquisa Estado, Capital e
Desenvolvimento Urbano – UNIT. E-mail: [email protected].
2. Graduado em Geografia pela Universidade Tiradentes (2014.2); Grupo de Pesquisa Estado, Capital e
Desenvolvimento Urbano – UNIT. E-mail: [email protected]
3. Doutoranda em Educação pela PUC/RS/UNIT/SE; Docente da Universidade Tiradentes e Secretaria de
Estado da Educação de Sergipe; Grupo de Pesquisa Estado, Capital e Desenvolvimento Urbano – UNIT.
E-mail: [email protected].
4. Doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe; Docente da Universidade Tiradentes;
Grupo de Pesquisa Estado, Capital e Desenvolvimento Urbano – UNIT. E-mail: [email protected].
5. Doutorando em Geografia pela UFS/SE; Docente da Universidade Tiradentes; Grupo de Pesquisa Estado,
Capital e Desenvolvimento Urbano – UNIT. E-mail: [email protected]
Geografia
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
There are many studies, debate and reflection on the concept of geographic region.
It can be said that the category region experienced several moments of conceptual
redefinition within the Geography since its genesis, with the Modern Geography (Ge-
ography Traditional), until the present day with the Contemporary Geographies. Im-
portantly, these conceptual redefinitions will be linked to the context of the “Schools”
and “Chains”. Therefore, the present study consists in analyze the approaches of cate-
gory region in the history of geographical thought. Prepared by a literature search of
members of research group: State, Capital and Urban Development (UNIT).
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
O termo região deriva do latim regere, sendo formada pelo radical reg, que
originou palavras como regente, regra etc. Segundo Gomes (1995, p. 50), o termo
regione já foi utilizado, nos tempos do Império Romano, para designar áreas que,
mesmo com administração local dotadas de certa autonomia, estavam subordinadas
às regras gerais e hegemônicas das magistraturas sediadas em Roma.
A Geografia Moderna (ou Tradicional) irá surgir como ciência no século XIX, na
Alemanha, inicialmente, com as grandes contribuições de dois cientistas alemães –
Alexander von Humboldt (1769-1859) e Karl Ritter (1779-1859). Esses são considera-
dos, fundadores da Geografia, decorrente do caráter sistemático e metodológico que
vão dar à mesma, possibilitando esta ser considerada uma ciência Moderna.
A região seria, portanto, uma unidade espacial que apresenta uma individuali-
dade específica, diferente em relação às suas áreas limítrofes. Pela observação, seria
possível delimitá-la e localizá-la (MORAES, 2005).
Outra Escola Geográfica que surge no início do século XX e foi, por alguns au-
tores, denominada de “Geografia Racionalista”. Ela tem como os principais represen-
tantes Alfred Hettner (1859-1941) e Richard Hartshorne (1899-1992). Buscou-se de-
senvolver uma geografia de menor carga empirista e privilegiar o raciocínio dedutivo.
A área (região) seria uma unidade da superfície terrestre delimitada pelo obser-
vador. Essa delimitação é feita a partir da escolha do observador. Dependendo dos
elementos selecionados, a delimitação será diferente. A área é construída subjetiva-
mente pelo pesquisador, a partir dos dados escolhidos; diferente da região que era
visto como realidade exterior ao observador (La Blache). Assim, a singularidade de
cada área seria dada pela integração de fenômenos inter-relacionados, a partir da
escolha do observador (MORAES, 2005).
Essa renovação vai provocar debates e reflexões dos geógrafos sobre a natureza
da Geografia, a reformulação dos seus fundamentos científicos e filosóficos e a busca
de novos caminhos para a Geografia. Nesse sentido, a categoria região, novamente,
será redefinida de acordo com as novas correntes geográficas.
É necessário esclarecer que essas correntes fazem parte das geografias contem-
porâneas. Mas, há ainda, outras correntes. Todavia, optou-se em abordar a categoria
região no contexto das três citadas acima, tendo em vista a grande repercussão e
produção científica, das mesmas, na geografia.
Sob influência das teorias marxistas a Geografia Crítica, objetiva abordar as rela-
ções sociais e de produção e as relações sociedade-natureza, na produção do espaço
geográfico, considerando o objeto de estudo da geografia o espaço social.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CASTRO, I. E. de (Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
CORRÊA, Roberto Lobato. Região e organização espacial. 7.ed. São Paulo: Ática, 2000.
GOMES, Paulo Cesar da Costa. O conceito de região e sua discussão. In: CASTRO, I.
E. de (Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
LUCCI, Elian Alabi et al. Território e sociedade: Geografia Geral e do Brasil. São
Paulo: Saraiva, 2005.
MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. 20.ed. São Paulo: Hucitec, 2005.
MORAES, Antônio Carlos Robert; COSTA, Wanderley Messias da. Geografia crítica: a
valorização do espaço. 4.ed. São Paulo: HUCITEC, 1999.
MOREIRA, Ruy (Org.). Geografia: teoria e crítica, o saber posto em questão. Rio de
Janeiro: Vozes, 1992.
SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova: da crítica da geografia a uma geografia
crítica. São Paulo: Edusp, 2002.
SENE, Eutáquio de. Globalização e espaço geográfico. São Paulo: Contexto, 2004.
SENE, Eustáquio; MOREIRA, João Calos. Geografia. São Paulo: Scipione, 2008.
SOUZA, Marcelo José Lopes de. O Território: sobre o espaço e poder, autonomia e
desenvolvimento. In: CASTRO, I. E. de (Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
1. Doutorando em Geografia pela UFS/SE; Docente da Universidade Tiradentes; Grupo de Pesquisa Estado,
Capital e Desenvolvimento Urbano – UNIT/Sergipe. E-mail: [email protected]
2. Doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe; Docente da Universidade Tiradentes; Grupo
de Pesquisa Estado, Capital e Desenvolvimento Urbano – UNIT/Sergipe. E-mail: [email protected]
3. Doutoranda em Educação pela PUC/RS/UNIT/SE; Docente da Universidade Tiradentes e Secretaria de
Estado da Educação de Sergipe; Grupo de Pesquisa Estado, Capital e Desenvolvimento Urbano – UNIT/
Sergipe. E-mail: [email protected]
4. Graduado em Geografia pela Universidade Tiradentes (2014.2); Grupo de Pesquisa Estado, Capital e
Desenvolvimento Urbano – UNIT/Sergipe. E-mail: [email protected]
5. Graduado em Geografia pela Universidade Tiradentes (2014.2); Grupo de Pesquisa Estado, Capital e
Desenvolvimento Urbano – UNIT/Sergipe. E-mail: [email protected]
Serviço Social
RESUMO
PALAVRAS – CHAVE
ABSTRACT
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
A constituição de 1988, em seu art. 6º assevera que todos têm direito social à
saúde, assim como prevê a proteção à maternidade. O art. 196 do mesmo diploma
legal por sua vez dispõe ser a saúde um direito de todos e dever do Estado. Países
desenvolvidos e os em desenvolvimento, assim como o Brasil, vêm ao longo dos anos
se preocupando com a saúde reprodutiva da mulher.
2.1 ANENCEFALIA
Para alguns autores a partir da 12ª semana de gestação já seria possível diag-
nosticar a doença por meio de ultrassonografia, outros entendem que para um diag-
nóstico mais preciso seria necessário aguardar até o segundo trimestre de gestação.
Caso a gestante opte pela permanência da gravidez, deve lhe ser assegurada
assistência médica pré-natal compatível com o diagnóstico e em qualquer caso ser-
-lhe-á assegurada, caso desejem, assistência de equipe multiprofissional (grifo nos-
so), nos locais onde houver disponibilidade. Ressaltem-se ainda as determinações do
parágrafo sexto a seguir: “A antecipação terapêutica do parto pode ser realizada ape-
nas em hospital que disponha de estrutura adequada ao tratamento de complicações
eventuais, inerentes aos respectivos procedimentos”.
Este trabalho foi desenvolvido por meio de instrumentos utilizados como pes-
quisas bibliográfica, documental e legislativa, além de pesquisa na internet, pesquisa
de campo, e meios de pesquisa indireta.
medo do desconhecido, porém todos são capazes de tentar resolvê-los, uns com
maior facilidade, outros nem tanto, necessitando diversas vezes de ajuda.
Diante do exposto acima, fazendo uma pesquisa em loco, observamos que nesta
cidade assim que diagnosticado o caso de uma gravidez de anencefalia a mãe passa por
todo procedimento hospitalar até a interrupção ou não da gestação. Porém, esse acom-
panhamento não vai muito além dos exames necessários até o procedimento cirúrgico.
4 ESTATÍSTICA
No Brasil, o Estado de Sergipe está em 14º lugar junto com o Piauí com maior
índice de casos de anencefalia, perdendo para São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Ceará,
Rio de Janeiro, Pernambuco, Pará, Rio Grande do Sul, Paraná, Maranhão, Santa Cata-
rina, Alagoas, Amazonas e Paraíba, enquanto Roraima está em 1º lugar com o menor
índice em todo o país, com menos de um caso por ano. Ainda não se sabe a ligação
desses casos clínicos com o fator ambiental. Vide Figura1.
Fonte: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM. Óbitos p/ Ocorrência por Unid. Federa-
ção segundo Ano do Óbito.
Unid. Federação: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins.
Categoria CID-10: Q00 Anencefalia e malformações similares.
Período: 2008-2011
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A equipe prevista para subsidiar este programa seria composta pelos se-
guintes profissionais:
• 01 Assistente Social;
• 01 Psicólogo;
• 01 Auxiliar Administrativo.
REFERÊNCIAS
KAUCHAKJE, Samira. Gestão pública de serviços sociais. 2.ed. Curitiba: IBPEX, 2008.
NITRINE, Ricardo; BACHESCHI, Luiz Alberto. A neurologia que todo médico deve
saber. São Paulo: Atheneu, 2005.
ROBERTS, Robert W.; NORTHEN, Helen. Teorias de serviço social de grupo. Tradução
de Maria Ângela Madeira Ribeiro [e] Maryse Arthur. Rio de Janeiro: Agir, 1984.
Psicologia Social
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
The article aims to present the theoretical discussion and the results are presented as
the fruit of scientific research survey conducted between August 2014 and July 2015.
The guiding problematic of the study was based on the design of the existing malaise
in the profession teaching, characterized by illness and mental suffering of teachers,
whose influences the particularities of their profession. In the theoretical discussion
on the subject, we present a brief history of the profession and teacher training in Bra-
zil, the characterization of psychic suffering from work and, finally, the vicissitudes of
the teacher malaise phenomenon. Thus, the objective of the research was to identify
the factors inherent in the teaching profession that relate to the psychological distress
of professionals. For this, we carried out a literature review of existing research and
addressing the situation in question. Among the results, factors termed as school, or-
ganizational and social as potential interference with the well-being and professional
health education were identified.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Por fim, com a discussão dos resultados e a conclusão da pesquisa, foi possível
atingir o terceiro e último objetivo específico, que consiste em discutir a forma de
organização do trabalho docente na atualidade, em defesa dos direitos, bem-estar e
saúde do trabalhador.
Após a atividade dos jesuítas na educação dos povos colonizados, deu-se início
a uma fase na qual foram enviados por Portugal para a colônia os professores régios.
Estes eram considerados professores laicos, ou seja, profissionais que não exerciam
influências religiosas em sua atuação, ao mesmo tempo em que agiam sob o controle
do Estado. No entanto, o tipo de educação trazida pelos professores régios ainda se
mantinha de certa forma voltado para padrões religiosos. Segundo Castro (2006), não
houve mudanças significativas nas motivações, normas e valores originais da profis-
são docente. A autora afirma que, mesmo com essa mudança, o modelo de professor
continua muito próximo do padre.
Foi, também, a partir da década de 1930 que o professor teve um grande mo-
mento de ascensão social, à medida que o desenvolvimento da sociedade brasileira
demandava por educação. A exigência da assinatura da carteira profissional e o re-
gistro da profissão no Ministério do Trabalho representaram essa ascensão durante o
populismo da era Vargas nos anos 1940. O Ministério do Trabalho passou, segundo
Castro (2006), a fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais que regulamenta-
vam a profissão, o que foi capaz de traçar um novo perfil do profissional docente.
Com o passar dos anos, as transformações sociais de modo geral impõem algu-
mas exigências e desafios à profissão docente, o que é discutido por Castro (2006, p.
12), ao afirmar que:
O segundo fator diz respeito às transformações dos papéis que são designados
à escola, o que, até certo ponto, também se relaciona às exigências familiares citadas
como o primeiro fator. Com relação à forma tradicional de transmitir conhecimentos
nas escolas, o que acontece são constantes transformações graças às interferências
de novos meios de comunicação, informação e cultura, o que exige que o professor
esteja atualizado e apto para lidar com esse tipo de agente de socialização.
O terceiro e último fator apontado por Merazzi (1983 apud CARLOTTO, 2002)
discute sobre o conflito instaurado nas instituições escolares na tentativa de definir
qual a função do professor e quais os valores, dentre os vários existentes em nossa
sociedade, que ele deve transmitir e questionar dentro da escola. Em uma sociedade
complexa e em constantes transformações, é compreensível que definir os papéis de um
professor de forma clara e objetiva seja ainda tão difícil. Enquanto isso, os profissionais
docentes seguem atuando diante de profundos desafios e dificuldades, muitas vezes sem
o delineamento claro de suas funções, já que a todo o tempo elas se transformam.
Vemos, então, que a formação de professores ao longo dos anos foi marcada
por mudanças e ao mesmo tempo por percalços capazes de cristalizar a prática do-
cente, submetendo-a a dogmas e conceitos pouco modificáveis. Como Nóvoa (1995,
p. 14) afirma, “o processo histórico de profissionalização do professorado pode servir
de base à compreensão dos problemas atuais da profissão docente”. Entre esses pro-
blemas, está a possível insatisfação do profissional com relação ao seu trabalho, o que
pode provocar-lhe sofrimento e outros problemas referentes até mesmo à sua saúde,
como poderemos ver a seguir.
Dessa forma, como afirma Mendes (1995), o trabalho representa uma fonte de
prazer ou de sofrimento, desde que as condições externas atendam ou não à satisfa-
ção dos desejos individuais. Assim, se de um lado encontra-se o trabalhador e suas ne-
cessidades de prazer e de satisfação de desejos pessoais, do outro lado está a organização
que tende, segundo a referida autora, a instituir automatismos, adaptando o trabalhador
a um determinado modelo. O prazer no trabalho está então representado pela satisfação
de necessidades, enquanto o sofrimento é proveniente das experiências desagradáveis
que decorrem da impossibilidade da satisfação dessas necessidades no trabalho.
Mancebo (2008 apud SAMPAIO; NOVAES; LIMA, 2012, p. 8) faz uma relação com
o trabalho docente, identifica esse impacto negativo do trabalho promovido pelos
processos de alienação discutidos anteriormente e destaca:
Com isso, aquilo que deveria ser uma atividade essencial para a humanização
passa a ser algo realizado – conforme Sampaio, Novaes e Lima (2012) – com a fina-
lidade de mostrar resultados, produtividade e funcionalidade. O trabalho, em vez de
prazeroso, torna-se fonte de frustração e estresse.
Dejours (1994 apud Mendes (1995) aponta que a estratégia defensiva pode levar
o trabalhador a um processo de alienação que não o permite tentar transformar a
situação vigente e que o faz sofrer. Mendes (1995) corrobora com essa ideia e conclui
que da estabilização das estratégias defensivas surge o desencorajamento e a resig-
nação diante de situações desprazerosas.
4 O MAL-ESTAR DOCENTE
A partir dessas falhas, surge o chamado “mal-estar docente”, termo cunhado por
Esteve (1999) para designar os efeitos permanentes de caráter negativo que afetam a
personalidade do professor como resultado das condições psicológicas e sociais em
que se exerce a docência. Esse estado de mal-estar, característico da atual realidade
escolar e educacional no país tem como seus principais sintomas, segundo a insa-
tisfação com o trabalho, a diminuição das responsabilidades no fazer profissional, o
absenteísmo, sentimento de esgotamento e depressão.
A respeito das causas do mal-estar docente, Jesus (2001) faz uma categorização
em dois grupos: as causas inerentes ao plano macro, e as que se relacionam ao plano
micro. No plano macro, segundo o autor, estariam os fatores sociopolíticos, que inter-
ferem no número excessivo de alunos por turma, na grande quantidade de exigências
políticas que são postas sobre o trabalho docente e na ausência de amparo diante das
condições de trabalho e da formação do professor. Já no plano micro, encontram-se
as situações referentes às atividades que são feitas dentro do próprio local de traba-
lho, como por exemplo, a indisciplina e as dificuldades de aprendizagem dos alunos.
Como foi possível perceber, o mal-estar docente está implicado com questões
de ordens distintas entre si, mas sempre associadas umas com as outras. A vivência
da experiência do mal-estar afeta diretamente a saúde do trabalhador, como é per-
ceptível por meio da síndrome de Burnout.
a sua relevância social, carece de maior cuidado, pois, como afirma Codo (1999), o
produto do trabalho docente é o aluno educado, sendo a mudança social a expressão
mais imediata do seu fazer profissional.
5 METODOLOGIA
Raposo (2011, p. 27) aponta que a leitura analítica em pesquisa consiste em “uma
leitura reflexiva, pausada, com possíveis releituras, que objetiva apreender e criticar
toda a montagem orgânica do texto, sua coerência informativa e seu valor de opinião”.
Esse método busca facilitar a compreensão por meio da separação das ideias principais
das secundárias. Já o fichamento representa o processo que, segundo Gil (2002), con-
siste na anotação de elementos importantes obtidos a partir dos materiais estudados.
6 RESULTADOS
Entre os fatores do trabalho docente relacionados ao sofrimento psíquico do
professor que foram apresentados pelas pesquisas revisadas, alguns se destacaram
por sua frequente repetição entre a maioria das pesquisas. Ferreira (2011) e Gomes
(2002) ressaltam a excessiva e exaustiva carga horária de trabalho como um dos fato-
res capazes de levar o professor ao sofrimento.
A indisciplina entre os alunos foi outro problema escolar capaz de afetar o pro-
fessor, relatado por Ferreira (2011), Aguiar e Almeida (2006) e Naujorks (2002).
Outra questão que obteve destaque entre as pesquisas revisadas foi a violência
oriunda não só de alunos, como também de suas famílias, o que foi destacado por
Ferreira (2011), Aguiar e Almeida (2006) e Gomes (2002).
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos resultados obtidos com esta pesquisa, foi possível perceber a exis-
tência de deficiências oriundas de variados aspectos que perpassam a vida docente.
Após análise, propõe-se a divisão de tais aspectos em três segmentos: organizacio-
nal, escolar e social.
Cabe, no entanto, destacar que os três aspectos não estão dissociados uns dos
outros, e que tal divisão é feita apenas por um caráter didático. Cabe considerá-los de
forma interdependente, afinal, como é possível considerar a partir da pesquisa reali-
zada, o mal-estar docente consiste em uma problemática a ser pensada de maneira
sistemática, e que requer soluções dentro desse mesmo nível, em detrimento da ado-
ção de estratégias isoladas.
que influenciam o mal-estar docente e, a partir disso, realizar discussões que possibili-
tem o vislumbrar de novas possibilidades para tratar desta problemática que tanto inter-
fere no sistema educacional no Brasil e na vida dos profissionais que dele fazem parte.
REFERÊNCIAS
CODO, W.; ORATTO, L.; VASQUEZ-MENEZES, I. Saúde mental e trabalho. In: ZANELLI,
J. C.; BORGES-ANDRADE, J. E.; BASTOS, V. B. (Ed.). Psicologia, organizações e
trabalho no Brasil. Porto Alegre-RS: Artmed, 2004.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
JESUS, Saul Neves de. Como prevenir e resolver o stress dos professores e a
indisciplina dos alunos? Lisboa: Cadernos do Criap/Asa, 2001.
JESUS, Saul Neves de. Perspectivas para o bem-estar docente. Lisboa: Cadernos
do Criap/Asa, 2002.
MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã: seguido das teses sobre Feuerbach.
Tradução por Silvio Donizete Chagas. São Paulo: Centauro, 2002.
Educação
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
This article is a study about the evaluation process in the classes of the Youth and
Adult Education, the State School Dr. Augusto César Leite, located in the city of Ita-
baiana. EJA is A Teaching Mode offered by the education system designed to attend
young and adults people who were unable to complete their regular studies on age,
not only for literacy, but also to the preparation for the exercise of citizenship and in-
tegration into the job market. The research aims to investigate the mechanisms used
to check students’ learning. To perform this Arctic through a bibliographic research
and field research. This paper is a case study with the purpose of the assessment in
respect of adult education in the four classes of State School Dr. Augusto Cesar Leite
in Itabaiana-SE. From the comments made it was observed that review requires much
more than the simple application of exams, but monitor the students progress..
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Assim, ao contrário do que muita gente pensa, essa modalidade surgiu há dé-
cadas, quando o país passava pelo processo de industrialização em que se fazia ne-
cessária a conscientização do papel do cidadão na sociedade e na construção da sua
prórpia vida enquanto ser humano pensante e ativo (RIBEIRO, 2001).
Assim, a EJA mantém a grade curricular igualmente como é aquela ofertada aos
alunos em idade normal.
A partir deste estudo podem-se buscar informações que contribuam para a for-
mação docente tendo em vista o contexto social que cerca os envolvidos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996, p. 15) em seu Art. 37º
determina que: “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não ti-
veram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade
própria”, assegurando gratuitamente ações pedagógicas integradas e complementa-
res que garantam um aprendizado apropriado ao perfil desse estudante, levando em
conta “[…] características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho,
mediante cursos e exames”.
Para tanto a lei ainda delimita dois níveis: o primeiro refere-se ao ensino fundamen-
tal, para os maiores de quinze anos e o outro, ensino médio, para os maiores de dezoito
anos. O objeto de nossa pesquisa é esse último, o que corresponde ao 3º segmento, com
duração de três semestres, com carga horária de 1.200 horas (BRASIL, 2001).
Seguindo essa linha de pensamento, Scortegagna e Oliveira (2005, p. 2-3), diz que,
Assim, percebemos que avaliar não é apenas atribuir uma nota, não é aprovar
ou reprovar, mas sim verificar se o aluno conseguiu assimilar e desenvolver o pen-
samento acerca de determinado assunto. O aproveitamento servirá para conteúdos
posteriores, dando continuidade ao conhecimento já adquirido, de forma a acrescen-
tar mais informações ao desempenho do aluno.
Gadotti (1990) concorda com esse pensamento, dizendo que avaliar é uma tarefa ex-
tremamente complexa, por exigir do avaliador uma postura passiva, concreta e consciente,
visto que essa ação pode discriminar e/ou mesmo excluir um cidadão da sociedade.
Ao mesmo tempo em que a avaliação não deve ser apenas para atribuição de nota,
aprovar ou reprovar, ela se faz necessária tendo em vista diagnosticar não só o desempe-
nho do aluno, como também do próprio professor. É com base nos resultados da turma
que o educador vai direcionar a sua prática em sala de aula. É a partir disso que ele poderá
planejar melhor as atividades a serem desevolvidas junto aos alunos. O professor deve
estar atento a essas questões para que seja garantido o desenvolvimento do aluno.
A coleta de dados observada para esta pesquisa se deu por meio de observação em
sala de aula, entrevista com a professora Betânia, a fim de adquirir conhecimento acerca
de como se processa o mecanismo de avaliação junto aos alunos da EJA daquela escola.
A faixa etária dos alunos está entre 15 e 45 anos. Uma parte, a maioria, já havia
estudado enquanto criança ou adolescente, mas por motivo de sobrevivência aca-
baram mudando para o turno da noite em função de ter que trabalhar durante o dia.
Com base nas informações obtidas por meio da entrevista, foi possível constatar
que a escola oferece o curso de EJA com duração de dois anos, dividos em quatro se-
mestres, em que cada um deles é trabalhado um módulo contendo algumas disciplinas.
Todos os professores têm nível superior e pós-graduação, porém não têm qua-
lificação específica para trabalhar com EJA. No entanto, há sempre no início do ano
uma capacitação geral em que algumas diretrizes são passadas para que haja um
equilíbrio no trabalho com os alunos.
Quanto às avaliações a professora revelou que são feitas de diversas formas, pois
assim é possível detectar o desenvolvimento do aluno da melhor forma com que ele
se expresse. Dentre os tipos a professora citou que divide em: prova escrita contextu-
alizada, que ainda é o principal mecanismo de avaliar; trabalhos que são apresentados
em sala de aula, nomalmente em equipe; e atividades extraclasse, que são individuais e
que proporciona a observação do grau de aprendizagem evolução do aluno.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por isso, os professores têm autonomia para dividir a pontuação, sendo reunida por
meio de diversas atividades que são passadas em sala de aula, como exercícios e tra-
balhos, individuais ou em grupo.
Dessa forma, o intuito da avaliação passa a ser inclusiva, pois tenta abstrair do
aluno ao prendizado o máximo possível. É objetivo de a escola tentar fazer com que
o aluno apreenda os conhecimentos que serão necessários a sua vida escolar, social
e ascensão profissional.
A partir das observações feitas, dos dados coletados, foi possível perceber que
o profissional que lida com Educação de Jovens e Adultos deve buscar qualificação
específica para trabalhar de maneira significativa e contextualizada.
Ainda foi possível verificar que a tradição de maior exigência com Português
e Matemática foi diminuida, em função da necessidade dos alunos obterem mais
conhecimentos sobre Química, Física e Biologia, já que a maioria desses alunos se
encontra empregada e podem ser utilizá-los no setor de trabalho.
REFERÊNCIAS
PIRES, Célia Maria Carolino et al. Simpósio 20: por uma proposta curricular para o
2º segmento do EJA. [s.d.] Disponível em: <portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/vol1e.
pdf>. Acesso em: 29 out. 2013.
RIBEIRO, Vera Maria Masagão (Coord.). Educação para jovens e adultos: ensino
fundamental: proposta curricular - 1º segmento. São Paulo: Ação Educativa,
Brasília: MEC, 2001.
Educação
RESUMO
Este artigo tem como objetivo apresentar os motivos que impulsionam os discentes
abandonarem o ensino em Tomar do Geru- Sergipe buscando apresentar os fatores
predominantes que levam os estudantes a não frequentarem os estudos no ensino
regular na idade própria. Neste sentido, propomo-nos também a analisar as meto-
dologias utilizadas pelos docentes para estimular a permanência dos discentes nas
salas de aula. Os procedimentos metodológicos para a construção do presente artigo
foram pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo, com realização de visitas as es-
colas do município que atendem a Educação de Jovens e Adultos - EJA, a secretaria
de educação com aplicação de questionário escrito aos coordenadores, professoras e
discentes. A educação de jovens e adultos é oferecida àquelas pessoas que por moti-
vos diversos não frequentaram a escola no período considerado regular. Estes alunos
esperam encontrar conhecimentos formais que lhes garantam o pleno exercício de
sua cidadania e a valorização de suas reais necessidades.
PALAVRAS CHAVE
ABSTRACT
This article aims to present the reasons that drive the students leave the school in the
city of Tomar Geru - Sergipe, seeking to present the predominant factors that lead stu-
dents not attending the school in regular education at the proper age. So, we also pro-
posed to analyze the methodologies used by teachers to stimulate the permanence
of students in classrooms. The methodological procedures for the construction of
this article were literature and field research, performing visits local schools attending
the Youth and Adult Education - EJA, the secretary of education with questionnaire
written to the coordinators, teachers and students. The youth and adult education is
offered to those people who for various reasons did not attend school in the regular
period considered. These students expect for formal knowledge that will allow them
to fully exercise their citizenship and the appreciation of their real needs.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Neste sentido o presente artigo tem como objetivos: identificar os motivos que
levam os discentes a abandonarem as salas de aula da EJA; Conhecer a realidade dis-
cente em relação a sua locomoção devido à distância até a escola; relacionar a falta
de motivação entre alunos e professores, isto é, o interesse e dedicação de ambos no
desenvolvimento de suas atividades.
Podemos constar também outra lei que foi de fundamental importância para a
educação como um todo, em especial, para a EJA, a Constituição Federal de 1988, a
qual amplia o dever do Estado com a educação de todos, aqueles que não tiveram
acesso a educação na idade própria.
O educador em sala de aula deve considerar que cada aluno é um sujeito re-
pleto de saberes, saberes estes particulares, diversos, nascidos com a interação com
o meio físico, familiar, da experiência com o trabalho, do fazer e dos papéis sociais,
que desempenhamos em cada fase de nossas vidas, ou seja, ressaltamos os valores,
as experiências concretas e rotina de vida em sociedade de cada discente.
Estes dados mostram que existem diferentes perfis de discentes que cursam
o ensino da EJA, adolescentes que querem acelerar os estudos, aposentados com
tempo livre, adolescentes que trabalham durante todo o dia, os alunos que não tive-
ram acesso de frequentar a escola na idade própria, os jovens adolescentes que, após
passar por vários anos pelo ensino fundamental regular, são reprovados por diversas
vezes, alunos adultos que nunca foram à escola, e alunos que frequentaram o ensino
regular, mas por algum motivo tiveram que abandonar os estudos. Assim, todos estes
buscaram na Educação de Jovens e Adultos, melhores condições de vida, inserção no
mercado de trabalho, uma formação, profissionalização, ou simplesmente o fato de
aprender a escrever o próprio nome.
salas de aula, alunos com faixa etária entre 15 a 50 anos, grande parte dos discentes
é casada, tem filhos e apresenta como motivos de estar estudando na EJA o fato de
não ter tido o acesso na idade própria, pois precisavam trabalhar para ajudar seus pais
financeiramente e garantir assim a subsistência da família; outros relatam a reprova-
ção como motivo, devido o atraso nos estudos durante o ensino regular, as meninas
apontam ainda a gravidez precoce como também por simples decisão do gestor.
salas de aula o ensino é ruim, afirmando ainda que o mesmo precisa melhorar, outros
se encontram arrependidos por ser muito curto o período de ensino.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os docentes devem, ainda, integrar os jovens e adultos aos demais alunos, pro-
mover passeios culturais e educativos no município, ajudar o aluno a identificar o
valor e a utilidade do estudo em sua vida por meio de atividades ligadas ao seu cotidiano,
valorizar os conhecimentos e as habilidades de cada um, elaborando aulas dinâmicas e
estimulantes. A instituição deve criar horários de aula que possam atender todos os pú-
blicos, oferecendo diversos turnos facilitando o acesso, pois é fundamental que os alunos
consigam conciliar as aulas com o trabalho e responsabilidades familiares, o município
deve disponibilizar transporte escola para alunos de todas os povoados de difícil acesso.
REFERÊNCIAS
BRUNEL, Carmen. Jovens cada vez mais jovens na educação de Jovens e Adultos. Revista
Nova Escola. São Paulo, ago. 2011. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/
politicas-publicas/jovens-15-17-anos-estao-eja-639052.shtm>. Acesso em: 30 set. 2013.
História
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
This article discusses the studies about the Pan-Africanism of meanings and ques-
tions of identity in Africa, in the centuries XIX to XXI, through works of researchers
Leila Leite Hernandez (2008) and Severus D’Acelino (2002), offering a synthesis the
African identity framing process..
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Por meio de interpretações das obras bibliográficas autorais de Leila Leite Her-
nandez e Severo D’Acelino, o estudo será conduzido de maneira a traçar, grosso modo,
os avanços ocorridos acerca do Pan-africanismo, em temporalidade dos séculos XIX
a XXI, fomentando a ideologia de que a África passa por um processual estágio em
que deixa de ser um amontoado de países atrasados, estagnados e marginalizados
em relação à quase totalidade dos países do mundo. A ideologia Pan-africana estará
sendo demonstrada em decorrência do legado deixado pela criação da Associação
Universal para o Aprimoramento do Negro (UNIA), assim como a criação da União
Africana, fundada em 2002.
O termo “Panáfrica”, definido em Panáfrica: África IYA N’LA (2002), por Severo
D’Acelino, participante ativo do processo de Pan-Africanismo, remete ao Genocí-
dio do continente africano e a diáspora homicida como processos que, apesar
de violentos, fomentaram a questão de manutenção das raízes, ou seja,a forma de
resguardar o pensamento da matriz cultural, assim como o sentimento da comple-
xidade existente em todo grupo étnico que foi arrancado do continente africano por
meio das práticas escravocratas.
político e ideológico, que centraliza as noções referentes à raça, onde se faz de pri-
mordial importância uma união daqueles que possuem uma semelhança histórica,
assim como origens humanas e negras.
Não se faz tarefa fidedigna tratar de Pan-africanismo sem citar duas vertentes de
estudo que permeiam o processo de identidade africana, sem as quais não se obtém
a práxis antirracista do mundo africano: imperialismo e colonialismo.
Em face desse totalitarismo é que está situada a vertente da ideia de raça, que
sendo observada pelo que se divide, separa. Vai de encontro ao direito fundamental, o
ser humano, ou seja, de certa maneira rompe-se o fundamento de igualdade da con-
dição humana. Diante de tanto, articula-se outra problemática, que faz menção a um
conceito equivocado de que a desigualdade seria algo inerente à condição humana
e isso seria admitir que nem todos pertencem igualmente a uma só espécie. Uma vã
justificativa que legitimou por muito tempo a desigualdade, a opressão e a violência.
Desde fins do século XVIII, o tema raça ganhou forma no pensamento europeu.
No século XIX os seus conceitos foram reforçados por meio da vertente de pensa-
mento do evolucionismo, figurados por Darwin e Spencer:
Neste sentido, cabe pontuar que, antes de tudo, o estudo não se encerra nesta
antítese, já que o significado aqui encontrado é apenas de inspirar o questionamento:
brancos e negros são de mesma origem?
Tratar sobre raça, porém, não se faz tarefa meramente simples, visto que para
pontuar temas fundamentais acerca do Pan-Africanismo, se faz necessário o desta-
que de pensadores clássicos, que têm suas ideias mantidas além do seu próprio tem-
po, enquadrando-se na atualidade. Cabe destacar Alexander Crummell (1819-1898), e
o seu discurso que deixa claro que a raça fazia-se a centralização do seu pensamento,
conceituada como uma “população compacta e homogênea, de uma única ascen-
dência e linguagem sanguínea”.
Segundo Hernandez (2008, p. 140): “Mais do que uma imagem restrita, os clás-
sicos oferecem, cada qual a seu modo, uma concepção sobre os negros, a desigual-
dade, a moral, a religião e a dominação colonial, entre outras”. Neste contexto, incorre
a ideologia de que compõe como práxis da unidade um mundo africano, em que não
exista resquício racista. Uma unidade baseada na junção entre herança cultural, fatos
históricos e identidade de destino diante do colonialismo, do imperialismo e do capita-
lismo. “Reivindica o Pan-africanismo a unificação do mundo africano, aliança concreta e
progressista com a diáspora unida” (NASCIMENTO, 1981 apud D’ACELINO, 2002, p 117).
Foi por meio da sua viagem às Antilhas, Américas do Sul e Central e Grã Bre-
tanha, que Garvey, convencendo-se da “má-sorte” de seus irmãos de raça, criou em
1914 a Associação Universal para o progresso do Negro (UNIA). Com objetivo de criar
uma frota de navios mercantes para a facilidade do comércio entre os negros das
Américas e África, assim como criar escolas especiais para o ensino técnico, promo-
ver o orgulho e o amor entre as raças, assistir aos necessitados, reivindicar os heróis
negros e auxiliar o desenvolvimento das civilizações africanas ainda atrasadas econo-
micamente, a UNIA teve como principal porta-voz difusor da ideologia Pan-Africana,
dentro da África, o periódico The Black World, que contribuiu em disseminar a pro-
posta de um projeto voltado para a união dos povos negros dispersos pelo mundo em
um único “organismo”. Foi nos Estados Unidos,
3 CONCLUSÃO
Diante das questões que permeiam o imperialismo, tratado como prática colo-
nial presume-se uma única e fundamentada ideia que remete uma base para todos
os problemas: o capitalismo. Os países africanos, que outrora sofreram e sofrem um
processo de opressão por meio do chamado colonialismo, tendem a unir-se contra
esse sistema que se torna a cada século o monstro opressor das civilizações.
Partindo da mesma ideologia que incentiva a união dos povos de todos os pa-
íses do continente africano, com o objetivo de combater a formulação de um con-
ceito, muitas vezes equivocado, sobre raça, assim como combater os problemas mais
íntimos das sociedades africanas, foram criadas as organizações competentes em
manutenção da problemática africana: A Associação Universal para o progresso do
Negro (UNIA) e a União Africana (UA).
Nota-se que o fortalecimento da África em pleno século XXI, por meio das inicia-
tivas Pan-africanas, desloca muito esforço, sendo formulado em um processo gradual e
contínuo. A tarefa de fazer com que o continente seja erguido de maneira homogênea
é tarefa árdua e desafiadora, todavia, torna-se possível obter resultados positivos diante
do agrupamento dos países africanos em torno de uma unificação – possibilidade ge-
radora de uma identidade outrora corrompida pelas inúmeras diásporas.
REFERÊNCIAS
1. Graduanda em Licenciatura História pela Universidade Tiradentes (5.º Período); Bolsista de Iniciação
Científica do Projeto Conflito e negociações no pós-abolição: as relações de compadrio e dados populacionais
em Sergipe – Edital PROEXT/PROPESQ-UFPE. Campus Centro. E-mail: [email protected]
2. Especialista em Didática e Metodologia de Ensino Superior (2007); Graduado em Geografia pela Universidade
Tiradentes (2006); Docente da Universidade Tiradentes (UNIT); Grupo de Pesquisa Estado, Capital e
Desenvolvimento Urbano (UNIT)/Sergipe – Campus Farolândia. E-mail: [email protected].
3. Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS); Graduado em História; Docente da
Universidade Tiradentes (UNIT); Professor convidado no curso de História EAD do CESAD/UFS e coordenador
dos núcleos de Produção de Material Didático e de Tecnologia da Informação do CESAD/UFS; Grupo de
Pesquisa Sobre Ensino de História – GPEH/UFS e Grupo de Pesquisa História das Práticas Educacionais (UNIT)/
Sergipe – Campus Farolândia. E-mail: [email protected]
Direito
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
Direitos humanos. Gênero. Violência doméstica.
ABSTRACT
This study aims to clarify and inform the population about domestic violence against
women in order to motivate the report upon the occurrence of such violence as well
as help combat the stigmatization of this vulnerable group. To achieve this purpose, it
was used as a methodology action research, and applied a questionnaire with ques-
tions dealing with the theme of this research. For this, 58 people participated in this
research, which formed part as customers and stallholders Municipal Albano Franco
Market, in the city of Aracaju (SE), in april of 2015. After applying this instrument, it
was found that the participants had knowledge about the theme “Domestic violence
against women”. Then, we made an oral-exposure that had as objective answer to
this target audience. And an explanatory brochure was made available. From the data
obtained, it was found that the majority of respondents obtained information about
the existence of the Maria da Penha Law, but who did not know its contents. It is
expected that oral exposure offered to participants make them enlightened citizens,
conscious and critical of the theme of this action research in order to disseminate this
knowledge they obtained during this social action and conduct complaints upon the
occurrence of such violence.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Nesse sentido buscamos como alternativa para essa problemática realizar uma
pesquisa que teve objetivo geral conscientizar e informar à população acerca da vio-
lência doméstica contra a mulher, a fim de motivar a denúncia quando da ocorrência
desse tipo de violência, bem como ajudar a combater a estigmatização desse grupo
vulnerável. E, especificamente pretende-se trazer à discussão a eficácia da Lei 11.340/06
na proteção da mulher; analisar as mudanças ocorridas após a lei Maria da Penha; e
relacionar a violação dos direitos humanos com a prática da violência de gênero.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A violência contra a mulher pode ser definida como toda e qualquer ação em-
basada em uma situação de gênero, na vida pública ou privada, que resulte em dano
de natureza física, sexual ou psicológica, incluindo ameaças, coerção ou a privação
arbitrária da liberdade (ADEODATO et al., 2005). Essa violência é um ato de brutali-
dade, constrangimento, abuso, proibição, desrespeito, discriminação, imposição, in-
vasão, ofensa, agressão física, psíquica, moral ou patrimonial contra alguém, carac-
terizada por relações baseadas na ofensa e na intimidação pelo medo e pelo terror
(CAVALCANTI, 2007).
Esta declaração foi considerada o maior marco sobre o tema. Passados 50 anos,
a ideia de direitos humanos sofreu modificações ao tratar de gênero. Isso se ocorreu
devido às diversas mobilizações, dentre elas: a luta das mulheres por meio do mo-
vimento feminista. Nas últimas décadas, o campo dos direitos humanos incorporou
de forma lenta e gradativa as questões femininas. Assim, observa-se a introdução de
diversos novos temas para discussão, como por exemplo: a violência e a sexualidade
(PITANGUY; MIRANDA, 2006).
Em 1993, ocorreu em Viena a Conferência Mundial de Direitos Humanos, que foi fun-
damental para inserção dos direitos humanos das mulheres. Em seu documento tratou-se
dos aspectos das mulheres que antes não eram abordados da mesma forma, e partir daí, a
violência doméstica foi reconhecida como uma violação dos direitos humanos. Assim, o
processo político e as convenções em busca de direitos e igualdades no âmbito do gênero
possibilitaram uma maior luta na defesa da mulher (PITANGUY; MIRANDA, 2006).
Outro marco nas relações de gênero foi a Conferência Internacional sobre Po-
pulação e Desenvolvimento (CIPD), que aconteceu um ano após a de Viena e trouxe
diversos resultados importantes. Desde então, desencadearam-se diversos movimen-
tos a fim de aprimorar esta luta. Em Brasília, no ano de 1993, foi realizada a Confe-
rência Nacional de Mulheres em que foram apresentadas algumas propostas para o
governo (PITANGUY; MIRANDA, 2006).
A partir do século XIX, houve um maior engajamento dentro dos tratados e con-
venções realizados ao redor do mundo. Destaca-se ainda, a Convenção de Belém do
Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra
a Mulher, adotada pela OEA em 1994) que definiu a violência contra a mulher como
“qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento
físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”
(ADEODATO et al., 2005).
Em 1994, Maria da Penha publicou o livro Sobrevivi... Posso Contar (editora Ar-
mazém da Cultura) que, em 1998, serviu de instrumento para, em parceria com o
Comitê Latino-americano e do Caribe, a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM) e o
Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) denunciar o Brasil na Comissão
Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Esse fato obrigou o Brasil a criar um projeto de lei que permitisse a prevenção e pro-
teção da mulher vítima de violência doméstica e a punição do agressor, que logo em
seguida foi aprovado por unanimidade pelo Congresso Nacional.
Público. Esses crimes são julgados nos Juizados Especializados de Violência Domés-
tica contra a Mulher, criados a partir dessa legislação, ou, nas cidades em que ainda
não existem, nas Varas Criminais. Essa lei também tipifica as situações de violência
doméstica, proíbe a aplicação de penas pecuniárias aos agressores, amplia a pena de
um para até três anos de prisão e determina o encaminhamento das mulheres em
situação de violência, assim como de seus dependentes, a programas e serviços de
proteção e de assistência social.
Por fim, a violência doméstica contra a mulher, além de ser um problema so-
cial, tornou-se também um problema de saúde pública, devido ao elevado índice
de mortalidade de mulheres, sendo um desafio para os órgãos públicos de saúde. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou, em 1993, que a atenção a esses
casos não é apenas por uma questão de saúde pública, mas também de direitos
humanos. Quanto às implicações desse tipo de violências, tem-se que as agres-
sões acometem adoecimentos e diversas consequências nas vítimas, por isso, in-
tervir nas situações de violência não é tarefa exclusiva das esferas jurídicas, afirma
a Secretaria da Saúde (2007).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
2ª PERGUNTA: Você considera que a lei Maria da Penha seja uma forma de pre-
venir a violência contra a mulher?
RESPOSTA: Sim: 43 (74,1 %) Não: 15 (25,9 %)
4ª PERGUNTA: Você acredita que a lei Maria da Penha seja eficaz contra a
violência à mulher?
RESPOSTA: Sim: 37 (63,8 %) Não: 21 (36,2 %)
Nesse contexto sinalizamos que a Lei 11.340/06 contempla três eixos de atua-
ção: prevenção, proteção e punição (PASINATO, 2010). Todavia o último foi o que tor-
nou a lei conhecida. O eixo da punição que se relaciona à sanção aplicada ao agressor
que pratica este tipo de violência. Em seu artigo 20, a lei prevê que em “qualquer fase
do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor,
decretada pelo juiz” e quando o crime de lesão corporal se configurar em violência
doméstica a sua pena vai de três meses a três anos de detenção.
O eixo punitivo da lei possui maior foco e destaque para a sociedade por des-
pertar a sensação de punibilidade e reprovação aplicada pelo Estado diante do fato
concreto, motivo de sanção; o que faz com que as pessoas atentem, na maioria das
vezes, somente à finalidade punitiva da lei. Logo, atribuímos o elevado percentual
(63,8 %), obtido na 4ª pergunta do questionário (Você acredita que a lei Maria da Pe-
nha seja eficaz contra a violência à mulher?) a esse senso que grande parte da popu-
lação possui a respeito da legislação. Assim afirma Greco (2011, p. 473):
Na segunda pergunta (Você considera que a lei Maria da Penha seja uma forma
de prevenir a violência contra a mulher?), 74,1% das respostas foram afirmativas, o que
pode demonstrar que a prevenção entendida pelos participantes do questionário está
ligada à função preventiva da pena. Assim afirma Mirabete (2010), que a prevenção
especial da pena visa impedir que o delinquente pratique novos crimes, intimidando-
-o e corrigindo-o. Já a prevenção geral da pena visa intimidar todos os componentes
da sociedade para não praticarem crimes.
4 CONCLUSÕES
Contudo, os índices de violência doméstica contra mulheres não podem ser ig-
norados, pois ela se torna um círculo vicioso que ocorre no interior dos lares e causa
efeitos desastrosos que atingem negativamente não somente a mulher, como sujeito
de direitos humanos que ela é, por meio das agressões físicas e psicológicas, mas
também a formação dos seus filhos que convivem com essa desestrutura familiar.
REFERÊNCIAS
BOBBIO, N. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992. Disponível em:
<https://direitoufma2010.files.wordpress.com/2010/05/norberto-bobbio-a-era-dos-
direitos.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2015.
DIAS, M. B. A Lei Maria da Penha na justiça: a efetividade da lei n.° 11.340/06 de combate
à violência doméstica e familiar contra a mulher. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
GRECO, R. Curso de direito penal: parte geral. 13.ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2011. v.1.
IMP. Instituto Maria da Penha. Maria da Penha: Quem é Maria da Penha. [s.d.].
Disponível em: <http://www.mariadapenha.org.br/index.php/quemsomos/maria-da-
penha>. Acesso em: 19 jun. 2015.
PASINATO, W. Lei Maria da Penha: novas abordagens sobre velhas propostas. Onde
avançamos? Revista Civitas, v.10, n.2, 2010. Disponível em: <http://revistaseletronicas.
pucrs.br/ojs/index.php/civitas/issue/view/469>. Acesso em: 18 jun. 2015.
XAVIER, A. I. et al. A organização das nações unidas. Coimbra: humanas global, abr.
2007. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/abc/onu/onu_humana_global_
onu.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2015.
Direito
RESUMO
A presente pesquisa tem como objetivo conscientizar os cidadãos sobre os seus di-
reitos à saúde pública e às garantias que os mesmos possuem perante o Estado. Para
atingir ao objetivo proposto, utilizou-se como estratégia metodológica a pesquisa-
-ação. Quanto ao instrumento desta pesquisa, aplicou-se um questionário compos-
to por 05 (cinco) questões, as quais contemplavam a temática deste estudo. Nesse
sentido, participaram da pesquisa 198 pessoas, as quais se inseriam como clientes e
feirantes do Mercado Albano Franco, no município de Aracaju (SE). Após a aplicação
desse instrumento, constatou-se se entrevistados apresentavam ou não informações
acerca do Sistema Único de Saúde (SUS). Em seguida, efetuou-se uma exposição oral
objetivando esclarecer a esse público-alvo acerca das dúvidas detectadas na pes-
quisa sobre a saúde pública no contexto brasileiro. A partir dos resultados obtidos,
constatou-se a desinformação e a insatisfação dos usuários do SUS, que têm os seus
direitos desrespeitados, ferindo o princípio da dignidade humana. Espera-se que este
artigo amplie o conhecimento constitucional e legal dos usuários da saúde pública,
objetivando a redução de sequelas oriundas da não efetivação do direito à saúde e a
defesa do acesso à saúde como um direito humano universal.
PALAVRAS-CHAVE
Saúde pública. Direito à saúde. Direitos humanos.
ABSTRACT
This research has as objective to educate citizens about their rights to public health
and the guarantees that they have to the state. To achieve the proposed objective,
it was used as a methodological strategy action research. As the instrument of this
research, it applied a questionnaire with 05 (five) questions, which contemplated the
subject of this study. In this sense, 198 participated in the survey people, they were
part as clients and merchants of Market Albano Franco, in the municipality of Aracaju
(SE). After applying this instrument, it was found respondents had or not have infor-
mation about the Unified Health System (SUS). Then, was made an oral-exhibition
aiming to clarify to this audience about the doubts identified in the study on public
health in the Brazilian context. From the results achieved, there was misinformation
and the dissatisfaction of SUS users, who have their rights infringed upon, injuring the
principle of human dignity. It is hoped that this article extend the constitutional and
legal knowledge of the users of public health, aiming to reduce the consequences
coming from the non-realization of the right to health and the defense of access to
health as a universal human right.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A ideia de direito à saúde é trazida pela Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos de 1948, em seu art. 25: “todo indivíduo tem direito a um nível de vida capaz
de assegurar, a si e a sua família, saúde e bem-estar, principalmente no que tange
a alimentação, assistência médica, vestuário, habitação, [...].” Posteriormente, no ano
de 1966, reafirmando essa ideia, surge o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais que, em seu art. 12, trouxe que os Estados - partes devem reconhecer
o direito de toda pessoa de desfrutar o mais alteroso nível de saúde física e mental, além
de apontar precisamente sobre as medidas a serem adotadas no âmbito de assegurar o
direito à saúde, como “a prevenção e o tratamento das doenças epidêmicas, endêmicas,
profissionais, dentre outras, assim como a luta contra essas doenças” e a “criação de con-
dições que assegurem a todos serviços e assistência médica em caso de enfermidade”.
Desta maneira, constata-se que as políticas e ações públicas devem ser garan-
tidas pelo Estado, permitindo o acesso de todos aos meios adequados para o bem-
-estar, garantindo desta maneira o direito à saúde aos seus cidadãos. Por meio de
prestações positivas, incluindo a disponibilização de serviços e insumos de assistên-
cia à saúde, se dá a realização desse direito, tendo assim a natureza de um direito
social, que comporta em sua realização uma dimensão individual e outra coletiva. O
reconhecimento do direito à saúde como relativo à dignidade humana e, consequen-
temente, sua incorporação nas leis, políticas públicas e jurisprudências, possui uma
trajetória na qual estão presentes as tensões sobre os direitos e responsabilidades dos
cidadãos e dos Estados e como alcançar este bem-estar (MALLMANN, 2012).
Já a vida humana está intrinsecamente ligada à saúde, sendo este direito essen-
cial para a qualidade de vida e a existência da mesma (CÓRDOVA, 2012). Sendo assim,
para Sarlet (2004), a dignidade da pessoa humana e o direito à vida constituem como
pré-condições da dignidade da pessoa humana e assumem a condição de verdadeiro
direito a ter direitos.
Por fim, o art. 196 da Lei Maior, garante a todo cidadão, de forma universal e
igualitária, o acesso às ações e serviços de saúde e afirma que a saúde é direito de
Nesse contexto, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu art. 25,
define que o Direito à Saúde é um Direito Humano fundamental para a constituição
da essência da natureza de um ser, sendo o Direito mais importante ao núcleo da
vida, já que a saúde é um elemento importante de cidadania (GÓIS, 2008). Portanto, “a
ausência de recursos e de políticas públicas, ou o descumprimento das já existentes,
são obstáculos encontrados para que ocorra a efetivação do direito à saúde” (SOUZA,
2010, p. 24 apud MALLMANN, 2012). Conforme o autor faz-se necessária a exigência
da população em relação às prestações necessárias para a concretização da garantia
constitucional da saúde, pois se trata de um direito que deve ter eficácia imediata,
além de ser autoaplicável.
Nesse ínterim, um dos grandes desafios que o Brasil precisa vencer é a saúde
pública, em especial quando se avalia o Sistema Único de Saúde (SUS), que se originou
em 1970 com a Revolução Sanitária e foi instituído pela Constituição Federal de 1988
(DINIZ, 2014). Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) (2006), o
SUS abrange as esferas federal, estaduais e municipais, devendo ser regido pelos princí-
pios da equidade, integralidade e universalidade, além de ser um sistema descentraliza-
do, regionalizado, hierarquizado, eficaz e eficiente, promovendo a participação popular.
Este sistema não tem como objetivo disponibilizar apenas consultas, exames e
internações, pois, além disso, tem como finalidade a prevenção, promoção e recu-
peração da saúde, além do fornecimento de medicamentos para tratar e restabele-
cer a saúde, de forma integral, indiscriminada e gratuita. Ademais, toda a população,
sem exceção, deve ser beneficiada por esse sistema de saúde, seja por meio das
suas campanhas de vacinação, ações de prevenção, de vigilância sanitária e atendi-
mentos de alta complexidade, muitas vezes não disponibilizados pela rede privada
e planos de saúde.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3º Questão: “Você analisa as propostas para a saúde pública dos políticos que vota?”.
Respostas: SIM: 92 (46,5%) NÃO: 103 (53%) NÃO OPINOU: 01 (0,5%).
Além disso, percebemos que uma parcela de aproximadamente 53% dos entre-
vistados não analisa as propostas para a saúde pública dos políticos nos quais votam
no período eleitoral, o que caracteriza como um resultado preocupante, pois os indi-
víduos, mesmo compreendendo a importância de um sistema de saúde satisfatório,
não são politizados e nem se interessam em serem ativistas de seus direitos e, conse-
quentemente, não exigem seus direitos das pessoas responsáveis por incrementá-los.
Outro ponto interessante foi que muitos cidadãos desconheciam certos direitos
básicos, como a possibilidade de, em caso de urgência, não entregar a carteirinha
do SUS (aproximadamente 58% desconheciam essa informação). Isto ocorre devido,
principalmente, à falta de conhecimento acerca das normas de funcionamento do
SUS, bem como, à mínima divulgação pública sobre o acesso e os direitos à saúde e,
por fim, à complexidade da linguagem presente nos textos legislativos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
da violação dos mesmos, bem como a fim de atingir a verdadeira democracia e sanar
as dúvidas de uma parcela da sociedade acerca de um tema tão importante como
o SUS, que deve abranger todas as necessidades do ser humano voltadas à preven-
ção, promoção e recuperação da saúde. Além disso, foi satisfatório ouvir e registrar
as considerações da população e utilizar essa troca de experiências para aprimorar o
conhecimento acadêmico.
REFERÊNCIAS
CUNHA JR., Dirley da. Curso de direito constitucional. 8.ed. Salvador: JusPODIVM, 2014.
DINIZ, Janguiê. Os desafios da saúde pública no Brasil. 2014. Disponível em: <http://
www.joaquimnabuco.edu.br/artigo/exibir/cid/10/nid/619/fid/1>. Acesso em: 21 jun. 2015.
IDEC. Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. O SUS pode ser seu melhor
plano de saúde. 3.ed. São Paulo, 2006. 67p. Disponível em: <http://www.idec.org.br/
uploads/publicacoes/publicacoes/cartilha_SUS_3edicao.pdf> Acesso em: 10 abr. 2015.
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. 4.ed. Porto Alegre:
Livraria do advogado, 2004.
Educação
RESUMO
Este artigo pauta-se em fazer uma análise sobre os procedimentos avaliativos de-
senvolvidos pelas educadoras da Escola Municipal Recanto de Fada, que atende às
turmas do 4º e 5º anos do ensino fundamental, situada na cidade de Rio Real Bahia.
Assim, buscou-se questionar: Qual a importância da avaliação diagnóstica para as
professoras que atuam nas turmas do 4º e 5º anos do ensino fundamental? Quais são
os instrumentos avaliativos utilizados pelas professoras no cotidiano escolar? Qual a
posição da coordenação pedagógica mediante os resultados da avaliação diagnósti-
ca nas turmas do 4º e 5º anos do ensino fundamental? O presente artigo justifica-se
por abordar uma temática que ainda não está estagnada e, por isso, há uma relevân-
cia muito acentuada sobre a temática “avaliação”, para nutrir de informações aqueles
que despertam interesses na área. A metodologia aplicada neste estudo baseou-se
em uma pesquisa bibliográfica seguida de uma pesquisa de campo. Podendo cons-
tatar neste trabalho desenvolvido que a equipe pedagógica trabalha com a avaliação
como instrumento diagnóstico.
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Neste sentido, o presente artigo tem como objetivos: analisar sobre a impor-
tância da avaliação diagnóstica para as professoras que atuam nas turmas do 4º e 5º
anos do ensino fundamental; identificar os instrumentos avaliativos desenvolvidos
pelas educadoras das turmas do 4º e 5º anos do ensino fundamental; refletir sobre a
posição da coordenação pedagógica mediante os resultados da avaliação diagnósti-
ca nas turmas do 4º e 5º anos do ensino fundamental.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Com base neste pressuposto, vale salientar que a utilização rotineira desta for-
ma de avaliação faz com que os alunos sejam estimulados a desenvolverem um tra-
balho competitivo e individualista de ensino-aprendizagem. Tal sistema de ensino
não dá sequer chance para o aluno superar suas dificuldades de aprendizagem. A
maioria deles desiste do ano letivo, quando percebe que será reprovado.
De acordo com Vasconcellos (1995), o erro também faz parte do processo ava-
liativo, pois é de grande valia para a ressignificação do trabalho desenvolvido em sala
de aula. Nesta perspectiva, o professor é levado a reorientar e estimular os alunos
sobre os erros cometidos, por meio de uma concepção transformadora da realidade.
A partir desta realidade, o educador construirá outro olhar sobre cada fracasso en-
contrado no cotidiano escolar. Em síntese, o professor é o mediador para reorientar
a construção do conhecimento, onde o aluno torna-se o sujeito da aprendizagem.
Cipriano Luckesi (2002), prima pela avaliação diagnóstica. Esse processo segun-
do ele favorece ao professor conhecer o nível de aprendizagem do aluno e servir para
dar ao aluno chance de “melhorar a nota”, podendo evitar a reprovação ou a evasão
da escola. A avaliação é conceituada como “um juízo de qualidade sobre dados rele-
vantes tendo em vista uma tomada de decisões” (LUCKESI, 2002, p. 69).
Desta forma, a avaliação não se constitui matéria pronta e acabada, mais viabiliza
um processo contínuo na busca pelo conhecimento. A avaliação constitui-se como
instrumento capaz de conhecer a situação negativa ou positiva dos estudantes, além
de favorecer a tomada de decisões frente à realidade em sala de aula. Dessa forma,
A autora Jussara Hoffmann (2012, p.32), comenta em sua obra a tese que “mui-
tos professores negligenciam as formas de avaliações, recorrendo apenas a testes
relâmpagos e mal elaborados, falta de critérios e utilização insatisfatórias dos resulta-
dos”. Há uma resistência muito grande por parte de alguns educadores em mudar as
formas de avaliar os alunos. Eis a pergunta: “avaliar pra que?” avaliar não significa um
conceito estático no processo de crescimento, mais uma forma de conhecer a capa-
cidade intelectual, física e moral do ser humano. Portanto, o uso abusivo e restrito ao
teste evidencia fraqueza na postura de quem a utiliza, dificultando o aluno em obter
melhor aproveitamento no cotidiano escolar.
Afirma Luckesi (2005, p.55), que “um diagnóstico é um conhecimento que ad-
quirimos através de dados que qualificamos e, por isso, nos permite uma decisão e
uma intervenção”. A avaliação segundo o autor é dinâmica, pois implica na tomada de
decisão e intervenção sobre determinado acontecimento. Na sala de aula, isto acon-
tece quando o educador vê o aluno em dificuldades e intervém de forma amorosa,
dialógica e construtiva.
A Escola Municipal Recanto de Fada, localizada à Rua Coronel Otávio Souza Lei-
te S/N, Bairro Centro na cidade de Rio Real/BA, foi criada e denominada Escola pelo
registro do CNPJ 04.642.458/0001-03. Segundo relatos da gestora, a escola participa
do Fundo Nacional do Desenvolvimento do Ensino Fundamental (FNDE), Prova Brasil,
Avalie, Provinha Brasil e Conselho Docente de Classe a cada unidade de ensino. Infor-
mou que o Conselho de classe se reúne bimestralmente e trata além de recursos ma-
teriais, outros relativos ao ensino-aprendizagem (APÊNDICES A e B; ANEXOS A, B e C).
Neste sentido, para começar a tratar do tema em estudo foi feito um apanhado
de informações por meio das entrevistas que foram realizadas com as professoras da
É interessante percebermos que é preciso avaliar bem aquilo que estamos en-
sinando e o que as crianças estão aprendendo desde o início da escolarização. É pre-
ciso não perder tempo, não deixar para os anos seguintes o que devemos assegurar
desde a entrada da criança na escola. Portanto, devemos utilizar diversos instrumen-
tos para diagnosticar o nível de aprendizagem dos alunos.
Fonte: Dados da Escola Municipal Recanto de Fada, turmas do 4º e 5º anos do ensino fundamental, maio de 2015.
Quadro 1
Quadro 2
Quadro 3
Já no seu Art.106, fala que “a avaliação interna terá seus objetivos e procedi-
mentos definidos em seu Projeto Político Pedagógico (PPP)”. No artigo 109, diz que a
avaliação do processo ensino-aprendizagem ocorrerá mediante procedimentos in-
ternos desta Unidade Escolar, abrangendo os avanços e limites inerentes à aprendi-
zagem, reorientando a ação pedagógica e assegurando a consecução dos objetivos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio deste trabalho, foi possível fundamentar sobre as formas de avaliação
desenvolvidas na Escola Municipal Recanto de Fada, a fim de fazer uma relação direta
entre as teorias abordadas e as entrevistas realizadas com as professoras das turmas
do 4º e 5º anos do ensino fundamental.
Pode-se também fazer alusões quanto ao estudo sobre avaliação como um ins-
trumento diagnóstico, com a finalidade de conhecer os seus processos metodológi-
cos. De acordo com os dados obtidos, avaliação concebida como diagnóstica, tem
como finalidade determinar o nível de aprendizagem dos alunos, suas habilidades,
competências previstas e eventuais dificuldades de aprendizagem, auxiliando as pro-
fessoras no planejamento de suas ações.
Assim, considera-se que a tarefa de avaliar não é fácil, pois, ela depende da
escolha do instrumento a ser utilizado para a avaliação. A avaliação deve ser
assumida como um instrumento para que o professor compreenda o nível de
aprendizagem dos alunos, tendo em vista a tomada de decisões. Desta forma,
a avalição não se apresenta apenas como um instrumento de aprovação ou
conservação dos educandos, mas sim um instrumento diagnóstico no processo
ensino-aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Escola Municipal Recanto de Fada. Projeto político pedagógico. Rio Real –
BA, [s.d.]. p.48-49.
REVISTA ELETRÕNICA EDUCAÇÃO. Rio de Janeiro, v.4, n.1, ago-dez. 2007. Ano I,
n.1, ago./dez. 2007. Disponível em: <http:htt://web.unifil.br/docs/revista_eletrônica/
educação/artigo_04.Pdf>. Acesso em: 20 maio 2015.
RODRIGUES, Auro de Jesus. et al. Metodologia científica. 3.ed. Aracaju: UNIT, 2010.
Educação
RESUMO
Este artigo tem como objetivos identificar os significados e as peculiaridades das prá-
ticas de ensino dos professores de Ciências Biológicas das escolas da rede estadual
da cidade de Lagarto/Sergipe, no primeiro semestre de 2015; descrever as relações
teórico-metodológicas da prática docente desses profissionais, bem como suas im-
plicações para a aprendizagem do estudante. Trata-se de uma pesquisa qualitativa
desenvolvida a partir do método dialético. Os dados coletados via questionário fo-
ram trabalhados à luz da análise textual discursiva. Esse tipo de análise representa
um conjunto de técnicas que propicia a apreciação das comunicações visando à
obtenção de indicadores qualitativos que permitem descrever as relações teórico-
-metodológicas do trabalho do professor e do aprender do aluno. Esta investigação
partiu de conceitos relevantes relacionados à inter-relação entre a teoria e a prática
no processo de ensino e aprendizagem. Além disso, a pesquisa faz uma abordagem
acerca dos pressupostos teórico-metodológicos que norteiam o fazer reflexivo dos
professores pesquisados. Concluiu-se, assim, que os professores valorizam as práticas
de ensino interativas, adotando o princípio da teoria e, posterior, prática. Evidenciou-
-se a necessidade de laboratórios de Ciências e Informática com vistas a contribuir
com o aprendizado dos alunos. Por fim, as concepções teórico-metodológicas des-
soaram de algumas práticas utilizadas no fazer docente.
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
This article aims to identify the meanings and the peculiarities of the teaching prac-
tices of Biological Sciences teachers of the state schools in Lagarto/Sergipe, in the first
semester of 2015; describe the theoretical and methodological relations of the teach-
ing practice of these professionals, as well as their implications for student learning.
It is a qualitative research developed from the dialectical method. The collected data
through questionnaire was worked in the light of textual discursive analysis. This type
of analysis represents a set of techniques that provides the communications apprecia-
tion with the objective of get the qualitative indicators that allow to describe the theo-
retical and methodological relations of the teacher’s work and learning. Moreover, the
research does an approach about the theoretical and methodological assumptions
that guide the reflexive do of the teachers researched. It was concluded, thereby, that
the teachers value the interactive teaching practices, adopting the principle of theory
and later practice. It highlighted the need of Sciences’ and Computer’s laboratories
in order to contribute to student learning. Finally, the theoretical and methodological
conceptions disagreed of some practices used in teaching practice.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) faz uma abordagem acerca das
práticas de ensino dos docentes de Ciências Biológicas nas escolas estaduais de La-
garto/Sergipe, com vistas à identificação das particularidades e métodos trabalhados
no fazer do ser professor.
Este estudo justifica-se pela relevância das práticas de ensino para o desen-
volvimento da aprendizagem discente, bem como entender a abordagem teórico-
-conceitual que sustenta o trabalho dos professores.
A prática faz parte do processo inicial da vida do professor que deve fazer suas
experimentações para consolidar sua identidade profissional e descobrir soluções
para os desafios da sala de aula por meio da ação-reflexão-ação.
Freire (2013) afirma que se faz necessária a todo professor uma reflexão entre a
sua teoria e a sua prática. Sem esse processo reflexivo do fazer pedagógico, a teoria
pode se tornar um blá blá blá sem fim que não desperta o interesse dos alunos (inclu-
sive pelo contexto atual que contempla avanços científicos e tecnológicos) e a prática
apenas um ativismo de sala de aula que não supera os muros das escolas.
Pozo e Crespo (2009) afirmam que uma dificuldade espalha-se entre os professores
de Ciência e de Biologia em todas as modalidades de ensino: quanto mais os profes-
sores tentam ensinar, fica ainda mais visível a falta de aprendizado dos alunos. Há uma
problemática que envolve o ensinar do professor e o aprender do aluno. Questionados...
3 A PESQUISA EM QUESTÃO
Quanto à faixa etária, os dados revelaram que a maioria dos professores apre-
senta idade entre 30 e 40 anos (56,25%); seguida da faixa de 51 a 60 anos com 25%;
aqueles que têm idade entre 41 a 50 anos atingem o percentual de 12,50%; e, por fim,
com idade entre os 20 a 30 anos, o menor número (6,25%). Ver Gráfico 2:
Essa situação demonstra que uma parte significativa dos sujeitos investigados
decidiu fazer uma segunda graduação com o propósito de ampliar a sua área pro-
fissional de atuação.
Em relação à formação continuada, os dados indicam que 31,25% (05) dos pes-
quisados só têm graduação. A maioria buscou uma especialização que perfaz um
total de 56,25% (09); em direção à pós-graduação stricto sensu apenas 6,25% (01) têm
mestrado e outro percentual igual têm doutorado. Ver Gráfico 5:
Total 100,00%
Fonte: Autores a partir da análise de dados.
Em seguida, os dados foram analisados por meio da ATD que, para Moraes e
Galiazzi (2006, p. 122), se trata de uma “[...] análise subjetiva, fruto da relação íntima
do pesquisador com seu objeto pesquisado”.
A categorização foi o segundo passo da análise a que visou buscar novas definições
e classificações de acordo com as principais características das respostas. Isso indica que:
Nesse processo, há uma junção dos elementos que os define, bem como apli-
cação de um método de análise que apresenta precisão e rigor nas interpretações das
leituras realizadas pelo pesquisador.
Nos dados coletados ainda apareceram uma alta incidência das seguintes me-
todologias: estudos dirigidos (75%), seminários (68,75%), debates (68,75%) e pesquisa
(62,50%). Essas estratégias dão vozes aos alunos e os tornam construtores do seu
conhecimento pela coletividade, conforme afirma um professor ao citar o debate, a
solução de problemas e a pesquisa como “[...] atividades que levam o aluno a refletir,
a se ver como ativo no processo de ensino e aprendizagem” (PM25).
Por outro lado, as estratégias como práticas nos laboratórios de Ciências e de Infor-
mática foram pouco citadas. O motivo pode estar na situação atual das escolas estaduais.
Essas práticas não são introduzidas no ensino devido à falta física desses laboratórios.
Trata-se de uma questão estrutural comum às demais escolas estaduais da cidade.
Nesse mesmo cenário, as visitas de campo aparecem uma vez ou outra no final
do ano letivo. Algumas vezes organizadas subitamente, sendo mais uma “muleta” que
uma prática de ensino.
(PF37). Os professores PM36 e PF34 também indicaram a visita de campo como prá-
tica relevante ao aprendizado dos alunos lagartenses. E o sujeito PM45 afirma que o
estudo de campo merece ênfase por promover uma maior relação teoria e prática.
Pode-se observar, ainda, que algumas tecnologias já são usadas de forma tími-
da, como o tablet e o celular. Trata-se de um primeiro passo. No cenário da educação,
as mudanças levam tempo para se consolidar.
Cabe destacar que os professores não citaram o uso de projetor (data show)
como um recurso de aula. Entretanto, essa ferramenta é uma das mais utilizadas
no ensino superior (faculdades e universidades), como também em escolas par-
ticulares. Pode-se levantar a hipótese de que seria mais um ponto de distancia-
mento entre a educação superior e a básica. A realidade vivenciada nos cursos
de formação inicial (as licenciaturas) não condiz com o ser professor na rede de
ensino estadual pesquisada.
Na contra mão dessa concepção, 31,25% (05) dos docentes ratificam que a prá-
tica deve ser o disparador das aulas. O sujeito PM57 declara que “[...] quando se co-
nhece a prática o conceito teórico tende a fluir com facilidade”.
Para Colom (2004), a realidade (prática) trata do princípio da teoria que envolve de
forma dinâmica a epistemologia (teoria do conhecimento) que sustenta a própria prática.
Desse cenário, emergem as realidades natural, construída e científica em um contexto his-
tórico (por considerar os aspectos temporais) e cultural (por resultar da criação humana).
Infere-se, então, que a prática baseada na pesquisa é o caminho que nos leva
à teoria. A prática seria, então, um processo dinâmico que contempla a teoria. Nessa
conjectura, a (des)construção do conhecimento pedagógico seria um ponto de par-
tida para se ressignificar os princípios que sustentam o processo de ensino e aprendi-
zagem dos sujeitos deste estudo, haja vista a maioria acreditar que a teoria tem lugar
primordial no ato de aprender.
Observou-se que a Feira de Ciências foi pouco citada (06,25%). Entretanto, essa
atividade é relevante para a interação do aluno com a escola e a comunidade, servin-
do, inclusive, como uma estratégia significativa para a construção do conhecimento
científico da área. Também, pode representar uma forma de desenvolver o raciocínio
lógico e as habilidades ligadas à comunicação oral.
O sujeito PF35, afirma que em sua prática: “[...] costuma variar tanto a metodologia
da aula quanto a forma de avaliação, a fim de atender as particularidades dos alunos [...]”.
Cabe destacar que toda e qualquer tendência pedagógica deve antes ana-
lisar o cenário vivenciado pelo alunado, pois sem essa avaliação a sua didática
pode ser comprometida.
De acordo com Zabala (2009), esses tipos de conteúdos podem ser, assim, defi-
nidos: a) factuais - englobam o conhecimento de fatos, situações, dados, fenômenos
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
KRASILCHIK, Myrian. Prática de ensino de biologia. 2.ed. São Paulo: Edusp, 2008.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2007.
Educação e Comunicação
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo realizar pesquisa de campo sobre a con-
tribuição da literatura infantil no desenvolvimento social, emocional e cognitivo da
criança. Buscou-se aprofundar os conhecimentos sobre a importância da literatura
na aprendizagem e no emocional da criança, tendo em vista a sua alta empregabili-
dade no meio escolar. Utilizou-se como método o descritivo exploratório através do
conhecimento direto da realidade, onde os professores sujeitos da pesquisa fornece-
ram as informações através de entrevistas semi-estruturadas. A partir daí, foi discu-
tido com os autores que escrevem sobre a temática. Concluiu-se com a prática da
pesquisa e segundo alguns autores citados ao longo do trabalho, que os professores
consideram que a literatura infantil contribui na facilitação da aprendizagem escolar
além de ser uma forma de trabalhar com crianças a realidade através do simbolismo,
onde a criança se identifica com as estórias por sentir a própria personificação de
seus problemas infantis nos personagens das estórias. A criança inconscientemente
supera seus medos expressando seus conflitos emocionais mais facilmente.
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
This study aimed to conduct field research on the contribution of children’s literature
in the social, emotional and cognitive development of the child. It sought to deepen
the knowledge about the importance of literature on learning and child emotion-
al, given its high employment in schools. It was used as the descriptive exploratory
method with direct knowledge of reality, where the subject teachers of the research
provided the information through semi structured interviews. From there, it was dis-
cussed with the writers on the topic. Concluded with the practice of research and
according to some authors cited throughout the work that teachers consider that
children’s literature contributes to the facilitation of school learning as well as being
a way of working with children the reality through symbolism, where the child iden-
tify with the stories to feel the very embodiment of their children’s problems in the
characters of the stories. The child unconsciously overcome their fears expressing his
emotional conflicts more easily.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Nesse sentido, o presente artigo conta com um respaldo teórico que objeti-
va identificar qual a contribuição da literatura infantil no desenvolvimento cognitivo,
social e emocional da criança; observar a prática da execução atenta das histórias
contadas; buscar alternativas para a construção do hábito de ouvir e sentir prazer nas
situações que envolvam a leitura;
2 REVISANDO A LITERATURA
A criança aprende brincando e os conteúdos podem ser trabalhados por meio de his-
tórias, brincadeiras e jogos, em atividades lúdicas, pois além de estimular a autoconfiança
e a autonomia, proporciona situações de desenvolvimento da linguagem do pensamento
e está criando espaços para a construção de seu conhecimento. Podemos constatar que:
Monteiro Lobato, em sua obra D. Quixote das crianças, adaptação do clássico Dom
Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, retrata nos diálogos entre seus persona-
gens Dona Benta e Emília, a necessidade em tornar a linguagem familiarizada pela criança:
Para tanto, o professor ou adulto que se destina a contar uma história preci-
sa saber dar as pausas no tempo exato, respeitando o imaginário de cada criança
na construção do seu cenário interior. Outros fatores importantes para a fantasia da
criança são os espaços abertos no texto, que provocam no ouvinte os episódios e
tomada de uma posição, por isso:
Neste sentido, para a criança da Educação Infantil o tempo de duração das his-
tórias tem grande importância. Elas devem ser curtas para prender a atenção. Poemas
textos que contenham rimas e repetições, também, figuram entre as melhores esco-
lhas. Gradativamente pode introduzir narrativas mais extensas e complexas, o que
permitirá, aos poucos, o maior envolvimento dos pequenos com enredos e persona-
gens. Isso significa ler de tudo: contos de fadas, fábulas, poemas, bilhetinhos.
Não podemos esquecer que os livros dirigidos às crianças são escritos por adul-
tos. Adulto esse, que possui a intenção de transmitir por meio de seus textos, ensina-
mentos que julga, conforme sua visão adulta, interessante para a criança.
Quando o adulto ler ou escreve para uma criança naturalmente ele precisa pre-
ocupar-se para, por meio do livro infantil, incentivar o gosto pela leitura por meio das
histórias contadas, e ao mesmo tempo como uma via de mão dupla adquirir uma
formação em seu desenvolvimento integral.
Em uma das narrações uma criança relatou determinada situação que entrela-
çavam entre a estória contada e o seu mundo concreto, ela descreveu assim: “tia lá
na minha rua tem um cachorro que parece o lobo mau, toda vez que passa alguém,
ele fica louco para devorar a pessoa, ainda bem que o dono mantém ele preso”. Isso
se configura a transposição que a criança faz do mundo imaginário dos contos, para
a associação do seu contexto real.
“Cupim-mau” porque ele devasta a casa muito mais do que o lobo ou ainda, durante
a roda de conversa uma das meninas diz que “a capinha vermelha do chapeuzinho
tinha poderes mágicos e transformaram o lobo mau em borboleta e ela saiu voando
e beijando flores”. Observa-se nesse ponto, o grande turbilhão que as crianças produ-
zem entre o lúdico, o imaginário e o real com aspectos do seu meio social.
Sendo a criança um ser social, refletido do seu contexto, torna-se evidente que
quando ela consegue lê um bom texto literário, passa por um processo particular que
impulsiona a imaginação e traz à tona suas experiências acumuladas, permitindo que
vivencie situações que o dia a dia raramente permitiria. Outro trunfo da prática é a
possibilidade de superar o fragmentarismo da vida cotidiana, mergulhando num pro-
cesso intenso de construção de sentidos e de relações. Tal processo é impregnado de
unidade e coesão, aspectos que estão na base de uma obra literária.
Hoje a extensão de literatura infantil é muito mais vasta à medida que os estu-
dos vão se consolidando e ganhando importância. Ela fornece a criança o desenvolvi-
mento cognitivo, social e emocional. Segundo Abramovich (1997) quando as crianças
ouvem histórias, passam a visualizar de forma mais clara, sentimentos que têm em
relação ao mundo. As histórias trabalham problemas existenciais típicos da infância,
como medos, sentimentos de inveja e de carinho, curiosidade, dor, perda, além de
ensinarem infinitos assuntos.
Para Sosa (1978) não é a moral da história que fica registrada como experiências
de conhecimento, mas o que fica registrada na alma da criança é o acontecimento
dramático da fábula, as espertezas e astucia embutidas nas ações das personagens.
É o drama apresentado na fábula que dialogará com seu mundo íntimo e colaborará
no conhecimento que necessitará para seu desenvolvimento. Portanto, a educação
moral não é aplicada na vida da criança por meio de suas leituras, mas sim, por meio
de suas próprias experiências com a vida e ações.
Entretanto para Arroyo (1990, p. 25) “a natureza da literatura infantil, o seu peso
específico, é sempre o mesmo e invariável. Muda as formas, o revestimento, o veículo
de comunicação que é a linguagem”. O encantamento que a literatura infantil propor-
ciona ao leitor permanecera sempre e em todos os lugares. No entanto, os problemas,
ainda, não superados pela Literatura Infantil encontram-se nas práticas pedagógicas
que ainda insistem apresentar a Literatura Infantil com exercícios intelectuais ou pe-
dagógicos, ensino da moral e bons costumes. Desviando, assim o poder da imagi-
nação que a Literatura Infantil proporciona e que seria o ideal na formação do leitor.
Pode-se deduzir então que o livro infantil só será considerado literatura infantil
legítima mediante a aprovação natural da criança. Para isso o livro precisa atender as
necessidades da criança, que seriam: povoar a imaginação, estimular a curiosidade,
divertir e por último, sem imposições, educar e instruir. Como afirma Oliveira:
Por outro lado, os contos clássicos não impedem o raciocínio lógico, porque
não embotam a inteligência da criança. Envolvem isto sim, o aguçar de sua sensibi-
lidade artística e o equilibrar o sonho com o real. É um jogo estimulante – a criança
sabe que o que está lendo não é verdade, mas finge acreditar – é a magia do imagi-
nário, tão necessária ao desenvolvimento infantil.
De acordo com Silva (1986, p. 21), a leitura do texto literário “pode se constituir
num fator de liberdade e transformação dos homens”. Em consequência, pode-se
dizer que tanto a leitura do texto maravilhoso quanto a leitura do texto realista cum-
prem o papel social de transformar a infância, na medida em que fazem a criança
pensar criticamente.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A leitura é feita não somente por quem lê, mas pode ser dirigida a outras pes-
soas, que também “leem” o texto ouvindo. Os primeiros contatos das crianças com
a literatura ocorrem desse modo. Os adultos leem histórias para elas. Ouvir histórias
é uma forma de ler.
Algumas crianças têm contato com textos que lhe são lidas, veem livros, revistas
e jornais no seu dia a dia.
Porém, outras não têm livros, nem jornais em casa e começam a se familiarizar
com livros somente quando entram na escola, por isso é tão importante trabalhar
com a literatura desde a educação infantil.
REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: Gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1993.
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: Gostosuras e Bobices. São Paulo: Spicione, 1997.
BETTELLHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
MORAIS, Regis de. Sala de aula, que espaço é esse? São Paulo: Papirus, 1991.
LOBATO, Monteiro. D. Quixote das crianças. 27.ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Aprender tem que ser gostoso. Rio de
Janeiro: Vozes, 2008.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura e realidade brasileira. 2.ed. Porto Alegre:
Mercado Aberto, 1985.
SOSA, Jesualdo. A literatura infantil. Tradução de James Amado. São Paulo: Cultrix;
Universidade de São Paulo, 1978.
Educação e Comunicação
RESUMO
Esta pesquisa apresenta como tema central o uso dos gêneros digitais como ferra-
menta de leitura e escrita. No entanto será relevante abordar o tema com ênfase so-
bre a inserção das tecnologias que hoje são utilizadas como ferramenta pedagógica
no contexto educacional. Levando em consideração o grande impacto que as mídias
digitais provocam na vida social das pessoas será necessário rever o surgimento da
web e como ela pode ser utilizada de forma positiva no processo de ensino-aprendi-
zagem. Com base nisso, serão discutidas questões como letramento digital, hipertex-
tos e como podem ser trabalhados em sala de aula.
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
This research has as its central theme the use of digital genres like reading and writ-
ing tool. However, it will be important to address the subject with emphasis on the
technologies integration that are now used as a pedagogical tool in the educational
context. Considering the huge impact that digital media cause social life of the peo-
ple will need to review the web appearance and how it can be used positively in the
teaching earning process. Based on this, it will be discussed as digital literacy issues,
hypertext and how they can be worked in the classroom.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Nos dias atuais é quase remota a possibilidade de vivermos num mundo globa-
lizado sem termos que usufruir da Internet como meio de captação de informações,
pois em quase todas as esferas da sociedade é utilizado tal instrumento para diversos
fins da vida cotidiana, pois atualmente vivemos na era da informação.
Tendo os conteúdos formados por temas que geralmente são os de interesse desse
público, ainda em sua estrutura percebemos um estilo verbal adotado (lexical, fraseo-
lógico e gramático), como também uma construção composicional específica (código
discursivo mediado pelo computador composto de caracteres alfabéticos e semióticos).
Para isso foram utilizados procedimentos de pesquisa tais como: pesquisa docu-
mental, pesquisa bibliográfica e internet. A pesquisa bibliográfica iniciou-se por meio
das universidades, em especial biblioteca da Universidade Federal de Sergipe (UFS),
por meio de livros, abordando temas inerentes a pesquisa, o processo de leitura e es-
crita, utilizando-se como referencial teórico os conceitos de Internet, mídias, gêneros
digitais desenvolvidos em prol da pesquisa nas escolas e nos ambientes de ensino.
Briggs e Burke (2004) retratam que um exemplo disso foi a imprensa gráfica, um
dos primeiros meios de comunicação a surgir, e, portanto, a presenciar o surgimento
do rádio, da televisão, do computador e da internet. Entretanto, a mesma ainda se
consolida como um dos meios mais populares e de fácil acesso na sociedade.
pria cultura, as mudanças nas formas de comunicação e sua rapidez impactam dire-
tamente na construção do sujeito, suas habilidades, pensamento e forma de interagir.
Para Briggs e Burke (2004) o impacto das novas tecnologias na sociedade serviu
para facilitar o acesso à informação, ao entretenimento, à educação e ao lazer, ao
tempo em que interferiu, também, nas questões sociais e econômicas. Para os auto-
res, analisar a história da mídia é o mesmo que apresentar os meios de comunicação
sob uma conjuntura cultural e social.
Este quadro evolutico nas formas de comunicação e linguagem por meio da lei-
tura e da escrita continua e a partir do século XX quando as formas de comunicação
são reelaboradas e recriadas com a ebulição causada pelas tecnologias digitais, como
computador, os tablets e os smarthfones.
Xavier (2002, p. 97) entendia que os modos de enunciação são “as formas de
expressão, comunicação e interação desenvolvidas e aperfeiçoadas pelos homens
ao longo da história, para se relacionar comunicativamente com os outros e com o
mundo.” O autor enfatiza o surgimento de formas de expressão por meio de novas
formas de linguagens oriundas da mídia internet, surgidas em razão dos avanços so-
ciais e tecnologicos que trazem um novo modo de transmissão de informações além
dos já utilizados anteriormente, como: verbal, visual, auditivo e agora virtual.
Para Marcuschi e Xavier (2005), nos últimos trinta anos, com o advento das novas
tecnologias digitais a sociedade passou a sentir inúmeras modificações nas formas de
utilização da linguagem, pois a grande propagação dos aparatos tecnólogicos e as tec-
nologias da informação e comunicação, fazendo parte de forma direta e mais acentuada
da vida das pessoas, fez com que as sociedades se tornassem cada vez mais complexas.
Percebe-se então, que a sociedade vivencia uma fase de transição, onde se faz
necessário adaptar-se as novas formas de linguagem e adequar-se aos novos para-
digmas para poder conviver no mundo atual. É evidente que as Tecnologias de Infor-
mação e Comunicação (TIC), têm gerado significativas transformações nas relações
pessoais e na forma como as pessoas interagem com o mundo. Importante ressaltar,
que os recursos tecnológicos disponíveis em nossa sociedade estão contribuindo
para uma grande revolução no campo linguístico.
pessoas uma maior flexibilidade para acompanhar essa evolução e utilizar em suas
práticas sociais. Hoje, em detrimento dos equipamentos tecnológicos, as novas for-
mas de leitura e escrita ganharam um novo contorno, pois o nível de interação e de
dinamicidade que essa ferramenta proporciona é capaz de envolver e favorecer o
aprendizado. É preciso dominar a tecnologia da informação, computadores, softwa-
res, internet, correio eletrônico, serviço que vão muito além de aprender a digitar,
conhecer o significado de cada tecla do teclado ou apenas usar um mouse.
Com toda a revolução provocada pela web, podemos destacar a leitura e a es-
crita como uma das modalidades que mais sofreram interferências, pois a necessi-
dade de comunicação rápida e o anseio por novas informações provocaram grandes
mudanças no que diz respeito às formas de comunicação. De acordo com essa afir-
mação podemos destacar que:
A Internet assume, nos dias de hoje, uma centralidade nas atividades comu-
nicativas da realidade social, propiciando o surgimento de novos gêneros, criando
novas formas discursivas caracterizadas pelos editoriais, teleconferências, videocon-
ferências, cartas eletrônicas (e-mails), bate-papos virtuais.
Percebe-se, então, que a leitura e a escrita foram campos que mais sofreram mu-
danças com o advento da internet, pois a necessidade de se comunicar e de interagir,
nos mais variados contextos da vida social, passou a exigir da sociedade certo domínio
com a escrita digital. Diante disso, o indivíduo que não souber realizar uma pesquisa,
ou enviar um email, encontrará grande dificuldade de transmitir e captar informações.
Nessa perspectiva, devemos fazer uma reflexão sobre o uso das novas tecnolo-
gias não só na educação como também em outras áreas da vida social, visto que hoje é
quase impossível um indivíduo se relacionar com o mundo, sabendo que com o passar
dos anos as tecnologias estarão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas.
O acesso a informação sempre foi algo almejado pelo homem para aquisição de
conhecimentos. Atualmente, graças ao aprimoramento das novas tecnologias podemos
destacar a Internet como um dos recursos mais utilizados e mais modernos de referência
em nossa sociedade, pois ela nos possibilita novas formas de linguagem e interação.
No Brasil, a internet teve seu pontapé inicial no ano de 1990 com a finalidade
de se construir uma infra-estrutura voltada para os propósitos acadêmicos o que fa-
cilitaria a vida de milhares de indivíduos em busca de novos conhecimentos. Hoje,
essa ferramenta ganhou credibilidade e é utilizada mundialmente ganhando respaldo
no mundo da tecnologia e da ciência. Depois dos anos 1990 a educação passou a ter
uma estreita ligação com o uso das novas tecnologias e as novas formas de comuni-
cação, o que fez a sociedade repensar as novas práticas pedagógicas utilizadas como
ferramenta de ensino.
Moran, Massetto e Behrens (2004, p. 44) citam que: “Cada vez mais poderoso em
recursos, velocidade, programas e comunicação, o computador nos permite pesquisar,
simular situações, testar conhecimentos específicos, descobrir novos conceitos, lugares
e idéias.” Portanto, essas novas tecnologias se tornam mais atrativas e mais envolventes,
pois elas interagem por meio das mais variadas formas de comunicação, facilitando e au-
xiliando no processo de aprendizagem, criando o processo pedagógico mais dinâmico.
Com o avanço tecnológico por meio da mídia internet, uma sucessão de gêne-
ros digitais foram incorporados no meio social como uma nova ferramenta no campo
da linguagem, como: o email, site, blog, chat, listas de discussão entre outras. Nos dias
atuais, inúmeras pessoas estabelecem algum tipo de comunicação mediada por meio
desses instrumentos de interação. Neste sentido, devemos salientar que:
Sendo de extrema relevância o ensino dos genêros digitais na formação dos alu-
nos, segundo Silva (2003, p. 123), quando afirma que: “cabe à escola e ao professor or-
ganizar e implementar práticas de leitura-escrita que levem os estudantes ao domínio
de competências para o manejo dos dois tipos de textualidade imprensa e digital”. O
autor transfere ao professor e a escola parte da responsabilidade em relação à transmis-
são do conteúdo na forma como os novos textos são inseridos na mídia digital atual.
Ainda em relação aos gêneros digitais, Marcushi (2002, p. 13) assevera que: “Po-
de-se dizer que parte do sucesso da nova tecnologia deve-se ao fato de reunir num
só meio varias formas de expressão […]”. É o que proporciona ao aluno que se utiliza
dessa ferramenta presente nas mídias digitais, onde existe um enumerado de infor-
mações a disposição do leitor pequisador, várias imagens, textos, gráficos, dispostos
de maneira a trazer o maior número de informações possíveis sobre o tema, ou seja,
várias formas de expressão presentes no ambiente digital.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
São muitas as questões que circulam o tema: “Os gênero digitais no processo de
leitura e escrita.” Há muitas questão ainda em análise a respeito do uso tecnológico
nos ambientes educacionais como ferramenta do contexto educativo. A necessidade
de se modernizar didática e metodologicamente. A partir da pesquisa feita no presen-
te trabalho podemos perceber que o sistema educacional recebeu uma “avalanche”
de informações e recursos tecnológicos que alteraram e revolucionaram por assim
dizer, todo uma cadeia de ensino voltada anteriormente apenas para a tradicional
forma de leitura e escrita por meio de livros.
REFERÊNCIAS
BRIGGS, Asa; PETER Burky. Uma história social da mídia: de Gutemberg à Internet.
Rio de Janeiro-RJ: Jorge Zahan, 2004.
COSCARELLI, Carla Viana; RIBEIRO, Ana Elisa (Org.). Letramento digital: Aspectos
sociais e possibilidades pedagógicas. 2.ed. Belo horizonte-MG: Autentica, 2007.
MORAN, Jose Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas
tecnologias e mediação pedagógica. 8.ed. Campinas-SP: Papirus, 2004.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. et al. A leitura dos oceanos na internet. São Paulo:
Cortez, 2003.
Serviço Social
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
Since the creation of the Children and Adolescents were subsequently developed that
establish normative attention to childhood and adolescence, among these stands the
organization of the childcare system for children in conflict with the law. Aiming to
analyze the policy of the adolescent offender in Sergipe, from the parameters set by
SINASE study was conducted on RENASCER Foundation. For this, the bibliographic
and documentary research with qualitative analysis, and data collected from news-
paper articles , newsletters , research funded by CAPES and the Public Safety De-
partment , consulted the official websites of the boards of Children and Youth was
held , National Council of Justice etc. . In this sense, we see the disintegration of the
adolescent educational measures in compliance with policy , as lacking minimum
hygiene conditions for coexistence in the execution units of measures, in addition to
the problems created by overcrowding . As well, plus the lack of municipal planning to
establish partnerships and opportunities to network to promote citizenship and reha-
bilitation of adolescents through training opportunities , professional training , educa-
tion , family strengthening the role and participation during the period of application
of the measure. It is a distant reality experienced by the foundation REBORN therefore
diverges in several respects from that indicated by SINASE makes it factual to failure
whereas policy in the state of Sergipe, requiring urgent discussion and changes to
building the respect and dignity of the human person.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
A opção pelo tema foi devido ao fato de ter desenvolvido trabalhos com base
em assuntos transversais referentes ao adolescente em conflito com a lei. As expe-
riências vivenciadas suscitaram o desejo de aprofundar o conhecimento e construir
um diálogo sobre questões que perpassam pelo enfretamento das relações sociais
frente às expressões de contradição na sociedade contemporânea.
O adolescente em conflito com a lei passa a ser figura interventiva das ações do
Estado, por meio de políticas públicas, planos, projetos e programas voltados para a
atenção e assistência aos jovens. Passa a ser institucionalizado por órgãos da Secre-
taria de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social mediante discussões ao longo
do contexto histórico dos adolescentes infratores embasados no Sistema Nacional de
Ações Socioeducativas (SINASE), reorganizando as intervenções.
Dessa forma, Amaral (2007) afirma que a pesquisa bibliográfica é uma etapa fun-
damental em todo trabalho cientifico, no qual influencia todas as etapas de pesquisa, na
medida em que dá o embasamento teórico para a construção do trabalho, que consiste
no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de ações relacionadas à pesquisa.
Não obstante, este processo de alienação em massa contribui para a visão frag-
mentada da realidade social, focada exclusivamente no ato cometido, fato que cola-
bora significativamente para o estigma da marginalização dos adolescentes em con-
flito com a lei, assim como a banalização da violência, centrando as discussões na
ordem de segurança pública.
infracionais era normatizada por leis duras e reducionistas à lógica punitiva. Dentre
elas, destacaram-se os Códigos de Menores de 1927 e 1979 e a Política do Bem-Estar
do Menor, sob a égide de manutenção da ordem social (SOARES, [s.d]), sendo, assim,
uma ordem social cada vez mais focada em uma lógica desenvolvimentista que não
atrapalhasse a inserção e a expansão do capitalismo, configurando os sujeitos como
sujeitos-problema que necessitavam de atuação e controle do Estado, conforme a
conjuntura sócio-histórica do momento.
Não obstante, o ECA (1990) traz no Titulo III a conduta frente ao adolescente que
comente ato infracional, salientado medidas diferenciadas para a criança em conflito
com lei com intervenção prioritária junto à família. Então, centralizando nos sujeitos
da pesquisa, o adolescente em conflito com a lei passa a ter garantias de ser ouvido,
não ser privado de sua liberdade arbitrariamente e poder solicitar o comparecimento
de um responsável, ademais procedimentos, não sendo imputável no Código Penal.
Apesar deste avanço, uma questão vem se contrapondo a esse processo, já que
tramita a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 33/2012) pautada na sociedade,
propondo a redução da maioridade penal. Assim, o imperativo acompanhamento e
posicionamento do Conjunto CFESS-CRESS, especialmente nesse momento, ocorre
em nota de esclarecimento, citando que tão propositiva significa intenso retrocesso
nos direitos assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como
outros projetos de lei que pretendem ampliar o tempo de internação dos/as adoles-
centes em conflito com a lei, exigindo o sistemático repúdio (CFESS, 2013).
Neste cenário, com alguns avanços para atenção ao adolescente infrator, onde
a população presencia a localização das unidades em espaços urbanas, a existência
do serviço não mais isolado como na Casa de Menores, juntamente com a existência
do olhar para a inclusão da família no processo de reintegração familiar Sergipe, para-
lelo vivencia-se atualmente uma crise no gerenciamento das unidades de internação
USIP e CENAM, conforme estudos e relatórios do CNJ e do Conselho Nacional do Mi-
nistério Público (CNMP), com diagnósticos alarmantes de precariedades e desrespeito
à pessoa humana, o que caracteriza retrocessos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Porém, com a ampliação dos direitos, por meio da Constituição Cidadã de 1988,
houve abertura de espaços para discussões sobre o cuidado da criança e do adoles-
cente. Em 1990, é sancionada a lei que concebe o Estatuto da Criança e do Adoles-
cente, que prevê o tratamento humanizado ao referido público, além de determinar
a imputabilidade de ação penal a crianças e adolescentes, sugerindo um sistema so-
cioeducativo para os jovens.
REFERÊNCIAS
impactos da privação da liberdade sob a ótica dos jovens que passaram pelo Centro
Socioeducativo de Juiz de Fora. 2012. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) –
Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora: UFJF, 2012. Disponível em: <http://
www.ufjf.br/ppgservicosocial/files/2012/05/livia.pdf>. Acesso em: 29 set. 2013.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
em: <http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/10/cresce-numero-de-crimes-
cometidos-por menores-infratores-em-alagoas.html>. Acesso em: 30 out. 2013.
Ciências da Comunicação
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
The possibility of image capture on the move and the emergence of cinema gave
advertising a new area to explore, from product placement in movies to create ad-
vertisements in video, inheriting the film characteristics and influences as encode
and transmit messages. This study seeks to show and understand how does the pro-
jection of meanings from moving images using the analytical approach of Christian
Metz (1980) to investigate the relationship between film language and the meaning in
the film as well as the intertextuality relations discussed by Covalesk (2009) between
advertising and film for the construction of the narrative around the entertainment
spheres and market. Thus, this work will study object, the commercial video “You Can
Shine”, the brand Pantene shampoos, launched in 2008 by the Grey agency Thailand,
for better observation of the business, will use the filmic transcription method pro-
posed by Jullier and Marie (2009).
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
mente com os elementos que compõem o filme (personagens, figurino, cenário etc.)
para guiar o espectador a um mundo virtual repleto de signos, que criam a sensação
de realismo nas imagens projetadas.
Portanto, pretende-se verificar com este estudo a relação entre cinema e signos,
tendo como metodologia a análise de Christian Metz (1980) e Marcel Martin (2003)
sobre a construção de significados nas peças fílmicas para entender, num primeiro
momento, de que forma os elementos da linguagem cinematográfica se articulam
para a criação da mensagem global da obra; e num segundo momento, como a pu-
blicidade se usa de tal linguagem para criação de uma nova mensagem mercadológi-
ca, partindo das relações de intertextualidade entre cinema e publicidade, propostas
por Covalesk (2009), tendo como objeto de estudo o vídeo comercial “You Can Shine”,
da marca de shampoos Pantene, lançado em 2008 pela agência Grey Thailand, pro-
duzido pela Phenomena Films e dirigido por Thanonchai Sornsriwichai.
2 LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA
pecíficos que regem o segundo, sendo este um objeto mais limitado, voltado para a
significação, um discurso fechado, a mensagem em sua pluralidade e heterogeneidade:
Assim, o filme adquire seu valor estético por meio da sua montagem, com
seus aspectos denotativos e conotativos. É por meio dela que os sistemas são
engrenados em movimento, combinando os elementos artísticos com o enredo,
aumentando o realismo da obra. Este é obtido não somente pela representação
fiel ao seu objeto garantido pela imagem, mas também, pela construção de signi-
ficados feita a partir da montagem: “um filme é composto por várias imagens que
Ao explorar as relações sígnicas que os sistemas estabelecem entre si, seja por meio
da imagem com o seu objeto, da imagem com outra imagem (sequência de planos), da
imagem com o som, fica evidente que os elementos da linguagem cinematográfica ofe-
recem diversas formas de significação intrínsecas à construção da mensagem.
Dessa forma, a nova realidade proposta pela obra fílmica ganha vida, partindo da
semelhança de suas histórias com contos reais, diante dos espectadores, que se encon-
tram frente a “uma janela aberta, pela qual assiste a acontecimentos que têm toda a apa-
rência da objetividade e cuja existência parece independente da sua” (MARTIN, 2003, p. 28).
(01) (02)
(03) (04)
(05) (06)
(07) (08)
Novamente há um corte para a cena do diálogo, onde a colega diz “Você está
desperdiçando o tempo de todo mundo”. É apresentado então o conflito principal
da narrativa: a jovem que luta para aprender a tocar violino mesmo sendo surda, e
a falta de paciência e inconformismo da colega para com o seu estado, sendo esta
caracterizada como a antagonista da narrativa. Há então o enquadramento da perso-
nagem principal em primeiro plano, dando destaque a sua expressão triste, ocorren-
do um leve distanciamento, aumentando a sensação de solidão, enquanto se inicia
uma música suave de trilha sonora (8), que serve de gancho para a próxima cena.
O violinista de rua aparece tocando esta mesma música. Após encerrar a apre-
sentação, abaixado, começa a gesticular, usando a língua de sinais para perguntar à
jovem se ela ainda tocava violino, quando se inicia um solo de piano ao fundo (09).
Nesta sequência, o violinista é apresentado como exemplo para a protagonista de que
é possível tocar bem o instrumento mesmo possuindo algum tipo de deficiência. Ao
perceber isto, ela se emociona. A trilha sonora ganha um acompanhamento de vio-
lino que, junto com a leve aproximação na cena, destaca a comoção da jovem (10).
mação maior para dar mais ênfase à sua expressão (13), retornando em seguida para
o tocador, que continua o seu discurso: “Música é algo visível”.
(09) (10)
(11) (12)
(15) (16)
(17) (18)
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(25) (26)
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(33) (34)
mente pela semelhança na estrutura de produção: ambos são meios audiovisuais que
constroem o seu discurso com base na sequência de imagens, enquanto o primeiro
tece a mensagem a partir de uma obra artística, e o segundo tem como base uma
programação ininterrupta a disposição do telespectador (COVALESKI, 2009).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
JULLIER, Laurent; MARIE, Michel. Lendo as imagens no cinema. São Paulo: Senac, 2009.
Serviço Social
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
This study entitled “Social work in education: expanding the looks” brings in its essence
the statement that refers the importance of social work in addressing expressions of
social issues and the possibilities of action in this field, based on the laws and literatures
Existing. This study aimed to analyze the possibilities and needs of social work edu-
cation, based on the Law on Education Guidelines - LDB and the National Education
Plan - PNE. The methodology used to accomplish this was the documentary and the
method that was the basis of research approached the dialectical. It is further under-
stood that the contribution of the social worker in this area is important and necessary,
because it is a professional critically, questioning and purposeful, able to prepare, plan
and implement social educational activities along with the school community, present-
ing as an ally among the other professionals in the institutional sphere, the search for a
democratic education, quality in favor of equality and social justice.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
A questão que norteia o tema proposto remete ao elo da educação com o ser-
viço social e assim surge a pergunta: o Serviço Social na Educação é um potencial
espaço de atuação?
Foi em 1934, com a nova constituição federal, que a educação passa a ser vista
como um direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos poderes pú-
blicos. Nesta data, também, surgiu a primeira instituição de ensino superior no Brasil,
a Universidade de São Paulo. Até 1960, o modelo do sistema educacional no Brasil
era centralizado e seguido por todos os estados e municípios, essa realidade mudou,
após treze anos de discussões acerca do modelo de educação nacional, em 1961, foi
aprovada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação onde os órgãos estaduais
e municipais ganharam mais autonomia, diminuindo assim a centralização do Minis-
tério da Educação (MEC, [s.d.]).
O PNE deve ser a base para a elaboração dos planos decenais a nível estadual,
distrital e municipal, que ao serem aprovados em lei devem prever recursos orçamen-
tários para a sua execução. No Art. 2º são diretrizes do PNE:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na
promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas
de discriminação;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase
nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da
educação pública;
VII - promoção humanística, científica, cultural e
tecnológica do País;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos
públicos em educação como proporção do Produto Interno
Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de
expansão, com padrão de qualidade e equidade;
IX - valorização dos (as) profissionais da educação;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos,
à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.
mas esta não é uma tarefa fácil, muitos são os motivos que inibem os avanços os
quais a lei assegura. Abaixo Piana (2009, p. 73) contextualiza bem esta questão:
Nas palavras de Chauí (2012), mesmo diante de alguns avanços, se faz necessá-
rio um olhar crítico para essas políticas crescentes no Brasil, observando seu caráter
neoliberal e dominação das relações sociais, transformando indivíduos e cidadãos em
meros consumidores, sendo importante o ter e não o ser, vivendo num mundo no
qual o efêmero e o descartável passaram a imperar. Neste sentido analisar a impor-
tância da educação como alicerce para contrapor-se a essa visão se torna indispen-
sável para a busca de uma sociedade mais humana e menos desigual.
Para França (2009) embora seja visível os avanços na educação, todo empenho
que está sendo feito ainda não pode ser considerado substancial, pois o nível de quali-
dade do ensino ofertado pelo sistema público no país, apontados nas avaliações reali-
zadas pelo MEC apresenta-se precário. Até o momento as medidas tomadas pelo poder
público não foram capazes de promover as mudanças necessárias e urgentes deman-
dadas pela sociedade, há, portanto, uma espera por mudanças estruturais na educação
para que seja perceptível nas vidas das pessoas e consequentemente do país.
nal, onde está última foi debatida e veio a contribuir com a formulação da proposta
pedagógica, que contou com a participação da comunidade escolar, envolvendo os
alunos, familiares, funcionários e professores.
Nos últimos anos a área da educação passou a despertar o interesse dos as-
sistentes sociais apesar de não ser um campo de trabalho novo, mas é reconhecido
como um espaço ocupacional desafiador, seja como um ambiente de intervenção ou
de pesquisa, para compreender suas demandas (PIANA, 2009).
O assistente social luta por direitos sociais coletivos, desta forma, o fazer profissional
busca contemplar o ambiente escolar que está compreendido não somente por alunos
e professores, mas também por servidores, família e toda comunidade próxima à escola.
limitando o seu fazer profissional frente à relação ensino-aprendizagem que são ações
pertinentes aos professores e pedagogos. É necessário identificar as atribuições, con-
tribuições e competências de cada profissão, considerando suas particularidades e ao
mesmo tempo respeitando a dinâmica do trabalho interdisciplinar e Intersetorial.
Desta forma o Serviço Social vem propor ações interdisciplinares unindo forças
para efetivar a intersetoriedade das políticas sociais, na busca de uma educação de
qualidade e para todos, pois o maior desafio para o Serviço Social é abrir as partas da
escola e assim efetivar sua principal função social, a formação humana, a construção
de um sujeito consciente, crítico e livre. Educação,
Para Martins (2012), há várias demandas pertencentes ao Serviço Social que ne-
cessitam de respostas urgentes para que se possa seguir rumo a uma educação eman-
cipatória, capaz de resistir e se opor a massificação e a mercantilização da educação. Os
assistentes sociais, dentro desta perspectiva, expressam a preocupação com questões
relacionadas à Política de Educação, isto se dá decorrente da maturidade teórico-meto-
dológico e ético-político, que faz parte dos avanços da profissão, que estão expressos no
processo de construção do projeto ético-político profissional, como o autor cita abaixo.
Mesmo diante de tantos benefícios que a junção entre educação e serviço so-
cial pode produzir, é necessário perceber que há várias limitações que coíbem está
negociação, pois ocorrem alguns empecilhos como o aumento da folha de paga-
mento para os cofres públicos, além da diferença salarial entre assistentes sociais e
professores, dentre outros.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreende-se que, o serviço social está presente na educação desde sua ori-
gem, passando por processos mudanças e rupturas, dizendo não à prática assisten-
cialista, a qual resumia seu fazer profissional. O marco da concretização do projeto
ético político da profissão, reafirma assim a profissão diante da sociedade e como
resultado na educação.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira de. Parecer sobre os projetos de lei que dispõem sobre
a inserção do serviço social na educação. Caderno Especial, n.26, novembro 2005.
Disponível em: <//gtssedu-ufrb.blogspot.com.br/2012/09/parecer-sobre-os-projetos-
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1. Graduada em Serviço Social pela Universidade Tiradentes – UNIT/Sergipe. Campus Farolândia. E-mail:
[email protected]
2. Graduada em Serviço Social pela Universidade Tiradentes – UNIT/Sergipe. Campus Farolândia. E-mail:
[email protected]
3. Doutora em Ciências pela Universidade Federal de Pelotas (2007); Coordenadora e professora do curso
de Serviço Social da Universidade Tiradentes – UNIT. E-mail: [email protected]
4. Graduada em Serviço Social pela Universidade Tiradentes – UNIT/Sergipe. Campus Farolândia. E-mail:
[email protected]
Direito
RESUMO
O presente artigo aborda os impactos causados pela alienação parental entre crian-
ças e/ou adolescentes de pais divorciados, assim como o seu entrelace com o surgi-
mento da Lei 13.058/14. Ao longo do estudo também foi analisado os benefícios da
guarda compartilhada, incluindo sua relação com a diminuição dos casos de aliena-
ção parental. Este novo panorama trouxe à tona a formação de um grupo familiar
diferente, mais integrado e unido na divisão de tarefas e responsabilidades com seus
filhos. A pesquisa foi qualitativa, utilizando-se de dados bibliográficos, tendo em vista
o caráter predominantemente descritivo e estudo teórico. Utilizou-se somente de
revisão da literatura de vários artigos científicos no âmbito jurídico e leis específicas
sobre alienação parental e guarda compartilhada. O presente artigo possui natureza
aplicada, pois teve como objetivo gerar conhecimentos sobre guarda compartilhada
e alienação parental. O universo da pesquisa é a sociedade concretizada no âmbito
familiar, bem como pais, crianças e adolescentes.
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
This article discusses the impacts caused by parental alienation between children
and/ or adolescents of divorced parents, as well as its interlace with the emergence of
Law13,058/ 14.Throughout the study it was also analyzed the benefits of joint custody,
including its relation to the reduction of cases of parental alienation. This new pan-
orama has brought about the formation of a different family group, more integrated
and united in the division of tasks and responsibilities with their children. This article
discusses the impacts caused by parental alienation between children and / or adoles-
cents of divorced parents, as well as its interlace with the emergence of Law 13,058 /
14. Throughout the study it was also analyzed the benefits of joint custody, including
its relation to the reduction of cases of parental alienation. This new panorama has
brought about the formation of a different family group, more integrated and united
in the division of tasks and responsibilities with their children.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Em 26 de agosto de 2010 foi sancionada no Brasil a Lei 12.318, que dispõe sobre
alienação parental. Verifica-se sua definição conforme disposto no art. 2o:
Segundo Freitas (2014, p. 1), guarda compartilhada é um artifício que pode ser
utilizado para impedir ou dificultar a prática da alienação parental.
A guarda compartilhada estabelece alguns critérios para que tudo funcione per-
feitamente, visando sempre o bem estar do filho. Entretanto, nem sempre a separação
entre o casal ocorre de maneira amistosa, acarretando uma série de dificuldades para
implementação da mesma.
A alienação parental é algo que vem ocorrendo com grande frequência e pre-
cisa ser monitorada de perto para que não haja maior prejuízo à criança e/ou adoles-
cente envolvido. Entretanto, a criação da Lei 13.058, que divide por igual o tempo e as
responsabilidades dos genitores pode mudar esta situação.
O presente artigo possui natureza aplicada, pois teve como objetivo gerar conhe-
cimentos sobre guarda compartilhada e alienação parental. O universo da pesquisa é
a sociedade concretizada no âmbito familiar, bem como pais, crianças e adolescentes.
impedir ou destruir seus vínculos com o cônjuge alienado, não sendo necessário
que haja motivos reais ou verdadeiros que justifiquem essa ação por parte do côn-
juge alienador (SERAFIM, 2012, p. 93 apud MOREIRA, 2014, p. 2).
Gondim (2012, p. 3), no seu estudo define alienação parental (AP) como a rejei-
ção que o genitor sofre da criança, seja qual for a situação. Em relação à Síndrome de
Alienação Parental (SAP), ele conceituou segundo o Dr. Richard Gardner como: “um
distúrbio específico da infância que aparece quase que exclusivamente no contexto
de disputas de custódia das crianças. Sua manifestação preliminar sugere uma cam-
panha denegritória contra um dos genitores”.
Nesta situação, o principal prejudicado é a criança, uma vez que ela pode de-
senvolver problemas de desenvolvimento, psicossociais e emocionais, prejudicando
sua relação com o outro genitor e a afastando do convívio com o mesmo que é tão
importante para sua criação.
Por este motivo, buscando intervir nestes casos e solucionar o problema da me-
lhor forma para a criança e sem prejuízos para seu desenvolvimento, foi sancionada
a Lei 13.058/14, que conceitua a guarda compartilhada, bem como suas aplicações,
acreditando ser esta uma das soluções para redução dos índices de alienação parental.
A inovação da Lei 13.058/14 encontra-se expressa no artigo 1.584 § 2o, onde diz que:
Baseado na Lei 13.058/14, art.1.584, §2º, quando não houver acordo entre a mãe
e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer
o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores de-
clarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor.
Sendo assim, a guarda compartilhada deverá ser sempre a primeira opção, tanto
para os pais, quanto para os magistrados durante uma decisão judicial, se for o caso.
De acordo com Reolon (2014, p. 2), existem situações em que a guarda unilateral deve
ser escolhida, como por exemplo, pais sem condições psicológicas ou emocionais de
cuidar do filho. Nesses casos, não há possibilidade de compartilhamento da guarda.
A participação de ambos os pais no processo de criação dos filhos gera uma di-
visão de tarefas e responsabilidades, democratizando também os sentimentos. Desta
maneira é mais fácil manter laços de afetividade, reduzindo os efeitos da separação
e conferindo aos pais o exercício da função parental igualitária (GARCIA, 2011, p. 2).
5 CONCLUSÃO
Desta forma, entendemos que esta é uma temática moderna, recente e dolorosa,
por envolver fatores emocionais e psicossociais. Além disso, desperta interesse para di-
versas áreas, como medicina, psicologia e principalmente para o direito, por apresentar
dois pontos distintos, mas que se entrelaçam: alienação parental e guarda compartilhada.
É por este motivo que o assunto merece debates mais aprofundados por partes
destes profissionais, a fim de buscar melhores maneiras de banir a alienação parental
e garantir cada vez mais adesão à guarda compartilhada como primeira opção de
escolha entre os casais.
A guarda compartilhada é sem dúvida a melhor opção para pais, filhos e judiciário,
por manter com os filhos os mesmos laços anteriores à separação, além de ser um grande
fator inibidor da alienação parental. Este tipo de custódia gera uma responsabilização
mútua para ambos os genitores, quando poderão dividir tarefas do dia a dia, despesas,
decisões importantes, atuando em conjunto para a formação da criança.
Sendo assim, o advento da Lei 13.058/14 foi significativo para os filhos do di-
vórcio, tanto para uma acentuada diminuição dos casos de alienação parental, como
para a formação de uma nova perspectiva familiar, gerada em alicerces mais fortes e
mais seguros. Há um tempo não muito distante, a situação era diferente, predomina-
va a guarda unilateral, que geralmente era da genitora. A figura paterna tinha privado
o convívio com o filho, por mais que houvesse interesse por parte do mesmo na apro-
ximação. Existia nesse cenário uma alienação parental camuflada. Tal fato tornou-se
mais difícil de sobreviver nos dias atuais, tudo está muito mais transparente e melhor
ainda: pautados na lei.
REFERÊNCIAS
FONSECA, Priscila Maria Pereira Corrêa da. Síndrome de alienação parental. [S.l]:
São Paulo, 2006. Disponível em: <http://www.wilsoncamilo.org/arquivos/alienacao_
parental.pdf>. Acesso em: 16 maio 2015.
Serviço Social
RESUMO
O texto visa estudar o programa Mulheres Mil e sua vinculação ao Pronatec; compreen-
dendo para tanto as principais características da vinculação. A metodologia utilizada foi
a pesquisa bibliográfica e a técnica de observação participante, enquanto componen-
tes da equipe multiprofissional do programa. O Programa Mulheres Mil (PROMIL) tem
como foco a qualificação de mulheres para o mercado de trabalho, tendo como critério
de participação a vulnerabilidade social em que estas mulheres estão inseridas. Em
2014 o Ministério da Educação e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome integram o PROMIL ao Pronatec, dando nova formatação ao programa.
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
The research aims to analyze the Mulheres Mil program and its link to Pronatec; com-
prising for both the main features, operation, benefits and harms resulting from bond.
The methodology used for the realization of discussion was the literature and partic-
ipant observation technique, as components of the team. The Mulheres Mil (Promil)
focuses on the qualification of women to the labor market, and as a criterion for par-
ticipation in the social vulnerability these women are located. In 2014 the Ministry of
Education and the Ministry of Social Development and Hunger Alleviation integrate
Promil to Pronatec, giving new format to the program.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
A pesquisa tem como objetivo analisar o Programa Mulheres Mil e sua vincula-
ção ao Pronatec; compreendendo para tanto as principais características, resultantes
do vínculo. A metodologia utilizada para a realização da discussão foi a pesquisa bi-
bliográfica e a técnica de observação participante, enquanto componentes da equipe.
sultado de uma cooperação entre o Brasil por meio dos Institutos Federais de Edu-
cação, Ciência e Tecnologia (IFs) e o Canadá, sendo implantado no ano de 2007 nos
estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí,
Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia, Sergipe, Tocantins. Os Institutos Federais
são os responsáveis pela execução do programa, tendo como financiadores o Mi-
nistério da Educação por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
(OLIVEIRA APUD BRASIL, 2013).
O Programa Mulheres Mil desde seu início vem ofertando a formação educacio-
nal, profissional e cidadã às mulheres atendidas, buscando respeitar suas especificida-
des pessoais, educacionais e sociais de cada aluna.
Segundo a cartilha intitulada Pronatec Brasil Sem Miséria Mulheres Mil, em 2014
o PROMIL foi integrado ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Empre-
go (PRONATEC), na esfera do Plano Brasil Sem Miséria por meio de parceria entre o
Ministério da Educação (MEC) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome (MDS), com a proposta de expandir sua cobertura. Com esse novo formato o
programa Mulheres Mil preserva seus traços característicos, mas também vem adqui-
rindo novos elementos. É sobre essa nova fase do PROMIL que discutiremos, de forma
ainda que breve, nos próximos tópicos deste trabalho.
e a partir dessa reflexão possa trocar experiências e perceber-se como autora de sua
própria história, expondo também suas potencialidades e planos futuros. Já o Portfó-
lio é uma ferramenta de registros de aprendizagens e habilidades e competências da
aluna que pode servir tanto para aproveitamento em outros cursos como também
para ser apresentado a futuros empregadores (BRASIL, 2014).
No mesmo documento Pronatec Brasil Sem Miséria Mulheres Mil estão descritas
algumas atividades que compõem os eixos da metodologia do Programa, são elas:
Identificação e mapeamento dos territórios, busca ativa das mulheres em situação de
risco, vulnerabilidade e extrema pobreza, pré-matrícula e matrícula ações voltadas para
o eixo Acesso; Acompanhamento da aluna que estar inserida nos eixos de Permanência
e Êxito. Estes últimos eixos buscam desenvolver ações que contribuam para a integra-
ção das alunas entre si e também entre elas e os profissionais e atores envolvidos. São
ações que incentivam a superação dos obstáculos que surjam no decorrer dos cursos.
Outra atividade que faz parte do PROMIL é a formatura das mulheres, evento so-
lene em que familiares, amigos, professores e representantes das intuições envolvidas
prestigiam esta conquista, embora seja um curso de qualificação profissional é de suma
importância que estas formandas façam uso da beca, como forma de mais um incen-
tivo e reconhecimento pela superação de limites que porventura tenham enfrentado.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Isso enfatiza que políticas públicas como estas contribuem para mudanças na
realidade de mulheres que estão inseridas num contexto social vulnerável e que por
sofrerem preconceitos e estigmas precisam ainda mais de iniciativas que colaborem
e proporcionem o seu empoderamento social e sua emancipação individual.
REFERÊNCIAS
1. Graduanda em Serviço Social pela Universidade Tiradentes e membro do GPECS. E-mail: lusandra.
[email protected]
2. Graduanda em Psicologia pela Universidade Tiradentes e membro do GPECS. E-mail: crisinha.
[email protected]
3. Professora titular III – PPED – Universidade Tiradentes e membro do GPECS. E-mail: [email protected]
Direito
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
This article illustrates the functionality of the Brazilian prison system in parallel pointing
to their problems and possible consequences, more specifically the lack of rehabilitation
as a result of the state’s exclusion. Unfortunately, we live in a society that is going through
many problems in the issue of public security, so that it has a great importance for the
social environment as a result of political, economic and especially equal levels. Due to
this carelessness on the part of Governments, the prison system has become degrading
and humiliating, since the prison sentence has the character of re-socialize the criminal,
even though the practice is not applied in this way, just going over the very Constitution
of 1998 guarantees fundamental guarantees provided for in the formal jurisdictionaliza-
tion proceedings against the Law of Penal Execution. Thus, the study has mainly aimed
to analyze the current problems of the prison system, but in order to reach this end, we
intend to: 1) provide the functionality of the prison system; 2) Show the actual system
status; 3) Identify whether the prisoner has a decent life; 4) Aim measures to address
the problem, with the primary point rehabilitation. Therefore, the methodology that is
inserted in the law field has the deductive method of approach, since it assumes the
general analysis to arrive at a conclusion, and the helper method or historical procedure
and with regard to the method of approach of the aims is the explanatory way, as aims
to identify why the problems in prisons, in which will be used library research, and as a
means of resources, codes, books, magazines, and documentaries.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Além desses fatores, outro motivo de grande relevância para escolha do tema
foi a leitura do livro Dos Delitos e das Penas de Cesare Beccaria, que serviu de base
para demonstrar a origem das penas e da prisão, bem como o motivo gerador das
problemáticas no sistema e ainda possíveis soluções, dessa forma, também contribu-
íram para aumentar o nosso interesse pelo assunto.
Foi também possível extrair da leitura do livro citado, métodos que foram bas-
tante utilizados como meio de castigo para aqueles que praticavam atos ilícitos, tais
quais: a injúria pessoal que iria de contra a honra; o roubo que se praticado sem a
prática de violência o sujeito só seria punido com uma mera pena em dinheiro, mas
se empregado o uso da violência, seriam acrescentadas a escravidão e as penas cor-
porais; e no caso de contrabando, caberia ao sujeito a prisão e até mesmo a escravi-
dão, a depender da natureza do crime.
Acerca desse tema, a Lei de Execução Penal possui vários direitos que asseguram
ao condenado condições para uma harmônica integração social, bem como todos os
direitos que não foram atingidos pela sentença. Um dos pontos relevantes desta lei é
em relação à assistência ao preso e ao internado, cabendo ao Estado promovê-la. Con-
tudo, a realidade nos presídios brasileiros demonstra situação oposta à retratada na lei.
Estamos acostumados a nos deparar com grandes denúncias por parte da im-
prensa brasileira, em relação às constantes práticas de violência, como a tortura, que
muitas vezes é praticada por parte do carcerário que não possui a estrutura adequada
para se deparar com tal realidade, bem como, ocorrem brigas e intrigas em decorrên-
cia da figura do “chefão”.
2 SISTEMA PRISIONAL
O Direito Penal teve ao longo de sua história, penas praticadas de forma cruel
e desumana, sendo que não existia a pena privativa de liberdade, mas foi no surgi-
Esse novo modelo de sistema começou a ser implantado nos Estados Unidos
e boa parte da Europa, mais especificamente na Inglaterra e na Irlanda, criando fases
em relação ao desenvolvimento do preso, ou seja, o progresso do mesmo. Iniciava-se
com a carceragem total deste, logo depois, esse isolamento passava a ser apenas no-
turno e dessa forma, o sujeito tinha condições de trabalhar durante o dia. Após essas
duas fases, o preso poderia adquirir a “liberdade condicionada” e futuramente a liber-
dade definitiva, a depender do seu progresso. Consequentemente para estas regiões,
o sistema progressivo foi considerado um avanço de grande importância para o seu
desenvolvimento, bem como serviu de modelo para outros países, inclusive o Brasil.
No Brasil, mesmo antes do surgimento do seu próprio Código Penal, bem como
a criação da Lei de Execução Penal, já existia a privação de liberdade, só que era exer-
cida de forma banal. Foi em decorrência das péssimas condições das penitenciárias,
que começaram a debater a respeito dos Sistemas Celular (Filadélfia) e o Auburniano,
a partir de 1850. Mas, foi com o advento do Código Penal de 1890 que as penas de
morte e outras de características cruéis e desumanas foram banidas, dando espaço a
quatro novos tipos de prisões: a prisão celular, a reclusão, a prisão com direito a tra-
balho e a prisão disciplinar.
Mesmo com o advento do Código Penal de 1890, ainda era notável a fragilidade
e a necessidade de se ter um sistema penal como todo mais qualificado e que fosse
possível uma melhor aplicação para o cumprimento das penas.
Para que fosse realizada uma melhor aplicação das penas, foi necessário o sur-
gimento do novo Código Penal – Decreto Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940,
especificando os tipos de penas, como a Privativa de Liberdade e Restritivas de Direi-
tos, os seus regimes, Fechado, Semiaberto, Aberto e Especial, bem como os direitos e
deveres, englobando o trabalho dos presos. Além do Código Penal de 1940, foi criada
a Lei de Execução Penal – Lei n° 7.210, de 11 de julho de 1984, com o objetivo de
fortalecer o código em relação à sistemática do estabelecimento prisional, inclusive
dando ênfase a ressocialização mediante os cumprimentos dos direitos e a execução
dos deveres e trabalhos concedidos ao preso.
Essa atividade deverá ser estabelecida pelo Estado, apresentando condições mí-
nimas e adequadas de segurança e higiene no mesmo patamar que fosse imposto a
uma pessoa livre. Além do mais, terá direito a remuneração, só que o seu objetivo
é diferente de uma pessoa livre, e, é regido por uma legislação específica, que é a
Lei N° 7.210, de 1984, dessa forma não possui direito ao período de férias e nem ao
décimo terceiro salário.
diretamente ou até mesmo estiver sendo beneficiado com a fuga, também deverá
responder pelo crime de evasão, como prever o Artigo 352 do Código Penal: “Art.
352. Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de
segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa”.
No que se refere aos direitos do preso, este passou a ser alcançado com o sur-
gimento da Lei de Execução Penal, bem como os itens elencados na Constituição Fe-
deral de 1988. Dessa forma, o encarcerado passou a ser considerado sujeito de direito
e a ter condições de uma vida digna e por outro lado, o Estado (autoridades do País),
passou a ser o responsável por garantir essa dignidade ao recluso.
A Lei n° 7.210, de 1984, retrata todos os direitos do preso no seu Artigo 41, um
deles é ter direito a visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias
que são determinados e atualmente existe a questão do preso ter o direito a receber
a visita do seu companheiro, em caso de relação homossexual.
O sistema carcerário tem como norte a Lei de Execução Penal, a qual se preocu-
pa em recuperar o indivíduo criminoso, bem como, tem foco na dignidade do mesmo.
Isso ocorre, mediante a sua privação de liberdade, para que ele seja mantido afastado
das ruas e do meio criminoso, com o intuito que ele possa ser reinserido no meio social.
Apesar de existir toda uma teoria e lei própria, o que fica nítido nos presídios
brasileiros é um verdadeiro colapso, o qual se tornou alvo das mais diversas notícias
veiculadas na imprensa nacional e internacional.
Dessa forma, esse atual modelo tornou-se um meio de discussão entre os auto-
res penalistas e outras autoridades, na visão de uns o sistema carcerário encontra-se
falido, mas para outros, o sistema está em processo de falência.
presídio, não é bem aceito pela sociedade e o mesmo saí sem a devida estrutura, isso
ocorre, constantemente, nos mais diversos presídios do Brasil. Fatos corriqueiros em
decorrência da superlotação, o tratamento de péssima qualidade que é fornecido
pelos diretores e carcerários, gerando no descumprimento e na falta de interesse do
Estado em cumprir a Lei de Execução Penal.
Esse aumento prisional pode ser sentido em diversas partes do Brasil, tanto pe-
los detentos, como pela população que fica a mercê do crescimento da criminalidade.
Uma CPI apurou os dez piores presídios no ano de 2008, são eles: Presídio Central de
Porto Alegre no Rio Grande do Sul; Presídio Lemos de Brito na Bahia; Presídio Vicente
Peragibe no Rio de Janeiro; Penitenciária Doutor José Mário Alves da Silva, conhecido
como o “Urso Branco”, em Rondônia; Centro de Detenção de Pinheiros em São Paulo;
Instituto Penal Masculino Paulo Sarasate no Ceará; Penitenciária Feminina Bom Pastor
em Pernambuco; Penitenciária Feminina de Florianópolis em Santa Catarina; Casa de
Custódia Masculina no Piauí; e inclusive a Casa de Detenção Masculina do Maranhão,
que faz parte de uma das unidades do Complexo de Pedrinhas.
O Presídio Central de Porto Alegre no Rio Grande do Sul foi comparado a uma
verdadeira “masmorra”, de acordo com a investigação, bem como possuía uma capa-
cidade bem acima do limite.
Por meio dessas imagens, fica nítido que o problema é geral e não de um presí-
dio, consequentemente, atingindo todos os Estados brasileiros, devido à falta de bom
senso, o desrespeito a Lei de Execução Penal, bem como o descaso e o amadorismo
por parte do Governo. Dessa forma, coloca em risco à sociedade em geral devido ao
aumento da criminalidade, já que o preso não é ressocializado, o próprio carcerário
que muitas vezes não possui a devida qualificação para exercer a função e o detento
que é objeto de estudo da Lei de Execução Penal (LEP), o qual é exposto a medidas
desumanas em lugares sujos e sem o devido cuidado com o ambiente.
Situações estas, que merecem bastante importância por parte dos Governos
Estadual e Federal, para procurarem medidas de evitarem possíveis rebeliões e con-
frontos e que influencie no aumento da ressocialização para que o detento possa ter
uma vida melhor, após a sua saída.
5 POSSÍVEIS SOLUÇÕES
Por isso, uma das primeiras medidas a ser tomada é fazer com que o Estado
realize de forma eficaz o seu papel, que é de garantir a segurança, os direitos e deve-
res do detento, bem como a segurança da sociedade. Paralelamente outras medidas
podem ser tomadas, quais sejam: a construção de novos presídios, o respeito quanto
à dignidade do preso, a criação de políticas de segurança pública, o cumprimento
efetivo da Lei de Execução Penal, a privatização dos presídios e com um grau maior
de importância, o efetivo papel da ressocialização.
Por isso, fica perceptível que a construção de presídios federais é mais relevante
do que a construção de presídios estaduais, devido ao grande investimento que é ge-
rado, muito embora, para que seja construído um presídio federal, deverá ter um gasto
na faixa dos 16 milhões de reais para os cofres públicos, que é gerado do Fundo Peni-
tenciário Nacional. Além do mais, a construção de presídios ou de cadeias públicas não
é bem aceita pelos moradores, empresários e algumas autoridades do meio urbano.
É essa necessária dignidade ao preso que deve ser oferecida, não a título de
favor, mas porque a Constituição Federal assim estabelece, no momento em que lhe
assegura o direito à integridade física e moral – Art. 5°, XLIX (NUNES, 2012, p. 342).
Sendo assim, para que não ocorram determinados fatores são necessários for-
tes investimentos na esfera social e também a segurança pública não pode ser vista
apenas sob os olhos de vigilância, mas sim de um meio que possui a prevenção, liga-
da a coação e conjuntamente com a justiça.
No que se refere aos defensores de uma possível privatização dos presídios bra-
sileiros, é a alegação da grande demanda – superlotação do sistema, o qual gera
no desrespeito e descumprimento das normas impostas pela Lei de Execução Penal,
bem como as constantes rebeliões e fugas nos mais diversos presídios brasileiros.
Sendo que, em alguns Estados, como Minas Gerais, que adotou uma parceira pú-
blico-privada, Pernambuco e Rio Grande do Sul, tomaram a iniciativa de criar parceria.
Mesmo com estes exemplos, é de fácil percepção que é muito cedo para uma
análise profunda, se realmente é ou não eficaz esse meio, até porque muitas vezes a
iniciativa privada visa o lucro, podendo deixar de lado a função essencial do presídio,
bem como a não efetivação da Lei de Execução Penal, que em grande parte é dever
do Estado fazer valer.
5.5 A RESSOCIALIZAÇÃO
Esse meio de solução, é considerado como uma forma do preso ser devida-
mente reestruturado, para que posteriormente seja devolvido à sociedade e não mais
pratique nenhum ilícito. Dessa maneira, a ressocialização deverá fazer com que a
dignidade do indivíduo seja devolvida ao mesmo, para que ele possa sentir confiança
em si e consequentemente, consiga realizar os trabalhos que são inerentes do meio
ressocializador e outras atividades.
Além das atividades, é essencial o respeito quanto aos seus direitos, para que
o mesmo possa sair daquele ambiente recuperado e não revoltado com o sistema.
Também é essencial a presença religiosa para que ocorra um tratamento mais eficaz
ligado aos bons costumes.
6 CONCLUSÃO
Essa lei veio para fortalecer o Código Penal e dá um maior destaque a resso-
cialização mediante o cumprimento dos seus direitos, deveres e trabalhos que são
concedidos ao preso.
Muito embora, com o passar do tempo passou a existir uma verdadeira crise de
grande escala no sistema carcerário brasileiro, fato gerado devido à grande omissão
por parte do Estado. Tendo como consequências, a péssima estrutura do ambiente
carcerário, a falta de alimentação de modo adequado, o meio insalubre, a superlota-
ção, podendo acarretar cada vez mais nas fugas e rebeliões.
Rebeliões que ocorriam e ocorrem com certa frequência em presídios que vi-
vem no extremo descumprimento da Lei de Execução Penal, um grande exemplo é
a Casa de Detenção do Maranhão ou Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o qual
foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito em 2008, porém, mesmo após a
realização da CPI, as constantes fugas e rebeliões continuaram a existir, até que no de
2013 o Presídio foi destaque nacional e internacional, devido a esses fatos e os mais
diversos confrontos realizados entre membros de facções.
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ROSEANA foi obrigada a devolver recursos para a construção de presídios por falta
de projetos. 24/03/2014. 15h14. Maranhão da Gente. Disponível em: <http://www.
maranhaodagente.com.br/roseana-foi-obrigada-devolver-recursos-da-construcao-
de-presidios-por-falta-de-projetos/>. Acesso em: 25 abr. 2015.
Educação
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
During the experiences gained from observation, as well as coexistence with the chil-
dren at school, we realize that at the interval, in general children are left with little su-
pervision, thus causing problems of confusion and fights. With this in mind, we research
ways to provide children and school, fun and interactivity The solution was oriented
interval. In this mode, the recreational activities are geared even during recess, thus
promoting: sociability, cooperation, interaction with the world and allowing at the same
time, children are better assisted. Therefore, we have developed a literature search in or-
der to acquire subsidies that could collaborate in developing their pedagogical activities.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem um cunho bibliográfico que segundo Auro de Jesus Rodri-
gues (2010, p. 55) pesquisa bibliográfica: quando realizada a partir de fontes secun-
dárias, ou seja, a pesquisa é desenvolvida por meio de material já elaborado: livros e
artigos científicos, sendo assim os procedimentos metodológicos basearam-se em
artigos científicos divulgados, livros publicados, sites de para assim dar legitimidade
ao estudo que foi sendo feito.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Nesse sentido, Piaget afirma que a criança vai descobrindo o sentindo do mun-
do por meio do contato com pessoas e objetos. O Referencial Curricular Nacional
para a Educação infantil (1998, p. 28) relata que:
Assim, considera-se relevante este estudo, por entender que é brincando que
a criança também aprende e estimula sua criatividade; portanto a participação dos
educadores e ainda da família é fundamental nesse processo, pois dessa forma a
aprendizagem ocorrerá de modo prazeroso e com mais significado.
Pode-se afirmar, então, que por meio dos brinquedos e brincadeiras a criança
descobre seu mundo, experimenta novas situações, usa sua imaginação e dessa for-
ma ela assimila os conhecimentos que servirão de base para sua vida nos aspectos
cognitivos, sociais e culturais.
Jean Piaget (1973) afirma que até mesmo as brincadeiras mais bobas promovem,
entre si, se constituem como estímulos ao desenvolvimento intelectual das mesmas.
Por isso, elas precisam sentir-se a vontade durante a recreação para expressarem-se
naturalmente, construindo, também, dessa maneira seu aprendizado.
E ainda Kishimoto (1998) diz que o brincar se caracteriza por ter um fim em si
mesmo, surge livre, sem noção de obrigatoriedade, e exerce-se pelo simples prazer
que a criança encontra ao colocá-lo em prática. Diante disso, observa-se que as ativi-
dades recreativas são de suma importância para o desenvolvimento pleno da criança,
por isso é papel da escola promover ações significativas para que as brincadeiras te-
nham um maior sentido para o ser infantil.
Além disso, é no momento do recreio que a criança está mais livre para inte-
ragir com o outro, fortalecendo seus laços afetivos, desenvolvendo, também, seu
nível de maturação.
No que diz respeito à recreação moderna Hérbart (apud CANTO, 2004, p. 25) defende:
Segundo Lino de Macedo (2008) para as crianças o brincar e jogar são modos
de ampliar seu aprendizado; dessa forma, mesmo sem saber, elas estão desenvolven-
do experiências fundamentais. Sendo assim, tais experiências servirão de base para as
diversas questões que envolvem a vida em sociedade.
Com relação a isso, pode-se afirmar que o “intervalo orientado” é uma ferra-
menta que permitirá uma maior compreensão no comportamento do aluno, pois as
brincadeiras orientadas exigem uma maior concentração, sendo assim os educadores
terão mais facilidade para compreender como o educando consegue relacionar-se
com o outro e os meios que ele utiliza para encontrar soluções das mais variadas
situações. Oliver (2000, p. 11) acrescenta que:
Sendo assim, Kishimoto (1998, p. 22) diz que “se desejarmos formar seres criativos,
críticos e aptos para tomar decisões, um dos requisitos é o enriquecimento do cotidiano
infantil com a inserção de contos, lendas, brinquedos e brincadeiras”. Portanto, o resgate
das brincadeiras populares consiste em trabalhar várias capacidades no educando como:
percepção motora, equilíbrio, desenvolvimento físico, noção espacial, dentre outras.
Pode-se perceber que nos dias atuais a criança está brincando mais com jogos
eletrônicos, isso implica diretamente no seu desenvolvimento porque esses tipos de
jogos estimulam a violência, a individualidade e também as deixam mais introvertidas,
ou seja, sua interação com o meio fica restrita, prejudicando suas relações afetivas.
Em meio a isso, Haetinger (2005, p. 130) afirma que, “as brincadeiras são uma
forma de expressão cultural e um modo de interagir com diferentes objetos de co-
nhecimento implicando no processo de aprendizagem”. Dessa maneira o momento
do recreio, também, propicia maneiras para o discente analisar, experimentar, desco-
brir e desenvolver suas habilidades.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das pesquisas realizadas, foi feita uma reflexão sobre o momento do re-
creio, e pode-se perceber que é uma hora de suma importância na vida do educando.
Nesse cenário buscou-se compreender que o intervalo é um espaço de socialização
e interação, ou seja, a criança necessita brincar para criar novas ideias, construindo
suas relações afetivas, e ainda descobrir seu papel no meio a qual está inserida.
Sendo assim, este trabalho tem como proposta pedagógica defender o “intervalo
orientado” como forma de evitar a desorganização no espaço escolar e a utilização de di-
versos recursos pedagógicos, propiciando momentos agradáveis e evitando os conflitos
que têm acontecido nos dias atuais, é importante ressaltar que o brincar espontâneo age
como uma ferramenta eficaz no processo de aprendizagem, como também um recurso
em que o professor pode observar e avaliar o desenvolvimento dos alunos.
REFERÊNCIAS
MACEDO, Lino de. Artigo. Revista Nova Escola. São Paulo, 2008.
RODRIGUES, Auro de Jesu.s et al. Metodologia científica 3.ed. Aracaju: UNIT, 2010.
SEBER, Maria da Glória; LUÍS, Vera Lúcia Freire de Freitas. Psicologia do pré-escolar:
uma visão construtivista. São Paulo: Moderna, 1995.
Arquitetura e Urbanismo
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa aborda o trajeto ideológico que parte do gótico como origem
e estilos arquitetônicos (neogótico, ecletismo no Brasil, chegada do estilo a cidade
de Aracaju), chegando assim a influenciar a escolha do estilo para representar o
espírito religioso de Aracaju.
Este trabalho foi dividido em três partes. A primeira aborda o processo histórico
de formação do estilo gótico, suas maiores contribuições e maiores influências para o
período medieval. A segunda parte trata do retorno a inspiração do estilo gótico que
teve sua origem na Inglaterra Vitoriana, em um período que a arquitetura buscava um
foco de identidade perante as transformações acarretadas pela modernidade e pela
O estilo gótico, como expressão artística e cultural da Europa deve ser coligado
a um processo histórico que marcou a renovação social e econômica da vida urbana
no velho continente.
Para uma melhor compreensão desse fenômeno, alguns elementos devem ser
levados em consideração: Fatores remotos como o fim das invasões bárbaras que
ocorreram com a queda do Império Romano (século IV d.C.) criando um período de
insegurança e enfraquecimento comercial; O período das Cruzadas que, além de sua
dimensão religiosa, esteve ligado à crise comercial estabelecida com o fechamento
de rotas essenciais para o Oriente; O enfraquecimento do sistema feudal, com a mi-
gração da população para centros urbanos em busca de melhores condições de vida.
Como consequência desse novo momento europeu, onde a autoridade local pro-
curava se sobrepor à autoridade centralizadora do imperador e do papado, ocorre a as-
censão da Catedral como símbolo representativo em uma nova trama urbana. Sendo que
esta virá a ter a função de expressar o poder, tanto politico quanto religioso da cidade.
Outro fator de grande importância para o período gótico foi a ascensão da bur-
guesia que elege este edifício como simbolo do poder econômico, que naquele mo-
mento estavam adquirindo.
A catedral gótica exerceu um papel importante como catalisador das grandes li-
nhas interpretativas da sociedade europeia. Por meio dela, percebe-se a força de uma
cristandade ainda muito coesa na figura da Igreja Católica e sua autoridade religiosa,
social e política. A esplendorosa catedral gótica, onde quer que fosse construída, ex-
pressava não somente a dimensão vertical da relação dos homens com Deus Altíssi-
mo, mas também os anseios de coesão da autoridade política e mesmo da vaidade
ascendente da burguesia.
Além disso, o Brasil como sede do Império se torna foco do interesse das novas
ideologias (romantismo, revivalismo etc.) e modas europeias que começam a ser im-
portadas em quantidade suficiente à demanda dos interesses da população.
Outro grande exemplar deste estilo arquitetônico foi a Catedral de São Pedro de
Alcântara que começou a ser construída em 1884, tendo como responsável pela obra
1 Maximiliano E. Hehl. Arquiteto e Engenheiro alemão, veio ao Brasil para trabalhar na construção de estradas
de ferro em Minas Gerais,foinresponsável por obras no estilo neogótico como: A Catedral da Sé (São Paulo),
Catedral de Santos. Em 1898 torna-se professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
o arquiteto baiano Francisco Caminhoá2, que traz o estilo neogótico inspirado nas
antigas catedrais do Norte da Franca, sendo inaugurada em 1925.
Para este projeto foi contratado o Engenheiro Sebastião Basílio Pirrô com a mis-
são de criar um plano regulador urbanístico que atendesse às novas exigências da
cidade, como a criação de: prédios públicos, vias de circulação e transporte, e toda a
infraestrutura necessária para uma nova capital.
Diante dos desafios apresentados pela geografia da região, foi escolhido, como
principio norteador do projeto, um traçado rígido geométrico em formato de tabu-
leiro de xadrez conhecido como quadrado de Pirrô, inspirado nos padrões europeus
que se assemelhavam aos traçados Greco-romanos.
A edificação da Igreja Matriz idealizada por Inácio Barbosa, por sua grandiosida-
de teve sua construção paralisada inúmeras vezes por questões financeiras e diante
de outras prioridades do governo.
2 Francisco Caminhoá, Arquiteto Baiano, formado em Engenharia Civil na Ècole des Arts, em Paris.
Reconhecido pelos importantes segmentos sociais do séc. XIX.
Uma nova escolha de terreno vem realizada pela comissão que propõem a mu-
dança da futura Matriz, que sairia do terreno ao lado do Palácio de Governo, para a
praça localizada ao fundo do palácio, destacando assim a importância da construção.
Segundo a tradição da Igreja, este tipo de edificação deveria ocupar o centro da praça,
para assim demonstrar sua imponência. O espaço então foi denominado Praça da Matriz.
Em 4 de dezembro de 1911 foi criada a Diocese de Aracaju pelo Papa Pio X, re-
presentado pelo arcebispo da Bahia D. Tomé da Silva. Com essa criação a Igreja
Matriz Nossa Senhora da Conceição passa a receber o titulo de Catedral Nossa
Senhora da Conceição.
Diante deste novo status de diocese, surge nos altos escalões da Igreja de Ara-
caju e mesmo na população de fiéis, o desejo de uma reestruturação do edifício para
assim expressar melhor o novo momento vivido pela cidade de Aracaju.
Este desejo começa a ser concretizado somente a partir de 1936 com a inicia-
tiva do Monsenhor Carlos Carmelo Costa, tendo como indicação ideológica reforçar
os aspectos neogóticos do edifício.
Em seu interior as mudanças foram desde a abertura das paredes das capelas,
que foram substituídas por colunas como o teto que era originalmente feito de tabu-
ados de madeira retangulares passa a ter o formato ogival (FIGURA 9) e realizado em
alvenaria. Foram abertas portas laterais para criar uma maior circulação de ar dentro
do edifício. Todo o trabalho de pintura na técnica Trompe L’ Oeil (FIGURA 10) foi re-
alizado pelo artista italiano Orestes Gatti com o auxilio de Frederico Gentil e Rodolfo
Tavares. As pinturas realizadas no interior e exterior da catedral realçam os aspectos
neogóticos da reforma, criando principalmente no interior um efeito tridimensional
que confere a ilusão de um baixo relevo.
5 CONCLUSÃO
Este aprendizado sobre a cidade a partir de seus edifícios históricos ficou muito
evidente. Despertou a consciência da necessidade de um conhecimento que ajude a
valorizar referenciais históricos por meio das edificações que cercam a cidade. A par-
tir daí, refletiu-se na forma como percebemos a cidade, e como nos posicionaremos
perante os desafios futuros.
REFERÊNCIAS
BARETO, Luiz Antônio. Aracaju 150 anos + 3. Infonet [s.d.]. Disponível em: <http://
www.infonet.com.br/luisantoniobarreto/ler.asp?id=71458&titulo=Luis_Antonio_
Barreto>. Acesso em 09 ago. 2014.
CATEDRAL DA SÉ. São Paulo. São Paulo, [s.d.]. Disponível em: < http://www.
cidadedesaopaulo.com/sp/o-que-visitar/pontos-turisticos/8-catedral-da-se>. Acesso
em 08 jul. 2014.
SANTANA, Ana Lucia. Arquitetura gótica. Infoescola, [s.d.]. Disponível em: <http://www.
infoescola.com/arquitetura/arquitetura-gotica/>. Acesso em 05 maio 2014.
SOUZA, Iargo et al. Por trás das cortinas. Fotografias UFS. 20 out. 2011. Disponível em:
<http://fotografiaufs.blogspot.com.br/2011_10_01_archive.html>. Acesso em 18 nov. 2014.
Educação
de cor, de forma mecanizada e sem muito significado para o aprendiz. Em nossa cul-
tura, a forma de avaliação mais comum é a prova escrita, devendo ser feita como um
momento privilegiado de aprendizagem e não um acerto de contas. Ao elaborarmos
provas que elas sejam bem feitas para atingir seu real objetivo: verificar se houve
aprendizagem significativa de conteúdos importantes.
Por fim, o capítulo 10 faz uma síntese sobre a prova operatória ressignificando
a Taxionomia de Bloom que tem organização em níveis de complexidade crescente,
ou seja, do mais simples ao mais complexo: lembrar, entender, aplicar, analisar, avaliar
e criar. Esses níveis são aplicados na elaboração das questões de provas. Além disso,
o capítulo contempla vários exemplos de atividades contextualizadas, como também
orientações à construção de questões operatórias.
REFERÊNCIAS