12214210072012quimica Biomoleculas Aula 4
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PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS
META
Apresentar ao aluno os peptídeos e as proteínas, suas estruturas e reações.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno deverá:
reconhecer um peptídeo ou proteína. Entender o que é estrutura primária,
secundária, terciária e quaternária. Saber determinar a estrutura primária de uma proteína.
PRÉ-REQUISITOS
Aula 03 de aminoácidos, reações de ácidos carboxílicos, aminas e amidas.
INTRODUÇÃO
LIGAÇÃO PEPTÍDICA
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Química de Biomoléculas
LIGAÇÕES DISSULFETO
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cabelereiro já pode alterar essas ligações quimicamente. Primeiramente ele
usa um agente redutor para quebrar todas a ligações dissulfeto, transfor-
mando as cistinas em cisteínas. Em seguida ele coloca seu cabelo no formato
que você deseja, esticado no alisamento ou enrolado na permanente. Por
fim aplica um agente oxidante, que forma as novas ligações dissulfeto na
nova posição onde as cisteínas se encontram, deixando seu cabelo liso ou
cacheado definitivamente, pelo menos até que ele cresça novamente.
Peptídeos
Figura 7 - Aspartame.
Fonte: NELSON, D. L., COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5ª. Ed. Artmed, Porto
Alegre – RS, 2011. Pg. 83.
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Figura 10 - Encefalinas.
Fonte: Autoria Própria
Figura 11 - Bradicinina.
Fonte: Foto-montagem de Autoria Própria com figura de:
http://nursingpharmacology.info/Pulmonary/respiratory_anesthesiology/respiratory2.htm
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Figura 12 - Vasopressina.
Fonte: Foto-montagem de Autoria Própria com figuras de:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vasopressin_structure.png
http://www.newhopechurch.ca/jvsblog/2011/10/04/so-how-exactly-do-you-preach-a-kidney/
Figura 13 - Ocitocina.
Fonte: Foto-montagem de Autoria Própria com figuras de: http://en.wikipedia.org/wiki/
File:Oxytocin_with_labels.png
http://cartilhapacienterenal.cursoseconcursosnosite.com.br/?paged=40
Síntese de peptídeos
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Figura 14 - Insulina.
Fonte: Foto-montagem de Autoria Própria com figuras de: BRUICE, P. Y. Química Orgânica. Vol. II,
4ª. Ed. Pearson Prentice Hall, São Paulo – SP, 2006. Pg. 389.
http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/imagepages/17194.htm
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Aminoácidos
2 3 4 5 6 7 8 9
Rendimento 80% 64% 51% 41% 33% 26% 21% 17%
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(Figura 23) semelhante a uma coluna de cromatografia. Em seguida a pro-
teção é removida passando-se pela coluna o ácido trifluor-acético (Figura
24). O aminoácido que se deseja adicionar é ativado com DCC (Figura 25)
e eluido na coluna, sendo atacado pelo grupo amino do aminoácido imobi-
lizado (Figura 26). Em seguida passa-se novamente ácido trifluoro-acético
na coluna para remover a proteção do grupo N (Figura 27) e o processo se
repete até atingir o tamanho do peptídeo desejado (Figuras 28 e 29). Para
remover o produto da coluna basta passar por ela ácido fluorídrico sob
condições brandas (Figura 30).
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Proteínas
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de 100 resíduos de aminoácido o que equivale a uma massa molar superior
a 10.000g/mol. As proteínas exercem as mais diferentes funções num or-
ganismo, como, por exemplo, a luciferina do vagalume que emite luz através
de uma reação química, a hemoglobina que é a proteína transportadora de
oxigênio ou a queratina que forma os cabelos, unhas e chifres dos animais
(Figura 31).
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Estrutura primária
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Peptídeos e Proteínas Aula 4
Para o seqüenciamento completo utiliza-se o método desenvolvido por
Pehr Edman, que marca e remove o aminoácido N-terminal, deixando as
outras ligações peptídicas intactas. O reagente de Edman utiliza isotioci-
anato de fenila (PTC) para reagir com o grupo amino terminal (Figura 36),
formando um derivado tiazolínico. Este derivado é hidrolisado da proteína
em condições fracamente ácidas com ácido trifluoracético (Figura 37),
extraído com solvente orgânico, e devido à presença de ácido sofre um
rearranjo formando uma fenil-tio-hidantoína (PTH), que é identificado
por cromatografia (Figura 38). Como o resto da cadeia peptídica é deixada
intacta, o procedimento pode ser repetido identificando o segundo, terceiro,
quarto aminoácidos e assim por diante.
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ATIVIDADES
2. Fragmentos: a) Ala, Trp; b) Val, Pro, Asp; c) Pro, Val; d) Ala, Glu; e) Trp,
Ala, Arg; f) Arg, Gly; g) Glu, Ala, Leu; h) Met, Pro, Leu, Glu.
Gly-Arg-Trp-Ala-Glu-Leu-Met-Pro-Val-Asp
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A Submaxillarus protease hidrolisa as ligações peptídicas apenas do
lado-C da Arg (Figura 43).
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ATIVIDADES
Leu-Tyr-Lys-Arg-Met-Phe-Arg-Ser
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Estrutura secundária
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Hélice α
Figura 51 - Hélice α.
Fonte: BRUICE, P. Y. Química Orgânica. Vol. II, 4ª. Ed. Pearson Prentice Hall, São Paulo –
SP, 2006. Pg. 403.
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Folha pregueada β
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As folhas pregueadas β podem ser de dois tipos: paralelas, quando as
cadeias peptídicas vizinhas possuem mesma direção e sentido (Figura 54)
e antiparalelas com mesma direção e sentidos opostos (Figura 55).
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Curvas β
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Conformação espiralada ou em laço
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Estrutura terciária
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Proteínas fibrosas
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de Van der Waals e ligações de hidrogênio. A fibroína é totalmente esten-
dida, o que significa que ela não estira, dando uma excelente resistência ao
estiramento unida a uma flexibilidade lateral. Ela é produzida por insetos
como o bicho da seda e aracnídeos como a aranha (Figura 67).
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Proteínas globulares
Figura 68 - Mioglobina.
Fonte: NELSON, D. L., COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5ª. Ed. Artmed,
Porto Alegre – RS, 2011. Pg. 130.
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Estrutura Quaternária
Algumas vezes uma proteína pode ter mais de uma cadeia peptídica
separada. Nestes casos a proteína apresenta estrutura quaternária. O número
de cadeias peptídicas pode variar de duas a centenas. A maneira como es-
sas cadeias estão arranjadas e interagem umas com as outras é chamado de
estrutura quaternária. Uma proteína com muitas subunidades é chamada de
multímero, com poucas subunidades é chamada de oligômero. Se alguma
dessas unidades se repete ela é denominada de protômero.
A hemoglobina por exemplo, apresenta quatro cadeias peptídicas sepa-
radas sendo portanto um tetrâmero. Dessas cadeias duas se repetem, sendo
dois protômeros α com 141 resíduos de aminoácidos e dois protômeros
β com 146 resíduos de aminoácidos. A massa molar da hemoglobina é de
64.500g/mol e ela ainda apresenta quatro grupos heme em sua estrutura
(Figura 70).
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Química de Biomoléculas
Figura 70 - Hemoglobina.
Fonte: NELSON, D. L., COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5ª. Ed.
Artmed, Porto Alegre – RS, 2011. Pg. 139.
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CONCLUSÃO
RESUMO
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Química de Biomoléculas
AUTO-AVALIAÇÃO
1- Desenhe uma ligação peptídica: Porque uma ligação peptídica tem con-
figuração trans e não cis?
2- Quais ligações num esqueleto peptídico podem girar livremente?
3- O que é uma ligação dissulfeto? Qual a importância dela para a estrutura
de uma proteína?
4- Proponha uma síntese para o tripeptpídeo Ala-Pro-Cys?
5- Um nonapeptídeo sofre hidrólise ácida parcial gerando os fragmentos
abaixo. O peptídeo intacto reage com o reagente de Edman dando PTH-
Leu. Qual a seqüência de aminoácidos no peptídeo?
a) Pro, Ser.
b) Gly, Glu.
c) Met, Ala, Leu.
d) Gly, Ala.
e) Glu, Ser, Val, Pro.
f) Glu, Pro, Gly.
g) Met, Leu.
h) His, Val.
6- Qual a seqüência de aminoácidos num polipeptídeo, sabendo-se que: A
hidrólise ácida total fornece Ala, Arg, His, 2 Lys, Leu, 2 Met, Pro, 2 Ser,
Thr e Val. A carboxipeptidase A libera Val. O reagente de Edman libera
PTH-Leu. A quebra com brometo de cianogênio produz três fragmentos:
a) His, Lys, Met, Pro, Ser; b) Thr, Val; c) Ala, Arg, Leu, Lys, Met, Ser. A
tripsina fornece quatro fragmentos: a) Arg, Leu, Ser; b) Met, Pro, Ser, Thr,
Val; c) Lys; d) Ala, His, Lys, Met.
7- Quais os tipos mais comuns de estrutura secundária?
8- O que é uma estrutura secundária?
9- Por que a pro é incompatível com a hélice α?
10- Qual seria a estrutura secundária se os aminoácidos não tivessem cadeia
lateral? Justifique:
11- Por que a folha pregueada β só comporta aminoácidos pequenos?
12- Qual a importância das curvas β?
13- Quais os tipos de estrutura terciária?
14- Por que a curvas β podem ser até 1/3 dos aminoácidos das proteínas
globulares, mas quase não existem nas fibrosas?
15- Cite um exemplo de proteína fibrosa e de proteína globular:
16- A clara de ovo contém albumina, que é solúvel em água. Que tipo de
proteína a albumina deve ser, fibrosa ou globular? Justifique: Explique como
uma proteína pode ser solúvel em água:
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Peptídeos e Proteínas Aula 4
17- O que é uma estrutura quaternária? Por que nem todas as proteínas
tem estrutura quaternária?
18- Por que o vírus do mosáico do tabaco possui estrutura quaternária em
seu capsídeo? Justifique:
PRÓXIMA AULA
REFERÊNCIAS
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