Dissertacao Silvana S Navarro PDF
Dissertacao Silvana S Navarro PDF
Dissertacao Silvana S Navarro PDF
São Paulo
2007
SILVANA SUGANO NAVARRO
Área de Concentração:
Engenharia de Construção Civil e Urbana
GEPE-RES: Real Estate
Orientadora:
Profa. Doutora Eliane Monetti
São Paulo
2007
Ao meu pai Noveli que, com simplicidade e sabedoria
me ensinou o valor do trabalho e da perseverança.
A Profa. Dra. Eliane Monetti, pelas valiosas contribuições no desenvolvimento desta pesquisa
e pelo incentivo na minha jornada acadêmica.
Ao Prof. Dr. Sergio Alfredo Rosa da Silva, meu co-orientador, pelas longas e valiosas
discussões que me proporcionaram inestimáveis conhecimentos e contribuíram
significativamente para a conclusão deste trabalho.
Aos professores do GEPE-RES, Dr. João da Rocha Lima Jr. e Dr. Cláudio Tavares de
Alencar, fundamentais para o meu crescimento profissional e intelectual.
Ao Prof. Dr. José Francisco Pontes Assumpção, pelas observações e contribuições na Banca
de Qualificação desta dissertação.
Aos profissionais que gentilmente participaram desta pesquisa, especialmente aqueles que
dispuseram de seu tempo para a realização das entrevistas dos estudos de casos.
Aos meus amigos, minha família e especialmente ao meu marido, pelo apoio, paciência e
compreensão pela minha ausência.
RESUMO
The improvement of the project management process is a key factor for a company to keep its
competitiveness in the real estate market. Time management demands great efforts during the
planning and implementation phases of a project, since schedule delays usually affect the
project profits in a significant way. The objective of this research is to present an approach to
risk management oriented to time management processes with emphasis on the identification
of early warnings about risk conditions to time of conclusion. Based on the recognition of the
state-of-the-art of this subject, a case study was conducted in companies that act in the
apartment building real estate market in the city of São Paulo. This case study enabled us to
exploit a set of time and risk management practices and early warnings used by these
companies while managing their projects. The approach proposed is based on the integration
of time and risk management processes, making possible for us the use of early warning as a
support to decision making process, allowing us to react quickly, as soon as a warning is
identified.
SUMÁRIO
SUMÁRIO ...................................................................................................................................... I
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................1
1.1 Justificativas.........................................................................................................................1
1.2 Hipóteses de partida e tema da pesquisa............................................................................11
1.3 Objetivos gerais e específicos............................................................................................12
1.3.1 Objetivo geral............................................................................................................12
1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................................12
1.4 Delimitação da Pesquisa ....................................................................................................13
1.5 Estrutura adotada para a dissertação ..................................................................................17
6.1 Comparação entre os referenciais teóricos e requisitos demandados pelo mercado .......133
6.1.1 Principais ofensores relacionados ao gerenciamento de prazos .............................133
6.1.2 Processos de gerenciamento de prazos e riscos ......................................................137
6.1.3 Técnicas de gerenciamento de prazos e riscos........................................................140
iii
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................176
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO
Este capítulo apresenta o tema deste trabalho e as justificativas para sua escolha, os
objetivos gerais e específicos propostos, a delimitação da pesquisa, a metodologia
adotada para o desenvolvimento da pesquisa e a estruturação da dissertação.
1.1 Justificativas
1
O segmento de mercado delimitado nesta pesquisa será abordado no item 1.4
2
25.000
20.000
Unidades Resid/ Apto.
15.000
10.000
5.000
0
São Paulo Belo Porto Alegre Grande Goiânia Fortaleza Maceió
Horizonte Recife
[Preço x Qualidade] = [P x Q]
No entanto estes dois vetores, oferecer mais qualidade por preços menores ou iguais
aos praticados no mercado, são vetores opostos, pois oferecer mais qualidade quase
sempre representa maior custo, reduzindo as margens de resultado ou as margens
4
O alto índice de competitividade é agravado por outro fator crítico para o setor de
empreendimentos imobiliários residenciais, o descontrole sobre a oferta. Este
problema ocorre não só pela existência de um fator característico deste mercado, a
dificuldade de reconhecer a demanda, mas também pela característica de
instabilidade de empresas e investidores neste segmento de mercado, como destacado
por Assumpção (1996, pág. 22):
2
Notas de aula da disciplina PCC 5034- Planejamento Estratégico, Formatação e Meios de
Financiamento de Empreendimentos Imobiliários, em 2004.
5
o formato de outros empreendimentos que foram bem aceitos pelo mercado, até que
este formato esteja saturado.
As variáveis que não podem ser controladas pelo empreendedor, são aquelas
passíveis da influência e pressões do mercado, como:
3
Neste trabalho entende-se que os sistemas de planejamento envolvem os processos de programação e
controle.
8
Analisando os dados do estudo, no que diz respeito aos aspectos mais considerados
no planejamento de projetos no setor de construção, percebemos que o aspecto
“prazo” figura entre os mais considerados, contrastando com o aspecto “risco” que
não apresentou pontuação na escala de consideração adotada no estudo.(Figura 2)
Prazo 1,7
Qualidade 1,7
Custo 1,3
Escopo 1,3
Integração 0,3
Riscos 0,0
Comunicação 0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
* Grau de consideração sendo:
1= menos considerado e 2= mais considerado
O estudo aponta ainda que, as empresas do setor de construção civil que participaram
do estudo, identificaram os problemas relacionados com “riscos não avaliados
corretamente”, “problemas de comunicação” e “mudanças de escopo”, como
problemas que ocorrem com maior freqüência do que os problemas relacionados ao
gerenciamento de prazos (Figura 3).
10
Recursos humanos
8%
insuficientes
Não cumprimentos dos
7%
prazos estabelecidos
Estimativas erradas de
4%
prazo
4
Segundo guia PMBOK 2004 (PMI, 2004) projetos são empreendimentos temporários para criar um
produto ou serviço único. Assim, nesta dissertação, o termo projeto, quando utilizado, se refere aos
empreendimentos do segmento de mercado em estudo.
11
5
As informações relacionadas à formatação e validação dos empreendimentos são aquelas
relacionadas ao planejamento do produto e a decisão de fazer um empreendimento diante da analise
de qualidade do investimento e do reconhecimento do patamar de risco associado. Segundo Rocha
Lima (1990) estas informações abrangem, não só os conceitos de qualidade econômica e financeira,
mas também os aspectos técnicos da capacidade de fazer e administrar da empresa, a adequação do
padrão de qualidade do produto em relação ao público alvo, as expectativas de inserção de mercado e
os aspectos relacionados à conjuntura econômica do país.
6
Não é o foco desta pesquisa discutir aspectos da análise da qualidade do investimento e análise de
riscos para seleção e decisão de fazer um empreendimento.
7
O lançamento pode ser considerado também como um marco no ciclo de vida do empreendimento,
neste trabalho considera-se como fase de lançamento, o período entre o lançamento do produto no
mercado e o início da produção, período que concentra esforços de venda e geralmente consome entre
3 a 6 meses do ciclo de vida de um empreendimento imobiliário residencial.
15
Assim, o foco principal desta pesquisa está relacionado à análise de informações que
possam gerar alertas antecipados a condições e fatores de risco que apresentem a
possibilidade de ocorrência durante a fase de implantação de um empreendimento.
Esta fase apresenta como principais características:
Fase de
Planejamento
Processos
Nível de Execução
de Processos
atividades de
Planejamento
Processos
Processos Processos de
de Iniciação de Controle Encerramento
Tempo
2 METODOLOGIA DA PESQUISA
a) Pesquisa bibliográfica;
Caracterização Inicial do
Cenário de Estudo: pré-
Pesquisa Bibliográfica delimitação do segmento
de mercado
Delimitação das
Reconhecimento do Estado características e da
da Arte sobre processos de natureza dos riscos do
gerenciamento de riscos segmento de mercado
para gerenciamento de
prazos.
Consolidação das
características do
segmento de mercado
Estudo de Caso
em estudo, referentes ao
gerenciamento de prazos
e riscos.
Análise crítica e síntese dos
requisitos conceituais de
gerenciamento de riscos
para gerenciamento de Exploração das
prazos práticas de
Requisitos de gerenciamento de
gerenciamento de riscos prazo e riscos,
para gerenciamento de utilizadas pelo
prazos. segmento de
mercado em estudo.
8
Segundo Gil (2002) as pesquisas envolvendo a modalidade de levantamento “caracterizam-se pela
interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à
solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em
seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados
coletados.”
23
Desta forma, o estudo de caso teve como principal objetivo promover uma reflexão
crítica junto às premissas assumidas na formulação das hipóteses de partida para a
pesquisa, reconhecendo com maior profundidade os principais problemas
relacionados ao gerenciamento de prazos e riscos, as principais práticas utilizadas
pelas empresas estudadas no gerenciamento de prazos e riscos de seus
empreendimentos e a possibilidade de utilização de alertas antecipados.
O estudo de caso não teve o objetivo de concluir a pesquisa, mas sim de aprimorar
um conjunto de idéias que unidas ao embasamento teórico possibilitaram a
proposição de uma estrutura de abordagem de gerenciamento de risco orientada ao
gerenciamento de prazos, com ênfase na utilização de alertas antecipados.
DEFINIÇÃO E ANÁLISE E
PLANEJAMENTO PREPARAÇÃO, COLETA E ANÁLISE CONCLUSÃO
escreve um
relatório de casos
cruzados
Elaboração do protocolo
Fonte de
Pontos Fortes Pontos Fracos
evidências
- reflexibilidade: o entrevistado dá ao
entrevistador o que ele quer ouvir.
Fonte: Adaptado de Yin (2005- pág 113)
- Elaboração de protocolo;
O guia PMBOK (PMI, 2004) define risco com um evento ou condição incerta, que se
ocorrer, tem um efeito positivo ou negativo sobre pelo menos um objetivo do projeto,
como prazo, custo, escopo ou qualidade.
Assim, segundo Pritchard (2001) a análise de riscos tem três fatores principais:
Fatores de risco podem ser relacionados aos tipos de riscos que envolvem o projeto,
como apresentado por Kangari (1989 apud WIDEMAN, 1992, p.V-6), através de
uma Estrutura Analítica de Risco (EAR) ou Risk Breakdown Structure (RBS). Esta
33
estrutura apresenta uma lista dos principais riscos envolvidos nas principais partes de
um projeto, incluindo fatores e condições de risco que afetam produtividade, custo,
prazo, qualidade e desempenho, um exemplo deste tipo de abordagem é apresentada
na Figura 7.
Assim, o gerenciamento de risco deve ser designado para fazer mais do que
identificar o risco. O processo precisa incluir também:
Risco Total
Contratado Conflitos
Incerteza internos Qualidade Erros e falhas
Financeira
Contratante
Guerra
Incerteza no Competência
Proprietário Mudança nas material Geral
contratações
Variações na
quantidade
Execução com
defeitos
Gerenciamento
de
Riscos
Identificação de
riscos
Quantificação de
riscos
Priorização de
riscos
As quatro abordagens para gerenciamento de riscos, citadas por Cooper (2005), têm
muito em comum, mas diferem entre si em algumas áreas, destacas a seguir.
Comunicar e Consultar
Monitorar e Revisar
PRAM guide - Project Risk Analysis and Management (UK Association for
Project Management)
Avaliação
Planejamento Gerenciamento
Plano de Monitoramento e
gerenciamento de controle
riscos integrado.
Existe uma ênfase muito forte no guia M_o_R para a estrutura organizacional e para
a estrutura de gerenciamento, dentro da qual o gerenciamento de risco tem a posição
de divulgar as prioridades para o gerenciamento de projetos.
Níveis de
contingência
M_o_R e AS/NZS 4360 são menos orientadas a tarefas do que as outras duas
abordagens (PRAM e PMBOK), concentrando-se mais em requerimentos de
processos de um nível mais alto. Particularmente, M_o_R apresenta foco no contexto
organizacional, definição de regras e atribuição de responsabilidades para os
envolvidos no projeto (stakeholders). A abordagem de gerenciamento de riscos
apresentada no guia PMBOK 2004, apresenta uma estrutura de dados de entrada,
recomendações de técnicas e ferramentas e dados de saída, com ênfase nas relações
com outros processos e áreas de gerenciamento.
A análise da probabilidade e do impacto pode ser representada por uma matriz (ver
Figura 14) , como a sugerida por Cleland e Ireland (2002), fazendo uso de cores para
fins de gerenciamento, onde a cor verde, significa que o risco requer apenas
monitoramento de suas condições, a cor amarela indica a necessidade de
monitoramento ativo e redução de risco se for possível e a cor vermelha indica ser
necessário algum tipo de ação para diminuir a ocorrência do risco ou adotar uma
nova abordagem.
Muito alta 5 6 7 8 9
Alta 4 5 6 7 8
Moderada 3 4 5 6 7
Baixa 2 3 4 5 6
Muito baixa 1 2 3 4 5
Conseqüências ou resultados
Este processo trata da definição de meios e modos para estabelecer respostas aos
riscos. O planejamento de respostas inclui definição de responsabilidades e
atribuição de funções, providências, técnicas, meios a empregar e responsabilidades
perante cada risco identificado.
Verzuh (2005) destaca que ao questionar pessoas sobre o que faz um projeto alcançar
o sucesso, geralmente o tópico mais citado é “um cronograma realista”. O
gerenciamento de prazos consiste, portanto, em um cuidadoso preparo do
cronograma e num criterioso monitoramento e controle dos prazos, para que o
projeto ou o empreendimento seja concluído no tempo previsto.
Estas quatro causas podem contribuir para a incerteza tanto das estimativas de custo,
quanto das necessidades de um projeto ou empreendimento, e conseqüentemente
contribuem para o surgimento de incertezas no processo de estimativa e programação
de prazos.
9
As ações podem ser consideradas corretivas, no sentido de tentar conduzir o rumo dos
acontecimentos de volta a trajetória estimada, compensando os desvios detectados em etapas
posteriores.
54
simulação
análise de redes medições
cronograma identificação desvios
análise de tendências
Planejamento Monitoramento
Planejamento Identificação Análise de respostas e
controle
Desenvolvimento de programação:
Monitoramento e controle:
- Desenvolvimento da programação:
- análise de redes de precedência;
- método do caminho crítico (Critical Path Method – CPM);
- técnicas de compressão de cronograma (Crashing, Fast Tracking);
- modelagem e simulação de cenários (Simulação de Monte Carlo);
- nivelamento de recursos;
- método da cadeia crítica (Critical Chain Method);
- software de gerenciamento de projetos;
- calendários de trabalho e recursos;
- modelos de cronogramas.
10
Dados publicados pelo autor com a permissão da empresa (KERZNER, 2004).
58
- procedimentos de aprovação
- acesso e preparação do local
- trabalho de terceiros não finalizado a tempo
- interface compulsória com outros fornecedores/ entregas
- impacto da entrega devido a uma carga máxima de recursos
Pritchard (2001) também apresenta uma lista de possíveis fontes de risco que podem
afetar a estimativa de duração de prazos e conseqüentemente o cronograma,
reproduzidos na Tabela 4.
É importante destacar que qualquer que seja a técnica ou ferramenta utilizada para a
identificação de riscos de prazo ou de outra natureza, os riscos são identificados por
pessoas e estão sujeitos portanto ao subjetivismo, a intuição e a experiência de quem
participa do processo.
59
Riscos Comentários
Atrasos nas definições de projeto Decisões atrasadas podem influenciar os prazos do projeto.
(design) Depois que as decisões de projeto (design) são comprometidas,
as opções se tornam limitadas.
Atraso nas decisões relacionadas Podem resultar de atraso na obtenção de aprovações para
ao cronograma contratação ou para proceder com a próxima fase.
Prazos excedentes na Tarefas que tomam mais tempo do que o esperado, podem
programação causar atrasos no cronograma.
Dependência entre tarefas Falha no entendimento de como o atraso em uma tarefa pode
afetar outras tarefas, afetando eventos marcos que podem
atrasar todo o projeto.
Condições para testes Falta de previsão de condições adequadas e prazos para testes
de equipamento ou serviços realizados podem ocasionar atrasos
no cronograma.
Fonte: Pritchard (2001)
60
Segundo Wideman (1992) existe risco na duração de cada atividade porque qualquer
duração no futuro é incerta. Assim, as estimativas de duração das atividades podem
se valer da utilização de métodos probabilísticos ou determinísticos.
Wideman (1992) aponta como deficiência do método PERT, o fato de assumir que a
incerteza de alcançar o prazo é dependente apenas do caminho crítico. Isto ocorre
porque o método PERT analisa um único cenário baseado apenas no valor esperado,
calculado a partir de estimativas otimistas, pessimistas ou mais prováveis de
durações das atividades, sem considerar a probabilidade de ocorrência de qualquer
uma destas três estimativas de duração de prazo. Assim, um caminho que não era
considerado crítico na análise PERT, pode oferecer mais risco ao cumprimento do
prazo se as incertezas associadas às atividades contidas nele se manifestarem,
fazendo com que a duração das atividades sejam superiores ao valor esperado.
Tabela 5 - Principais diferenças entre Método do Caminho Crítico e Método da Cadeia Crítica
Principais
Método do Caminho Crítico Método da Cadeia Crítica
diferenças
Definição de Caminho crítico é o caminho mais Cadeia Crítica é o caminho mais longo
caminho longo através do cronograma através do cronograma considerando tanto
determinado pela seqüência de a dependências entre atividades quanto a
atividades que definem a duração restrição de recursos.
do cronograma.
Estratégia de Geralmente utilizada as Datas Cedo Utiliza as Datas Tarde para a programação
programação de para programação de início de de atividades
datas de início atividades.
As estratégias para mitigar ou até mesmo aceitar que os riscos de prazo existem e
podem ocorrer levam em consideração a proteção da estimativa de duração de prazos
através de reservas de contingência.
Existe um
Problemas sérios, problema muito
Primeira
Sem Ação necessidade de sério, ações
parte
ações imediatas agressivas são
necessárias.
A seqüência de Monitorar a
Parte atividades seguirá situação para
Sem Ação
final adiante conforme qualquer outra
programação. penetração.
Abaixo da diagonal (em verde), as demais posições são confortáveis para o gerente e
indicam que a seqüência de tarefas pode ser concluída sem a utilização parcial ou
total das reservas de contingência. Essas reservas podem ser posteriormente
repassadas para seqüências de tarefas sucessoras.
Acima da diagonal (em vermelho) estão as situações que exigem mais atenção do
gerente. Se ao realizar um terço da seqüência de tarefas, estas penetrarem no segundo
terço da reserva de contingência, existe um problema sério que precisa ser
imediatamente investigado e sua resposta implementada.
Os desvios podem ter diversas razões, como apresentado anteriormente, devem ser
analisadas para determinar o impacto no cronograma e nos custos. Os desvios mais
consideráveis podem exigir mudanças significativas no cronograma, enquanto as
menores podem apenas indicar que a situação deve ser monitorada mais de perto.
rede CPM. A probabilidade de finalizar o projeto dentro do prazo requer análise dos
riscos associados a todas as atividades necessárias para alcançar este objetivo.
4 ALERTAS ANTECIPADOS
O conceito de alerta antecipado foi introduzido por Igor Ansoff, com o intuito de
aprimorar os métodos de planejamento e gerenciamento estratégico. Ansoff afirmava
que as práticas de gerenciamento estratégico das empresas, em ambientes de
mudança, precisavam estar atentas aos “sinais fracos”. Este conceito pode ser
encontrado na Teoria dos Sinais Fracos (Weak Signals) introduzida no artigo
Managing strategic surprise by response to weak signals, publicado por Ansoff em
1975. Neste artigo, Ansoff declarou que mudanças repentinas no ambiente da
empresa, afetando as atividades dentro delas são primeiramente identificados como
sinais fracos e vagos, que geralmente se tornam mais fortes com o decorrer do
tempo.
Estados do conhecimento
Convicção de
que as
descontinuidade SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM
s se encontram
pendentes
A fonte de
descontinuidade NÃO SIM SIM SIM SIM SIM SIM
é identificada
Características,
natureza,
gravidade e
momento do
impacto podem NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM
ser estimados,
sujeitos à
incerteza da
ocorrência
Resposta
identificada: o
momento
oportuno, a
ação, os NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM
programas, os
orçamentos
podem ser
identificados
Os resultados da
resposta são
computáveis, NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM
sujeitos à
incerteza
O primeiro
impacto da
mudança se faz
NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM
sentir através
dos resultados
operacionais
O pleno impacto
da mudança se NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM
faz sentir.
Ansoff (1975) destaca que cada evento de risco apresenta velocidades distintas de
evolução dos níveis de conhecimento, bem como podem afetar diferentes partes ou
áreas de um projeto com graus de impacto diferentes. Ressalta que se faz necessário
um processo para avaliar os riscos e seus impactos, indicando para este fim a
utilização de técnicas de análise qualitativa e quantitativa. Assim Ansoff (1975)
indica os seguintes passos:
- 1o Passo: compilar uma lista dos principais eventos que podem representar
risco ao projeto
- 2o Passo: estimar o impacto de cada risco listado.
Ansoff defendeu a utilização de sinais fracos como base para o processo de tomada
de decisões, utilizando-os no modelo apresentado para planejamento e
gerenciamento estratégico - Strategic Issue Management System (SIMS) reproduzido
na Figura 18.
No modelo apresentado por Ansoff (1975), a parte superior de cada quadro identifica
o envolvimento de quatro grupos de atores e a parte inferior descreve as funções
exercidas por cada grupo nos sucessivos estágios do processo:
Designação
de assuntos
selecionados
RETORNO
ESTRATÉGICO
FORÇA FORÇA
TAREFA TAREFA
- execução de - análise e
projetos planejamento
GERENCIAMENTO de assuntos
estratégicos
- avaliação e
aprovação de
Designação Orçamento e programação
projetos
de projetos de projetos
UNIDADES DE
UNIDADES DE OPERAÇÃO
OPERAÇÃO
- análise e
- execução de planejamento
projetos de assuntos
estratégicos
RETORNO
OPERACIONAL
Ansoff considera o modelo SIMS como uma expansão das técnicas de planejamento
e análise de assuntos estratégicos, principalmente por admitir sinais fracos, que
permitem a detecção de alertas antecipados, como base do processo de tomada de
decisão e ressalta que o modelo SIMS é um complemento e não um substituto das
técnicas de planejamento estratégico.
Apesar de ser um conceito defendido por Ansoff desde 1975, a discussão sobre
alertas antecipados tomou força nos últimos anos, principalmente após o
reconhecimento da necessidade de integrar o gerenciamento de risco com outras
áreas de gerenciamento.
77
A seguir são apresentadas três pesquisas com abordagens distintas sobre a utilização
de alertas antecipados. A primeira pesquisa a ser apresentada foi desenvolvida por
Janissek-Muniz, Lesca e Freitas (2006) que estudam a utilização de alertas
antecipados no ambiente da empresa como suporte ao processo decisório e
apresentam uma metodologia para coleta e utilização de sinais fracos. A segunda
pesquisa, desenvolvida por Nikander e Eloranta (1997 e 2001) destaca a relação entre
causas, problemas e alertas antecipados e apresenta um modelo de utilização de
alertas antecipados, baseado no modelo SIMS de Ansoff (1975). A terceira pesquisa,
desenvolvida por Sánchez e Pérez (2004), apresenta os resultados da utilização de
alertas antecipados na identificação de falhas em projetos de pesquisa e
desenvolvimento.
Inteiras Fragmentadas
Precisas Imprecisas
Objetivas Subjetivas
Retrospectiva Antecipativa
Quantitativas Qualitativas
Estruturadas Disseminadas
MEMÓRIA
Base de conhecimento
SELEÇÃO
ANIMAÇÃO coletiva
REPASSE
de informação
DIFUSÃO CRIAÇÃO
acesso Coletividade de sentido
SELEÇÃO
individual
ALVO
Atenção
COLETA
Percepção
(continuação)
% no % no
Alertas Antecipados material estudo Descrição
básico de caso
Expressados pelas partes 8,9 9,2
envolvidas
Típicos do cliente
Falta de decisão Decisões atrasadas, especialmente aquelas
causadas pelos clientes, são os piores fatores de
causa de problemas em projetos.
Falta de determinação A falta de decisão também inclui não estar apto a
determinar e fixar os princípios do projeto (design).
Falta de confiança
CEO Falta de suporte do CEO da empresa para o projeto
Pesquisas adicionais Muito típicas durante a fase de planejamento
Aquisições Questões relacionadas a atrasos nas aquisições e
contratos
Típicos de fornecedores/ contratantes
Cobranças adiantadas Tendências de cobranças adiantadas podem
manifestar alguns fatores nas negociações como
requisições para mudanças.
Dificuldade para obter alertas 2,8 0,5 Dificuldade para observar alertas antecipados
antecipados
- relatórios em geral;
- monitoramento e controle;
- estabelecimento de metas e comparação com os resultados;
- regularidade de encontros e reuniões.
87
Na quarta fase (4), o problema emergente (risco) e suas possíveis causas (fatores de
risco, fontes de risco) precisam ser identificados. A avaliação do conteúdo da
informação em forma de alerta antecipado é influenciada pela opinião de quem
interpreta o sinal e pelas condições do projeto (tendências internas) e tendências
11
Segundo Nikander e Eloranta (2001) o modelo proposto se baseou no modelo apresentado por
Ansoff denominado WSSIM (Weak Signals Strategic Issue Management), foi influenciado pelas
idéias apresentadas por Aberg (1989) e Heiskala (1990).
88
A maior dificuldade encontrada nas fases (4) e (5) está relacionada ao fato de nem
sempre o intérprete do sinal ser o tomador de decisões. Assim, o observador precisa
convencer o decisor sobre a existência de um problema, seus efeitos sobre o projeto e
as medidas corretivas (respostas) necessárias.
Finalmente na fase (6), deve ocorrer a decisão sobre que respostas dar para cada
situação. As respostas são definidas em função de dois fatores principais:
1) Observações Condições do
projeto
Influências
internas
2)
Memória O sinal é um
(registro) alerta Liderança
não antecipado? Intuição do
decisor
3)
Ambiente
não Influências
Estado do conhecimento em
relação ao alerta observado
Cultura
corporativa
Insuficiente Suficiente
6) Procedimentos de seleção de
respostas
IV) Pânico
(Surpresa)
Conhecimento Conhecimento
Insuficiente Suficiente
Figura 20 - Modelo para utilização de alertas antecipados proposto por Nikander e Eloranta
(2001)
91
A pesquisa foi desenvolvida através do envio de questionário para 433 empresas que
receberam financiamento público para o cumprimento de seus projetos de R&D. O
questionário deveria ser respondido pelo gerente do projeto ou por outro profissional
qualificado e diretamente envolvido no projeto. Foram recebidos 114 questionários
considerados válidos, a taxa de resposta foi de 26,3%. Dos 114 questionários válidos
54 foram respondidos por empresas de porte grande (mais de 250 funcionários) e 60
respostas eram provenientes de médias e pequenas empresas. Os autores destacam
92
que não encontraram diferenças significativas nas respostas obtidas na amostra que
possam ser relacionadas ao tipo e tamanho das empresas.
Alertas
Descrição
Antecipados
* A média de utilização foi medida numa escada de 1 (nenhuma utilização) a 5 (sempre utiliza)
Fonte: Sánchez e Pérez (2004)
antecipado, geralmente não ser aquele que toma a decisão, sendo necessário
convencer o decisor de que o alerta identificado representa um risco ao projeto e de
que medidas corretivas são necessárias.
Desvios de custo
Desvios de prazo
Rentabilidade
Portfolio de projetos
Aplicações finais
Alinhamento estratégico
Estratégia
Alcance de metas e objetivos
Qualidade da documentação
Interface Relação com o cliente
Regulamentações governamentais
Ansoff (1975) defende a utilização de sinais fracos como base para o processo de
tomada de decisões e apresenta um modelo de planejamento e gerenciamento
estratégico, que destaca o gerenciamento de riscos como um processo contínuo e pró-
ativo, envolvendo diferentes grupos de atores durante o seu desenvolvimento. A
utilização do conceito de sinais fracos, introduzido por Ansoff (1975), possibilita a
identificação de alertas antecipados a condições de risco, permitindo o
desenvolvimento de processos de gerenciamento de risco, como identificação,
análise e planejamento de respostas aos riscos, com antecedência. No entanto, o
desenvolvimento destes processos, a partir da percepção de sinais fracos, segundo
Ansoff (1975), está fortemente associado à experiência e sensibilidade do receptor do
sinal e ao estado do conhecimento da informação, ressaltando a necessidade de
promover uma mudança de atitude gerencial, acostumada a tomar decisões baseadas
apenas em sinais fortes, passando a estimular a percepção de sinais fracos e a
identificação de alertas antecipados a condições de risco.
Desta forma, o Estudo de Caso apresentado a seguir, foi estruturado com base na
revisão bibliográfica de processos de gerenciamento de risco e prazo apresentados no
Capítulo 3 e nos conceitos e considerações sobre a identificação de sinais fracos e
alertas antecipados revisados neste capítulo, com o intuito de reconhecer as práticas
de gerenciamento de prazos e riscos no segmento de mercado estudado e auxiliar a
reflexão sobre a integração entre estes processos, a partir da identificação de alertas
antecipados.
101
12
A delimitação da pesquisa é apresentada com maior detalhamento no item 1.4.
13
O protocolo foi elaborado com base no trabalho publicado por Yin (2005) e nos estudos de casos
conduzidos por Yazbek (2005).
102
- Relatórios:
14
A estrutura do questionário quanto à formulação de questões, quantidade e conteúdo, se baseou nos
processos, técnicas e ferramentas, apresentados no Guia PMBOK (PMI,2004), nas questões e
resultados apresentados no Estudo de Benchmarking em Gerenciamento de Projetos 2005 (PMI,
2005), nos questionários utilizados e publicados nas pesquisas de dissertação de mestrado
apresentados por Rocha (2005) e Yazbek (2005) e na revisão bibliográfica sobre o tema estudado.
15
Conforme acordado com as empresas participantes dos estudos de casos, não serão publicados
nomes das empresas, dos entrevistados ou cópias dos documentos analisados.
104
O processo de análise e validação das respostas atendeu dois critérios, como descrito
no Apêndice A - Protocolo do Estudo de Caso:
O questionário utilizado nas entrevistas foi divido em cinco partes (ver Apêndice B):
Ao todo foram conduzidas dez entrevistas com profissionais das três empresas
participantes dos estudos de casos individuais. A Tabela 13 apresenta o perfil dos
profissionais entrevistados, a partir dos dados coletados na Parte I do questionário.
Formação/ Engenheiro Civil Engenheiro Civil Engenheiro Civil Engenheiro Civil/ Engenheiro Civil/
Especializações: Especialização Espec. MBA em Mestrado TGP/ MBA em
em Marketing, Negócios Tecnologia e Doutorado Tecnologia e
Administração, Imobiliários Gestão da Sociologia Gestão da
cursando FAAP/ MBA em Produção (USP) Industrial/ Produção (USP)
Mestrado em Tecnologia e Doutorado TGP/
Gerenciamento de Gestão da Pós -doutorado
Empreendimentos Produção (USP)
(total/ empresa):
(total/ empresa):
2 2
Área construída entregue: 500.000 m - 4.200.000 m
2 2
Área construída em 140.000 m 1.000.000 m * 150.000 m2
execução:
Região com maior Zona Sul (Saúde/ Vila Zonal Sul (Panamby/ Zona Sul (Itaim/
expressividade: Mariana) Morumbi/ Alto da Boa Morumbi/ Pananby) /
Vista) / Zona Oeste Zona Oeste (Alto de
(Pinheiros/ Alto da Pinheiros)
Lapa)
* dados fornecidos pela Empresa 2 referentes à área construída no Brasil e não só na cidade de São Paulo.
Existem procedimentos Existem e se aplicam Existem e se aplicam Não há, mas existem
formais para a todos os a todos os procedimentos
gerenciamento de empreendimentos empreendimentos informais aplicados
empreendimentos? aos
empreendimentos.
Existe planejamento Sim, porém como a Sim. Ele é transmitido Existe, a empresa
estratégico? empresa está através do Manual da está investindo no
passando por um Qualidade que planejamento
processo de transição estabelece as metas estratégico com
da diretoria, ainda da empresa que se elaboração de plano
não é divulgado desdobram nas de metas e
formalmente para metas de cada planejamento de
toda a empresa. departamento e de resultados.
cada funcionário
FREQUÊNCIA
PROBLEMAS
ALTA MÉDIA BAIXA
7 Problemas financeiros 3
15 Retrabalho 2 1
18 Mudanças de escopo 1 1 1
A notação utilizada nesta tabela relaciona cada resposta ao número de empresas participantes do
estudo de caso (n=3).
As cores relacionam as respostas dominantes à freqüência alta, média ou baixa.
As principais causas dos problemas apontados pelas empresas que participaram deste
estudo de caso são apresentadas na Figura 21. Entre as causas citadas pelos
entrevistados, destacam-se os apontados abaixo:
- falhas no dimensionamento do cronograma;
- falhas no sistema de controle;
- falhas na estrutura organizacional da empresa;
- metas e objetivos mal esclarecidos,
- falhas de comunicação e fluxo de informações.
111
Razões diversas
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Porcentagem de observações
problemas de gerenciamento, como pode ser observado na Figura 21. Esta freqüência
de ocorrência alta pode ser confrontada ao fato de só uma empresa possuir um
processo formal de gerenciamento de comunicações (Tabela 15), reforçada pela
reconhecimento da necessidade de desenvolver ou aprimorar os processos de
gerenciamento de comunicações, como demonstra a Figura 22.
Gerenciamento de Qualidade
Gerenciamento de Escopo
Gerenciamento de Suprimentos
Gerenciamento de Integração
Gerenciamento de Risco
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Porcentagem de observações
- definição de atividades
- seqüência de atividades
- estimativa de recursos para execução das atividades
- estimativa de duração das atividades
- desenvolvimento do cronograma
- monitoramento e controle do cronograma.
Software 2/3
Foi possível identificar que folgas ou reservas de prazos para absorver riscos durante
a fase de implantação, não são consideradas em cada atividade, nem tampouco ao
final de cada etapa ou conjunto de atividades, como sugere o Método da Cadeia
Crítica. As folgas ou reservas de prazos são consideradas no prazo final de
implantação, pelo acréscimo de reserva de prazo que varia de 1 a 3 meses no prazo
final previsto. Este foi o único aspecto do Método da Cadeia Crítica utilizado pelas
empresas do estudo de caso, ainda que de forma empírica, baseando-se na
experiência de cada empresa em relação ao cumprimento de prazos de seus
empreendimentos, uma vez que o Método da Cadeia Crítica se demonstrou ainda
pouco conhecido pelos entrevistados.
16
A técnica de Linhas de Fluxo ou Linhas de Balanceamento, é utilizada para representar atividades
que irão se repetir ao longo da fase de implantação do empreendimento, com a mesma seqüência
tecnológica, durações, custos e consumo de recursos. Esta técnica é representada graficamente, através
da construção de um diagrama tempo-espaço, destacando no eixo Y, as seções, trechos ou andares,
onde são desenvolvidas as atividades, enquanto no eixo X, são indicadas as durações das atividades
para cada uma das seções, trechos ou andares, nas quais elas se desenvolvem (ASSUMPÇÃO, 2000,
p.21).
116
Legenda:
Problemas x Freqüência classificados com freqüência de ocorrência média e alta (extraídos da Tabela 16):
1 – Problemas com cronograma e prazos de execução
4 – Problemas com sistemas construtivos e definições de projetos
5 – Problemas de custos excedentes em relação ao orçamento
6 – Problemas e falhas de comunicação
13 – Problemas com fornecedores e serviços terceirizados
14 – Problemas com a qualidade de mão-de-obra
15 – Retrabalho
18 – Mudanças de escopo
118
FREQUÊNCIA
RISCOS
ALTA MÉDIA BAIXA
IMPACTO
PROBLEMAS
ALTO MÉDIO BAIXO
Os riscos de mudança nas definições de projetos ou escopo dos serviços (item 11)
foram classificados com freqüência baixa, exceto por uma empresa do estudo, que os
considerou como de freqüência alta, devido ao alto grau de personalizações
proporcionado ao comprador em alguns empreendimentos. Este risco foi classificado
de impacto médio, pois quando ocorre, geralmente implica em atrasos e indefinições
de escopo, gerando desvios de prazo e custo.
Foi possível observar que a utilização das técnicas apontadas se divide em dois
momentos de utilização, durante a fase de formatação e validação do
empreendimento e durante a fase de implantação.
Intuição
Situações de conflito.
Porcentagem de observações
Foi possível notar, durante a realização das entrevistas do estudo de caso que alertas
para identificação de riscos de prazos, quando utilizados, são mais freqüentes durante
a fase de implantação do empreendimento, nos processos de monitoramento e
controle de prazos, do que na fase de planejamento, envolvendo os processos de
definição e seqüência de atividades, estimativa de recursos e duração de atividades e
desenvolvimento da programação.
129
Foi possível identificar que o conceito de risco e gerenciamento de riscos ainda está
fortemente vinculado a fase e ao processo de formatação, seleção e validação do
empreendimento, ou seja, está fortemente associado à escolha da localização, terreno,
formato do produto e as premissas assumidas para preço de venda, velocidade de
vendas, custos e prazo de produção. As premissas assumidas no momento da
formatação e validação do empreendimento para seus custos e prazos de produção
geralmente se apóiam na experiência e lições aprendidas em projetos semelhantes e
se tornam metas à cumprir durante o desenvolvimento do empreendimento.
Estimativas de custos e prazos difíceis de serem cumpridas são citadas como fatores
que podem causar atrasos no desenvolvimento dos empreendimentos. Estimativas de
custos que se afastam muito dos custos reais foram apontadas no Estudo de Caso
como geradores de atrasos, pois interferem no prazo para aquisição de insumos e
contratações de serviços, por exigir estudos de soluções alternativas e maior tempo
dispensado a negociações.
17
Ver Figura 2 na página 9.
138
Porém, esta atitude exige que gerentes e decisores acostumados a apoiar suas
decisões em sinais fortes, estejam atentos a perceber sinais fracos desde a fase de
planejamento e investigá-los, baseados em sua experiência pessoal ou no registro de
lições aprendidas, provenientes da fase de implantação de outros empreendimentos
semelhantes.
Gerenciamento de Prazos:
Os conceitos defendidos pelo Método da Cadeia Crítica (Critical Chain Method), que
agregam conceitos da Teoria das Restrições, ainda são pouco conhecidos e utilizados
pelas empresas que participaram do Estudo de Caso. O monitoramento de reservas de
contingência de uma seqüência de atividades, como proposto pelo Método da Cadeia
Crítica, possibilitaria o gerenciamento de reservas, gerando alertas antecipados e
possibilitando ao gerente do empreendimento, avaliar e decidir se o desvio de prazo
identificado oferece risco ao cumprimento de prazo da programação estabelecida.
142
Gerenciamento de Riscos:
18
A prática de Listas de Verificação ou Checklist, consiste em listas de questões ou afirmações
baseadas em lições aprendidas em empreendimentos anteriores. São ferramentas que simplificam e
facilitam a detecção antecipada de condições de risco. Porém, sua utilização deve ser criteriosa, uma
vez que, empreendimentos são projetos únicos, e a simplificação proporcionada pela técnica pode
restringir a detecção de novas condições de risco, conduzindo o analista a limitar-se aos itens
relacionados na Lista de Verificação.
143
riscos. Esta técnica tem a vantagem de reunir o conhecimento das lições aprendidas
no desenvolvimento de empreendimentos semelhantes, facilitando e estimulando o
início do processo de identificação de riscos durante a fase de programação de um
empreendimento. No entanto, esta técnica não foi apontada por nenhuma empresa do
Estudo de Caso.
A utilização dos sintomas ou sinais citados acima, como alertas para identificação de
condições ou fatores de risco, ocorre de maneira informal, nas empresas que
participaram do Estudo de Caso, fortemente vinculada à percepção e experiência do
receptor da informação, ou seja ao voluntarismo humano.
implementar planos de respostas, assim que um alerta a uma condição de risco for
detectado.
- o início de uma reação rápida, uma vez que planos de contingências para o
risco, associado ao alerta antecipado detectado, foram elaborados com
antecedência.
(1)
Processos Integrados
Processos de Processos de
Gerenciamento Fluxo de Informações Gerenciamento
de Riscos de Prazos
Fluxo de Informações
(2)
Detecção de
Alertas Antecipados
Identificação e
correlação entre:
Fatores de risco
Condições de risco
Ofensores de risco
(3)
Criação de condições
Análise e
para identificação de
classificação dos riscos
Alertas Antecipados
Planos de (4)
respostas
Monitoramento e
Identificação de
Implementação Alertas Antecipados
de plano de resposta
(5)
Monitoramento e
Monitoramento
identificação de
da eficácia do plano de
novos fatores ou
resposta condições de risco
(6)
Registro de lições
aprendidas:
Riscos x Alertas x
Planos de Contingência
sinais fracos”. Esta mudança pode ser alcançada através de processos estruturados de
gerenciamento de risco, destacando objetivos, atribuindo responsabilidades e
promovendo a participação de todos os profissionais envolvidos no gerenciamento de
riscos de um empreendimento, pois o gerenciamento de risco não é um ato isolado ou
de responsabilidade só do planejador ou do decisor, mas de toda a equipe envolvida,
uma vez que, a percepção de sinais fracos ou alertas antecipados à condições de
riscos de cumprimento de prazos de um empreendimento, pode se manifestar em
qualquer área da empresa, tanto nas fases de planejamento quanto de implantação do
empreendimento, caracterizando assim, o processo de gerenciamento de riscos, como
um processo que deve se desenvolver de forma integrada aos demais processos de
gerenciamento, e continuamente durante o ciclo de vida do empreendimento.
Seqüência de
Identificação atividades
Restrições
Identificação de novos riscos
Estimativa de
Análise de Riscos recursos
- Qualitativa
- Quantitativa
Incertezas
Prioridades
Estimativa de
duração de
atividades
Plano de
Nivelamento de
respostas
Reservas de prazo recursos
Simulação de
Reprogramações cenários Desenvolvimento
de cronograma
Monitoramento e
controle de riscos Desvios de
programação
Figura 26 – Exemplo de fluxo de informações e integração entre os processo de gerenciamento de prazos e riscos
154
Por outro lado, outros sinais apontados no Estudo de Caso podem ser identificados
na fase de planejamento do empreendimento, principalmente durante o
desenvolvimento dos processos de programação. Os alertas que podem ser
identificados na fase de planejamento, se ignorados, podem tornar a fase de
implantação mais turbulenta, repleta de situações de surpresa, exigindo
reprogramações constantes e maiores esforços para atenuar os efeitos de desvios de
prazos. Portanto, maior atenção dispensada a identificação ou criação de condições
para identificação de alertas antecipados durante a fase de planejamento, poderia
potencializar os resultados do gerenciamento de riscos, permitindo a análise e
planejamento de respostas aos riscos identificados, com a maior antecedência
possível, antes que se consolidem como problemas.
Fase de Planejamento:
Identificação de Riscos:
Processos de
Possíveis fontes de Alertas Antecipado
Gerenciamento Técnicas e Ferramentas
para Identificação de Riscos
de Prazo
19
Os princípios da IEAc e do método L.E.SCanning são apresentados no Cap. 4 – Alertas
Antecipados.
160
lições aprendidas ou aguardando que os sinais se tornem mais fortes, para possibilitar
a identificação, análise e tratamento do risco.
No caso de estratégias para prevenir ou evitar riscos, respostas são elaboradas a partir
do repasse das informações analisadas, aos processos de estimativa de duração de
163
21
Planos de contingência também podem ser implementados, caso estratégias de respostas
anteriormente adotadas não tenham se mostrado eficazes.
165
pena das reservas serem consumidas indevidamente, como uma extensão do prazo
estimado, prejudicando o reconhecimento de alertas antecipados.
- risco identificado;
- associação do risco à fase, etapa ou item do WBS;
- probabilidade e impacto da ocorrência do risco;
- fontes de monitoramento para identificação de alertas antecipados;
- mecanismos para identificação de alertas antecipados, como a criação de
marcos intermediários no cronograma, para possibilitar a antecipação de
detecção de desvios de prazo;
- definição e atribuição de responsabilidades do monitoramento para
identificação de alertas antecipados;
- tipo de resposta planejada;
- providências a serem tomadas;
- técnicas e recursos disponíveis para implementação de respostas.
Fase de Implantação:
- Identificação de Riscos;
- Análise Qualitativa;
- Análise Quantitativa;
- Planejamento de respostas aos riscos.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BSI 6079 1:2000. British Standard Institution. Part 1: Guide to the Project
Management. Inglaterra, 2000.
177
COOPER, D.; GREY, S. Project risk management guidelines. New York: John
Wiley & Sons, 2005. 384p.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas,
2002. 175p.
LEACH, L. Schedule and cost buffer sizing: How to account for the bias between
project performance and your model. Project Management Journal, v.34, n.2, p.34-
47, 2003.
LEWIS, P.J. The project manager’s desk reference. Estados Unidos: Probus
Publishing Co., 1993.
LIENTZ, L.; REA, K.P. Project management for the 21st century. Estados
Unidos: Academic Press, 1995.
SÁNCHEZ, A.M; PÉREZ, M.P. Early warning signals for R&D projects: an
empirical study. Project management journal, v.35, n.1, p. 11-23, 2004.
VERZUH, E. The fast forward MBA in project management. New York: John
Wiley & Sons, 2005. 402p.
Após a condução do “estudo de caso piloto”, os demais estudos de caso terão como
objetivo replicar as descobertas do primeiro estudo de caso, reforçando assim suas
descobertas e possibilitando o aprimoramento de um conjunto de idéias que unidas
ao embasamento teórico possibilitarão a proposição de uma estrutura de abordagem
de processos de gerenciamento de prazos integrados com os processo de
gerenciamento de riscos.
Neste estudo de caso a unidade de análise será uma empresa atuante no setor
imobiliário residencial de apartamentos para atender os anseios do mercado da classe
média na cidade de São Paulo e as unidades de coleta de dados serão as pessoas
1
A distinção entre o segmento de médio e alto padrão leva em consideração o conjunto de atributos de
qualidade oferecidos como: localização, área útil, padrão de acabamentos, número de vagas,
acessibilidade, segurança, área de lazer, entre outros, o que implica na prática de preços mais elevados
para o produto do segmento de alto padrão em relação ao de médio padrão.
185
Para evitar que os dados coletados através de entrevistas não representem somente
relatos pessoais sobre a empresa, mas sim um relato de como os processos
organizacionais realmente acontecem, a utilização de outras fontes de evidências que
venham corroborar as informações obtidas através das entrevistas torna-se de
extrema importância para garantir a confiabilidade do estudo de caso.
- Entrevistas estruturadas:
Com os profissionais envolvidos no planejamento do produto ou quantos
forem necessários para que as funções do organograma estejam cobertas.
As entrevistas, com base no questionário semi-estruturado, serão sempre
acompanhadas pelo entrevistador.
- Documentação:
Será solicitado, durante a entrevista, o acesso a documentos que demonstrem os
procedimentos utilizados pela empresa no que se refere à estrutura organizacional
da empresa, ao fluxo de informações, processos de decisões e técnicas de
gerenciamento de prazo e risco utilizados pela empresa.
2
Neste estudo de caso o conceito adotado para planejamento engloba os processos de programação e
controle dos empreendimentos.
186
Estudos;
Artigos em mídia de massa ou comunidade técnica
A entrevista será dividida em cinco partes. A primeira e segunda parte têm o objetivo
de caracterizar o perfil do entrevistado e da empresa, a terceira parte buscará
reconhecer quais são os principais requisitos e problemas enfrentados pelas empresas
no processo de gerenciamento de seus empreendimentos, a quarta e quinta parte
187
(continuação)
Parte V- Gerenciamento de Riscos
Rocha (2005)/ Rocha Lima (1993)/ Wideman
P28 Rocha (2005)
(1992)
Rocha (2005)/ Rocha Lima (1993)/ Wideman
P29 Rocha (2005)
(1992)
P30 * Nikander (1997)/ Nikander 2001)
P31 Rocha (2005) Rocha (2005)
P32 Rocha (2005) *
P33 Rocha (2005) Rocha (2005)
P34 Rocha (2005) PMI (2004)
P35 Rocha (2005) PMI (2004)
P36 Rocha (2005) PMI (2004)
P37 Rocha (2005) PMI (2004)
P38 Rocha (2005) PMI (2004)
P39 Rocha (2005) PMI (2004)
* Questões formuladas pela pesquisadora.
O terceiro estudo de caso, poderá ter a função de validar questões que ainda tenham
gerado algum tipo de dúvida na última revisão do questionário ou caso nenhuma
alteração tenha sido necessária, agregar informações aos dois primeiros estudos de
caso anteriores.
Assim, serão utilizadas as descobertas obtidas na análise individual dos três estudos
de caso.
A análise de estudos de caso múltiplos exigirá uma síntese de dados cruzados dos
estudos de caso. Como o número de estudos de caso será limitado, impossibilitando a
utilização de técnicas quantitativas, serão utilizadas técnicas de análise qualitativa.
Desta forma a análise de dados será feita em duas etapas, a primeira será uma análise
isolada de cada caso e a segunda cruzando os dados de todos os casos.
192
Nesta primeira etapa, a análise dos dados coletados nas entrevistas em cada empresa
será feita isoladamente, com o intuito de organizar a grande quantidade de dados
coletados e possibilitar a familiarização detalhada de cada um dos estudos de caso.
Os dados serão tabulados, classificados, validados e só então irão compor a síntese
das descobertas do estudo de caso referente à unidade de análise (a empresa).
Após tabulação das respostas de cada entrevistado, na matriz acima citada, os dados
serão confrontados com outras fontes de evidência coletadas, buscando evitar o viés
pessoal de cada entrevistado.
193
Nesta segunda etapa da análise de dados, serão comparadas as respostas obtidas nos
três estudos de casos.
A análise cruzada de dados buscará a replicação literal dos casos únicos, reforçando
assim a validade externa3 do estudo de caso.
Vale ainda ressaltar que o objetivo deste estudo de caso não é concluir o estudo, mas
aprimorar um conjunto de idéias e desenvolvê-las para um novo estudo.
4 Relatórios
Perfil da empresa;
Matriz de correlação entre questões e entrevistados;
3
Segundo Yin (2005), a validade externa estabelece o domínio ao qual as descobertas de um estudo
podem ser generalizadas.
195
PESQUISA ACADÊMICA
Escola Politécnica da Univesidade de São Paulo - Pós Graduação - Mestrado
Empresa:
Data:
Horário de Início e Término da entrevista:
Local da entrevista:
P6- Área de atuação da empresa no segmento residencial na cidade de São Paulo atualmente:
Empreend.
Área de atuação Unidades Área (m2)
Lançados
Condomínios de casas
Edifícios de apartamentos - 1 dormitório
Edifícios de apartamentos - 2 dormitórios
Edifícios de apartamentos - 3 dormitórios
Edifícios de apartamentos - 4 ou mais dormitórios
Outros:
P7- Atuação com maior expressividade na região de São Paulo, lançamentos nos últimos 5 anos:
Empreend.
Região Principais Bairros Unidades Área (m2) Dorm(s).
Lançados
Zona Norte
Zona Sul
Zona Leste
Zona Oeste
P10- Quais áreas de gerenciamento a empresa possui atualmente em sua metodologia de trabalho para o
gerenciamento de empreendimentos?
1. Gerenciamento de Integração
2. Gerenciamento de Escopo
3. Gerenciamento de Prazo
4. Gerenciamento de Custo
5. Gerenciamento de Qualidade
6. Gerenciamento de Recursos Humanos
7. Gerenciamento de Comunicações (informações)
8. Gerenciamento de Risco
9. Gerenciamento de Suprimentos, Aquisições, Contratos (Procurement)
PESQUISA ACADÊMICA
199
Escola Politécnica da Univesidade de São Paulo - Pós Graduação - Mestrado
P12- Os resultados obtidos com os empreendimentos têm atendido às expectativas ou as metas da empresa?
P13- Dos problemas relacionados abaixo, quais tem ocorrido durante o gerenciamento dos empreendimentos.
Com qual FREQÜÊNCIA ocorrem?
P14- Quais são as principais causas para os problemas relacionados na pergunta anterior?
1. Falta de conhecimento em técnicas e processo de gerenciamento
2. Falta de habilidade em gerenciamento e liderança de equipes
3. Falhas na estrutural organizacional da empresa
4. Falhas no processo de gerenciamento de empreendimentos existente na empresa
5. Metas e objetivos mal esclarecidos, ou sem a compreensão de todos os envolvidos
6. Falhas no dimensionamento do cronograma, muitas atividades e pouco tempo para executá-las
7. Estimativas financeiras incompletas
8. Nem todos os dados necessários estavam disponíveis no planejamento do empreendimento
9. O sistema de controle pode melhorar
10. O empreendimento não teve um gerente ou teve vários.
11. Processo de decisão lento.
12. Falta de recursos (material/ mão-de-obra/ equipamentos)
13. Motivação insuficiente da equipe e problemas de comportamento
14. Razões financeiras (incertezas do fluxo de caixa, recebimento de receita)
15. Falhas de comunicação e fluxo de informações.
16. Falhas na distribuição de responsabilidades e atribuição de atividades.
17. Problemas com a adequação de ferramentas as necessidades da empresa.
18. Razões diversas (um conjunto de acontecimentos que somados causam problemas)
19. Outras:
P17- Se sua resposta foi 2, 3,ou 4, na questão anterior P13, qual a porcentagem dos empreendimentos da
empresa utilizam alguma técnica de gerenciamento de prazos?
1. 0%
2. 5% a 10%
3. 10% a 25%
4. 25% a 50%
5. 50% a 75%
6. 75% 100%
P18- Se sua resposta foi 3 ou 4 na questão P13, em que se baseiam os procedimentos de gerenciamento de
prazo?
1. Em definições de coordenadores e gerentes
2. Em orientações de especialistas
3. Em normas internas
4. Em métodos de instituições de gerenciamento. Quais? _________________________
5. Outros:
P19- Das técnicas/ ferramentas utilizadas para DEFINIÇÃO de atividades durante o planejamento de um
empreendimento, em cada uma, qual definição se enquadra melhor em sua empresa:
Raramente Geralmente Sempre
Técnica / Ferramenta Não aplica
aplica aplica aplica
1. Utilização de Estrutura Análitica do Projeto (EAP)
ou Work Breakdown Strutucture (WBS)
2. Decomposição de tarefas em atividades menores
3. Modelos de lista de atividades baseada em projetos
semelhantes
4. As tarefas são detalhadas conforme o
desenvolvimento do projeto
5. Orientação de especialistas
6. Outras:
P20- Das técnicas/ ferramentas utilizadas na definição da SEQUENCIA de atividades durante o planejamento de
um empreendimento, em cada uma, qual definição se enquadra melhor em sua empresa:
P21- Das técnicas/ ferramentas utilizadas na ESTIMATIVA DE RECURSOS para execução das atividades,
durante o planejamento de um empreendimento, em cada uma, qual definição se enquadra melhor em sua
empresa:
Raramente Geralmente Sempre
Técnica / Ferramenta Não aplica
aplica aplica aplica
1. Orientação de especialistas, consultores.
2. Análise de métodos alternativos para execução da
atividade
3. Estimativa baseada em taxas de produção e
coeficientes de consumo da própria empresa
4. Estimativa baseada em taxas de produção e
coeficientes de consumo publicados em livros,
revistas ou catálogos técnicos.
5. Software. Qual:
6. ______________________________
Outras:
P22- Das técnicas/ ferramentas utilizadas na ESTIMATIVA DE DURAÇÃO de atividades, durante o planejamento
de um empreendimento, em cada uma, qual definição se enquadra melhor em sua empresa:
P25- Dos documentos de saída resultantes do processo de gerenciamento de prazos, como melhor se define a
utilização em sua empresa:
Raramente Geralmente Sempre
Técnica / Ferramenta Não aplica
aplica aplica aplica
1. Lista de atividades
2. Lista de marcos importantes do cronograma
(milestones)
3. Identificação de recursos necessários (tipos e
quantidades)
4. Calendário de recursos
5. Estimativa da duração de atividades
6. Indicação da possibilidade ou faixa de resultados
possíveis para a duração estimada das atividades
7. Diagramas de rede de cronograma (PDM ou ADM)
8. Gráfico de barras (Gantt Chart)
9. Gráfico de marcos do cronograma (Milestones
Charts)
10. Medições de desempenho do cronograma
11. Recomendações de ações corretivas
12. Registro de lições aprendindas
13. Outras:
P26- Existem problemas ou dificuldades em relação aos prazos ou a sequencia de atividades estabelecidas no
cronograma "baseline" para os empreendimentos? Se afirmativo com que freqüência tem ocorrido as
reprogramações de prazos?
PESQUISA ACADÊMICA
204
Escola Politécnica da Univesidade de São Paulo - Pós Graduação - Mestrado
P28- Quais são os motivos que acabam levando as reprogramações e ajustes do cronograma?
P29- Dos riscos enfrentados pela empresa no desenvolvimento de seus empreendimentos quais ocorrem e
com qual FREQUÊNCIA?
P30- Para os mesmos riscos da pegunta anterior qual o IMPACTO de sua ocorrência para que o
empreendimento alcance as metas validadas pela empresa?
Problemas Alto Médio Baixo
1. Riscos econômicos (inflação da economia, inflação setorial,
flutuação monetária)
2. Riscos financeiros (incertezas financeiras, inadimplência)
3. Riscos de inserção de mercado do produto (aceitação do
produto, velocidade de vendas)
4. Risco de não cumprir o prazo de entrega
5. Risco de exceder os custos estimados
6. Riscos de mudança de legislação.
7. Riscos contratuais.
8. Problemas na coordenação de contratados (diferenças culturais
entre empresas)
9. Incerteza quanto a disponibilidade de recursos (mão-de-obra,
material e equipamentos) para execução dos trabalhos
10. Incerteza quanto a qualidade de recursos (mão-de-obra, material
e equipamentos) para execução dos trabalhos
11. Mudanças nas definições do projeto ou escopo dos serviços
12. Riscos ao meio ambiente (poluição do ar, água, barulho)
13. Riscos relacionados à falhas geológicas e alteração da solução
para fundações planejada.
14. Variações nas quantidades estimadas no planejamento.
15. Execução com defeitos, gerando o retrabalho
16. Riscos de não alcançar a produtividade esperada
17. Risco de falhas no controle de qualidade
18. Risco de falhas nos processos de planejamento
19. Risco de falhas nos processos de monitoramento e controle
20. Outros:
PESQUISA ACADÊMICA
206
Escola Politécnica da Univesidade de São Paulo - Pós Graduação - Mestrado
P31- Que tipos de sinais, sintomas ou alertas chamariam sua atenção na tarefa de identificar riscos
relacionados ao gerenciamento de prazos e a programação do empreendimento?
P33- Se sua resposta foi 2 ou 3 na questão anterior P13, qual o critério adotado para escolher quais
empreendimentos utilizarão técnicas de gerenciamento de riscos?
1. Exigência do cliente.
2. Valor do empreendimento, acima de R$ _______________________.
3. Outros critérios:
P34- Se sua resposta foi 3 ou 4 na questão P13, em que se baseiam os procedimentos de gerenciamento de
riscos?
1. Em definições de coordenadores e gerentes
2. Em orientações de especialistas
3. Em normas internas
4. Em métodos de instituições de gerenciamento. Quais? _________________________
5. Outros:
P35- A empresa utiliza técnicas/ ferramentas para IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS durante o planejamento de um
empreendimento? Se afirmativo em que definição se enquadra melhor sua empresa:
P36- A empresa utiliza técnicas/ ferramentas de ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCOS durante o planejamento de
um empreendimento? Se afirmativo em que definição se enquadra melhor sua empresa:
P37- A empresa utiliza técnicas/ ferramentas de ANÁLISE QUANTITATIVA DE RISCOS durante o planejamento
de um empreendimento? Se afirmativo em que definição se enquadra melhor sua empresa:
P38- A empresa utiliza técnicas/ ferramentas de PLANEJAMENTO DE RESPOSTAS AOS RISCOS durante o
planejamento de um empreendimento? Se afirmativo em que definição se enquadra melhor sua empresa:
P39- A empresa utiliza técnicas/ ferramentas de MONITORAMENTO E CONTROLE DOS RISCOS durante o
implantação dos empreendimentos? Se afirmativo em que definição se enquadra melhor sua empresa:
P40- Em relação aos documentos de saída resultantes do processo de gerenciamento de riscos, como melhor
se define a utilização em sua empresa:
Raramente Geralmente Sempre
Técnica / Ferramenta Não aplica
aplica aplica aplica
1. Planejamento de gerenciamento de risco
(metodologia, regras e responsabilidades,
orçamento, prazos, categorias de risco, impactos e
probabilidades, matriz de probabilidades e
impactos, tolerâncias, formato de relatórios e
registros, procedimentos)
2. Lista de riscos identificados
3. Listas de fontes de risco
4. Riscos separados por categoria
5. Lista de riscos por prioridade (ranking)
6. Lista de risco que necessitam de resposta urgente
7. Lista de riscos que necessitam de análises
adicionais
8. Lista e respostas
de riscos de baixa prioridade
9. Tendências dos resultados de análise qualitativa de
riscos da probabilidade de alcançar os objetivos
10. Análise
de prazo dodeprojeto
11. Estratégia respostas ao riscos
12. Ações específicas para implantar estratégias de
respostas ao riscos
13. Sintomas e alertas antecipados da ocorrência de
riscos
14. Riscos relacionados em acordos contratuais
15. Recomendações de ações corretivas
16. Recomendações de ações preventivas
17. Outras:
209
PESQUISA ACADÊMICA
Escola Politécnica da Univesidade de São Paulo - Pós Graduação - Mestrado
Glossário
Este glossário apresenta termos e expressões encontrados no questionário utilizado nas entrevistas do
estudo de caso que possam gerar dúvidas quanto a terminologia adotada.
Método da Cadeia Crítica (Critical Chain): uma técnica de análise de rede do cronograma que modifica
o cronograma do projeto para que leve em conta a limitação de recursos. O método da cadeia crítica
mistura abordagens determinísticas e probabilísticas da análise de rede do cronograma. Este método
adiciona "pulmões ou amortecedores" à duração de atividades, o foco do método da cadeia crítica é
gerenciar estes "pulmões" e os recursos aplicados no planejamento do cronograma. Fonte: (PMI, 2004).
Razões diversas para problemas: razões que não podem ser definidas com exatidão, mais de uma
razão identificada como causa de problemas. Fonte: (NIKANDER; ELORANTA, 1997)
Simulação de Monte Carlo: uma técnica que calcula por meio de iterações o custo do projeto ou o
cronograma do projeto várias vezes usando valores de entrada selecionados aleatoriamente à partir de
distribuições de probabilidade de possíveis custos ou durações para calcular uma distribuição do custo
total possível do projeto ou datas de término. Fonte: (PMI, 2004).
Técnica do Valor Agregado ou Earned Value: uma técnica específica para medição de desempenho do
trabalho para um componente da EAP ou uma conta de controle do projeto. Compara os custos orçados
pra o projeto com os custos realizado e relaciona-os com o avanço físico do projeto, porporcionando
medidas de desvios de prazo e custo e determinação de índices para projeção de custos e prazos para
finalização do projeto. Fonte: (PMI, 2004)
Técnicas de compressão: redução da duração do cronograma do projeto sem reduzir seu escopo.
Abordagens típicas de compressão de um cronograma incluem a redução das durações das atividades do
cronograma e o aumento de atribuição de recursos. Fonte: (PMI, 2004).
Work Breakdown Structure (WBS) ou Estrutura Analítica do Projeto (EAP): uma decomposição
hierárquica orientada à entrega do trabalho a ser executado pela equipe para atingir os objetivos do
projeto e criar as entregas necessárias. Ela organiza e define o escopo total do projeto. Cada nível
descendente representa uma definição cada vez mais detalhada do trabalho do projeto. A EAP é
decomposta em pacotes de trabalho. A orientação da hierarquia para entrega inclui entregas externas e
internas. Fonte: (PMI, 2004).
210
EMPRESA 1
1 INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta os dados coletados no estudo de caso piloto e tem como
principais objetivos:
Perfil da empresa;
Matriz de correlação entre questões e respostas dos entrevistados;
Relação de documentos consultados com comentários (documentos,
relatórios, modelos, correspondências internas, normas internas,
procedimentos e outros);
Análise do processo de validação das respostas para compor a síntese das
descobertas para o estudo de caso de cada empresa;
Matriz de problemas no gerenciamento de empreendimentos x freqüência
de ocorrência;
Matriz de riscos x freqüência de ocorrência;
Matriz de riscos x impacto da ocorrência;
Síntese das técnicas, ferramentas e documentos de saída utilizados pela
empresa nos processos de gerenciamento de prazos e riscos.
2 VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
1a8
9 √ √ √
- Quanto à formulação da
Dúvida sobre pergunta especificar que os tipos
Dúvida sobre o
que tipo de risco de gerenciamento se referem
significado de
10 (risco do negócio √ aos empreendimentos.
gerenciamento
ou risco - Dúvidas sobre terminologia
de integração
operacional?). serão atendidas com a inclusão
de um glossário ao questionário.
11 √ √ √
12 √ √ √
Dúvida sobre o - O item 8 pode ser excluído,
significado de pois repete o item 5.
13 √ “cultura em √ - Dúvidas sobre terminologia
gerenciamento” serão atendidas com a inclusão
no item 9. de um glossário ao questionário.
- Acrescentar falhas de
comunicação, problemas de
Dúvida sobre o adequação de ferramentas às
significado de necessidades, falhas na
14 √ “razões √ distribuição de
diversas” no item responsabilidades.
15. - Dúvidas sobre terminologia
serão atendidas com a inclusão
de um glossário ao questionário.
15 √ √ √
16 √ √ √
17 √ √ √
18 √ √ √
Dúvida sobre o - Dúvidas sobre terminologia
19 √ significado de √ serão atendidas com a inclusão
WBS de um glossário ao questionário.
213
22 √ √ √
Dúvidas sobre o
conceito de
técnicas de - Dúvidas sobre terminologia
23 √ compressão, √ serão atendidas com a inclusão
Simulação de de um glossário ao questionário.
Monte Carlo,
Critical Chain.
Dúvida sobre o - Dúvidas sobre terminologia
24 √ conceito de √ serão atendidas com a inclusão
Earned Value. de um glossário ao questionário.
- Excluir item 2, pois acaba
25 √ √ √ sendo repetido em todos os
demais itens.
26 √ √ √
27 √ √ √
Um dos
entrevistados - Nas demais entrevistas a
entendeu aplicação simultânea das
28 Freqüência da √ √ questões P28 e P29 eliminou a
mesma forma confusão entre Freqüência e
que Impacto da Impacto
P29.
29 √ √ √
214
31 √ √ √
32 √ √ √
33 √ √ √
34 √ √ √
35 √ √ √
36 √ √ √ - questões serão validadas no
próximo estudo de caso.
37 √ √ √
38 √ √ √
39 √ √ √
O processo de análise e validação das respostas atende dois critérios, como descrito
no protocolo deste estudo de caso:
Os dados coletados são apresentados na tabela anexa a este relatório Esta tabela
apresenta na primeira coluna as questões feitas a cada entrevistado e nas demais
colunas as respostas obtidas em cada uma destas entrevistas. A tabulação dos dados
neste formato auxilia a verificação do alinhamento e dominância das respostas
obtidas nas entrevistas individuais.
- Organograma da empresa
Confirma a informação obtida nas entrevistas sobre a estrutura organizacional
funcional da empresa, estabelecimento de metas e o fluxo de informações e
tomada de decisões.
217
1
A empresa possui certificação ISO 9000.
218
P9 Há procedimento formais estabelecidos Existem e se aplicam a Existem e se aplicam a Existem e se aplicam a Existem e se aplicam a Existem e se aplicam a
todos os todos os todos os todos os todos os
empreendimentos empreendimentos empreendimentos empreendimentos empreendimentos
P10 Quais áreas de gerenciamento a empresa possui Todas, exceto Recursos Todas, exceto Integração,
Todas, exceto Gerenc. Todas, exceto Integração/ Todas, exceto Integração/
Humanos, Escopo, RH,
Comunicações Escopo/ Risco Comunicação
Comunicações, Riscos Comunicações e Risco
P13 Principais problemas enfrentados no gerenc. de empreendimentos ver quadro Problemas x ver quadro Problemas x ver quadro Problemas x ver quadro Problemas x ver quadro Problemas x
Frequencia Frequencia Frequencia Frequencia Frequencia
221
1 Gerenciamento de Integração 1 1 1 1
2 Gerenciamento de Escopo
3 Gerenciamento de Prazo
4 Gerenciamento de Custo 1
5 Gerenciamento de Qualidade
6 Gerenciamento de Recursos Humanos 1 1 1 1
7 Gerenciamento de Comunicações (informações) 1 1 1 1 1
8 Gerenciamento de Risco 1 1
9 Gerenciamento de Suprimentos, Aquisições, Contratos (Procurement)
1
222
1 WBS 1 1 1 1 1
2 Decomposição de tarefas 1 1 1 1 1
3 Modelos de listas de atividades 1 1 1 1 1
4 Tarefas detalhads conf. desenvolv. 1 1 1 1 1
5 Orientação de especialistas 1 1 1 1 1
6 Outros: Procedimentos de execução 1 1
1 Diagramas de redes 1 1 1 1 1
2 Modelos de cronograma 1 1 1 1 1
3 Determinação de dependencias 1 1 1 1 1
4 Metodo diagramas condicionais 1 1 1 1 1
5 Det. de atrasos e antecipações 1 1 1 1 1
6 Outros: Procedimentos de execução 1 1
1 Orientação de especialistas 1 1 1 1 1
2 Análise de métodos alternativos 1 1 1 1 1
3 Estimativa baseada na produção da empresa 1 1 1 1 1
4 Estimativa baseada na produção de publicações 1 1 1 1 1
5 Software
6 Outras
N.A = nunca aplica R.A = raramente aplica G.A = geralmente aplica S.A= sempre aplica
223
1 Orientação de especialistas 1 1 1 1 1
2 Analogia a atividades semelhantes 1 1 1 1 1
3 Estimativa paramétrica 1 1 1 1 1
4 Estimativa dos 3 pontos 1 1 1 1 1
5 Estimativa considerando reservas 1 1 1 1 1
6 Outras
1 Relatórios de progresso 1 1 1 1 1
2 Controle de alterações 1 1 1 1 1
3 Medições de desempenho 1 1 1 1 1
4 Gráfico de barras (progr/realizado) 1 1 1 1 1
5 Valor Agregado (Earned Value) 1 1 1 1 1
6 Software 1 1
7 Outras
1 Lista de atividades 1 1 1 1 1
2 Atributos das atividades 1 1 1 1 1
3 Lista de marcos importantes do cronograma (milestones) 1 1 1 1 1
4 Identificação de recursos necessários (tipos e quantidades) 1 1 1 1 1
5 Calendário de recursos 1 1 1 1 1
6 Estimativa da duração de atividades 1 1 1 1 1
7 Indicação de possíveisdurações para as atividades 1 1 1 1 1
8 Diagramas de rede de cronograma (PDM ou ADM) 1 1 1 1 1
9 Gráfico de barras (Gantt Chart) 1 1 1 1 1
10 Gráfico de marcos do cronograma (Milestones Charts) 1 1 1 1 1
11 Medições de desempenho do cronograma 1 1 1 1 1
12 Recomendações de ações corretivas 1 1 1 1 1
13 Registro de lições aprendindas 1 1 1 1 1
14 Outras:
N.A = nunca aplica R.A = raramente aplica G.A = geralmente aplica S.A= sempre aplica
224
P27 Como é feita a descoberta de problemas em relação a prazo? Através de consultoria Os problemas são Através de controle Tudo é urgente. Fazemos Através dos relatórios da
terceirizada para identificados através do semanal das atividades tudo o que for preciso, consultoria em
acompanhamento do relatório da empresa de programadas e com stress ou não, mas a gerenciamento de prazos
cronograma dos consultoria de executadas. Existem obra não pode atrasar. mensalmente e
empreendimentos e gerenciamento de prazo. reuniões semanais entre Através dos relatórios diariamente através das
relatórios apresentados Estes relatórios são o gerente de produção, mensais da consultoria de percepções de problemas
mensalmente. mensais e apresentados gerente de obras e todos gerenciamento de prazos. e desvios de
para o gerente de obra, os empreiteiros. Os produtividade no canteiro.
gerente de produção e atrasos são então
diretor técnico. Existe um identificados, seus
espaço para o gerente da motivos, e tomadas as
obra justificar eventuais decisões de
atrasos e identificar os reprogramação das
problemas que os atividades para que o
causaram e também prazo final seja mantido,
apresentar atividades que assim ocorrem,
foram antecipadas. alterações nas equipes,
antecipações de etapas e
até mesmo alterações de
sequencia.
225
P28 Riscos classificados quanto à FREQÜÊNCIA ver quadro Riscos x ver quadro Riscos x ver quadro Riscos x ver quadro Riscos x ver quadro Riscos x
Frequencia Frequencia Frequencia Frequencia Frequencia
P29 Riscos classificados quanto ao IMPACTO ALTO ver quadro Riscos x ver quadro Riscos x ver quadro Riscos x ver quadro Riscos x ver quadro Riscos x
Impacto Impacto Impacto Impacto Impacto
1 Entrevistas 1
2 Opinião de especialista 1
3 Análise de Sensibilidade 1
4 Análise da Árvore de Decisão 1
5 Modelagem e simulação de cenários de risco 1
6 Análise de distribuição de probabilidades 1
7 Outras:
N.A = nunca aplica R.A = raramente aplica G.A = geralmente aplica S.A= sempre aplica
227
9 Outras:
N.A = nunca aplica R.A = raramente aplica G.A = geralmente aplica S.A= sempre aplica
228
EMPRESA 2
1 INTRODUÇÃO
No estudo de caso piloto, não foi possível validar as questões P34 a P39, devido ao
fato de só um entrevistado participar do processo de gerenciamento de riscos. Assim
este relatório tem a finalidade de apresentar :
2 VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
1a8
9 √ √ √
10 √ √ √ .
11 √ √ √
12 √ √ √
232
13 √ √ √
14 √ √ √
15 √ √ √
16 √ √ √
17 √ √ √
18 √ √ √
19 √ √ √
20 √ √ √ .
21 √ √ √
22 √ √ √
23 √ √ √
24 √ √. √
25 √ √ √
26 √ √ √
27 √ √ √
28 √ √ √
29 √ √ √
30 √ √ √
31 √ √ √
32 √ √ √
33 √ √ √
34 √ √ √
Dúvida sobre o . - Dúvidas sobre terminologia
35 √ conceito de √ serão atendidas com a inclusão
Técnica Delphi de um glossário ao questionário
36 √ √ √
233
38 √ √ √
39 √ √ √
40 √ √ √
A questão P28, referente a causas dos problemas relacionados a prazo que motivam
as reprogramações, foi incluída nesta revisão e não apresentou dúvidas quanto à
formulação e terminologia adotadas. Esta questão foi incluída, pois todos
entrevistados no estudo de caso piloto, relacionaram causas de problemas em
respostas anteriores.
- Organograma da empresa
235
- Relatório de planejamento
O cronograma inicialmente aprovado na validação do empreendimento e
novamente revisado pelo engenheiro residente e pela empresa terceirizada na
prestação de serviços em gerenciamento de prazos. O cronograma baseline é
estabelecido com base nos processos de produção é adaptado para cada novo
empreendimento, de acordo com suas características particulares, mas de modo
geral segue um mesmo modelo. Este baseline é monitorado pela empresa
terceirizada.
Cargo
Supervisor de planejamento Coordenador de Planejamento Técnico Coordenador de Controle de Custos
P11 Existe planejamento estratégico Sim, existe. Estou a pouco tempo na empresa Existe e ele é transmitido a todos através do Existe, temos as metas da empresa, que se
mas, percebe-se através das metas dos manual de qualidade que estabelece metas de desdobram em metas de departamentos e
departamentos e metas pessoais que existe funcionários e departamentos, que são metas individuais. Para cumprí-las
um planejamento estratégico que define as avaliadas mensalmente. estabelecemos planos de ações, identificando
metas, que são bem definidas e tem sido a contribuição de cada um para atingir as
monitoradas pela empresa. metas da empresa.
P12 Alcance de metas estabelecidas no planejamento estratégico Sim. A empresa alcançou a meta de vendas Sim. Acabamos de alcançar a meta de vendas Analisando empreendimentos individualmente,
no ano passado. Cada departamento tem sua do semestre e estamos atendendo as às vezes existem empreendimentos algumas
meta, por exemplo no meu departamento, expectativas de custos e prazo. distorções, porém no conjunto dos
temos metas de redução de custos, controle empreendimento a empresa está alcançando
de informação do memorial e material de as metas.
venda e essas metas tem sido definidas,
controladas e tem sido atendidas.
240
Cargo
Supervisor de planejamento Coordenador de Planejamento Técnico Coordenador de Controle de Custos
1 Gerenciamento de Integração 1
2 Gerenciamento de Escopo
3 Gerenciamento de Prazo 1 1
4 Gerenciamento de Custo 1 1
5 Gerenciamento de Qualidade
6 Gerenciamento de Recursos Humanos 1
7 Gerenciamento de Comunicações (informações) 1 1 1
8 Gerenciamento de Risco 1 1 1
9 Gerenciamento de Suprimentos, Aquisições, Contratos (Procurement)
1
241
Cargo
Supervisor de planejamento Coordenador de Planejamento Técnico Coordenador de Controle de Custos
1 WBS 1 1 1
2 Decomposição de tarefas 1 1 1
3 Modelos de listas de atividades 1 1 1
4 Tarefas detalhads conf. desenvolv. 1 1 1
5 Orientação de especialistas 1 1 1
6 Outros: Procedimentos de execução
1 Diagramas de redes 1 1 1
2 Modelos de cronograma 1 1 1
3 Determinação de dependencias 1 1 1
5 Det. de atrasos e antecipações 1 1 1
6 Outros: Procedimentos de execução
1 Orientação de especialistas 1 1 1
2 Análise de métodos alternativos 1 1 1
3 Estimativa baseada na produção da empresa 1 1 1
4 Estimativa baseada na produção de publicações 1 1 1
5 Software 1 1 1
6 Outras
1 Orientação de especialistas 1 1 1
2 Analogia a atividades semelhantes 1 1 1
3 Estimativa paramétrica 1 1 1
4 Estimativa dos 3 pontos 1 1 1
5 Estimativa considerando reservas 1 1 1
6 Outras
N.A = nunca aplica R.A = raramente aplica G.A = geralmente aplica S.A= sempre aplica
242
Cargo
Supervisor de planejamento Coordenador de Planejamento Técnico Coordenador de Controle de Custos
1 Relatórios de progresso 1 1 1
2 Controle de alterações 1 1 1
3 Medições de desempenho 1 1 1
4 Gráfico de barras (progr/realizado) 1 1 1
5 Valor Agregado (Earned Value) 1 1 1
6 Software 1 1
7 Outras 1 1 1
1 Lista de atividades 1 1 1
3 Lista de marcos importantes do cronograma (milestones) 1 1 1
4 Identificação de recursos necessários (tipos e quantidades) 1 1 1
5 Calendário de recursos 1 1 1
6 Estimativa da duração de atividades 1 1 1
7 Indicação de possíveisdurações para as atividades 1 1 1
8 Diagramas de rede de cronograma (PDM ou ADM) 1 1 1
9 Gráfico de barras (Gantt Chart) 1 1 1
10 Gráfico de marcos do cronograma (Milestones Charts) 1 1 1
11 Medições de desempenho do cronograma 1 1 1
12 Recomendações de ações corretivas 1 1 1
13 Registro de lições aprendindas 1 1 1
14 Outras: 1 1 1
P26 Existem problemas ou dificuldades em relação a prazos? Qual a frequencia Existem dificuldades em relação aos prazos e Existem e ocorrem com certa frequencia, Existem, ocorrem em pelo menos 40% dos
das reprogramações? a sequencia. Nosso cronograma é muito porém os atrasos tem sido recuperados, sem empreendimentos. Alguns problemas são
apertado e existem momentos em que temos causar impacto no prazo final de entrega da revertidos e não alteram o prazo planejado,
muitos serviços acontecendo no mesmo obra, porque assim que um desvio é detectado outros não são revertidos e o empreendimento
espaço. As reprogramações ocorrem com um plano de ação é traçado para recuperar o acaba invadindo o prazo de carência.
freqüência. prazo.
N.A = nunca aplica R.A = raramente aplica G.A = geralmente aplica S.A= sempre aplica
243
Cargo
Supervisor de planejamento Coordenador de Planejamento Técnico Coordenador de Controle de Custos
P27 Como é feita a descoberta de problemas em relação a prazo? Ao enviar o orçamento para a empresa Antes de iniciar a obra, o gerente de obra A distribuição e acompanhamento de metas
terceirizada em gerenciamento de prazo, esta revisa o planejamento preliminar. A atenção aos empreiteiros é feita semanalmente. A
já nos dá um retorno da dificuladade de maior é dada ao caminho crítico. Qualquer empresa terceirizada na prestação de serviços
cumprimentos de prazos. Durante a desvio detectado nos leva a traçar um plano de planejamento também apresenta o relatório
implantação, as descobertas acontecem ao se de ação para recuperá-lo. O acompanhamento de progresso das atividades executadas
descobrirem detalhes de execução que do andamento físico é feito pelo gerente da comparadas as planejadas. O engenheiro
acabam consumindo mais tempo do que o obra com o apoio da empresa terceirizada em residente é responsável pela avaliação dos
estimado ou alterando a sequencia de gerenciamento. São feitas reuniões mensais desvio e traçado de plano de ações para
execução. para avaliação do andamento físico e recuperar desvios de prazos. Mensalmente
estabelecimento de metas e reuniões são apresentados relatórios de status do
semanais de acompanhamento e andamento físico e financeiro da obra e
monitoramento das metas estabelecidas com planejamento de ações de recuperação de
cada empreiteiro. desvios para a gerência técnica que avalia a
coerência das metas.
P28 Quais são os motivos que acabam levando as reporgramações e ajustes de Sub-avaliação de peculiaridades e detalhes de O cronograma tem prazos otimistas e muito Principalmente mobilização, quando o prazo
cronograma? execução. Empreiteiros que não conseguem justos. Os problemas geralmente estão estabelecido para início da obra não é
cumprir prazos e precisam ser trocados. associados a chuvas que atrasam os serviços atendido, geralmente porque o engenheiro
ou a produtividade do empreiteiro. ainda está terminando outra obra, estamos
tentando antecipar esta mobilização para
evitar a redução dos prazos. O gerenciamento
dos empreiteiros também é um fator
importante, pois todo o suporte de
gerenciamento e metas é feito pelo engenheiro
residente, pois os empreiteiros não tem essa
figura, estamos investindo na qualificação dos
supervisores e mestres dos empreiteiros, para
que também possam traçar planos de ações
corretivas.
244
Cargo
Supervisor de planejamento Coordenador de Planejamento Técnico Coordenador de Controle de Custos
Cargo
Supervisor de planejamento Coordenador de Planejamento Técnico Coordenador de Controle de Custos
1 Entrevistas 1 1 1
2 Opinião de especialista 1 1 1
3 Análise de Sensibilidade 1 1 1
4 Análise da Árvore de Decisão 1 1 1
5 Modelagem e simulação de cenários de risco 1 1 1
6 Análise de distribuição de probabilidades 1 1 1
7 Outras:
N.A = nunca aplica R.A = raramente aplica G.A = geralmente aplica S.A= sempre aplica
246
Cargo
Supervisor de planejamento Coordenador de Planejamento Técnico Coordenador de Controle de Custos
9 Outras:
EMPRESA 3
1 INTRODUÇÃO
No segundo estudo de caso as questões P34 a P39, que não haviam sido validadas no
estudo de caso piloto, foram aplicadas e validadas. A aplicação do questionário neste
terceiro estudo de caso, atendeu as considerações sobre o entendimento da
formulação da questão e a terminologia adotada.
- Organograma da empresa
Confirma a informação obtida nas entrevistas sobre a estrutura organizacional
funcional da empresa, estabelecimento de metas e o fluxo de informações e
tomada de decisões.
Cargo
Gerente de Empreendimentos Gerente de Planejamento
P7 Região com maior expressividade Zona Sul (Itaim/ Morumbi/ Pananby) Zona Oeste (Alto de
Pinheiros)
P8 Tipo de estrutura organizacional
P11 Existe planejamento estratégico Existe, não tenho muitos dados sobre ele, porém as metas não Existe. Estamos investindo no planejamento estratégico da
são divulgadas em função da junção da incorporadora com a empresa com plano de metas e planejamento de resultados. O
construtora. departamento de engenharia possui planejamento estratégico
com plano de metas e expectativas de resultados.
P12 Alcance de metas estabelecidas no planejamento estratégico Tem atendido as metas de cada empreendimento em relação Sim, têm atendido. Não significa que estejamos satisfeitos,
as expectativas de rentabilidade, apesar de termos alguns estamos buscando melhorias.
problemas com custo e prazos.
Cargo
Gerente de Empreendimentos Gerente de Planejamento
1 Gerenciamento de Integração 1
2 Gerenciamento de Escopo 1
3 Gerenciamento de Prazo
4 Gerenciamento de Custo
5 Gerenciamento de Qualidade 1
6 Gerenciamento de Recursos Humanos 1
7 Gerenciamento de Comunicações (informações) 1 1
8 Gerenciamento de Risco 1
9 Gerenciamento de Suprimentos, Aquisições, Contratos (Procurement)
256
Cargo
Gerente de Empreendimentos Gerente de Planejamento
P18 Em que se baseiam os procedimentos Definição de coordenadores e gerentes/ Orientação de Definição de coordenadores e gerentes/ Orientação de
especialistas especialistas/ Procedimentos Internos
1 WBS 1 1
2 Decomposição de tarefas 1 1
3 Modelos de listas de atividades 1 1
4 Tarefas detalhads conf. desenvolv. 1 1
5 Orientação de especialistas 1 1
6 Outros: Procedimentos de execução
1 Diagramas de redes 1 1
2 Modelos de cronograma 1 1
3 Determinação de dependencias 1 1
5 Det. de atrasos e antecipações 1 1
6 Outros: Procedimentos de execução 1
1 Orientação de especialistas 1 1
2 Análise de métodos alternativos 1 1
3 Estimativa baseada na produção da empresa 1 1
4 Estimativa baseada na produção de publicações 1 1
5 Software 1
6 Outras
1 Orientação de especialistas 1 1
2 Analogia a atividades semelhantes 1 1
3 Estimativa paramétrica 1 1
4 Estimativa dos 3 pontos 1 1
5 Estimativa considerando reservas 1 1
6 Outras
N.A = nunca aplica R.A = raramente aplica G.A = geralmente aplica S.A= sempre aplica
257
Cargo
Gerente de Empreendimentos Gerente de Planejamento
1 Relatórios de progresso 1 1
2 Controle de alterações 1 1
3 Medições de desempenho 1 1
4 Gráfico de barras (progr/realizado) 1 1
5 Valor Agregado (Earned Value) 1 1
6 Software 1
7 Outras 1
1 Lista de atividades 1 1
3 Lista de marcos importantes do cronograma (milestones) 1 1
4 Identificação de recursos necessários (tipos e quantidades) 1 1
5 Calendário de recursos 1 1
6 Estimativa da duração de atividades 1 1
7 Indicação de possíveisdurações para as atividades 1 1
8 Diagramas de rede de cronograma (PDM ou ADM) 1 1
9 Gráfico de barras (Gantt Chart) 1 1
10 Gráfico de marcos do cronograma (Milestones Charts) 1 1
11 Medições de desempenho do cronograma 1 1
12 Recomendações de ações corretivas 1 1
13 Registro de lições aprendidas 1 1
14 Outras: Linhas de Fluxo 1
P26 Existem problemas ou dificuldades em relação a prazos? Qual a frequencia Existem e ocorrem com uma frequencia média. Existem problemas, dificilmente um cronograma é cumprido
das reprogramações? exatamente como planejado. As reprogramações tem sido feito
a cada 2 meses, mas gostaríamos que fosse feita
mensalmente. Existe também uma certa dificuldade dos
engenheiros da obra na utilização da ferramenta (MS Project)
para atualização dos prazos.
N.A = nunca aplica R.A = raramente aplica G.A = geralmente aplica S.A= sempre aplica
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P27 Como é feita a descoberta de problemas em relação a prazo? O acompanhamento de tarefas é feito semanalmente, com o Existe um acompanhamento da evolução da obra, através dos
auxilio do MS Project e das Linhas de Fluxo, comparando ao diários de obra e acompanhamento fotográfico e através da
baseline. comparação ao cronograma. O diretor da área de engenharia
tem visitas mensais programadas em todas as obras, o gerente
de planejamento acompanha com uma frequencia maior as
obras conforme a etapa em que ela se encontra.
P28 Quais são os motivos que acabam levando as reprogramações e ajustes de O retrabalho devido as personalizações do apartamentos e Problemas com estimativas de custos que acarretam em maior
cronograma? indefinições de projetos e acabamentos. Problemas de tempo no estudo de alternativas de contratação para atenuar o
suprimentos de itens que não são fechados à tempo para impacto do desvio de custo. Problemas com alteração de
serem utilizados, em função de negociações, geralmente por sequencia de atividades nas obras.
estarem acima do custo estimado, levando mais tempo nas
negociações e busca de alternativas.
IV) Gerenciamento de riscos
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P32 Há procedimento formais para gerenciamento de riscos Não, mas existem procedimentos informais aplicados a alguns Não, mas existem procedimentos informais aplicados a alguns
empreendimentos. empreendimentos.
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1 Entrevistas 1 1
2 Opinião de especialista 1 1
3 Análise de Sensibilidade 1 1
4 Análise da Árvore de Decisão 1 1
5 Modelagem e simulação de cenários de risco 1 1
6 Análise de distribuição de probabilidades 1 1
7 Outras:
9 Outras:
N.A = nunca aplica R.A = raramente aplica G.A = geralmente aplica S.A= sempre aplica
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