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Gestão de Projetos: Teoria, Prática e Tendências

Book · January 2014

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3 authors:

Daniel Jugend Sanderson César Macêdo Barbalho


São Paulo State University University of Brasília
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da Silva, Sergio Luis


Universidade Federal de São Carlos
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MAPROEx - Estudo Logístico de Material do Exército Brasileiro View project

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Gestão
de Projetos

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Gestão
de Projetos
Teoria, prática
e tendências

DANIEL JUGEND, SANDERSON


CÉSAR MACÊDO BARBALHO
E SÉRGIO LUIS DA SILVA

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2014, Elsevier Editora Ltda.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei no 9.610, de 19/02/1998.
Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser re-
produzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos,
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Revisão Gráfica: Gabriel Pereira
Editoração Eletrônica: Thomson Digital
Elsevier Editora Ltda.
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ISBN 978-85-352-7260-4
ISBN (versão eletrônica) 978-85-352-7261-1
Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem
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solicitamos a comunicação ao nosso Serviço de Atendimento ao Cliente, para que possamos
esclarecer ou encaminhar a questão.
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CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO


SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

J92g
Jugend, Daniel
Gestão de projetos : teoria, prática e tendências / Daniel Jugend, Sanderson César
Macêdo Barbalho, Sérgio Luis da Silva. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2014.
il. ; 24 cm.
ISBN 978-85-352-7260-4
1. Administração de projetos 2. Gestão por competências. I. Barbalho, Sanderson
César Macêdo. II. Silva, Sérgio Luis da. III. Título.
14-14197 CDD: 658.404
CDU: 65.012.3

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À minha amada filha Ana Laura.
Daniel Jugend

Dedico este livro à Jade, pelas belas gargalhadas em conjunto, à Sophia, pela com-
panhia nas diversas brincadeiras que inventamos para passar o tempo e à Rennê,
parceira de minhas maiores aventuras.
Sanderson César Macêdo Barbalho

Dedico esse livro aos realizadores de grandes obras e projetos, notavelmente ilus-
trados na obra A chave estrela, de Primo Levi, que desafiam com o trabalho e a
iniciativa as angústias e incertezas humanas que permeiam o empreendimento de
toda grande ideia.
Sérgio Luis da Silva

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Sobre os organizadores

Daniel Jugend
Administrador formado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mes-
quita Filho (UNESP). Mestre e doutor em Engenharia de Produção pela
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atualmente é o coordenador
do curso de graduação em Engenharia de Produção e professor dos cursos de
graduação e de pós-graduação do Departamento de Engenharia de Produção
da UNESP – Faculdade de Engenharia de Bauru (FEB). Possui diversos artigos
publicados sobre gestão de projetos de produtos em periódicos e congressos
nacionais e internacionais. Atua como pesquisador nas áreas de gestão do
desenvolvimento de produtos e gestão da inovação. É integrante do Grupo
de Gestão de Sistemas e Operações do Departamento de Engenharia de
Produção da FEB/UNESP.
Sanderson César Macêdo Barbalho
Graduado em Engenharia Eletrônica pela Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. Mestre em Engenharia Mecânica com ênfase em Gerência
da Produção pela mesma universidade. Doutor em Engenharia Mecânica
no Núcleo de Manufatura Avançada da USP-São Carlos. Possui certifi-
cação PMP pelo PMI. Ampla experiência em gerenciamento de projetos,
desenvolvimento de novos produtos, modelagem e melhoria de processos,
gerenciamento de Unidades de Negócios, PMO. Atuou na gestão de projetos
nas seguintes áreas: Espacial, Aeronáutica, Defesa, Médica, Agropecuária,
Governamental e em Universidades Públicas. Trabalhou no gerenciamento
do projeto da primeira câmera de satélite desenvolvida no Hemisfério
Sul, em parceria com o INPE e diversas empresas brasileiras e chinesas. É
professor do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade
de Brasília (UnB), atua no mestrado acadêmico em sistemas mecatrônicos
na UnB e no mestrado profissional em Engenharia de Produção no Cen-
tro Universitário de Araraquara onde desenvolve pesquisas em gestão de
projetos e desenvolvimento de produtos. vii

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viii Sobre os organizadores

Sérgio Luis da Silva


Graduado em Engenharia de Materiais e Mestre em Engenharia de Produção,
ambos pela Universidade Federal de São Carlos, é Doutor em Engenharia
Mecânica pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de
São Paulo. Atualmente é professor Associado da Universidade Federal de São
Carlos - UFSCar, onde atua como docente desde 1995. Pesquisa e orienta
em temas multidisciplinares na área de Engenharia de Produção e Ciências
da Informação, com ênfase na gestão do conhecimento e de portfólios
no processo de desenvolvimento de produtos e projetos. Orientador no
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UFSCar desde
2003. É um dos autores do livro Gestão de desenvolvimento de produtos: uma
referência para a melhoria de processos e possui parceiros de pesquisa em
diversos artigos publicados em conceituados periódicos científicos da área.

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Sobre os autores

Andrea Cristina dos Santos


Graduada em Engenharia Química, habilitação em Engenharia de Alimentos
pela Universidade Federal de Santa Catarina (1997), possui mestrado (2004)
e doutorado (2008) em engenharia mecânica pela Universidade Federal de
Santa Catarina, na área de Projeto de Sistemas Mecânicos. Tem experiência
na indústria na área de Qualidade de Produto e Processo. Atualmente é
professora adjunta do Departamento de Engenharia de Produção da
Universidade de Brasília e Professor do Programa de Pós-Graduação em
Sistemas Mecatrônicos da Universidade de Brasília, na linha de pesquisa
Engenharia de Produtos Mecatrônicos, atuando principalmente nos seguintes
temas: métodos e técnicas de apoio ao desenvolvimento de produtos, DFX,
Engenharia Colaborativa e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.
Antonio Fernando Crepaldi
Doutor em Física pelo Instituto de Física Teórica (Universidade Estadual
Paulista). Mestre em Engenharia de Produção (Universidade Federal de
São Carlos), Físico pelo Instituto de Física de São Carlos (Universidade
de São Paulo) e Economista (Instituição Toledo de Ensino). Foi chefe do
Departamento de Engenharia de Produção da Faculdade de Engenharia de
Bauru da Universidade Estadual Paulista. Trabalha com modelagem mate-
mática do mercado financeiro, econofísica e modelos baseados em agentes.
Camila de Araujo
Bacharel em Sistemas de Informação pela Universidade Estadual Paulista
(Unesp) de Bauru (2004), mestre (2006) e doutora (2012) em Engenharia
de Produção pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de
São Paulo (EESC-USP), com período de mobilidade na Faculdade de Engenha-
ria da Universidade do Porto. Coautora do livro Gerenciamento Ágil de
Projetos: aplicação em produtos inovadores (Saraiva, 2011), juntamente com o
Prof. Dr. Daniel Capaldo Amaral, Dr. Edivandro Carlos Conforto e Dr. João ix

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x Sobre os autores

Luís Guilherme Benassi. Tem experiência na área de Sistemas de Informação


e Engenharia de Produção, com ênfase em Gerenciamento de Projetos
de Desenvolvimento de Produtos e softwares de apoio. Atua principal-
mente nos seguintes temas: Gerenciamento de Projetos, Gerenciamento Ágil
de Projetos, Softwares de Gerenciamento de Projetos, Desenvolvimento de
Produto e Design de Interação.
Daniel Capaldo Amaral
Doutor em Engenharia Mecânica pela Escola de Engenharia de São Carlos
(EESC-USP), em 2002. Mestre e Engenheiro de Produção pela Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar), em 1993. Desde 2001 atua como professor
do Departamento de Engenharia de Produção da EESC-USP, responsável
pela disciplina de Gerenciamento de Projetos, oferecida para as diversas
modalidades de engenharia da unidade e para o curso de Bacharelado
em Ciência da Computação. Desde 2005 pesquisa o gerenciamento ágil
de projetos, com ênfase na aplicação de produtos inovadores da área de
manufatura. Os trabalhos no tema resultaram em registros de softwares,
artigos em periódicos científicos e no livro Gerenciamento Ágil de Projetos.
As pesquisas sobre gerenciamento ágil foram reconhecidas com prêmios
por sociedades internacionais importantes na área de gestão de projetos,
como PMI, IPMA e o Project Management Institute Educational Foundation
(PMIEF). Ministra também a disciplina Processo de Desenvolvimento de
Produtos (PDP) para graduandos em Engenharia de Produção. Coautor do
livro Gestão de Desenvolvimento de Produto, foi presidente do Instituto de Ges-
tão de Desenvolvimento de Produtos (IGDP) e é um dos coordenadores do
Grupo de Engenharia Integrada, aonde desenvolve pesquisas sobre aplicação
de gerenciamento ágil de projetos em empresas de base tecnológica. Atua
desde 1994 na área de gestão de novos produtos e inovação. Trabalhou neste
período também como consultor para melhoria do PDP em empresas de
renome internacional, desenvolveu protótipos de sistemas computacionais
para engenharia colaborativa, estudos de implantações de sistemas para
gestão do PDP e propostas de métodos e ferramentas para o ensino de
desenvolvimento de produto e planejamento da inovação.
Fábio Henrique Trovon de Carvalho
Graduado em Engenharia Elétrica com ênfase em Eletrônica pela Escola de
Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. Possui mestrado
em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia de São Carlos da
Universidade de São Paulo na área de Processos e Gestão de Operações
com foco em Gerenciamento Ágil de Projetos aplicado ao desenvolvimento

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Sobre os autores xi

de novos produtos e MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio


Vargas. Trabalha há 20 anos como gestor de projetos em empresas multi-
nacionais como Rhodia, Accenture e Faber-Castell. Atua como Innovation
Expert na Faber-Castell e foi membro do Centro de Referência em Inovação
da Fundação Dom Cabral de 2009 a 2013.
Edivandro Carlos Conforto
Graduado em Administração de Empresas pela Faculdade de Americana
(2005), possui mestrado pela Universidade de São Paulo (2009) e dou-
torado pela Universidade de São Paulo (2013). Atualmente é Pesquisador
Afiliado do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Sociotechnical Sys-
tems Research Center (SSRC/CEPE). No MIT é responsável por projetos de
pesquisa em nível global atuando nas áreas de inovação e desenvolvimento
de produtos, gestão de projetos, Lean Development, Program Management
e Systems Engineering aplicados em empresas globais e norte-americanas
de diversos setores, tais como Aeroespacial, Defesa, Bens de Capital, Cons-
trução Naval, Tecnologia da Informação, Consultoria e Governo. Possui
reconhecimento internacional oferecido por instituições como PMI® (Es-
tados Unidos), IPMA® (Holanda) e Production and Operations Management
Society (Estados Unidos) por seu trabalho pioneiro em Gerenciamento Ágil
de Projetos. É autor de artigos publicados em nível nacional e internacional
e coautor do primeiro livro sobre gerenciamento ágil publicado no Brasil
(Saraiva, 2011).
Ethel Cristina Chiari da Silva
Graduada em Engenharia de Produção e de Materiais pela Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar), em 1990; Mestre em Engenharia (área
de concentração: Engenharia Mecânica) pela Escola de Engenharia de São
Carlos/Universidade de São Paulo – EESC/USP em 1994 e Doutora em Enge-
nharia (área de concentração: Engenharia Mecânica) pela mesma instituição
em 1999. Atuou por 5 anos em empresa de médio porte do setor metal
mecânico, sendo consultora interna nas áreas de planejamento e controle da
produção e gestão de pessoas. É coordenadora do Curso de Graduação em
Engenharia de Produção do Centro Universitário de Araraquara (UNIARA)
e, na mesma instituição, está vinculada ao Programa de Mestrado Profis-
sional em Engenharia de Produção. Atuou como professora do Departa-
mento de Engenharia de Produção da EESC/USP e também na Faculdade
de Tecnologia de Taquaritinga (FATEC). Foi Diretora do Departamento de
Desenvolvimento Econômico da Secretaria Municipal de Desenvolvimento
Sustentável, Ciência e Tecnologia da Prefeitura Municipal de São Carlos por

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xii Sobre os autores

um período de 8 anos. Participou como membro titular do COMCITI –


Conselho Municipal de Ciência Tecnologia e Inovação de São Carlos (2007
a 2009); participou como membro titular do Conselho Municipal da Micro
e Pequena Empresa de São Carlos (COMMPE) (2009 a 2012) e também
como membro titular da Comissão Municipal de Emprego do Município de
São Carlos (2011 a 2012). Área de atuação: gestão da produção e operações
e gestão de pessoas.
Fernando Bernardi de Souza
Possui graduação em Engenharia de Produção Mecânica pela Univer-
sidade de São Paulo (1994), mestrado em Engenharia Mecânica pela
Universidade de São Paulo (1997), doutorado em Engenharia Mecânica
pela Universidade de São Paulo (2001) e Livre Docência pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Atualmente é professor
adjunto do curso de Engenharia de Produção da Faculdade de Engenharia
de Bauru, da UNESP. Tem experiência na área de Engenharia de Produção,
atuando principalmente nos seguintes temas: Sistemas de Planejamento
e Controle da Produção, Gestão da Cadeia de Suprimentos, Manufatura
Enxuta, Teoria das Restrições e Gerenciamento de Projetos.
João Carlos Félix Souza
Graduado e Mestre em Estatística pela Universidade de Brasília (UnB) com
especialização em TI pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Doutor
em Economia pela Universidade de Brasília (UnB). Foi gerente das áreas de
Estratégia, Controladoria e Risco do Banco do Brasil. Foi coordenador do
projeto de implantação do Risco Operacional em IF na Febraban. Atualmen-
te é professor e pesquisador do Departamento de Engenharia de Produção
da Faculdade de Tecnologia da UnB. Professor em disciplinas de Gestão de
Projetos, Engenharia Econômica, Gestão de Riscos e Controle Estatístico
de Qualidade e Processos. Participa do Programa de Pós Graduação em
Computação Aplicada (PPCA) do Departamento de Ciência da Computação
do IE/UnB.
João Mello da Silva
Engenheiro Mecânico pela Escola de Engenharia de São Carlos, mestre
em Análise de Sistemas e Aplicações pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais, MS e PhD em Pesquisa Operacional pela Case Western Reserve
University. Professor da Universidade Federal de São Carlos, ajudou a im-
plantar o Curso de Engenharia de Produção na instituição. Atuou na área
de Engenharia de Produção de Serviços de Telecomunicações, inicialmente

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Sobre os autores xiii

como Engenheiro da Telebrás e da Brasil Telecom e depois sócio de em-


presa de consultoria. Professor associado da Faculdade de Tecnologia da
Universidade de Brasília, atualmente é o Coordenador de Graduação de
Engenharia de Produção da UnB. Tem sido responsável pela cadeira de
Gestão de Riscos do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança
do Trabalho da UnB. Áreas de interesse de pesquisa incluem Maturidade
e Criação de Valor em Sistemas de Produção, particularmente via Gestão
de Projetos, Gestão de Riscos e Educação em Engenharia de Produção.
Integra o corpo de orientadores do Programa de Mestrado Profissional em
Computação Aplicada da UnB na área de Gestão de Riscos.
José Carlos de Toledo
Graduado em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo
(1979), possui mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (1985) e doutorado em Engenharia de Produção
pela Universidade de São Paulo (1993). É Professor titular do Departamento
de Engenharia de Produção e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia
de Produção da Universidade Federal de São Carlos. Atua principalmente
nos seguintes temas: Sistemas de Gestão da Qualidade, Gestão da Melhoria
Contínua, Métodos para Melhoria Contínua, Gestão da Qualidade em
Serviços de Saúde, Gestão do Desenvolvimento de Produto, Controle Es-
tatístico de Processos e Coordenação da Qualidade em Cadeias de Produção.
Humberto Rossetti Baptista
Graduado em Ciência da Computação pelo Instituto de Matemática e Estatís-
tica da Universidade de São Paulo (1992), mestre em Ciência da Computa-
ção pelo Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo
(1998). Possui MBA em Business Administration pela Scuola de Direzione
Aziendale Luigi Bocconi (SDA Bocconi, 2003). É CEO e fundador da Vectis
Solutions, uma empresa dedicada a implementações TOC, foi membro do
Goldratt Group (TOC Expert na Goldratt Consulting e TOC Professor na
Goldratt Schools). Certificado em TOC pela TOCICO (Fundamentals, Sup-
ply Chain, Project Management and Finance and Measurements). Liderou
projetos desde Visões Viáveis (Viable Vision) em empresas de Bens de
Consumo e Varejo até implementações funcionais em manufatura, projetos
e serviços. Traduziu materiais de referência (TOC Insights, material didático
da Godratt Schools, GWS em CCPM e árvores de Estratégia e Tática de Visão
Viável – Viable Vision S&Ts), treinou Experts em Aplicações TOC em Logís-
tica (Produção e Distribuição), Gestão De Projetos e Vendas e Marketing
e Líderes de Projetos em vários países. Seus interesses incluem: Princípios

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xiv Sobre os autores

TOC, Árvores de Estratégia e Tática, Finanças TOC, Varejo TOC, TOC para
organizações sem fins lucrativos, TOC4E entre outros.
Luís Fernando Magnanini de Almeida
Graduado em Engenharia Física pela Universidade Federal de São Carlos
(2009), possui mestrado em Engenharia de Produção pela mesma ins-
tituição (2012). É atualmente analista em uma empresa de Engenharia
de Eventos, tendo participado de projetos de nível internacional, dentre
eles: Fórmula 1 (2012); Fórmula Indy (2013); X Games (2013) e Copa do
Mundo de Futebol – FIFA (2014). Também já atuou em consultorias além
de participar da elaboração de materiais e na tutoria em MBAs na área de
gestão de projetos. Seus principais temas de trabalho são relacionados ao
Gerenciamento de Projetos, Gerenciamento Ágil de Projetos, Gestão do
Conhecimento, Gestão da Qualidade e Desenvolvimento de Produtos.
Marcelo Gitirana Gomes Ferreira
Graduado em engenharia mecânica pela Universidade Federal de Pernam-
buco (1993), possui mestrado (1997) e doutorado (2006) em engenharia
mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina, na área de Projeto
de Sistemas Mecânicos. É professor adjunto do Departamento de Design
da Universidade do Estado de Santa Catarina. Tem experiência na área de
Engenharia Mecânica e de Produção, com ênfase em Desenvolvimento
de Produtos, atuando principalmente nos seguintes temas: Ergonomia e
Usabilidade. Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva, Metodologia de Proje-
to, Desenvolvimento Colaborativo de Produtos, Sustentabilidade no Projeto.
Maria Angélica Castellani
Graduada em Computação Científica pela Universidad Nacional de La
Plata, Argentina. MBA em Gerenciamento de Projetos e MBA em Negócios
Internacionais, ambas pela Fundação Getúlio Vargas. Educação Conti-
nuada: Gestão Estratégica do Conhecimento, Fundação Vanzolini. Possui
certificações PMP pelo Project Management Institute (PMI) e Scrum Master
(CSM) e Scrum Developer (CSD) pela Scrum Alliance. Ampla experiência
em Gerenciamento de Projetos, melhoria de processos, PMO, Change
Management e Gestão de Conhecimento. Atua há mais de 20 anos como
consultora em Gerenciamento de Projetos e Processos (BPM – Business
Process Management). Ampla experiência internacional (Mercosul). Sócia
Diretora da FIXE Consulting & Training desde 1999. Professora do curso de
pós-graduação (Lato Sensu) em Gerenciamento de Projetos do Senac Santos,
professora do MBA de Gestão de Projetos na HSM Educação e do MBA em

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Sobre os autores xv

Gestão de Projetos e Negócios da Faculdade de Engenharia de Sorocaba


(FACENS), entre outras.Colunista do Blog da Revista Mundo PM.Gerente
voluntária do Programa da Newsletter do PMI São Paulo (e-news) desde
2008. Premiada como Volunteer of the Year Award 2012 – Project Manager,
Diretoria de Comunicação do PMI São Paulo.
Marly Monteiro de Carvalho
Professora livre-docente da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
(POLI/USP). Coordena o Curso de Especialização em Gestão de Projetos
(USP/FCAV) e o Laboratório de Gestão de Projetos (LGP/USP – http://www.
pro.poli.usp.br/lgp). Possui graduação (USP), mestrado e doutorado (UFSC)
em Engenharia de Produção, e pós-doutorado no Politécnico de Milão.
Autora de 12 livros e vários artigos publicados no Brasil e no exterior.
Mario Orestes Aguirre González
Graduado em Engenharia Industrial pela Universidad Nacional de Ingenieria
Peru (2000). Possui mestrado em Engenharia de Produção pela Universi-
dade Federal do Rio Grande do Norte (2005) e doutorado em Engenharia
de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (2010). Especialista
em Gestão da Qualidade Total (2004) e em Gestão da Inovação Tecnoló-
gica, na abordagem Open Innovation (2010). Atualmente é professor do
Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte e docente e pesquisador do programa de pós-graduação em
Engenharia de Produção da UFRN. É presidente do Instituto Brasileiro de
Gestão de Desenvolvimento do Produto (IGDP). Coordena o grupo de pes-
quisa Cri-Ação (inovação de produtos e processos para a cadeia de energia
eólica e novas fontes renováveis). Exerce atividades de ensino, pesquisa e ex-
tensão nos temas: Inovação de Produtos e Processos em Redes de Operações
Globais; Cadeias de Energia Eólica e Novas Renováveis e Métodos e Técnicas
Aplicados à Inovação de Produtos e Processos Produtivos.
Mateus Jonsson de Almeida
Bacharel em Química pela Universidade Estadual de Londrina (2009),
MBA em Gestão Industrial pela Fundação Getulio Vargas (2012) e mes-
trando em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo. Atuou
em multinacionais nas áreas de Desenvolvimento de Produto (Pesquisa
e Desenvolvimento) e Controle de Qualidade. Possui conhecimento e
vivência em: ISO 9001, IS0 14001, ISO 22000, ISO 17025, OHSAS 18001
e Movimento 5S. Atualmente trabalha com consultoria como Agente Local
de Inovação (SEBRAE/CNPq), sendo responsável pelo acompanhamento de

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xvi Sobre os autores

50 empresas (indústrias e serviços), procurando elevar o grau de inovação


dessas empresas pelo incentivo à busca pela inovação e modernização em
práticas em serviços, produtos, infraestrutura e processos produtivos.
Mauricio Johnny Loos
Graduado em Administração, com ênfase em Gestão Empresarial, pela Fun-
dação Universidade Regional de Blumenau (2007). Possui especialização em
Engenharia de Produção pela Fundação Fritz Muller (2009) e mestrado em
Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011).
Atualmente é doutorando em Engenharia de Produção pela Universidade
Federal de Santa Catarina. Já atuou como Coordenador de PPCP na empresa
Coteminas, e exerceu a mesma função na Companhia Têxtil Karsten. Foi
professor do curso de Administração da Universidade Regional de Blumenau
(SC), e professor do curso de pós-graduação em Gestão de Compras e Su-
primentos da Universidade Federal do Ceará (UFC), lecionando Lean Supply
Chain. Atualmente é coordenador e professor do curso de pós-graduação
em Engenharia de Produção da Faculdade Farias Brito (Fortaleza/CE). Na
Karsten Nordeste, atuou como Gerente de Logística e Gerente de Unidade.
Atualmente é Gerente de Logística Interna na empresa Fatex (Três Lagoas/
MS). Possui experiência na área de Administração, com ênfase em Logística,
Planejamento, Programação e Controle da Produção.
Paulo Augusto Cauchick Miguel
Formado em Engenharia de Produção Mecânica pela Universidade Me-
todista de Piracicaba (1986), possui mestrado em Engenharia Mecânica
pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP (1992), é PhD em
Manufacturing Engineering pela Universidade de Birmingham, Inglaterra
(1996) e Livre Docente em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica
da USP (2006). Realizou pós-doutorado no Baldrige National Quality Pro-
gram no National Institute of Standards and Technology – NIST nos Estados
Unidos (2004). Trabalhou na indústria de 1986 a 1990 como engenheiro
de processos nas empresas Freios Varga (atual TRW) e na Bendix do Brasil
(atual Bosch Freios). Desde 2010, é Professor Adjunto na Universidade
Federal de Santa Catarina – UFSC e colabora no Programa de Pós-Graduação
em Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo – USP.
Simone Borges Simão Monteiro
Graduada em Engenharia Química pela Universidade Federal de Uberlân-
dia (1995), possui mestrado (1998) e doutorado (2006) em Engenharia

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Sobre os autores xvii

de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), área de


concentração Gestão da Qualidade. É professora adjunta do Departamento
de Engenharia de Produção, Faculdade de Tecnologia, e do Mestrado em
Computação Aplicada, área de concentração Gestão de Riscos, da Universi-
dade de Brasília (UnB). Orienta projetos nas áreas de Gestão da Qualidade,
Melhoria de Processos e Educação em Engenharia. Tem experiência na área
de Engenharia de Produção, com ênfase em Garantia, Controle e Gestão da
Qualidade e Gestão por Processos. Atua principalmente nos seguintes temas:
ISO 9000, Sistemas de Gestão da Qualidade, Gestão de Serviços, Ferramentas
da qualidade, Ferramentas estatísticas, Mapeamento e Melhoria de Proces-
sos, Gestão de Riscos aplicados à Qualidade e Educação em Engenharia de
Produção. Defende a ideia de um novo método de ensino-aprendizagem
(PBL – Project Based Learning) fundamentado na aprendizagem ativa
com base em projetos, para o currículo do Engenheiro de Produção da
Universidade de Brasília.

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Prefácio

Uma das melhores formas de transformar estratégias empresariais em


resultados é, sem dúvida, por meio da gestão de projetos. Mas, para que
isso seja possível, a gestão de projetos não pode ser encarada somente como
aquela recheada de técnicas e ferramentas que se constrói em meio a áreas
de conhecimento. Tem que ser uma gestão de projetos maior, madura,
consequente, que apresente interfaces com outras áreas, como se estas
fossem parte.
Falo da gestão de projetos refletida no livro Gestão de projetos: teoria, prática e
tendências, organizado por Daniel Jugend, Sanderson Barbalho e Sérgio Luís
da Silva. O livro mostra como é possível elevar a gestão de projetos a um
patamar profissional, em que a realização de transformações empresariais
possa ocorrer com organização, sem perdas, com eficiência, eficácia e res-
peito às metas estabelecidas. É uma obra desafiadora para os autores que,
sem dúvida, pode ser comparada a obras internacionais já consagradas.
Sabem por quê?
Porque o livro está muito bem estruturado. Seu design tem um recorte in-
teressante que aborda, ao mesmo tempo, temas inerentes ao projeto e seu
ambiente, e temas que apresentam relações com a organização e as práticas
gerenciais. Mais que isso, o livro vem expor gargalos importantes da dis-
ciplina de gestão de empreendimentos e propor questões atuais.
Ao tratar dos assuntos referentes aos projetos e seu ambiente, os autores
propuseram capítulos que fundamentam a Gestão de Projetos com ênfase no
Guia PMBOK® e incluíram temas como o Gerenciamento Ágil em Projetos,
Corrente Crítica, Sistema de Informação em Projeto, Sistemas Colaborativos,
Gestão do Conhecimento e Liderança e Formação de Equipes. São temas
que precisam ser expostos nas empresas para dar cabo ao desenvolvimento
dos projetos e, além do mais, fornecem respostas a uma série de questões
intrigantes e importantes no âmbito da gestão de projetos, entre elas:
xix

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xx Prefácio

1. Como gerenciar eficientemente os prazos dos empreendimentos?


2. Quais elementos gerenciais podem influenciar os resultados de prazos?
3. Como deve ser constituído um sistema inteligente de gestão de projetos?
4. Como gerar conhecimento no âmbito dos projetos par uso nas futuras
decisões?
5. Quais os requisitos para o desenvolvimento de equipes de projetos?
Como liderá-las?
6. Como montar um sistema colaborativo no âmbito da gestão de projetos?
Quais suas issues? Como podem melhorar o desempenho dos projetos?
No que se refere à organização da gestão de projetos no âmbito das em-
presas os autores apresentam um quadro também relevante sobre Gestão
de Portfólio, Escritório de Projetos, Envolvimento de Clientes, Ambientes
Virtuais e Maturidade em Gestão de Projetos. Esses temas, além de ampliar a
visão de projetos e levá-los aos corredores decisórios da organização servem,
ainda, como elementos questionadores e úteis para executivos, praticantes
e estudantes do assunto. São questões como:
1. Quais critérios são imprescindíveis para serem utilizados no processo
de escolhas representativas de empreendimentos na organização?
2. Como podemos ser mais competitivos com tais escolhas?
3. Como os escritórios de projetos podem influenciar os resultados dos
projetos?
4. Quais os principais fatores gerenciais das equipes virtuais – seus pro-
blemas e drivers?
5. Quais as relações entre maturidade da gestão de projetos e maturidade
organizacional?
No conjunto de capítulos finais os autores optaram por dar aos leitores
um panorama do ensino da disciplina em projetos, bem como apresentar
dois estudos de casos relacionados à gestão. Esses capítulos revelam as pos-
sibilidades gerenciais que expandem a gestão de projetos – o caso de uma
proposta de seleção e priorização de portfólio de novos produtos em uma
empresa do setor têxtil e o caso da Faber-Castell do Brasil no qual se estudou
a aplicação do gerenciamento ágil em projetos de inovação.
Uma leitura cuidadosa desta obra certamente dará aos leitores uma visão
bastante completa e atual da gestão de projetos. Aos executivos, trará uma
importante contribuição da visão das necessidades em gestão de projetos,
com implicações em seus investimentos. Sabe-se que, por modismo, muitas
empresas promovem cursos internos ou estimulam seus funcionários a
cursarem MBAs e especializações, sem ter uma visão conjunta de gestão de
projetos. Para eles, recomendo: leiam atentamente o livro.

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Prefácio xxi

O livro, obviamente, é útil aos estudantes de gestão de projetos. Intrinsi-


camente eles encontrarão questões de pesquisa e algumas respostas nos
capítulos do livro. Acharão, também, certamente, luz para construírem
trabalhos de graduação e pós-graduação. Para eles, também recomendo:
leiam atentamente o livro.
Por fim, gostaria de mencionar que este livro sai num momento oportuno
para nós, brasileiros: entre a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as
Olimpíadas de 2016 – ambos eventos que sediaremos e que se caracterizam
como projetos.
Que bom se o Brasil pudesse contar sempre com uma seleção de esportistas
equivalentes aos autores que escreveram este livro – teríamos um time de
primeira linha.
Neste caso, nós, leitores, não precisaríamos torcer: apenas comemorar!
Por isso, parabéns aos autores.
Roque Rabechini, Jr.
Professor do Mestrado Profissional em
Gestão de Projetos da Universidade Nove de Julho
Diretor da C&R Consultoria Empresarial Ltda.

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Sumário

SOBRE OS ORGANIZADORES ................................................................................... vii


SOBRE OS AUTORES .................................................................................................... ix
PREFÁCIO ................................................................................................................... xix
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ xxv

CAPÍTULO 1 Fundamentos do PMBOK .................................................................. 1


CAPÍTULO 2 Gestão de portfólio de projetos: métodos e práticas..................... 27
CAPÍTULO 3 Liderança e formação de equipes em projetos.............................. 49
CAPÍTULO 4 Escritórios de gerenciamento de projetos ..................................... 65
CAPÍTULO 5 Métodos ágeis para o gerenciamento de projetos ........................ 83
CAPÍTULO 6 Aprendizado e gestão do conhecimento em projetos ................ 111
CAPÍTULO 7 Envolvimento de clientes em projetos ......................................... 133
CAPÍTULO 8 Sistemas de informações para gestão de projetos ...................... 151
CAPÍTULO 9 Outsourcing e sistemas colaborativos em projetos .................... 163
CAPÍTULO 10 Gestão de projetos por corrente crítica ....................................... 183
CAPÍTULO 11 Maturidade em gestão de projetos .............................................. 209
CAPÍTULO 12 Ensino em gestão de projetos ...................................................... 229
CAPÍTULO 13 Relatos de aplicações empresariais: proposta de seleção
e priorização do portfólio de novos produtos
em uma empresa do setor têxtil ................................................... 253
CAPÍTULO 14 Relatos de aplicações empresariais: Faber-Castell
Brasil – aplicando o gerenciamento ágil em projetos
de inovação .................................................................................... 265

ÍNDICE ........................................................................................................................ 277


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Introdução
Daniel Jugend
Sanderson César Macêdo Barbalho
Sérgio Luis da Silva

O tema gerenciamento de projetos é presença constante na pauta diária


de gestão de empresas, ações dos profissionais e ensino de diversos
cursos de graduação e de pós-graduação espalhados pelo país. É notável
o grande número de cursos com especializações, mestrados e MBAs
dedicados a pesquisar, discutir e disseminar as boas práticas referentes a
esse assunto. Tal destaque deve-se às atuais demandas de empresas que
se deparam com a necessidade de conduzir simultaneamente diferentes
projetos, dos mais simples aos mais complexos, dentro de prazos restritos
estabelecidos (que nem sempre são os mais viáveis) e com qualidade e
orçamentos rigorosos.
Há, portanto, uma demanda crescente por conhecimentos e profissionais em
gestão de projetos, em empreendimentos empresariais ou estatais, e, no caso
particular da realidade brasileira, esse fato é ainda mais exacerbado pelas
diversas obras de infraestrutura que estão em curso no país e provavelmente
continuarão a se intensificar nos próximos anos, seja para grandes eventos
esportivos, como Copa e Olimpíadas, seja em razão de ações governamentais
nos transportes, energia hidrelétrica, pré-sal, dentre outras.
Sabe-se que os projetos possuem particularidades que exigem para o seu
planejamento, execução, controle e melhoria algumas práticas específicas de
gestão. Diferente dos macros e micros processos presentes nas empresas, os
projetos têm o objetivo de criar algo único, em um prazo de tempo bem-
-definido no que se refere ao seu início e fim e, também, por seguir um pla-
no. Ao seu término, pode-se verificar se o projeto está realmente concluído e
se foi bem-sucedido, ao se comparar aquilo que foi inicialmente planejado
e aprovado com os resultados efetivamente alcançados e mensurados.
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xxvi Gestão de Projetos

Ao se analisar essa definição genérica, pode-se elucidar inúmeros exemplos


de projetos, tais como o desenvolvimento de um novo automóvel, a organi-
zação de uma copa do mundo, a implantação de softwares de tecnologia de
informação como o ERP (Enterprise Resource Planning – Sistemas Integrados
de Gestão), a implantação de sistemas de garantia da qualidade como a
ISO 9001, a construção de uma nova instalação produtiva, a organização de
uma festa de casamento etc. Observe que todos esses exemplos possuem em
comum a presença de um objetivo principal claro e bem-definido e também
são passíveis de atribuições de prazos de início e término. Vale notar que
cada um deles com sua complexidade e especificidade únicas terão diferentes
escopos, desafios e necessidades.

Já os processos, ao contrário dos projetos, possuem um caráter rotineiro e,


muitas vezes, acompanham a empresa ao longo de sua existência. A execução
da folha de pagamentos, as compras de matérias-primas, contratação de
pessoal, o planejamento e o controle da produção são exemplos típicos de
processos. Note que todo mês as empresas costumam elaborar suas folhas
de pagamentos e frequentemente compram matérias-primas para abastecer
a linha de produção. Isto é, são processos rotineiros e que certamente são
objetos de análise e melhorias pela área de gestão de processos; mas, pela
sua natureza, diferem daqueles trabalhos de projetos que possuem início e
término previamente estabelecidos.

Devido a essas características particulares dos projetos, diversas práticas são


recomendadas especificamente para melhorar seus aspectos de gestão e para
que consequentemente a empresa obtenha melhores níveis de desempe-
nho. Além das áreas de conhecimentos já bem-exploradas nos manuais e
livros-textos que tratam desse tema, entende-se que questões como uma
estrutura organizacional que favoreça o bom planejamento e execução de
projetos, a aplicação de sistemas de informação para a gestão de projetos,
mecanismos que garantam a sua maior agilidade, a adoção de práticas de
gestão do conhecimento, a implantação de técnicas de análise de portfólio
e de restrições, dentre outras abordagens, podem se configurar como fonte
de relevantes informações e competências para aqueles interessados em
aprimorar conhecimentos práticos no tema gestão de projetos.

A proposta desta obra é de contribuir exatamente neste sentido, mos-


trando não apenas os fundamentos presentes no Guia PMBOK® , assunto já
bem abordado em outras literaturas, mas principalmente apresentando
práticas e métodos inovadores que atualmente despertam cada vez mais a

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atenção de profissionais e estudiosos da área de gestão de projetos, porém


ainda com pouca difusão e discussão na literatura nacional que aborda
o assunto.
Com esse escopo colocado, após este breve capítulo inicial introdutório,
o livro desdobra-se nas contribuições seguintes, organizado e dividido da
seguinte maneira:
O Capítulo 1, de autoria de Maria Angélica Castellani e Sanderson César
Macêdo Barbalho, apresenta de forma sintética os fundamentos e práticas
do Guia PMBOK®, a abordagem notoriamente mais disseminada e utilizada
no tema, destacando os grupos de processos de gestão de projetos e também
suas diversas áreas de conhecimento, tais como qualidade, recursos huma-
nos, custos, riscos, dentre outras.
A gestão de portfólio de projetos, com foco em métodos que apoiem a
tomada de decisão é apresentada no Capítulo 2. Nele, os autores Daniel
Jugend, Antônio Fernando Crepaldi e Paulo Augusto Cauchick Miguel,
além de definirem portfólio de projetos, orientam como pode ocorrer a
aplicação de mecanismos financeiros, de pontuação e priorização, checklist
e diagramas, com o objetivo de apoiar as deliberações relacionadas ao
portfólio de projetos. Ao final do capítulo é apresentado e analisado um
panorama sobre a aplicação desses métodos em empresas brasileiras dos
setores eletrônico e de informática.
O Capítulo 3, confeccionando por Ethel Chiari, além de apresentar e discutir
os tipos de perfil de liderança para o gerenciamento de projetos, também
aborda o papel das equipes com membros de diferentes áreas e empresas
trabalhando em um mesmo projeto, e a atual tendência de formação das
equipes virtuais. Ao final, é apresentado um estudo de caso sobre o desen-
volvimento de competências para o gerenciamento de projetos.
Visto os esforços recentes de muitas empresas em implantarem a estrutura
de escritório de projetos em seu organograma, o Capítulo 4, de autoria de
Sanderson César Macêdo Barbalho e Daniel Jugend, trata de meios para
a implantação e operacionalização dessa estrutura. O capítulo também
apresenta e classifica os tipos mais comuns de escritórios de projetos encon-
trados nas empresas e apresenta três estudos de casos sobre o tema.
O gerenciamento ágil de projetos, de autoria de Daniel Capaldo Amaral
e Edivandro Carlos Conforto, é assunto do Capítulo 5. O texto inicia-se
apresentando conceitos e tendências da gestão ágil em situações de projetos.

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xxviii Gestão de Projetos

Em seguida, aborda os fundamentos, práticas que podem ser aplicadas e


também os diferenciais desse método com relação à abordagem tradicional.
Conclui mostrando exemplos de aplicações práticas do gerenciamento ágil
em projetos.
O Capítulo 6, assinado por Luís Fernando Magnanini de Almeida, Mateus
Jonsson de Almeida e Sérgio Luís da Silva, aborda o emprego de práticas,
métodos e ferramentas com potencial de melhorar a gestão do conheci-
mento e aprendizado na gestão de projetos. Para isso, ao longo do texto são
comparadas as diferentes abordagens da gestão do conhecimento, apresen-
tando também os aspectos de manuseio do conhecimento, trocas entre as
pessoas envolvidas no projeto, formas de armazenamento e exposição dos
conhecimentos e aprendizagem com projetos passados.
Além disso, o capítulo investiga as atividades mais propícias de oportunida-
des e ocorrência de gestão do conhecimento ao longo das etapas da gestão de
projetos, os principais métodos e ferramentas utilizados nesses momentos
e os papéis desempenhados pelo líder e pelos membros da equipe para a
implantação da gestão do conhecimento no ambiente de projetos.
Entendendo que a participação de clientes pode fornecer conhecimento
técnico e de mercado aos projetos de uma empresa, o Capítulo 7, escrito
por Mário Orestes Aguirre González e José Carlos de Toledo, conceitua a
integração de clientes em projetos, assim como detalha as perspectivas es-
tratégica, tática e operacional para o envolvimento de clientes em projetos.
Ao longo do texto a participação de clientes é ilustrada também a partir de
experiências recentes sobre o assunto.
A aplicação da tecnologia da informação para o apoio às atividades relacio-
nadas à tomada de decisão, planejamento, execução e controle de projetos
é apresentada no Capítulo 8 de autoria de Camila de Araujo. O capítulo
possui a intenção de apresentar um panorama dos sistemas de informações
para gestão de projetos, assim como abordar a aplicabilidade de sistemas
específicos tais como o Microsoft Project® e o dotProject.
O Capítulo 9, escrito por Andrea Cristina dos Santos e Marcelo Gitirana
Gomes Ferreira, aborda a colaboração e o outsourcing em gestão de projetos
por meio de sistemas colaborativos. O capítulo discute e analisa esses
cenários e apresenta os esforços mais recentes de aplicação da gestão de
projetos neste contexto.
A teoria das restrições é amplamente conhecida por suas aplicações no
campo da manufatura, mas sua atuação não está restrita à produção. Essa

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Introdução xxix

teoria contribuiu para o conjunto de conhecimentos em gerenciamento de


projetos ao desenvolver a abordagem de gerenciamento de projetos baseada
na corrente crítica, que apresenta uma série de novos princípios e métodos
que possibilitam avanços sobre as formas tradicionais de gestão de projetos.
No Capítulo 10, Fernando Bernardi de Souza e Humberto Rossetti Baptista
apresentam esses conceitos e expõem ações e técnicas dessa área que têm
permitido às empresas praticantes oferecer prazos curtos com pontualidade
sem comprometer seu escopo, qualidade e orçamento.
Por fornecer estrutura de referência para o diagnóstico e melhoria de uma
determinada realidade, a aplicação do conceito de níveis de maturidade
tem se intensificado nos últimos anos para temas voltados a gestão. Neste
contexto, o Capítulo 11, escrito por Marly Monteiro de Carvalho, tem como
foco apresentar modelos de maturidade que uma empresa pode aplicar
com o objetivo de melhorar o desempenho em gerenciamento de projetos.
O Capítulo 12, desenvolvido por João Mello da Silva, Simone Borges Simão
Monteiro e João Carlos Félix Souza, visa a apresentar e analisar práticas de
ensino em gestão de projetos. Essas práticas vão do ensino em formato
tradicional baseado no conhecimento transmitido pelo professor em sala de
aula até métodos inovadores como a aprendizagem baseada em problemas
(método PBL), no qual os alunos resolvem problemas práticos utilizando
conceitos de gestão de projetos.
Por fim, os Capítulos 13 e 14 ilustram aplicações práticas e casos reais em
gestão de projetos. Maurício Johnny Loos e Paulo Augusto Cauchick Miguel
apresentam, no décimo terceiro capítulo, a partir dos métodos de gestão
de portfólio, uma proposta de seleção e priorização de projetos de novos
produtos em empresa fabricante de produtos têxteis. Já Fábio Henrique
Trovon de Carvalho e Daniel Capaldo Amaral, no Capítulo 14, tratam da
aplicação de métodos de gestão ágil aplicados a projeto de inovação da
empresa Faber-Castell.
A partir da visão de seus diferentes autores, que atuam em universidades,
empresas e consultorias, o livro pretende contribuir com um debate atual,
delineando tendências que circundam a área de gerenciamento de projetos.
Destacamos também que ao final de cada capítulo são propostas questões
para análise e discussão. Para estudantes e em aplicações do livro em cursos
de graduação e de pós-graduação, é relevante que haja esforço para res-
pondê-las e que essas respostas sejam efetivamente debatidas em conjunto
com os demais estudantes e o professor da disciplina. Para o profissional

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xxx Gestão de Projetos

que já atua direta ou indiretamente com a gestão de projetos, a obra serve


como meio para a atualização de debates recentes, e ao lançar um olhar
crítico e reflexivo acerca o seu modus operandi, apresenta como se realiza
este trabalho de gestão hoje e o que se pode ser feito para refinar essa arte.
Boa leitura!

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