Diretrizes para A Elaboração de Um
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Outubro, 2016
Agradecimentos
1. Introdução ....................................................................................................... 1
1.1. Objetivo .......................................................................................................... 2
1.2. Problemática ................................................................................................... 2
1.3. Estrutura do Documento ................................................................................. 3
1.4. Metodologia .................................................................................................... 4
2. Enquadramento Teórico ................................................................................. 5
2.1. As Organizações e a continuidade de negócio ............................................... 5
2.2. Frameworks e boas práticas ........................................................................... 8
2.3. Standards Internacionais .............................................................................. 13
2.4. Business Continuity Management ................................................................ 18
2.5. Metodologia de sistemas BCM .................................................................... 21
3. Caracterização da Organização .................................................................... 24
3.1. Missão e Visão ............................................................................................. 24
3.2. Orientações Estratégicas ............................................................................... 24
3.3. Modelo de Negócio ...................................................................................... 25
3.4. Caracterização dos SI/TIC ............................................................................ 26
4. Caracterização do Problema ......................................................................... 28
5. Apresentação do Estudo de Caso ................................................................. 31
5.1. Metodologia de elaboração do BCP ............................................................. 31
5.2. Levantamento da Informação ....................................................................... 34
5.2.1. Processos de identificação e levantamento da informação ................... 34
5.2.2. Operacionalização da solução ............................................................... 35
5.3. Avaliação de Risco e Impacto no Negócio .................................................. 37
5.3.1. Avaliação de Risco ................................................................................ 37
5.3.2. Análise de Impacto no Negócio ............................................................ 40
5.3.3. Conclusão da Análise de Impacto de Negócio ...................................... 42
5.4. Estratégia de Recuperação ............................................................................ 44
5.4.1. Identificação de requisitos técnicos dos serviços aplicacionais ............ 45
5.4.2. Identificação de requisitos técnicos da infraestrutura de rede .............. 49
5.4.3. Identificação de cenários de recuperação .............................................. 50
Figura 1 – Capital investido nas TIC norte americanas de 1980 a 2008. ............. 5
Figura 2 – Familia de produtos do COBIT 5 ........................................................ 9
Figura 3 – Framework ITIL v3 ........................................................................... 11
Figura 4 – O Triângulo do ITIL .......................................................................... 12
Figura 5 – Distribuição mundial de certificações ISO 27001 em 2014 .............. 15
Figura 6 – Distribuição de Certificações ISO 27001 em Portugal ..................... 15
Figura 7 – Distribuição de Certificações ISO 22301 em 2014 ........................... 19
Figura 8 – Metodologia PDCA aplicada ao BCM .............................................. 22
Figura 9 – Metodologia de elaboração do BCP .................................................. 31
Figura 10 – Linha temporal de recuperação ....................................................... 33
Figura 11 – Work Breakdown Structure ............................................................. 34
Figura 12 – Processo de atualização da informação ........................................... 36
Figura 13 – Serviços com maior impacto ........................................................... 42
Figura 14 – Serviços de recuperação imediata ................................................... 43
Figura 15 – Serviços sem perda de informação .................................................. 43
Índice de Tabelas:
1
Continuity Plan (BCP), devidamente elaborado de acordo com os standards1 e linhas
orientadoras gerais.
Muitas organizações subestimam a existência desses planos, seja por razões
financeiras ou desconhecimento. A continuidade de negócio está integrada com a gestão
do risco, na sua vertente mais operacional. É um desafio que as organizações têm de lidar,
em antecipar os acontecimentos inesperados, prevenir e mitigar esses riscos.
1.1. Objetivo
1.2. Problemática
A dependência das tecnologias é cada vez maior tal como as ameaças a que estão
sujeitas. Conhecer os problemas potencialmente provocados por falhas e desastres, as
soluções que existem para evitar esses riscos ou recuperar a infraestrutura tecnológica
após um evento, assim como o custo associado, torna-se imprescindível a todos os
interessados, desde a gestão de topo aos utilizadores, aos parceiros e aos clientes, que
querem garantir a continuidade do seu negócio e no mais curto espaço de tempo.
Em todas as organizações deve existir um plano de continuidade para o caso de
uma falha disruptiva, contemplando uma solução adequada ao negócio e compatível com
1
Padrão ou norma. Visa predefinir regras no desenvolvimento de, neste caso, planos de
continuidade.
2
Modalidade de alojamento partilhado de equipamentos físicos, por exemplo infraestruturas
tecnológicas.
3
Modalidade de alojamento partilhado de sistemas de informação, nomeadamente servidores
virtuais.
4
Categorização por níveis. Neste caso, camadas de dados alvo de cópias de segurança que variam
com a sua importância e acessos.
5
Cópia de segurança de dados.
6
Entende-se como uma estrutura de suposições, conceitos, valores e práticas, usada na construção
de algo.
1.4. Metodologia
7
Entende-se por ativo como um recurso importante, neste caso para a organização.
Neste documento tem sido feito muitas referências aos Sistemas de Informação e
a sua relação simbiótica com uma organização.
Sendo um sistema um agregado de elementos simples ou complexos que
interagem entre si de modo a acrescentar novas funcionalidades ao conjunto, que não
existem nos elementos isolados (Caetano, 2013), um SI é um conjunto de ideias que
organizam e tratam a informação de forma automática ou não, e que interagem com outros
sistemas8, geralmente de informação e a organização. São produtos desenvolvidos de
acordo com planos e especificações em que o seu sucesso mede-se pela conformidade
com os requisitos e pelo impacto global na organização. São igualmente produtos que
fazem parte do ecossistema da organização sujeitos à envolvência ambiental e riscos
associados.
O alinhamento entre as tecnologias e o negócio é constante, já que compete aos
SI estar permanentemente em mudança para se adaptar ao contexto de mudança acelerada
do negócio.
Mas como se pode definir e desenhar o SI ideal para a organização?
8
Um sistema é um conjunto de atores e todos os elementos a estes associados que partilham
objetivos e/ou princípios comuns.
9
Entende-se por artefacto, objetos diversos que incluem pessoas, estratégias, processos de
negócio, SI e tecnologias.
10
Control Objectives for Information and Related Technology
11
Information Technology Infrastruture Library
12
De acordo com o ISO 42010:2011, é um conjunto de princípios coerentes e consistentes que
guiam o desenho, engenharia e a concretização de uma organização.
13
Comumente conhecido pelo termo inglês information technology – IT.
14
Devido ao uso da mesma sigla, a organização é identificada neste documento por ISO.org e o
standard por apenas ISO.
15
Plano Global Estratégico para a Racionalização e Redução de Custos com as TIC, na
Administração Pública, aprovado por Resolução do Conselho de Ministros n.º 12/2012, de 7 de fevereiro.
https://tic.gov.pt/pgetic
16
Local físico onde se encontram os SI/TIC.
17
Service Level Agreement, consiste num acordo de níveis de serviço entre cliente/utilizador e
fornecedor, definido pelo tipo de serviço, metas (temporais) e responsabilidades assumidas entre os
intervenientes.
18
Restauro das cópias de segurança.
19
Dispositivo de armazenamento amovível utilizado nas cópias de segurança.
20
https://tic.gov.pt – portal das tecnologias da informação da Administração Pública.
2.
Levantamento
da informação
7.
Monitorização, 3. Análise de
Ensaio e Risco e Impacto
melhoria de Negócio
contínua
1. Âmbito e detalhe
6. Execução do 4. Estratégia de
plano Recuperação
5. Planeamento
Análise de Risco
Levantamento de Estratégia de Planeamento Execução Monitorização
e Impacto no
Informação Recuperação
Negócio
Cada subcapítulo seguinte representa uma etapa, como parte integrante do BCP,
elaborado pela equipa de projeto da organização em estudo.
21
É uma ferramenta de gestão de tickets e que fornece ferramentas como uma base de dados de
gestão de mudança (CMDB). URL: http://www.easyvista.com/pt/
22
É uma ferramenta de arquitetura empresarial. URL: http://www.linkconsulting.com/eams/
Probabilidade
2 2 4 6 8 10 12
3 3 6 9 12 15 18
4 4 8 12 16 20 24
Tabela 2 – Tabela de risco da AMA
Categoria Descrição
Perda de Receitas Perda de recursos provenientes de venda de bens ou serviços
Receitas extraordinárias Temporárias de pessoal, horas extras, equipamentos, serviços
Legal e Jurídico Multas, penalidades, problemas de conformidade, as obrigações
contratuais, os passivos financeiros
Tabela 4 – Caracterização do impacto tangível
Impacto Efeito
1 Não existente
2 Mínimo
3 Moderado
4 Moderato Alto
5 Alto
6 Severo
Tabela 5 – Caracterização do impacto intangível
face à ocorrência de uma ameaça
23
Regra geral, os ambientes de servidores aplicacionais são compostos por Produção,
Testes/Qualidade e Desenvolvimento. Cada ambiente tem a sua função com objetivo de garantir a qualidade
de desenvolvimento de software, de acordo com a ISO 25010:2011
24
Um conjunto de servidores redundantes, interligados de forma a disponibilizarem um serviço.
Melhora o serviço, disponibilidade e escalabilidade do sistema. Em caso de falha de um dos servidores, os
restantes continuam a funcionar.
25
Garantia, suporte e manutenção, neste caso dos servidores e sistemas licenciados.
26
Equipamento de armazenamento de dados de grande capacidade.
27
Sistema de administração de plataformas de virtualização.
28
Ficheiro de registo de acontecimentos, sejam eles de segurança, ligações ou outros.
29
Border Gateway Protocol, protocolo de roteamento dinâmico de comunicações entre sistemas
autónomos.
1. Descrição do cenário
2. Definições
3. Âmbito de aplicação
3.1. Identificação dos serviços contemplados
4. Estabelecimento da resposta a desastres (identificação de requisitos e
recursos necessários para responder aos incidentes)
4.1. Instalação e locais
4.1.1. Local de reunião da equipa de recuperação de incidentes.
4.1.2. Centro de emergência - instalações alternativas para reunir a
equipa de resposta a incidentes em situações de crise.
4.1.3. Moradas do datacenter e do site secundário.
4.2. Kit de emergência – a sua existência é importante em situações em
que não é possível aceder aos SI, tornando-se essencial ter uma forma
de consulta alternativa. Existe no formato físico e inclui o DRP e um
telemóvel de um operador diferente das comunicações da AMA.
Dada à confidencialidade dos dados que contém, deve ser garantida
a sua segurança.
6.2. Recomendações
São diversos os fatores sobre os quais as organizações não têm o controlo absoluto,
por isso, a criticidade do negócio e outros fatores já indicados, levaram à elaboração de
um plano de continuidade e recuperação que permitisse que a organização cumprisse os
objetivos a que se tinha proposto.
As organizações nem sempre utilizam uma abordagem sistemática na elaboração
dos planos o que resulta em iniciativas isoladas e na implementação de soluções parciais.
Para que tal não aconteça, recomenda-se a manutenção dos planos até à disponibilidade
orçamental da AMA, também com o intuito de manter viva a cultural organizacional
referente à continuidade do negócio e segurança da informação, e que de alguma forma o
investimento feito no BCP inicial não seja em vão.
Recomenda-se igualmente estratégias de recuperação alternativas com um custo
inferior, ou seja, uma análise custo-benefício para as diversas opções que permitam
selecionar as medidas adequadas ao negócio e organização.
30
Infrastructure as a Service – tipologia de serviços baseada em hosting.
31
Software as a Service – aplicações fornecidas por terceiros via web .