Trabalho em Equipe - Inovarse
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Luciana Fonseca
[email protected]
Rosa Reis
[email protected]
Kelly Mesquit
[email protected]
Todas as organizações são constituídas por pessoas e por recursos não humanos
(como recursos físicos e materiais, financeiros, tecnológicos, mercadológicos etc.).
A vida das pessoas depende intimamente das organizações e essas dependem da
atividade e do trabalho daquelas (CHIAVENATO, 2003, p.02).
1 PESSOAS
Desde a Pré-História, época mais antiga da vida do homem, através da caça ele passou
a conviver com outros; a divisão de tarefas para a sobrevivência se fez necessária desde a
origem, aprendendo a compartilhar o alimento e também as conquistas. Assim, no decorrer da
evolução humana os relacionamentos foram ganhando um papel importante na sociedade,
onde a interação humana é uma variável interveniente (CHIAVENATO, 2010).
2.1 CAPITAL HUMANO
Segundo Carvalho (2009) os seres humanos são seres sociais que precisam viver em
conjunto e interagir com outras pessoas, para assim haver uma troca de saberes e descobertas.
Para se relacionar, o ser humano depende do convívio social. Quando essa interação acontece
é possível aprender a lidar com as situações de diferenças e encontrar significados para dar
continuidade a um propósito de vida. E essa necessidade vem dos primórdios de sua
existência.
Para Lopes-Ruiz (apud Costa, 2009) o ser humano é entendido como capital por suas
capacidades e aptidões, que construídas se tornam valores para as organizações. O ser humano
se tornou um aliado no que se diz respeito à concretização de objetivos almejados pelas
organizações. Dessa forma, o capital humano é um recurso que contribui para o progresso de
uma organização que tem essa visão.
Quando a pessoa conhece suas emoções e seus sentimentos, facilita a relação com
outros membros da equipe, fazendo com que haja uma comunicação favorável a todos, e
assim, os problemas, os conflitos que surgem ficam mais fáceis de serem resolvidos. E todos
participam das tarefas de uma forma mais eficaz, cooperando e aumentando a produtividade.
“Quando lidar com pessoas, lembre-se de que você não está lidando com criaturas de
lógica, mas com criaturas de emoção” (CARNEGIE, 2015, p. 129). Os indivíduos são
envolvidos pelas sensações, pelos sentimentos, e nem sempre pela racionalidade. E para se
relacionar com os mesmos é preciso um trabalho de compreensão, onde todos tenham
flexibilidade para interagir uns com os outros.
“Trabalhar com grupos é o meio que os gestores têm de fazer mais com menos”
(SILVERSTEIN, 2013, p. 72). Quando as pessoas entendem a importância de realizar suas
tarefas em grupo, compreendem que podem alcançar os resultados com mais eficácia.
“Influenciar pessoas é conseguir colaboração e cooperação. A cooperação vai além do
favor, que é uma gentileza espontânea, além da obrigação e do poder de mando”
(ALBUQUERQUE, 2012, p. 84). As pessoas se sentem parte do grupo quando podem
colaborar.
Cada vez mais o trabalho em equipe tem sido incentivado em diversas áreas
profissionais, pois, torna o trabalho mais eficaz e enriquecedor, por se tratar de várias pessoas
pensantes que contribuem dessa forma para a melhoria da atividade a que se propõe realizar.
“Trabalho é toda atividade humana voltada para a transformação da natureza, no
sentido de satisfazer uma necessidade” (CHIAVENATO, 2003, p. 77). Um indivíduo quando
inserido numa organização se sente parte daquele todo, e não somente um crescimento
profissional pode ser decorrente de sua satisfação e tarefa exercida, mas também o
crescimento pessoal, que acontece quando nos relacionamos com outros seres semelhantes.
Equipe é considerada um “conjunto ou grupo de pessoas com habilidades
complementares, comprometidas umas com as outras pela missão comum, objetivos comuns,
obtidos pela negociação entre os membros envolvidos em um plano de trabalho bem
difundido" (CARVALHO, 2009, p. 94). Assim, ao realizar uma atividade proposta em equipe
é preciso estar em sintonia com os colegas de trabalho para chegar a um acordo final e dessa
forma, alcançar o objetivo com mais eficácia.
No mundo atual, transformar um grupo de colaboradores em equipe é um desafio que
necessita de desenvolvimento dos envolvidos, sendo um processo de aprendizagem contínuo,
para que seja estabelecida a comunicação entre todos e a construção de relações interpessoais
no ambiente que convivem para, consequentemente, eliminar o trabalho isolado, se relacionar
com as diversidades, experiências e visão do negócio da empresa envolvida.
2.4.1. Motivação
Quando realizamos as tarefas planejadas por nós mesmos, para que nosso grupo
obtenha resultado, estamos unindo, na prática, nossos motivos e nossas ações. Como
cada um de nós possui características diferentes e percebe as tarefas e os desafios de
formas diferenciadas, podemos ampliar nossos resultados se utilizarmos essa
diversidade como apoio para aumentar nossa criatividade. Como equipe, todos nós
sabemos que a motivação é vital na dinâmica entre as pessoas, por isso ela é vital no
dia a dia do grupo, pois influencia diretamente na eficácia das nossas relações
(CASTRO, 2015, p. 27).
As pessoas realizam seu trabalho de uma forma eficaz, basicamente quando estão
motivadas por um desejo pessoal e coletivo. Pessoal porque a motivação é intrínseca. Então,
de acordo com suas necessidades e vontade de fazer bem feito, o colaborador estará propenso
a se dedicar mais. E coletivo, porque o resultado do grupo atinge a toda equipe, se torna a
ação de saber se relacionar de maneira a desafiar as diversidades que surgem.
[...] O ser humano constrói o seu espaço de ser e deixa emergir, por meio da
linguagem verbal e não-verbal, o legado de sua história e de sua verdadeira
identidade. A comunicação possibilita ao homem deixar sua marca, o testemunho de
sua época, sua imagem e contribuição pessoal (CARVALHO, 2009, p. 127).
2.6.1. Empatia
2.6.2. Flexibilidade
2.6.3 Feedback
3 ESTUDO DE CAMPO
Este artigo utilizou a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo com o objetivo de
identificar o impacto causado num ambiente organizacional, em relação ao relacionamento
interpessoal e trabalho em equipe. O foco da pesquisa foi qualitativo, de forma a contribuir
para o processo de entrevistas realizadas através de questionários elaborados com base nos
pensamentos dos autores estudados. Assim, procurou-se buscar as respostas dos
colaboradores de maneira a enriquecer este trabalho.
A pesquisa foi realizada em novembro de 2015, numa empresa multinacional situada
no município de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro. A pesquisa contou com a colaboração
de 20 (vinte) funcionários que participaram da construção da conclusão deste artigo, através
de suas percepções no ambiente organizacional da empresa pesquisada. Os participantes
consultados foram onze homens e nove mulheres, na faixa etária entre 23 (vinte e três) e 51
(cinquenta e um) anos de idade.
Os dados coletados nessa pesquisa tiveram a finalidade de desenvolver o tema do
artigo e a problematização do mesmo, a partir da visão das pessoas que gerem e são geridas
numa organização e têm objetivos em comum. Como forma de facilitar a descrição do relato
desses indivíduos foi elaborado um questionário com quinze perguntas baseadas nos
pensamentos dos diversos autores que contribuíram para alavancar o tema pesquisado. As
pesquisas servem para somar, agregar valor ao assunto questionado e revisar conceitos que
mudam com o passar dos anos, com a evolução do mundo e do ser humano que absorve os
diversos tipos de relacionamentos em sua vida profissional e pessoal.
A maior parte das respostas obtidas representa 65% dos entrevistados que
responderam que investir em pessoas na organização é fundamental para um bom
desempenho. 35% responderam que por serem recursos fundamentais nas organizações
devem receber investimentos. Nenhum entrevistado respondeu que acha perda de tempo ou
que não vê diferença em investir em pessoas.
A nona questão perguntava sobre o que representa o trabalho em equipe para o
entrevistado.
Na mesma proporção de 30%, os entrevistados disseram que cooperação no ambiente
organizacional e comunicação eficaz entre os colaboradores é o que representa o trabalho em
equipe, enquanto 20% acham que é o desempenho da equipe, 15% disseram que é a
motivação e 5% responderam que é a competitividade que faz o trabalho em equipe.
A maioria de 90% dos colaboradores disse que para eles, saber falar e escutar era
considerado comunicação na organização, enquanto 5% falaram que para eles era saber
elogiar quando for preciso e outros 5% disseram ser saber escutar somente.
A questão 14 abordou a habilidade de saber comunicar-se no ambiente corporativo.
Segundo Chiavenato (2003), comunicar-se não se trata somente de falar, mas, de saber ouvir o
próximo, um meio de interagir e ter êxito no ambiente corporativo.
Assim, 80%, a maioria dos entevistados respondeu que sim e disseram ser ouvidos
pelos colegas de trabalho também. 15% dos colaboradores responderam que são ouvidos no
ambiente de trabalho, mas que muitas vezes não é recíproco. E apenas 5% dos entrevistados
disseram que não sabem ouvir seus parceiros no trabalho, mas disseram ser escutados.
Na última pergunta elaborada com o objetivo de analisar a importância do feedback
para o colaborador, 50% respondeu que considera extremamente importante o feedback para o
desenvolvimento e desempenho do colaborador. Para 33% dos entrevistados o feedback é
muito importante para a participação do funcionário; e 17% consideraram uma ferramenta
importante, o que enfatiza a participação de Carvalho (2009) com o pensamento de feedback
ser um retorno essencial para um melhor desempenho do profissional.
Assim, podemos observar que se faz necessário a participação, a comunicação que
fortalece o envolvimento dos colaboradores, formando uma equipe que possa agregar valor à
organização, com o objetivo de facilitar o relacionamento interpessoal e as tarefas que são
demandadas a todos. Quando há cooperação, colaboração, os participantes das atividades
propostas se sentem mais motivados a concluírem com êxito suas funções e chegar ao
resultado final, alcançando metas, satisfação pessoal e realização profissional.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
CARNEGIE, Dale. 1888-1955. Como ser um grande líder e influenciar pessoas. 2ª ed. Rio
de Janeiro: Best Seller, 2015.
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Teoria das organizações. São Paulo: Manole, 2010.