Imaginologia
Imaginologia
Imaginologia
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
E-mail: [email protected]
Isótopos: Elementos químicos com mesmo número atômico, mas com massas
diferentes.
Tipos de radiação:
Radiação não-ionizante: Não possui energia suficiente para arrancar elétrons dos
átomos.
Formas de interação entre Cátodo e Anodo: Os raios catódicos emitidos pelo cátodo
ao alcançarem o anodo, podem interagir através de Bremsstrahlung (Radiação
produzida quando cargas elétricas sofrem desaceleração, produzindo uma maior
emissão de fótons e mais favorável ao exame de imagem) ou radiação característica
(Emissão também de elétrons, sendo menos provável e menos favorável ao exame de
imagem).
Raios-X:
Parte Clara: Pois os fótons produzidos não foram suficientes para passar pelo corpo e
queimar o filme (Deixar escurecido). Por essa razão, os pulmões ficam mais
escurecidos na imagem do raio-x, haja vista terem menor densidade pois tem mais ar.
Nota²: A imagem pode ser distinguida entre AP e PA. Pois a imagem em PA é feita com o
paciente em pé com os braços voltados para trás, portanto é comum aparecer a bolha gástrica
e a escápula fica fora do campo.
O fóton de raio-x perde parte da sua energia para um elétron fracamente ligado ao
núcleo. O fóton então muda sua trajetória e o elétron é ejetado do átomo.
Nota: Para reduzir o Efeito dos Raios-X secundários é colocada uma grade focalizada
Imagem com filme comum: Película com Ecrã (Telas intensificadoras, capazes de gerar
luz quando excitadas pelos raios-x e queimar a película) preparada em sala escura e
colocada dentro do Cassete. De forma que apenas os Raios-X atravessem a estrutura, e
a película não tenham contato com luz. 95% da imagem é formada pela luz do Ecrã.
Ar – Preta
Nomenclatura
1 Sv = 1 J/Kg
Proteção de chumbo
Sulfato de Bário (BaSO4) Para construção das paredes e proteção da área externa
Som: Onda mecânica que precisa de um meio material para se propagar. Para
ser audível as ondas necessitam se propagar a uma frequência entre 20Hz e
20.000 Hz.
Terminologias:
Tipos de transdutores:
Nota: É sempre melhor tentar aproveitar as cavidades naturais para se aproximar das
estruturas com um frequência maior;
Efeito Doppler:
Dinâmica do exame:
Vantagens da TC:
Métodos de TC:
Nota: Na ressonância magnética uma corrente elétrica muito forte gera um campo
magnético muito forte (30 mil vezes o campo da terra), fazendo com que os prótons
Formação da Imagem:
Sequencia T1: Substâncias em que o hidrogênio tem T1 mais longo ficarão mais
escuras; como por exemplo a água contida nos ventrículos e globo ocular
Sequencia T2: Substâncias em que o hidrogênio de T2 mais longo ficarão mais claras;
como por exemplo a água contida nos ventrículos e globo ocular; ou mesmo o córtex,
que possui mais água que a “substância branca” (Haja vista esta conter mais mielina
que é hidrofóbica). Dessa forma em T2 a substância branca fica escura e a substância
escura fica branca, há uma inversão;
Nota: A imagem da ressonância deixa os ossos escuros pois possuem muito pouco
hidrogênio
Flair: Parecido com o T2, entretanto o líquor está apagado. Dessa forma é útil para
enxergar patologias diversas que no T2 não seriam vistas devido ao brilho do líquor;
Terminologias:
Nota: Quanto maior a potencia magnética, mais prótons serão recrutados a estarem
na mesma direção, gerando mais sinal e uma imagem com mais informação;
Penetração adequada em PA: Imagens das vértebras não devem ser identificadas
através da sombra cardíaca; somente as 4 primeiras vértebras torácicas devem ser
delimitadas;
Enchimento adequado dos pulmões: As cúpulas diafragmáticas devem ter seus ápices
posicionados entre as porções posteriores do 10 e 11 arcos costais (Fica
aproximadamente na Linha diafragmática);
Nota: O Perfil esquerdo usado para diminuir a distorção da sombra cardíaca; haja vista
que quando o filme está no lado esquerdo fica mais próximo do coração e reduz a
magnificação;
Na avaliação do perfil o brônquio fonte direito, demarcada como uma área hipodensa
costuma ser mais alta que o brônquio fonte esquerdo, entretanto o hilo direito
costumo ser mais abaixo que o esquerdo, devido a artéria pulmonar “Montar” no hilo;
Roteiro de Análise:
1. Abdome Superior
2. Partes Moles
a. Linha companheira da Clavícula, formada pela superposição de tecido
corporal, pode estar distorcida por uma linfonodomegalia associada a
tumores;
b. Enfisema Subcutâneo
c. Lipomatose
d. Distrofia da gordura em determinado local
e. Neurofibromatose
3. Esqueleto Torácico
a. Acompanhar costelas
b. Acompanhar úmeros proximais
c. Acompanhar clavicula
4. Cúpulas diafragmáticas e seios costofrênicos e cardiofrênicos
a. Buscar definição
b. A direita é mais elevada que o fígado, devido ao fígado
5. Mediastino + ICT (Índice cardiotorácico)
a. A traquéia pode estar um pouco deslocada para a direita devido ao arco
aórtico, entretanto bócio mergulhantes, linfonodomegalias,
pneumotórax, atelectasias podem deslocar patologicamente;
b. ICT: Maior medida transversal do coração comparada com a maior
medida transversal do tórax. O coração não deve ser maior que a
metade do valor do tórax;
Revisando Anatomia:
Incidência Lateral com raios horizontais (De Laurell): Imagem em AP, com paciente
em decúbito lateral
Padrões Pulmonares:
• Alveolar:
o Ocupação do espaço aéreo caracterizado por opacidade homogênea
(Consolidação)
▪ Exsudato nas Pneumonias
▪ Transudato no edema pulmonar
▪ Sangue nas hemorragias
▪ Células Neoplásicas
▪ Materiais estranhos aspirados
• Edema Pulmonar
Padrão de atelectasia: Lobo superior (Não se observa bem a silhueta cardíaca em AP),
Lobo médio (Não se observa bem a silhueta cardíaca em perfil), Lobo inferior;
• Tuberculose
• Tumores
• Infecção Estafilocócica
Derrame Pleural:
• Transudato ou Exsudato
• PA > 200 Ml para identificar
• Decúbito lateral com raios horizontais identifica já com 50 mL
• Derrame pleural livre, devido a distribuição do líquido podem passar
desapercebidos em radiogradias em AP
• Tipos: Livre, intramural
Hemitórax Opaco:
• Aumento de volume:
o Derrame pleural
o Tumor
• Volume Preservado:
o Atelectasia + Derrame pleural (O derrame pleural não consegue
empurrar as estruturas pois as atelectasias impedem)
o Pneumonia acometendo o pulmão
• Com redução do volume:
o Colapso pulmonar por obstrução do brônquio principal
o Pneumectomia (Retirada do pulmão)
o Agenesia Pulmonar
o Pulmão destruído por processo inflamatório
Sinal do S de Golden:
Sinal da Silhueta:
Interstício Pulmonar:
• Peribroncovascular
• Centrolobular (Continuação do anterior)
• Interstício Subpleural (Continuação dos septos interlobulares)
• Interstício Intralobular (Rede de fibra nas paredes dos alvéolos)
o Uma TC de alta resolução alcança a observação de todos estes
interstícios; sendo possível observar se a patologia tem etiologia
cardíaca, linfática, hematogênica (Distribuição miliar da TB)
o Deve-se saber muito sobre patogênia, imagem e anatomia da
distribuição intersticial.
• Consolidação
o Aumento da atenuação pulmonar (Opacidade) com obscurecimento
dos vasos pulmonares podendo ou não obscurecer os brônquios;
o Ex.: SARA (Aumento da permeabilidade da microvasculatura),
Pneumonia em Organização Criptogênica – COP (Doenças do
colágeno, com proliferação polipoide para dentro dos bronquilos
respiratórios gerando áreas de consolidação do espaço aéreo de
troca além de uma representação intersticial)
• Vidro fosco
o Aumento da atenuação pulmonar através do qual ainda é possível
identificar vasos e brônquios
o Reflete geralmente preenchimento parcial de alvéolos mas também
pode significar o espessamento intersticial
o Espessamento do tecido intralobular
o Não apaga totalmente os vasos
o Ex.: Pneumonite de Hipersensibilidade (Reação Imune secundária a
exposição a vários patógenos, estando associada a poeira,
excrementos animais; curiosamente esta doença costuma não afetar
fumantes)
• Padrão Nodular
o Múltiplos pequenos nódulos pulmonares com menos de 1cm de
diâmetro
o Diagnóstico diferencial se baseia no contorno, densidade e
distribuição
o Distribuição é bem determinada pela TCAR
▪ Perilinfática (Costuma tocar a pleura)
▪ Centrolobular (Vai ao centro do lóbulo pulmonar secundário,
sem tocar a pleura)
▪ Randômico (Não há um predomínio entre perilinfático e
centrolobular)
• Padrão septal
o Espessamentos dos septos interlobulares podendo ser liso, regular
ou irregular
o Ex.: Edema pulmonar hidrostático, linfangite carcinomatosa
o Enfisema Pulmonar: Caracterizado por áreas de baixa atenuação do
parênquima sem paredes visíveis
▪ Paraseptal (Visíveis paredes e que tocam a pleura)
▪ Centrolobular (Sem paredes visiveis)
▪ Panlobular
o Bronquiectasias: Dilatação irreversível de parte da árvore brônquica
▪ Perda da diminuição progressiva de calibre
▪ Espessamento parietal
▪ Sinal do “Anel de Sinete”
• O brônquio dilatado fica maior que a artéria que o
acompanha;
▪ Fatores:
• Infecção
• Obstrução das vias aéreas
• Fibrose peribrônquica
o Nódulos pulmonares solitários:
▪ Formação arredondada ou ovóide é menor que 3 cm, acima
disso é uma massa
▪ Maioria é granuloma ou tumor benigno
▪ Avaliação morfológica do nódulo
• Tamanho
• Forma (Contornos regulares, espiculados)
• Densidade
• Existência de calcificação e escavação
▪ Critérios que determinam benignidade:
• Tempo de duplicação – Pelo menos 2 anos sem
crescimento
• Presença de gordura (Hamartoma)
• Distribuição das calcificações
o Difusa
• Padrão Reticular
• Padrão cístico
• Diminuição da atenuação pulmonar
• Achados diversos (Bronquiectasias, placas pleurais, etc)
Rastreamento do CA de pulmão:
Recomendação:
Nota: A TC utilizada para rastreamento pode ser apenas uma de baixa dose
80% dos pacientes com TEP tem evidências de TVP nos MMII
Revisão da Anatomia:
• Divisões anatômicas:
o Lobo frontal
o Lobo Parietal
o Lobo Temporal
o Lobo Occipital
• Pontos anatômicos:
o Sulco central
▪ Divide o lobo central do parietal
▪ Divide posteriormente o giro pós-central (Sensitivo) e pré-
central (motor);
Na Ressonância:
Na Tomografia:
TC sem constraste:
TC com contraste:
• Características:
o Parece com a sequência T2, mas o líquor fica escuro.
o Substância cinzenta mais clara que a substância branca
• Estruturas identificadas:
o Cisterna silvianas
o Aqueduto de silvius (Perfura o mesencéfalo)
o Seio sagital superior fica posteriormente ao cérebro, na região
occipital
• Arterfato flovóide:
o Hiposinal devido ao fluxo, tornando claro estruturas vasculares.
Assim, caso não haja este hiposinal pode ter ocorrido trombose com
• Líquor branco
Gradiente ECO:
Sequência Difusão:
Mapa de ADC:
T1 com contraste:
Nota: Putâmem é mais externo e o globo pálido mais interno (Técnica minemônica: “A
Puta fica do lado de fora”)
• Involução Cortical:
• Gliose ou Encefalo-malácia
o Assimetria do ventriculo lateral
o Cicatrização leva ao liquor ganhar espaço, causando uma retração
das estruturas adjacentes (“”Um tipo de atelectasia cerebral””)
• Cisto Colóide:
o Hiperdensidade (TC) ou Hipersinal (RM) Intraventricular
o 99% está no III ventrículo
o Assintomático na maioria das vezes
o Relacionadas as hidrocefalias não-comunicantes
Figura 2 As imagens acima representam uma sequência de difusão, enquanto as imagens abaixo representam uma
sequência de ADC
• Nem tudo o que brilha na difusão significa que há uma restrição a livre
passagem de água, para tirar uma prova disso é necessário fazer a
sequência ADC, que deve comprovar com uma diminuição do brilho e
hiposinal em relação ao restante do parênquima.
Ao lado é apresentado um
pequeno ponto de hipersinal na
fossa Sylviana chamado "Dot
Sign" que significa que há um
trombo na artéria cerebral média.
TC
RM
TC
RM
o Hipersinal em T2
▪ Devido ao aumento de água tecidual
o Hiposinal em T1
Figura 9 Esta imagem também apresenta um AVC isquêmico que evoluiu para AVC hemorrágico. Mesmo não
apresentando o ADC para realizar prova com a difusão, existe o Gradiente ECO, em que tudo o que ficar com
hiposinal é cálcio ou sangue.
Nota: Vale ressaltar que após um AVC pode haver risco aumentado para nova
ocorrência, caso a causa base não tenha sido tratada.
Nota: Não é apenas o AVC isquêmico que brilha na difusão. Pode brilhar também
Abcessos, Linfomas (Alta celularidade) e Esclerose múltipla.
• Primárias
o Hematoma Hipertensivo
o Angiopatia amiloide
▪ Depósito de material
amiloide intravascular,
levando a sangramento
sem necessariamente
ter uma doença
amiloide
▪ Distribui mais
perifericamente e
variado no encéfalo
• Secundárias
o Tumores
o Malformações vasculares Figura 13 Imagem de AVC Hemorrágico no
o Infecções hemisfério direito
Achados na TC:
• Hiperdensidade (Sangue)
• Edema Perilesional (Tipo vasogênico)
• Efeito de massa
Hemorragia hipertensiva:
Figura 14 A figura ao
lado mostra Hemorragias
Hipertensivas. Da
esquerda para a direita:
Núcleo Capsular, Ponte e
Cerebelo.
Figura 16 Angiografia por RM mostrando ausência de contraste no seio transverso e sigmóide à esquerda,
Leonardo Bomfim Barreto – Acadêmico do 5º Semestre de Medicina na UNEB
resultantes de uma trombose venosa intracraniana
Aneurismas Intracranianos:
Métodos de tratamento:
Hematoma Subdural:
Hematoma Epidural:
Métodos usados:
• RM
• Ecografia
o Mais usado
Objetivos da Ecografia:
• Na prática são feitos muito mais ultrassom que o preconizado pela OMS
o USG transvaginal para diagnóstico (5-7 Semanas)
o USG obstétrico morfológico 1º Trimestre (11-14 Semanas)
o USG obstétrico para confirmação de sexo
o USG obstétrico morfológico do 2º semestre
o USG obstétrico no início do 3º trimestre
o USG obstétrico com Doppler colorido no 3º trimestre
o USG obstétrico final da gestação para verificar posição e peso fetal
Nota: Caso a gestação por algum motivo não seja viável, são utilizadas técnicas para
eliminação da gestação como Curetagem, trimetropim e sucção.
Figura 30 Aspecto Ultrassonográfico do descolamento ovular parcial. A: Imagem anecoica com grossos debris, em
forma de crescente que comprime e retifica o saco gestacional. B: Controle após 15 dias mostra reabsorção.
• O material orgânico
deverá ser removido para
evitar infecções
Gestação Anembrionada
• Existe mais material genético do que deveria ter acontecido, podendo ter
acontecido duplicação do material genético.
• Mola – Vesículas com aspecto em “Cacho de Uva”
o Geralmente o Beta HCG está muito mais elevado que o esperado
• O tamanho das vesículas é proporcional à idade gestacional
• Diagnóstico mais difícil em gestações precoces
• DD de abdome agudo!!!
• Aumento relacionado a
fertilização in vitro
• Localização
o Tubária
o Ovariana
o Cervical
o Abdominal
• TTO com Metotrexato ou
cirurgia
• Clinicamente esta gestação
pode se apresentar como
sendo normal. Figura 34 Ultrassonografia evidenciando Gestação Ectópica.
Morfológica do 1º Trimestre
Como é avaliada?
Figura 42 USG para estudo do colo uterino e avaliação do risco de parto prematuro espontâneo
• 18-24 semanas
o Ideal ente 20 e 21
semanas
Figura 45 Estas imagens mostram as diversas avaliações morfológicas feitas na USG de 2ª Trimestre.
Estudo da placenta:
• Quando pedir:
o Avaliar as artérias uterinas (Morfológico do 1º trimestre)
o Diante de quadros que se associam a sofrimento fetal
▪ DHEG
▪ Suspeita de RCIU
o Suspeita de ruptura...
Sofrimento fetal:
• Primeiro SHUNT:
o Ducto Venoso
• Segundo SHUNT:
o Forame oval
• Terceiro SHUNT:
o Ducto Arterioso Figura 48 USG com Dopler evidenciando curva espectral com
• Avaliação do Ducto venoso aumento na resistência da artéria uterina
o Responsável pela
ligação entre a veia umbilical e a veia cava inferior do feto.
o Melhor local para avaliar insuficiência da bomba cardíaca ou
hipertensão das artérias umbilicais.
• Comorbidades como DM, Hipertensão e distúrbios da coagulação levam a
insuficiência da microcirculação nas vilosidades placentárias produzindo
aumento na resistência vascular na artéria umbilical, diminuição do retorno
Nota: Caso a inversão da onda “A” ocorra no início da gestação pode significar
cromossomopatia, entretanto mais ao final deve-se pensar em sofrimento fetal.
2º
SHUNT
1º
SHUNT
• Hiperplasia
• Hiperplasia Atípica
• Carcinoma In Situ
• Carcinoma invasivo ou infiltrante
Fatores de Risco:
• Idade
o Superior a 50 anos
o Acúmulo de exposições
• História reprodutiva
o Primigestas após os 30 anos
o Nuliparidade
• Fatores Endócrinos (Estímulo estrogênico endógeno ou exógeno)
o Histórico de menarca precoce
o Menopausa tardia
o Uso de contraceptivos orais e TRH
• Fatores comportamentais ou ambientais
o Uso de bebidas alcoólicas
o Sobrepeso e obesidade na pós-menopausa
o Exposição à radiação ionizante na juventude
• Fatores genéticos
o Mutações nos genes BRCA1 e BRCA2
o História familiar de CA de mama em parentes consanguíneos
▪ Especialmente antes dos 50 anos
o História familiar de CA de mama em homem (Parente consanguíneo)
Métodos de Rastreamento:
• Objetivo
o Prevenir ou retardar o surgimento de uma doença
o Retardar ou eliminar as consequências desta
• Falso Positivo
o Preocupação desnecessária
o Investigação desnecessária
o Procedimentos invasivos desnecessário
• Falso Negativo (Falsa tranquilidade)
• Overdiagnosis/Overtratament
o Consequências de técnicas cada vez mais poderosas
o Quando o rastreamento detecta CA indolente
▪ Não causaria sintomas
▪ Não necessitaria de tratamento se não fosse detectado
• Beneficios:
o Melhor prognóstico
o Tratamento mais efetivo
o Menor morbidade
• Risco intermediários
o Sem história pessoal de CA de mama
o Sem susceptibilidade genética para CA de mama
o Sem história de radioterapia torácica prévia
• Recomendações para rastreamento do CA de mama – 2015
o A partir dos 45 anos, anualmente até os 55 anos. Após isso pode ser
feito 1 vez a cada dois anos até os 75 anos e prolongado se o
paciente mantiver bom estado de saúde e expectativa de vida > 10
anos.
o Vantagens
▪ Pode identificar CA pequenos o bastante
▪ Único método de imagem com eficácia comprovada na
redução de mortalidade por CA de mama
▪ Beneficios superam os riscos
o Desvantagens
▪ Utiliza radiação
▪ Não encontra todos os tipos de CA em todas as mulheres
▪ Não permite prever o comportamento biológico das lesões
suspeitas encontradas
▪ Limitação em mamas densas
• Mamas que tem muito tecido funcional (Glandular) e
pouca gordura.
Técnica mamográfica
Artifícios Utilizados:
• Magnificação:
o Vantagem quando há um achado e se quer ver mais de perto,
entretanto pode haver uma perda na qualidade da imagem.
• Compressão localizada
o Para tirar dúvida se há um nódulo em determinado local
• Rolamento da mama
o Rotação sentido horário ou anti-horário.
• Manobra de Eklund
o Para executar o exame em mulheres com prótese de silicone
• Mamografia
• USG
• RM
• Elastografia (USG)
• Tomossíntese
• Função do BI-RADS®
o Uniformizar léxico utilizado nos relatórios de cada um dos métodos
de imagem da mama
▪ Descritores em cada um dos métodos
o Promove transparência nos relatórios de exame de imagem da
mama
o Auxiliar da definição uniforme de conduta diante das características
da lesão.
Descritores:
BI-RADS 3:
BI-RADS 4:
Nota: Para pacientes de alto risco é indicado o rastreamento anual a partir dos 30 anos
de idade com mamografia e ressonância magnética.
O que avaliar:
• Dados do paciente
• Identificar as incidências realizadas
o AP em decúbito dorsal
o AP em ortostase
• Tecidos moles
o Rins, trajetos uretrais e bexiga
o Bordas dos M. Psoas
o Gordura pré-peritoneal e parede
abdominal
o Fígado, vesícula, vias biliares
o Baço
o Região do pâncreas
• Cúpulas diafragmáticas
• Padrão de distribuição gasosa intestinal
• Estruturas ósseas
Apendicite aguda
Nota: Muita das vezes o diagnóstico de apendicite nem sempre necessita de contraste
para visualização do apêndice
Diverticulite aguda
o Doença Diverticular
▪ Geralmente pacientes mais velhos
o Mais comum no cólon sigmóide
o Pode simular apendicite (Localização)
▪ Entretanto a diverticulite é mais comum no lado esquerdo
o USG pode diagnosticar (Baixa sensibilidade)
o TC método de escolha
o Pneumoperitônio (Perfuração)
o Fistula com a bexiga
Apendagite
Colescistite aguda
Nota: A radiografia não diagnostica colecistite, devendo ser clínico ou outros métodos
de imagem.
Nota: É mais comum encontrar cálculos renais que cálculos biliares, pois este último é
feito a partir de colesterol e nem sempre terá cálcio suficiente para aparecer no RX.
Nota: Gás dentro da vesícula pode ser colescistite enfisematosa (Comum em paciente
mais velhos e diabéticos)
o Obstrução Funcional
▪ Íleo adinâmico (Pós-cirúrgico)
o Obstrução mecânica
▪ Mais comum
▪ Obstáculo físico que dificulta a passagem do bolo intestinal
o Tumores, intussuscepção (Invaginação intestinal), bolo de áscaris
o Íleo biliar: Complicação da colescistite em que há criação de uma
fístula íleo entérica, quando o cálculo impacta na válvula íleocecal.
(Obstrução mecâmica)
▪ Assim como a colescistite enfisematosa, provoca gás na
vesícula biliar
o Obstrução mecânica fechada: Oclusão em dois pontos do trato
intestinal (Pontos proximal e distal)
▪ Obstrução do cólon com vávula ileocecal incompetente
▪ Vólvulo
▪ Obstrução por hérnias
o Invaginação intestinal: Sinal do alvo no ultrassom
Figura 68 Imagem por USG apresentando parênquima hepático com aumento na ecorrefrigência, ficando
com coloração semelhante a medula renal.
Figura 69 Imagens realizadas a partir de TC, revelando a esquerda o parênquima hepático com mesma densidade que o baço, enquanto na imagem
direita há uma hipodensidade em relação ao baço, entretanto os vasos no fígado mantiveram sua densidade, dando uma impressão que se tornaram
Hiperdensos. Esta imagem da direita apresenta achados compatíveis com Esteatose Hepática.
Nota: Na RM, temos que o T1 dentro de fase (In-Phase) em que há uma maior
intensidade de sinal do que no T1 fora de fase (Out-Of-Phase). Essa queda de sinal
representa a gordura microscópica. Pode ser feita uma sequência Fat-Sat que apaga a
gordura macroscópica, entretanto não apaga a gordura microscópica. Vale ressaltar
que este método é mais relevante para esteatose focal.
Figura 71 Na imagem a direita percebe-se múltiplos nódulos hipodensos na TC. Isso pode levantar dúvidas de CA hepático, entretanto na RM na
sequencia T1 Out-Of-Phase ocorre hiposinal, confirmando que são áreas de preservação no fígado com esteatose hepática.
• Primária:
o Distúrbio genético que determina aumento da absorção de ferro
• Secundária:
o Múltiplas transfusões sanguíneas (Hemossiderose), ingesta
aumentada, etc
• Aumento do risco de doença crônica parenquimatosa e carcinoma
hepatocelular (CHC) em 36% dos casos, além de CA colorretal.
• Sem representações na USG – A não ser que sejam sinais secundários de
esteatose associada ou de cirrose instalada.
• Na TC: Aumento da atenuação (Densidade) hepática que fica maior que o
baço
• Diagnóstico diferencial: Doença de Wilson (Depósito de Cobre) ou depósito
de amiodarona
• Ressonância magnética: Mostra fígado hipointenso em T1 e T2 e pode
quantificar o depósito de ferro hepático com protocolos específicos (Único
método que faz a quantificação do ferro, sendo importante para
acompanhar o tratamento).
• Quando há uma presença de ferro no fígado pode acontecer o oposto que
na esteatose entre o T1 In Phase para o T1 Out-Of-Phase. Ou seja, há um
aumento de sinal.
Figura 73 RM evidenciando aumento do sinal entre T1 In-Phase para T1 Out-Of-phase, sendo exatamente o oposto com o que ocorre na
esteatose hepática.
Cirrose Hepática:
Figura 76 USG avaliando a regularidade dos contornos. Na imagem a esquerda evidenciando parênquima normal com bordas lisas e
regulares, enquanto na imagem a direita bordas irregulares e parênquima com nódulos e presença de ascite.
Figura 77 RM evidenciando a presença nódulos sideróticos na hepatopatia crônica, ficando mais "escuro" In-Phase em comparação ao Out-Of-
phase.
• Amebiano:
o Entamoeba Histolytica – Sorologia positiva em até 94% dos casos
o Manifestação hepática é a mais comum extraintestinal (10% dos
casos)
o Terapia medicamentosa com boa resposta
o Conteúdo com aspecto de chocolate
• Piogênico:
o Disseminação hematogênica, colangite ascendente, superinfecção
o 50% são polimicrobióticos
o E. Coli é o microorganismo mais comum
o Diagnóstico e TTO precoces reduzem a mortalidade de 40% para 2%
o Microabscessos confluentes (Estágio inicial)
Nota: O USG não é tão bom para observar os abcessos, podendo ficar semelhante a
um nódulo sólido. Entretanto a TC e a RM, mostram as características das coleções
purulentas (Hipodensidade predominante e realce parietal que podem conter septos
ou não)
Figura 81 RM evidenciando abscessos hepáticos. Observe nos quadrados vermelhos o sinal de Y invertido, representando a glândula
adrenal.
Nódulos Benignos
• Cisto hepático
o Na TC com contraste o conteúdo hipoatenuante não leva a
contrastação, confirmando o diagnóstico de cisto hepático.
Figura 82 A presença do contraste confirma o diagnóstico de cisto hepático, pois o cisto não se contrasta uma vez que não possui vasos.
• Hemangioma
o Mais comum em mulheres
o Sem repercussões clínicas, a menos que seja muito grande,
recrutando muito sangue e distendendo a capsula de gliscon.
o Costuma ter uma característica peculiar de ser homogeneamente
hiperecogênico, sem sombra acústica em paciente jovem.
▪ Nos pacientes sem riscos, jovens geralmente não necessita
de maiores investigações. Entretanto caso o paciente seja
cirrótico ou tenha outros fatores de risco pode ser feita uma
TC ou RM.
o Na TC pode parecer cisto mas ao ser contrastado desenvolve
impregnação com realce gradual, globuliforme e centrípeto, sendo
essas características Patognomônicas para diagnóstico de
hemangioma.
Figura 83 Hiperplasia Nodular focal. Quando grande apresenta cicatriz central que se impregna tardiamente na contrastaçã. É um nódulo
hipervascular com tecido hepático funcional reunido em forma de nódulo.
Figura 86 RM evidenciando Adenoma hepático com T1 mais hipointenso enquanto T2 mais hiperintenso. Realçe
acontecendo na fase arterial e apagamento na fase tardia.
Nota: O USG é bom para encontrar os achados, mas não para dar o diagnóstico,
necessitando de outros exames de imagem como RM e TC.
• Critérios para diagnóstico do CHC pela American Association For The Study
Of Liver Diseases (AASLD)
o USG de 6-6 meses para cirróticos
o Nódulo < 1cm → Repetir 3-3 meses (Até estabilidade em 02 anos)
o Nódulo > 1cm → TC ou RM (Ou as duas)
• Hipervascular e Wash Out → CHC
o Fecha diagnóstico de CHC e dispensa Biopsia.
• Dúvida se mantém → Biopsia
Figura 87 RM com nódulo hipervascular na fase arterial e wash out, compatíveis com CHC.
Figura 89 Mesmo a lavagem rápida de pequenas áreas no nódulo já pode ser considerado CHC.
Nota: Nem sempre o cálculo de via biliar é visível pela TC pois pode ser
radiotranslúcido, sendo um método menos utilizado que a RM e USG.
• Método de avaliação das vias biliares por RM que não utiliza meio de
contraste paramagnético
• Sequências básicas da avaliação de abdome (T1 e T2)
• Sequencia colangiográfica – Volumétrica (Sem GAP) ponderada em T2
o Sensível ao fluxo muito lento das vias biliares
▪ Eventualmente outras estruturas de fluxo também muito
lento podem aparecer?
• Apaga o sinal das estruturas de partes moles e dos vasos mantendo em
evidência o sinal do conteúdo das vias biliares e outras com conteúdo
líquido.
• Sequencia com baixa resolução espacial, entretanto mostra bem a
anatomia das vias biliares
Nota: O Colédoco a partir dos 40 anos pode ganhar cerca de 0,1 cm anualmente no
seu calibre, podendo estar um pouco dilatado de forma fisiológica. Entretanto
colédocos acima de 1cm são dilatados de forma anormal, em todas as idades.
Doença de Caroli:
Figura 95 Representação da
Doença de Caroli
Leonardo Bomfim Barreto – Acadêmico do 5º Semestre de Medicina na UNEB
Nota: A classificação de Todani é utilizada para apresentar o tipo de envolvimento da
via biliar na patologia. (Bastante utilizada pelos cirurgiões)
Figura 96 Doença de Caroli. Observe nas setas da imagem a direita a formação do sinal Dot Sign.
Figura
Leonardo Bomfim Barreto – Acadêmico do 5º Semestre de Medicina na UNEB 98 Classificação de Todani.
Causas Obstrutivas
Coledocolitiase:
Figura 103 A esquerda o sinal do colar de contas representado na sequência colangiográfica, enquanto na imagem a
direita a colangite esclerosante está identificada através da CRPE, em que o paciente é submetido a endoscopia e
posterior raio-x.
Colangite Piogênica:
• Envolvimento inflamatório
infeccioso das vias biliares
• Na RM com contraste:
Realçe Peri-Ductal (Nem
sempre visto)
o Método ideal para o
diagnóstico
o USG e TC não são
boas opções
o CPRM pode
encontrar dilatação
mas não dá diagnóstico Figura 104 RM contrastada
apresentando realçe periductal
• Diagnóstico clínico com diagnóstico de colangite
piogênica.
Figura 110 O colangiocarcinoma periférico, ao contrário do CHC, impregna-se mais tarde. Dessa forma está apagado
na fase arterial e aceso na fase excretora.
• Variações anatômicas
o Agenesia Renal
o Rim em ferradura
o Duplicação do sistema coletor/ureteres
o Ectopia renal
• Distúrbios associados
o Tríade de Randall (Infecção, estase urinária e calculose)
o Alterações do trato genital (Ex.: Anomalias uterinas ou das vesículas
seminais)
• Urografia excretora (Não é mais tão utilizada devido a carga de radiação)
• Radiografia Simples
• USG, TC e RM
Agenesia Renal
• Paciente assintomático
• Relativamente rara
• Diagnóstico diferencial com exclusão
funcional do rim
o Não será achado na USG,
entretanto na TC poderá ser
encontrado um cisto que
representa o que teria sido o
rim.
▪ Isso não significa que
é necessário realizar
uma TC apenas para
buscar o rim não
Figura 112 TC evidenciando Agenesia Renal.
encontrado na USG.
Rim em Ferradura
Ectopia Renal
• Unilateralmente na pelve
• Pode acontecer uma Ectopia
Renal Cruzada
Nota: No caso de suspeita de agenesia renal deve-se sempre procurar o rim na pelve.
Figura 117 Duplicação do sistema coletar. Da esquerda para direita: Urografia excretora, representação da uma
duplicação completa, representação de uma duplicação parcial.
Figura 118 USG evidenciando Hipertrofia da Coluna de Bertin. Sendo frequentemente confundido com duplicação do
sistema coletor e até CA de Rim.
Urolitíase
Pielonefrite
Figura 120 USG com rim na imagem a direita apresentando tamanha aumentado, entretanto de dificil visualização.
Figura 121 Nefrograma estriado, observe como não se opacifica com o contraste de forma homogênea.
Cistos Renais
• Classificação de Bosniak
o Aceita para TC ou RM (Preferencialmente aplicada na TC)
o Define conduta relacionada ao acompanhamento ou tratamento de
cistos renais
o Escalas varia entre I a IV
▪ II se divide em IIF e IIA
o Somente os cistos III e IV são cirúrgicos
• Bosniak I e II
o Paredes finas, sem
realce ao contraste.
o Não necessitam
intervenção.
• Bosniak IIF (Follow-Up)
o Lesões totalmente
intrarrenais de alta
atenuação e não
realçadas >3cm
• Bosniak III
o Massas císticas renais com septos espessados que apresentam
impregnação mensurável pelo contraste.
o Precisam ser removidos cirurgicamente
• Bosniak IV
o Massas císticas
nitidamente malignas que podem ter todos os
critérios da categoria III, mas também
apresentam componentes de tecidos moles
vascularizados que se impregnam de contraste
adjacentes as paredes ou aos septos.
o Estas lesões podem ser
carcinomas císticos que requerem cirurgia.
Figura 129 USG evidenciando Rim com seio renal dilatado e massa muito vascularizada.
Figura 128 TC evidenciando o que a primeira vista se assemelha a um abcesso, entretanto a parede é mais irregular e possui mais
septos.
Tumor do Urotélio
Figura 135 USG evidenciando tumor do urotélio. Pode-se movimentar o paciente para os lados, a fim de fazer
diagnóstico diferencial com coágulo que diferentemente do tumor, move-se com o deslocamento do corpo.