Bulhas Cardiacas

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bulhas.

b3 b4 Ambas são ruídos DIASTÓLICOS


encontram-se entre a B1 e a B2 no ciclo cardíaco. A diferença em relação ao
momento do ciclo em que aparecem, é que a B3 ocorre na proto-diástole
(após B2) e a B4 na pré-sistole (antes da B1).

Terceira Bulha Cardíaca (B3)


Em ambos os casos ela ocorre na mesma fase do ciclo. enchimento rápido. Ela
torna se audível quando o sangue proveniente do enchimento rápido vibra na
parede do ventrículo.
Fisiológico:
Ocorre em crianças e adultos jovens.
Devido à proximidade do coração com a parede torácica, e à Maior velocidade
do sangue na fase de enchimento ventricular.
O Isso ocorre pelo fato do coração desses indivíduos apresentar
um maior gradiente de pressão entre átrio e ventrículo, o que culmina na
passagem mais veloz de sangue para este.
O A B3 fisiológica é melhor audível com o indivíduo em decúbito lateral
esquerdo.
O É característico do seu desaparecimento quando o paciente está de pé ou
sentado. Caso continue presente, deve-se pensar em Cardiopatia.

Patológica:
 Ocorre pela vibração do sangue proveniente da fase de enchimento rápido
em uma parede ventricular dilatada
por hipertrofia excêntrica
concêntrica excentrica

excentrica
Quarta Bulha Cardíaca (B4)

FISIOPATOGÊNESE
A quarta bulha, na maioria das vezes, é patológica. Exceto em situações como as
síndromes hipercinéticas ou quando trata-se de um atleta. Tanto é verdade que, diz-se
que, caso ausculte uma B4 em um indivíduo normal e ele não apresenta síndrome
hipercinética ou não é atleta, com certeza há uma cardiopatia associada que não foi
inicialmente diagnosticada.
Diferente da terceira bulha, a B4 ocorre na última fase do enchimento ventricular –
representada pela contração atrial. Essa fase é responsável por cerca de 20 a 30% do
sangue ejetado para o ventrículo.

Ocorre pela vibração do sangue durante a contração atrial em um ventrículo


pouco complacente.

A baixa complacência do ventrículo pode ocorrer em diversos processos,


como na hipertrofia concêntrica, doenças infiltrativas do miocárdio, inflamações
miocárdicas, infarto, etc. Porém, dentre essas, aquela que mais
frequentemente leva ao aparecimento da quarta bulha é a HIPERTROFIA
CONCÊNTRICA.

A B4 desaparece na fibrilação atrial (FA). Fato justificado pela sua


patogênese – a bulha surge na fase de contração atrial.
Hipertrofia concentrica
Características Gerais (B3 e B4)

São ruídos de baixa frequência (grave);


o Portanto são melhores vistos na palpação;
o Na ausculta são melhores audíveis utilizando a campânula do estetoscópio,
pois esta transmite melhor os sons de baixa frequência.

São diastólicos (B3 é proto-diastólico e B4 é tele-diastólico ou pré-sistólico);

Podem ser auscultadas tanto no foco mitral como tricúspide, sendo devido a
alterações do ventrículo direito ou esquerdo;

São melhores auscultadas em decúbito lateral esquerdo, por aproximar a


ponta do coração da caixa torácica.

Cliques e Estalidos
São sons de alta frequência (agudos) – melhores audíveis com o diafragma
do estetoscópio;

Ocorrem próximos a B1 (cliques de ejeção) ou à B2 (estalidos de abertura);

Surgem quando há estenose valvar;

Desaparecem quando a valva calcifica ou torna-se imóvel.


Como diferenciá-los de B3 e B4?

Atrito Pericárdico
Ocorre na pericardite aguda;

Desaparece quando surgem grandes derrames pericárdicos ou quando a


pericardite é crônica;

É um ruído de alta frequência, áspero e raspante. Assemelha-se ao ranger


de “couro novo”;

É melhor audível com a flexão do tronco do paciente e utilizando o diafragma


do estetoscópio pressionado sobre o tórax;

Pode ser audível em qualquer área do precórdio, mas predomina-se no foco


pulmonar e na borda esternal esquerda;

Pode ter 3 componentes, quando o atrito é completo. Sendo eles:
o Componente pré-sistólico
o Componente sistólico. Este é o componente mais comum.
o Componente proto-meso-diastólico. Este é o componente mais raro.
Sopro:
O sopro da EA é tipicamente um sopro mesossistólico de ejeção É
do tipo crescendo-decrescendo(diamante) e irradia-se para as
carótidas. O sopro interrompe-se antes da segunda bulha(B2), o
que ajuda a diferenciáo do sopro holossistólico da insuficiência
mitral (que engloba B2).

Ausculta cardíaca estenose mitral


À ausculta cardíaca a insuficiência mitral produz um sopro sistólico característico, de
regurgitação, podendo preencher toda a sístole (holossistólico). É comum que a
deficiência estrutural da valva resulte em hipofonese da 1a bulha. Digamos que ela não
se fecha direito, provocando um som mais fraco que o normal. Vem a seguir o turbilhão
regurgitante através da valva doente, que deixa um pouco de sangue refluir ao átrio
durante a contração ventricular, provocando o sopro.

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