Trabajo Practico Fonetica
Trabajo Practico Fonetica
Trabajo Practico Fonetica
O aparelho fonador apresenta varias estruturas importantes que vão participar na formação
sonora. A laringe é o principal órgão do aparelho fonador por que abriga as pregas vocais, que
são as estruturas vibrantes responsáveis pela produção sonora. Serão destacados os aspectos
considerados mais importantes das estruturas para a melhor compreensão das alterações
vocais de interesse no trabalho.
A laringe é uma estrutura que apresenta um esqueleto de cartilagens hialinas (figuras 1,2 e 3),
sendo que as mais importantes relacionadas com a fonação são a tireoidea, cricoidea e
aritenoideas.
A cartilagem tireoidea é a maior e a cricoidea é a segunda maior cartilagem laríngea.
A cartilagem tireoidea articula-se com a cricoidea sobre sua superfície postero-lateral,
permitindo assim, movimento de rotação e um pequeno movimento ‚antero-posterior.
Há duas cartilagens aritenoideas, cada uma posicionada sobre um lado da linha media, sobre a
superfície supra-posterior da cartilagem cricoidea. A base horizontal da cartilagem aritenoidea,
que se articula com a cricoidea, é côncava, onde estas cartilagens se articulam.
Cada cartilagem aritenoidea apresenta uma região chamada de processo vocal, sendo este o
ponto de fixação posterior da prega vocal. Um outro ponto relevante È o processo muscular
onde se fixam vários músculos.
Também existe uma cartilagem em forma de folha chamada de epiglote que se fixa sobre a
superfície medial da cartilagem tireoidea. Essa cartilagem auxilia no direcionamento de
alimentos ao esôfago durante a deglutição contribuindo para evitar a entrada de alimentos na
via respiratória inferior. Na fonação, ela se movimenta durante a produção de diferentes
vogais e consoantes, podendo dificultar a visualização das pregas vocais quando são
empregadas técnicas de exames com introdução de equipamentos diagnósticos pela boca da
pessoa examinada, como por exemplo, o uso da ótica rígida na realização de
videolaringoscopia diagnostica Outras cartilagens menores são as corniculadas e as
cuneiformes.
O músculo aritenoideo tem duas partes e posiciona-se entre as duas cartilagens aritenoideas.
A sua atividade pode promover a adução (aproximação das pregas vocais) fundamental na
fonação e também a aproximação das aritenoides, fechando a via aérea posterior,
fundamental para a sobrevivência, por exemplo, na deglutição.
O músculo cricoaritenoideo lateral é pareado, e pode puxar o processo muscular da cartilagem
aritnoide anteriormente, deslocando-a medialmente e aduzindo as próprias pregas vocais. Os
musculos aritenoideo e o cricoaritenoideo lateral atuam juntos para aduzir as pregas vocais e o
cricoaritenoideo posterior é o único que abduz (separação das pregas vocais) as pregas vocais,
pois um movimento de curta duração de sua atividade, rapidamente abduz as pregas vocais o
suficiente para cessar sua vibração.
O músculo cricotiroideo possui formato de leque e localiza-se entre as cartilagens cricoide e
tireoide. Sua função consiste em diminuir e aumentar o espaço entre a tiroide e a cricoide;
diminuir a massa das pregas vocais; e aumentar sua tensão, sendo que estas atividades têm
como principal objetivo alterar a frequência vocal. O músculo tiroaritenoideo compõe o corpo
das pregas vocais, tem a forma de um grosso feixe, e sua ação é encurtar e aduzir as pregas
vocais, diminuindo a distancia entre as cartilagens aritenoideas e tireoidea, tornando-se um
feixe mais largo e reduzindo a frequência da voz gerada. Estes músculos também podem ser
visualizados na Figura 1,2 e 3.
Esta função ocupa a maior parte do tempo desse órgão. A abertura da laringe
permite a entrada e a saída do ar dos pulmões. Durante a inspiração a laringe
é ligeiramente rebaixada, passando a ser deslocada ligeiramente para cima
durante a expiração; esse deslocamento é proporcional à intensidade da
respiração. A traquéia e o diafragma participam da descida da laringe,
contribuindo, junto com o músculo cricoaritenóideo posterior, para o
afastamento das aritenóideas e das pregas vocais. Os músculos infra-hióideos
contribuem para a descida dacartilagem tireóidea e, conseqüentemente, para a
abertura da laringe.
Função Deglutitória
Função Fonatória
Um som de freqüência alta significa uma vibração rápida das pregas vocais e a
percepção acústica do ouvinte será de um som mais agudo. A intensidade da
produção da voz é determinada pela intensidade de vibração das pregas
vocais, associada ao nível de pressão subglótica.
https://www.todamateria.com.br/laringe/
Epiglote
A epiglote é uma saliência amarelada cartilaginosa, que se encontra no início da laringe.
Ela se parece com uma espécie de lâmina que se encontra na parte traseira da língua,
que serve para fechar a ligação da faringe com a glote, evitando assim que o sistema
respiratório se ligue ao sistema digestivo. Ela funciona como uma espécie de válvula da
laringe. A função da epiglote é evitar que alimentos e bebidas entrem na via
respiratória; ela se abre quando engolimos algo, permitindo que os alimentos que
ingerimos passem com segurança para o sistema digestório. A falha desta abertura
resulta em engasgamento.
Existem doenças que podem afetar a epiglote, como por exemplo, a epiglotite, que
seria a inflamação da epiglote, causada por uma bactéria, ocasionando obstrução
da via respiratória. Alguns sintomas comuns da epiglotite são dor de garganta,
rouquidão, frequente febre alta, dificuldade em deglutir e respirar. Em crianças, a
dificuldade em deglutir faz com que a criança babe.
Esta doença é mais comum em crianças, mas já existem vacinas contra a bactéria,
que geralmente é aplicada quando se tem 2 meses de idade. A infecção geralmente
se inicia no trato respiratório, com uma inflamação no nariz ou na garganta e acaba
alcançando a epiglote. O tratamento é baseado em antibióticos e pode durar de
entre 1 e duas semanas.
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/epiglote/
Pregas vocais
As pregas vocais localizam-se na laringe e são as estruturas responsáveis pela emissão de
sons.
A emissão de sons é uma importante forma de comunicação entre os animais, ajudando-
os a encontrar um parceiro, marcar território e até avisar outros membros de uma
população sobre um possível perigo. Nos seres humanos, a emissão de sons permite uma
comunicação ainda mais especializada, pois possibilita a troca ampla de ideias e
conhecimentos.
As pregas vocais, anteriormente denominadas de cordas vocais, são as responsáveis
pela emissão de sons nos seres humanos e em algumas espécies de animais, como o
cachorro. Essas estruturas, localizadas na laringe, vibram em virtude da pressão do ar
vinda do pulmão, o que gera a produção de sons, que são modificados de acordo com a
articulação feita pela boca e amplificados graças à chamada caixa de ressonância, que é
formada pela laringe, faringe, boca e nariz.
Cada pessoa possui duas pregas vocais, sendo cada uma delas formada por um corpo e
uma cobertura. O corpo da prega é uma estrutura muscular formada pelo músculo vocal,
enquanto a cobertura é formada por um epitélio e a camada superficial da lâmina própria.
Entre o corpo e a cobertura existe uma camada de transição formada pela camada
intermediária e profunda da lâmina própria. O corpo tornar-se rígido no momento da
fonação, enquanto a cobertura é móvel e capaz de vibrar.
No momento em que estamos respirando normalmente, as pregas vocais apresentam-se
separadas e formam uma abertura com formato triangular entre elas. Quando as pregas
vibram, no momento da fonação, elas ficam muito próximas uma da outra. Observe a
figura seguir:
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/pregas-vocais.htm
O que são a glote e a epiglote?
→ Função da epiglote
A epiglote impede que o alimento entre no sistema respiratório. Isso é importante porque o
alimento, quando entra no sistema respiratório, pode causar asfixia e, até mesmo, morte.
O sistema fonatório é formado pela laringe, cuja função primordial é obstruir a entrada de
comida nos pulmões através de sua parte superior, a epiglote. Na laringe encontram-se as
cordas ou pregas vocais, que podem dificultar a passagem da corrente de ar. E chama-se glote
o espaço que propicia a passagem de ar entre as pregas vocais. O funcionamento desse
sistema é importante para compreender a característica surdo/sonoro ou
vozeado/desvozeado na produção dos sons: quando os sons são produzidos pela vibração das
pregas vocais são denominados de sonoros ou vozeados e quando são produzidos sons sem a
vibração das pregas, ocorrem os chamados sons surdos ou desvozeados. Desse fenômeno
articulatório resulta a distinção entre vogais e consoantes, pois quando o fluxo de ar que sai
dos pulmões não encontra obstáculo, produz sons vocálicos – não se desconsidera a
possibilidade de vogais surdas ou sussurradas defendida por alguns autores como Cagliari
(2009). Por outro lado, na articulação dos sons consonantais a corrente de ar pode ou não ser
obstruída e vibrar as pregas vocais, por isso os sons consonantais podem ser surdos ou
desvozeados, ou sonoros ou vozeados.
-Sistema respiratório: consiste dos pulmões, dos músculos pulmonares, dos tubos brônquios
e da traqueia. O sistema respiratório encontra-se na parte inferior à glote, que é denominada
cavidade infraglotal. A função primária do sistema respiratório é obviamente a produção da
respiração.
SISTEMA FONATÓRIO
O sistema fonatório é um dos três sistemas que constituem o aparelho fonador. Assim como
os outros sistemas a sua função fisiológica primária está relacionada a outras atividades
humanas. A fala é então sua função fisiológica secundária realizada em conjunto com os
demais órgãos dos sistemas respiratório e articulatório. Este sistema é constituído pela laringe,
um órgão fibromuscular que permite a passagem de ar que sai dos pulmões para a faringe. Na
laringe encontram-se uma série de músculos e cartilagens que desempenham funções
distintas, mas que ao mesmo tempo são complementares. Estes músculos e cartilagens são: a
glote, a epiglote e as pregas vocais. Cada um deles tem uma determinada função primária, mas
quando são usadas para a produção da voz suas funções se complementam. Desta forma, a
função primária da laringe é atuar como uma válvula que obstrui a entrada de comida nos
pulmões por meio do abaixamento da epiglote. Sendo a sua função secundária a produção da
voz em conjunto com os demais órgãos do aparelho fonador. O órgão responsável pela
obstrução da entrada de comida nos pulmões é a epiglote que está localizada no final da
língua e acima da laringe. Este órgão por meio do movimento de abaixamento também
funciona como um separador do sistema fonatório/respiratório do digestório. Há ainda na
laringe a presença de dois pares de músculos estriados que, por meio de movimentos de
afastamento e fechamento, obstruem a passagem do ar. Quando estão em repouso estes
músculos não produzem sons, pois entre eles há um afastamento que permite o escape do ar.
Este afastamento ou espaço existente entre as pregas vocais é denominado glote. Na glote,
apenas o par de pregas vocais inferiores está relacionado ao processo de fonação por meio de
sua vibração. Os sons produzidos podem ser divididos em dois grupos: os sons vozeados que
são produzidos por meio de vibração e os sons desvozeados que são produzidos pela não
vibração das pregas vocais.
Ql. Qual o mecanismo da corrente de ar? Poucos sons produzidos por seres humanos podem
ser descritos sem levarmos em consideração o mecanismo da corrente de ar. Entre os sons
que não fazem uso do mecanismo de corrente de ar em sua produção o mais conhecido é o
ranger dos dentes. A corrente de ar pode ser pulmonar, glotálica ou velar. Os segmentos
consonantais do português são produzidos com o mecanismo de corrente de ar pulmonar.
Este é o mecanismo utilizado normalmente no ato de respirar. O mecanismo de corrente de ar
glotálico não ocorre em português e o mecanismo de corrente de ar velárico ocorre em
algumas exclamações de deboche e negação.
Q2. A corrente de ar é ingressiva ou egressiva? Em sons produzidos com a corrente de ar
egressiva o ar se dirige para fora dos pulmões e é expelido por meio da pressão exercida pelos
músculos do diafragma. Os segmentos consonantais do português são produzidos com a
corrente de ar egressiva. Já nos sons produzidos com uma corrente de ar ingressiva o ar se
dirige de fora para dentro dos pulmões (como se estivéssemos “engolindo” ar). A corrente de
ar ingressiva ocorre em exclamações de surpresa de certos falantes do francês e não ocorre
em português.
Q3. Qual o estado da glote? A glote é o espaço entre os músculos estriados que podem ou não
obstruir a passagem de ar dos pulmões para a faringe. Estes músculos são chamados de cordas
vocais. Diremos que o estado da glote é vozeado (ou sonoro) quando as cordas vocais
estiverem vibrando durante a produção de um determinado som. Em outras palavras, durante
a produção de um som vozeado os músculos que formam a glote aproximam-se e devido a
passagem da corrente de ar e da ação dos músculos ocorre vibração. Em oposição,
denominamos o estado da glote de desvozeado (ou surdo) quando não houver vibração das
cordas vocais. Não há vibração das cordas vocais nem ocorre ruído durante a produção de um
segmento desvozeado. Isto se dá porque os músculos que formam a glote encontram-se
completamente separados de maneira que o ar passa livremente. Na verdade as categorias
vozeado e desvozeado podem ser interpretadas como limites de um contínuo que faz uma
gradação de sons vozeados a sons desvozeados (passando por sons que têm características de
vozeamento intermediárias). Por exemplo, os sons [b,d,g] no português são produzidos com a
vibração das cordas vocais e são portanto sons vozeados. Já em inglês os sons [b,d,g] são
produzidos com a vibração das cordas vocais em um grau menor do que aquele observado
para o português. Embora os sons [b,d,g] sejam vozeados tanto em português quanto em
inglês ao fazermos uma descrição destes sons em cada uma destas línguas devemos
caracterizar os diferentes graus de vozeamento: completamente vozeados em português e
parcialmente vozeados em inglês. Entretanto, estas duas modalidades - vozeado e desvozeado
- são suficientes para o propósito da descrição dos segmentos consonantais apresentada aqui.
Observe a vibração (ou não) das cordas vocais na produção dos sons v e f.
Q4. Qual a posição do véu palatino? Para observarmos a oposição entre um segmento oral e
um segmento nasal devemos nos concentrar na posição do véu palatino. Para isto, podemos
acompanhar o que acontece com a úvula, pois ela localiza-se no final do véu palatino ou palato
mole. A úvula é comumente chamada de “campainha”. É aquela “gota de carne” que vemos
quando observamos a boca de uma pessoa aberta (por exemplo para ver se a pessoa está com
dor de garganta (consulte a figura 5). Peça a um colega para alternar a pronúncia da vogal a
(como em “lá”) com a vogal ã (como em “lã”) mantendo a boca o mais aberta possível
(somente as vogais devem ser pronunciadas!). O que você deverá observar é que durante a
produção da vogal a a úvula deverá estar levantada portanto o ar não terá acesso à cavidade
nasal e não haverá ressonância nesta cavidade. Temos então um som oral. Na produção da
vogal ã a úvula deverá estar abaixada e o ar deve então penetrar na cavidade nasal havendo ali
ressonância. Temos então um som nasal. Concentre-se agora na posição assumida por sua
própria úvula na produção de um segmento oral e nasal.
Lugar de articulação
Bilabial: O articulador ativo é o lábio inferior (11) e como articulador passivo temos o lábio
superior (5). Exemplos: pá, boa, má.
Labiodental: O articulador ativo é o lábio inferior (11) e como articulador passivo temos os
dentes incisivos superiores (6). Exemplos: faca, vá.
Dental: O articulador ativo é ou o ápice ou a lâmina da língua (13 ou 14) e como articulador
passivo temos os dentes incisivos superiores (6). Exemplos: data, sapa, Zapata, nada, lata.
Alveolar: O articulador ativo é o ápice ou a lâmina da língua (13 ou 14) e como articulador
passivo temos os alvéolos (7).
Consoantes alveolares diferem de consoantes dentais apenas quanto ao articulador passivo.
Em consoantes dentais temos como articulador passivo os dentes superiores. Já nas
consoantes alveolares temos os alvéolos como articulador passivo. Exemplos: data, sapa,
Zapata, nada, lata.
Alveopalatal (ou pós-alveolares): O articulador ativo é a parte anterior da língua (15) e o
articulador passivo é a parte mediai do palato duro (8). Exemplos: tia, dia (no dialeto carioca),
chá, já.
Palatal: O articulador ativo é a parte média da língua (16) e o articulador passivo é a parte final
do palato duro (8). Exemplos: banha, palha.
Velar: O articulador ativo é a parte posterior da língua (17) e o articulador passivo é o véu
palatino ou palato mole (9). Exemplos: casa, gata, rata (o som r de “rata” varia
consideravelmente dependendo do dialeto em questão. Indicamos aqui a pronúncia velar que
ocorre tipicamente no dialeto carioca. Uma discussão detalhada dos sons de r em português
será apresentada posteriormente).
Glotal: Os músculos ligamentais da glote (21) comportam-se como articuladores. Exemplo:
rata (na pronúncia típica do dialeto de Belo Horizonte).
Para alguns falantes de Cuiabá, consoantes africadas ocorrem em palavras como “chá” e “já”
(que são pronunciadas como “tchá” e “djá” respectivamente). Na maioria dos dialetos do
português brasileiro temos uma consoante fricativa nas palavras “chá” e “já”.
Tepe (ou vibrante simples): O articulador ativo toca rapidamente o articulador passivo
ocorrendo uma rápida obstrução da passagem da corrente de ar através da boca. O tepe
ocorre em português nos seguintes exemplos: cara. brava.
Vibrante (múltipla): O articulador ativo toca algumas vezes o articulador passivo causando
vibração. Em alguns dialetos do português ocorre esta variante em expressões como “orra
meu!” ou em palavras como “marra”. Certas variantes do estado de São Paulo e do português
europeu apresentam uma consoante vibrante nestes exemplos.
Exemplos:
Articulações secundárias
Segmentos consonantais podem ser produzidos com uma propriedade articulatória secundária
em relação às propriedades articulatórias fundamentais deste segmento. Por exemplo, quando
pronunciamos uma seqüência como su certamente arredondamos os lábios durante a
articulação da consoante s. Uma vez que a articulação de segmentos consonantais
normalmente não envolve o arredondamento dos lábios dizemos que a labialização é uma
propriedade articulatória secundária da consoante em questão. Propriedades articulatórias
secundárias geralmente ocorrem de acordo com o contexto ou ambiente, ou seja, a partir de
efeitos de segmentos adjacentes. Para marcarmos uma propriedade articulatória secundária
utilizamos um diacrítico ou símbolo adicional junto à consoante em questão. A propriedade
adicional de labialização descrita acima é condicionada ao fato de uma consoante ser seguida
de uma vogal produzida com arredondamento dos lábios. Abaixo listamos as articulações
secundárias dos segmentos consonantais relevantes para o português.
Consideremos agora uma transcrição como ['kilu]. Este tipo de transcrição explicita apenas as
propriedades segmentais e omite os aspectos condicionados por contexto ou características
específicas da língua ou dialeto. Queremos dizer com isto que a palatalização e labialização
não foram registradas em ['kilu] (pois tanto a palatalização quanto a labialização são
previsíveis pela vogal seguinte). No registro do [1] pode-se interpretá-lo como um segmento
alveolar ou dental sem haver a necessidade de utilizar-se o símbolo [ 1 ]. Isto porque a
generalização quanto aos segmentos serem dentalizados deve ser expressa para a língua como
um todo. No caso da língua fazer distinção entre segmentos alveolares e dentais faz-se então
relevante acrescentar o diacrítico [ J à transcrição fonética. Denomina-se transcrição fonética
ampla aquela transcrição que explicita apenas os aspectos que não sejam condicionados por
contexto ou características específicas da língua ou dialeto: como ['kilu] (em oposição a
['kjiPvu] que é uma transcrição fonética restrita).