03 Anexo A
03 Anexo A
03 Anexo A
ANEXO A
RENDIMENTOS DO TRABALHO DEPENDENTE E PENSÕES
Deve ser apresentado nos prazos e locais para a apresentação da declaração de rendimentos
modelo 3 do IRS, da qual faz parte integrante.
Os rendimentos desta natureza, obtidos fora do território português por sujeitos passivos
residentes em Portugal e os respetivos descontos para a segurança social, bem como o
imposto pago no estrangeiro, devem ser declarados apenas no Anexo J.
Os rendimentos isentos que devam ser englobados para efeitos de determinação de taxa
devem ser declarados, apenas, no quadro 4 do Anexo H (Benefícios Fiscais e Deduções).
No que se refere aos rendimentos do trabalho dependente (Categoria A), são, pois, de
declarar neste anexo A, todas as remunerações pagas ou postas à disposição do seu titular
provenientes de:
- exercício de função, serviço ou cargo públicos [alínea c) do n.º 1 do art.º 2.º do CIRS];
IRS 2014 67
Anexo A
- as remunerações dos membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas e entidades
equiparadas, com exceção dos que neles participem como revisores oficiais de contas
(que serão sempre de incluir na categoria B) [alínea a) do n.º 3 do art.º 2.º do CIRS];
- os abonos para falhas devidos a quem, no seu trabalho, tenha de movimentar numerário,
na parte em que excedam 5% da remuneração mensal fixa [alínea c) do n.º 3 do art.º 2.º
do CIRS];
- a quota-parte, acrescida dos descontos para a segurança social que constituam encargos
do beneficiário, devida a título de participação nas companhas de pesca aos pescadores
que limitem a sua atuação à prestação de trabalho [alínea f) do n.º 3 do art.º 2.º do CIRS];
No que diz respeito às pensões (Categoria H), são de declarar neste anexo A:
68 IRS 2014
Anexo A
- Subsídio de refeição na parte em que não exceder, quando pago em dinheiro, o limite
legal estabelecido (€ 4,27), ou na parte em que não exceder tal limite acrescido de 60%
sempre que o respetivo subsídio seja atribuído através de vales de refeição [cfr. n.º 2)
da alínea b) do n.º 3 e n.º 14 do artigo 2.º do CIRS, com a redação dada pela Lei n.º 66-
B/2012, de 31/12];
IRS 2014 69
Anexo A
Pago em:
Diploma
Ano
Dinheiro Vales de refeição
(1) - Para os anos de 2010 e 2011 não foi publicada a respetiva Portaria. Assim, mantém-se em vigor o valor
fixado para o ano de 2009, que consta da Portaria n.º 1553-D/2008, de 31/12, alterada pela Portaria n.º
1458, de 31/12.
(2) - Para o ano de 2012 mantém-se em vigor o valor de € 4,27, que consta da Portaria n.º 1553-D/2008, de
31/12. No entanto foi alterado, pela Lei n.º 64-B/2011, de 30/12, o limite máximo para efeitos da não
tributação [cfr. n.º 2) da alínea b) do n.º 3 do art.º 2.º do CIRS].
(3) - Para o ano de 2013, quando pago em dinheiro, mantém-se em vigor o valor de € 4,27, que consta da
Portaria n.º 1553-D/2008, de 31/12. Quando pago através de vales de refeição mantém-se o valor de
6,83 (€ 4,27 + 60%) [cfr. n.º 2) da alínea b) do n.º 3 do art.º 2.º do CIRS, e art.º 39.º da Lei n.º 66-B/2012,
de 31/12].
(4) - Para o ano de 2014, quando pago em dinheiro, mantém-se em vigor o valor de € 4,27, que consta da
Portaria n.º 1553-D/2008, de 31/12. Quando pago através de vales de refeição mantém-se o valor de
6,83 (€ 4,27 + 60%) [cfr. n.º 2) da alínea b) do n.º 3 do art.º 2.º do CIRS, e art.º 43.º da Lei n.º 83-C/2013,
de 31/12].
70 IRS 2014
Anexo A
- Abonos para falhas devidos a quem, no seu trabalho, tenha de movimentar numerário,
desde que não excedam 5% da remuneração mensal fixa (a) [alínea c) do n.º 3 do art.º 2.º
do CIRS]. Caso exceda este limite, apenas o excedente será tributado.
Como se vê, a parte excedente à remuneração mensal fixa, sujeita a IRS categoria A, é
determinada aplicando a respetiva percentagem (5%) sobre o vencimento mensal fixo,
acrescido da parte correspondente dos subsídios de férias e de Natal, excluindo as
diuturnidades (Inf. n.º 22/89 do NIR, sancionada por Despacho de 16/01/1989).
A alínea c) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS manda incluir nos rendimentos
do trabalho dependente (categoria A) os abonos para falhas na parte em que
excedam 5% da remuneração mensal fixa.
IRS 2014 71
Anexo A
72 IRS 2014
Anexo A
Os 5% que lhe vão ser pagos como abono para falhas também estão isentos de
IRS, tal como de qualquer trabalhador por conta de outrem se tratasse?
- Ajudas de custo, desde que não excedam os limites legais previstos para os servidores
do Estado [alínea d) do n.º 3 e n.º 14 do art.º 2.º do CIRS];
(1) - Para o ano de 2010 não foi publicada a respetiva Portaria. Assim, vigoraram os valores fixados para o
ano de 2009, que constam da Portaria n.º 1553-D/2008, de 31/12.
(2) - Para o ano de 2012 não foi publicada a respetiva Portaria. Assim, vigoram os valores fixados para o
ano de 2011, que constam do Decreto-Lei n.º 137/2010, de 28/12.
(3) - Com redução de 40% do valor da ajuda de custo no caso da alínea a) e da subalínea i) da alínea b) do
n.º 5 da Portaria n.º 1553-D/2008, de 31/12, de acordo com a alínea a) do n.º 3 do artigo 4.º do Decreto-
Lei n.º 137/2010, de 28/12, com a redação dada pelo artigo 42.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12.
(4) - Com redução de 40% do valor da ajuda de custo no caso da alínea a) e da subalínea i) da alínea b) do
n.º 5 da Portaria n.º 1553-D/2008, de 31/12, de acordo com a alínea a) do n.º 3 do artigo 4.º do Decreto-
Lei n.º 137/2010, de 28/12, com a redação dada pelo artigo 42.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31/12 (cfr. art.º
44.º da Lei n.º 83-C/2013, de 31/12).
IRS 2014 73
Anexo A
Ajudas de custo (tributação nos casos em que as verbas atribuídas como tal
não assumam natureza compensatória mas sim remuneratória)
74 IRS 2014
Anexo A
- Subsídio de viagem e de marcha, desde que não exceda os limites legais previstos para
os servidores do Estado [alínea d) do n.º 3 e n.º 14 do art.º 2.º do CIRS];
Deslocações
Ano Diploma
Em automóvel Em motociclo
próprio próprio (1)
2010 € 0,40 € 0,160 (2)
2011 € 0,36 (3) € 0,144 Decreto‑Lei n.º 137/2010, de 28/12
2012 € 0,36 € 0,144 (4)
2013 € 0,36 € 0,144 (4)
2014 € 0,36 € 0,144 (4)
(1) - O limite de isenção para estes veículos corresponde a 40% do limite fixado para os veículos automóveis
(cfr. Circular n.º 19/93, de 20/08/1993, SAIR).
(2) - Para o ano de 2010 não foi publicada a respetiva Portaria, pelo que vigorou o valor do ano anterior.
(3) - Com redução de 10% do valor fixada na Portaria n.º 1553-D/2008, de 31/12, de acordo com o n.º 4 do
artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 137/2010, de 28/12.
(4) - Para os anos de 2012, 2013 e 2014 não foi publicada a respetiva portaria, pelo que vigora o valor do ano
de 2011.
O valor pago ao quilómetro será 0,50 € /Km. Este valor está sujeito, no todo ou
em parte, a IRS?
IRS 2014 75
Anexo A
Exemplo:
F. trabalhou durante 10 anos e 6 meses na firma B, Lª, da qual saiu por motivo
de reforma. O contrato de trabalho estabelecia uma gratificação de € 20 000,00
que seria atribuída por cessação de contrato de trabalho, que ele recebeu. As
remunerações regulares dos últimos 12 meses totalizam € 16 300,00.
valor a tributar:
€ 20 000,00 - € 14 941,67 = € 5 058,33
76 IRS 2014
Anexo A
a) O sujeito passivo beneficiou, nos últimos cinco anos, de não tributação total ou
parcial relativamente a importâncias recebidas por cessação de contrato individual
de trabalho (cfr. n.º 7 do art.º 2.º do CIRS).
b) Nos 24 meses seguintes for criado novo vínculo profissional ou empresarial com a
mesma entidade ou outra que com ela esteja em relação de domínio ou de grupo
[cfr. parte final da alínea b) do n.º 4 do art.º 2.º do CIRS];
Tenha-se ainda em atenção que, segundo o disposto no n.º 6 do artigo 2.º do Código do
IRS, o regime de exclusão de tributação previsto no n.º 4 do mesmo normativo não
é aplicável às importâncias relativas aos direitos vencidos durante os contratos
ou situações, designadamente remunerações por trabalho prestado, férias, subsídios
de férias e Natal. Deste modo, do total da importância recebida pelo trabalhador no
momento da cessação do contrato de trabalho haverá que separar, desde logo, para
o cálculo do n.º 4, os montantes decorrentes de direitos vencidos durante a vigência
do contrato de trabalho, já que estas importâncias estão sujeitas a tributação nos
termos normais.
IRS 2014 77
Anexo A
78 IRS 2014
Anexo A
Também essa deve ser a solução, quer por efeito da lei, quer pelo critério da
substância económica, quando esteja em causa uma situação enquadrada no
artigo 285.º do novo Código do Trabalho:
IRS 2014 79
Anexo A
regimes não obrigatórios de segurança social, que, como vimos atrás, são
incluídas no rendimento tributável como vantagem acessória [cfr. ponto 3 da
alínea b) do n.º 3 do art.º 2.º], embora com as excepções que estudamos e que
são estabelecidas no Estatuto dos Benefícios Fiscais.
(José Guilherme Xavier de Basto, Prof. Universitário, em "IRS Incidência Real e Determinação
dos Rendimentos Líquidos", Coimbra Editora, edição de 2007, pág. 135/138)
(a) - [alínea c) do n.º 8 do art.º 2.º do CIRS, com a redação que vigorou até 31/12/2014. A partir
de 01/01/2015 vigora agora o disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 2.º-A dada pela Lei
n.º 82-E/2014, de 31/12]
Na maioria dos casos, estas prestações nem serão do exclusivo interesse do trabalhador,
pois também beneficiam a entidade patronal, pelo que não teria lógica tributá-las como
exclusiva vantagem daqueles. Optou-se, assim, por uma solução de exclusão, que parece
ter bom fundamento, atendendo à importância que a formação profissional assume numa
economia em mutação acelerada.
(cfr. José Guilherme Xavier de Basto, Prof. Universitário, em "IRS Incidência Real e Determinação dos
Rendimentos Líquidos", Coimbra Editora, edição de 2007, pág. 138/139)
80 IRS 2014
Anexo A
- Subsídio de desemprego, mesmo que recebido de uma só vez com vista à criação do
próprio emprego, não constitui remuneração resultante de contrato de trabalho, já que
não integra a categoria de rendimentos do trabalho dependente e, sendo certo que não
pode ser enquadrado em qualquer outra categoria, não está em caso algum sujeito a
tributação, razão pela qual não deve ser incluído no anexo A do IRS nem em qualquer
outro anexo da declaração modelo 3 (cfr. Desp. de 28/01/1989 - Inf. n.º 103/89, do NIR).
Lembramos que, neste caso, tecnicamente, não se trata de uma situação de isenção mas
sim de uma não sujeição a imposto.
- Subsídio de doença, desde que pago pela segurança social, não está sujeito a IRS.
Porém, o complemento de subsídio de doença pago pela entidade patronal adicionado
àquele subsídio, de modo a perfazer a totalidade do ordenado, por ser uma remuneração
resultante do contrato de trabalho ou de outro legalmente equiparado, é considerado
rendimento do trabalho dependente e, como tal, sujeito a IRS, nos termos do artigo 2.º
do respetivo Código (cfr. Desp. de 28/01/1989 - Inf. n.º 103/89, do NIR).
Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 12.º do Código do IRS não estão
sujeitas a tributação as importâncias auferidas a título de indemnização devida
em consequência de lesão corporal, doença ou morte, pagas ou atribuídas,
IRS 2014 81
Anexo A
1 - Com a nova redação dada ao n.º 1 do artigo 12.º do Código do IRS, pela
Lei n.º 67-A/2007, de 31 de dezembro, passaram a ser excluídas da incidência
de IRS todas as prestações qualificadas como indemnizações devidas em
consequência de lesão corporal, doença ou morte, pagas ou atribuídas nos
termos mencionados nas alíneas a) e b) da mesma disposição.
82 IRS 2014
Anexo A
QUADROS 1, 2 e 3
Trabalho dependente
01 |2_|__|__|__|
MODELO 3
Anexo A Pensões
No quadro 3, a identificação dos sujeitos passivos (campos 02 e 03) deve respeitar à posição
assumida para cada um no quadro 3A da declaração de rendimentos modelo 3.
IRS 2014 83
Anexo A
QUADRO 4A
PRIMEIRA COLUNA:
Nesta coluna devem identificar-se fiscalmente o NIF/NIPC das entidades que pagaram ou
colocaram à disposição os rendimentos mencionados neste quadro, tendo em conta que
a sua indicação se deve efetuar por cada titular (ver códigos nas instruções da terceira
coluna) e por cada código de rendimento (ver tabela na segunda coluna).
SEGUNDA COLUNA:
Nesta coluna deve indicar-se o código correspondente ao rendimento que lhe corresponde
de acordo com a tabela seguinte:
84 IRS 2014
Anexo A
Código Descrição
401 Trabalho dependente – Rendimento bruto
402 Gratificações não atribuídas pela entidade patronal [al. g) do n.º 3 do art.º 2.º do CIRS] – Tributação
autónoma
403 Rendimentos de agentes desportivos – tributação autónoma (anos de 2006 e anteriores)
404 Pensões (com excepção das pensões de sobrevivência e de alimentos)
405 Pensões de sobrevivência
406 Pensões de alimentos
407 Rendas temporárias e vitalícias
408 Pré-Reforma – Regime de transição
Com este código deve ser indicado o total dos rendimentos brutos, fixos ou variáveis,
auferidos, em numerário ou espécie, no âmbito do trabalho dependente, obtidos no
território português. Os rendimentos desta natureza obtidos fora do território português
são apenas declarados no anexo J.
IRS 2014 85
Anexo A
86 IRS 2014
Anexo A
Para efeitos de cálculo do IRS, o montante das bolsas de estudo será adicionado
às remunerações do mês em que são pagas para cálculo do imposto a reter.
(Desp. de 16/05/1989 - Inf. n.º 1541/89, do NIR)
NOTA:
Nada impede que a entidade empregadora suporte as despesas com a
frequência de um estabelecimento de ensino por parte de um seu trabalhador,
independentemente da forma como tal se processe (subsídio, comparticipação,
bolsa de estudo, etc.).
Por outro lado, as despesas suportadas pelo trabalhador estudante, desde que
por ele suportadas e devidamente comprovadas, serão consideradas despesas
com a educação, abatíveis à coleta do sujeito passivo, em conformidade
com o disposto no artigo 83.º do Código do IR, na redação que vigorou até
31/12/2014.
IRS 2014 87
Anexo A
NOTA:
Tal como consta do artigo 4.º do Estatuto do Bolseiro de Investigação,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 40/2004, de 18/8, «os contratos de bolsa não
geram relações de natureza jurídico-laboral nem de prestação de serviços,
não adquirindo o bolseiro a qualidade de trabalhador em funções públicas».
88 IRS 2014
Anexo A
Assim sendo, o "benefício" em causa, em nosso entender, não tem que ser
levado ao anexo A da declaração de rendimentos modelo 3 do IRS, nem a
qualquer outro da mesma declaração.
IRS 2014 89
Anexo A
o valor do respetivo uso e o valor pago pelo beneficiário a esse título, tendo
ainda em atenção [cfr. n.º 2 do art.º 24.º do CIRS, com a redação dada pela
Lei n.º 64-B/2011, de 30/12 (OE para 2012)] que:
90 IRS 2014
Anexo A
(a) - Até que o valor do indexante dos apoios sociais (IAS) atinja o valor da
retribuição mínima mensal garantida em vigor para o ano de 2010, mantém-
se aplicável este último valor para efeito das indexações previstas nos artigos
12.º, 17.º-A, 25.º, 79.º, 83.º, 84.º e 87.º do Código do IRS.
(cfr. n.º 1 do artigo 98.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31/12)
IRS 2014 91
Anexo A
92 IRS 2014
Anexo A
1 - Pela Lei n.º 143/99, de 31/8, que alterou o n.º 2 do artigo 29.º do Estatuto
dos Magistrados Judiciais, foram estes subsídios "... para todos os efeitos
equiparados a ajudas de custo ...".
IRS 2014 93
Anexo A
1 - Aos membros das mesas é atribuída uma gratificação cujo montante é igual
ao valor das senhas de presença auferidas pelos membros das assembleias
municipais dos municípios com 40.000 ou mais eleitores, nos termos da Lei n.º
29/87, de 30 de junho.
94 IRS 2014
Anexo A
A lei manda aplicar este regime, haja ou não haja prestação efetiva de
trabalho. Mesmo pois quando tais situações dispensam os trabalhadores de
qualquer prestação de trabalho, as respetivas remunerações são tributadas
na categoria A. E estende também o regime a todas as prestações, não
salariais, que sejam acordadas qualquer que seja o título, aos trabalhadores
dependentes antes de verificados os requisitos exigidos nos regimes
obrigatórios de segurança social para que se atinja a situação de reforma.
Podem, com efeito, existir contratos de trabalho (geralmente, a favor de
trabalhadores com elevadas remunerações) que prevejam compensações
especiais, antes de atingirem os requisitos para a passagem à situação de
reforma. Se não fosse esta norma, corria-se o risco de a qualificação de
tais remunerações ser a de pensões, já que não se trata tecnicamente de
compensações de pré-reforma, anteriormente referidas. Tais remunerações
serão tratadas como remunerações do trabalho dependente, em tudo igual
aos salários ou ordenados.
(cfr. José Guilherme Xavier de Basto, Prof. Universitário, em "IRS Incidência Real e
Determinação dos Rendimentos Líquidos", Coimbra Editora, edição de 2007, pág. 58/60)
96 IRS 2014
Anexo A
NOTA:
O Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9/4, regulamenta a proteção na parentalidade,
no âmbito da eventualidade maternidade, paternidade e adoção, dos
trabalhadores que exerçam funções públicas integrados no regime de proteção
social convergente.
NOTA:
Este Ofício-Circular encontra-se parcialmente revogado no que se refere às
remunerações e pensões auferidas pelos deputados ao Parlamento Europeu,
com exceção dos deputados, eleitos antes da entrada em vigor da Decisão
n.º 2005/684/CEE do Parlamento Europeu, de 28 de setembro, que aprova o
Estatuto dos Deputados ao Parlamento Europeu, e que tenham sido reeleitos,
poderem continuar a aproveitar da isenção constante no artigo 13.º do
Protocolo Relativo aos Privilégios e Imunidades Europeias, desde que tenham
comunicado, por escrito, ao presidente do Parlamento, no prazo de 30 dias
após a sua entrada em vigor, o desejo de se manterem no regime nacional
aplicável, como se pode ver do ponto 4 do Ofício n.º 20 159, de 08/02/2012,
da Direção de Serviços do IRS, que se encontra à frente transcrito com o título
"Remunerações e pensões auferidas pelos deputados ao Parlamento Europeu
(regime tributário aplicável em sede de IRS)".
É a alínea a) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS que nos diz que «consideram-
se ainda rendimentos do trabalho dependente as remunerações dos membros
dos órgãos estatutários das pessoas coletivas e entidades equiparadas, com
exceção dos que nelas participem como revisores oficiais de contas».
98 IRS 2014
Anexo A
2 - Regime transitório
IRS 2014 99
Anexo A
É o que consta do artigo 62.º do Código do IRS (na redação que vigorou
até 31/12/2014) ao dizer que «Se a determinação do titular ou do valor de
quaisquer rendimentos depender de decisão judicial, o englobamento só se
faz depois de transitada em julgado a decisão, e opera-se na declaração de
rendimentos do ano em que transite».
Exemplo:
Em 09/07/2014, transitou em julgado a sentença judicial em que o Francisco
tem direito a receber a importância total de 5 000 euros, respeitante a salários
em atraso, assim discriminados:
de trabalho subordinado.
Neste sentido, a alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IRS, considera
rendimentos do trabalho dependente, todas as remunerações pagas ou postas
à disposição do seu titular provenientes de trabalho por conta de outrem ao
abrigo de contrato de trabalho ou de outro a ele legalmente equiparado.
Por outro lado, os n.ºs 2 e 3 do artigo 2.º do CIRS contemplam várias formas de
remuneração susceptíveis de serem obtidas por um trabalhador dependente,
incluindo não apenas as que se podem caracterizar pela sua regularidade
e periodicidade, bem como todas as remunerações que compreendam
remunerações base, subsídios ou prémios e outras remunerações e ainda as
remunerações acessórias que sejam auferidas devido à prestação de trabalho
ou em conexão com esta e constituam para o respetivo beneficiário uma
vantagem económica.
Face ao exposto, o abono para despesas de instalação, constitui um
rendimento do trabalho nos termos do artigo 2.º do Código do IRS, como tal
sujeito às regras de tributação previstas para esta categoria de rendimentos.
(Informação vinculativa, Proc. 6314/2010, com despacho do substituto legal do Diretor-Geral dos
Impostos, de 27/10/2010)
Para tal, presume-se que a viatura foi adquirida pelo trabalhador ou membro de
órgão social, quando seja registada no seu nome, no de qualquer pessoa que
integre o seu agregado familiar ou no de outrem por si indicada, no prazo de
dois anos a contar do exercício em que a viatura deixou de originar encargos
para a entidade patronal (cfr. n.º 13 do art.º 2.º do CIRS).
Se, por exemplo, a viatura foi adquirida pela entidade patronal há quatro anos,
o seu valor de mercado corresponderá a 45% do respetivo valor de aquisição
(considerando uma taxa de desvalorização de 55%).
Nos termos do n.º 7 do mesmo artigo, considera-se como tal o que corresponder
à diferença entre o valor de aquisição e o produto desse valor pelo coeficiente
de desvalorização constante de tabela a aprovar por portaria do Ministro das
Finanças.
Assim:
Manda o Governo, pela Ministra de Estado e das Finanças, o seguinte:
Para os efeitos do disposto no n.º 7 do artigo 24.º do Código do IRS, o valor de
mercado é o resultante da diferença entre o valor de aquisição e o produto
desse valor pelo coeficiente de desvalorização acumulada correspondente
ao número de anos do veículo, de acordo com a seguinte tabela:
Idade do veículo Desvalorização anual Desvalorização acumulada
0 0,00 0,00
1 0,20 0,20
2 0,15 0,35
3 0,10 0,45
4 0,10 0,55
5 0,10 0,65
6 0,05 0,70
7 0,05 0,75
8 0,05 0,80
9 0,05 0,85
10 ou superior 0,05 0,90
(Portaria n.º 383/2003, de 14/5)
O uso de tal viatura com aquela finalidade tem implicações em sede de IRS
para o trabalhador em causa?
O IRS é um imposto direto, unitário e global, que incide sobre o valor anual dos
rendimentos auferidos pelas pessoas singulares, quer em dinheiro quer em
espécie, constantes das categorias A, B, E, F, G e H, tal como se prevê no n.º
1 do artigo 1.º do respetivo Código.
Por sua vez, o artigo 2.º do mesmo diploma, que trata dos rendimentos da
Categoria A, ou seja dos rendimentos do trabalho dependente, diz-nos
que se consideram como tais todas as remunerações pagas ou postas à
disposição do seu titular, designadamente, ordenados, salários, vencimentos,
gratificações, percentagens, comissões, participações, subsídios ou prémios,
senhas de presença, emolumentos, participações em coimas ou multas e
outras remunerações acessórias, ainda que periódicas, fixas ou variáveis, de
natureza contratual ou não.
E o n.º 3, alínea b), subalínea 9), do citado artigo, acrescenta que se consideram
ainda rendimentos do trabalho dependente, as remunerações acessórias,
nelas se compreendendo todos os direitos, benefícios ou regalias não
incluídos na remuneração principal que sejam auferidos devido à prestação de
trabalho ou em conexão com esta e constituam para o respetivo beneficiário
uma vantagem económica, designadamente, «os resultantes da utilização
pessoal pelo trabalhador ou membro de órgão social, de viatura automóvel
que gere encargos para a entidade patronal, quando exista acordo escrito
entre o trabalhador ou membro do órgão social e a entidade patronal sobre a
imputação àquele da referida viatura automóvel».
Mais uma vez chamamos a atenção para o facto de só haver lugar a tal tributação
caso exista acordo escrito entre o trabalhador e a entidade patronal. Se o
acordo for meramente verbal tal não releva para o efeito.
A lei quadro do voluntariado (Lei n.º 71/98, de 3/11 - art.º 7.º) e o diploma que a
regulamenta (Dec. Lei n.º 389/99, de 30/9 - art.º 19.º) prevêem e disciplinam as
situações em que os voluntários têm de fazer deslocações e o respetivo regime
de transportes.
Devem ser declaradas com este código as gratificações a que se refere a alínea g) do
n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS, ou seja, as auferidas pela prestação ou em razão da
Tais gratificações, quando não atribuídas pela entidade patronal nem por entidade que
com esta mantenha relações de grupo, domínio ou simples participação, são tributadas
autonomamente à taxa de 10%, de acordo com o disposto no n.º 3 do artigo 72.º do Código
do IRS, e não estão sujeitas a retenção na fonte ao abrigo do n.º 1 do artigo 99.º do mesmo
diploma, que exceciona a retenção, entre outros rendimentos, das gratificações previstas
na alínea g) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS, salvo se os titulares o solicitarem.
Para efeitos de IRS, considera-se entidade patronal toda aquela que pague ou coloque à
disposição remunerações que, nos termos do artigo 2.º do CIRS, constituam rendimentos
de trabalho dependente, sendo a ela equiparada qualquer outra entidade que com ela esteja
em relação de domínio ou de grupo, domínio ou simples participação, independentemente
da respetiva localização geográfica (cfr. n.º 10 do art.º 2.º do CIRS).
É certo que, nos termos do n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 42/91, de 22/1,
a retenção só incidirá sobre aquelas gratificações se o titular o solicitar
expressamente à sua entidade patronal. Todavia, o facto de não ser exercida
a faculdade de opção por retenção não significa que tais gratificações não
devam obrigatoriamente ser englobadas pelos seus titulares, para efeitos de
tributação.
Devem ser declarados com este código os rendimentos auferidos (apenas até 2006) pelos
agentes desportivos, exclusivamente pela prática da atividade desportiva, quando optem
pela tributação autónoma (não aplicável nos anos de 2007 e seguintes).
Os sujeitos passivos em causa, quanto aos rendimentos dos anos de 2007 e seguintes
passaram a ficar sujeitos ao regime geral, uma vez que terminou em 2006 o regime especial
de que beneficiavam.
competente, devem declarar com este código os rendimentos auferidos pela totalidade,
assumindo-se automaticamente na liquidação do imposto os benefícios a que têm direito,
nomeadamente os previstos no artigo 87.º do Código do IRS.
Se a declaração respeitar aos anos de 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013
ou 2014, e o titular dos rendimentos for deficiente, com grau de incapacidade
igual ou superior a 60%, tem direito ao benefício especial constante do seguinte
quadro síntese:
Rendimento bruto
Ano do Disposição Legal
rendimento Isento Sujeito Limite da
isenção
2007 20% 80% € 5.000 Art. 161.º da Lei n.º 53-A/2006, de 31/12
2008 10% 90% € 2.500 Art. 161.º da Lei n.º 53-A/2006, de 31/12
2009 10% 90% € 2.500 Art.º 69.º da Lei n.º 64-A/2008, de 31/12
2010 10% 90% € 2.500 Art.º 88.º da Lei n.º 3-B/2010, de 28/4
2011 10% 90% € 2.500 Art.º 98.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31/12
2012 10% 90% € 2.500 n.os 6 e 7 do art. 111.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30/12
2013 10% 90% € 2.500 n.os 6 e 7 do art. 188.º da Lei n.º 66-B/2012,de 31/12
2014 10% 90% € 2.500 n.os 5 e 6 do art. 177.º da Lei n.º 83-C/2013,de 31/12
Uma empresa tinha um funcionário que foi reformado por velhice. Porém, a
entidade patronal pretende processar-lhe mensalmente um complemento de
reforma.
Por outro lado, a alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º do mesmo diploma diz
que se consideram pensões «as prestações devidas a título de pensões de
aposentação ou de reforma, velhice, invalidez ou sobrevivência, bem como
outras de idêntica natureza, incluindo os rendimentos referidos no n.º 2 do
artigo 2.º-A e ainda as pensões de alimentos».
Assim, dada a sua natureza e sendo pago pelo regime de segurança social no
âmbito da ação social de apoio a idosos, entendemos que não está sujeita
a tributação em sede IRS, face à delimitação negativa prevista no n.º 4 do
artigo 12.º do respetivo código, e como tal não têm que ser declarados em
qualquer dos anexos que fazem parte da declaração de rendimentos modelo
3 de IRS.
NOTA:
Sobre esta matéria ver também, no mesmo sentido, a anotação com o título
"Pensões atribuídas em consequência de lesão corporal ou doença resultantes
NOTA:
A Circular n.º X-2/90, de 25/10, encontra-se transcrita em anotação ao código
401 deste anexo A, com o título "Remunerações auferidas por cidadãos
portugueses pelo exercício de funções em órgãos da União Europeia (não
sujeição a tributação)".
Certo sujeito passivo faleceu por acidente de trabalho. A esposa ficou a receber
uma pensão atribuída pela companhia de seguros imposta pelo tribunal.
Esta pensão tem que ser levada ao Quadro 4A do anexo A (Código 404) da
declarada de rendimentos modelo 3 de IRS ou está excluída de tributação?
NOTA:
Sobre esta matéria ver também, no mesmo sentido, a anotação com o título
"Deficientes das Forças Armadas Portuguesas (pensões declaradas)".
Com este código devem ser declarados os valores respeitantes a pensões de sobrevivência.
A sua tributação, como rendimentos da categoria H, encontra-se prevista na alínea a) do n.º
1 do artigo 11.º do Código do IRS.
São pensões que se destinam a garantir a proteção à família e são atribuídas a familiares,
nomeadamente ao cônjuge sobrevivo e aos descendentes dos beneficiários da segurança
social (Prof. José Guilherme Xavier de Basto, em "IRS Incidência Real e Determinação dos
Rendimentos Líquidos", Coimbra Editora, edição de 2007, pág. 472).
Com este código devem ser indicados os valores recebidos correspondentes a pensões de
alimentos.
Estou divorciada e tenho duas filhas a meu cargo. O pai das meninas, para
além da pensão de alimentos propriamente dita paga em dinheiro, paga ainda
50% das despesas de saúde e educação.
Uma vez que tais montantes são devidos às suas filhas, elas deverão ali ser
identificadas como as titulares dos rendimentos (dependente 1 e 2).
Devem ser declarados com este código os rendimentos respeitantes a rendas temporárias
e vitalícias previstas na alínea d) do n.º 1 do artigo 11.º do Código do IRS, isto é, aquelas
que não se destinem ao pagamento de pensões enquadráveis nas alíneas a), b) ou c) do
n.º 1 do mesmo normativo, o mesmo é dizer que não devem ser declaradas neste código
407 as pensões de aposentação, de reforma por velhice ou invalidez, pensões de alimentos
ou prestações devidas por fundos de pensões ou outros regimes complementares de
segurança social.
De notar que as rendas temporárias e vitalícias a indicar com o código 407 não beneficiam
da dedução específica prevista no n.º 1 do artigo 53.º do Código do IRS, tal como se
encontra expresso no n.º 7 do citado artigo. Esta norma diz, textualmente, que «excluem-se
do disposto no n.º 1 as rendas temporárias e vitalícias que não se destinem ao pagamento
de pensões enquadráveis nas alíneas a), b) e c) do n.º 1 do artigo 11.º».
Nas rendas temporárias e vitalícias, existe uma cessão definitiva de uma soma
em dinheiro, ou de um bem ou direito em troca da renda temporária ou vitalícia,
não se verificando em princípio qualquer reembolso do capital. Isso mesmo se
conclui da definição do Código Civil de renda vitalícia, já que o artigo 1238.º
refere que há renda vitalícia quando "uma pessoa aliena em favor de outra
certa soma de dinheiro, ou qualquer outra coisa móvel ou imóvel, ou um direito,
...". Aliena, diz a lei, pelo que o contrato não prevê a restituição do dinheiro,
da coisa ou do direito. A lei civil, todavia, permite a remissão da renda, com
reembolso do que tiver recebido e perda das prestações já efetuadas, mas só
se assim se tiver convencionado (art.º 1243.º do Código Civil).
O artigo 11.º acolhe uma outra aceção de renda que definiríamos enquanto
prestação periódica em dinheiro ou outra coisa fungível, que alguém se
obriga a realizar em favor de outrem.
NOTA:
Estas rendas não estão sujeitas a IRS por falta de previsão legal (cfr. Manual
do IRS, editado em 2007 pela DGCI, pág. 97).
Se o titular dos rendimentos optar pelo recebimento em renda, ainda que estes
constituam rendimentos da categoria H, não devem os respetivos montantes
ser somados a outros rendimentos de pensões, nomeadamente, de reforma,
uma vez que, tendo a natureza de rendas vitalícias, têm um tratamento fiscal
diferente, não beneficiando do direito à dedução específica da categoria H,
nos termos do n.º 7 do artigo 53.º do CIRS.
da pensão pode ser tido em consideração pela entidade que coloca à disposição
o complemento para cálculo da retenção na fonte, se a entidade for diversa
daquela que paga a pensão.
São declaradas com este código apenas as importâncias auferidas a título de pré-reforma
que respeitem a contratos celebrados até 31/12/2000, efetuados ao abrigo do Decreto-
-Lei n.º 216/91, de 25/7 (regime transitório instituído pelo n.º 1 do art.º 7.º da Lei n.º 85/2001,
de 4/8), cujos pagamentos tenham sido iniciados até essa data. Nos restantes casos os
rendimentos da pré-reforma devem ser indicados com o código 401.
TERCEIRA COLUNA:
Na terceira coluna (titular), deve indicar-se os titulares dos rendimentos, os quais devem
ser indicados através dos seguintes códigos:
A = Sujeito passivo A;
B = Sujeito passivo B.
F = Falecido (no ano do óbito, caso exista sociedade conjugal, havendo rendimentos
auferidos em vida pelo falecido, deve o titular desses rendimentos ser
identificado com a letra "F", cujo número fiscal deve constar no quadro 7A do
rosto da declaração de rendimentos modelo 3).
QUARTA COLUNA:
Na quarta coluna (rendimentos), deve indicar-se o valor dos rendimentos pago ou colocado
à disposição pela entidade identificada na primeira coluna.
QUINTA COLUNA:
Na quinta coluna (retenções), deve indicar-se as retenções na fonte de IRS, efetuadas no
ano a que respeita o imposto, que incidiram sobre os rendimentos, do trabalho dependente
ou de pensões, mencionados na coluna anterior, e que normalmente devem constar da
declaração que a entidade devedora dos rendimentos é obrigada a entregar ao sujeito
passivo até 20 de janeiro de cada ano, em conformidade com o disposto na alínea b) do n.º
1 do artigo 119.º do Código do IRS.
SEXTA COLUNA:
Em consequência, deve ser a CES incluída no conjunto dos descontos que são
indicados no campo "Contribuições", do quadro 4A, do anexo A, da declaração
modelo 3 de IRS.
(Informação prestada em 04/03/2014 pela Direção de Serviços do IRS)
SÉTIMA COLUNA:
Na sétima coluna (Retenção Sobretaxa), deve-se indicar o valor retido por conta da
sobretaxa extraordinária, nos termos do artigo 99.º-A do Código do IRS.
O preenchimento desta coluna só poderá estar associado aos códigos de rendimento 401
(Trabalho dependente); 404 (Pensões - com exceção das pensões de sobrevivência e
alimentos); 405 (Pensões de sobrevivência) e 408 (Pré-reforma - regime de transição).
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:
Neste espaço deve ser indicado o NIF da entidade pagadora, o titular dos rendimentos da
pré-reforma (regime transitório a que corresponde o código 408) e as datas da celebração
desse contrato e do primeiro pagamento relativo ao mesmo.
QUADRO 4B
Neste quadro devem ser indicados os valores correspondentes aos encargos mencionados
na tabela seguinte:
CÓDIGO DESCRIÇÃO
409 Quotizações Sindicais
410 Indemnizações pagas pelo trabalhador à entidade patronal pela rescisão unilateral de
contrato de trabalho sem aviso prévio [alínea b) do n.º 1 do art.º 25.º do CIRS]
411 Quotizações para ordens profissionais (n.º 4 do art.º 25.º do CIRS)
412 Despesas de valorização profissional de Juízes (Lei n.º 143/99, de 31/8)
413 Prémios de seguros no âmbito de profissões de desgaste rápido (art.º 27.º do CIRS)
Ter em atenção que com este código deve ser indicado o valor efetivamente pago (sem
o acréscimo dos 50%), na medida em que a majoração e o limite legal são assumidos
automaticamente quando da liquidação do imposto.
As indemnizações a indicar com este código são as pagas pelo trabalhador à sua entidade
patronal pela rescisão do contrato individual de trabalho sem aviso prévio, em resultado de
sentença judicial ou de acordo judicialmente homologado ou, nos restantes casos,
a indemnização de valor não superior à remuneração de base correspondente ao aviso
prévio [cfr. alínea b) do n.º 1 do art.º 25.º do CIRS].
Muito embora subjacente a tais indemnizações esteja um ilícito contratual praticado pelo
trabalhador, o certo é que o seu pagamento reduz a capacidade contributiva deste. Por
isso a aceitação de tais valores, ainda que com limitações caso as mesmas não resultem
de sentença judicial ou de acordo judicialmente homologado, constitui dedução aos
rendimentos brutos da categoria A (trabalho dependente).
Com este código apenas podem ser deduzidas as quotizações para ordens profissionais
que sejam indispensáveis ao exercício da respetiva atividade desenvolvida exclusivamente
por conta de outrem.
As quantias a inscrever com este código são as despendidas com a valorização de juízes,
que constam da alínea h) do n.º 1 do artigo 17.º da Lei n.º 21/85, de 30/7, que aprovou o
Estatuto dos Magistrados Judiciais, com a redação dada pela Lei n.º 143/99, de 31/8, onde
se diz que:
«São direitos específicos dos juízes: A dedução, para cálculo do imposto sobre o rendimento
das pessoas singulares, de quantias despendidas com valorização profissional, até
montante a fixar anualmente na Lei do Orçamento do Estado».
Para o ano de 2014, o montante a deduzir é o que for suportado, e se encontre devidamente
documentado, cujo limite máximo é o mesmo que foi fixado para o ano de 2002, ou seja,
249,40 euros, já que a Lei do Orçamento do Estado, quer para o ano de 2003, quer para
os anos seguintes, não alterou este valor.
Tal como consta do n.º 1 do artigo 27.º do Código do IRS, esta dedução é feita integralmente
ao rendimento, e não à coleta.
Se ocorrer o pagamento de tais seguros antes do tempo previsto, o n.º 3 do artigo 27.º
do Código do IRS manda declarar essa ocorrência, nos termos do artigo 60.º, n.º 2, ou
seja, nos 30 dias imediatos, para efeitos de corrigir as liquidações entretanto efetuadas,
eliminando a dedução que houver sido feita e que o pagamento posterior do seguro deixou
de sustentar.
Para efeitos da identificação da profissão de desgaste rápido, nos termos do n.º 2 do artigo
27.º do Código do IRS, devem ser utilizados os códigos patentes na seguinte tabela:
QUADRO 5
Assim, se, por exemplo, um pensionista, em 2014 recebeu pensões relativas não só a esse
ano mas também a anos anteriores, deve declarar o total do valor recebido no anexo A
(código 404) da declaração modelo 3 referente ao ano de 2014, a entregar em 2015, para
efeitos de tributação, e pode (é uma faculdade não é uma obrigação) indicar no quadro 5
do mesmo anexo o montante que se refere a anos anteriores e o número de anos a que
respeitam, para que possa ser calculada a dedução específica relativamente a cada um
dos anos e consequentemente o rendimento liquido tributado ser inferior ao que resultaria
da consideração da dedução específica só para 2014.
ASSINATURAS
Data O(s) Declarante(s), Representante Legal ou Gestor de Negócios
Assinaturas
Este anexo deve ser assinado pelos sujeitos passivos ou por um seu representante, legal
ou voluntário, ou gestor de negócios, devidamente identificados (cfr. n.º 1 do art.º 146.º do
CIRS).